2. Priscyla Caldas
A maior participação, o estímulo ao trabalho em equipe irá melhorar o clima
organizacional, fato que é definido pela “percepção coletiva que as pessoas têm da
empresa, através da experimentação de práticas, políticas, estrutura, processos e
sistemas e a conseqüente reação a esta percepção” (Sorio, s.d.).
Diante de um mundo em constantes transformações, e com a concorrência cada
dia mais feroz, a conquista de melhores índices está baseada na construção de um
perfil de colaboradores felizes, envolvidos, motivados e participantes. Pesquisas
comprovam que o índice de produtividade pode chegar a 60% de aproveitamento
nas empresas em que os profissionais são motivados, se comparado a míseros 8%
para uma equipe desmotivada (Dias, 2007).
O trabalho em si, para a maioria das pessoas, já se trata de um fator comum para a
desmotivação, pois não atuam em empresas preocupadas com a satisfação da
equipe, e não se sentem valorizados pelos seus líderes.
3. Priscyla Caldas
Com base no relato acima, serão relacionados os agentes causadores de
desmotivação, segundo Brum (1998; apud Batista, et. al., 2005:24):
• Salário inadequado;
•Falta de informação sobre a empresa e seus processos;
•Desconhecimento quanto a própria performance no trabalho;
•Desapontamento pela perda de uma promoção;
•Inexistência de condições necessárias para a execução de determinada tarefa;
•Acúmulo de tarefas, e
•Aumento do número de tarefas.
As razões acima citadas são, na sua maior parte, voltadas a falta de comunicação
interna, como também para a má gestão da liderança, que, diante da falta de
diálogo e inexistência de feedback, só pioram os índices relacionados a
desmotivação. Isto tem como conseqüência uma equipe sem estímulo, sem
vontade de superar limites, com baixa produtividade e sem comprometimento.
4. Priscyla Caldas
Uma pesquisa realizada pela empresa SEC Talentos Humanos, citado por Tadeu
Dias (2007), teve como amostra 484 profissionais brasileiros. A pesquisa mostra
índices referentes a falta de motivação semelhantes as causas apontadas por
Brum, dando maior veracidade aos dados levantados pelo autor e ratificam o
quanto estes se mostram comuns nas rotinas empresariais e o quanto prejudicam
a motivação dos colaboradores. Abaixo seguem os índices:
•28% dos profissionais alegam falta de motivação no departamento em que
trabalham;
•16% gerenciamento de conflitos;
•12% sobrecarga de trabalho;
•12% luta do perfeccionismo versus o tempo;
•10% administração do tempo;
•10% acúmulo de funções;
•7% falta de cooperação da equipe, e
•5% falta de preparação técnica para as atividades.
5. Priscyla Caldas
Índices como estes comprovam a importância de buscar estímulos que gerem
motivação da equipe, visto que todos os itens acima citados têm como
conseqüência diminuição da produtividade e prejuízos para empresa.
A motivação no trabalho é manifestada pela orientação do empregado em realizar
com precisão as tarefas e persistir na execução, atingindo o resultado esperado.
Tamayo; Paschoal (2003 apud Rosa, Riggenbach e Zinder, 2007). O
comprometimento está relacionado com fatores motivacionais que podem alterar
o comportamento do colaborador no ambiente de trabalho.
Segundo Berganini (1997 apud Rosa, Riggenbach e Zinder, 2007:08), “cada pessoa
tem suas próprias orientações motivacionais. O sentido que cada um atribui àquilo
que faz e lhe dá satisfação é próprio apenas daquela pessoa, isto fornece sentido a
maneira pela qual cada um se sente motivado. Deve-se levar em consideração a
existência das diferenças individuais e culturais quando se fala em motivação. Estes
fatores podem afetar o entendimento de uma necessidade assim como a maneira
particular que as pessoas agem na busca de seus objetivos.”
6. Priscyla Caldas
Ainda o mesmo autor afirma que, “estar motivado não deve ser confundido com
situações em que as pessoas têm momentos de alegria, bem-estar ou entusiasmo.
Estes estados podem ter sido provocados durante o processo motivacional, mas
não explicam como se chegou até eles nem como eles apareceram. A motivação é
muito mais ampla do que os comportamentos, tudo deve ser considerado sob o
ponto de vista do indivíduo que a vivencia e não somente por quem observa”.
Os comentários do autor refletem, não só a definição do que seria a motivação,
como também nos fatores que não devem ser considerados como motivação.
Muitos gestores confundem momentos de felicidade momentânea, como: festas
de confraternização, encontros fora do expediente de trabalho, entre outros, com
equipe motivada. Como disse o autor, motivação é algo muito mais amplo, e
engloba uma série de fatores que devem ser analisados com critério e aplicados
diariamente nas empresas, e não somente em dias de confraternização. +
7. Priscyla Caldas
Referências:
Batista, A., Souza, D., Brito, L., Santos, P., & Matos, R. (2005). Resultados Obtidos com a
implementação de ferramentas e estratégias de endomarketing para melhoria da comunicação
interna e motivação pela empresa Persitec Indústria e Comércio LTDA no período de Janeiro a Junho
de 2005. Monografia apresentada ao curso de Pós-graduação em Administração da Universidade
Federal da Bahia para obtenção do título de especialista, orientado por Tenório Cavalcante.
Dias, T. (2007) – Clima Organizacional – Motivação (documento online). Shvoong – Resumos e
Revisões Curtas. Acedido em 11 de Julho de 2009 em: http://pt.shvoong.com/exact-
sciences/1664748-clima-organizacional-motiva% C3%A7 %C3%A3o/
Rosa, C., Riggenbach, D., & ZIinder, R. (2007). Aspectos do trabalho em equipe em um órgão público
estadual de Santa Catarina (documento online) Portaleducacao.com.br. Acedido em 23 de Outubro,
em: http://www.gestaoelideranca.com.br/gestaoelideranca/ principal/conteudo.asp?id=5658
Sorio, W. (s.d.). Clima organizacional (documento online) Guia RH. Acedido em 13 de Junho de
2009, em: http://www.guiarh.com.br/x28.htm.