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Biografia
• Célestin Freinet nasceu em 15 de outubro de 1896 na aldeia francesa de
  Gars, situada no sul desse país.
• Na adolescência mudou-se para a cidade de Nice onde iniciou o curso de
  magistério
• Com o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, Freinet interrompeu
  seus estudos e alistou-se. Em combate, sofreu as ações de gases tóxico,
  que comprometeram seus pulmões pelo resto da vida
• Em 1920 Freinet iniciou em uma escola rural de Bar-Sur-Loup suas
  atividades sem ainda ter concluído o curso normal. Desenvolveu
  rapidamente um pensamento crítico sobre a escola tradicional, permeada
  de autoritarismo e distante da vida e da realidade dos alunos. Começa a
  construir neste momento seus métodos de ensino. Observa e registras
  atentamente os interesses, problemas e a personalidades das crianças.
  Busca respaldo nas teorias e propostas pedagógicas de Rousseau,
  Claparède, Ferrière e Pestalozzi
• Em 1926 casa-se com Elise. Escreve o seu primeiro livro “ A Imprensa
  Escolar”. Cria a revista “La Gerbe”
• No ano seguinte publica o artigo “Abaixo os manuais escolares”
• Em 1928 cria a Cooperativa de Ensino Laico –CEL visto que , já havia
  desenvolvido o essencial do seu pensamento e de suas propostas
  pedagógicas.
• Em 1933, suas ideias começa m a incomodar os conservadores franceses.
  Freinet deixa o sistema público onde é hostilizado.
• Em 1935 cria a sua própria escola. Em 1936 o movimento começa a se
  desenvolver em torno de temas provocantes como: Abaixo os Manuais,
  o texto livre, Se a Gramática Fosse Inútil?, o Fichário Escolar Cooperativo,
  Método Natural de Leitura.
• Durante a segunda guerra mundial Freinet é preso, sua escola é fechada
  e destruida.
• Terminado a guerra, lança –se de corpo e alma à divulgação do seu
  pensamento. Cria o Instituto Cooperativo da Escola Moderna (ICEM) em
  1947 e a Federação Internacional do Movimento da Escola Moderna
• Freinet morre na cidade de vence, na França, em 1966
Ideias pedagógicas
Freinet foi um pedagogo humanista, autodidata e sindicalista .
Critico da Escola Tradicional e da Escola Nova.
Fazia criticas as propostas da Escola Nova, particularmente
Decroly e Montessori questionando seus métodos, pela
definição de materiais, locais e condições especiais para
realização das atividades pedagógicas. Freinet se diferencia da
maioria dos outros importantes pensadores e teóricos da
educação por ter sido ele mesmo um professor primário que
atuou em sala de aula por quase toda a sua vida.(40 anos)
Toda a sua proposta pedagógica deriva diretamente do
trabalho desenvolvido com os alunos na busca de um processo
que os levasse a gostar da escola e do trabalho, que os levasse
a ser cidadãos conscientes, participantes e críticos do meio
social.
Esta proposta que criou com seus pares e conhecida por muitos e
significativos nomes (“Pedagogia Freinet”, “Pedagogia do
Trabalho”, “Pedagogia do Bom Senso”, “Método Natural” e
“Pedagogia do sucesso”)
Embora não fosse um acadêmico Freinet não ignorava os debates
pedagógicos de seu tempo, marcados pelo surgimento da Escola
Nova, corrente de pensamento para o qual a aprendizagem
acontece pela atitude ativa da criança, que procurava respostas a
questões colocadas por seus centros de interesses.
Freinet em campo com seus alunos
Freinet assume esses princípios mas não sem criticá-los e
desenvolvê-los. Para ele a aprendizagem da criança passa pela
produção cooperativa de bens materias ou culturais. Cria-se a
partir de suas propostas uma situação onde a criança, em
situação ativa, se apropria de conhecimentos multidisciplinares,
com a ajuda de seu professor.
Princípios da Pedagogia Freinet

Propõe uma pratica pedagógica centrada na produção dos alunos
e na cooperação entre pares.
