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EDIÇÃO ESPECIAL DE NEGÓCIOS




                                                      Conheça em
                                                      detalhes o Plano de
                                                      Negócios 2010-2014

                                                      Petrobras impulsiona
                                                      indústria e parque
                                                      tecnológico brasileiro




                       Pré-sal pra valer
             Sistemas definitivos dão a largada para produção
                em escala comercial na acumulação de Tupi
Petrobras Magazine • Edição Especial de Negócios                                          Equador
Editada pela Petrobras                                                                    Esquina de Av. Amazonas N39-123 y José Arízaga - Edificio Amazonas - Plaza, piso 5
                                                                                          - Quito, Ecuador
                                                                                          Tel: (593-2) 2985-300 / fax. (593-2) 2985-396 / e-mail: javier.gremes@petrobras.com
Redação: Cláudia Gisele Peres Martins, Eduardo Gutterres Villela,                         Gerente: Javier Jorge Gremes Cordero
Estephani Zavarise, Larissa Asfora, Odília Raquel Raulino de Almeida,
Telmo Wambier e Vinícius Bastiani                                                         EUA - Houston
                                                                                          10350 Richmond Ave., Suite 1400 - Houston, TX 77042 - USA
Revisão: Cláudia Gisele Peres Martins                                                     Tel: (1 713) 808-2000 / fax: (1 713) 808-2017 / e-mail: orlandomelo@petrobras.com.br
                                                                                          General Manager: José Orlando Melo de Azevedo
Editoração: Flávia da Matta Design

Foto da capa: Roberto Rosa / Banco de Imagens Petrobras                                   EUA - Nova York
                                                                                          570 Lexington, 43rd floor - New York, NY 10022-6837 - USA
Pré-impressão e Impressão: Ipsis Gráfica e Editora                                        Tel: (1 212) 829 1517 / fax: (1 212) 832 5300 / e-mail: helms@petrobras.com.br
                                                                                          General Manager: Theodore Helms
A Petrobras Magazine não é vendida. Para solicitar exemplares, uso de imagens,
informações adicionais, entre em contato conosco:                                         Holanda
Endereço:                                                                                 Weenapoint, toren A - Weena 722, 3e. verdieping - 3014 DA - Rotterdam - The Netherlands
                                                                                          Tel: (31 010) 206-7000 / e-mail: samir.awad@petrobras.com.br
Petrobras – Av. Chile, 65 – sala 1001                                                     CEO: Samir Passos Awad
Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20031-912 – Brasil
E-mail: petromag@petrobras.com.br – web: http://www.petrobras.com                         Japão
                                                                                          Tokyo Ginko Bldg. 5th floor, rooms 505/506 - Marunouchi 1-3-1, Chiyoda-ku, Tokyo
© Copyright 03/09/2010                                                                    100-0005 - Japan
                                                                                          Tel: (813) 5218-1200 / fax: (813) 5218-1212 / e-mail: kawakami@petrobras.com.br
                                                                                          General Manager: Osvaldo Kawakami

                                                                                          Líbia
                                                                                          Al Fateh Tower, 2 - rooms 156 and 157 - Tripoli - Libya
                                                                                          Tel: (218 91) 215-0634 / e-mail: irangarcia@petrobras.com.br
                                                                                          General Manager: Iran Garcia da Costa

                                                                                          México
                                                                                          Avenida Paseo de la Reforma, 115 - piso 11 - oficina 1101 - Colonia Lomas de Chapultepec
                                                                                          11000 - México, D.F.
                                                                                          Tel: + 52 (55) 30 67 91 00 / fax: + 52 (55) 30 67 91 02 / e-mail: miltoncfi@petrobras.com
                                                                                          Gerente General: Milton Costa Filho
ESCRITÓRIOS DA PETROBRAS
                                                                                          Nigéria
Angola                                                                                    Plot 98, Adeola Odeku Street - 5th Floor - Victoria Island, Lagos - Nigeria
Rua Pedro Felix Machado, 51 - 2º andar - Caixa Postal 2665 - Luanda - Angola              Tel: (+ 234 1) 462-1300 / fax: (+ 234 1) 461-8987 / e-mail: nmblanco@petrobras.com.br
Tel: (244 2) 39 0330 / fax: (244 2) 39 0480 / e-mail: mmurilo@petrobras.com.br            General Manager: Nelson Marçal Blanco
Gerente Geral: Manoel Murilo Silva
                                                                                          Paraguai
Argentina                                                                                 España e Brasilia - Edif. España - piso 3 - Casilla de Correos, 942 - Asunción - Paraguay
Av. Maipú, nº 1 - 22º piso - C1084AB - Buenos Aires - Argentina                           Tel.: (595 21) 249-1405 / e-mail: jotavio@br-petrobras.com.br
Tel: (54 11) 4344-6072 / e-mail: cdacosta@petrobras.com.br                                Gerente General: Jose Otavio Alves de Souza
CEO: Carlos Alberto da Costa
                                                                                          Peru
Bolívia                                                                                   Amador Merino Reyna 285, piso 5, San Isidro - Lima - Perú
Avenida Grigota, esquina Los Troncos, casi 4to anillo, casilla 6886                       Tel: (51 1) 222 4455 / fax: (51 1) 221 7921 / e-mail: pedro.grijalba@petrobras.com
Santa Cruz de la Sierra - Bolivia                                                         Representante: Pedro Grijalba
Tel: (591 3) 358 6030 / fax: (591 3) 358 6157 / e-mail: ccastejon@petrobras.com.br
Gerente General: Claudio Castejon                                                         Reino Unido
                                                                                          4th floor, 20 North Audley Street - London W1K 6WL - UK
Chile                                                                                     Tel: (44 0 20) 7535 1100 / fax: (44 0 20) 7467 5800 / e-mail: messeder@petrobras.com.br
Av. Los Conquistadores, 1700 - Torre Santa María, 6° piso A - Providencia - Chile.        General Manager: Marcelo Malta da Costa Messeder
Tel: 00562 3812130/31/32 / fax : 00562 3812133 / e-mail: claudio.castejon@petrobras.com
Gerente General: Vilson Reichemback da Silva                                              Tanzânia
                                                                                          Plot 1403/1 A, Makaki Area, P.O. Box 31391
China                                                                                     Off Chole Rd, Behind Old Canada Village
Level 12th floor, units 21-25 - China World Tower 1 / China World Trade Center - nº 1     Dar es Salaam - Tanzania
JianGuoMenWai Avenue - Beijing 100004 - China                                             Tel: (255 22) 216 5676 / e-mail: samuelmiranda@petrobras.com
Tel: (86 10) 650 598 37 / fax: (86 10) 650 59 850 / e-mail: mcastilho@petrobras.com.br    General Manager: Samuel Bastos de Miranda
General Manager: Marcelo Castilho da Silva
                                                                                          Turquia
Cingapura                                                                                 Karum Business Center, 427, Iran Caddesi, No. 21, Kat5 - Kavaklidere - 06680
435 Orchard Road, 17-05 Wisma Atria - Singapore 238877                                    Ankara - Turkey
Tel: (65) 6550 50 80 / fax: (65) 6734 9087 / e-mail: odilia@petrobras.com                 Tel: (90 312) 457 6222 / fax: (90 312) 457 6271 / e-mail: hsilva@petrobras.com.br
Managing Director: Odilia Dauzacker                                                       General Manager: Hércules Tadeu Ferreira da Silva

Colômbia                                                                                  Uruguai
Carrera 7, 71/21 - Edificio Bancafé, torre B, 17º piso - Santa Fe de Bogotá - Colombia    Plaza Independência 831 - piso 10, CP11100 - Montevideo - Uruguay
Tel: (57 1) 313 5000 / fax: (57 1) 313 5070 / e-mail: ramosa@petrobras.com.co             Tel: (598 2) 500-84-00 / e-mail: iranivarella@petrobras.com.br
Gerente General: Abilio Paulo Pinheiro Ramos                                              Gerente General: Irani Varella

Cuba                                                                                      Venezuela
Piso 2, Oficina 216, Avenida 3º, entre 76 e 78, Miramar, Municipio Playa - Ciudad de La   Av. Venezuela del Rosal - Edificio Torre Lamaletto - piso 8 - 1060
Havana – Cuba                                                                             Caracas - Venezuela
Tel: (53 7) 207 9754 / e-mail: jfigueira@petrobras.com                                    Tel: (58 212) 957-7300 / e-mail: jfigueira@petrobras.com
Gerente General: João Carlos Figueira Araújo                                              Gerente General: João Carlos Figueira Araújo
Carta aos Leitores




Brasil: uma potência energética global
  Os anos 2000 vêm sendo muito bons para o Brasil em todas         nizando nosso parque de refino, com vistas a nos tornarmos
as esferas, mas principalmente para a indústria de energia.        exportadores de derivados muito em breve e produzirmos
Atingimos a autossuficiência na produção de petróleo, ex-          combustíveis com menor teor de enxofre. Estamos também
portamos para o mundo inteiro nossa experiência com o              nos preparando para aumentar nossa participação no merca-
etanol e fizemos a maior descoberta em décadas no Ocidente         do global de gás natural e energia elétrica. E investindo cada
ao encontrarmos as reservas do pré-sal.                            vez mais em pesquisas e na garantia da segurança de todas as
  Sabemos que, na nossa indústria, não existe curto prazo.         nossas operações. Para possibilitar a execução de mais de 600
Esses resultados são fruto de um movimento que começou             projetos nos próximos cinco anos, a Petrobras desenvolveu
com a criação da Petrobras, movido pela crença de que o Brasil     um dos mais ambiciosos planos de negócios da indústria, que
poderia se tornar de fato uma potência energética global. E        prevê um investimento total de US$ 224 bilhões em todas as
esse pensamento se mantém até hoje, mais de 50 anos depois.        áreas da Companhia.
  Passos decisivos nessa direção serão dados pela Petrobras          Mas o legado do pré-sal para o país e para a Petrobras vai
nos próximos anos. Com o apoio de nossos parceiros e cadeia        além do ciclo produtivo. A mobilização da indústria nacio-
de fornecedores, estamos lançando agora as bases para a pro-       nal, com a qualificação dos trabalhadores e a geração de em-
dução no pré-sal. Concluímos com sucesso o TLD de Tupi,            prego e renda, e o desenvolvimento do parque tecnológico
com resultados muito úteis para o aperfeiçoamento dos siste-       brasileiro são duas premissas das quais a Petrobras não abre
mas definitivos de produção. O desafio agora é atingirmos, até     mão. Do total a ser investido entre 2010 e 2014, nada menos
2017, a produção de um milhão de barris por dia somente na         que US$ 142,2 bilhões serão destinados a compras de bens
área do pré-sal. Para isso, iremos investir US$ 33 bilhões entre   e serviços no mercado nacional. Essa política terá repercus-
2010 e 2014 em exploração, desenvolvimento da produção,            são direta na demanda por mão de obra, tanto na Petrobras
infraestrutura e suporte para desenvolver o novo polo. Temos       quanto nas indústrias e empresas fornecedoras, com a ge-
plena confiança de que a Petrobras está preparada para liderar     ração de cerca de 1,5 milhão de novos postos de trabalho.
este complexo e desafiador projeto.                                Se existem “gargalos” na indústria da energia no Brasil, eles
  Não se trata apenas da retirada do petróleo e do gás do fundo    devem ser identificados e tratados. Representam uma opor-
do mar, a grandes profundidades. Nosso objetivo é maximizar        tunidade de melhoria, e não um empecilho intransponível.
os frutos dessa descoberta histórica, gerando, a partir dessas     Mais do que isso: são a certeza de que estamos apenas no
reservas, o maior benefício possível para a Companhia e para       início de uma nova era na história da Petrobras, do Brasil e
o país. É por este motivo que estamos ampliando e moder-           da indústria.




                                                                                                                2 0 1 0 petrobras magazine   1
petrobras magazine – edição especial de negócios



                                                                               04                 É dada a partida
                                                                                                  Petrobras instala a primeira plataforma definitiva na
                                                                                                  acumulação de Tupi até o fim de 2010.
             Roberto Rosa / Banco de Imagens Petrobras




                                           12            Transformando a
                                                         indústria brasileira
                                                         Petrobras conta com fornecedores nacionais
                                                         para o desenvolvimento do Polo Pré-sal.




                                                                         18                 Parcerias
                                                                                            para crescer
                                                                                            Articulação entre Petrobras, empresas fornecedoras e o
                                                                                            meio acadêmico para desenvolver o Polo Pré-sal incentiva
          Banco de Imagens Petrobras




                                                                                            o surgimento de um dos mais avançados parques
                                                                                            tecnológicos do mundo no setor de energia.




2   petrobras magazine 2 010
24                                                                          Segurança nas
                                                                                                                                        operações



                                                                            Juarez Cavalcanti / Banco de Imagens Hermes
                                                                                                                                        Gestão de contingência reforça prevenção
                                                                                                                                        e assegura soluções rápidas em caso de
                                                                                                                                        acidentes.




                                            Integrar para                                                                                     28
                                                   evoluir




                                                                                                                                                                                                   Bruno Veiga / Banco de Imagens Petrobras
                             Petrobras implanta nova filosofia de trabalho para
                                                     integrar suas operações.
Banco de Imagens Petrobras




                                                     32                                                                                 Rumo ao topo
                                                                                                                                        Plano de Negócios 2010-2014 prepara Petrobras para
                                                                                                                                        ficar entre as cinco maiores empresas produtoras de
                                                                                          Geraldo Falcão / Banco de Imagens Petrobras




                                                                                                                                        petróleo do mundo.




                                                                                                                                                                                   2 0 1 0 petrobras magazine                                 3
É dada a
              partida
                               Petrobras instala a primeira plataforma definitiva
                               na acumulação de Tupi até o fim de 2010.




4   petrobras magazine 2 010
Roberto Rosa / Banco de Imagens Petrobras




2 0 1 0 petrobras magazine         5
A PETROBRAS DEVERÁ COLOCAR EM PRODUÇÃO ATÉ           tria e do tipo de estimulação; para a avaliação do
                               dezembro deste ano o FPSO Cidade de Angra dos        desempenho dos diferentes métodos de recupe-
                               Reis, no pré-sal da Bacia de Santos. Primeira pla-   ração; para a calibração dos estudos de garantia
                               taforma de produção em escala comercial progra-      do escoamento do óleo nas linhas submarinas;
                               mada para a área de Tupi, a entrada em operação      para a verificação do desempenho dos sistemas
                               dessa unidade é um passo importante no plane-        submarinos; e para maximizar a eficiência ope-
                               jamento da empresa para desenvolver as grandes       racional da planta de processamento de gás na
                               acumulações descobertas nos últimos anos abaixo      plataforma.
                               da camada de sal.                                       O Piloto de Tupi testará o desempenho dos
                                 O FPSO Cidade de Angra dos Reis, afretado da       diversos métodos de recuperação previstos para
                               empresa Modec, será ancorado em 2.149 metros         o pré-sal, especialmente a Injeção Alternada de
                               de lâmina d´água. De imediato, será ligado ao        Água e Gás (WAG). A planta de processamento
                               poço 9-RJS-660 e começará produzindo de 15 mil       tratará o petróleo e separará o gás natural, o CO2 e
                               a 20 mil barris de óleo por dia (bpd). A nova pla-   a água produzidos, que poderão ser utilizados para
                               taforma tem capacidade para produzir até 100 mil     melhorar a recuperação de petróleo do reservató-
                               bpd e processar até 5 milhões de metros cúbicos      rio, por meio da reinjeção de água do mar depois
                               de gás/dia. No pico de produção, estará conectada    de extraído o sulfato e da possível reinjeção de gás
                               a seis poços produtores de petróleo, um injetor de   natural e CO2, ou somente de CO2.
                               gás, um injetor de água e, por fim, um capaz de         O escoamento do gás comercial se dará por
                               injetar água e gás alternadamente.                   um gasoduto de 18 polegadas que ligará o FPSO
                                 Com a entrada em operação do Cidade de             do Piloto a um conjunto de válvulas submarinas
                               Angra dos Reis, o FPSO BW Cidade de São              (PLEM) a ser instalado próximo à plataforma de
                               Vicente, que realiza o Teste de Longa Duração        Mexilhão, um campo de gás não-associado locali-
                               (TLD) de Tupi por meio do poço 3-RJS-646,            zado na Bacia de Santos. A partir desse ponto, será
                               será transferido para a área de Tupi Nordeste,       escoado para a costa, junto com o gás de Mexilhão
                               onde dará início a um novo TLD. Assim como o         e de outras áreas, por um gasoduto de 34 pole-
                               BW Cidade de São Vicente, o Cidade de Angra          gadas já existente, até à Unidade de Tratamento
                               dos Reis continuará a coletar dados técnicos do      de Gás Monteiro Lobato, em construção pela
                               reservatório até dezembro. A partir da declaração    Petrobras na cidade de Caraguatatuba, no litoral
                               de comercialidade da área de Tupi, prevista para     do estado de São Paulo, onde será tratado antes de
                               ocorrer no fim de dezembro próximo, o Cidade         ser levado ao mercado consumidor. Já o óleo será
                               de Angra dos Reis iniciará a fase denominada         escoado do FPSO Cidade de Angra dos Reis por
                               Projeto Piloto de Tupi, também interligada ao poço   navios aliviadores.
                               3-RJS-646, e complementará o objetivo do TLD            Até o momento, já foram perfurados seis poços
                               trazendo informações valiosas de reservatório        na área de Tupi. Até 2017, a Petrobras espera
                               e de produção, indispensáveis à concepção das        colocar em operação, no Polo Pré-Sal da Bacia
                               demais unidades que irão operar no pré-sal.          de Santos, 11 unidades de produção, dentre as
                               Essas informações serão fundamentais para as         quais três pilotos de produção nas acumulações
                               demais áreas do pré-sal, especialmente no que        de Tupi, Tupi Nordeste e Guará, e oito em locais
                               se refere à otimização do número de poços dos        ainda a serem definidos, como preveem os planos
                               projetos para a definição de sua melhor geome-       de desenvolvimento da área.




