SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  13
Protestantismo na América Latina
O avanço
História Eclesiástica II
Pr. André dos Santos Falcão Nascimento
Blog: http://prfalcao.blogspot.com
Email: goldhawk@globo.com
Seminário Teológico Shalom
Dois casos da propagação do evangelho na AL
 Brasil
 Iniciativa Metodista (Kidder e Spaulding): Décadas de
1830 e 40.
 Iniciativa Congregacional (Kalley)
 Iniciativa Presbiteriana (Simonton)
 Iniciativa Batista (Bagby)
 Peru
 Penzotti e Ritchie
Dois casos da propagação do evangelho na AL
 Iniciativa Congregacional
 Robert Reid Kelly (1809-1888), médico escocês, com sua esposa Sarah, já
tinham experiência em Madeira e nas Índias Ocidentais britânicas, antes de
chegarem no RJ em 10/05/1855.
 Inicia seu ministério com os estrangeiros residentes em Petrópolis.
 Em 1859, atua na conversão de duas nobres, o que gera uma proibição de
atrair prosélitos e atuar na medicina.
 Influente na alta sociedade e no meio secular, pregando a separação Igreja-
Estado, funda a primeira igreja brasileira, de cunho congregacional (Igreja
Evangélica Brasileira), em 1858, batizando o primeiro brasileiro em 11/07.
São 14 membros que, em dez anos, se transformam em 360.
 Uma segunda igreja é fundada em 1873, em Recife.
 Desde o início a música é importante na igreja, editando Salmos e Hinos em
1861. Este livro, com 50 hinos serviu às igrejas que se implementavam no
Brasil.
Dois casos da propagação do evangelho na AL
 Iniciativa Presbiteriana
 Maio de 1859: Assembleia Geral da IP nos EUA nomeia Ashbel Green
Simonton, de 26 anos, para explorar o território brasileiro.
 Chega no RJ em 12/08, sendo seguido pelo cunhado, Alexander Blackford,
quase um ano depois, e de Francis Schneider em 1861.
 Após não conseguir contatar a colônia americana no Rio e ter dificuldade em
se aproximar do portugueses, Simonton inicia estudos bíblicos em português
em maio de 1861. Um mês depois, inicia cultos noturnos de adoração com
sete participantes.
 Em 12/01/1862, os dois primeiros convertidos são aceitos pra comunhão. A
primeira igreja presbiteriana brasileira também é fundada neste ano.
 Schneider pregou em Rio Claro sem muito sucesso, mas é em viagem de
Blackford à cidade que encontra José Manuel da Conceição, sacerdote
católico que se converte e é ordenado ao ministério em 1865, sendo o
primeiro brasileiro a receber tal ofício.
Dois casos da propagação do evangelho na AL
 Iniciativa Presbiteriana
 Em 1865, enquanto Blackford batiza os seis primeiros que haviam se
convertido em São Paulo, na cidade de Brotas, o presbiterianismo avançou e
gerou uma comunidade com 60 membros em comunhão plena e 38 crianças.
No Rio, a igreja também possuía 60 congregantes, e em São Paulo, após 3
anos de trabalho, 22 congregantes.
 José Manuel acabou sendo o grande expoente da evangelização brasileira
nos seus primeiros anos. Viajante incansável a cavalo, pregava com
frequência a grandes plateias. Em suas viagens, seguidamente ia de casa de
casa, ler a Bíblia, orar e conversar noite adentro.
 Seu interesse original era a evangelização, e não a plantação de igrejas, mas
foi responsável pela formação de pequenos grupos de brasileiros
evangelizados através das regiões oeste e norte de São Paulo.
 Posteriormente, em 1880, o rev. John Boyle inicia o trabalho no interior de
São Paulo , distribuindo bíblias até Uberaba, MG, descobrindo cinquenta
cidades e vilas em seu trabalho, gerando as bases para a futura igreja
presbiteriana brasileira.
Dois casos da propagação do evangelho na AL
 Iniciativa Batista
 Após a Guerra Civil americana, em 1865, um grupo de imigrantes sulistas aporta no
interior de São Paulo para plantar e aproveitar o trabalho escravo ainda permitido no
Brasil. Este grupo atrai interesse das três principais denominações americanas.
 Após missões metodistas (1867) e presbiterianas (1869), uma igreja batista se instala
em Santa Bárbara do Oeste em 1871 para atender especificamente ao grupo
americano.
 Dez anos após esta iniciativa, William Buck Bagby e sua esposa Anne aportam no
Brasil, passando por Santa Bárbara antes de ir para Salvador. Ali fundam a primeira
igreja batista “brasileira” em 1882 com Zachary Taylor e Antônio Teixeira de
Albuquerque.
 Teixeira era produto de Santa Bárbara. Conheceu o evangelho com uma Bíblia italiana
que encontrou na livraria do seminário de Olinda, onde estudou. Comparando a
tradução de Almeida e a católica com o original grego, concluiu que a Bíblia
protestante tinha a melhor tradução e se converteu. Após rápida passagem entre os
metodistas, é ordenado entre os batistas de Santa Bárbara.
Dois casos da propagação do evangelho na AL
 Iniciativa Batista
 Ao longo da década de 1880, os batistas rapidamente se espalharam pelo
Brasil. Bagby fundou a PIB do Rio de Janeiro em 1884, enquanto Teixeira
inicia uma igreja em 1885 em sua terra natal, Maceió, com dez membros.
 Graças às vitórias legais e ao entusiasmo evangelístico dos missionários
batistas, a denominação chega a oito igrejas em seis estados em 1888, com