•Senso de responsabilidade
•Senso cooperativo
•Sociabilidade
•Julgamento pessoal
•Autonomia
•Expressão
•Criatividade
•Comunicação
•Reflexão individual e coletiva
•Afetividade
Além das necessidades fundamentais
de conservação, subsistência e
realização pessoal que caracterizam
qualquer indivíduo, Freinet inclui na
sua filosofia, a necessidade que cada
pessoa tem de expressar-se e de
comunicar- se, de cooperar, de
aprender e de se organizar.
A cooperação como elemento integrativo e
     formativo na pedagogia Freinet

  • A cooperação é construída não através de discursos, mas da
    vivencia de práticas materializadas no trabalho desenvolvido
    dentro do espaço educacional e social.
  • Valoriza a cooperação em detrimento da competição.
  • A constituição de valores, de uma ética junto aos educandos,
    será produto dessa vivência cooperativa partilhada no trabalho.
  • “Ninguém avança sozinho em sua aprendizagem, a cooperação
    é fundamental”
  • Na pedagogia Freinet a cooperação não é apenas desejável,
    mas necessária porque facilita a aprendizagem de cada um e
    aumenta a riqueza do grupo.
  • Várias técnicas de trabalho só tem sentido pela cooperação
Trabalho enquanto princípio educativo na
           pedagogia Freinet
• Há trabalho todas as vezes que a atividade - física ou
  intelectual - suposta por esse trabalho atende a uma
  necessidade natural e proporciona por isso uma satisfação
  que por si só é uma razão de ser. Caso contrário, não há
  trabalho, há serviço ou seja tarefa que se cumpre apenas por
  obrigação.
• Vocês costumam afirmar: instruir-se para poder trabalhar com
  eficácia. Invertemos o problema e digo-lhes por quê: trabalhar
  eficazmente para se instruir, se enriquecer, se aperfeiçoar, se
  elevar e crescer.
(FREINET, A educação do Trabalho. P. 316;381
Finalidades da abordagem
         Necessidade da criança            Motivação para o trabalho
• Exprimir seus sentimentos e       • Através da fala, desenhos e textos
  suas ideias.                        motivada conversas, debates
                                      gravados, álbuns, etc.
                                    • Os intercâmbios motivam o
• Comunicar-se com os outros          trabalho
• Criar, agir, conhecer.            • Ateliês (de pesquisas, de
  aprofundamento dos                  expressão, de trabalhos manuais,
  interesses espontâneo               técnicos)
  revelados pela livre expressão.
• Organizar-se
• Avaliar-se                        • Organização cooperativa
                                    • Auto avaliação e certificados a
                                      criança mostra aquilo que é capaz
                                      de fazer.
“A democracia de amanhã
prepara-se pela democracia na
 escola. Um regime autoritário
  na escola não seria capaz de
formar cidadãos democratas.”
“A sala de aula deve ser
prazerosa e bastante ativa,
pois o trabalho é o grande
  motor da pedagogia.”
A criança
1. A criança é da mesma natureza que o adulto.
2. Ser maior não significa necessariamente estar
   acima dos outros.
3. O comportamento escolar de uma criança depende
   do seu estado fisiológico, orgânico e constitucional.
4. A criança e o adulto não gostam de imposições
   autoritárias.
5. Uma das primeiras condições da renovação da
   escola é o respeito a criança e por sua vez, das
   crianças a seus professores; só assim é possível
   educar dentro da dignidade
O educador
• Assume a necessidade de uma mudança de atitude das
  relação professor/aluno
• O “papel do professor” é o de favorecer os confrontos, ajudar
  na análise de situações, relembrar as aquisições anteriores.
• Deve ser aquele que ajuda a classe a se organizar numa célula
  viva que faz cooperativamente a aprendizagem da
  responsabilidade.
• Sabe que o saber não é acumulo de conhecimento, mas uma
  maneira de enfrentar qualquer situação, analisá-la e
  comunicá-la.