         FPSO Cidade de Angra dos Reis tem capacidade
         para produzir até 100 mil bpd e processar até
         5 milhões de metros cúbicos de gás/dia


6   petrobras magazine 2 010
Elizabeth Dalcin / Banco de Imagens Petrobras




                                                                                                                       Construção da Unidade
                                                                                                                        de Tratamento de Gás
                                                                                                                              Monteiro Lobato
O PLANSAL
   O desenvolvimento da produção do pré-sal da       Diretor de Desenvolvimento Integrado do Polo
Bacia de Santos tem características bem diferentes   Pré-sal da Bacia de Santos, o Plansal. O plano
do realizado na Bacia de Campos, nas últimas         engloba o conjunto de estratégias e projetos que
décadas, não só pelos aspectos exploratórios, mas    deverão ser implantados nos próximos 20 anos.
também devido à expectativa de elevados volumes      É composto por cinco subprogramas de pro-
potenciais de óleo e gás, dispersos ao longo de      jetos: Avaliação Exploratória; Desenvolvimento
uma área extensa.                                    da Produção; Infraestrutura Logística e de
   O Polo Pré-sal da Bacia de Santos apresenta       Escoamento; Transporte e Utilização do Petróleo; e
especificidades que tornam o seu desenvolvi-         Transformação e Comercialização do Gás.
mento de modo integrado não só viável, como            Esses subprogramas são apoiados por oito pla-
altamente vantajoso. Os blocos em exploração         nos funcionais: Desenvolvimento Tecnológico;
estão próximos uns dos outros geograficamente,       Disponibilização de Recursos Críticos; Disponi-
em uma área de cerca de 11,6 mil km², e foram        bilização de Competências; Qualidade, Segurança,
adquiridos simultaneamente em rodadas de lici-       Meio Ambiente e Saúde (QSMS); Gestão de
tações promovidas pela Agência Nacional do           Parcerias Operacionais; Aspectos Regulatórios;
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)        Otimização de Investimentos; e, por fim, Plane-
em 2000 e 2001. O risco exploratório da área tem     jamento Integrado.
se mostrado muito menor do que o geralmente            O Plansal não é um planejamento definitivo e
identificado na indústria. Todos os poços explo-     estático. É revisado anualmente, em um proces-
ratórios perfurados no Polo Pré-sal da Bacia de      so de permanente incorporação de informações
Santos, operados pela Petrobras, até o presente      sobre a geologia da área, a produtividade dos
momento, resultaram em descobertas.                  reservatórios, o escoamento por linhas sub-
   A conjunção desses fatores permitirá que a        marinas e o desempenho das instalações de
Petrobras e seus parceiros (BG, Partex, Shell,       produção. Daí a importância da estratégia de a
Petrogal-Galp, Repsol) desenvolvam as desco-         Petrobras instalar testes de longa duração antes
bertas criando soluções que serão utilizadas em      do sistema definitivo de produção.
diversas áreas do polo. Com isso, serão otimizadas     Adquirir o máximo possível de informações
as estratégias para o desenvolvimento tecnológico,   permitirá à Companhia promover constantes
assim como a contratação e a utilização de recur-    aperfeiçoamentos nas concepções dos projetos,
sos físicos e financeiros.                           reduzirá incertezas e tornará o planejamento cada
   É com esse objetivo que a Petrobras trabalha      vez mais robusto.
de forma integrada na elaboração do Plano


                                                                                                           2 0 1 0 petrobras magazine              7
DESENVOLVIMENTO EM ETAPAS
                                    Os subprogramas de Avaliação Exploratória e        Essa fase servirá de laboratório de campo para
                                  de Desenvolvimento da Produção serão imple-          o desenvolvimento de novas tecnologias. Neste
                                  mentados em duas etapas, denominadas de Fase         momento, serão instalados os dois pilotos de
                                  0 e Fase 1A. A Fase 0, ou etapa de aquisição de      produção antecipados em Guará e Tupi Nordeste,
                                  conhecimentos, que se iniciou em 2008 e deverá       ambos com capacidade para produzir até 120 mil
                                  terminar em 2016, objetiva a delimitação das des-    bpd, além de outras oito unidades de produção
                                  cobertas, com vistas à melhor caracterização geo-    denominadas replicantes (feitas em série) – cujos
                                  lógica das áreas, conforme previsto nos Planos de    cascos serão construídos no Brasil, no Estaleiro
                                  Avaliação estabelecidos pela ANP. Além de novos      Rio Grande – e aptas a produzir até 150 mil bpd
                                  levantamentos e reprocessamentos sísmicos, serão     cada. A capacidade de processamento de gás
                                  perfurados até 37 poços de delimitação e reali-      natural será de aproximadamente 5 milhões de m³
                                  zados até 18 testes de longa duração (TLDs). O       por dia. Cada sistema estará ligado a cerca de 20
                                  Piloto de Tupi está inserido nessa etapa.            poços, entre produtores e injetores, além de ins-
                                    As informações obtidas na Fase 0 serão fun-        talações submarinas para o controle e escoamento
                                  damentais para a definição da Fase 1, ou etapa       da produção.
                                  de desenvolvimento definitivo. Essa fase será          A Fase 1B visa a completar o desenvolvimento
                                  subdividida em 1A e 1B. A Fase 1A, prevista para     do Polo Pré-sal com uso intensivo de novas tec-
                                  o período 2013 a 2016, tem o objetivo de alcan-      nologias a serem viabilizadas. Entre elas, estarão
                                  çar uma produção superior a 1 milhão de barris       unidades de produção com sondas de perfuração
                                  por dia (bpd) de petróleo em 2017, em locações       dedicadas; sistemas de completação seca (com a
                                  operadas pela Petrobras, e, assim, gerar fluxo de    árvore de natal na superfície); injeção alternada
                                  caixa para os projetos da Fase 1B, que terá início   de água e gás e/ou CO2 nos reservatórios (WAG)
                                  em 2017.                                             visando ao aumento do fator de recuperação e
                                    Nesta fase 1A, serão aplicados os conceitos        soluções para a garantia de escoamento do petró-
                                  de produção já dominados pela Petrobras, devi-       leo e do gás. A produção será escoada de acor-
                                  damente adaptados às condições do pré-sal.           do com dois subprogramas: o de Infraestrutura




                FASE 0: AQUISIÇÃO DE
                                                                           FASE 1: DESENVOLVIMENTO DEFINITIVO
                  CONHECIMENTOS

                                                         1A                                         1B


            PERÍODO: 2008-2016                           PERÍODO: 2013-2016                         PERÍODO: a partir de 2016

            OBJETIVO: Delimitação das                    OBJETIVO: produção superior a              OBJETIVO: completar o
            descobertas e caracterização                 1 milhão de barris por dia (bpd)           desenvolvimento do Polo
            geológica das áreas.                         de petróleo em 2017                        Pré-sal com uso intensivo de
                                                                                                    novas tecnologias
            MARCOS: Além de                              MARCOS: Instalação dos pilotos
            novos levantamentos e                        de produção antecipados de                 MARCOS: Entre essas novas
            reprocessamentos sísmicos,                   Guará e Tupi Nordeste, ambos               tecnologias, estarão unidades
            serão perfurados até 37 poços                com capacidade para produzir               de produção com sondas de
            de delimitação e realizados                  até 120 mil bpd, além de outras            perfuração dedicadas, sistemas
            até 18 testes de longa duração               oito unidades de produção                  de completação seca e injeção
            (TLDs). O Piloto de Tupi está                                                           alternada de água e gás e/ou
            inserido nessa etapa.                                                                   CO2 nos reservatórios




8   petrobras magazine 2 010
Roberto Rosa / Banco de Imagens Petrobras




                                                                                                  Petróleo do pré-sal possui boas
                                                                                                  características, como baixo
                                                                                                  teor de enxofre




Logística e de Escoamento; e o de Transporte e
Utilização do Petróleo, com instalação prevista de
dois modais de transporte: por navios e dutos.
   O transporte por navios empregará sistemas
que permitam o transbordo de embarcações ali-
viadoras de posicionamento dinâmico para navios
convencionais, os quais transportarão a carga
de petróleo até o destino final, dentro ou fora
do Brasil. Esta opção atenderá integralmente à
necessidade de escoamento da produção prevista
para a Fase 1A e, parcialmente, para a 1B. O esco-
amento por dutos poderá dispor de um conjunto
de oleodutos que complementará a capacidade de
escoamento para a produção da Fase 1B.
   Em função de suas boas características, tais
como baixo teor de enxofre e produção de deri-
vados com alto grau de valor agregado, o petróleo
do pré-sal poderá reduzir significativamente as
importações brasileiras de petróleo médio/leve.
   O gás natural a ser comercializado será
escoado por meio dos projetos previstos nos
subprogramas de Infraestrutura Logística e de
Escoamento e de Transformação e Comercialização
de Gás. Inicialmente, o escoamento será feito por
um gasoduto marítimo, que interligará Tupi à
malha de gás de Caraguatatuba. Posteriormente,
será necessário implantar uma nova rota de
escoamento, que poderá ser feita por meio de
uma planta de gás natural liquefeito embarcado
(GNLE) ou de um novo gasoduto para o
Terminal de Cabiúnas, situado na Bacia de
Campos. Essas alternativas estão sendo avaliadas
para subsidiar a futura decisão sobre a melhor
opção a ser instalada.
   O suporte operacional será feito pelo subpro-
grama de Infraestrutura Logística, cuja estratégia
básica será a otimização dos custos de apoio. Será
necessário instalar portos, aeroportos, anéis de
fibra ótica, estações intermediárias para movimen-
tação de fluidos e, eventualmente, uma platafor-
ma intermediária de apoio logístico.




Objetivo do Plansal é produzir mais de 1 milhão de barris
por dia em 2017


                                                                                                 2 0 1 0 petrobras magazine   9
PROGRAMAS E INICIATIVAS                                                      MAIS FÔLEGO À INDÚSTRIA
                                  A Petrobras conta com diversas iniciativas e pro-                            Com a implantação dos projetos do Polo Pré-sal
                               gramas que contribuirão para viabilizar os obje-                             da Bacia de Santos, haverá um aumento significati-
                               tivos almejados para os próximos anos. Como,                                 vo da demanda por bens e serviços no Brasil. Com
                               por exemplo, o Programa de Desenvolvimento de                                isso, deverão ser geradas grandes oportunidades
                               Tecnologias para o CO2 (PRO-CO2), que tem por                                para o crescimento da indústria nacional, seja pela
                               objetivo viabilizar a captura, o transporte e o                              expansão do parque fabril existente, seja pela cria-
                               armazenamento geológico do dióxido de carbo-                                 ção de novos atores nesse segmento.
                               no. Sendo a preservação do meio ambiente, além                                  Uma das estratégias do Plansal que viabiliza
                               da segurança operacional, prioridade em todos os                             essa política de conteúdo nacional é a construção
                               projetos, o programa desenvolve iniciativas para                             seriada de unidades de produção: a chamada
                               não ventilar para a atmosfera o CO2 produzido                                “Fábrica de FPSOs”. É uma iniciativa inédita
                               juntamente com o gás do pré-sal.                                             na indústria de petróleo e gás, que permitirá a
                                  Um novo modelo de operação denominado                                     antecipação da entrega das unidades e, conse-
                               GIOp-Gerenciamento Integrado das Operações será                              quentemente, viabilizará a antecipação da curva
                               aplicado, com foco no monitoramento remoto e                                 de produção e do retorno econômico dos inves-
                               integrado das operações, visando à excelência em                             timentos realizados.
                               segurança e eficiência operacional.                                             Um dos desafios do pré-sal naquela área é
                                  O Programa Tecnológico para o Desenvolvimento                             a quantidade de poços a serem perfurados.
                               de Reservatórios do Pré-Sal (Prosal) foi criado com                          Considerando que, em média, cada unidade de
                               o objetivo de maximizar a recuperação de hidro-                              produção das Fases 0 e 1A poderá ser interliga-
                               carbonetos na área, identificar a geometria de                               da a até 20 poços, haverá algo em torno de 200
                               poço mais adequada aos reservatórios e garantir                              poços a serem perfurados nos próximos anos.
                               que os fluidos produzidos escoem, sem proble-                                Com esse intuito, aliado à demanda gerada pelo
                               mas, dos reservatórios produtores até as unidades                            esforço exploratório e pelo desenvolvimento da
                               de produção.                                                                 produção do extenso portfólio de oportunidades
FPSOs replicantes                                                                                           da Petrobras, foram contratadas diversas sondas
serão construídos no                                                                                        para operar em águas ultraprofundas e está em
Estaleiro Rio Grande
                                                  José Luis Rodrigues da Cunha/Banco de Imagens Petrobras   processo de licitação a aquisição de até 28 unida-
                                                                                                            des adicionais, a serem contruídas no Brasil, de
                                                                                                            acordo com a estratégia de todos os equipamentos
                                                                                                            estarem disponíveis dentro do prazo previsto.
                                                                                                               Tanto a “Fábrica de FPSOs”, quanto a aquisição
                                                                                                            de sondas integram um conjunto de estratégias que
                                                                                                            possibilitarão elevar os índices de conteúdo nacio-
                                                                                                            nal, gerando escala para promover a expansão da
                                                                                                            indústria brasileira em termos competitivos.
                                                                                                               As demandas por bens e serviços para os pro-
                                                                                                            jetos do pré-sal sustentarão a criação de milhares
                                                                                                            de novos empregos, a melhoria da qualificação
                                                                                                            da mão de obra existente e o aumento da renda
                                                                                                            de diversos setores existentes no país. Nesse
                                                                                                            contexto, torna-se cada vez mais evidente a
                                                                                                            valiosa contribuição do Programa de Mobilização
                                                                                                            da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural
                                                                                                            (Prominp) nos esforços para maximizar a parti-
                                                                                                            cipação da indústria nacional em bases competi-
                                                                                                            tivas e sustentáveis.
                                                                                                               A Petrobras criou, também, o Programa de
                                                                                                            Desenvolvimento das Competências para o Pré-sal
                                                                                                            (Prodesal), com o objetivo de disseminar e per-
                                                                                                            petuar o conhecimento de sua força de trabalho
                                                                                                            adquirido sobre o acúmulo de tecnologias desen-
                                                                                                            volvidas e práticas inovadoras.


10   petrobras magazine 2010
Aquisição de sondas
                                                                                                                possibilitará elevar os índices
                                                                                                                        de conteúdo nacional




Geraldo Falcão/Banco de Imagens Petrobras




Demandas por bens e serviços sustentarão a criação de
milhares de novos empregos, a qualificação da mão de obra
e o aumento da renda de diversos setores no Brasil
A EXPANSÃO DA BACIA DE SANTOS
  Com o pré-sal, as atividades da Petrobras no       década de 2000, a Petrobras decidiu expandir as
entorno da Bacia de Santos serão intensificadas      suas atividades exploratórias para além do núcleo
nos próximos anos. Para dar apoio ao crescimento     central da Bacia de Campos, intensificando as
da atuação da empresa na região foi adquirida uma    pesquisas a Norte e Sul daquela área, avançando
área de 25 mil m² no bairro histórico do Valongo,    pelas bacias de Santos e do Espírito Santo.
na cidade de Santos, em 2008. No terreno serão          Para o apoio logístico, já são utilizadas, hoje,
construídas três torres, de onde serão coordenadas   quatro áreas de apoio aéreo às operações da Bacia
as operações da bacia.                               de Santos: em Jacarepaguá e Cabo Frio, no Rio de
  As instalações da futura sede da Unidade de        Janeiro; Itanhaém, em São Paulo; e Navegantes,
Operações da Bacia de Santos terão capacidade        em Santa Catarina. Para apoio marítimo, são uti-
para acomodar cerca de 6 mil pessoas. Com o          lizadas três outras áreas: porto do Rio de Janeiro
projeto, em conjunto com outros realizados na        e porto de Imbetiba/Macaé, no estado do Rio de
região, o bairro passará por profundo processo de    Janeiro, e porto de Itajaí, em Santa Catarina Além
revitalização. Será o primeiro prédio com certifi-   disso, está sendo considerada a instalação de duas
cação verde da cidade e que prevê, em seu proje-     bases logísticas com infraestrutura portuária e
to, o uso inteligente de recursos naturais.          aeroportuária em Itaguaí, no Rio de Janeiro, e em
  Esse empreendimento ilustra uma história bem-      parte da base aérea de Santos, no Guarujá, em
sucedida que começou quando, no início da            São Paulo.


                                                                                                           2 0 1 0 petrobras magazine     11
Transformando a
              indústria brasileira
           Petrobras conta com fornecedores nacionais para o
           desenvolvimento do Polo Pré-sal.




