O documento discute várias perspectivas sobre a evolução cultural humana ao longo do tempo, incluindo as ideias de Herbert Spencer, Leslie White, Julian Steward e Robert Dunnell. Resume as principais premissas e diferenças entre essas abordagens evolucionistas da cultura humana.
2. Alem da exaptação:
O programa de módulos e
metáforas e o
comportamento social do
Homem
3. Herbert Spencer: Darwinismo
Social
Textos:
Princípios da Ética
Princípios de Biologia
Princípios de Psicologia
Princípios da Sociologia
Primeiros Princípios do do Sistema de
Filosofia
4. Componentes de Darwinismo Social
Definição de Mudança: “Transformação” de
relativamente não coerente a relativamente
coerente. [analogia a vida orgânica; formas de
vida superiores mais complexas e mais coerentes do
que as formas de vida inferiores]
Com a transformação, há um aumento da coerência e
um aumento na especialização funcional.
5. Premissas de Spencer
1. Toda a vida é a uma cadeia única sem quebra…
toda a vida está conectada e transformada [vaga
…uma linha]
2.Causas da transformação inerentes a vida.
(Diferente de Darwinismo, não existe mecanismos que
causam a variação)
no século 19, isso foi a “doutrina do
progresso”
Direcionalidade inerente de toda a vida que se
transforma de simples a complexa.
3. A direção inerente foi “fixa” nos organismos.
Alguns organismos podem ter mais progresso do
que outros organismos.
Casamento da biologia e cultura e a terceira premissa
6. A EVOLUÇÃO CULTURAL DE SPENCER
A transformação inerente a complexidade maior
caracteriza o Homem
A frase dessa transformação é que a”sobrevivência
do mais apto” . O que ele queria dizer nessa frase
foi um tipo de transformação natural forçada pela
natureza inerente do Homem.
– A frase foi mau interpretada com a seleção natural
igualando a transformação sendo ambos ‘boas.’ Os com
maior capacidade de se transformar sobrevivem.
Virou uma justificativa do escalonamento de sociedades
de simplex a complexas no século 19.
Darwin gostou da frase e falou que no contexto da
seleção natural explicou a adaptação. A sobrevivência
do mais apto explica a persistência diferencial da
variação
7. Diferencias entre Darwin e Spencer
Darwin Spencer
Evolução Descendência Transformação
com
Modificação
Componentes Variação e
seleção
Causa Mecanismo da Interna; fixa
“Seleção
Natural”
Descrição Arvore Linhagem única
De mudança
evolutiva
9. Leslie White
Premissa principal: o desenvolvimento cultural
humano é único. Precisa leis únicas para sua
explicação.
– Evidencia da unicidade: linguagem, simbolismo
– Leis culturais devem explicar a evolução cultural
Influencias da idéia intelectual: Spencer e Marx
De Spencer:
– O desenvolvimento cultural e progressivo. As culturas
humanas se desenvolvem de simplex a mais complexas.
Progresso é um fato!
– O desenvolvimento de cultura é de linhagem única [um
tronco grande]
De Marx:
– A economia ou as formas de produção é fundamental para
entender a mudança cultural. As formas de produção são
as bases de todas as outras mudanças.
– A ciência era a maneira de entender e explicar essas
mudanças.
10. Leslie White
Como ele modificou e usou:
1. Progresso foi inevitável mas não fixo na
espécie. Nenhum princípio inerente ao Homem que
resultou numa complexidade maior, E nenhum valor
atribuído a complexidade maior. Simplesmente é
assim!
2. Causas do desenvolvimento são materiais.
Podem ser as condições materiais da vida, da
economia, da tecnologia, ou outras.
11. Leis Culturais de White
Lei do Desenvolvimento Evolutiva: [C = E x T]
– C = cultura; E= captura ou eficiência (tecnologia) da
energia; T= tempo. (isso e a tecnologia)
– Exemplos: transformação linear única de bandas a tribos
a reinos a países
Lei da Dominância Cultural: culturas que exploram a
energia com maior eficiência se expandiram aos
custos das menos eficientes.
12. Julian Steward: Evolução Multi-linear
Premissa principal: A mudança cultural ocorre
devido a interação do ambiente e as pessoas
no ambiente. Steward começa a ecologia
cultural na Arqueologia.
– O ambiente estabelece limitações sobre as
escolhas que os indivíduos podem fazer.