• E que tenha claro que as trocas de experiêencias com as dos
  outros durante as reuniões do Grupo Departamental.
Técnicas desenvolvidas por
Freinet
  • Aulas das descobertas: aulas de campos voltadas para o interesse dos
    alunos
  • Auto avaliação: fichas preenchidas pelos alunos como forma de registrar
    a própria aprendizagem.
  • Autocorreção: modalidade de correção de textos feita pelos próprios
    autores no caso os alunos, sob a orientação do educador
  • correspondência interescolar: atividade largamente utilizada por Freinet,
    na qual os alunos se comunicam com outros estudantes de escolas
    diferentes.
  • Fichário de consulta: fichas criadas por alunos e professores para suprir
    as lacunas deixadas pelos livros didáticos convencional.
  • Imprensa/jornal escolar: os textos escritos pelos alunos tinham uma
    função social real, pois eram publicados e lidos pelos colegas.
  • Livro da vida: caderno no qual os alunos registram suas impressões,
    sentimentos, pensamentos em formas variadas, o qual fica como um
    registro de todo ano escolar de cada classe.
Objetivo das técnicas de Freinet
• Favorecer o desenvolvimento dos métodos naturais da
  linguagem(desenho, escrita, gramática)
• Matemática
• Ciências Naturais
• Ciências Sociais
Aula passeio
            (aula das descobertas)
   Percebe que o
    interesse das
crianças não estava
  dentro da sala de
        aula.
  Freinet idealizou
 esta atividade com
o objetivo de trazer
 motivação, ação e
  vida para escola.
TIPÓGRAFO
Uma visão integral do jornal escolar
• VANTAGENS PEDAGÓGICAS – a criança sente a necessidade de
  escrever, por que sabe que se o seu texto for escolhido, será
  publicado no jornal escolar e lido por seus pais e
  correspondentes. Uso do método natural, sem redação
  formal, arquivo vivo da aula, uma obra para mostrar
• VANTAGENS PSICOLÓGICAS – expressão livre das crianças, a
  libertação psíquica, visualização do trabalho produtivo, uma
  pedagogia de sucesso( as crianças triunfam, com suas
  gravuras , desenhos e com seus textos numa produção
  coletiva)
• VANTAGENS SOCIAIS - jornal escolar é um trabalho de equipe
  que faz a preparação prática para a cooperação social das
  crianças, o jornal é a melhor solução para comunicação com
  os pais, o jornal ou texto impresso não será tabu.
Invariantes pedagógicas
1.   A criança é da mesma natureza que o adulto.
2.   Ser maior não significa necessariamente estar acima dos outros.
3.   O comportamento escolar de uma criança depende do seu estado
     fisiológico, orgânico e constitucional.
4.   A criança e o adulto não gostam de imposições autoritárias.
5.   A criança e adulto não gostam de disciplina rígida, quando isto
     significa obedecer passivamente uma ordem externa.
6.   Ninguém gosta de fazer determinado trabalho por coerção, mesmo
     que, em particular ele não o desagrade. Toda atitude imposta é
     paralisante.
7.   Todos gostam de escolher o seu trabalho mesmo que essa escolha
     não seja a mais vantajosa.
8.   Ninguém gosta de trabalhar sem objetivo, atuar como máquinas,
     sujeitando-se a rotinas nas quais não participa.
1.   É fundamental a participação para o trabalho.
2.   É preciso abolir a escolástica.
     10 - a Todos querem ser bem sucedidos. O fracasso inibe,
     destrói o animo e o entusiasmo.
     10-b Não é o jogo que é natural nas crianças, mas sim o trabalho.
5.   Não são a observação, explicação e a demonstração – processos
     essenciais da escola – as únicas vias normais de aquisição do
     conhecimento, mas a experiência tateante, que é uma conduta
     natural e universal.
6.   A memória tão preconizada pela escola, não é válida nem preciosa, a
     não ser quando integrada no tateamento experimental, onde se
     encontra verdadeiramente a serviço da vida.´
7.   As aquisições não são obtidas pelo estudo de regras e leis, como as
     vezes se crê, mas sim pela experiência. Estudar primeiro regras e leis
     é colocar o carro na frente dos bois.
