O documento descreve o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, incluindo seu objetivo de unificar a ortografia entre países lusófonos, seu histórico de discussões desde 1911, e as principais mudanças propostas como a inserção das letras K, W e Y e a remoção do trema e acentos em certas palavras.
2. Objetivos do Acordo
• Unificar e simplificar a ortografia da língua
escrita em:
– linguagem diplomática;
– contratos comerciais e financeiros ou documentos
em instituições internacionais;
• Aumentar o prestígio internacional.
4. Contexto histórico
1911
• Primeira tentativa de padronização - iniciativa de
Portugal;
• Sem alterações no Brasil.
1924
• Primeiras discussões em conjunto - busca de
padronização.
1931
• Primeiro acordo: não posto em prática.
5. Contexto histórico
1943
• Formulário ortográfico, base 1931, aprovado nos
dois países:
– eliminação do trema nos hiatos átonos (*saüdade);
– extinção de consoantes mudas (*auctor, *assignatura);
– conservaram-se após -a, -e, -o (*director, *baptismo);
– eliminação de sc e ps no início de palavra (*sciencia,
*psalmo);
– e de h nos compostos por prefixo (*deshumano);
– substituição de ph por f.
6. Contexto histórico
1945
• Ampliação do Acordo, base Formulário Ortográfico de 1943
– Não ratificado no Brasil;
– Trema abolido em Portugal;
– Acento agudo nos ditongos -ei, -oi abolido em Portugal.
1971
• Alterações e inclusões no Formulário de 1943
• Brasil adota
• Abolidos:
– acento circunflexo diferencial nos homógrafos (*êle, *almôço)
– acento grave nos derivados por sufixo -mente ou sufixo iniciado
por z (*cafèzinho, *sòmente)
7. Contexto histórico
1990
• Elaboração de novo Acordo, válido para toda a lusofonia
• Ratificado por Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe
• Vigência prevista para 1994 - não entrou em vigor
2008
• Acordo ratificado por Portugal e demais países lusófonos
2009
• vigência a partir de 1o de janeiro de 2009
• Período de adaptação:
– Brasil: 3 anos
– Portugal e demais países: 6 anos
11. Letras K, W e Y
• Inserção das letras k, w e y, que se usam nos
seguintes casos especiais:
– Em nomes próprios originários de outras línguas e
seus derivados: Franklin, frankliniano; Kant,
kantismo; Darwin, darwinismo;
– Em nomes de lugar originários de outras línguas e
seus derivados: Kwanza; Kuwait, kuwaitiano;
Malawi, malawiano;
– Em siglas, símbolos e mesmo em palavras
adotadas como unidades de medida de curso
internacional: K-potássio (de kalium), kg, km.
13. Ditongos –ei e –oi
• Não se acentuam graficamente os ditongos
representados por -ei e –oi em palavras paroxítonas.
14. Ditongos –ei e –oi
ATENÇÃO!
• Essa regra só vale para PAROXÍTONAS. Assim,
as oxítonas (papéis, herói) continuam
acentuadas normalmente.
15. “Crê-dê-lê-vê”
• Não se usa acento circunflexo nas formas
verbais da terceira pessoa do plural dos
verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados:
creem, deem, leem, veem.
16. Duplo “o”
• Não se usa acento circunflexo para assinalar a
vogal tônica fechada com a grafia o em
palavras paroxítonas como enjoo, povoo, voo,
etc.
17. “i” e “u” tônicos
• Nas palavras paroxítonas, não se usa acento
agudo em “i” e “u” tônicos, quando vierem
depois de ditongo: Bocaiuva, baiuca, feiura.
18. Acento diferencial
• “Cai” o acento diferencial:
Antes do acordo Depois do acordo
pára (v.), para (prep.) para (v.), para(prep.)
pélo (v.), pêlo (s.), pelo (prep.) pelo (v.), pelo (s.), pelo (prep.)
péla (v.), pela (prep.) pela (v.), pela (prep.)
pêra (s.), pera (arcaísmo) pera (s.)
coa (v.), côa (arcaísmo) coa (v.)
20. “u” tônico
• Não se usa mais o acento agudo no “u” tônico
das formas do presente do indicativo dos
verbos arguir e redarguir: tu arguis, eles
arguem.
21. Enxaguar, desaguar, delinquir
• Os verbos terminados em –guar, -quar e –
quir, são acentuados se forem pronunciados
com “a” ou “i” tônicos: eu enxáguo, ele
delínque.