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A Concepção de Identidade e
 a Relação com o Outro no
     Filme Caramuru

               Poliana Lopes
                Jornalista
 Especialista em História, Comunicação e
    Memória do Brasil Contemporâneo
 Mestranda em Processos e Manifestações
                 Culturais
Algumas considerações
• evolução da produção cinematográfica
  brasileira
• relação dos filmes com temáticas
  nacionais: “O que é isso companheiro?” e
  “Carlota Joaquina”
• - entretenimento x possibilidade de
  reflexão sobre o passado
Caramuru- A Invenção do Brasil

• 2000: ano dos 500 anos do
  descobrimento do Brasil
• localização: Brasil e Lisboa
• história de amor e relações entre
  diferentes culturas
• roteiro: Guel Arraes e Jorge Furtado
• direção: Guel Arraes
A construção do enredo

• inspiração no livro Caramuru, de Santa
  Rita Durão
• bibliografia histórica
• produções literárias que remetem ao
  Brasil, como Camões e Macunaíma
Com este material...

“Arraes e Furtado somaram um certo rigor
   histórico com irreverência, humor com
     afeto e conforto com leveza, o que
 originou uma comédia histórica focada na
     origem de alguns dos bons e maus
 costumes do Brasil e no encontro de dois
  mundos e com ambas possibilidades de
         trocas afetivas e culturais.”
             (Lopes, 2010,p.2)
O argumento
• Contexto histórico
- O ciclo da navegação portuguesa iniciado em
  1415
- Portugal despontou pelo empreendedorismo,
  despertando nos concorrentes a
  necessidade da “espionagem” em busca dos
  mapas e informação sobre a navegação
  portuguesa.
O argumento
• A lenda de Diogo Álvares Correa – o Caramuru
- nascido em 1475, chegou ao Brasil em 1510 após
   um naufrágio na Bahia
- foi capturado pelos tupinambás, por quem seria
   comido.
- envolve-se com Paraguaçu e sua irmã Moema
- foge para não morrer. Encontra pólvora e armas
- dá um tiro e salva sua vida
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- casa-se com Paraguaçu, retorna para a Europa e
   depois volta para o Brasil
O argumento
• na historia, os roteiristas misturam fatos históricos,
  literatura e causos

                      realidade + ficção

“(no filme) a preocupação deixou de ser comemorar os 500
   anos do descobrimento do Brasil para narrar em tom de
      comédia uma história que tem como pano de fundo
     aquela época. [...] Embora o encontro de Caramuru e
     Paraguaçu se baseie em fatos reais, trabalhamos as
   referências da História com muita liberdade. [...] O filme
  não tem culpa, ele nasce de um sentimento de amor pelo
    Brasil, de querer gostar de ser brasileiro, o que permite
    também uma irreverência à História, com respeito mas
   com criatividade. Muitas informações históricas estão no
                   subtexto [...].” Guel Arraes
Identidade
• A identidade é formada por processos
  inconscientes. O homem vive como se sua
  identidade fosse unificada, apesar de, segundo
  Hall, ela ser fragmentada e inacabada.
• “A identidade surge não tanto da plenitude de
  identidades que já está dentro de nós como
  indivíduos, mas de uma falta de inteireza que é
  ‘preenchida’ a partir de nosso exterior, pelas
  formas através das quais nós imaginávamos ser
  vistos por outros.” (Hall, 2005, p. 39)
• A cultura influencia diretamente na formação desta
  identidade.
Identidade Nacional
• Entre as identidades culturais do indivíduo, a nacional
   destacou-se no processo globalizado em que o homem
   vive.
• Cinco elementos característicos (Hall):
- as narrativas da nação, que fornecem estórias, imagens,
   eventos históricos, símbolos e rituais que representam as
   experiências e são partilhadas por todos os seus
   indivíduos;
- os elementos que as definem não mudam. Há ênfase na
   origem e na tradição, sem sofrer a ação do tempo;
- tradições são inventadas e tratadas como antigas, apesar
   de serem recentes;
- origem em um mito fundacional em um passado distante;
- a identidade nacional pode ser simbolicamente originada
   da ideia de um povo puro, mesmo que este não seja o
   detentor do poder.
Identidade Nacional
• a cultura nacional busca a unificação de seus
  membros em uma única identidade - grande
  família: “uma comunidade imaginada: as
  memórias do passado, o desejo de viver um
  conjunto, a preparação da herança.” (Hall, 2005,
  p. 58)
• apesar das diferenças étnicas e classes sociais
  (o que torna as nações modernas híbridas
  culturalmente), há elementos que unificam os
  seus membros.
Eu e o Outro
• Todorov - o olhar dos descobridores da América
  sobre o povo local.