– O ambiente influía a paisagem, solos, recursos, e
outros grupos sociais
E a mesma expressão cultural pode ocorrer em
ambientes muito diferente se as limitações são os
mesmos:
13. Julian Steward: Evolução Multi-linear
Núcleo Cultural: aquela parte de uma cultura que
relaciona as pessoas ao ambiente… Para Steward é
core cultural que liga as pessoas ao ambiente e forma
a base da expressão cultural.
– “a constelação de caracteres que se relacionam as
atividades de subsistência e arranjos econômicos"
(Steward 1955:37).
Diferencias com White:
A mudança cultural não é linear ou progressiva. A
mudança se determina localmente pelo ambiente e as
características essenciais relacionam as pessoas ao
ambiente.
Tecnologia não força a mudança cultural… interação
entre os organismos e seu ambiente ‘moldam a
mudança.
14. Critica da Neo-Evolução de ambos
cientistas e pós-processualistas
evolução cultural não é única
seqüência linear não explica a gama da
variação nas sociedades
Pós-processualistas argumentam que a
Neo-Evolução ignora as pessoas e não
considera a variação dentro de
sociedades.
A Neo-evolução não permite a
contingência
16. “Selecionismo” e a Ecologia Evolutiva
Comunalidades
– Ambas procedem de uma plataforma de ciência.
A construção de conhecimento é a meta;
fazendo perguntas de POR QUE
– A construção ativa de teoria. De fato, ambas
têm teoria, e essa teoria é a Evolução
Darwiniana
Por isso, os princípios e mecanismos
Darwinianos valem: indivíduos variam, a
variação é genética, a reprodução importa, os
mecanismos operam sobre e restringem a
variação que resulta na persistência
diferencial
17. A seleção opera sobre o fenótipo
O que e o fenótipo?
Ave de paraiso
Pavão Real Macho
18. DIFERENCIAS
Selecionismo: Meta é explicar o
registro arqueológico ou os
ARTEFATOS em termos evolutivos
A Ecologia Evolutiva Humana: explica o
comportamento humano em termos
evolutivos. Usa os princípios evolutivos
para explicar o comportamento
humano… estratégias de forrageio,
sistemas reprodutivos, e espaçamento
de nascimentos
19. Selecionismo ( Robert Dunnell)
Componentes Chaves da idéia:
materialismo, arqueologia
como uma ciência histórica
para as explicações
Artefato são os focos da
explicação: Por que se
evoluem novas formas ou
tecnologias?
Artefatos são partes do
fenótipo humano. Por isso, a
seleção opera sobre os
artefatos
Conecta os artefatos num
processo evolutivo de dois
passos
– Produzir a variação;
restringir a variação
20. Métodos do Selecionismo
Estilo: aqueles caracteres de artefatos que não
contribuem ao sucesso reprodutivo
Função: caracteres dos artefatos afeitam o sucesso
reprodutivo
Mecanismos:
Seleção opera os caracteres funcionais, e aqueles
caracteres demonstram mudanças direcionais nas
freqüências no tempo (seleção opera sobre os
caracteres funcionais)
Deriva: mudanças aleatórias nas freqüências
gênicas (a deriva opera sobre os caracteres de
estilo)
21. Freqüência
Função
Freqüência
Estilo
Tempo
Forma de Caracteres Estilísticos
e Funcionais no Tempo
Tempo
Forma das curvas de seleção
que opera sobre dois
caracteres funcionais
alternativos no tempo
22. Como Operacionalizar?
Selecione caracteres de
artefatos para mensurar…
formas, tecnologia, atributos-
--
Precisa mensurar os caracteres
dos artefatos no tempo…
precisa da dimensão temporal
Contagem de freqüências no
tempo e construção de curvas
Forma informa se a seleção ou
deriva ocorre
– Uma descrição evolutiva
O POR QUE em termos
evolutivos
23. O programa adaptivisto versus o
programa adaptacionisto
O programa Adaptivisto – enfocou nas
conseqüências reprodutivas de
atributos. Os atributos que aumentam o
sucesso reprodutivo são adaptivos e são
adaptações – o produto da seleção
natural.
24. O programa adaptivisto versus o
programa adaptacionisto
O programa Adaptacionisto– enfocou nos
mecanismos complexos e integrados
funcionalmente – que tem evidencias do
desenho especial – que são consideradas
como adaptações.
25. Programas diferentes, problemas
diferentes
O programa Adaptivisto – necessidade de
ser vigilante para atributos que
atualmente aumentam o sucesso
reprodutivo mas carecem da historia
evolutiva apropriada.
O programa Adaptacionisto – necessidade
de ser vigilante para atributos que
sinalizam evidencias de desenho
especial, mas carece da historia
evolutiva apropriada.
