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Treinamento de força máxima 
Treinamento de força máxima x treinamento de potência: 
alterações no desempenho e adaptações morfológicas 
CDD. 20.ed. 796.073 Leonardo LAMAS* 
Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007 • 331 
Introdução 
Carlos UGRINOWITSCH* 
Gerson Eduardo Rocha CAMPOS** 
Marcelo Saldanha AOKI*** 
Rodrigo FONSECA* 
Marcelo REGAZZINI* 
Anselmo Sigari MORISCOT**** 
Valmor TRICOLI* 
*Escola de Educação 
Física e Esporte, 
Universidade de São 
Paulo. 
**Instituto de Biologia, 
Universidade Estadual 
de Campinas. 
***Escola de Artes, 
Ciências e 
H u m a n i d a d e s , 
Universidade de São 
Paulo. 
****Instituto de 
Ciências Biomédicas, 
Universidade de São 
Paulo. 
Resumo 
O objetivo do presente estudo foi investigar as alterações no desempenho de força máxima e as adap-tações 
morfológicas decorrentes do treinamento de força máxima e de potência muscular. Quarenta 
sujeitos foram randomicamente divididos nos grupos treino de força (TF; 178,7 ± 4,3 cm; 75,2 ± 7,3 kg; 
22,5 ± 3,8 anos), treino de potência (TP; 177,0 ± 5,9 cm; 76,0 ± 8,9 kg; 24,2 ± 4,1 anos), e controle (C; 
178,9 ± 11,0 cm; 74,1 ± 9,6 kg; 24,1 ± 2,7 anos). Os sujeitos dos grupos TF e TP foram submetidos a oito 
semanas de treinamento, com três sessões semanais. O grupo TF realizou agachamento com cargas 
entre 60 e 95% de 1 RM, enquanto o grupo TP realizou agachamento com cargas entre 30 e 60% de 1 
RM, com a maior velocidade possível. Foi avaliado o ganho de força máxima no teste de 1 RM no 
agachamento e a área de secção transversa das fibras tipo I, tipo IIa e tipo IIb pré- e pós-treinamento. 
Os grupos TF e TP aumentaram a força máxima após o período de treinamento (p < 0,001), de maneira 
similar (p > 0,05). Houve um efeito principal de tempo para o aumento da área de secção transversa 
para todos os tipos de fibras (p < 0,05). Concluindo, o TF e o TP produziram ganhos de força e de 
hipertrofia muscular semelhantes, após oito semanas de treinamento. 
UNITERMOS: Hipertrofia muscular; Tipo de fibra; Força muscular. 
O treinamento de força é uma estratégia muito 
utilizada para o desenvolvimento da força máxima 
e da potência muscular em atletas. A recomenda-ção 
para o aquisição/desenvolvimento de força má-xima 
preconiza a utilização de intensidades 
próximas do máximo, entre 80-100% 1 RM 
(KRAEMER & RATAMESS, 2004). Por outro lado, in-tensidades 
mais baixas, entre 30-60% 1 RM, são 
geralmente utilizadas para o desenvolvimento da 
potência muscular (KRAEMER & RATAMESS, 2004). 
No entanto, estas recomendações de treinamento 
são questionadas por alguns autores, uma vez que, 
a literatura apresenta evidências de adaptações se-melhantes 
aos protocolos de treinamentos de força 
máxima (TF) e de potência (TP) (CREWTHER, 
CRONIN & KEOGH, 2005; MCBRIDE, TRIPLETT-MCBRIDE 
& DAVIE, 2002). 
JONES, BISHOP, HUNTER e FLEISIG (2001) regis-traram 
eficiência semelhante no aumento da po-tência 
muscular a partir de protocolos de TF e TP.
LAMAS, L. et al. 
Da mesma maneira, HARRIS, STONE, O´BRYANT, 
PROULX e JOHNSON (2000,) e MCBRIDE, TRIPLETT-MCBRIDE 
e DAVIE (2002) observaram ganhos simi-lares 
de força máxima após um período de 
treinamento com protocolos de TF e TP. 