12   petrobras magazine 2010
Banco de Imagens Petrobras




2 0 1 0 petrobras magazine    13
A PETROBRAS CONTA COM A CONSOLIDAÇÃO DO                     A maior prova da confiança que a Petrobras de-
                                   Brasil como um polo fornecedor de bens e ser-             posita na indústria nacional reside no fato de que
                                   viços de engenharia com padrões internacionais            um dos recursos mais críticos para a exploração
                                   de competitividade. Prova disso é a meta global           do pré-sal, a contratação de sondas de perfuração
                                   de 67% de conteúdo local nos novos empreen-               para águas profundas, está centralizada no merca-
                                   dimentos da Companhia, estipulada no Plano de             do brasileiro. Está prevista a construção, no Brasil,
                                   Negócios 2010-2014. Estão previstas compras no            de 26 sondas até 2014 (serão 53 até 2020), com
                                   valor de US$ 142,2 bilhões no mercado nacional            conteúdo nacional crescente.
                                   nos próximos cinco anos, o que representa um                Dois outros programas demonstram os esforços
                                   nível de contratação anual no país de cerca de            que a Petrobras vem empreendendo para estimu-
                                   US$ 28,4 bilhões.                                         lar a indústria nacional: o Programa de Moderniza-
                                                                                             ção e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) e
         Investimentos no Brasil (US$ Bilhões)                                               o Programa de Mobilização da Indústria de Petróleo e
                               Investimentos no        Colocação no      Conteúdo Nacional
                                                                                             Gás Natural (Prominp).
         Área de Negócio
                                     Brasil           Mercado Nacional          (%)

         E&P                        108,2                   57,8               53%           PROMINP
                                                                                               O Programa de Mobilização da Indústria de Petróleo
         Abastecimento              78,6                    62,8               80%
                                                                                             e Gás Natural (Prominp), que possui estratégias
         Gás e Energia              17,6                    14,4               82%
                                                                                             focadas no fortalecimento da com-petitividade
         Distribuição                2,3                    2,3               100%           da indústria nacional e na geração de empregos,
         PBio                        2,3                    2,3               100%           também tem obtido resultados significativos. O
         Corporativo                 3,3                    2,6                80%           aumento do conteúdo nacional na execução de
         Total                      213,3                  142,2               67%
                                                                                             projetos passou de 57%, em 2003, para 75% em
                                                                                             2009. O crescimento representou encomendas
                                                  +
                                                                                             adicionais de US$ 17,8 bilhões no mercado
                                 US$ 46,4 BILHÕES DE PARCEIROS
                                                                                             nacional, gerando 755 mil empregos no período.
        Fonte: Plano de Negócios Petrobras 2010-2014

Alunos do Prominp                                                                                                                Banco de Imagens Petrobras




14   petrobras magazine 2010
Prominp forma novos
                                                                                                            profissionais para a indústria




Banco de Imagens Petrobras



   Através do Plano Nacional de Qualificação          rem competitividade em nível global. O programa
Profissional (PNQP), com um investimento de           determina que a construção dos navios ocorra no
aproximadamente R$ 260 milhões, o Prominp vai         Brasil com um índice de nacionalização mínimo
formar, até o final de 2010, 78 mil profissionais     de 70%. “O Promef é o exercício de uma política
em cursos ligados às atividades do setor de           industrial. O Brasil, hoje, tem a 4ª maior carteira
petróleo e gás natural, em 15 estados do país.        de encomendas de petroleiros do mundo. O obje-
Segundo o coordenador executivo do Prominp,           tivo é caminhar no mesmo sentido de sustentabili-
José Renato de Almeida, até o ano de 2013, devido     dade da Petrobras, para que os estaleiros exportem
aos investimentos na área do Pré-Sal, a demanda       navios e adquiram novos clientes”, diz o gerente
de qualificação profissional será de 207 mil          executivo do Promef, Arnaldo Arcadier.
pessoas, sendo boa parte ligada à indústria naval.       O programa recebeu um investimento de
A necessidade de novos profissionais é mensurada      US$ 4,7 bilhões em suas duas primeiras fases
de acordo com o Plano de Negócios da Petrobras,       (Promef I e II), tendo gerado cerca de 200 mil em-
cuja média de investimento anual cresceu mais de      pregos entre diretos e indiretos. O Promef III, que
sete vezes desde 2003. Passou de US$ 5,8 bilhões      deve iniciar os processos de licitação entre 2012
para US$ 42,4 bilhões em 2010. “Isso significa        e 2013, levará em conta as demandas do pré-sal
para a indústria uma oportunidade e um desafio        e a entrada em funcionamento das quatro novas
sete vezes maiores. Para conseguir fazer isso no      refinarias do Nordeste (Pernambuco, Ceará, Ma-
Brasil, com empresas nacionais, é fundamental um      ranhão e Rio Grande do Norte) e do Complexo
alto nível de competitividade, de forma a prover      Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
os serviços necessários a esses projetos”, afirma o      O esforço de resgatar a tradição e a qualidade
coordenador do Prominp.                               da indústria naval brasileira já rendeu frutos.
                                                      Em agosto de 2010, durante um seminário no
PROMEF                                                evento Navalshore, um grupo de fornecedores da
  O Promef tem como principal objetivo oferecer       Japanese Marine Equipment Association (JSMEA)
condições para os estaleiros nacionais conquista-     apresentou seus produtos e demonstrou interesse


O esforço de resgatar a tradição e a qualidade da
indústria naval brasileira já rendeu frutos
                                                                                                            2 0 1 0 petrobras magazine       15
em participar do Promef. Alguns deles já fornecem    talização da indústria brasileira, estagnada desde a
                                 para a Transpetro, subsidiária da Petrobras, e       década de 90. Dessa forma, o esforço de introduzir
                                 pretendem investir no Brasil por conta da rea-       conteúdo nacional nas demandas da Companhia
                                 tivação da indústria local de construção naval.      irá contribuir para a consolidação do segmento
                                    Ao investir em programas como o Promef e o        naval no Brasil, país que tem hoje o maior progra-
                                 Prominp, a Petrobras busca contribuir para a revi-   ma de investimentos offshore do mundo.



                                   Encomendas do PROMEF:
                                   Dos 49 navios das duas primeiras fases do Promef, 46 já foram licitados e contratados. Os últimos
                                   três navios estão em fase final de licitação:
                                     •	10 navios Suezmax – US$ 1,2 bilhão
                                     •	5 navios Aframax – US$ 693 milhões
                                     •	4 navios Panamax – US$ 468 milhões
                                     •	9 navios de produtos – US$ 552,5 milhões
                                     •	4 navios aliviadores Suezmax DP – US$ 746 milhões
                                     •	3 navios aliviadores Aframax DP – US$ 477 milhões
                                     •	3 navios de bunker – US$ 46 milhões

                                   Encomendas com o resultado definido, à espera da assinatura dos contratos:
                                     •	3 navios gaseiros – US$ 536 milhões
                                   Encomendas em fase final de licitação:
                                     •	3 navios de produtos
                                   Total já contratado: US$ 4,7 bilhões
        Estaleiro Brasfels, em
        Angra dos Reis (RJ)
                                                                                                                   Ari Versiani/Banco de Imagens Petrobras




16   petrobras magazine 2010
Banco de Imagens Petrobras




                             O Estaleiro Atlântico Sul
                             O Estaleiro Atlântico Sul S.A., criado em novembro de 2005 na região de Suape,
                             em Pernambuco, é o maior estaleiro do Hemisfério Sul. Detém a maior carteira de
                             encomendas do Promef, 22 navios. O empreendimento, um marco na revitalização
                             da indústria naval no Brasil, gerou cerca de 60 mil empregos, entre diretos e
                             indiretos. O EAS recebeu investimentos de R$ 1,4 bilhão e tem capacidade instalada
                             de processamento da ordem de 160 mil toneladas de aço por ano. O estaleiro tem
                             como sócios brasileiros os grupos Camargo Corrêa e Queiroz Galvão e a empresa
                             PJMR. A sócia internacional é a sul-coreana Samsung Heavy Industries (SHI).




                                    foto 12174.jpg




                                                                                       2 0 1 0 petrobras magazine   17
Banco de Imagens Petrobras




   Parcerias
                             para crescer
   Articulação entre Petrobras, empresas fornecedoras
   e meio acadêmico para desenvolver o Polo Pré-sal
   incentiva o surgimento de um dos mais avançados
   parques tecnológicos do mundo no setor de energia.
     18     petrobras magazine 2010
2 0 1 0 petrobras magazine   19
A ARTICULAÇÃO DA PETROBRAS COM O MEIO                exterior e, depois de concluído, será montado na
        acadêmico e fornecedores de bens e serviços tem      futura unidade de teste em escala real da FMC
        sido fundamental para o desenvolvimento das          no parque.
        soluções tecnológicas necessárias aos negócios          A UFRJ avalia, ainda, a solicitação de outras
        da Companhia. Aperfeiçoadas ao longo dos             empresas que têm interesse em instalar seus cen-
        anos, e agora ainda mais estimuladas pelos           tros no parque, além de já ter confirmada a cons-
        imensos desafios do pré-sal, essas parcerias         trução de um centro de P&D da Usiminas. Esse
        têm provocado uma verdadeira revolução nas           movimento vem se ampliando: General Electrics
        instituições de pesquisa brasileiras e estão         (GE), IBM e Cameron são outras empresas que
        propiciando o surgimento, no Brasil, de um dos       já anunciaram a intenção de construir centros de
        mais avançados parques tecnológicos do mundo         pesquisa junto a universidades brasileiras, além
        nos segmentos de petróleo, gás e energia.            de firmar acordos de cooperação tecnológica
          Com o pré-sal, a escala e a complexidade das       com a Petrobras.
        demandas da Petrobras têm crescido constan-             “Atualmente, o Parque Tecnológico da UFRJ é
        temente. Em função disso, fornecedores tradi-        o único que tem acordos firmados e anunciados
        cionais, incluindo grandes multinacionais, estão     com empresas que fornecem bens e serviços para
        procurando a Companhia para estabelecerem            a Petrobras, mas outros acordos certamente serão
        parcerias de longo prazo para fornecerem bens        estabelecidos ao longo dos próximos anos”, afir-
        e serviços, muitas vezes envolvendo tecnologias      ma o gerente executivo do Cenpes, Carlos Tadeu
        avançadas. Para o desenvolvimento destas tec-        da Costa Fraga.
        nologias, a Petrobras estimula estas empresas a
        construírem centros de pesquisas no Brasil, em       COLABORAÇÃO EM REDE
        locais próximos a suas instalações e universi-         A Petrobras é, hoje, a empresa que mais investe
        dades parceiras, intensificando a integração e a     em pesquisa e desenvolvimento no Brasil. Entre
        troca de conhecimentos. As parcerias também          2007 e 2009, U$ 2,5 bilhões foram destinados
        resultam na criação de empregos e na formação        a essa área, na busca por soluções tecnológicas
        de mão-de-obra brasileira altamente qualificada      para os desafios da Companhia. Estes investi-
        para o setor.                                        mentos devem chegar a US$ 5,1 bilhões entre
          Este incentivo está sendo especialmen-             2010 e 2014.
        te bem sucedido no Parque Tecnológico da
        Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),       Investimentos da Petrobras em P&D entre
        localizado próximo ao Centro de Pesquisas            2007 e 2009, por área
        da Petrobras (Cenpes). O parque já recebeu o                          3% 3%
        anúncio da construção de centros de pesquisa                     4%
        de pelo menos três importantes fornecedoras de
        equipamentos e serviços na área de petróleo e
                                                                                                                       Produção
        gás: FMC Technologies, Schlumberger e Baker
                                                                                                                  Abastecimento
        Hughes. As empresas são líderes de mercado nas                10%
                                                                                                                     Exploração
        suas atividades e irão investir milhões de dólares                                      47%               Meio Ambiente
        em instalações e pesquisas, principalmente vol-                                                          Biocombustíveis
        tadas a exploração e produção offshore.                                                                   Gás & Energia
          Entre estas pesquisas previstas, está o teste               12%
                                                                                                                         Outros
        de integração do primeiro sistema de separação
        submarina água-óleo (SSAO), fruto de um acor-
        do de cooperação tecnológica entre a Petrobras e                        21%
        a FMC. O sistema está em fase de construção no




       Devido ao pré-sal, a escala e a complexidade das
       demandas da Petrobras têm crescido
20   petrobras magazine 2010
A inovação como diferencial tem sido um dos pilares para
a obtenção de resultados pela Petrobras
  Além de desenvolver pesquisas internamente e      das parcerias com estas instituições, para cada
incentivar empresas parceiras, a Petrobras traba-   pesquisador do Cenpes há cerca de nove pesqui-
lha em articulação com universidades e institutos   sadores trabalhando em projetos de interesse da
de pesquisa. De 2006 a 2009, a Companhia            Petrobras na academia brasileira.                           Técnico trabalhando no
investiu cerca de US$ 200 milhões anualmente                                                                 Laboratório de Corrosão e
em parcerias com essas instituições. Estes inves-                                                       Ensaios Não Destrutivos (LNDC)
                                                    Leonardo Borba / Banco de Imagens Petrobras
timentos são estimulados por uma cláusula pre-
sente nos contratos de concessão de exploração e
produção entre a Petrobras e a Agência Nacional
do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), que
prevê que pelo menos 1% da receita bruta gerada
pelos campos de grande rentabilidade ou grande
volume de produção deve ser investido em pes-
quisa e desenvolvimento.
  Para que estes recursos pudessem ser aprovei-
tados de forma adequada, a Petrobras criou, em
2006, o modelo das Redes Temáticas. Cada rede
abrange diversas universidades e instituições de
pesquisa, que atuam, de forma integrada e sob
coordenação da Petrobras, voltados para temas
definidos pela Companhia.
  Atualmente, existem 50 redes, nas quais
cerca de 100 instituições de P&D trocam
experiências, compartilham infraestrutura e
desenvolvem atividades de pesquisa. No iní-
cio, o maior volume de recursos foi destinado
à melhoria da infraestrutura dos laboratórios,
que passaram a ter padrão equivalente ao dos
melhores laboratórios no mundo. Com a capa-
cidade física já instalada, tem aumentado de
forma constante o valor empregado na realiza-
ção dos projetos de pesquisa e na qualificação
dos pesquisadores.
  Alguns resultados dessa estratégia já podem
ser percebidos na prática. Um exemplo é a pes-
quisa desenvolvida no Laboratório de Corrosão
e Ensaios Não Destrutivos (LNDC), da UFRJ,
que faz parte da Rede Tecnológica de Materiais e
Controle da Corrosão e tem contribuído para os
estudos de definição dos materiais mais adequa-
dos para os equipamentos que serão empregados
nos campos do pré-sal.
  Por meio da estratégia das Redes Temáticas,
a área laboratorial construída nas universida-
des brasileiras já é cerca de quatro vezes maior
que a área existente do Cenpes. E, em função

                                                                                                      2 0 1 0 petrobras magazine   21
O Centro de Pesquisas da Petrobras também         no Rio de Janeiro, o Cenpes conta com cinco
        está sendo preparado para os desafios dos próxi-    núcleos experimentais instalados junto a uni-
        mos anos. O espaço físico está sendo duplicado,     dades operacionais da Companhia, para testes
        conforme projeto arquitetônico que é referência     em escala semi-industrial, possibilitando maior
        em ecoeficiência e propicia espaços colaborativos   aproximação entre pesquisa e atividades indus-
        que incentivam a inovação. Além das instalações     triais (veja figura abaixo).


        Instalações de P&D da Petrobras e focos de pesquisa




                                                                                             BIOLUBRIFICANTES
                                                                                                  Fortaleza (CE)


                                                                                             BIOCOMBUSTÍVEIS
                                                                                                 Guamaré (RN)

                                                                                   GARANTIA DE ESCOAMENTO E
                                                                                             PROCESSAMENTO
                                                                                                   Aracaju (SE)

                                                                                         TECNOLOGIA DE POÇO
                                                                                                  Taquipe (BA)




                                                                                                       CENPES
                                                                                              Rio de Janeiro (RJ)


                                                                                                        REFINO
                                                                                          São Mateus do Sul (PR)




        Reconhecimento internacional
           Desde o sucesso inicial em exploração e produção em águas profundas na Bacia de Campos, a
        Petrobras é reconhecida internacionalmente pelo seu desenvolvimento tecnológico. A estratégia
        tecnológica atual, com a intensificação dos investimentos em instituições de C&T e a crescente
        cooperação tecnológica com parceiros, vem evidenciando ainda mais esse reconhecimento. Não por
        acaso, a Companhia foi considerada a quinta empresa mais admirada do setor de petróleo, sendo a
        primeira no quesito “inovação”, de acordo com ranking da revista Fortune divulgado em março deste
        ano. O reconhecimento provém da opinião de altos executivos de empresas de todo o mundo e de
        analistas financeiros ouvidos para a elaboração do ranking, publicado anualmente.
           Já o ranking das “50 Empresas Mais Inovadoras do Mundo”, divulgado em abril pela revista
        Bloomberg Business Week em parceria com o Boston Consulting Group, destaca a Petrobras como 41ª
        empresa mais inovadora. É a única empresa do Hemisfério Sul e também a única do setor de óleo e
        gás a constar nessa lista, que levou em consideração uma pesquisa com altos executivos e os resultados
        financeiros das empresas.




22   petrobras magazine 2010
Banco de Imagens Petrobras




                    O Parque Tecnológico da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)



                    2 0 1 0 petrobras magazine      23
Segurança
                                        Juarez Cavalcanti / Banco de Imagens Petrobras




   nas operações


Gestão de contingência reforça
prevenção e assegura soluções rápidas
em caso de acidentes.