1.   A inteligência não é uma faculdade específica, que funciona como
     um circuito fechado, independente dos demais elementos vitais
     do indivíduos, como ensina a escolástica.
2.   A escola cultiva apenas uma forma abstrata de inteligência que
     atua fora da realidade fica fixada na memória por meio de
     palavras e ideias.
3.   A criança não gosta de receber lições autoritárias.
4.   A criança não se cansa de um trabalho funcional, ou seja, que
     atende aos rumos de sua vida.
5.   A criança e o adulto não gostam de ser controlados e receber
     sanções. Isso caracteriza uma ofensa à dignidade humana,
     sobretudo se exercida publicamente.
6.   As notas e classificações constituem sempre um erro.
7.   Fale o menos possível.
1.   A criança não gosta de sujeitar-se a um trabalho em rebanho. Ela
     prefere trabalho individual ou de equipe numa comunidade
     cooperativa.
2.   A ordem e a disciplina são necessárias na sala de aula.
3.   Os castigos são sempre um erro. São humilhantes, não conduzem
     ao fim desejado e não passam de paliativos.
4.   A nova vida da escola supõe a cooperação escolar, isto é a gestão
     da vida pelo trabalho escolar pelos que a praticam, incluindo o
     educador.
5.   A sobrecarga das classes constitui sempre um erro pedagógico.
6.   A concepção atual das grandes escolas conduz professores e
     alunos ao anonimato, o que é um erro e cria barreiras.
7.   A democracia de amanha prepara-se pela democracia na escola.
     Um regime autoritário na escola não seria capaz de formar
     cidadãos democratas.
1.   Uma das primeiras condições de renovação da escola é o respeito
     a criança e por sua vez, a criança ter respeito aos seus
     professores; só assim é possível educar dentro da dignidade.
2.   A reação social e política, que manifesta uma reação pedagógica é
     uma oposição com o qual temos que contar, sem que se possa
     evita-la ou modifica-la.
3.   É preciso ter esperança otimista na vida.
Declaração da Escola Moderna
1.   A educação é o completo desenvolvimento e construção, e não acúmulo
     de conhecimentos, adestramento e condicionamento.
2.   Não aceitamos nenhum doutrinamento
3.   Rejeitamos a ilusão de uma educação isolada em si mesma, à margem
     das grandes correntes sociais de políticas que a condicionam.
4.   A escola de amanhã será a escola do trabalho.
5.   A escola deve centrar-se na criança que, com nossa ajuda, constrói sua
     própria personalidade.
6.    A Investigação experimental na base do processo é a condição
     primeira de nosso esforço para a modernização escolar, através da
     cooperação.
7.   Os educadores dos Movimentos da Escola Moderna são os únicos
     responsáveis pela orientação e exploração de seus esforços cooperativos
8.   Nosso movimento preocupa-se em manter relações de simpatia e de
     colaboração com todas as organizações que lutam pelos mesmos ideais.
1.   Nas relações administrativas, resguardamos nossa liberdade de
     ajudar, prestar serviços e criticar, segundo as exigências da ação
     cooperativa de nosso movimento.
2.   A pedagogia Freinet é, em essência, internacional.
Principais obras
• Conselho aos pais – 1974
• Jornal escolar – 1974
• As técnicas Freinet da escola moderna –
• O texto livre – 1976
• Modernizar a escola
• O método natural I – O método natural II – O método natural
  III – 1977
• A leitura pela imprensa na escola – 1977
• Para uma escola do povo: guia prático para organização
  material, técnicas e pedagógica da escola popular - 1978
• Referências bibliográficas
• Coleção grandes educadores. Celestin Freinet. editora Atta -mídia e
  educação : apresentação Rosa Maria Whitaker Sampaio
• AUDET, Marc. A pedagogia Freinet. IN: GAUTHIER, Clemont e TARDIF,
  Maurice. A pedagogia. Teorias e práticas das antiguidade aos nossos dias.