212 membros. Na proclamação da república, a PIB do RJ tinha 89 membros.
Na virada do século, os batistas fundam uma igreja em SP e chegam a 2000
membros no país inteiro.
 Parte do crescimento batista se deve a uma nova onda de imigrantes, desta
vez letos, que fogem da perseguição religiosa e chegam em 25 famílias em
1890. A PIB letã em Rio Novo (SC) é formada em 1892 com 75 membros.
Conseguindo uma grande gleba de terra em Nova Odessa, quinze colônias
letãs formam-se no Brasil entre 1890 e 1922, principalmente de batistas.
Treze igrejas, com 500 membros, são formadas entre eles. Após a 1ª Guerra
Mundial, mais de 2000 letos imigram, aumentando o número de batistas no
Brasil.
Dois casos da propagação do evangelho na AL
 Peru
 No Peru, a atividade de qualquer religião que não a católica foi proibida até
1920.
 Francisco Penzotti, convertido em cruzada no Uruguai, trabalhou como pastor
valdense até que os metodistas absorveram os valdenses naquele país.
 Agente metodista da Sociedade Bíblica Americana, viajou com Andrew Milne,
e trabalhou em Callao, no Peru, após o fracasso de Thomson em tentar
implementar escolas Lancaster em Lima.
 Em três meses de trabalho, Penzotti consegue reunir 50 pessoas em reuniões
nas tardes de domingo. Para tal, ia de casa em casa distribuindo e vendendo
Bíblias, enviando membros de casa em casa, de dois em dois, na tentativa de
evangelizar Callao.
 Preso em 25/07/1889 acusado de transgredir a lei, consegue, após oito
meses encarcerado, que o Estado reconheça a legalidade dos cultos
particulares de adoração no Peru.
Dois casos da propagação do evangelho na AL
 Peru
 Com a saúde prejudicada, é substituído por Thomas Wood em 1891.
 A obra metodista no Peru se desenvolve, com a distribuição de 18.000
bíblias e parte delas. Uma igreja forte é estabelecida em Lima e missões
são fundadas em outras cidades chave.
 Posteriormente, vários missionários de diversas denominações chegam
ao país, iniciando vários trabalhos. Inicialmente, Charles Bright, dos
Irmãos de Plymouth da Inglaterra, chega a Callao em 1893, recebendo
dois batistas no ano seguinte em Lima. Os batistas alugaram um salão e
Bright, que sabia espanhol, foi o pregador. Um ano depois, o grupo se
dividiu e Bright alugou um local anteriormente usado por anglicanos na
Rua Negreiros. Ali, começou a realizar cultos em 1896, chegando a 30
membros 4 anos depois.
Dois casos da propagação do evangelho na AL
 Peru
 Em 1907, John Ritchie, batista escocês enviado sob o
patrocínio da Evangelical Union of South America, se une a
Bright como líder da igreja da Rua Negreiros, onde começa a
formar novos ministros em um Instituto Bíblico no local, em
1910.
 Em 1919, as diversas igrejas ligadas a da Rua Negreiros
começam a debater uma união, e em 1922 fundam a Igreja
Evangélica Peruana, conseguindo chegar a 44 comunidades
em 1924, mas enfrentando estagnação a partir da década de
30, muito em função da falta de treinamento sistemático e
abrangente.
Protestantismo do final do séc. XIX (até 1930)
 Surgimento do Pentecostalismo no Brasil (1910-11), México (1914), Chile
(década de 1910).
 Divisão dos presbiterianos brasileiros em 1903 sobre a questão da maçonaria e
da cooperação com as juntas americanas de missões.
 IPB: Manteve a cooperação com as juntas e aceitou que seus membros fossem
maçons até 2011. Cresceu após a implementação do Plano Brasil em 1917, onde
recursos das agências missionárias foram usados para implantar igrejas no interior do
país.
 IPI: Grupo dissidente.
 Congresso Pan-Americano (Panamá), 1916: Busca por colaboração entre juntas
e denominações, além de necessidade de intercomunicação e coordenação da
obra educacional. O relacionamento e cooperação fraternais encontra
expressão nesse Congresso. O sentimento anticatólico gera uma negativa de
colaboração com a Igreja Católica no campo da assistência social.
Características do protestantismo latinoamericano
 Formato dogmático, puritano e legalista.
 Exige uma decisão transformadora de estilo de vida, envolvendo inúmeras
implicações éticas e sociais.
 Interiorização da fé.
 Comunidade de fé com múltiplos relacionamentos interpessoais.
 Escrituras como norma de fé (teologia conservadora) – 10 milhões de Bíblias
distribuídas até 1935.
 Liberdade de culto fora do ambiente do templo (residências, restaurantes, ao ar
livre, etc).
 Palavra como centro do culto e da vida, a razão de ser da Igreja.
 Simplicidade e espontaneidade, com multiplicidade de hinos e cânticos.
 Represálias sociais e econômicas por parte dos católicos, gerando mentalidade
de gueto nas comunidades, alienando-se da sociedade em geral.
 Ênfase em educação e medicina, com construção de escolas, orfanatos e
clínicas.
Fontes
 Texto base: CAIRNS, Earle E. O Cristianismo através dos séculos: uma
história da igreja cristã. 3 ed. Trad. Israel Belo de Azevedo e Valdemar
Kroker. São Paulo: Vida Nova, 2008.
 Textos auxiliares:
 DREHER, Martin N. Coleção História da Igreja, 4 vols. 4 ed. São Leopoldo:
Sinodal, 1996.
 GONZALEZ, Justo L. História ilustrada do cristianismo. 10 vols. São Paulo:
Vida Nova, 1983