24   petrobras magazine 2010
PARA AUMENTAR A SEGURANÇA DE SUAS OPERAÇÕES           ocorrências na África e no Oriente Médio”, explica
em terra e no mar, a Petrobras conta com a atua-      o gerente setorial de Contingência da Petrobras,
ção integrada e sinérgica de suas unidades ope-       Marcio José de Macedo Dertoni.
racionais e áreas e trabalha em articulação com          Somente nos CDAs, onde trabalham cerca de
instâncias governamentais, fornecedores, outras       300 técnicos, a Petrobras dispõe de 200km de bar-
empresas de energia e comunidades do entorno          reiras de contenção, 100km de barreiras absorven-
de suas instalações. Além disso, a Companhia par-     tes, 85km de mantas absorventes, 200 mil litros de
ticipa da elaboração do Plano Nacional de Contin-     dispersante, 40 mil kg de biorremediadores, 350
gência, a ser instituído ainda este ano no Brasil,    tanques infláveis, 222 recolhedores de óleo portá-
por decreto presidencial.                             teis, além de 130 barcos de apoio e 30 embarca-
   Internamente, cada unidade da Petrobras, seja      ções de grande porte, entre outros recursos.
refinaria, terminal, ou o conjunto de plataformas e
ativos na Bacia de Campos, por exemplo, tem um        AÇÕES DE RESPOSTA
Plano de Resposta a Emergência que define o que          Tendo interface com os três planos, vigora na Pe-
fazer no caso de cada possível cenário de incidente   trobras, desde 2006, o Projeto Estratégico de Excelên-
ou acidente e estipula os recursos necessários e a    cia em SMS, que tem como pilares gestão integrada
respectiva quantidade de que a unidade deve dis-      de SMS; ecoeficiência de operações e produtos;
por para atuação local.                               prevenção contra acidentes, incidentes e desvios;
   Em âmbito mais amplo, a Petrobras tem um           saúde dos trabalhadores; prontidão para atuar em
Plano de Contingência Regional que contempla o        situações de emergência, e minimização de riscos
Brasil dividido em seis regiões – Amazônia; Per-      e passivos. Nesse projeto, estão previstas ações que
nambuco e Maranhão; Bahia, Sergipe e Alagoas;         reforçam a capacidade de resposta da empresa a
Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais;        derramamentos de óleo de qualquer proporção.
São Paulo e Centro-Oeste; Paraná, Santa Catari-          Primeiramente, adota-se o Incident Command
na e Rio Grande do Sul – e prevê o intercâmbio        System (ICS), sistema de gerenciamento de inci-
de recursos entre unidades. Dão suporte às ações      dentes desenvolvido nos EUA que objetiva res-
deste plano os dez Centros de Defesa Ambiental        ponder de maneira integrada e sustentável, sem
(CDAs) da Companhia espalhados pelo Brasil, os        impedimentos de jurisdições políticas e alfande-
quais contam com pessoal treinado e de prontidão      gárias, a qualquer tipo de acidente. Nesse caso,
24 horas por dia para atuar em casos de derrames      padronizam-se terminologias, comunicação e pro-
de óleo. O CDA de São Paulo, devido a sua pro-        cedimentos, integrando planejamento, logística,
ximidade em relação ao Aeroporto Internacional        operações, finanças, segurança e informações.
de Guarulhos, o maior do Brasil, também dá su-           O compartilhamento de recursos materiais e
porte a unidades da Petrobras no exterior. Bases      humanos, entre diferentes instâncias e empresas,
Avançadas dos CDAs, muitas vezes localizadas em       deve estar internalizado em cada um dos pares
áreas inóspitas do Brasil, reforçam a estratégia de   e ser feito de forma rápida. Afinal, no caso de
segurança da Petrobras.                               um acidente de grandes proporções, seria muito
   No caso de os recursos regionais não serem         pouco provável que uma empresa tivesse todos
suficientes, é posto em prática o Plano de Contin-    os recursos necessários disponíveis na quantidade
gência Corporativo, que tem mapeada toda uma          necessária no exato local do ocorrido, sem precisar
rede de relacionamento com outras empresas de         deslocá-los de outro endereço para lá.
energia, fabricantes de equipamentos, voluntá-           Fica valendo, também, a internalização de
rios cadastrados treinados para atuar em caso de      recursos em regime de excepcionalidade para
emergências, instâncias governamentais e não-         que, em caso de necessidade, não haja demora
governamentais. “O objetivo é mobilizar todas as      na liberação de equipamentos importados e na
instâncias de forma rápida e eficaz. Contratos ou     concessão de vistos para especialistas trazidos do
acordos nacionais e internacionais são um refor-      exterior para atuar nas contingências.
ço a mais e possibilitam, por exemplo, o apoio           Redimensionam-se os recursos de todos os
de empresas como a Clean Caribbean & Améri-           CDAs da Petrobras, tendo em vista a internaciona-
cas (CCA) no caso de ocorrências nos EUA e na         lização da Companhia, a criação prevista de novas
América Latina e da Oil Spill Response (OSR) em       unidades e a possível incorporação de outras. Para



                                                                                                               2 0 1 0 petrobras magazine   25
tanto, mais equipamentos serão adquiridos. Vale        do centro de pesquisas e desenvolvimento da Pe-
                                 lembrar que, como afirma o consultor técnico           trobras (Cenpes) e de parcerias com universidades
                                 da área de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da         e outros institutos de P&D em todo o mundo.
                                 Petrobras Marcus Vinícius Lisboa Brandão, “hoje,         Por fim, trabalha-se em articulação total com o
                                 a Petrobras sozinha tem mais recursos materiais        governo brasileiro para que, em emergências, es-
                                 e humanos disponíveis do que todas as empresas         tejam previamente autorizadas medidas excepcio-
                                 internacionais que atuam em caso de derrames de        nais que não podem ser morosas, de modo que
                                 óleo, com exceção da MSRC, porque trabalha em          os impactos gerados sejam os menores possíveis.
                                 associação com cerca de outras 50 empresas de            Todas essas iniciativas ocorrem em sintonia com
                                 menor porte”.                                          o Plano Nacional de Contingência em finalização no
                                    A capacidade de resposta da Petrobras a aciden-     Brasil, de cujas discussões a Petrobras participa,
                                 tes e o acionamento de todas as possíveis instân-      por intermédio do Instituto Brasileiro de Petróleo,
                                 cias envolvidas para atuação em rede, já avaliados     Gás e Biocombustíveis.
                                 periodicamente, passam a ser testados também             A Petrobras também participa das discussões de
                                 por meio de exercícios simulados, para que sejam       elaboração do Plano Nacional de Prevenção, Prepa-
                                 asseguradas soluções rápidas e eficazes em contin-     ração e Resposta Rápida a Emergências Ambientais
                                 gências reais.                                         com Produtos Químicos Perigosos, o qual, dentre
                                    Novas tecnologias passam a ser buscadas para        outras medidas, objetiva regrar melhor o uso de
                                 modelar manchas de óleo cada vez melhor, isto é,       dispersantes de óleo in situ, alternativa muitas ve-
                                 definir com mais precisão sua origem, sua trajetó-     zes descartada no Brasil devido à falta de clareza
                                 ria e seu destino, o que agiliza o trato da questão.   na regulamentação.
                                 O intercâmbio constante mantido com outras em-           Como se vê, a Petrobras está equipada para atu-
                                 presas de energia do mundo contribui para a atua-      ar em caso de incidentes e acidentes de grandes
                                 lização de todos os pares. E o compromisso com a       proporções, informada em relação à vanguarda da
                                 inovação e a tecnologia de ponta também na pre-        tecnologia mundial, de modo a adquirir e/ou de-
                                 venção de acidentes se mantém, por intermédio          senvolver o que há de melhor nesse âmbito, e apta

        Treinamento de
        contenção de acidentes
        na Amazônia
                                                                                                                    Bruno Veiga / Banco de Imagens Petrobras




26   petrobras magazine 2010
Thelma Vidales / Banco de Imagens Petrobras




                                                                                      Terminal da Ilha D’água (RJ)




Petrobras participa da elaboração do Plano Nacional de
Contingência, a ser instituído ainda este ano no Brasil
                                                                                       Um dos dez Centros de Defesa
                                                                                             Ambiental da Petrobras
                                                       Banco de Imagens Petrobras
a atuar em rede com instâncias governamentais,
fornecedores de bens e serviços e outras empre-
sas de energia no Brasil e no exterior por conta de
parcerias e contratos internacionais. Essa é a sua
segurança em um negócio que, por envolver petró-
leo e gás, é de risco e onde todo o cuidado é pouco.
   Além disso, lança mão de uma importante fer-
ramenta. “A Companhia trabalha intensamente
para reduzir riscos, controlar desvios, diminuir
a quantidade de acidentes, tornar suas respostas
mais eficientes e rápidas e atuar em rede de forma
sinérgica. Destaca-se, no setor de energia mun-
dial, principalmente nos âmbitos da prevenção e
da capacidade de resposta. E, para isso, é necessá-
ria uma gestão eficaz, o que hoje temos e estamos
continuamente aperfeiçoando”, finaliza o gerente
de Articulação e Contingência da área de SMS da
Petrobras, Jayme de Seta Filho.


                                                                                               2 0 1 0 petrobras magazine         27
André Valentim / Banco de Imagens Petrobras




                                 Integrar
                                    para evoluir
         28     petrobras magazine 2010
Petrobras implanta nova filosofia de trabalho
para integrar suas operações.

                                                2 0 1 0 petrobras magazine   29
Banco de Imagens Petrobras




                      Centro de Suporte
               à Decisão na atividade de
                   construção de poços



                                           COM O CRESCIMENTO E A DISPERSÃO GEOGRÁFICA            cessos e tecnologia, com o objetivo de aumentar a
                                           das atividades, além da complexidade cada vez         segurança operacional, a eficiência e reduzir cus-
                                           maior das operações nos últimos anos, a Petrobras     tos. Com o foco nas pessoas, a Petrobras espera es-
                                           prepara-se para um salto ainda maior na forma de      timular uma forma de trabalhar mais colaborativa,
                                           trabalhar e no gerenciamento de suas operações.       que elimine interfaces e barreiras. Em relação aos
                                           A mudança se propõe a integrar um conjunto de         processos, a Companhia entende que é necessário
                                           ferramentas e sistemas gerenciais criados princi-     redefini-los e simplificá-los. E, sempre que possí-
                                           palmente ao longo da última década. Para que isso     vel, integrar disciplinas e planejar em terra, já que
                                           aconteça, a empresa começa a implantar uma nova       a maior parte de suas atividades é no mar, além de
                                           filosofia de trabalho e gerencial: o Gerenciamento    adotar prioritariamente a manutenção preventiva.
                                           Integrado de Operações – GIOp.                        Em relação à tecnologia, o GIOp privilegiará solu-
                                              Todas as boas práticas e lições aprendidas na      ções cada vez mais inteligentes e inovadoras, dan-
                                           longa caminhada da Petrobras para se tornar refe-     do preferência a tecnologias já existentes. Prevê,
                                           rência mundial em exploração e produção de pe-        também, a adoção de tecnologias desenvolvidas
                                           tróleo em águas profundas, nas últimas décadas,       por parceiros, tanto da indústria de petróleo e gás,
                                           contribuíram para que a sua área de exploração        quanto de universidades.
                                           e produção possa, agora, enfrentar os enormes           Para alcançar esses objetivos, a área de Explo-
                                           desafios definidos em seu ambicioso Plano Es-         ração e Produção contará com a participação de
                                           tratégico 2020. O desenvolvimento das grandes         importantes parceiros tecnológicos. Entre estes, o
                                           acumulações de hidrocarbonetos descobertas            Centro de Pesquisas da própria Petrobras (Cenpes)
                                           na camada pré-sal da Bacia de Santos é um bom         e universidades nacionais e internacionais, como
                                           exemplo desses desafios e das oportunidades que       a Norwegian University of Science and Technology
                                           a Companhia tem pela frente. Ao mesmo tempo, o        (NTNU). Além disso, contará com o reforço in-
                                           plano estratégico estabelece que a produção total     telectual da Cambridge Energy Research Associate
                                           de petróleo e gás da Petrobras deverá ser superior    (Cera), consultoria independente norte-americana
                                           a 5 milhões de barris de óleo equivalente por dia     que faz análise de implantações de projetos em
                                           até 2020. É uma meta ousada, que exigirá formas       grandes empresas.
                                           inovadoras de gerenciamento e de trabalho.              As unidades operacionais da Companhia já co-
                                              O conceito básico dessa nova filosofia é a inte-   meçaram a implantar essa nova filosofia de tra-
                                           gração das operações, com foco em pessoas, pro-       balho. Uma das prioridades no cronograma de


30   petrobras magazine 2010
O Gerenciamento Integrado de Operações (GIOp)
tem como objetivo aumentar a segurança operacional,
a eficiência e reduzir custos

implantação foi, inicialmente, atender aos novos        necimento e transporte de materiais para as diver-
desafios para o desenvolvimento do Polo Pré-sal         sas áreas de exploração e produção. Com isso, a
na Bacia de Santos. No primeiro trabalho em con-        área operacional da empresa poderá planejar, con-
junto, a Cera já avaliou como excelente, por exem-      trolar e ajustar seus processos, a fim de priorizar o
plo, o projeto conceitual do Piloto do GIOp para a      atendimento às suas demandas logísticas.
Unidade de Operações da Bacia de Santos.                  Mais que uma ferramenta de trabalho, o GIOp é
                                                        uma mudança cultural que permeará transversal-
PRINCIPAIS ÁREAS AFETADAS                               mente toda a cadeia de valor da área de Explora-
   O GIOp promoverá a integração das informa-           ção e Produção da Companhia, preparando-a para
ções na área de Exploração de petróleo da empresa,      cumprir sua visão empresarial de tornar-se uma
criando um ambiente colaborativo que englobará          das cinco maiores empresas integradas de energia
geologia, geofísica, perfuração exploratória, labo-     do mundo.
ratórios, gestão de projetos e SMS. Os ganhos es-
perados com essa nova forma de trabalhar serão o
melhor acompanhamento dos processos explorató-                                                                               Sala de visualização
rios, a racionalização das atividades e a redução dos   Bruno Veiga / Banco de Imagens Petrobras
                                                                                                                                      sísmica 3D
custos operacionais e de investimentos.
   Na área de Produção, o objetivo será a integra-
ção dos processos próprios da produção de pe-
tróleo e das interfaces com o gerenciamento das
outras áreas, de modo a aumentar a segurança, a
eficiência operacional, para melhorar o fator de
recuperação (volume de petróleo extraído dos re-
servatórios), e reduzir custos de operação e in-
vestimentos.
   Outra área que deverá ser beneficiada será a cons-
trução de poços, com o objetivo de reduzir o tempo
de construção. Para isso, entre outras coisas, serão
modernizados os Centros de Suporte à Decisão, que
possibilitam o monitoramento remoto, a modela-
gem e o controle dos processos em tempo real nas
operações de perfuração e intervenção em poços.
   Na área de instalação e manutenção de sistemas
submarinos de produção de petróleo, serão pro-
movidos o aprimoramento do já existente Centro
de Controle Integrado, assim como a programação
e o monitoramento das operações de engenharia
submarina, com ênfase nas atividades das embar-
cações de apoio. Essas mudanças se propõem a
otimizar o atendimento às demandas dos diversos
ativos de produção da empresa.
   Outro objetivo é disponibilizar, em tempo real,
informações de todas as etapas do processo de for-


                                                                                                                2 0 1 0 petrobras magazine   31
Bruno Veiga / Banco de Imagens Petrobras




        O GIOp cria um ambiente
        colaborativo e multidisciplinar



        32     petrobras magazine 2010
Lições aprendidas
  O GIOp deverá, ao longo dos próximos anos, integrar ferramentas e sistemas gerenciais de exploração
e produção de petróleo no País já desenvolvidos pela Companhia nas últimas décadas. Abrange salas
de realidade virtual, centros que controlam as operações, equipamentos que monitoram plataformas a
distância, entre outras tecnologias. Caberá ao GIOp coordenar tudo isso, de forma a possibilitar uma
visão integrada de todo o processo produtivo da área. Entre as ferramentas e sistemas desenvolvidos pela
Companhia nos últimos anos que serão integrados, incluem-se:
  • Monitoração e Controle de Processos – A trajetória da Petrobras, até chegar ao estágio atual de
automação, teve início nos anos 80, época em que a Companhia introduziu os primeiros sistemas de
Monitoração e Controle de Variáveis de Processos. O aprendizado culminou, em 1996, com a instalação
da primeira plataforma automatizada, no campo de Ubarana, no Rio Grande do Norte. Na Bacia de
Campos, esse processo ocorreu com a instalação, em 1998, do cabo submarino integrado de energia
elétrica e telecomunicações no Polo Nordeste e do anel de fibra ótica com perímetro de 490 km. Era
a espinha dorsal para outras redes de acesso por radiovisibilidade que atendem, hoje, 83 unidades de
produção da Companhia. Em 2000, foi montada uma base tecnológica para possibilitar acesso seguro
e em tempo real às informações operacionais integradas nas plataformas. Nascia ali o Plant Information,
que posteriormente seria disseminado pela Companhia.
  • Processamento de Alto Desempenho de Dados – Dali em diante, muitas outras ferramentas e sis-
temas gerenciais surgiram. Em 2001, foi inaugurada a primeira sala de visualização 3D da Companhia.
Com o objetivo de dar suporte aos estudos de caracterização de reservatórios de petróleo, outras salas
do gênero foram inauguradas em diversas regiões do Brasil.
  • Monitoração integrada de campos – Com a crescente inter-relação das diferentes disciplinas nos
processos de E&P e a necessidade de tomar decisões de forma integrada, a Petrobras começa a implan-
tar, a partir de 2006, seis projetos-pilotos de Gerenciamento Digital Integrado, o GeDIg. Essa iniciativa
permitiu avaliar diferentes tecnologias e melhorar a monitoração e o controle das operações diárias de
produção, com uma visão integrada dos campos. No ano seguinte, foi instalado o Centro de Controle
Operacional (CCO) na Bacia de Campos, com o objetivo de facilitar as decisões de controle da produção
em toda a bacia. Já em 2008, foram instaladas, na sede da Bacia de Campos, salas que permitem o
monitoramento e controle remoto das operações offshore, as SCR. Essas salas garantem maior interação
com os Centros de Gerenciamento Digital Integrado e as Salas de Controle das Plataformas, facilitando
a tomada de decisões e o envolvimento imediato dos especialistas em terra.
  • Construção de Poços – Em 2006, foram criados os Centros de Suporte à Decisão (CSD), que
permitem monitoração remota, modelagem e controle de processos em tempo real nas operações de
perfuração e intervenção em poços. Essa nova abordagem aumentou a segurança e a eficiência, além de
reduzir tempo, riscos e custos nessas atividades.
  • Integridade das instalações – Ainda em 2006, começou a ser implantado um projeto-piloto de
Manutenção Baseada na Condição, que consiste no acompanhamento, sistemático e em tempo real, das
variáveis e dos parâmetros que indicam o desempenho de turbinas, geradores, compressores e bombas.
Dois anos depois, foi implantado o Centro Integrado de Monitoramento de Turbomáquinas (CIM-TBM).
Esses projetos buscam definir a necessidade de intervenção em equipamentos críticos, permitindo a
realização de ações preventivas e contribuindo para que operem por mais tempo.