  Petrópolis: Vozes, 2010. P.253 – 269.
• ICEM, Instituto Cooperativo da Escola Moderna. Pedagogia Freinet uma
  abordagem inicial. Dossiê pedagógico da Revista L’Educateur – Tradução de
  Ruth Joffily 10/09/79
• www.jornalescolar.org.br

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Freinet

  • 1.
  • 2. Biografia • Célestin Freinet nasceu em 15 de outubro de 1896 na aldeia francesa de Gars, situada no sul desse país. • Na adolescência mudou-se para a cidade de Nice onde iniciou o curso de magistério • Com o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, Freinet interrompeu seus estudos e alistou-se. Em combate, sofreu as ações de gases tóxico, que comprometeram seus pulmões pelo resto da vida • Em 1920 Freinet iniciou em uma escola rural de Bar-Sur-Loup suas atividades sem ainda ter concluído o curso normal. Desenvolveu rapidamente um pensamento crítico sobre a escola tradicional, permeada de autoritarismo e distante da vida e da realidade dos alunos. Começa a construir neste momento seus métodos de ensino. Observa e registras atentamente os interesses, problemas e a personalidades das crianças. Busca respaldo nas teorias e propostas pedagógicas de Rousseau, Claparède, Ferrière e Pestalozzi
  • 3. • Em 1926 casa-se com Elise. Escreve o seu primeiro livro “ A Imprensa Escolar”. Cria a revista “La Gerbe” • No ano seguinte publica o artigo “Abaixo os manuais escolares” • Em 1928 cria a Cooperativa de Ensino Laico –CEL visto que , já havia desenvolvido o essencial do seu pensamento e de suas propostas pedagógicas. • Em 1933, suas ideias começa m a incomodar os conservadores franceses. Freinet deixa o sistema público onde é hostilizado. • Em 1935 cria a sua própria escola. Em 1936 o movimento começa a se desenvolver em torno de temas provocantes como: Abaixo os Manuais, o texto livre, Se a Gramática Fosse Inútil?, o Fichário Escolar Cooperativo, Método Natural de Leitura. • Durante a segunda guerra mundial Freinet é preso, sua escola é fechada e destruida. • Terminado a guerra, lança –se de corpo e alma à divulgação do seu pensamento. Cria o Instituto Cooperativo da Escola Moderna (ICEM) em 1947 e a Federação Internacional do Movimento da Escola Moderna • Freinet morre na cidade de vence, na França, em 1966
  • 4. Ideias pedagógicas Freinet foi um pedagogo humanista, autodidata e sindicalista . Critico da Escola Tradicional e da Escola Nova. Fazia criticas as propostas da Escola Nova, particularmente Decroly e Montessori questionando seus métodos, pela definição de materiais, locais e condições especiais para realização das atividades pedagógicas. Freinet se diferencia da maioria dos outros importantes pensadores e teóricos da educação por ter sido ele mesmo um professor primário que atuou em sala de aula por quase toda a sua vida.(40 anos) Toda a sua proposta pedagógica deriva diretamente do trabalho desenvolvido com os alunos na busca de um processo que os levasse a gostar da escola e do trabalho, que os levasse a ser cidadãos conscientes, participantes e críticos do meio social.
  • 5. Esta proposta que criou com seus pares e conhecida por muitos e significativos nomes (“Pedagogia Freinet”, “Pedagogia do Trabalho”, “Pedagogia do Bom Senso”, “Método Natural” e “Pedagogia do sucesso”) Embora não fosse um acadêmico Freinet não ignorava os debates pedagógicos de seu tempo, marcados pelo surgimento da Escola Nova, corrente de pensamento para o qual a aprendizagem acontece pela atitude ativa da criança, que procurava respostas a questões colocadas por seus centros de interesses.