Contenu connexe

Tendances

História da Igreja II: Aula 6: Reformas Católicas
História da Igreja II: Aula 6: Reformas CatólicasHistória da Igreja II: Aula 6: Reformas Católicas
História da Igreja II: Aula 6: Reformas CatólicasAndre Nascimento
 
História da Igreja II: Aula 9: Movimentos Espiritualistas
História da Igreja II: Aula 9: Movimentos EspiritualistasHistória da Igreja II: Aula 9: Movimentos Espiritualistas
História da Igreja II: Aula 9: Movimentos EspiritualistasAndre Nascimento
 
História da Igreja II: Aula 5: Igrejas Reformadas
História da Igreja II: Aula 5: Igrejas ReformadasHistória da Igreja II: Aula 5: Igrejas Reformadas
História da Igreja II: Aula 5: Igrejas ReformadasAndre Nascimento
 
História da Igreja I: Aula 10: O apogeu do poder papal
História da Igreja I: Aula 10: O apogeu do poder papalHistória da Igreja I: Aula 10: O apogeu do poder papal
História da Igreja I: Aula 10: O apogeu do poder papalAndre Nascimento
 
História da Igreja II: Aula 10: Movimentos Espiritualistas pós-Wesley
História da Igreja II: Aula 10: Movimentos Espiritualistas pós-WesleyHistória da Igreja II: Aula 10: Movimentos Espiritualistas pós-Wesley
História da Igreja II: Aula 10: Movimentos Espiritualistas pós-WesleyAndre Nascimento
 
História da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os Anabatistas
História da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os AnabatistasHistória da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os Anabatistas
História da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os AnabatistasAndre Nascimento
 
História da Igreja II: Aula 1: Pré Reforma
História da Igreja II: Aula 1: Pré ReformaHistória da Igreja II: Aula 1: Pré Reforma
História da Igreja II: Aula 1: Pré ReformaAndre Nascimento
 
História da Igreja I: Aula 5 - Em posição de defesa
História da Igreja I: Aula 5 - Em posição de defesaHistória da Igreja I: Aula 5 - Em posição de defesa
História da Igreja I: Aula 5 - Em posição de defesaAndre Nascimento
 
História da Igreja I: Aula 13: Oposição Externa
História da Igreja I: Aula 13: Oposição ExternaHistória da Igreja I: Aula 13: Oposição Externa
História da Igreja I: Aula 13: Oposição ExternaAndre Nascimento
 
História da Igreja I: Aula 7: Desenvolvimento da Igreja Católica
História da Igreja I: Aula 7: Desenvolvimento da Igreja CatólicaHistória da Igreja I: Aula 7: Desenvolvimento da Igreja Católica
História da Igreja I: Aula 7: Desenvolvimento da Igreja CatólicaAndre Nascimento
 
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)Andre Nascimento
 
História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)
História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)
História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)Andre Nascimento
 
A renovação da espiritualidade e da religiosidade
A renovação da espiritualidade e da religiosidadeA renovação da espiritualidade e da religiosidade
A renovação da espiritualidade e da religiosidadeÁlvaro Tito
 
O protestantismo no Brasil e suas encruzilhadas
O protestantismo no Brasil e suas encruzilhadasO protestantismo no Brasil e suas encruzilhadas
O protestantismo no Brasil e suas encruzilhadasRosiane Mota
 
História da Igreja I: Aula 12: Tentativas de mudanças internas
História da Igreja I: Aula 12: Tentativas de mudanças internasHistória da Igreja I: Aula 12: Tentativas de mudanças internas
História da Igreja I: Aula 12: Tentativas de mudanças internasAndre Nascimento
 
História dos Protestantes e Evangélicos até o Brasil
História dos Protestantes e Evangélicos até o BrasilHistória dos Protestantes e Evangélicos até o Brasil
História dos Protestantes e Evangélicos até o BrasilDjalma C. Filho
 
Quadro religião comparadas
Quadro religião comparadasQuadro religião comparadas
Quadro religião comparadasVítor Santos
 

Tendances (20)

História da Igreja II: Aula 6: Reformas Católicas
História da Igreja II: Aula 6: Reformas CatólicasHistória da Igreja II: Aula 6: Reformas Católicas
História da Igreja II: Aula 6: Reformas Católicas
 
História da Igreja II: Aula 9: Movimentos Espiritualistas
História da Igreja II: Aula 9: Movimentos EspiritualistasHistória da Igreja II: Aula 9: Movimentos Espiritualistas
História da Igreja II: Aula 9: Movimentos Espiritualistas
 
História da Igreja II: Aula 5: Igrejas Reformadas
História da Igreja II: Aula 5: Igrejas ReformadasHistória da Igreja II: Aula 5: Igrejas Reformadas
História da Igreja II: Aula 5: Igrejas Reformadas
 
História da Igreja I: Aula 10: O apogeu do poder papal
História da Igreja I: Aula 10: O apogeu do poder papalHistória da Igreja I: Aula 10: O apogeu do poder papal
História da Igreja I: Aula 10: O apogeu do poder papal
 
História da Igreja II: Aula 10: Movimentos Espiritualistas pós-Wesley
História da Igreja II: Aula 10: Movimentos Espiritualistas pós-WesleyHistória da Igreja II: Aula 10: Movimentos Espiritualistas pós-Wesley
História da Igreja II: Aula 10: Movimentos Espiritualistas pós-Wesley
 
História da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os Anabatistas
História da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os AnabatistasHistória da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os Anabatistas
História da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os Anabatistas
 
História da Igreja II: Aula 1: Pré Reforma
História da Igreja II: Aula 1: Pré ReformaHistória da Igreja II: Aula 1: Pré Reforma
História da Igreja II: Aula 1: Pré Reforma
 
