Este documento discute as características e geração de resíduos sólidos urbanos. Apresenta informações sobre a classificação e composição do lixo doméstico, os desafios da destinação correta do lixo no Brasil, e os métodos de coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos.
1. RESÍDUO SÓLIDOS
URBANOS
CARACTERÍSTICAS E GERAÇÃO
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Lixo
“Reduzir as milhões de toneladas de lixo
que nossa civilização produz todos os dias é
um dos maiores desafios da atualidade. No
Brasil, dar uma destinação correta a esse
lixo ainda é meta distante”
(Gina Rizpah Besen)
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2. Projeção da produção do lixo
• Industrialização
• Crescimento Populacional
• Classes sociais diferenciadas ($)
• Consumo Insustentável
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Destino do lixo
• Quando falamos em destino do lixo, logo
pensamos em lixões, valas e terrenos
baldios. Mas não lembramos do mais
importante, o relevo (topografia) dos locais
onde estes resíduos são dispostos.
• O que pode ocorrer devido a estes relevos?
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DEFINIÇÃO
Os resíduos sólidos são definidos e classificados
segundo as normas da ABNT
• NBR 10.004 (2004)– Resíduos Sólidos –
Classificação
• NBR 10.005 – Lixiviação de Resíduos –
Procedimento
• NBR 10.006 – Solubilização de Resíduos –
Procedimento
• NBR 10.007 – Amostragem de Resíduos -
Procedimento
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4. DEFINIÇÃO
• São os resíduos nos estados: sólidos e semi-
sólidos que resultam de atividades da comunidade
de origem industrial, doméstica, hospitalar,
comercial, agrícola, de serviços de varrição.
• Fica incluso nesta definição os lodos provenientes
de sistema de tratamento de água, aqueles gerados
em equipamentos e instalações de controle de
poluição.
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DEFINIÇÃO
Segundo a referida norma, os resíduos são
classificados, quanto aos riscos potenciais
ao meio ambiente e à saúde publica em
função de suas características em:
• Resíduos classe l – perigosos;
• Resíduos classe ll – não perigosos
classe ll - a – não inertes;
classe ll - b – inertes.
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5. DEFINIÇÃO
• Resíduos Perigos: (inflamabilidade,
Corrosividade; Reatividade, Toxidade e
Patogenicidade.
• Resíduos não Inertes: São considerados
não inertes resíduos que são facilmente
degradados e/ou transformados.
• Resíduos Inertes: Rochas, tijolos, vidro e
etc...
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CLASSIFICAÇÃO DOS
RESÍDUOS
L i x o domi ci l i ar Provenientes das residências;
L i x o comer ci al Originados em estabelecimentos comerciais, muito parecido com
o anterior;
L i x o i ndus t r i al Provenientes das indústrias, podendo ser ou não problemáticos,
dependendo do processo de geração;
L i x o públ i co Constituídos pelos resíduos sólidos provenientes da varrição,
capinação, limpeza de bueiros e feiras;
R es í duos s épt i cos Provenientes de portos, aeroportos, terminais rodoviários e
ferroviários; podem conter germes patogênicos. Basicamente
são restos de alimentação e material de higiene.
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6. CLASSIFICAÇÃO DOS
RESÍDUOS
R es í duos de s er vi ço de Provenientes de áreas de controle de saúde, (hospitalares,
s aúde laboratórios de análises clínicas, dentistas, clínicas médicas,
farmácias, veterinárias, laboratórios de pesquisas, etc. ..)
Obs.: Nem todos os resíduos que saem dos hospitais são
considerados contaminados (refeitórios de funcionários, áreas
administrativas, etc. ..)
R ej ei tos r adi at i vos Materiais radiativos ou contaminados por redionuclídeos com
baixa atividade.
R es í duos quí mi cos Produtos químicos não utilizados (ex.: Germicidas, solventes, ácidos...)