  • 6. Freinet em campo com seus alunos
  • 7. Freinet assume esses princípios mas não sem criticá-los e desenvolvê-los. Para ele a aprendizagem da criança passa pela produção cooperativa de bens materias ou culturais. Cria-se a partir de suas propostas uma situação onde a criança, em situação ativa, se apropria de conhecimentos multidisciplinares, com a ajuda de seu professor.
  • 8. Princípios da Pedagogia Freinet Propõe uma pratica pedagógica centrada na produção dos alunos e na cooperação entre pares. •Senso de responsabilidade •Senso cooperativo •Sociabilidade •Julgamento pessoal •Autonomia •Expressão •Criatividade •Comunicação •Reflexão individual e coletiva •Afetividade
  • 9. Além das necessidades fundamentais de conservação, subsistência e realização pessoal que caracterizam qualquer indivíduo, Freinet inclui na sua filosofia, a necessidade que cada pessoa tem de expressar-se e de comunicar- se, de cooperar, de aprender e de se organizar.
  • 10. A cooperação como elemento integrativo e formativo na pedagogia Freinet • A cooperação é construída não através de discursos, mas da vivencia de práticas materializadas no trabalho desenvolvido dentro do espaço educacional e social. • Valoriza a cooperação em detrimento da competição. • A constituição de valores, de uma ética junto aos educandos, será produto dessa vivência cooperativa partilhada no trabalho. • “Ninguém avança sozinho em sua aprendizagem, a cooperação é fundamental” • Na pedagogia Freinet a cooperação não é apenas desejável, mas necessária porque facilita a aprendizagem de cada um e aumenta a riqueza do grupo. • Várias técnicas de trabalho só tem sentido pela cooperação
  • 11. Trabalho enquanto princípio educativo na pedagogia Freinet • Há trabalho todas as vezes que a atividade - física ou intelectual - suposta por esse trabalho atende a uma necessidade natural e proporciona por isso uma satisfação que por si só é uma razão de ser. Caso contrário, não há trabalho, há serviço ou seja tarefa que se cumpre apenas por obrigação. • Vocês costumam afirmar: instruir-se para poder trabalhar com eficácia. Invertemos o problema e digo-lhes por quê: trabalhar eficazmente para se instruir, se enriquecer, se aperfeiçoar, se elevar e crescer. (FREINET, A educação do Trabalho. P. 316;381
  • 12. Finalidades da abordagem Necessidade da criança Motivação para o trabalho • Exprimir seus sentimentos e • Através da fala, desenhos e textos suas ideias. motivada conversas, debates gravados, álbuns, etc. • Os intercâmbios motivam o • Comunicar-se com os outros trabalho • Criar, agir, conhecer. • Ateliês (de pesquisas, de aprofundamento dos expressão, de trabalhos manuais, interesses espontâneo técnicos) revelados pela livre expressão. • Organizar-se • Avaliar-se • Organização cooperativa • Auto avaliação e certificados a criança mostra aquilo que é capaz de fazer.
  • 13. “A democracia de amanhã prepara-se pela democracia na escola. Um regime autoritário na escola não seria capaz de formar cidadãos democratas.”
  • 14. “A sala de aula deve ser prazerosa e bastante ativa, pois o trabalho é o grande motor da pedagogia.”
  • 15. A criança 1. A criança é da mesma natureza que o adulto. 2. Ser maior não significa necessariamente estar acima dos outros. 3. O comportamento escolar de uma criança depende do seu estado fisiológico, orgânico e constitucional. 4. A criança e o adulto não gostam de imposições autoritárias. 5. Uma das primeiras condições da renovação da escola é o respeito a criança e por sua vez, das crianças a seus professores; só assim é possível educar dentro da dignidade
  • 16. O educador • Assume a necessidade de uma mudança de atitude das relação professor/aluno • O “papel do professor” é o de favorecer os confrontos, ajudar na análise de situações, relembrar as aquisições anteriores. • Deve ser aquele que ajuda a classe a se organizar numa célula viva que faz cooperativamente a aprendizagem da responsabilidade. • Sabe que o saber não é acumulo de conhecimento, mas uma maneira de enfrentar qualquer situação, analisá-la e comunicá-la. • E que tenha claro que as trocas de experiêencias com as dos outros durante as reuniões do Grupo Departamental.