26. Exaptações: Um problema
adaptivisto
Sugeriremos que esses atributos
evoluírem para outros usos (ou para
nenhuma função), e posteriormente
“cooptaram” seu papel atual, sejam
chamados exaptações (Gould e Vrba,
1982, p. 6).
27. Duas fontes de exaptação
Um atributo, previamente moldado pela
seleção natural para uma função
específica (uma adaptação), é cooptado
para um uso novo – cooptação.
Um atributo com uma origem que não pode
ser atribuída a ação direta da seleção
natural (uma não adaptação), é cooptado
para o uso atual – cooptação.
28. O que Gould e Vrba NÃO
falam
Eles NÃO afirmam que atributos de
ordenamento aleatório não podem ser
exaptações.
Mas o que Gould e Vrba
FALAM
NÃO afirmam que todas as exaptações
tem utilidade atual.
29. Um atributo desorganizado e
completamente aleatório pode ser uma
exaptação se ele aumenta o sucesso
reprodutivo atual.
Exaptações: o dor da cabeça do
adaptivisto
30. Outras fontes da
funcionalidade
complexamente organizada
Evolução cultural?
Aprendizagem intensiva?
Artifícios humanos?
31. Exadaptação: Como
funciona?
Adaptações – têm uma estrutura
organizada que incorpora um modo
particular de operação (um modus
operandi) que foi desenhada para um
conjunto específico de problemas no
ambiente ancestral (um domínio de
aplicação)
32. Exadaptação: Como
funciona?
A evolução pela seleção natural é um
processo lento. A forma acumulada
somente muda lentamente.
O ambiente pode mudar mais
rapidamente
33. Exadaptação: Como
funciona?
O modus operandi de uma adaptação é
um reflexo de seu desenho acumulado.
O domínio de aplicação de uma
adaptação é parcialmente determinado
pelo ambiente onde opera.
domínios próprio versus atual
34. Exadaptação: Como
funciona?
Quando o ambiente muda, o modus
operandi de uma adaptação pode
potencialmente organizar um domínio
diferente de inputs.
35. O que seria um bom exemplo
de uma exaptação?
Donativos a banco de esperma – alta
probabilidade do que o sucesso
reprodutivo aumentará mas claramente
é um comportamento evolutivo novo.
36. Aumento de Sucesso Reprodutivo?
Sim Não
Musica Matemática
Poesia Ciência
Manipulação da
classificação de Reciclando Plástico
parentesco
Assistindo TV
Doações a Banco de
Esperma
Exaptações
37. Aumento do Sucesso Reprodutivo?
Funcionalidade Complexa?
Sim Não
Musica Matemática
Sim
Exadaptações
Poesia Ciência
Manipulação da
classificação de
Reciclando Plástico
parentesco
Não
Assistindo TV
Doações a Banco de
Esperma
Exaptações
38. Um programa sistemático de
pesquisa sem nome
Desgosto moral (Rozin, Haidt, e McCauley, 1999)
Língua escrita (Pinker, 1994)
Legislação (Fiddick, 2004)
Matemática (Dehaene, 1997)
Musica (Dissanayake, 2000)
Poesia (Miall e Dissanayke, 2003)
Raça (Gil-White, 2001; Hirschfeld, 1996; Kurzban,
Tooby, e Cosmides, 2001)
Religião (Boyer, 1994; Kirkpatrick, 1999)
Ciência (Atran, 1990)
O programa dos módulos e metáforas
39. Módulos
Uma faculdade evoluída que é
flexivelmente específica ao domínio.
O domínio próprio do mecanismo é dado
pela sua historia seletiva.
A flexibilidade é resultado das mudanças
no ambiente do mecanismo que afeita
seu domínio atual de aplicação, mas não o
modus operandi
40. Metáforas
Tomando um sistema de conceitos e inferências
de um domínio de base e aplicando esses a um
domínio novo de alvo.
A teoria evolutiva é um conto cientificamente
coerente dos domínios de base.
As situações evolutivas novas como possíveis
domínios de alvo.
41. Como funciona o
programa?
1) Enfoque em um atributo organizado
complexamente mas novo evolutivamente..
2) Caracterize o modus operandi do atributo –
como se organiza o fenômeno?
3) Faz paralelos com uma adaptação possível que
possua o mesmo modus operandi.
Idealmente…
4) Demonstre um aspecto previamente não
conhecido do atributo novo que é conhecido
existir no atributo evoluído ou vice versa.