Considerando que os diferentes estímulos do TF e 
do TP provocam as alterações funcionais semelhantes, 
seria plausível especular que as adaptações em nível 
morfológico também sejam similares. Uma das 
principais respostas associadas ao aumento da 
capacidade gerar tensão é a hipertrofia do músculo, 
aferida pela sua área de secção transversa (AST). A 
AST é diretamente proporcional à capacidade do 
músculo produzir força (AAGAARD, ANDERSEN, DYHRE-POULSEN, 
LEFFERS, WAGNER, MAGNUSSON, HALKJÆR-KRISTENSEN 
& SIMONSEN, 2001) e o seu aumento 
parece estar associado ao grau de tensão mecânica 
gerado na musculatura durante os exercícios de 
treinamento (DREYER, FUJITA, CADENAS, CHINKES, 
VOLPI & RASMUSSEN, 2006). Estímulos de elevada 
tensão mecânica parecem ser mais eficientes na ativação 
do processo de síntese protéica associado ao aumento 
da AST (DREYER et al., 2006). 
Para o TF, diversos estudos indicam o aumento da 
AST e o correspondente aumento da força máxima 
no músculo treinado (CAMPOS, LUECKE, WENDELN, 
TOMA, HAGERMAN, MURRAY, RAGG, RATAMESS, 
KRAEMER & STARON, 2002; KANEHISA, NAGAREDA, 
KAWAKAMI, AKIMA, MASANI, KOUZAKI & FUKUNAGA, 
2002; KRAEMER & RATAMESS, 2004), comprovando a 
relação proposta entre a elevada tensão mecânica e o 
aumento da AST. Entretanto, também existem 
evidências que reportam a ocorrência do aumento da 
AST em resposta aos diferentes métodos de TP (BELL, 
PETERSEN, MACLEAN, REID & QUINNEY, 1992; 
MALISOUX, FRANCAUX, NIELENS & THEISEN, 2006). 
Porém, as evidências existentes não são consensuais, já 
que também se verificam estudos nos quais a AST 
manteve-se inalterada (HÄKKINEN, PAKARINEN, 
KYRÖLÄINEN, CHENG, KIM & KOMI, 1990; 
KYRÖLÄINEN, AVELA, MCBRIDE, KOSKINEN, ANDERSEN, 
SIPILÄ, TAKALA & KOMI, 2005). 
Assim, os efeitos do TP sobre a AST da musculatura 
esquelética, bem como a comparação da eficiência do 
TP e do TF em alterar esta adaptação morfológica 
permanecem como um tema a ser investigado. 
Portanto, o objetivo do presente estudo foi investigar 
as alterações no desempenho de força máxima e as 
adaptações morfológicas decorrentes do treinamento 
de força máxima e de potência muscular. 
Métodos 
Desenho experimental 
O presente estudo consistiu em um desenho 
experimental 3 x 2 para medidas repetidas, tendo 
grupo (TF, TP e C) e tempo (pré-teste e pós-teste) 
como fatores. Todos os sujeitos realizaram um teste 
de força máxima (1 RM no agachamento) e uma 
biópsia muscular, tanto no pré quanto no pós-teste. 
Na FIGURA 1 é possível visualizar a seqüência de 
eventos do estudo. 
Início do Treinamento Final do Treinamento 
Familarização 
Pré-teste 
sem 4-7 sem 8-9 
FIGURA 1 - Linha de tempo da seqüência de eventos do estudo. 