                   Eu - O Outro
                   (outro)-(eu)

• Colombo na América: cristianizar e encontrou ouro
• não procura a verdade, e sim formas de confirmar a
  verdade que acreditava existir.
• entende os índios como parte da natureza e
  aculturados; para ele, a cultura está diretamente
  ligada ao seu padrão europeu de conhecimento,
  hábitos, tradições.
Análise do filme
• Brasil - identidade nacional viva - alegria,
  “jeitinho”, boa vida, beleza das mulheres,
  preferências culturais (carnaval e futebol)
• crise em nível regional: reconhecimento
  de qualidades próprias e apontamento de
  defeitos dos outros - Sul x Nordeste
• estas diferenças não suplantam a
  identidade nacional.
Análise do filme
• Diogo Álvares - português com
   características atuais dos brasileiros
- faz graça dos problemas
- tenta dar um “jeitinho” para resolvê-los

 “a arte não pode se limitar a uma simples
    cópia da vida, ela tem uma missão de
   embelezar um poço a realidade.” (3’12”)
Análise
                            do filme

• Índia Paraguaçu - beleza e sensualidade -
  características atribuídas hoje a mulher
  brasileira

• Cacique Itaparica - preguiça,
  malandragem e graça - características
  que são associadas aos brasileiros
Análise do filme
Análise do filme
  Índios x portugueses
  Paraguaçu x Diogo Álvares

• Diferentes culturas não impedem um contato
  entre as personagens.


• O conflito lingüístico não impede a
  comunicação - linguagem não-verbal
Análise do filme
• Camila Pitanga e Deborah Secco - visual
  garota de praia, identificadas pelo público

 “Por mais que diga que descendemos de
        índios, brancos e negros, se
   colocássemos uma índia [...] ela seria
       vista com um olhar estranho.”
                Guel Arraes
Análise do filme
• uso do português brasileiro = “Amar,
  verbo intransitivo” (M. Andrade) e seus
  brasileirismos

• Diogo Álvares representa o estrangeiro de
  cada um de nós: quando fora de seu
  ambiente social, sente-se um “gringo”
  diante de novas culturas
Análise do filme
      Diogo Álvares            Cristóvão Colombo
• Sem querer chegar            • ouro e cristianizar
• Buscou entendimento          • sem preocupação em
  primeiro para tirar proveito   conversar e entender
  e depois para sobreviver

• os dois admiravam a beleza da natureza,
  principalmente a das índias
• Diogo reconhece as diferenças entre o eu e o outro
• também tenta aproximar-se do grupo social a que não
  pertence
Considerações finais
• a existência do outro, com uma identidade
  diferente da do eu, é reconhecida.
• relação entre portugueses e índios retratada de
  forma simples e engraçada – relaciona
  personagens com características de identidade
  nacional de hoje
• escolha do elenco - permite que o receptor se
  identifique e se reconheça enquanto brasileiro:
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Como Caramuru retrata a identidade brasileira e a relação com o outro