História da Igreja I: Aula 5 - Em posição de defesa
História da Igreja I: Aula 5 - Em posição de defesaHistória da Igreja I: Aula 5 - Em posição de defesa
História da Igreja I: Aula 5 - Em posição de defesa
 
História da Igreja I: Aula 13: Oposição Externa
História da Igreja I: Aula 13: Oposição ExternaHistória da Igreja I: Aula 13: Oposição Externa
História da Igreja I: Aula 13: Oposição Externa
 
História da Igreja I: Aula 7: Desenvolvimento da Igreja Católica
História da Igreja I: Aula 7: Desenvolvimento da Igreja CatólicaHistória da Igreja I: Aula 7: Desenvolvimento da Igreja Católica
História da Igreja I: Aula 7: Desenvolvimento da Igreja Católica
 
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
 
História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)
História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)
História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)
 
A renovação da espiritualidade e da religiosidade
A renovação da espiritualidade e da religiosidadeA renovação da espiritualidade e da religiosidade
A renovação da espiritualidade e da religiosidade
 
O protestantismo no Brasil e suas encruzilhadas
O protestantismo no Brasil e suas encruzilhadasO protestantismo no Brasil e suas encruzilhadas
O protestantismo no Brasil e suas encruzilhadas
 
Trabalho de história
Trabalho de históriaTrabalho de história
Trabalho de história
 
Reforma protestante
Reforma protestanteReforma protestante
Reforma protestante
 
História da Igreja I: Aula 12: Tentativas de mudanças internas
História da Igreja I: Aula 12: Tentativas de mudanças internasHistória da Igreja I: Aula 12: Tentativas de mudanças internas
História da Igreja I: Aula 12: Tentativas de mudanças internas
 
História dos Protestantes e Evangélicos até o Brasil
História dos Protestantes e Evangélicos até o BrasilHistória dos Protestantes e Evangélicos até o Brasil
História dos Protestantes e Evangélicos até o Brasil
 
Igrejas evangelicas no Brasil
Igrejas evangelicas no BrasilIgrejas evangelicas no Brasil
Igrejas evangelicas no Brasil
 
Quadro religião comparadas
Quadro religião comparadasQuadro religião comparadas
Quadro religião comparadas
 

En vedette

História da Igreja II: Aula 8: Movimentos Racionalistas
História da Igreja II: Aula 8: Movimentos RacionalistasHistória da Igreja II: Aula 8: Movimentos Racionalistas
História da Igreja II: Aula 8: Movimentos RacionalistasAndre Nascimento
 
História da Igreja I: Aula 2 - Cristo e a Plenitude dos Tempos
História da Igreja I: Aula 2 - Cristo e a Plenitude dos TemposHistória da Igreja I: Aula 2 - Cristo e a Plenitude dos Tempos
História da Igreja I: Aula 2 - Cristo e a Plenitude dos TemposAndre Nascimento
 
História da Igreja I - Aula 1 - Introdução
História da Igreja I - Aula 1 - IntroduçãoHistória da Igreja I - Aula 1 - Introdução
História da Igreja I - Aula 1 - IntroduçãoAndre Nascimento
 
História da Igreja I: Aula 3 - Paulo e os Pais Apostólicos
História da Igreja I: Aula 3 - Paulo e os Pais ApostólicosHistória da Igreja I: Aula 3 - Paulo e os Pais Apostólicos
História da Igreja I: Aula 3 - Paulo e os Pais ApostólicosAndre Nascimento
 
História da Igreja I: Aula 11: Cruzadas, Reformas Monásticas e Escolástica
História da Igreja I: Aula 11: Cruzadas, Reformas Monásticas e EscolásticaHistória da Igreja I: Aula 11: Cruzadas, Reformas Monásticas e Escolástica
História da Igreja I: Aula 11: Cruzadas, Reformas Monásticas e EscolásticaAndre Nascimento
 
História da Igreja - O Século XIX e as Revoluções
História da Igreja - O Século XIX e as RevoluçõesHistória da Igreja - O Século XIX e as Revoluções
História da Igreja - O Século XIX e as RevoluçõesGlauco Gonçalves
 
Aula 5 Quinto Período - A Reforma Protestante
Aula 5   Quinto Período - A Reforma ProtestanteAula 5   Quinto Período - A Reforma Protestante
Aula 5 Quinto Período - A Reforma ProtestanteAdriano Pascoa
 
Reforma e contra reforma
Reforma e contra reformaReforma e contra reforma
Reforma e contra reformavr1a2011
 

En vedette (9)

História da Igreja II: Aula 8: Movimentos Racionalistas
História da Igreja II: Aula 8: Movimentos RacionalistasHistória da Igreja II: Aula 8: Movimentos Racionalistas
História da Igreja II: Aula 8: Movimentos Racionalistas
 
História da Igreja I: Aula 2 - Cristo e a Plenitude dos Tempos
História da Igreja I: Aula 2 - Cristo e a Plenitude dos TemposHistória da Igreja I: Aula 2 - Cristo e a Plenitude dos Tempos
História da Igreja I: Aula 2 - Cristo e a Plenitude dos Tempos
 
História da Igreja I - Aula 1 - Introdução
História da Igreja I - Aula 1 - IntroduçãoHistória da Igreja I - Aula 1 - Introdução
História da Igreja I - Aula 1 - Introdução
 
História da Igreja I: Aula 3 - Paulo e os Pais Apostólicos
História da Igreja I: Aula 3 - Paulo e os Pais ApostólicosHistória da Igreja I: Aula 3 - Paulo e os Pais Apostólicos
História da Igreja I: Aula 3 - Paulo e os Pais Apostólicos
 