                                                                                                            2 0 1 0 petrobras magazine   33
Rumo
                               ao topo




34   petrobras magazine 2010
ESPECIAL PLANO DE NEGÓCIOS




                                                  Geraldo Falcão / Banco de Imagens Petrobras




Plano de Negócios 2010-2014
prepara Petrobras para ficar entre
as cinco maiores empresas
produtoras de petróleo do mundo.




                                         2 0 1 0 petrobras magazine       35
ESPECIAL PLANO DE NEGÓCIOS




                                                       A PRODUÇÃO TOTAL DE ÓLEO E GÁS DA PETROBRAS,           Companhia, José Sergio Gabrielli de Azevedo, ao
                                                       incluídos os campos de petróleo no Brasil e no ex-     lançar o Plano de Negócios da Petrobras para os
                                                       terior, deverá aumentar da média diária de 2,7 mi-     próximos cinco anos.
                                                       lhões de barris de óleo equivalente (boe), este ano,     A área de Exploração e Produção da empresa
                                                       para 3,9 milhões em 2014 e para 5,3 milhões em         continuará a absorver a maior fatia dos recursos
                                                       2020. As projeções são do Plano Estratégico 2020       programados. Serão US$ 118,8 bilhões, entre
                                                       da Companhia, que fixa um crescimento de 9,4%          2010 e 2014, englobadas as aplicações no Brasil
                                                       ao ano para a produção de petróleo entre 2010          e nos demais países onde a Petrobras atua. Esse
                                                       e 2014 e de 7,1% ao ano entre 2010 e 2020. A           volume de investimentos corresponde a 53% do
                                                       estratégia da empresa é chegar a 2020 como uma         total programado para toda a Companhia.
                                                       das cinco maiores empresas produtoras de petró-          As aplicações na Área Internacional, nos pró-
                                                       leo do mundo.                                          ximos anos, corresponderão a 5% dos investi-
                                                         O investimento total da Companhia nos                mentos totais programados pela empresa. Serão,
                                                       próximos cinco anos, abrangendo todas as áreas         basicamente, projetos voltados para o desenvol-
                                                       de negócios, atingirá US$ 224 bilhões, dos quais       vimento da produção no Golfo do México, na
                                                       US$ 212,3 bilhões (95%) serão aplicados no Brasil      Costa Oeste da África e nos países onde a Petro-
                                                       e US$ 11,7 bilhões, no exterior. Esse volume de        bras atua na América Latina. As atividades ex-
                                                       recursos garantirá, entre outras aplicações, a         ploratórias fora do Brasil estarão concentradas
                                                       execução de 686 projetos. Do total a ser investido,    na área do Atlântico.
                                                       US$ 31,6 bilhões corresponderão a projetos               Como consequência, principalmente, do cres-
                                                       novos. “Nenhuma outra grande empresa tem um            cimento acelerado da produção, os investimentos
                                                       programa de crescimento da produção de petróleo        no segmento de refino, transporte e comerciali-
                                                       e gás tão acelerado”, anunciou o presidente da         zação (RTC), totalizarão, proporcionalmente, o




        A estratégia da Petrobras é chegar a 2020 como uma
        das cinco maiores produtoras de petróleo do mundo
         Ehder de Souza / Banco de Imagens Petrobras




36   petrobras magazine 2010
Petrobras Magazine - edição especial "Rio Oil & Gas 2010"
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Petrobras Magazine - edição especial "Rio Oil & Gas 2010"