R es í duos agr í col as Resíduos gerados na agricultura (ex.: Embalagens de biocidas)
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Composição
Para a definição
sobre o método a ser
C O M PO S IÇ ÃO D O LIX O utilizado para o
D O M IC ILIAR
3%
tratamento e/ou
4% VID R O disposição final do
3%
M E T AL lixo, é necessário
25%
P L ÁS T IC O
P AP E L
conhecê-lo tanto
65% OU TR OS qualitativamente
quanto
quantitativamente.
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7. LIMPEZA PÚBLICA
É o conjunto de atividades que permite o
adequado estado de limpeza de uma cidade, sem
prejudicar a qualidade do meio ambiente. Entre
as atividades temos:
• ACONDICIONAMENTO; COLETA; TRANSPORTE;
• TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS.
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Acondicionamento dos
resíduos
• Característica dos resíduos;
• Quantidade;
• Localização do domicílio;
• Horário e freqüência da coleta;
• Vasilhame padrão;
• Sacos descartáveis;
• Recipiente de coleta herméticos; e
• Containeres basculáveis.
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8. COLETAS ESPECIAIS
• Resíduos volumosos;
• Galhos e folhagens;
• Animais mortos;
• Resíduos de grandes indústrias;
• Resíduos hospitalares;
• Resíduos nocivos; e Entulho.
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TIPOS DE VARRIÇÃO
• VARRIÇÃO MECÂNICA • VARRIÇÃO MANUAL
(vantagens) (vantagens)
- Eficiência notavelmente maior que a da - Possibilidade de varrer qualquer tipo de
manual; pavimentação;
- Maior rapidez de operação; - Possibilidade de varrer passeios e ilhas;
- Maior eficiência na remoção do lixo - Pequeno investimento inicial;
Acumulado; - Mínimo treinamento específico de mão-
- Maior rendimento em largas avenidas; de-obra; e
Menor risco; e - Possibilidade de aproveitamento de
- Economia de mão-de-obra. mão-de-obra para serviços ocasionais.
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9. TIPOS DE VARRIÇÃO
• VARRIÇÃO MECÂNICA • VARRIÇÃO MANUAL
(desvantagens) (desvantagens)
- Só opera com real eficiência em vias de - Dificuldade para remoção regular de
pavimentação asfáltica ou similar; terra, lama e etc...;
- Não funciona para recolher varredura - Custo operacional maior, pois além da
que se encontra sobre os passeios; varrição propriamente dita, que é a parte
- Perturba mais que os carrinhos-de-mão mais significativa, há de acrescer a
o intenso tráfico das cidades; despesa com caminhões coletores;
- Exige que o setor a ser varrido - Constante encarecimento da mão-de-
disponha de adequados pontos de obra sobrecarregada pelos encargo
abastecimento de água, por ela sociais;
consumido para abater a poeira; e - Freqüente ocorrência de acidentes de
- Seu emprego envolve problemas de trabalho; e
reposição de peças, onerosa assistência - Alto índice de faltas e de licenças por
técnica. motivo de doença.
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Varrição manual
• Operação da Varrição
nos grandes centros
urbanos
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10. SERVIÇOS COMPLEMENTARES
• Limpeza de feiras livres;
• Limpeza de praias;
• Limpeza de bocas-de-lobo;
• Desobstrução de ramais e galerias; e
Desinfecção.
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SERVIÇOS COMPLEMENTARES
A remoção do lixo se processa por 3 formas
distintas:
1- Coleta regular;
2- Coletas especiais; e
3- Coleta realizada pelo próprio produtor do
lixo ou por seus contratados.
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11. Transporte de lixo
(acondicionamento atualizado)
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Coletas de lixo
A coleta regular é a atividade principal
da limpeza pública, responsável por 45% a
50% das despesas gastas com esses
serviços. É responsável pelo recolhimento
do lixo domiciliar provenientes de
residências, resíduos gerados por
estabelecimentos comerciais, por indústrias
de pequeno porte e por outras atividades.