História da Igreja I: Aula 11: Cruzadas, Reformas Monásticas e Escolástica
História da Igreja I: Aula 11: Cruzadas, Reformas Monásticas e EscolásticaHistória da Igreja I: Aula 11: Cruzadas, Reformas Monásticas e Escolástica
História da Igreja I: Aula 11: Cruzadas, Reformas Monásticas e Escolástica
 
História da Igreja - O Século XIX e as Revoluções
História da Igreja - O Século XIX e as RevoluçõesHistória da Igreja - O Século XIX e as Revoluções
História da Igreja - O Século XIX e as Revoluções
 
A história dos avivamentos da igreja
A história dos avivamentos da igrejaA história dos avivamentos da igreja
A história dos avivamentos da igreja
 
Aula 5 Quinto Período - A Reforma Protestante
Aula 5   Quinto Período - A Reforma ProtestanteAula 5   Quinto Período - A Reforma Protestante
Aula 5 Quinto Período - A Reforma Protestante
 
Reforma e contra reforma
Reforma e contra reformaReforma e contra reforma
Reforma e contra reforma
 

Plus de Andre Nascimento

Aula Jonatas 76: A ceia do senhor
Aula Jonatas 76: A ceia do senhorAula Jonatas 76: A ceia do senhor
Aula Jonatas 76: A ceia do senhorAndre Nascimento
 
Aula Jonatas 75: Um corpo estranho
Aula Jonatas 75: Um corpo estranhoAula Jonatas 75: Um corpo estranho
Aula Jonatas 75: Um corpo estranhoAndre Nascimento
 
Pensamentos Elevados #15: O amor 1 Co 13.13
Pensamentos Elevados #15: O amor 1 Co 13.13Pensamentos Elevados #15: O amor 1 Co 13.13
Pensamentos Elevados #15: O amor 1 Co 13.13Andre Nascimento
 
Pensamentos Elevados #14: Multiplicadores Jd 2a
Pensamentos Elevados #14: Multiplicadores Jd 2aPensamentos Elevados #14: Multiplicadores Jd 2a
Pensamentos Elevados #14: Multiplicadores Jd 2aAndre Nascimento
 
Aula Jonatas 74: O valor da adoração
Aula Jonatas 74: O valor da adoraçãoAula Jonatas 74: O valor da adoração
Aula Jonatas 74: O valor da adoraçãoAndre Nascimento
 
Pensamentos elevados #13: Fé hb11.1 3,6
Pensamentos elevados #13: Fé hb11.1 3,6Pensamentos elevados #13: Fé hb11.1 3,6
Pensamentos elevados #13: Fé hb11.1 3,6Andre Nascimento
 
Aula Jonatas 73: Obra x manobra
Aula Jonatas 73: Obra x manobraAula Jonatas 73: Obra x manobra
Aula Jonatas 73: Obra x manobraAndre Nascimento
 
Pensamentos Elevados #12: O sangue Lv 17.11
Pensamentos Elevados #12: O sangue Lv 17.11Pensamentos Elevados #12: O sangue Lv 17.11
Pensamentos Elevados #12: O sangue Lv 17.11Andre Nascimento
 
Aula Jonatas 72: A lição da figueira
Aula Jonatas 72: A lição da figueiraAula Jonatas 72: A lição da figueira
Aula Jonatas 72: A lição da figueiraAndre Nascimento
 
Pensamentos Elevados #10: Uma oportunidade Lc. 21.8, 12-19
Pensamentos Elevados #10: Uma oportunidade Lc. 21.8, 12-19Pensamentos Elevados #10: Uma oportunidade Lc. 21.8, 12-19
Pensamentos Elevados #10: Uma oportunidade Lc. 21.8, 12-19Andre Nascimento
 
Aula Jonatas 71: O fim dos tempos
Aula Jonatas 71: O fim dos temposAula Jonatas 71: O fim dos tempos
Aula Jonatas 71: O fim dos temposAndre Nascimento
 
Aula Jonatas 70: Vencendo os obstáculos
Aula Jonatas 70: Vencendo os obstáculosAula Jonatas 70: Vencendo os obstáculos
Aula Jonatas 70: Vencendo os obstáculosAndre Nascimento
 
Pensamentos Elevados #9: Esperança viva 1 Pe 1.3
Pensamentos Elevados #9: Esperança viva 1 Pe 1.3Pensamentos Elevados #9: Esperança viva 1 Pe 1.3
Pensamentos Elevados #9: Esperança viva 1 Pe 1.3Andre Nascimento
 
Pensamentos Elevados #7: Ame até o fim jo13.1b
Pensamentos Elevados #7: Ame até o fim jo13.1bPensamentos Elevados #7: Ame até o fim jo13.1b
Pensamentos Elevados #7: Ame até o fim jo13.1bAndre Nascimento
 
Aula Jonatas 68: O ofertante vem antes da oferta
Aula Jonatas 68: O ofertante vem antes da ofertaAula Jonatas 68: O ofertante vem antes da oferta
Aula Jonatas 68: O ofertante vem antes da ofertaAndre Nascimento
 
Pensamentos Elevados #8: Santos! Jo 14.23
Pensamentos Elevados #8: Santos! Jo 14.23Pensamentos Elevados #8: Santos! Jo 14.23
Pensamentos Elevados #8: Santos! Jo 14.23Andre Nascimento
 
Aula Jonatas 67: Misericórdia quero
Aula Jonatas 67: Misericórdia queroAula Jonatas 67: Misericórdia quero
Aula Jonatas 67: Misericórdia queroAndre Nascimento
 