  • 1. EDIÇÃO ESPECIAL DE NEGÓCIOS Conheça em detalhes o Plano de Negócios 2010-2014 Petrobras impulsiona indústria e parque tecnológico brasileiro Pré-sal pra valer Sistemas definitivos dão a largada para produção em escala comercial na acumulação de Tupi
  • 2. Petrobras Magazine • Edição Especial de Negócios Equador Editada pela Petrobras Esquina de Av. Amazonas N39-123 y José Arízaga - Edificio Amazonas - Plaza, piso 5 - Quito, Ecuador Tel: (593-2) 2985-300 / fax. (593-2) 2985-396 / e-mail: javier.gremes@petrobras.com Redação: Cláudia Gisele Peres Martins, Eduardo Gutterres Villela, Gerente: Javier Jorge Gremes Cordero Estephani Zavarise, Larissa Asfora, Odília Raquel Raulino de Almeida, Telmo Wambier e Vinícius Bastiani EUA - Houston 10350 Richmond Ave., Suite 1400 - Houston, TX 77042 - USA Revisão: Cláudia Gisele Peres Martins Tel: (1 713) 808-2000 / fax: (1 713) 808-2017 / e-mail: orlandomelo@petrobras.com.br General Manager: José Orlando Melo de Azevedo Editoração: Flávia da Matta Design Foto da capa: Roberto Rosa / Banco de Imagens Petrobras EUA - Nova York 570 Lexington, 43rd floor - New York, NY 10022-6837 - USA Pré-impressão e Impressão: Ipsis Gráfica e Editora Tel: (1 212) 829 1517 / fax: (1 212) 832 5300 / e-mail: helms@petrobras.com.br General Manager: Theodore Helms A Petrobras Magazine não é vendida. Para solicitar exemplares, uso de imagens, informações adicionais, entre em contato conosco: Holanda Endereço: Weenapoint, toren A - Weena 722, 3e. verdieping - 3014 DA - Rotterdam - The Netherlands Tel: (31 010) 206-7000 / e-mail: samir.awad@petrobras.com.br Petrobras – Av. Chile, 65 – sala 1001 CEO: Samir Passos Awad Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20031-912 – Brasil E-mail: petromag@petrobras.com.br – web: http://www.petrobras.com Japão Tokyo Ginko Bldg. 5th floor, rooms 505/506 - Marunouchi 1-3-1, Chiyoda-ku, Tokyo © Copyright 03/09/2010 100-0005 - Japan Tel: (813) 5218-1200 / fax: (813) 5218-1212 / e-mail: kawakami@petrobras.com.br General Manager: Osvaldo Kawakami Líbia Al Fateh Tower, 2 - rooms 156 and 157 - Tripoli - Libya Tel: (218 91) 215-0634 / e-mail: irangarcia@petrobras.com.br General Manager: Iran Garcia da Costa México Avenida Paseo de la Reforma, 115 - piso 11 - oficina 1101 - Colonia Lomas de Chapultepec 11000 - México, D.F. Tel: + 52 (55) 30 67 91 00 / fax: + 52 (55) 30 67 91 02 / e-mail: miltoncfi@petrobras.com Gerente General: Milton Costa Filho ESCRITÓRIOS DA PETROBRAS Nigéria Angola Plot 98, Adeola Odeku Street - 5th Floor - Victoria Island, Lagos - Nigeria Rua Pedro Felix Machado, 51 - 2º andar - Caixa Postal 2665 - Luanda - Angola Tel: (+ 234 1) 462-1300 / fax: (+ 234 1) 461-8987 / e-mail: nmblanco@petrobras.com.br Tel: (244 2) 39 0330 / fax: (244 2) 39 0480 / e-mail: mmurilo@petrobras.com.br General Manager: Nelson Marçal Blanco Gerente Geral: Manoel Murilo Silva Paraguai Argentina España e Brasilia - Edif. España - piso 3 - Casilla de Correos, 942 - Asunción - Paraguay Av. Maipú, nº 1 - 22º piso - C1084AB - Buenos Aires - Argentina Tel.: (595 21) 249-1405 / e-mail: jotavio@br-petrobras.com.br Tel: (54 11) 4344-6072 / e-mail: cdacosta@petrobras.com.br Gerente General: Jose Otavio Alves de Souza CEO: Carlos Alberto da Costa Peru Bolívia Amador Merino Reyna 285, piso 5, San Isidro - Lima - Perú Avenida Grigota, esquina Los Troncos, casi 4to anillo, casilla 6886 Tel: (51 1) 222 4455 / fax: (51 1) 221 7921 / e-mail: pedro.grijalba@petrobras.com Santa Cruz de la Sierra - Bolivia Representante: Pedro Grijalba Tel: (591 3) 358 6030 / fax: (591 3) 358 6157 / e-mail: ccastejon@petrobras.com.br Gerente General: Claudio Castejon Reino Unido 4th floor, 20 North Audley Street - London W1K 6WL - UK Chile Tel: (44 0 20) 7535 1100 / fax: (44 0 20) 7467 5800 / e-mail: messeder@petrobras.com.br Av. Los Conquistadores, 1700 - Torre Santa María, 6° piso A - Providencia - Chile. General Manager: Marcelo Malta da Costa Messeder Tel: 00562 3812130/31/32 / fax : 00562 3812133 / e-mail: claudio.castejon@petrobras.com Gerente General: Vilson Reichemback da Silva Tanzânia Plot 1403/1 A, Makaki Area, P.O. Box 31391 China Off Chole Rd, Behind Old Canada Village Level 12th floor, units 21-25 - China World Tower 1 / China World Trade Center - nº 1 Dar es Salaam - Tanzania JianGuoMenWai Avenue - Beijing 100004 - China Tel: (255 22) 216 5676 / e-mail: samuelmiranda@petrobras.com Tel: (86 10) 650 598 37 / fax: (86 10) 650 59 850 / e-mail: mcastilho@petrobras.com.br General Manager: Samuel Bastos de Miranda General Manager: Marcelo Castilho da Silva Turquia Cingapura Karum Business Center, 427, Iran Caddesi, No. 21, Kat5 - Kavaklidere - 06680 435 Orchard Road, 17-05 Wisma Atria - Singapore 238877 Ankara - Turkey Tel: (65) 6550 50 80 / fax: (65) 6734 9087 / e-mail: odilia@petrobras.com Tel: (90 312) 457 6222 / fax: (90 312) 457 6271 / e-mail: hsilva@petrobras.com.br Managing Director: Odilia Dauzacker General Manager: Hércules Tadeu Ferreira da Silva Colômbia Uruguai Carrera 7, 71/21 - Edificio Bancafé, torre B, 17º piso - Santa Fe de Bogotá - Colombia Plaza Independência 831 - piso 10, CP11100 - Montevideo - Uruguay Tel: (57 1) 313 5000 / fax: (57 1) 313 5070 / e-mail: ramosa@petrobras.com.co Tel: (598 2) 500-84-00 / e-mail: iranivarella@petrobras.com.br Gerente General: Abilio Paulo Pinheiro Ramos Gerente General: Irani Varella Cuba Venezuela Piso 2, Oficina 216, Avenida 3º, entre 76 e 78, Miramar, Municipio Playa - Ciudad de La Av. Venezuela del Rosal - Edificio Torre Lamaletto - piso 8 - 1060 Havana – Cuba Caracas - Venezuela Tel: (53 7) 207 9754 / e-mail: jfigueira@petrobras.com Tel: (58 212) 957-7300 / e-mail: jfigueira@petrobras.com Gerente General: João Carlos Figueira Araújo Gerente General: João Carlos Figueira Araújo
  • 3. Carta aos Leitores Brasil: uma potência energética global Os anos 2000 vêm sendo muito bons para o Brasil em todas nizando nosso parque de refino, com vistas a nos tornarmos as esferas, mas principalmente para a indústria de energia. exportadores de derivados muito em breve e produzirmos Atingimos a autossuficiência na produção de petróleo, ex- combustíveis com menor teor de enxofre. Estamos também portamos para o mundo inteiro nossa experiência com o nos preparando para aumentar nossa participação no merca- etanol e fizemos a maior descoberta em décadas no Ocidente do global de gás natural e energia elétrica. E investindo cada ao encontrarmos as reservas do pré-sal. vez mais em pesquisas e na garantia da segurança de todas as Sabemos que, na nossa indústria, não existe curto prazo. nossas operações. Para possibilitar a execução de mais de 600 Esses resultados são fruto de um movimento que começou projetos nos próximos cinco anos, a Petrobras desenvolveu com a criação da Petrobras, movido pela crença de que o Brasil um dos mais ambiciosos planos de negócios da indústria, que poderia se tornar de fato uma potência energética global. E prevê um investimento total de US$ 224 bilhões em todas as esse pensamento se mantém até hoje, mais de 50 anos depois. áreas da Companhia. Passos decisivos nessa direção serão dados pela Petrobras Mas o legado do pré-sal para o país e para a Petrobras vai nos próximos anos. Com o apoio de nossos parceiros e cadeia além do ciclo produtivo. A mobilização da indústria nacio- de fornecedores, estamos lançando agora as bases para a pro- nal, com a qualificação dos trabalhadores e a geração de em- dução no pré-sal. Concluímos com sucesso o TLD de Tupi, prego e renda, e o desenvolvimento do parque tecnológico com resultados muito úteis para o aperfeiçoamento dos siste- brasileiro são duas premissas das quais a Petrobras não abre mas definitivos de produção. O desafio agora é atingirmos, até mão. Do total a ser investido entre 2010 e 2014, nada menos 2017, a produção de um milhão de barris por dia somente na que US$ 142,2 bilhões serão destinados a compras de bens área do pré-sal. Para isso, iremos investir US$ 33 bilhões entre e serviços no mercado nacional. Essa política terá repercus- 2010 e 2014 em exploração, desenvolvimento da produção, são direta na demanda por mão de obra, tanto na Petrobras infraestrutura e suporte para desenvolver o novo polo. Temos quanto nas indústrias e empresas fornecedoras, com a ge- plena confiança de que a Petrobras está preparada para liderar ração de cerca de 1,5 milhão de novos postos de trabalho. este complexo e desafiador projeto. Se existem “gargalos” na indústria da energia no Brasil, eles Não se trata apenas da retirada do petróleo e do gás do fundo devem ser identificados e tratados. Representam uma opor- do mar, a grandes profundidades. Nosso objetivo é maximizar tunidade de melhoria, e não um empecilho intransponível. os frutos dessa descoberta histórica, gerando, a partir dessas Mais do que isso: são a certeza de que estamos apenas no reservas, o maior benefício possível para a Companhia e para início de uma nova era na história da Petrobras, do Brasil e o país. É por este motivo que estamos ampliando e moder- da indústria. 2 0 1 0 petrobras magazine 1
  • 4. petrobras magazine – edição especial de negócios 04 É dada a partida Petrobras instala a primeira plataforma definitiva na acumulação de Tupi até o fim de 2010. Roberto Rosa / Banco de Imagens Petrobras 12 Transformando a indústria brasileira Petrobras conta com fornecedores nacionais para o desenvolvimento do Polo Pré-sal. 18 Parcerias para crescer Articulação entre Petrobras, empresas fornecedoras e o meio acadêmico para desenvolver o Polo Pré-sal incentiva Banco de Imagens Petrobras o surgimento de um dos mais avançados parques tecnológicos do mundo no setor de energia. 2 petrobras magazine 2 010
  • 5. 24 Segurança nas operações Juarez Cavalcanti / Banco de Imagens Hermes Gestão de contingência reforça prevenção e assegura soluções rápidas em caso de acidentes. Integrar para 28 evoluir Bruno Veiga / Banco de Imagens Petrobras Petrobras implanta nova filosofia de trabalho para integrar suas operações. Banco de Imagens Petrobras 32 Rumo ao topo Plano de Negócios 2010-2014 prepara Petrobras para ficar entre as cinco maiores empresas produtoras de Geraldo Falcão / Banco de Imagens Petrobras petróleo do mundo. 2 0 1 0 petrobras magazine 3
  • 6. É dada a partida Petrobras instala a primeira plataforma definitiva na acumulação de Tupi até o fim de 2010. 4 petrobras magazine 2 010
  • 7. Roberto Rosa / Banco de Imagens Petrobras 2 0 1 0 petrobras magazine 5
  • 8. A PETROBRAS DEVERÁ COLOCAR EM PRODUÇÃO ATÉ tria e do tipo de estimulação; para a avaliação do dezembro deste ano o FPSO Cidade de Angra dos desempenho dos diferentes métodos de recupe- Reis, no pré-sal da Bacia de Santos. Primeira pla- ração; para a calibração dos estudos de garantia taforma de produção em escala comercial progra- do escoamento do óleo nas linhas submarinas; mada para a área de Tupi, a entrada em operação para a verificação do desempenho dos sistemas dessa unidade é um passo importante no plane- submarinos; e para maximizar a eficiência ope- jamento da empresa para desenvolver as grandes racional da planta de processamento de gás na acumulações descobertas nos últimos anos abaixo plataforma. da camada de sal. O Piloto de Tupi testará o desempenho dos O FPSO Cidade de Angra dos Reis, afretado da diversos métodos de recuperação previstos para empresa Modec, será ancorado em 2.149 metros o pré-sal, especialmente a Injeção Alternada de de lâmina d´água. De imediato, será ligado ao Água e Gás (WAG). A planta de processamento poço 9-RJS-660 e começará produzindo de 15 mil tratará o petróleo e separará o gás natural, o CO2 e a 20 mil barris de óleo por dia (bpd). A nova pla- a água produzidos, que poderão ser utilizados para taforma tem capacidade para produzir até 100 mil melhorar a recuperação de petróleo do reservató- bpd e processar até 5 milhões de metros cúbicos rio, por meio da reinjeção de água do mar depois de gás/dia. No pico de produção, estará conectada de extraído o sulfato e da possível reinjeção de gás a seis poços produtores de petróleo, um injetor de natural e CO2, ou somente de CO2. gás, um injetor de água e, por fim, um capaz de O escoamento do gás comercial se dará por injetar água e gás alternadamente. um gasoduto de 18 polegadas que ligará o FPSO Com a entrada em operação do Cidade de do Piloto a um conjunto de válvulas submarinas Angra dos Reis, o FPSO BW Cidade de São (PLEM) a ser instalado próximo à plataforma de Vicente, que realiza o Teste de Longa Duração Mexilhão, um campo de gás não-associado locali- (TLD) de Tupi por meio do poço 3-RJS-646, zado na Bacia de Santos. A partir desse ponto, será será transferido para a área de Tupi Nordeste, escoado para a costa, junto com o gás de Mexilhão onde dará início a um novo TLD. Assim como o e de outras áreas, por um gasoduto de 34 pole- BW Cidade de São Vicente, o Cidade de Angra gadas já existente, até à Unidade de Tratamento dos Reis continuará a coletar dados técnicos do de Gás Monteiro Lobato, em construção pela reservatório até dezembro. A partir da declaração Petrobras na cidade de Caraguatatuba, no litoral de comercialidade da área de Tupi, prevista para do estado de São Paulo, onde será tratado antes de ocorrer no fim de dezembro próximo, o Cidade ser levado ao mercado consumidor. Já o óleo será de Angra dos Reis iniciará a fase denominada escoado do FPSO Cidade de Angra dos Reis por Projeto Piloto de Tupi, também interligada ao poço navios aliviadores. 3-RJS-646, e complementará o objetivo do TLD Até o momento, já foram perfurados seis poços trazendo informações valiosas de reservatório na área de Tupi. Até 2017, a Petrobras espera e de produção, indispensáveis à concepção das colocar em operação, no Polo Pré-Sal da Bacia demais unidades que irão operar no pré-sal. de Santos, 11 unidades de produção, dentre as Essas informações serão fundamentais para as quais três pilotos de produção nas acumulações demais áreas do pré-sal, especialmente no que de Tupi, Tupi Nordeste e Guará, e oito em locais se refere à otimização do número de poços dos ainda a serem definidos, como preveem os planos projetos para a definição de sua melhor geome- de desenvolvimento da área. FPSO Cidade de Angra dos Reis tem capacidade para produzir até 100 mil bpd e processar até 5 milhões de metros cúbicos de gás/dia 6 petrobras magazine 2 010
  • 9. Elizabeth Dalcin / Banco de Imagens Petrobras Construção da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato O PLANSAL O desenvolvimento da produção do pré-sal da Diretor de Desenvolvimento Integrado do Polo Bacia de Santos tem características bem diferentes Pré-sal da Bacia de Santos, o Plansal. O plano do realizado na Bacia de Campos, nas últimas engloba o conjunto de estratégias e projetos que décadas, não só pelos aspectos exploratórios, mas deverão ser implantados nos próximos 20 anos. também devido à expectativa de elevados volumes É composto por cinco subprogramas de pro- potenciais de óleo e gás, dispersos ao longo de jetos: Avaliação Exploratória; Desenvolvimento uma área extensa. da Produção; Infraestrutura Logística e de O Polo Pré-sal da Bacia de Santos apresenta Escoamento; Transporte e Utilização do Petróleo; e especificidades que tornam o seu desenvolvi- Transformação e Comercialização do Gás. mento de modo integrado não só viável, como Esses subprogramas são apoiados por oito pla- altamente vantajoso. Os blocos em exploração nos funcionais: Desenvolvimento Tecnológico; estão próximos uns dos outros geograficamente, Disponibilização de Recursos Críticos; Disponi- em uma área de cerca de 11,6 mil km², e foram bilização de Competências; Qualidade, Segurança, adquiridos simultaneamente em rodadas de lici- Meio Ambiente e Saúde (QSMS); Gestão de tações promovidas pela Agência Nacional do Parcerias Operacionais; Aspectos Regulatórios; Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Otimização de Investimentos; e, por fim, Plane- em 2000 e 2001. O risco exploratório da área tem jamento Integrado. se mostrado muito menor do que o geralmente O Plansal não é um planejamento definitivo e identificado na indústria. Todos os poços explo- estático. É revisado anualmente, em um proces- ratórios perfurados no Polo Pré-sal da Bacia de so de permanente incorporação de informações Santos, operados pela Petrobras, até o presente sobre a geologia da área, a produtividade dos momento, resultaram em descobertas. reservatórios, o escoamento por linhas sub- A conjunção desses fatores permitirá que a marinas e o desempenho das instalações de Petrobras e seus parceiros (BG, Partex, Shell, produção. Daí a importância da estratégia de a Petrogal-Galp, Repsol) desenvolvam as desco- Petrobras instalar testes de longa duração antes bertas criando soluções que serão utilizadas em do sistema definitivo de produção. diversas áreas do polo. Com isso, serão otimizadas Adquirir o máximo possível de informações as estratégias para o desenvolvimento tecnológico, permitirá à Companhia promover constantes assim como a contratação e a utilização de recur- aperfeiçoamentos nas concepções dos projetos, sos físicos e financeiros. reduzirá incertezas e tornará o planejamento cada É com esse objetivo que a Petrobras trabalha vez mais robusto. de forma integrada na elaboração do Plano 2 0 1 0 petrobras magazine 7
  • 10. DESENVOLVIMENTO EM ETAPAS Os subprogramas de Avaliação Exploratória e Essa fase servirá de laboratório de campo para de Desenvolvimento da Produção serão imple- o desenvolvimento de novas tecnologias. Neste mentados em duas etapas, denominadas de Fase momento, serão instalados os dois pilotos de 0 e Fase 1A. A Fase 0, ou etapa de aquisição de produção antecipados em Guará e Tupi Nordeste, conhecimentos, que se iniciou em 2008 e deverá ambos com capacidade para produzir até 120 mil terminar em 2016, objetiva a delimitação das des- bpd, além de outras oito unidades de produção cobertas, com vistas à melhor caracterização geo- denominadas replicantes (feitas em série) – cujos lógica das áreas, conforme previsto nos Planos de cascos serão construídos no Brasil, no Estaleiro Avaliação estabelecidos pela ANP. Além de novos Rio Grande – e aptas a produzir até 150 mil bpd levantamentos e reprocessamentos sísmicos, serão cada. A capacidade de processamento de gás perfurados até 37 poços de delimitação e reali- natural será de aproximadamente 5 milhões de m³ zados até 18 testes de longa duração (TLDs). O por dia. Cada sistema estará ligado a cerca de 20 Piloto de Tupi está inserido nessa etapa. poços, entre produtores e injetores, além de ins- As informações obtidas na Fase 0 serão fun- talações submarinas para o controle e escoamento damentais para a definição da Fase 1, ou etapa da produção. de desenvolvimento definitivo. Essa fase será A Fase 1B visa a completar o desenvolvimento subdividida em 1A e 1B. A Fase 1A, prevista para do Polo Pré-sal com uso intensivo de novas tec- o período 2013 a 2016, tem o objetivo de alcan- nologias a serem viabilizadas. Entre elas, estarão çar uma produção superior a 1 milhão de barris unidades de produção com sondas de perfuração por dia (bpd) de petróleo em 2017, em locações dedicadas; sistemas de completação seca (com a operadas pela Petrobras, e, assim, gerar fluxo de árvore de natal na superfície); injeção alternada caixa para os projetos da Fase 1B, que terá início de água e gás e/ou CO2 nos reservatórios (WAG) em 2017. visando ao aumento do fator de recuperação e Nesta fase 1A, serão aplicados os conceitos soluções para a garantia de escoamento do petró- de produção já dominados pela Petrobras, devi- leo e do gás. A produção será escoada de acor- damente adaptados às condições do pré-sal. do com dois subprogramas: o de Infraestrutura FASE 0: AQUISIÇÃO DE FASE 1: DESENVOLVIMENTO DEFINITIVO CONHECIMENTOS 1A 1B PERÍODO: 2008-2016 PERÍODO: 2013-2016 PERÍODO: a partir de 2016 OBJETIVO: Delimitação das OBJETIVO: produção superior a OBJETIVO: completar o descobertas e caracterização 1 milhão de barris por dia (bpd) desenvolvimento do Polo geológica das áreas. de petróleo em 2017 Pré-sal com uso intensivo de novas tecnologias MARCOS: Além de MARCOS: Instalação dos pilotos novos levantamentos e de produção antecipados de MARCOS: Entre essas novas reprocessamentos sísmicos, Guará e Tupi Nordeste, ambos tecnologias, estarão unidades serão perfurados até 37 poços com capacidade para produzir de produção com sondas de de delimitação e realizados até 120 mil bpd, além de outras perfuração dedicadas, sistemas até 18 testes de longa duração oito unidades de produção de completação seca e injeção (TLDs). O Piloto de Tupi está alternada de água e gás e/ou inserido nessa etapa. CO2 nos reservatórios 8 petrobras magazine 2 010