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12. Coletas de lixo
• Os resíduos patogênicos, objetos em desuso,
móveis velhos, podações de jardins, animais
mortos, varreduras, entulhos e outros, são
usualmente retirados por meio de remoções
especiais.
• Os estabelecimentos industriais, obras públicas e
particulares, parques, estabelecimentos
agropecuários e outros, cuja produção alcance um
volume excessivo de lixo, devem se
responsabilizar pela sua remoção em local
indicado pelas prefeituras.
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MATERIAIS PERIGOSOS NO LIXO
DOMICILIAR
• Em nossas residências geramos vários resíduos
que trazem riscos ao meio ambiente e à nossa
saúde, mas muitas vezes os manipulamos sem ao
menos conhecermos os riscos.
• Pilhas, lâmpadas fluorescentes, entre outros
produtos, estão presentes no nosso cotidiano, e
trazem metais pesados que podem migrar e vir a
integrar a cadeia alimentar do homem.
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13. Transbordo
Dentro do conceito de se evitar gastos
desnecessários foi implantado um sistema
de transposição do lixo dentro dos grandes
centro urbanos que viabiliza custos;
• Viabiliza o transportes dentro dos grande
centro urbanos;
• Economia (como o combustível dos
caminhões); e
• Agilidade na coleta de lixo.
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Transbordo
O transbordo consistem em um local
onde o lixo transportado pelos caminhos
menores, é depositado em container com
volume maiores, possibilitando um
transporte de grandes volumes de lixo para
o aterro sanitário.
Como mostra o exemplo a seguir:
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14. Transbordo
• Esta unidade tem a
finalidade de agrupar
um maior numero de
veículo com volumes
menores e carregar um
único veículo (volume
maior) para que o
mesmo leve este
resíduo para o aterro.
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DISPOSIÇÃO DE RESÍDUO
SÓLIDO E TRATAMENTO
UMA QUESTÃO DE BOM CENSO
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15. Circulação do transporte do lixo
no centro Urbano
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NESTA ETAPA DO ESTUDO,
VAMOS VER O QUE SE PODE
FAZER COM O LIXO (RESÍDUO
SÓLIDOS) GERADOS NOS
GRANDE CENTROS URBANOS.
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16. Transporte rudimentar do lixo
• Desde o inicio da
industrialização, já
havia uma
preocupação com o
afastamento do
resíduo sólidos
gerados pelas
indústrias e
residências
unifamiliares.
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COMPOSTAGEM
O local que normalmente se processa este
resíduo é chamado de usina de compostagem.
Processo biológico pelo qual a matéria
orgânica é convertida em outra, mais estável, pela
ação principalmente de microrganismos já
presentes no próprio resíduo.
O resultado da decomposição biológica é o
composto orgânico, de grande valia no plantio,
melhorando as propriedades físicas, químicas e
biológicas do solo.
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17. INCINERAÇÃO
• Processo de oxidação pelo qual os resíduos sólidos são transformados
em gases (da forma mais completa possível), onde são diluídos na
atmosfera através da chaminé.
• A incineração tem como grande vantagem a redução significativa do
volume de lixo e eliminação dos organismos patogênicos.
• O produto final da incineração, cinzas, podem ser utilizados por
indústrias de fertilizantes entre outras, dependendo da natureza do lixo
incinerado, pois há possibilidade de conter produtos tóxicos aos
vegetais.
• No Brasil ainda não se utiliza o lixo como combustível para geração de
energia, mas é uma prática aplicada em países da Europa,
principalmente em locais frios. O cuidado é com o sistema de controle
de poluição.
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RECICLAGEM
• Tanto a incineração como a compostagem, requerem uma
triagem antes da utilização dos resíduos, ou seja, uma
reciclagem.
• Quando é possível um trabalho planejado, a solução para o lixo
nunca será uma única saída, e sim uma somatória de soluções
que recebe o título de “gerenciamento integrado”.