Pensamentos Elevados # 6: Misericórdia quero Os 6.6
Pensamentos Elevados # 6: Misericórdia quero Os 6.6Pensamentos Elevados # 6: Misericórdia quero Os 6.6
Pensamentos Elevados # 6: Misericórdia quero Os 6.6Andre Nascimento
 
Aula Jonatas 66: Jesus Cristo, filho de Davi
Aula Jonatas 66: Jesus Cristo, filho de DaviAula Jonatas 66: Jesus Cristo, filho de Davi
Aula Jonatas 66: Jesus Cristo, filho de DaviAndre Nascimento
 
Pensamentos Elevados #5: A tristeza de Deus Ez 33.11a
Pensamentos Elevados #5: A tristeza de Deus Ez 33.11aPensamentos Elevados #5: A tristeza de Deus Ez 33.11a
Pensamentos Elevados #5: A tristeza de Deus Ez 33.11aAndre Nascimento
 

Plus de Andre Nascimento (20)

Aula Jonatas 76: A ceia do senhor
Aula Jonatas 76: A ceia do senhorAula Jonatas 76: A ceia do senhor
Aula Jonatas 76: A ceia do senhor
 
Aula Jonatas 75: Um corpo estranho
Aula Jonatas 75: Um corpo estranhoAula Jonatas 75: Um corpo estranho
Aula Jonatas 75: Um corpo estranho
 
Pensamentos Elevados #15: O amor 1 Co 13.13
Pensamentos Elevados #15: O amor 1 Co 13.13Pensamentos Elevados #15: O amor 1 Co 13.13
Pensamentos Elevados #15: O amor 1 Co 13.13
 
Pensamentos Elevados #14: Multiplicadores Jd 2a
Pensamentos Elevados #14: Multiplicadores Jd 2aPensamentos Elevados #14: Multiplicadores Jd 2a
Pensamentos Elevados #14: Multiplicadores Jd 2a
 
Aula Jonatas 74: O valor da adoração
Aula Jonatas 74: O valor da adoraçãoAula Jonatas 74: O valor da adoração
Aula Jonatas 74: O valor da adoração
 
Pensamentos elevados #13: Fé hb11.1 3,6
Pensamentos elevados #13: Fé hb11.1 3,6Pensamentos elevados #13: Fé hb11.1 3,6
Pensamentos elevados #13: Fé hb11.1 3,6
 
Aula Jonatas 73: Obra x manobra
Aula Jonatas 73: Obra x manobraAula Jonatas 73: Obra x manobra
Aula Jonatas 73: Obra x manobra
 
Pensamentos Elevados #12: O sangue Lv 17.11
Pensamentos Elevados #12: O sangue Lv 17.11Pensamentos Elevados #12: O sangue Lv 17.11
Pensamentos Elevados #12: O sangue Lv 17.11
 
Aula Jonatas 72: A lição da figueira
Aula Jonatas 72: A lição da figueiraAula Jonatas 72: A lição da figueira
Aula Jonatas 72: A lição da figueira
 
Pensamentos Elevados #10: Uma oportunidade Lc. 21.8, 12-19
Pensamentos Elevados #10: Uma oportunidade Lc. 21.8, 12-19Pensamentos Elevados #10: Uma oportunidade Lc. 21.8, 12-19
Pensamentos Elevados #10: Uma oportunidade Lc. 21.8, 12-19
 
Aula Jonatas 71: O fim dos tempos
Aula Jonatas 71: O fim dos temposAula Jonatas 71: O fim dos tempos
Aula Jonatas 71: O fim dos tempos
 
Aula Jonatas 70: Vencendo os obstáculos
Aula Jonatas 70: Vencendo os obstáculosAula Jonatas 70: Vencendo os obstáculos
Aula Jonatas 70: Vencendo os obstáculos
 
Pensamentos Elevados #9: Esperança viva 1 Pe 1.3
Pensamentos Elevados #9: Esperança viva 1 Pe 1.3Pensamentos Elevados #9: Esperança viva 1 Pe 1.3
Pensamentos Elevados #9: Esperança viva 1 Pe 1.3
 
Pensamentos Elevados #7: Ame até o fim jo13.1b
Pensamentos Elevados #7: Ame até o fim jo13.1bPensamentos Elevados #7: Ame até o fim jo13.1b
Pensamentos Elevados #7: Ame até o fim jo13.1b
 
Aula Jonatas 68: O ofertante vem antes da oferta
Aula Jonatas 68: O ofertante vem antes da ofertaAula Jonatas 68: O ofertante vem antes da oferta
Aula Jonatas 68: O ofertante vem antes da oferta
 
Pensamentos Elevados #8: Santos! Jo 14.23
Pensamentos Elevados #8: Santos! Jo 14.23Pensamentos Elevados #8: Santos! Jo 14.23
Pensamentos Elevados #8: Santos! Jo 14.23
 
Aula Jonatas 67: Misericórdia quero
Aula Jonatas 67: Misericórdia queroAula Jonatas 67: Misericórdia quero
Aula Jonatas 67: Misericórdia quero
 
Pensamentos Elevados # 6: Misericórdia quero Os 6.6
Pensamentos Elevados # 6: Misericórdia quero Os 6.6Pensamentos Elevados # 6: Misericórdia quero Os 6.6
Pensamentos Elevados # 6: Misericórdia quero Os 6.6
 
Aula Jonatas 66: Jesus Cristo, filho de Davi
Aula Jonatas 66: Jesus Cristo, filho de DaviAula Jonatas 66: Jesus Cristo, filho de Davi
Aula Jonatas 66: Jesus Cristo, filho de Davi
 