  • 11. Roberto Rosa / Banco de Imagens Petrobras Petróleo do pré-sal possui boas características, como baixo teor de enxofre Logística e de Escoamento; e o de Transporte e Utilização do Petróleo, com instalação prevista de dois modais de transporte: por navios e dutos. O transporte por navios empregará sistemas que permitam o transbordo de embarcações ali- viadoras de posicionamento dinâmico para navios convencionais, os quais transportarão a carga de petróleo até o destino final, dentro ou fora do Brasil. Esta opção atenderá integralmente à necessidade de escoamento da produção prevista para a Fase 1A e, parcialmente, para a 1B. O esco- amento por dutos poderá dispor de um conjunto de oleodutos que complementará a capacidade de escoamento para a produção da Fase 1B. Em função de suas boas características, tais como baixo teor de enxofre e produção de deri- vados com alto grau de valor agregado, o petróleo do pré-sal poderá reduzir significativamente as importações brasileiras de petróleo médio/leve. O gás natural a ser comercializado será escoado por meio dos projetos previstos nos subprogramas de Infraestrutura Logística e de Escoamento e de Transformação e Comercialização de Gás. Inicialmente, o escoamento será feito por um gasoduto marítimo, que interligará Tupi à malha de gás de Caraguatatuba. Posteriormente, será necessário implantar uma nova rota de escoamento, que poderá ser feita por meio de uma planta de gás natural liquefeito embarcado (GNLE) ou de um novo gasoduto para o Terminal de Cabiúnas, situado na Bacia de Campos. Essas alternativas estão sendo avaliadas para subsidiar a futura decisão sobre a melhor opção a ser instalada. O suporte operacional será feito pelo subpro- grama de Infraestrutura Logística, cuja estratégia básica será a otimização dos custos de apoio. Será necessário instalar portos, aeroportos, anéis de fibra ótica, estações intermediárias para movimen- tação de fluidos e, eventualmente, uma platafor- ma intermediária de apoio logístico. Objetivo do Plansal é produzir mais de 1 milhão de barris por dia em 2017 2 0 1 0 petrobras magazine 9
  • 12. PROGRAMAS E INICIATIVAS MAIS FÔLEGO À INDÚSTRIA A Petrobras conta com diversas iniciativas e pro- Com a implantação dos projetos do Polo Pré-sal gramas que contribuirão para viabilizar os obje- da Bacia de Santos, haverá um aumento significati- tivos almejados para os próximos anos. Como, vo da demanda por bens e serviços no Brasil. Com por exemplo, o Programa de Desenvolvimento de isso, deverão ser geradas grandes oportunidades Tecnologias para o CO2 (PRO-CO2), que tem por para o crescimento da indústria nacional, seja pela objetivo viabilizar a captura, o transporte e o expansão do parque fabril existente, seja pela cria- armazenamento geológico do dióxido de carbo- ção de novos atores nesse segmento. no. Sendo a preservação do meio ambiente, além Uma das estratégias do Plansal que viabiliza da segurança operacional, prioridade em todos os essa política de conteúdo nacional é a construção projetos, o programa desenvolve iniciativas para seriada de unidades de produção: a chamada não ventilar para a atmosfera o CO2 produzido “Fábrica de FPSOs”. É uma iniciativa inédita juntamente com o gás do pré-sal. na indústria de petróleo e gás, que permitirá a Um novo modelo de operação denominado antecipação da entrega das unidades e, conse- GIOp-Gerenciamento Integrado das Operações será quentemente, viabilizará a antecipação da curva aplicado, com foco no monitoramento remoto e de produção e do retorno econômico dos inves- integrado das operações, visando à excelência em timentos realizados. segurança e eficiência operacional. Um dos desafios do pré-sal naquela área é O Programa Tecnológico para o Desenvolvimento a quantidade de poços a serem perfurados. de Reservatórios do Pré-Sal (Prosal) foi criado com Considerando que, em média, cada unidade de o objetivo de maximizar a recuperação de hidro- produção das Fases 0 e 1A poderá ser interliga- carbonetos na área, identificar a geometria de da a até 20 poços, haverá algo em torno de 200 poço mais adequada aos reservatórios e garantir poços a serem perfurados nos próximos anos. que os fluidos produzidos escoem, sem proble- Com esse intuito, aliado à demanda gerada pelo mas, dos reservatórios produtores até as unidades esforço exploratório e pelo desenvolvimento da de produção. produção do extenso portfólio de oportunidades FPSOs replicantes da Petrobras, foram contratadas diversas sondas serão construídos no para operar em águas ultraprofundas e está em Estaleiro Rio Grande José Luis Rodrigues da Cunha/Banco de Imagens Petrobras processo de licitação a aquisição de até 28 unida- des adicionais, a serem contruídas no Brasil, de acordo com a estratégia de todos os equipamentos estarem disponíveis dentro do prazo previsto. Tanto a “Fábrica de FPSOs”, quanto a aquisição de sondas integram um conjunto de estratégias que possibilitarão elevar os índices de conteúdo nacio- nal, gerando escala para promover a expansão da indústria brasileira em termos competitivos. As demandas por bens e serviços para os pro- jetos do pré-sal sustentarão a criação de milhares de novos empregos, a melhoria da qualificação da mão de obra existente e o aumento da renda de diversos setores existentes no país. Nesse contexto, torna-se cada vez mais evidente a valiosa contribuição do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) nos esforços para maximizar a parti- cipação da indústria nacional em bases competi- tivas e sustentáveis. A Petrobras criou, também, o Programa de Desenvolvimento das Competências para o Pré-sal (Prodesal), com o objetivo de disseminar e per- petuar o conhecimento de sua força de trabalho adquirido sobre o acúmulo de tecnologias desen- volvidas e práticas inovadoras. 10 petrobras magazine 2010
  • 13. Aquisição de sondas possibilitará elevar os índices de conteúdo nacional Geraldo Falcão/Banco de Imagens Petrobras Demandas por bens e serviços sustentarão a criação de milhares de novos empregos, a qualificação da mão de obra e o aumento da renda de diversos setores no Brasil A EXPANSÃO DA BACIA DE SANTOS Com o pré-sal, as atividades da Petrobras no década de 2000, a Petrobras decidiu expandir as entorno da Bacia de Santos serão intensificadas suas atividades exploratórias para além do núcleo nos próximos anos. Para dar apoio ao crescimento central da Bacia de Campos, intensificando as da atuação da empresa na região foi adquirida uma pesquisas a Norte e Sul daquela área, avançando área de 25 mil m² no bairro histórico do Valongo, pelas bacias de Santos e do Espírito Santo. na cidade de Santos, em 2008. No terreno serão Para o apoio logístico, já são utilizadas, hoje, construídas três torres, de onde serão coordenadas quatro áreas de apoio aéreo às operações da Bacia as operações da bacia. de Santos: em Jacarepaguá e Cabo Frio, no Rio de As instalações da futura sede da Unidade de Janeiro; Itanhaém, em São Paulo; e Navegantes, Operações da Bacia de Santos terão capacidade em Santa Catarina. Para apoio marítimo, são uti- para acomodar cerca de 6 mil pessoas. Com o lizadas três outras áreas: porto do Rio de Janeiro projeto, em conjunto com outros realizados na e porto de Imbetiba/Macaé, no estado do Rio de região, o bairro passará por profundo processo de Janeiro, e porto de Itajaí, em Santa Catarina Além revitalização. Será o primeiro prédio com certifi- disso, está sendo considerada a instalação de duas cação verde da cidade e que prevê, em seu proje- bases logísticas com infraestrutura portuária e to, o uso inteligente de recursos naturais. aeroportuária em Itaguaí, no Rio de Janeiro, e em Esse empreendimento ilustra uma história bem- parte da base aérea de Santos, no Guarujá, em sucedida que começou quando, no início da São Paulo. 2 0 1 0 petrobras magazine 11
  • 14. Transformando a indústria brasileira Petrobras conta com fornecedores nacionais para o desenvolvimento do Polo Pré-sal. 12 petrobras magazine 2010
  • 15. Banco de Imagens Petrobras 2 0 1 0 petrobras magazine 13
  • 16. A PETROBRAS CONTA COM A CONSOLIDAÇÃO DO A maior prova da confiança que a Petrobras de- Brasil como um polo fornecedor de bens e ser- posita na indústria nacional reside no fato de que viços de engenharia com padrões internacionais um dos recursos mais críticos para a exploração de competitividade. Prova disso é a meta global do pré-sal, a contratação de sondas de perfuração de 67% de conteúdo local nos novos empreen- para águas profundas, está centralizada no merca- dimentos da Companhia, estipulada no Plano de do brasileiro. Está prevista a construção, no Brasil, Negócios 2010-2014. Estão previstas compras no de 26 sondas até 2014 (serão 53 até 2020), com valor de US$ 142,2 bilhões no mercado nacional conteúdo nacional crescente. nos próximos cinco anos, o que representa um Dois outros programas demonstram os esforços nível de contratação anual no país de cerca de que a Petrobras vem empreendendo para estimu- US$ 28,4 bilhões. lar a indústria nacional: o Programa de Moderniza- ção e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) e Investimentos no Brasil (US$ Bilhões) o Programa de Mobilização da Indústria de Petróleo e Investimentos no Colocação no Conteúdo Nacional Gás Natural (Prominp). Área de Negócio Brasil Mercado Nacional (%) E&P 108,2 57,8 53% PROMINP O Programa de Mobilização da Indústria de Petróleo Abastecimento 78,6 62,8 80% e Gás Natural (Prominp), que possui estratégias Gás e Energia 17,6 14,4 82% focadas no fortalecimento da com-petitividade Distribuição 2,3 2,3 100% da indústria nacional e na geração de empregos, PBio 2,3 2,3 100% também tem obtido resultados significativos. O Corporativo 3,3 2,6 80% aumento do conteúdo nacional na execução de Total 213,3 142,2 67% projetos passou de 57%, em 2003, para 75% em 2009. O crescimento representou encomendas + adicionais de US$ 17,8 bilhões no mercado US$ 46,4 BILHÕES DE PARCEIROS nacional, gerando 755 mil empregos no período. Fonte: Plano de Negócios Petrobras 2010-2014 Alunos do Prominp Banco de Imagens Petrobras 14 petrobras magazine 2010
  • 17. Prominp forma novos profissionais para a indústria Banco de Imagens Petrobras Através do Plano Nacional de Qualificação rem competitividade em nível global. O programa Profissional (PNQP), com um investimento de determina que a construção dos navios ocorra no aproximadamente R$ 260 milhões, o Prominp vai Brasil com um índice de nacionalização mínimo formar, até o final de 2010, 78 mil profissionais de 70%. “O Promef é o exercício de uma política em cursos ligados às atividades do setor de industrial. O Brasil, hoje, tem a 4ª maior carteira petróleo e gás natural, em 15 estados do país. de encomendas de petroleiros do mundo. O obje- Segundo o coordenador executivo do Prominp, tivo é caminhar no mesmo sentido de sustentabili- José Renato de Almeida, até o ano de 2013, devido dade da Petrobras, para que os estaleiros exportem aos investimentos na área do Pré-Sal, a demanda navios e adquiram novos clientes”, diz o gerente de qualificação profissional será de 207 mil executivo do Promef, Arnaldo Arcadier. pessoas, sendo boa parte ligada à indústria naval. O programa recebeu um investimento de A necessidade de novos profissionais é mensurada US$ 4,7 bilhões em suas duas primeiras fases de acordo com o Plano de Negócios da Petrobras, (Promef I e II), tendo gerado cerca de 200 mil em- cuja média de investimento anual cresceu mais de pregos entre diretos e indiretos. O Promef III, que sete vezes desde 2003. Passou de US$ 5,8 bilhões deve iniciar os processos de licitação entre 2012 para US$ 42,4 bilhões em 2010. “Isso significa e 2013, levará em conta as demandas do pré-sal para a indústria uma oportunidade e um desafio e a entrada em funcionamento das quatro novas sete vezes maiores. Para conseguir fazer isso no refinarias do Nordeste (Pernambuco, Ceará, Ma- Brasil, com empresas nacionais, é fundamental um ranhão e Rio Grande do Norte) e do Complexo alto nível de competitividade, de forma a prover Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). os serviços necessários a esses projetos”, afirma o O esforço de resgatar a tradição e a qualidade coordenador do Prominp. da indústria naval brasileira já rendeu frutos. Em agosto de 2010, durante um seminário no PROMEF evento Navalshore, um grupo de fornecedores da O Promef tem como principal objetivo oferecer Japanese Marine Equipment Association (JSMEA) condições para os estaleiros nacionais conquista- apresentou seus produtos e demonstrou interesse O esforço de resgatar a tradição e a qualidade da indústria naval brasileira já rendeu frutos 2 0 1 0 petrobras magazine 15
  • 18. em participar do Promef. Alguns deles já fornecem talização da indústria brasileira, estagnada desde a para a Transpetro, subsidiária da Petrobras, e década de 90. Dessa forma, o esforço de introduzir pretendem investir no Brasil por conta da rea- conteúdo nacional nas demandas da Companhia tivação da indústria local de construção naval. irá contribuir para a consolidação do segmento Ao investir em programas como o Promef e o naval no Brasil, país que tem hoje o maior progra- Prominp, a Petrobras busca contribuir para a revi- ma de investimentos offshore do mundo. Encomendas do PROMEF: Dos 49 navios das duas primeiras fases do Promef, 46 já foram licitados e contratados. Os últimos três navios estão em fase final de licitação: • 10 navios Suezmax – US$ 1,2 bilhão • 5 navios Aframax – US$ 693 milhões • 4 navios Panamax – US$ 468 milhões • 9 navios de produtos – US$ 552,5 milhões • 4 navios aliviadores Suezmax DP – US$ 746 milhões • 3 navios aliviadores Aframax DP – US$ 477 milhões • 3 navios de bunker – US$ 46 milhões Encomendas com o resultado definido, à espera da assinatura dos contratos: • 3 navios gaseiros – US$ 536 milhões Encomendas em fase final de licitação: • 3 navios de produtos Total já contratado: US$ 4,7 bilhões Estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ) Ari Versiani/Banco de Imagens Petrobras 16 petrobras magazine 2010
  • 19. Banco de Imagens Petrobras O Estaleiro Atlântico Sul O Estaleiro Atlântico Sul S.A., criado em novembro de 2005 na região de Suape, em Pernambuco, é o maior estaleiro do Hemisfério Sul. Detém a maior carteira de encomendas do Promef, 22 navios. O empreendimento, um marco na revitalização da indústria naval no Brasil, gerou cerca de 60 mil empregos, entre diretos e indiretos. O EAS recebeu investimentos de R$ 1,4 bilhão e tem capacidade instalada de processamento da ordem de 160 mil toneladas de aço por ano. O estaleiro tem como sócios brasileiros os grupos Camargo Corrêa e Queiroz Galvão e a empresa PJMR. A sócia internacional é a sul-coreana Samsung Heavy Industries (SHI). foto 12174.jpg 2 0 1 0 petrobras magazine 17
  • 20. Banco de Imagens Petrobras Parcerias para crescer Articulação entre Petrobras, empresas fornecedoras e meio acadêmico para desenvolver o Polo Pré-sal incentiva o surgimento de um dos mais avançados parques tecnológicos do mundo no setor de energia. 18 petrobras magazine 2010
  • 21. 2 0 1 0 petrobras magazine 19
  • 22. A ARTICULAÇÃO DA PETROBRAS COM O MEIO exterior e, depois de concluído, será montado na acadêmico e fornecedores de bens e serviços tem futura unidade de teste em escala real da FMC sido fundamental para o desenvolvimento das no parque. soluções tecnológicas necessárias aos negócios A UFRJ avalia, ainda, a solicitação de outras da Companhia. Aperfeiçoadas ao longo dos empresas que têm interesse em instalar seus cen- anos, e agora ainda mais estimuladas pelos tros no parque, além de já ter confirmada a cons- imensos desafios do pré-sal, essas parcerias trução de um centro de P&D da Usiminas. Esse têm provocado uma verdadeira revolução nas movimento vem se ampliando: General Electrics instituições de pesquisa brasileiras e estão (GE), IBM e Cameron são outras empresas que propiciando o surgimento, no Brasil, de um dos já anunciaram a intenção de construir centros de mais avançados parques tecnológicos do mundo pesquisa junto a universidades brasileiras, além nos segmentos de petróleo, gás e energia. de firmar acordos de cooperação tecnológica Com o pré-sal, a escala e a complexidade das com a Petrobras. demandas da Petrobras têm crescido constan- “Atualmente, o Parque Tecnológico da UFRJ é temente. Em função disso, fornecedores tradi- o único que tem acordos firmados e anunciados cionais, incluindo grandes multinacionais, estão com empresas que fornecem bens e serviços para procurando a Companhia para estabelecerem a Petrobras, mas outros acordos certamente serão parcerias de longo prazo para fornecerem bens estabelecidos ao longo dos próximos anos”, afir- e serviços, muitas vezes envolvendo tecnologias ma o gerente executivo do Cenpes, Carlos Tadeu avançadas. Para o desenvolvimento destas tec- da Costa Fraga. nologias, a Petrobras estimula estas empresas a construírem centros de pesquisas no Brasil, em COLABORAÇÃO EM REDE locais próximos a suas instalações e universi- A Petrobras é, hoje, a empresa que mais investe dades parceiras, intensificando a integração e a em pesquisa e desenvolvimento no Brasil. Entre troca de conhecimentos. As parcerias também 2007 e 2009, U$ 2,5 bilhões foram destinados resultam na criação de empregos e na formação a essa área, na busca por soluções tecnológicas de mão-de-obra brasileira altamente qualificada para os desafios da Companhia. Estes investi- para o setor. mentos devem chegar a US$ 5,1 bilhões entre Este incentivo está sendo especialmen- 2010 e 2014. te bem sucedido no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Investimentos da Petrobras em P&D entre localizado próximo ao Centro de Pesquisas 2007 e 2009, por área da Petrobras (Cenpes). O parque já recebeu o 3% 3% anúncio da construção de centros de pesquisa 4% de pelo menos três importantes fornecedoras de equipamentos e serviços na área de petróleo e Produção gás: FMC Technologies, Schlumberger e Baker Abastecimento Hughes. As empresas são líderes de mercado nas 10% Exploração suas atividades e irão investir milhões de dólares 47% Meio Ambiente em instalações e pesquisas, principalmente vol- Biocombustíveis tadas a exploração e produção offshore. Gás & Energia Entre estas pesquisas previstas, está o teste 12% Outros de integração do primeiro sistema de separação submarina água-óleo (SSAO), fruto de um acor- do de cooperação tecnológica entre a Petrobras e 21% a FMC. O sistema está em fase de construção no Devido ao pré-sal, a escala e a complexidade das demandas da Petrobras têm crescido 20 petrobras magazine 2010
  • 23. A inovação como diferencial tem sido um dos pilares para a obtenção de resultados pela Petrobras Além de desenvolver pesquisas internamente e das parcerias com estas instituições, para cada incentivar empresas parceiras, a Petrobras traba- pesquisador do Cenpes há cerca de nove pesqui- lha em articulação com universidades e institutos sadores trabalhando em projetos de interesse da de pesquisa. De 2006 a 2009, a Companhia Petrobras na academia brasileira. Técnico trabalhando no investiu cerca de US$ 200 milhões anualmente Laboratório de Corrosão e em parcerias com essas instituições. Estes inves- Ensaios Não Destrutivos (LNDC) Leonardo Borba / Banco de Imagens Petrobras timentos são estimulados por uma cláusula pre- sente nos contratos de concessão de exploração e produção entre a Petrobras e a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), que prevê que pelo menos 1% da receita bruta gerada pelos campos de grande rentabilidade ou grande volume de produção deve ser investido em pes- quisa e desenvolvimento. Para que estes recursos pudessem ser aprovei- tados de forma adequada, a Petrobras criou, em 2006, o modelo das Redes Temáticas. Cada rede abrange diversas universidades e instituições de pesquisa, que atuam, de forma integrada e sob coordenação da Petrobras, voltados para temas definidos pela Companhia. Atualmente, existem 50 redes, nas quais cerca de 100 instituições de P&D trocam experiências, compartilham infraestrutura e desenvolvem atividades de pesquisa. No iní- cio, o maior volume de recursos foi destinado à melhoria da infraestrutura dos laboratórios, que passaram a ter padrão equivalente ao dos melhores laboratórios no mundo. Com a capa- cidade física já instalada, tem aumentado de forma constante o valor empregado na realiza- ção dos projetos de pesquisa e na qualificação dos pesquisadores. Alguns resultados dessa estratégia já podem ser percebidos na prática. Um exemplo é a pes- quisa desenvolvida no Laboratório de Corrosão e Ensaios Não Destrutivos (LNDC), da UFRJ, que faz parte da Rede Tecnológica de Materiais e Controle da Corrosão e tem contribuído para os estudos de definição dos materiais mais adequa- dos para os equipamentos que serão empregados nos campos do pré-sal. Por meio da estratégia das Redes Temáticas, a área laboratorial construída nas universida- des brasileiras já é cerca de quatro vezes maior que a área existente do Cenpes. E, em função 2 0 1 0 petrobras magazine 21
  • 24. O Centro de Pesquisas da Petrobras também no Rio de Janeiro, o Cenpes conta com cinco está sendo preparado para os desafios dos próxi- núcleos experimentais instalados junto a uni- mos anos. O espaço físico está sendo duplicado, dades operacionais da Companhia, para testes conforme projeto arquitetônico que é referência em escala semi-industrial, possibilitando maior em ecoeficiência e propicia espaços colaborativos aproximação entre pesquisa e atividades indus- que incentivam a inovação. Além das instalações triais (veja figura abaixo). Instalações de P&D da Petrobras e focos de pesquisa BIOLUBRIFICANTES Fortaleza (CE) BIOCOMBUSTÍVEIS Guamaré (RN) GARANTIA DE ESCOAMENTO E PROCESSAMENTO Aracaju (SE) TECNOLOGIA DE POÇO Taquipe (BA) CENPES Rio de Janeiro (RJ) REFINO São Mateus do Sul (PR) Reconhecimento internacional Desde o sucesso inicial em exploração e produção em águas profundas na Bacia de Campos, a Petrobras é reconhecida internacionalmente pelo seu desenvolvimento tecnológico. A estratégia tecnológica atual, com a intensificação dos investimentos em instituições de C&T e a crescente cooperação tecnológica com parceiros, vem evidenciando ainda mais esse reconhecimento. Não por acaso, a Companhia foi considerada a quinta empresa mais admirada do setor de petróleo, sendo a primeira no quesito “inovação”, de acordo com ranking da revista Fortune divulgado em março deste ano. O reconhecimento provém da opinião de altos executivos de empresas de todo o mundo e de analistas financeiros ouvidos para a elaboração do ranking, publicado anualmente. Já o ranking das “50 Empresas Mais Inovadoras do Mundo”, divulgado em abril pela revista Bloomberg Business Week em parceria com o Boston Consulting Group, destaca a Petrobras como 41ª empresa mais inovadora. É a única empresa do Hemisfério Sul e também a única do setor de óleo e gás a constar nessa lista, que levou em consideração uma pesquisa com altos executivos e os resultados financeiros das empresas. 22 petrobras magazine 2010