  • 1. A Concepção de Identidade e a Relação com o Outro no Filme Caramuru Poliana Lopes Jornalista Especialista em História, Comunicação e Memória do Brasil Contemporâneo Mestranda em Processos e Manifestações Culturais
  • 2. Algumas considerações • evolução da produção cinematográfica brasileira • relação dos filmes com temáticas nacionais: “O que é isso companheiro?” e “Carlota Joaquina” • - entretenimento x possibilidade de reflexão sobre o passado
  • 3. Caramuru- A Invenção do Brasil • 2000: ano dos 500 anos do descobrimento do Brasil • localização: Brasil e Lisboa • história de amor e relações entre diferentes culturas • roteiro: Guel Arraes e Jorge Furtado • direção: Guel Arraes
  • 4. A construção do enredo • inspiração no livro Caramuru, de Santa Rita Durão • bibliografia histórica • produções literárias que remetem ao Brasil, como Camões e Macunaíma
  • 5. Com este material... “Arraes e Furtado somaram um certo rigor histórico com irreverência, humor com afeto e conforto com leveza, o que originou uma comédia histórica focada na origem de alguns dos bons e maus costumes do Brasil e no encontro de dois mundos e com ambas possibilidades de trocas afetivas e culturais.” (Lopes, 2010,p.2)
  • 6. O argumento • Contexto histórico - O ciclo da navegação portuguesa iniciado em 1415 - Portugal despontou pelo empreendedorismo, despertando nos concorrentes a necessidade da “espionagem” em busca dos mapas e informação sobre a navegação portuguesa.
  • 7. O argumento • A lenda de Diogo Álvares Correa – o Caramuru - nascido em 1475, chegou ao Brasil em 1510 após um naufrágio na Bahia - foi capturado pelos tupinambás, por quem seria comido. - envolve-se com Paraguaçu e sua irmã Moema - foge para não morrer. Encontra pólvora e armas - dá um tiro e salva sua vida - passa a ser tratado como Caramuru - filho do Trovão - casa-se com Paraguaçu, retorna para a Europa e depois volta para o Brasil
  • 8. O argumento • na historia, os roteiristas misturam fatos históricos, literatura e causos realidade + ficção “(no filme) a preocupação deixou de ser comemorar os 500 anos do descobrimento do Brasil para narrar em tom de comédia uma história que tem como pano de fundo aquela época. [...] Embora o encontro de Caramuru e Paraguaçu se baseie em fatos reais, trabalhamos as referências da História com muita liberdade. [...] O filme não tem culpa, ele nasce de um sentimento de amor pelo Brasil, de querer gostar de ser brasileiro, o que permite também uma irreverência à História, com respeito mas com criatividade. Muitas informações históricas estão no subtexto [...].” Guel Arraes
  • 9. Identidade • A identidade é formada por processos inconscientes. O homem vive como se sua identidade fosse unificada, apesar de, segundo Hall, ela ser fragmentada e inacabada. • “A identidade surge não tanto da plenitude de identidades que já está dentro de nós como indivíduos, mas de uma falta de inteireza que é ‘preenchida’ a partir de nosso exterior, pelas formas através das quais nós imaginávamos ser vistos por outros.” (Hall, 2005, p. 39) • A cultura influencia diretamente na formação desta identidade.
  • 10. Identidade Nacional • Entre as identidades culturais do indivíduo, a nacional destacou-se no processo globalizado em que o homem vive. • Cinco elementos característicos (Hall): - as narrativas da nação, que fornecem estórias, imagens, eventos históricos, símbolos e rituais que representam as experiências e são partilhadas por todos os seus indivíduos; - os elementos que as definem não mudam. Há ênfase na origem e na tradição, sem sofrer a ação do tempo; - tradições são inventadas e tratadas como antigas, apesar de serem recentes; - origem em um mito fundacional em um passado distante; - a identidade nacional pode ser simbolicamente originada da ideia de um povo puro, mesmo que este não seja o detentor do poder.
  • 11. Identidade Nacional • a cultura nacional busca a unificação de seus membros em uma única identidade - grande família: “uma comunidade imaginada: as memórias do passado, o desejo de viver um conjunto, a preparação da herança.” (Hall, 2005, p. 58) • apesar das diferenças étnicas e classes sociais (o que torna as nações modernas híbridas culturalmente), há elementos que unificam os seus membros.
  • 12. Eu e o Outro • Todorov - o olhar dos descobridores da América sobre o povo local. Eu - O Outro (outro)-(eu) • Colombo na América: cristianizar e encontrou ouro • não procura a verdade, e sim formas de confirmar a verdade que acreditava existir. • entende os índios como parte da natureza e aculturados; para ele, a cultura está diretamente ligada ao seu padrão europeu de conhecimento, hábitos, tradições.
  • 13. Análise do filme • Brasil - identidade nacional viva - alegria, “jeitinho”, boa vida, beleza das mulheres, preferências culturais (carnaval e futebol) • crise em nível regional: reconhecimento de qualidades próprias e apontamento de defeitos dos outros - Sul x Nordeste • estas diferenças não suplantam a identidade nacional.
  • 14. Análise do filme • Diogo Álvares - português com características atuais dos brasileiros - faz graça dos problemas - tenta dar um “jeitinho” para resolvê-los “a arte não pode se limitar a uma simples cópia da vida, ela tem uma missão de embelezar um poço a realidade.” (3’12”)
  • 15. Análise do filme • Índia Paraguaçu - beleza e sensualidade - características atribuídas hoje a mulher brasileira • Cacique Itaparica - preguiça, malandragem e graça - características que são associadas aos brasileiros
  • 17. Análise do filme Índios x portugueses Paraguaçu x Diogo Álvares • Diferentes culturas não impedem um contato entre as personagens. • O conflito lingüístico não impede a comunicação - linguagem não-verbal
  • 18. Análise do filme • Camila Pitanga e Deborah Secco - visual garota de praia, identificadas pelo público “Por mais que diga que descendemos de índios, brancos e negros, se colocássemos uma índia [...] ela seria vista com um olhar estranho.” Guel Arraes
  • 19. Análise do filme • uso do português brasileiro = “Amar, verbo intransitivo” (M. Andrade) e seus brasileirismos • Diogo Álvares representa o estrangeiro de cada um de nós: quando fora de seu ambiente social, sente-se um “gringo” diante de novas culturas
  • 20. Análise do filme Diogo Álvares Cristóvão Colombo • Sem querer chegar • ouro e cristianizar • Buscou entendimento • sem preocupação em primeiro para tirar proveito conversar e entender e depois para sobreviver • os dois admiravam a beleza da natureza, principalmente a das índias • Diogo reconhece as diferenças entre o eu e o outro • também tenta aproximar-se do grupo social a que não pertence
  • 21. Considerações finais • a existência do outro, com uma identidade diferente da do eu, é reconhecida. • relação entre portugueses e índios retratada de forma simples e engraçada – relaciona personagens com características de identidade nacional de hoje • escolha do elenco - permite que o receptor se identifique e se reconheça enquanto brasileiro: mistura entre europeu e indígenas