Pensamentos Elevados #5: A tristeza de Deus Ez 33.11a
Pensamentos Elevados #5: A tristeza de Deus Ez 33.11aPensamentos Elevados #5: A tristeza de Deus Ez 33.11a
Pensamentos Elevados #5: A tristeza de Deus Ez 33.11a
 

História da Igreja II: Aula 13: A Igreja no Século XX

  • 1. Protestantismo na América Latina O avanço História Eclesiástica II Pr. André dos Santos Falcão Nascimento Blog: http://prfalcao.blogspot.com Email: goldhawk@globo.com Seminário Teológico Shalom
  • 2. Dois casos da propagação do evangelho na AL  Brasil  Iniciativa Metodista (Kidder e Spaulding): Décadas de 1830 e 40.  Iniciativa Congregacional (Kalley)  Iniciativa Presbiteriana (Simonton)  Iniciativa Batista (Bagby)  Peru  Penzotti e Ritchie
  • 3. Dois casos da propagação do evangelho na AL  Iniciativa Congregacional  Robert Reid Kelly (1809-1888), médico escocês, com sua esposa Sarah, já tinham experiência em Madeira e nas Índias Ocidentais britânicas, antes de chegarem no RJ em 10/05/1855.  Inicia seu ministério com os estrangeiros residentes em Petrópolis.  Em 1859, atua na conversão de duas nobres, o que gera uma proibição de atrair prosélitos e atuar na medicina.  Influente na alta sociedade e no meio secular, pregando a separação Igreja- Estado, funda a primeira igreja brasileira, de cunho congregacional (Igreja Evangélica Brasileira), em 1858, batizando o primeiro brasileiro em 11/07. São 14 membros que, em dez anos, se transformam em 360.  Uma segunda igreja é fundada em 1873, em Recife.  Desde o início a música é importante na igreja, editando Salmos e Hinos em 1861. Este livro, com 50 hinos serviu às igrejas que se implementavam no Brasil.
  • 4. Dois casos da propagação do evangelho na AL  Iniciativa Presbiteriana  Maio de 1859: Assembleia Geral da IP nos EUA nomeia Ashbel Green Simonton, de 26 anos, para explorar o território brasileiro.  Chega no RJ em 12/08, sendo seguido pelo cunhado, Alexander Blackford, quase um ano depois, e de Francis Schneider em 1861.  Após não conseguir contatar a colônia americana no Rio e ter dificuldade em se aproximar do portugueses, Simonton inicia estudos bíblicos em português em maio de 1861. Um mês depois, inicia cultos noturnos de adoração com sete participantes.  Em 12/01/1862, os dois primeiros convertidos são aceitos pra comunhão. A primeira igreja presbiteriana brasileira também é fundada neste ano.  Schneider pregou em Rio Claro sem muito sucesso, mas é em viagem de Blackford à cidade que encontra José Manuel da Conceição, sacerdote católico que se converte e é ordenado ao ministério em 1865, sendo o primeiro brasileiro a receber tal ofício.
  • 5. Dois casos da propagação do evangelho na AL  Iniciativa Presbiteriana  Em 1865, enquanto Blackford batiza os seis primeiros que haviam se convertido em São Paulo, na cidade de Brotas, o presbiterianismo avançou e gerou uma comunidade com 60 membros em comunhão plena e 38 crianças. No Rio, a igreja também possuía 60 congregantes, e em São Paulo, após 3 anos de trabalho, 22 congregantes.  José Manuel acabou sendo o grande expoente da evangelização brasileira nos seus primeiros anos. Viajante incansável a cavalo, pregava com frequência a grandes plateias. Em suas viagens, seguidamente ia de casa de casa, ler a Bíblia, orar e conversar noite adentro.  Seu interesse original era a evangelização, e não a plantação de igrejas, mas foi responsável pela formação de pequenos grupos de brasileiros evangelizados através das regiões oeste e norte de São Paulo.  Posteriormente, em 1880, o rev. John Boyle inicia o trabalho no interior de São Paulo , distribuindo bíblias até Uberaba, MG, descobrindo cinquenta cidades e vilas em seu trabalho, gerando as bases para a futura igreja presbiteriana brasileira.
  • 6. Dois casos da propagação do evangelho na AL  Iniciativa Batista  Após a Guerra Civil americana, em 1865, um grupo de imigrantes sulistas aporta no interior de São Paulo para plantar e aproveitar o trabalho escravo ainda permitido no Brasil. Este grupo atrai interesse das três principais denominações americanas.  Após missões metodistas (1867) e presbiterianas (1869), uma igreja batista se instala em Santa Bárbara do Oeste em 1871 para atender especificamente ao grupo americano.  Dez anos após esta iniciativa, William Buck Bagby e sua esposa Anne aportam no Brasil, passando por Santa Bárbara antes de ir para Salvador. Ali fundam a primeira igreja batista “brasileira” em 1882 com Zachary Taylor e Antônio Teixeira de Albuquerque.  Teixeira era produto de Santa Bárbara. Conheceu o evangelho com uma Bíblia italiana que encontrou na livraria do seminário de Olinda, onde estudou. Comparando a tradução de Almeida e a católica com o original grego, concluiu que a Bíblia protestante tinha a melhor tradução e se converteu. Após rápida passagem entre os metodistas, é ordenado entre os batistas de Santa Bárbara.