332 • Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007 
Pós-teste 
Treinamento – 8 semanas 
sem 1 sem 2-3 sem 10 
Teste do Grupo Controle Teste do Grupo Controle
Treinamento de força máxima 
Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007 • 333 
Sujeitos 
Foram recrutados 40 sujeitos fisicamente ativos, 
com pelo menos seis meses de interrupção no trei-namento 
de força para membros inferiores. Estes 
sujeitos foram randomicamente divididos nos gru-pos 
treino de força (TF; 178,7 ± 4,3 cm; 75,2 ± 
7,3 kg; 22,5 ± 3,8 anos), treino de potência (TP; 
177,0 ± 5,9 cm; 76,0 ± 8,9 kg; 24,2 ± 4,1 anos), e 
controle (C; 178,9 ± 11,0 cm; 74,1 ± 9,6 kg; 24,1 
± 2,7 anos). Os sujeitos foram classificados em 
quartis, de acordo com a força relativa (1 RM/peso 
corporal) no exercício agachamento. Após, os su-jeitos 
de cada quartil foram randomicamente enca-minhados 
para cada um dos grupos, garantindo 
assim condições iniciais semelhantes entre os gru-pos. 
O estudo foi aprovado pelo comitê de ética da 
instituição envolvida e todos os sujeitos foram in-formados 
dos riscos e benefícios inerentes, antes de 
assinar o termo de consentimento informado. 
Teste de força dinâmica máxima 
Os sujeitos realizaram duas sessões de familiarização 
antes do teste de força dinâmica máxima (1 RM). 
Nestas sessões a técnica de execução do agachamento 
foi avaliada e corrigida, quando necessário. 
O teste de 1 RM no agachamento foi realizado 
conforme os procedimentos descritos por BROWN e 
WEIR (2001). Antes do teste os sujeitos aqueceram 
por cinco minutos correndo em uma esteira a 9 
km/h, e na seqüência realizaram alongamentos para 
membros inferiores por mais cinco minutos. Após, 
foram realizadas duas séries de agachamento para 
aquecimento específico. Na primeira série os indi-víduos 
executaram cinco repetições com 50% 1 RM 
estimado e na segunda série foram realizadas três 
repetições com 70% 1RM estimado, com dois mi-nutos 
de intervalo entre as séries. Após a segunda 
série de aquecimento, os sujeitos descansaram por 
três minutos. Então, tiveram até cinco tentativas 
para atingir 1 RM no agachamento (quantidade má-xima 
de peso que o indivíduo foi capaz de levantar 
uma única vez com a técnica apropriada). 
Protocolos de treinamento 
Os protocolos de treinamento dos grupos TF e 
TP encontram-se descritos nas TABELAS 1 e 2. 
TABELA 1 - Protocolo de treinamento do grupo TF. 
TABELA 2 - Protocolo de treinamento do grupo TP 
Treinamento - Grupo TP* 
Segunda Quarta Sexta 
Sem 1 48 (30%) 48 (30%) 48 (30%) 
Sem 2 28 (30%); 38 (40%) 38 (40%); 26 (50%) 28 (30%); 38 (40%) 
Sem 3 38 (40%); 36 (50%) 38 (40%); 36 (50%) 38 (40%); 36 (50%) 
Sem 4 28 (30%); 28 (40%); 26 (50%) 28 (30%); 28 (40%); 26 (50%) 28 (30%); 28 (40%); 26 (50%) 
Sem 5 28 (30%); 38 (40%); 26 (50%) 38 (40%); 46 (60%) 38 (30%); 26 (50%); 26 (60%) 
Sem 6 38 (30%); 36 (60%) 48 (40%); 46 (50%) 48 (30%); 46 (60%) 
Sem 7 38 (40%); 36 (60%) 28 (40%); 46 (60%) 28 (40%); 46 (60%) 
Sem 8 28 (40%); 26 (50%) 28 (40%); 26 (50%) 28 (40%); 26 (50%) 
Houve equivalência entre o número de séries em 
cada sessão de treino entre os grupos. No entanto, 
a intensidade de treinamento e a velocidade exter-na 
de movimento foram diferentes. A intensidade 
de treinamento progrediu ao longo das oito sema-nas 
do período experimental seguindo um modelo 
periodizado. O grupo TF treinou com intensida-des 
entre 10 RM e 4 RM, enquanto o grupo TP 
* 210 - o número 2 repre-senta 
o número de sé-ries, 
enquanto o núme-ro 
10 representa o nú-mero 
de repetições por 
série. O valor 
percentual dentro dos 
parênteses indica a in-tensidade 
da carga de 
treinamento (1 RM %). 