• A reciclagem permite a recolocação de matéria prima no
mercado, resultando em economia de energia, principalmente,
em economia da natureza, pois com certeza será conservada.
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18. Aterro Sanitário
Esgotando todo o tipo de recurso para o
tratamento deste resíduo sólido:
O mesmo é direcionado para o aterro
sanitário para sua disposição final.
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Aterro Sanitário
• O aterro sanitário tem a finalidade da
acomodação final do resíduo sólidos gerado
nos grandes centros urbanos.
Veja nas fotos a seguir como se da esta
disposição
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20. Vista geral (detalhe de captação do gás
orgânico)
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Aterro Sanitário (detalhe do
cobrimento do resíduo)
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21. Aspecto construtivo de um
Aterro
Camada de drenagem
Geomembrana PEAD
Resíduo compactado
Dreno de chorume
Argila Compactada
Solo Natural
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Aterros Ecosistema
( resíduos classes l e ll)
• Valas para resíduo classe ll subdivididas,
com sistema exclusivo de drenagem interna.
• Inspeção técnica do basculantes de cada
carga recebida, tanto para resíduos classe l,
quanto para os da classe ll.
• Disposição segregada de materiais
contundentes eventualmente presentes no
resíduos recebidos.
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22. Aterros Ecosistema
( resíduos classes l e ll)
• Condições hidrogeologicas idéias para aterros
industriais:
• Camada de solo de baixa permeabilidade (k=10-7
cm/s), com tempo de percolação superior a 600
anos até atingir o lençol freático e profundidade
média de 16 m.
• Monitoramento do lençol freático, à montante e à
jusante, em toda a área do ATERRO.
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Sistema de monitoramento
Construções de drenos
testemunhos
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23. Sistema de monitoramento
Remediação de áreas
contaminadas
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Sistema de monitoramento
Ponto de
monitoramento
localizado à montante
do aterro a uma
profundidade
aproximada de 30
metros do lençol
freático.
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24. Sistema de monitoramento
Acompanhamento e
caracterização do
Resíduo (Análise
química) na entrada do
Aterro Sanitário, para
assegurar a sua
disposição nos
compartimentos
apropriados.
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Tratamento de Resíduos
Hospitalares
Aterro Sanitário de Santo André
FOTOS ILUSTRATIVAS
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25. Transporte de Resíduo Hospitalar
Todos os veículos tem
que ter a identificação
do material
transportado quer, seje
hospitalar,
farmacêutico e ou
químico.
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Acondicionamento do lixo
Hospitalar
• Entrada do Resído na
unidade de tratamento
com micro ondas e
triturador
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26. Acondicionamento do lixo
Hospitalar
• Entrada do Resíduo na
unidade de tratamento
com micro ondas e
triturador
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Sistema em Operação (resíduo
Hospitalar)
Içamento da caçamba
para dentro do
triturados
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27. Sistema em Operação (resíduo
Hospitalar)
Entrada do Resíduo no
Funil (triturador).
Entrada do Resíduo
nos Micro-Ondas
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Sistema em Operação (resíduo
Hospitalar)
Resíduo triturado
Resíduo triturado para
disposição no aterro:
Objetivo; redução de
volume. Norberto
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28. Disposição no Aterro
Resíduo depositado
Os veículos possuem
dispositivo para
descarregar o resíduo
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Disposição no Aterro
Espalhamento do
Resíduo no aterro
Queima do gás
orgânico pelas saídas
de gás
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29. Configuração do Aterro após
término
Formação de talude e
bermas no aterro
após o encerramento
da célula
Formação de talude
e bermas no aterro
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Configuração do Aterro após
término
Formação de talude
no aterro e
disposição das saídas
de gás.
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30. Resíduo liquido gerado no aterro
Lagoa de aeração
mecanizada em série
com lagoa de
estabilização (liquido
tratado “ chorume”)
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FIM DA APRESENTAÇÃO
GRATO PELA ATENÇÃO
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