42. É compatível com a evolução?
Críticos da evolução argumentam que são
esses tipos de fenômenos que não são
compatíveis e levantam duvidas serias da
evolução (Mithen, 1996; Chiappe, 2000).
43. É compatível com a evolução?
A evolução enfoca o estudo da estrutura
funcional.
A premissa básica é que a estrutura
funcional é melhor explicada em termos
evolutivos.
44. É compatível com a evolução?
Pesquisadores evolutivos NÃO
pressupõem que os ambientes atuais são
iguais aos ambientes ancestrais.
Porque o domínio de aplicação de uma
adaptação é uma função do ambiente
onde opera, NÃO devemos achar que o
domínio atual de um módulo é fixo.
45. É compatível com a evolução?
A evolução é compatível com a
possibilidade de que ambientes novos
podem alterar o domínio atual de uma
adaptação.
A evolução não é compatível com a
possibilidade de que ambientes novos
podem alterar a organização funcional
de uma adaptação
46. O conceito da metáfora
pressupõe a preservação da
organização conceitual e de
Inferência do domínio base ao
domínio alvo.
56. Mas…
Os expertos de ábacos demonstram um aumento
bilateral na ativação do sulco frontal superior
e lóbulo parietal superior em tarefas de
memória digital (Tanaka, et al. 2002)
Os pilotos experientes demonstram mais
ativação frontal e pré-frontal, menos ativação
visual e motor numa tarefa para seguir aviões
(Peres, et al. 2000)
57. Teoria do Contrato Social (Cosmides,
1985)
Proposta: o Homem tem um algoritmo evoluído
de, “procura ladrão”
Baseada na teoria evolutiva de altruísmo
recíproca (Axelrod, 1984; Axelrod e Hamilton,
1981; Trivers, 1971)
Evidencia: estudos de seleção de tarefas de
Wason
58. Contratos Sociais
Se recebe o beneficio, precisa pagar o custo
Dois tipos:
Trocas pessoais – as duas partes cooperando
para beneficio mútuo
Leis sociais – uma pessoa dada um beneficio a
base da lei da sociedade
59. Contratos Sociais
Se recebe o beneficio, precisa pagar o custo
Somente trocas pessoas correspondem a forma da
interação modelada na teoria evolutiva
Dois tipos:
Trocas pessoais – as duas partes cooperando para
beneficio mútuo
Leis sociais – uma pessoa dada um beneficio a base da lei
da sociedade
60. Duas possibilidades
1) Modificar a teoria evolutiva
2) Distinguir entre o domínio próprio da
adaptação (trocas pessoais) e o
domínio atual da adaptação (trocas
pessoais e leis sociais).
As leis sociais como uma extensão
metafórica das adaptações cognitivas
das trocas sociais
61. NÃO afirme que as expressões novas da
adaptação são parte de sua função
evoluída
63. Romance e Pornografia
Dado os conflitos de interesse entre os dois
sexos, fica difícil visualizar a organização da
psicologia reprodutiva da fêmea e do macho na
sua forma sem restrições.
As palavras idealizadas da literatura romântica
e pornografia potencialmente representam
uma fonte valorosa de dados das formas que
as fêmeas e os machos pensam sobre
formação de pares e relações sexuais.
64. Contratos Sociais versus
Precaução
Raciocínio sobre os contratos sociais e
precaução é neurologicamente não
dissociável.
Stone, Cosmides, Tooby, Kroll, e Knight
(2002)
65. Precação ativa centros de dor: insula e córtex
cingulato
Fiddick, Spampinato, e Grafman (in prep)
67. Mas se…
O Catolicismo se baseia numa lógica de “precaução”.
A comunidade é o corpo de Cristo. O pecado
constitua uma ameaça a alma ou ao corpo de Cristo.
Necessidade de realizar medidas de precaução
para se proteger a alma e curar qualquer ferida
sofrida.
O Protestantismo se baseia numa lógica contratual.
A comunidade e a relação a Deus se baseiam nas
relações contratuais colocando a pessoa numa
posição socialmente precária (“pode ser trocado”).
Necessidade de estabelecer “compromisso forte”
com Deus e os membros da comunidade para não ser
trocado.
68. E os santos?
Os Católicos veneram os santos, os
Protestantes não
Santos específicos para problemas
específicos
Disenteria? Policarpo
Infertilidade? Agatha
Doença renal? Ursos de Ravenna
69. Tal vez a psicologia de riscos e particular,
mas a psicologia de contratos não é:
Qualquer item de comercio pode ser
trocado por outro.