* 210 - o número 2 re-presenta 
o número de 
séries, enquanto o nú-mero 
10 representa o 
número de repetições 
por série. O valor 
percentual dentro dos 
parênteses indica a in-tensidade 
da carga de 
treinamento (1 RM %). 
Treinamento - Grupo TF* 
Segunda Quarta Sexta 
Sem 1 410 410 410 
Sem 2 210; 38 38; 26 210; 38 
Sem 3 38; 36 38; 36 38; 36 
Sem 4 210; 28; 26 210; 28; 26 210; 28; 26 
Sem 5 18;36;34 36; 44 46; 34 
Sem 6 36; 34 46; 44 46; 34 
Sem 7 36; 34 36; 34 36; 34 
Sem 8 26; 24 26; 24 26; 24
LAMAS, L. et al. 
treinou com intensidades entre 30% e 60% 1 RM. 
Os dois grupos foram orientados a realizar cada 
repetição na maior velocidade possível, porém o 
grupo TF realizou o movimento de forma mais lenta 
em decorrência da maior carga. Na FIGURA 2 é 
possível observar as intensidades médias para os dois 
grupos durante o período de oito semanas de trei-namento. 
FIGURA 2 - 
Intensidades de treinamento para os grupos TF e TP expressas em percentuais de 1 RM no exercício 
agachamento (média + dp). 
Para verificar a diferença entre as intensidades 
de treinamento dos dois grupos foi feita a média da 
intensidade semanal do grupo TP. Este valor foi 
utilizado como referência para comparar com as in-tensidades 
utilizadas por cada um dos sujeitos do 
grupo TF através de um teste-t para uma amostra. 
As intensidades de treinamento foram diferentes 
entre os grupos para todas as semanas de treina-mento 
(p < 0,0001). 
Biópsia muscular 
Amostras de tecido muscular foram coletadas 
antes e após o período de treinamento na porção 
medial do vasto lateral da perna direita dos sujeitos 
utilizando a técnica de biópsia percutânea 
(BERGSTROM, 1962) com sucção. Imediatamente 
após a extração da amostra, o tecido foi removido 
da agulha e as fibras musculares foram orientadas 
em um mesmo sentido antes de serem acomodadas 
em um meio de fixação (“tragacanth gum”). Logo 
após, foram congeladas em isopentano à tempera-tura 
de nitrogênio líquido e armazenadas à -80 oC. 
A biópsia pré-treinamento ocorreu 48 horas após o 
teste de força máxima e aproximadamente quatro 
dias antes do início do período de treinamento. A 
biópsia pós-treinamento foi feita a partir de uma 
incisão adjacente ao local utilizado no pré-teste, 48- 
72 horas após a última sessão de treinamento. 
Área de secção transversa 
As amostras musculares pré- e pós-treinamento 
foram cortadas transversalmente em um criostato 
(-20 ºC) e fixadas em lâminas para que pudessem ser 
tratadas simultaneamente para a atividade da 
mATPase. Imagens das secções transversas com as 
diferentes preparações para mATPase (pH 4,3; 4,6 e 
10,4) foram capturadas com o uso do “software” 
MetaMorph version 6.1 (Universal Imaging 
Corporation, EUA). A área de secção transversa das 
fibras musculares dos tipos I, IIa e IIb foi determinada 
utilizando-se planimetria computadorizada (Image 
PRO Plus, Media Cybernetics©, EUA). Em média, 
171,8 ± 72,2 e 162,4 ± 62,8 fibras foram medidas por 
sujeito no pré e pós-teste, respectivamente. 