  • 7. Dois casos da propagação do evangelho na AL  Iniciativa Batista  Ao longo da década de 1880, os batistas rapidamente se espalharam pelo Brasil. Bagby fundou a PIB do Rio de Janeiro em 1884, enquanto Teixeira inicia uma igreja em 1885 em sua terra natal, Maceió, com dez membros.  Graças às vitórias legais e ao entusiasmo evangelístico dos missionários batistas, a denominação chega a oito igrejas em seis estados em 1888, com 212 membros. Na proclamação da república, a PIB do RJ tinha 89 membros. Na virada do século, os batistas fundam uma igreja em SP e chegam a 2000 membros no país inteiro.  Parte do crescimento batista se deve a uma nova onda de imigrantes, desta vez letos, que fogem da perseguição religiosa e chegam em 25 famílias em 1890. A PIB letã em Rio Novo (SC) é formada em 1892 com 75 membros. Conseguindo uma grande gleba de terra em Nova Odessa, quinze colônias letãs formam-se no Brasil entre 1890 e 1922, principalmente de batistas. Treze igrejas, com 500 membros, são formadas entre eles. Após a 1ª Guerra Mundial, mais de 2000 letos imigram, aumentando o número de batistas no Brasil.
  • 8. Dois casos da propagação do evangelho na AL  Peru  No Peru, a atividade de qualquer religião que não a católica foi proibida até 1920.  Francisco Penzotti, convertido em cruzada no Uruguai, trabalhou como pastor valdense até que os metodistas absorveram os valdenses naquele país.  Agente metodista da Sociedade Bíblica Americana, viajou com Andrew Milne, e trabalhou em Callao, no Peru, após o fracasso de Thomson em tentar implementar escolas Lancaster em Lima.  Em três meses de trabalho, Penzotti consegue reunir 50 pessoas em reuniões nas tardes de domingo. Para tal, ia de casa em casa distribuindo e vendendo Bíblias, enviando membros de casa em casa, de dois em dois, na tentativa de evangelizar Callao.  Preso em 25/07/1889 acusado de transgredir a lei, consegue, após oito meses encarcerado, que o Estado reconheça a legalidade dos cultos particulares de adoração no Peru.
  • 9. Dois casos da propagação do evangelho na AL  Peru  Com a saúde prejudicada, é substituído por Thomas Wood em 1891.  A obra metodista no Peru se desenvolve, com a distribuição de 18.000 bíblias e parte delas. Uma igreja forte é estabelecida em Lima e missões são fundadas em outras cidades chave.  Posteriormente, vários missionários de diversas denominações chegam ao país, iniciando vários trabalhos. Inicialmente, Charles Bright, dos Irmãos de Plymouth da Inglaterra, chega a Callao em 1893, recebendo dois batistas no ano seguinte em Lima. Os batistas alugaram um salão e Bright, que sabia espanhol, foi o pregador. Um ano depois, o grupo se dividiu e Bright alugou um local anteriormente usado por anglicanos na Rua Negreiros. Ali, começou a realizar cultos em 1896, chegando a 30 membros 4 anos depois.
  • 10. Dois casos da propagação do evangelho na AL  Peru  Em 1907, John Ritchie, batista escocês enviado sob o patrocínio da Evangelical Union of South America, se une a Bright como líder da igreja da Rua Negreiros, onde começa a formar novos ministros em um Instituto Bíblico no local, em 1910.  Em 1919, as diversas igrejas ligadas a da Rua Negreiros começam a debater uma união, e em 1922 fundam a Igreja Evangélica Peruana, conseguindo chegar a 44 comunidades em 1924, mas enfrentando estagnação a partir da década de 30, muito em função da falta de treinamento sistemático e abrangente.
  • 11. Protestantismo do final do séc. XIX (até 1930)  Surgimento do Pentecostalismo no Brasil (1910-11), México (1914), Chile (década de 1910).  Divisão dos presbiterianos brasileiros em 1903 sobre a questão da maçonaria e da cooperação com as juntas americanas de missões.  IPB: Manteve a cooperação com as juntas e aceitou que seus membros fossem maçons até 2011. Cresceu após a implementação do Plano Brasil em 1917, onde recursos das agências missionárias foram usados para implantar igrejas no interior do país.  IPI: Grupo dissidente.  Congresso Pan-Americano (Panamá), 1916: Busca por colaboração entre juntas e denominações, além de necessidade de intercomunicação e coordenação da obra educacional. O relacionamento e cooperação fraternais encontra expressão nesse Congresso. O sentimento anticatólico gera uma negativa de colaboração com a Igreja Católica no campo da assistência social.
  • 12. Características do protestantismo latinoamericano  Formato dogmático, puritano e legalista.  Exige uma decisão transformadora de estilo de vida, envolvendo inúmeras implicações éticas e sociais.  Interiorização da fé.  Comunidade de fé com múltiplos relacionamentos interpessoais.  Escrituras como norma de fé (teologia conservadora) – 10 milhões de Bíblias distribuídas até 1935.  Liberdade de culto fora do ambiente do templo (residências, restaurantes, ao ar livre, etc).  Palavra como centro do culto e da vida, a razão de ser da Igreja.  Simplicidade e espontaneidade, com multiplicidade de hinos e cânticos.  Represálias sociais e econômicas por parte dos católicos, gerando mentalidade de gueto nas comunidades, alienando-se da sociedade em geral.  Ênfase em educação e medicina, com construção de escolas, orfanatos e clínicas.
  • 13. Fontes  Texto base: CAIRNS, Earle E. O Cristianismo através dos séculos: uma história da igreja cristã. 3 ed. Trad. Israel Belo de Azevedo e Valdemar Kroker. São Paulo: Vida Nova, 2008.  Textos auxiliares:  DREHER, Martin N. Coleção História da Igreja, 4 vols. 4 ed. São Leopoldo: Sinodal, 1996.  GONZALEZ, Justo L. História ilustrada do cristianismo. 10 vols. São Paulo: Vida Nova, 1983