  • 25. Banco de Imagens Petrobras O Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 2 0 1 0 petrobras magazine 23
  • 26. Segurança Juarez Cavalcanti / Banco de Imagens Petrobras nas operações Gestão de contingência reforça prevenção e assegura soluções rápidas em caso de acidentes. 24 petrobras magazine 2010
  • 27. PARA AUMENTAR A SEGURANÇA DE SUAS OPERAÇÕES ocorrências na África e no Oriente Médio”, explica em terra e no mar, a Petrobras conta com a atua- o gerente setorial de Contingência da Petrobras, ção integrada e sinérgica de suas unidades ope- Marcio José de Macedo Dertoni. racionais e áreas e trabalha em articulação com Somente nos CDAs, onde trabalham cerca de instâncias governamentais, fornecedores, outras 300 técnicos, a Petrobras dispõe de 200km de bar- empresas de energia e comunidades do entorno reiras de contenção, 100km de barreiras absorven- de suas instalações. Além disso, a Companhia par- tes, 85km de mantas absorventes, 200 mil litros de ticipa da elaboração do Plano Nacional de Contin- dispersante, 40 mil kg de biorremediadores, 350 gência, a ser instituído ainda este ano no Brasil, tanques infláveis, 222 recolhedores de óleo portá- por decreto presidencial. teis, além de 130 barcos de apoio e 30 embarca- Internamente, cada unidade da Petrobras, seja ções de grande porte, entre outros recursos. refinaria, terminal, ou o conjunto de plataformas e ativos na Bacia de Campos, por exemplo, tem um AÇÕES DE RESPOSTA Plano de Resposta a Emergência que define o que Tendo interface com os três planos, vigora na Pe- fazer no caso de cada possível cenário de incidente trobras, desde 2006, o Projeto Estratégico de Excelên- ou acidente e estipula os recursos necessários e a cia em SMS, que tem como pilares gestão integrada respectiva quantidade de que a unidade deve dis- de SMS; ecoeficiência de operações e produtos; por para atuação local. prevenção contra acidentes, incidentes e desvios; Em âmbito mais amplo, a Petrobras tem um saúde dos trabalhadores; prontidão para atuar em Plano de Contingência Regional que contempla o situações de emergência, e minimização de riscos Brasil dividido em seis regiões – Amazônia; Per- e passivos. Nesse projeto, estão previstas ações que nambuco e Maranhão; Bahia, Sergipe e Alagoas; reforçam a capacidade de resposta da empresa a Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais; derramamentos de óleo de qualquer proporção. São Paulo e Centro-Oeste; Paraná, Santa Catari- Primeiramente, adota-se o Incident Command na e Rio Grande do Sul – e prevê o intercâmbio System (ICS), sistema de gerenciamento de inci- de recursos entre unidades. Dão suporte às ações dentes desenvolvido nos EUA que objetiva res- deste plano os dez Centros de Defesa Ambiental ponder de maneira integrada e sustentável, sem (CDAs) da Companhia espalhados pelo Brasil, os impedimentos de jurisdições políticas e alfande- quais contam com pessoal treinado e de prontidão gárias, a qualquer tipo de acidente. Nesse caso, 24 horas por dia para atuar em casos de derrames padronizam-se terminologias, comunicação e pro- de óleo. O CDA de São Paulo, devido a sua pro- cedimentos, integrando planejamento, logística, ximidade em relação ao Aeroporto Internacional operações, finanças, segurança e informações. de Guarulhos, o maior do Brasil, também dá su- O compartilhamento de recursos materiais e porte a unidades da Petrobras no exterior. Bases humanos, entre diferentes instâncias e empresas, Avançadas dos CDAs, muitas vezes localizadas em deve estar internalizado em cada um dos pares áreas inóspitas do Brasil, reforçam a estratégia de e ser feito de forma rápida. Afinal, no caso de segurança da Petrobras. um acidente de grandes proporções, seria muito No caso de os recursos regionais não serem pouco provável que uma empresa tivesse todos suficientes, é posto em prática o Plano de Contin- os recursos necessários disponíveis na quantidade gência Corporativo, que tem mapeada toda uma necessária no exato local do ocorrido, sem precisar rede de relacionamento com outras empresas de deslocá-los de outro endereço para lá. energia, fabricantes de equipamentos, voluntá- Fica valendo, também, a internalização de rios cadastrados treinados para atuar em caso de recursos em regime de excepcionalidade para emergências, instâncias governamentais e não- que, em caso de necessidade, não haja demora governamentais. “O objetivo é mobilizar todas as na liberação de equipamentos importados e na instâncias de forma rápida e eficaz. Contratos ou concessão de vistos para especialistas trazidos do acordos nacionais e internacionais são um refor- exterior para atuar nas contingências. ço a mais e possibilitam, por exemplo, o apoio Redimensionam-se os recursos de todos os de empresas como a Clean Caribbean & Améri- CDAs da Petrobras, tendo em vista a internaciona- cas (CCA) no caso de ocorrências nos EUA e na lização da Companhia, a criação prevista de novas América Latina e da Oil Spill Response (OSR) em unidades e a possível incorporação de outras. Para 2 0 1 0 petrobras magazine 25
  • 28. tanto, mais equipamentos serão adquiridos. Vale do centro de pesquisas e desenvolvimento da Pe- lembrar que, como afirma o consultor técnico trobras (Cenpes) e de parcerias com universidades da área de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da e outros institutos de P&D em todo o mundo. Petrobras Marcus Vinícius Lisboa Brandão, “hoje, Por fim, trabalha-se em articulação total com o a Petrobras sozinha tem mais recursos materiais governo brasileiro para que, em emergências, es- e humanos disponíveis do que todas as empresas tejam previamente autorizadas medidas excepcio- internacionais que atuam em caso de derrames de nais que não podem ser morosas, de modo que óleo, com exceção da MSRC, porque trabalha em os impactos gerados sejam os menores possíveis. associação com cerca de outras 50 empresas de Todas essas iniciativas ocorrem em sintonia com menor porte”. o Plano Nacional de Contingência em finalização no A capacidade de resposta da Petrobras a aciden- Brasil, de cujas discussões a Petrobras participa, tes e o acionamento de todas as possíveis instân- por intermédio do Instituto Brasileiro de Petróleo, cias envolvidas para atuação em rede, já avaliados Gás e Biocombustíveis. periodicamente, passam a ser testados também A Petrobras também participa das discussões de por meio de exercícios simulados, para que sejam elaboração do Plano Nacional de Prevenção, Prepa- asseguradas soluções rápidas e eficazes em contin- ração e Resposta Rápida a Emergências Ambientais gências reais. com Produtos Químicos Perigosos, o qual, dentre Novas tecnologias passam a ser buscadas para outras medidas, objetiva regrar melhor o uso de modelar manchas de óleo cada vez melhor, isto é, dispersantes de óleo in situ, alternativa muitas ve- definir com mais precisão sua origem, sua trajetó- zes descartada no Brasil devido à falta de clareza ria e seu destino, o que agiliza o trato da questão. na regulamentação. O intercâmbio constante mantido com outras em- Como se vê, a Petrobras está equipada para atu- presas de energia do mundo contribui para a atua- ar em caso de incidentes e acidentes de grandes lização de todos os pares. E o compromisso com a proporções, informada em relação à vanguarda da inovação e a tecnologia de ponta também na pre- tecnologia mundial, de modo a adquirir e/ou de- venção de acidentes se mantém, por intermédio senvolver o que há de melhor nesse âmbito, e apta Treinamento de contenção de acidentes na Amazônia Bruno Veiga / Banco de Imagens Petrobras 26 petrobras magazine 2010
  • 29. Thelma Vidales / Banco de Imagens Petrobras Terminal da Ilha D’água (RJ) Petrobras participa da elaboração do Plano Nacional de Contingência, a ser instituído ainda este ano no Brasil Um dos dez Centros de Defesa Ambiental da Petrobras Banco de Imagens Petrobras a atuar em rede com instâncias governamentais, fornecedores de bens e serviços e outras empre- sas de energia no Brasil e no exterior por conta de parcerias e contratos internacionais. Essa é a sua segurança em um negócio que, por envolver petró- leo e gás, é de risco e onde todo o cuidado é pouco. Além disso, lança mão de uma importante fer- ramenta. “A Companhia trabalha intensamente para reduzir riscos, controlar desvios, diminuir a quantidade de acidentes, tornar suas respostas mais eficientes e rápidas e atuar em rede de forma sinérgica. Destaca-se, no setor de energia mun- dial, principalmente nos âmbitos da prevenção e da capacidade de resposta. E, para isso, é necessá- ria uma gestão eficaz, o que hoje temos e estamos continuamente aperfeiçoando”, finaliza o gerente de Articulação e Contingência da área de SMS da Petrobras, Jayme de Seta Filho. 2 0 1 0 petrobras magazine 27
  • 30. André Valentim / Banco de Imagens Petrobras Integrar para evoluir 28 petrobras magazine 2010
  • 31. Petrobras implanta nova filosofia de trabalho para integrar suas operações. 2 0 1 0 petrobras magazine 29
  • 32. Banco de Imagens Petrobras Centro de Suporte à Decisão na atividade de construção de poços COM O CRESCIMENTO E A DISPERSÃO GEOGRÁFICA cessos e tecnologia, com o objetivo de aumentar a das atividades, além da complexidade cada vez segurança operacional, a eficiência e reduzir cus- maior das operações nos últimos anos, a Petrobras tos. Com o foco nas pessoas, a Petrobras espera es- prepara-se para um salto ainda maior na forma de timular uma forma de trabalhar mais colaborativa, trabalhar e no gerenciamento de suas operações. que elimine interfaces e barreiras. Em relação aos A mudança se propõe a integrar um conjunto de processos, a Companhia entende que é necessário ferramentas e sistemas gerenciais criados princi- redefini-los e simplificá-los. E, sempre que possí- palmente ao longo da última década. Para que isso vel, integrar disciplinas e planejar em terra, já que aconteça, a empresa começa a implantar uma nova a maior parte de suas atividades é no mar, além de filosofia de trabalho e gerencial: o Gerenciamento adotar prioritariamente a manutenção preventiva. Integrado de Operações – GIOp. Em relação à tecnologia, o GIOp privilegiará solu- Todas as boas práticas e lições aprendidas na ções cada vez mais inteligentes e inovadoras, dan- longa caminhada da Petrobras para se tornar refe- do preferência a tecnologias já existentes. Prevê, rência mundial em exploração e produção de pe- também, a adoção de tecnologias desenvolvidas tróleo em águas profundas, nas últimas décadas, por parceiros, tanto da indústria de petróleo e gás, contribuíram para que a sua área de exploração quanto de universidades. e produção possa, agora, enfrentar os enormes Para alcançar esses objetivos, a área de Explo- desafios definidos em seu ambicioso Plano Es- ração e Produção contará com a participação de tratégico 2020. O desenvolvimento das grandes importantes parceiros tecnológicos. Entre estes, o acumulações de hidrocarbonetos descobertas Centro de Pesquisas da própria Petrobras (Cenpes) na camada pré-sal da Bacia de Santos é um bom e universidades nacionais e internacionais, como exemplo desses desafios e das oportunidades que a Norwegian University of Science and Technology a Companhia tem pela frente. Ao mesmo tempo, o (NTNU). Além disso, contará com o reforço in- plano estratégico estabelece que a produção total telectual da Cambridge Energy Research Associate de petróleo e gás da Petrobras deverá ser superior (Cera), consultoria independente norte-americana a 5 milhões de barris de óleo equivalente por dia que faz análise de implantações de projetos em até 2020. É uma meta ousada, que exigirá formas grandes empresas. inovadoras de gerenciamento e de trabalho. As unidades operacionais da Companhia já co- O conceito básico dessa nova filosofia é a inte- meçaram a implantar essa nova filosofia de tra- gração das operações, com foco em pessoas, pro- balho. Uma das prioridades no cronograma de 30 petrobras magazine 2010
  • 33. O Gerenciamento Integrado de Operações (GIOp) tem como objetivo aumentar a segurança operacional, a eficiência e reduzir custos implantação foi, inicialmente, atender aos novos necimento e transporte de materiais para as diver- desafios para o desenvolvimento do Polo Pré-sal sas áreas de exploração e produção. Com isso, a na Bacia de Santos. No primeiro trabalho em con- área operacional da empresa poderá planejar, con- junto, a Cera já avaliou como excelente, por exem- trolar e ajustar seus processos, a fim de priorizar o plo, o projeto conceitual do Piloto do GIOp para a atendimento às suas demandas logísticas. Unidade de Operações da Bacia de Santos. Mais que uma ferramenta de trabalho, o GIOp é uma mudança cultural que permeará transversal- PRINCIPAIS ÁREAS AFETADAS mente toda a cadeia de valor da área de Explora- O GIOp promoverá a integração das informa- ção e Produção da Companhia, preparando-a para ções na área de Exploração de petróleo da empresa, cumprir sua visão empresarial de tornar-se uma criando um ambiente colaborativo que englobará das cinco maiores empresas integradas de energia geologia, geofísica, perfuração exploratória, labo- do mundo. ratórios, gestão de projetos e SMS. Os ganhos es- perados com essa nova forma de trabalhar serão o melhor acompanhamento dos processos explorató- Sala de visualização rios, a racionalização das atividades e a redução dos Bruno Veiga / Banco de Imagens Petrobras sísmica 3D custos operacionais e de investimentos. Na área de Produção, o objetivo será a integra- ção dos processos próprios da produção de pe- tróleo e das interfaces com o gerenciamento das outras áreas, de modo a aumentar a segurança, a eficiência operacional, para melhorar o fator de recuperação (volume de petróleo extraído dos re- servatórios), e reduzir custos de operação e in- vestimentos. Outra área que deverá ser beneficiada será a cons- trução de poços, com o objetivo de reduzir o tempo de construção. Para isso, entre outras coisas, serão modernizados os Centros de Suporte à Decisão, que possibilitam o monitoramento remoto, a modela- gem e o controle dos processos em tempo real nas operações de perfuração e intervenção em poços. Na área de instalação e manutenção de sistemas submarinos de produção de petróleo, serão pro- movidos o aprimoramento do já existente Centro de Controle Integrado, assim como a programação e o monitoramento das operações de engenharia submarina, com ênfase nas atividades das embar- cações de apoio. Essas mudanças se propõem a otimizar o atendimento às demandas dos diversos ativos de produção da empresa. Outro objetivo é disponibilizar, em tempo real, informações de todas as etapas do processo de for- 2 0 1 0 petrobras magazine 31
  • 34. Bruno Veiga / Banco de Imagens Petrobras O GIOp cria um ambiente colaborativo e multidisciplinar 32 petrobras magazine 2010
  • 35. Lições aprendidas O GIOp deverá, ao longo dos próximos anos, integrar ferramentas e sistemas gerenciais de exploração e produção de petróleo no País já desenvolvidos pela Companhia nas últimas décadas. Abrange salas de realidade virtual, centros que controlam as operações, equipamentos que monitoram plataformas a distância, entre outras tecnologias. Caberá ao GIOp coordenar tudo isso, de forma a possibilitar uma visão integrada de todo o processo produtivo da área. Entre as ferramentas e sistemas desenvolvidos pela Companhia nos últimos anos que serão integrados, incluem-se: • Monitoração e Controle de Processos – A trajetória da Petrobras, até chegar ao estágio atual de automação, teve início nos anos 80, época em que a Companhia introduziu os primeiros sistemas de Monitoração e Controle de Variáveis de Processos. O aprendizado culminou, em 1996, com a instalação da primeira plataforma automatizada, no campo de Ubarana, no Rio Grande do Norte. Na Bacia de Campos, esse processo ocorreu com a instalação, em 1998, do cabo submarino integrado de energia elétrica e telecomunicações no Polo Nordeste e do anel de fibra ótica com perímetro de 490 km. Era a espinha dorsal para outras redes de acesso por radiovisibilidade que atendem, hoje, 83 unidades de produção da Companhia. Em 2000, foi montada uma base tecnológica para possibilitar acesso seguro e em tempo real às informações operacionais integradas nas plataformas. Nascia ali o Plant Information, que posteriormente seria disseminado pela Companhia. • Processamento de Alto Desempenho de Dados – Dali em diante, muitas outras ferramentas e sis- temas gerenciais surgiram. Em 2001, foi inaugurada a primeira sala de visualização 3D da Companhia. Com o objetivo de dar suporte aos estudos de caracterização de reservatórios de petróleo, outras salas do gênero foram inauguradas em diversas regiões do Brasil. • Monitoração integrada de campos – Com a crescente inter-relação das diferentes disciplinas nos processos de E&P e a necessidade de tomar decisões de forma integrada, a Petrobras começa a implan- tar, a partir de 2006, seis projetos-pilotos de Gerenciamento Digital Integrado, o GeDIg. Essa iniciativa permitiu avaliar diferentes tecnologias e melhorar a monitoração e o controle das operações diárias de produção, com uma visão integrada dos campos. No ano seguinte, foi instalado o Centro de Controle Operacional (CCO) na Bacia de Campos, com o objetivo de facilitar as decisões de controle da produção em toda a bacia. Já em 2008, foram instaladas, na sede da Bacia de Campos, salas que permitem o monitoramento e controle remoto das operações offshore, as SCR. Essas salas garantem maior interação com os Centros de Gerenciamento Digital Integrado e as Salas de Controle das Plataformas, facilitando a tomada de decisões e o envolvimento imediato dos especialistas em terra. • Construção de Poços – Em 2006, foram criados os Centros de Suporte à Decisão (CSD), que permitem monitoração remota, modelagem e controle de processos em tempo real nas operações de perfuração e intervenção em poços. Essa nova abordagem aumentou a segurança e a eficiência, além de reduzir tempo, riscos e custos nessas atividades. • Integridade das instalações – Ainda em 2006, começou a ser implantado um projeto-piloto de Manutenção Baseada na Condição, que consiste no acompanhamento, sistemático e em tempo real, das variáveis e dos parâmetros que indicam o desempenho de turbinas, geradores, compressores e bombas. Dois anos depois, foi implantado o Centro Integrado de Monitoramento de Turbomáquinas (CIM-TBM). Esses projetos buscam definir a necessidade de intervenção em equipamentos críticos, permitindo a realização de ações preventivas e contribuindo para que operem por mais tempo. 2 0 1 0 petrobras magazine 33
  • 36. Rumo ao topo 34 petrobras magazine 2010
  • 37. ESPECIAL PLANO DE NEGÓCIOS Geraldo Falcão / Banco de Imagens Petrobras Plano de Negócios 2010-2014 prepara Petrobras para ficar entre as cinco maiores empresas produtoras de petróleo do mundo. 2 0 1 0 petrobras magazine 35
  • 38. ESPECIAL PLANO DE NEGÓCIOS A PRODUÇÃO TOTAL DE ÓLEO E GÁS DA PETROBRAS, Companhia, José Sergio Gabrielli de Azevedo, ao incluídos os campos de petróleo no Brasil e no ex- lançar o Plano de Negócios da Petrobras para os terior, deverá aumentar da média diária de 2,7 mi- próximos cinco anos. lhões de barris de óleo equivalente (boe), este ano, A área de Exploração e Produção da empresa para 3,9 milhões em 2014 e para 5,3 milhões em continuará a absorver a maior fatia dos recursos 2020. As projeções são do Plano Estratégico 2020 programados. Serão US$ 118,8 bilhões, entre da Companhia, que fixa um crescimento de 9,4% 2010 e 2014, englobadas as aplicações no Brasil ao ano para a produção de petróleo entre 2010 e nos demais países onde a Petrobras atua. Esse e 2014 e de 7,1% ao ano entre 2010 e 2020. A volume de investimentos corresponde a 53% do estratégia da empresa é chegar a 2020 como uma total programado para toda a Companhia. das cinco maiores empresas produtoras de petró- As aplicações na Área Internacional, nos pró- leo do mundo. ximos anos, corresponderão a 5% dos investi- O investimento total da Companhia nos mentos totais programados pela empresa. Serão, próximos cinco anos, abrangendo todas as áreas basicamente, projetos voltados para o desenvol- de negócios, atingirá US$ 224 bilhões, dos quais vimento da produção no Golfo do México, na US$ 212,3 bilhões (95%) serão aplicados no Brasil Costa Oeste da África e nos países onde a Petro- e US$ 11,7 bilhões, no exterior. Esse volume de bras atua na América Latina. As atividades ex- recursos garantirá, entre outras aplicações, a ploratórias fora do Brasil estarão concentradas execução de 686 projetos. Do total a ser investido, na área do Atlântico. US$ 31,6 bilhões corresponderão a projetos Como consequência, principalmente, do cres- novos. “Nenhuma outra grande empresa tem um cimento acelerado da produção, os investimentos programa de crescimento da produção de petróleo no segmento de refino, transporte e comerciali- e gás tão acelerado”, anunciou o presidente da zação (RTC), totalizarão, proporcionalmente, o A estratégia da Petrobras é chegar a 2020 como uma das cinco maiores produtoras de petróleo do mundo Ehder de Souza / Banco de Imagens Petrobras 36 petrobras magazine 2010