334 • Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007
Treinamento de força máxima 
similares entre os grupos (p > 0,05), conforme in-dicado 
na FIGURA 3. 
Valores de 1 RM no agachamento do pré- para o pós-treinamento e aumentos percentuais para os 
grupos controle, força e potência (média + dp). 
Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007 • 335 
Resultados 
Os dois grupos de treinamento (TF e TP) au-mentaram 
o desempenho de 1 RM no agachamen-to 
do pré para o pós-teste (p < 0,001). Os valores 
foram superiores ao do grupo controle no pós-teste 
(p < 0,05). Além disso, os ganhos de força foram 
A FIGURA 4 demonstra graficamente o aumen-to 
de força do pré- para o pós-treinamento para os 
grupos força (4a) e potência (4b). 
FIGURA 3 - 
FIGURA 4a - Valores individuais de 1 RM no agachamento do pré- para o pós-treinamento para o grupo força. 
a - Valores do pós-trei-namento 
maiores que os 
valores pré-treinamento, 
para os grupos força e 
potência (p < 0,001). 
b - Valores pós-treina-mento 
dos grupos for-ça 
e potência maiores 
que os valores pós-trei-namento 
do grupo con-trole 
(p < 0,05).
LAMAS, L. et al. 
FIGURA 4b - Valores individuais de 1 RM no agachamento do pré- para o pós-treinamento para o grupo 
potência. 
O aumento da AST das fibras musculares apre-sentou 
apenas efeito principal de tempo. Assim, 
verificou-se hipertrofia levando em consideração a 
média da AST dos três grupos em conjunto, para 
tipo I (p < 0,05), tipo IIa (p < 0,05), e tipo IIb (p < 
0,0001), conforme demonstrado na FIGURA 5. 
Foi também realizado o cálculo do efeito do tamanho 
para as adaptações na AST em resposta aos protocolos de 
treinamento, tendo sido encontrados os seguintes valores 
para cada tipo de fibra: Tipo I: 0,49, -0,19, e -0,16 Tipo 
IIa: 0,85, 0,65, e 0,19 e Tipo IIb: 1,63, 0,74 e 0,29 para os 
grupos TF, TP e C, respectivamente. 
FIGURA 5 - Área de secção transversa (AST, mm2) para os grupos controle, força e potência no pré- e no pós-treinamento 
para as fibras tipo I, tipo IIa e tipo IIb. 
336 • Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007
Treinamento de força máxima 
Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007 • 337 
Discussão 
O objetivo do presente estudo foi verificar o efeito 
dos protocolos de TF e de TP na alteração da força 
máxima e da AST. Os achados mais relevantes fo-ram 
que ambos os protocolos de treinamento pro-duziram 
aumentos similares na força máxima e na 
AST das fibras musculares. 
Apesar da diferença significante entre as intensida-de 
de treinamento empregadas, os dois grupos de trei-namento, 
TF e TP, apresentaram magnitude 
semelhante de aumento da força máxima. Estes acha-dos 
estão de acordo com outros estudos que apresen-taram 
aumentos significantes na força máxima, tanto 
a partir do TF (HARRIS et al., 2000; JONES et al., 2001) 
quanto do TP (HAKKINEN & KOMI, 1985; KYRÖLÄINEN 
et al., 2005; ). No entanto, em nosso estudo, apesar 
dos ganhos em força máxima terem sido estatistica-mente 
semelhantes entre os grupos, os aumentos 
percentuais (TF = 22,4% e TP = 16,6%) indicam ten-dências 
distintas. Estes resultados corroboram com os 
de MOSS, REFSNES, ABILDGAARD, NICOLAYSEN e JENSEN 
(1997), que também identificaram variação nos 
percentuais de aumento a partir do TF e do TP, 15,2% 
e 10,1%, respectivamente. Em ambos os casos, em-bora 
não tenha havido diferença estatística entre os 
grupos, o treinamento a partir do TF apresentou au-mento 
percentual maior que o treinamento com TP. 