  • 17. Técnicas desenvolvidas por Freinet • Aulas das descobertas: aulas de campos voltadas para o interesse dos alunos • Auto avaliação: fichas preenchidas pelos alunos como forma de registrar a própria aprendizagem. • Autocorreção: modalidade de correção de textos feita pelos próprios autores no caso os alunos, sob a orientação do educador • correspondência interescolar: atividade largamente utilizada por Freinet, na qual os alunos se comunicam com outros estudantes de escolas diferentes. • Fichário de consulta: fichas criadas por alunos e professores para suprir as lacunas deixadas pelos livros didáticos convencional. • Imprensa/jornal escolar: os textos escritos pelos alunos tinham uma função social real, pois eram publicados e lidos pelos colegas. • Livro da vida: caderno no qual os alunos registram suas impressões, sentimentos, pensamentos em formas variadas, o qual fica como um registro de todo ano escolar de cada classe.
  • 18. Objetivo das técnicas de Freinet • Favorecer o desenvolvimento dos métodos naturais da linguagem(desenho, escrita, gramática) • Matemática • Ciências Naturais • Ciências Sociais
  • 19. Aula passeio (aula das descobertas) Percebe que o interesse das crianças não estava dentro da sala de aula. Freinet idealizou esta atividade com o objetivo de trazer motivação, ação e vida para escola.
  • 21. Uma visão integral do jornal escolar • VANTAGENS PEDAGÓGICAS – a criança sente a necessidade de escrever, por que sabe que se o seu texto for escolhido, será publicado no jornal escolar e lido por seus pais e correspondentes. Uso do método natural, sem redação formal, arquivo vivo da aula, uma obra para mostrar • VANTAGENS PSICOLÓGICAS – expressão livre das crianças, a libertação psíquica, visualização do trabalho produtivo, uma pedagogia de sucesso( as crianças triunfam, com suas gravuras , desenhos e com seus textos numa produção coletiva) • VANTAGENS SOCIAIS - jornal escolar é um trabalho de equipe que faz a preparação prática para a cooperação social das crianças, o jornal é a melhor solução para comunicação com os pais, o jornal ou texto impresso não será tabu.
  • 22. Invariantes pedagógicas 1. A criança é da mesma natureza que o adulto. 2. Ser maior não significa necessariamente estar acima dos outros. 3. O comportamento escolar de uma criança depende do seu estado fisiológico, orgânico e constitucional. 4. A criança e o adulto não gostam de imposições autoritárias. 5. A criança e adulto não gostam de disciplina rígida, quando isto significa obedecer passivamente uma ordem externa. 6. Ninguém gosta de fazer determinado trabalho por coerção, mesmo que, em particular ele não o desagrade. Toda atitude imposta é paralisante. 7. Todos gostam de escolher o seu trabalho mesmo que essa escolha não seja a mais vantajosa. 8. Ninguém gosta de trabalhar sem objetivo, atuar como máquinas, sujeitando-se a rotinas nas quais não participa.
  • 23. 1. É fundamental a participação para o trabalho. 2. É preciso abolir a escolástica. 10 - a Todos querem ser bem sucedidos. O fracasso inibe, destrói o animo e o entusiasmo. 10-b Não é o jogo que é natural nas crianças, mas sim o trabalho. 5. Não são a observação, explicação e a demonstração – processos essenciais da escola – as únicas vias normais de aquisição do conhecimento, mas a experiência tateante, que é uma conduta natural e universal. 6. A memória tão preconizada pela escola, não é válida nem preciosa, a não ser quando integrada no tateamento experimental, onde se encontra verdadeiramente a serviço da vida.´ 7. As aquisições não são obtidas pelo estudo de regras e leis, como as vezes se crê, mas sim pela experiência. Estudar primeiro regras e leis é colocar o carro na frente dos bois.
