O documento discute a importância da escrita coletiva na sala de aula. Ele destaca que a escrita coletiva permite que os alunos reflitam sobre os conceitos linguísticos envolvidos no texto e como as ideias se transformam em escrita. Também fornece diretrizes para os professores sobre como conduzir atividades de escrita coletiva, como definir o propósito do texto, ouvir as ideias dos alunos, revisar o rascunho e enfatizar elementos como coerência e coesão.
3. Situações de
escrita coletiva
Situações de
escrita sozinho(a)
- Há aprendizagens que podem iniciar antes que as crianças escrevam de
acordo com os princípios do SEA.
- Prever situações compartilhadas em que o professor seja o escriba. Essas
produções coletivas são ricas, por possibilitarem a explicitação de estratégias de
escrita.
- Nas situações em que as crianças escrevem sozinhas mobilizam
conhecimentos e estratégias aprendidos nas situações partilhadas, mas há
outras aprendizagens em jogo.
5. A importância do texto coletivo
Propicia ao aluno uma reflexão sobre todos os conteúdos
linguísticos que compõem o texto e demonstra – fazendo – como as
ideias e as palavras se transformam em escrita. Nesse trabalho,
vários conteúdos de Língua Portuguesa são sistematizados, como:
Função social da escrita;
Relação oralidade escrita;
Alfabeto como conjunto de símbolos próprios da escrita;
Outros sinais utilizados para a veiculação de ideias;
Direção da escrita;
Espaçamento entre as palavras;
Elementos de apresentação do texto.
6. Aspectos que os professores (mediadores) devem observar
na produção de textos coletivos:
Demonstrar
a possibilidade de se comunicar com alguém
através da escrita, a despeito da distância ou do tempo;
Suscitar no aluno a vontade de escrever;
Proporcionar a produção escrita em situações
comunicativas reais aque fazem parte de um contexto/esfera
social . Quando seleciono um gênero, opto por um formato;
Deixar claro quem é o interlocutor daquela produção;
Definir, juntamente com a classe, a intenção do texto (por
quê se está escrevendo);
7. Aspectos que os professores (mediadores) devem observar
na produção de textos coletivos:
Fazer uma síntese oral das ideias que sustentarão o texto a ser
redigido;
Anotar, num canto do quadro, as ideias básicas que estruturarão
o texto;
Ouvir as ideias dos alunos sobre o tema e redigi-las na norma
padrão, explicitando a necessidade de adaptação entre a linguagem
oral e escrita;
Pensar na visualização dos alunos no momento (tipo de letra);
Chamar atenção para cronologia dos fatos que serão escritos;
Chamar os alunos individualmente para participar;
8. Aspectos que os professores (mediadores) devem
observar na produção de textos coletivos:
Chamar atenção para as diferenças entre o que se diz e o que se
escreve, pois várias informações precisam ser detalhada para
que, quem ler o texto possa compreender;
Enfatizar o uso de alguns conteúdos (os mais elementares) que
garantam ao texto coesão e coerência;
Reescrita durante o processo se acharmos um jeito melhor para
se expressar (reler o texto várias vezes durante a escrita);
Chamar atenção para a necessidade dos elementos de
apresentação (título ou vocativo, margem, data, espaços para
evidenciar parágrafo e assinatura);
9. Aspectos que os professores (mediadores) devem observar
na produção de textos coletivos:
Acatar as contribuições dos alunos, adequando-as para o
mais apropriado num texto escrito;
Proceder à leitura apontada do texto diversas vezes para
que o aluno possa compreender que, apesar de possuir
características específicas, a escrita pode registrar o que se
fala ou o que se pensa;
Incentivar o fechamento do texto;
10. Aspectos que os professores (mediadores) devem observar
na produção de textos coletivos:
Quando possível, solicitar que todos registrem o texto
produzido para ser lido ou mostrado em casa, comentando
sobre seu tema ou sobre o interlocutor;
Encaminhar uma cópia ao interlocutor, solicitando a
resposta por escrito, texto este que reverterá em material de
leitura e reflexão sobre os conteúdos utilizados.
11. ATIVIDADES ROTINEIRAS
Priorizar a sistematização do desenvolvimento do
SEA a partir de práticas que tenham SENTIDO para o
educando (trabalho com o “nome”; cantigas,
parlendas, adivinhas, etc.);
Explorar textos que circulam socialmente (gêneros
textuais) favorecendo o processo de USOREFLEXÃO-USO (bilhetes, cartões, listas, receitas,
etc).