Este documento apresenta a validação da análise de uma entrevista realizada por Telma Mendonça. A autora concorda com grande parte da análise de Telma, mas sugere algumas alterações nas categorias e subcategorias utilizadas. No final, a autora conclui que a análise de conteúdo permite uma abordagem sistemática e objetiva aos discursos analisados.
Associação das prguntas aos níveis de conhecimnto segundo bloom
Validação da análise telma mendonça
1. Validação da Análise
realizada pela Telma
Mendonça
Daniela Santos
5 em Rede
U. C. Metodologias de
Investigação em Educação
Docente: António Moreira
Ano letivo de 2011/2012
2. Universidade Aberta Daniela Santos
Validação da análise feita por Telma Mendonça da entrevista realizada
De acordo com o Tema 3: Análise de dados, e a terceira etapa onde nos foi proposto pelo docente António
Moreira arranjar um par para trocar as nossas entrevistas e validar a análise realizada anteriormente,
apresento a minha validação, bem como algumas considerações sobre o tema em questão “Análise de
dados”.
Segundo Bardin, L. (1977), a análise de conteúdo visa:
“Analisar as características de uma mensagem através da comparação destas mensagens para
recetores distintos, ou em situações diferentes com os mesmos recetores;
Analisar o contexto ou o significado de conceitos sociológicos e outros nas mensagens, bem como
caracterizar a influência social das mesmas;
Analisar as condições que induziram ou produziram a mensagem”.
Tendo em conta estes pontos principais focados por Bardin, irei então fazer a apresentação da minha
validação da entrevista.
A colega com que fiz troca de entrevistas para fazer a minha análise, foi a colega Telma Mendonça e uma
vez que fazemos parte do mesmo grupo de trabalho na elaboração do Guião, seguimos as mesmas
questões nas entrevistas realizadas. Contudo, obtivemos resultados diferentes, tendo em conta as
diferenças dos nossos entrevistados, nomeadamente a faixa etária dos mesmos, bem como o nível de
ensino que também é diferente, pois enquanto um é professor do 1º ciclo do ensino básico, outro é do
ensino secundário, logo as respostas foram diferentes o que nos levou a preencher a matriz da análise de
conteúdo de forma diferente, selecionando categorias, subcategorias, indicadores/unidades de registo e
unidades de contexto, distintas.
Irei indicar resumidamente quais os pontos em que me encontro em concordância com a colega e quais as
alterações possíveis eu faria. Desta forma, de seguida apresento as minhas sugestões seguindo os temas
que a Telma definiu aquando a sua análise de conteúdo-matriz.
Para começar, quanto à Transcrição da Entrevista, fizemos de forma idêntica, pois eu optei por colocar as
questões com uma cor diferente das respostas da pessoa entrevistada, enquanto a colega salientou e
também muito bem as respostas com outra cor. Estando ambas as opções corretas no meu ponto de vista.
Já na análise de conteúdo que cada uma efetuou, já fomos mais divergentes, pois eu considerei para temas,
os mesmos que utilizei ao fazer divisão de questões no meu guião. Já a Telma optou por dividir de outra
forma, considerando mais temas que os meus, mas que também concordo. Assim sendo, o primeiro tema
definido é igual nas duas matrizes, no entanto já as categorias bem como as subcategorias foram definidas
de forma diferente, apesar que apresentamos ambas subcategorias muito semelhantes.
1- Identificação pessoal
Neste tema eu considerei logo os dados da atividade profissional, assim como o nível de ensino e
localidade, que refletindo melhor e fazendo a análise de outra entrevista, chego à conclusão que
efetivamente não faz parte diretamente da identificação pessoal do entrevistado, pois num ano
pode lecionar numa escola e no ano seguinte ser diferente e na identificação pessoal devem ser
considerados dados que não se alteraram, por isso concordo com a escolha das categorias e
subcategorias da Telma para este tema.
Metodologias de Investigação em Educação 1
3. Universidade Aberta Daniela Santos
2- Perfil profissional do entrevistado
Aqui considerou uma categoria com o nome “Formação” na qual incluiu as habilitações académicas
da pessoa entrevistada, enquanto eu considerei no tema “As TIC na prática docente”, mas escolhi
este, apenas por uma questão do entrevistado ser licenciado na área de informática e ser professor
também de informática, pois no caso da Telma concordo com a divisão dela, pois o perfil do
entrevistado não se enquadra especificamente com as TIC.
3- Recursos TIC
Este tema que a Telma definiu, eu considerei também num tema mais abrangente “As TIC na
prática docente”. Pois considero que os recursos existentes na escola e que o docente utiliza, fazem
parte das TIC como prática docente.
4- Redes Sociais
A Telma dividiu este tema em cinco categorias, eu faria apenas a divisão por três categorias, pois
integraria a “Influência no contexto educativo” e as “Vantagens e desvantagens” dentro da
categoria “As redes sociais no contexto educativo” que foi definida pela Telma, assim como na
minha análise enquadrei estes pontos apenas na categoria “Conhecer as expetativas e uso de redes
sociais no ensino”, considerando apenas este como essencial.
Nos indicadores/unidades de registo e unidades de contexto, seguimos os mesmos critérios, acrescentando
apenas eu na minha análise as próprias questões do guião, no ponto relativo às unidades de contexto, para
quem apenas visualizar a matriz, ter acesso também às questões efetuadas e poder fazer uma análise mais
imediata.
Salientei apenas as categorias que achei mais pertinentes, pois concordo com todas as restantes categorias
e subcategorias que foram estabelecidas na análise efetuada pela Telma.
Considerações Finais
Na análise feita por mim, considerei as categorias como se fossem objetivos a atingir com as respostas da
entrevista.
Verifiquei ainda que a colega fez uma excelente condução da entrevista, coagindo o seu entrevistado a dar
respostas de forma mais completa, o que dessa forma permitiu obter dados mais conclusivos e abrir novos
pontos de reflexão. Pois o meu entrevistado limitava-se a dar respostas curtas e apenas tentava responder
ao essencial. E por outro lado, teve ainda como vantagem o entrevistado ter uma participação ativa em
redes sociais, que não foi o meu caso.
Termino com uma frase de Bardin, L. (1977), sobre a análise de conteúdo onde refere que “A análise de
conteúdo se constitui num conjunto de instrumentos metodológicos que asseguram a objetividade,
sistematização e influência aplicadas aos discursos diversos” e esta é mesmo a conclusão que obtive, neste
caso ao comparar apenas duas entrevistas, a minha e de outra colega.
Referências Bibliográficas
Bardin, L. (1977). Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal: Edições 70
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