  • 24. 1. A inteligência não é uma faculdade específica, que funciona como um circuito fechado, independente dos demais elementos vitais do indivíduos, como ensina a escolástica. 2. A escola cultiva apenas uma forma abstrata de inteligência que atua fora da realidade fica fixada na memória por meio de palavras e ideias. 3. A criança não gosta de receber lições autoritárias. 4. A criança não se cansa de um trabalho funcional, ou seja, que atende aos rumos de sua vida. 5. A criança e o adulto não gostam de ser controlados e receber sanções. Isso caracteriza uma ofensa à dignidade humana, sobretudo se exercida publicamente. 6. As notas e classificações constituem sempre um erro. 7. Fale o menos possível.
  • 25. 1. A criança não gosta de sujeitar-se a um trabalho em rebanho. Ela prefere trabalho individual ou de equipe numa comunidade cooperativa. 2. A ordem e a disciplina são necessárias na sala de aula. 3. Os castigos são sempre um erro. São humilhantes, não conduzem ao fim desejado e não passam de paliativos. 4. A nova vida da escola supõe a cooperação escolar, isto é a gestão da vida pelo trabalho escolar pelos que a praticam, incluindo o educador. 5. A sobrecarga das classes constitui sempre um erro pedagógico. 6. A concepção atual das grandes escolas conduz professores e alunos ao anonimato, o que é um erro e cria barreiras. 7. A democracia de amanha prepara-se pela democracia na escola. Um regime autoritário na escola não seria capaz de formar cidadãos democratas.
  • 26. 1. Uma das primeiras condições de renovação da escola é o respeito a criança e por sua vez, a criança ter respeito aos seus professores; só assim é possível educar dentro da dignidade. 2. A reação social e política, que manifesta uma reação pedagógica é uma oposição com o qual temos que contar, sem que se possa evita-la ou modifica-la. 3. É preciso ter esperança otimista na vida.
  • 27. Declaração da Escola Moderna 1. A educação é o completo desenvolvimento e construção, e não acúmulo de conhecimentos, adestramento e condicionamento. 2. Não aceitamos nenhum doutrinamento 3. Rejeitamos a ilusão de uma educação isolada em si mesma, à margem das grandes correntes sociais de políticas que a condicionam. 4. A escola de amanhã será a escola do trabalho. 5. A escola deve centrar-se na criança que, com nossa ajuda, constrói sua própria personalidade. 6. A Investigação experimental na base do processo é a condição primeira de nosso esforço para a modernização escolar, através da cooperação. 7. Os educadores dos Movimentos da Escola Moderna são os únicos responsáveis pela orientação e exploração de seus esforços cooperativos 8. Nosso movimento preocupa-se em manter relações de simpatia e de colaboração com todas as organizações que lutam pelos mesmos ideais.
  • 28. 1. Nas relações administrativas, resguardamos nossa liberdade de ajudar, prestar serviços e criticar, segundo as exigências da ação cooperativa de nosso movimento. 2. A pedagogia Freinet é, em essência, internacional.
  • 29. Principais obras • Conselho aos pais – 1974 • Jornal escolar – 1974 • As técnicas Freinet da escola moderna – • O texto livre – 1976 • Modernizar a escola • O método natural I – O método natural II – O método natural III – 1977 • A leitura pela imprensa na escola – 1977 • Para uma escola do povo: guia prático para organização material, técnicas e pedagógica da escola popular - 1978
  • 30. • Referências bibliográficas • Coleção grandes educadores. Celestin Freinet. editora Atta -mídia e educação : apresentação Rosa Maria Whitaker Sampaio • AUDET, Marc. A pedagogia Freinet. IN: GAUTHIER, Clemont e TARDIF, Maurice. A pedagogia. Teorias e práticas das antiguidade aos nossos dias. Petrópolis: Vozes, 2010. P.253 – 269. • ICEM, Instituto Cooperativo da Escola Moderna. Pedagogia Freinet uma abordagem inicial. Dossiê pedagógico da Revista L’Educateur – Tradução de Ruth Joffily 10/09/79 • www.jornalescolar.org.br