Apesar da tendência reportada, o efeito do TP 
sobre o aumento da força máxima é reportado mes-mo 
em estudos, nos quais o treinamento é realiza-do 
sem a aplicação de sobrecarga externa 
(KYRÖLÄINEN et al., 2005; MALISOUX et al., 2006). 
Nestes estudos foi utilizado um modelo de TP com 
saltos. KYRÖLÄINEN et al. (2005) reportaram au-mento 
na força dinâmica máxima dos extensores 
de joelho de 12% após oito semanas de treinamen-to, 
enquanto MALISOUX et al. (2006) identificaram 
11% na contração voluntária isométrica máxima 
dos flexores plantares após 10 semanas. 
Em conjunto, estas evidências indicam semelhan-ça 
do TF e do TP na capacidade de aumentar a 
força máxima, mesmo com cargas de treinamento 
significantemente distintas. Além disso, parece que 
a magnitude da sobrecarga externa imposta parece 
não ser o único fator determinante para o ganho de 
força. Outros fatores, possivelmente relacionados à 
velocidade de execução, também parecem atuar, 
conforme indicado pelo aumento da força máxima 
a partir de protocolos com saltos verticais como es-tímulos 
de treinamento ( KYRÖLÄINEN et al., 2005; 
MALISOUX et al., 2006). 
A elevação do grau de tensão, promovida através 
de estratégias de treinamento distintas, (TF utilizando 
maior sobrecarga externa e TF realizando maior 
velocidade de execução, respectivamente) pode 
contribuir para o aumento da força máxima (DREYER 
et al., 2006). Para o TF encontra-se descrito que o 
grau de tensão muscular elevado constitui potente 
estímulo para o aumento da AST (DREYER et al., 2006). 
O aumento da AST, por sua vez, é um fator 
preponderante para o aumento da força máxima 
(AAGAARD et al., 2001). Em relação ao TP, de acordo 
com KELLIS, ARAMBATZI e PAPADOPOULOS (2005), 
percentuais de 1 RM semelhantes aos empregados em 
um treinamento de potência diferenciam-se 
significantemente de TF quanto à velocidade de 
deslocamento linear da barra no movimento de 
agachamento. A aceleração nas fases excêntrica e 
concêntrica do exercício de agachamento é sucedida 
por uma frenagem ao final de cada fase (KELLIS, 
ARAMBATZI & PAPADOPOULOS, 2005). Considerando 
que, a intensidade da carga empregada no TP permite 
alcançar velocidades mais elevadas (KELLIS, ARAMBATZI 
& PAPADOPOULOS, 2005), é possível que a desaceleração 
ocorra mais rapidamente que no TF. Dessa forma, é 
possível especular que o grau de tensão muscular 
atingido no momento da frenagem seja bastante 
elevado no TP. Como conseqüência, a força gerada 
durante a transição entre as fases no agachamento para 
o grupo TP pode ter sido um estímulo para a 
hipertrofia muscular (FARTHING & CHILIBECK, 2003; 
SHEPSTONE, TANG, DALLAIRE, SCHUENKE, STARON & 
PHILLIPS, 2005). 
No entanto, apesar do potencial efeito do TP 
sobre a hipertrofia, tal como o TF, é possível que as 
diferenças das magnitudes das cargas, assim como 
nas características da geração da tensão, impliquem 
em tendências de adaptação distintas com relação 
ao processo de hipertrofia. Este argumento é 
sustentado pela análise do efeito do tamanho dos 
dados de AST por tipo de fibra. De acordo com o 
efeito do tamanho calculado, o grupo TF teve 
tendência maior que o grupo TP ao aumento da 
massa muscular, apesar de ambos apresentarem 
comportamento semelhante. O grupo TF 
apresentou 15,1%, 18,5%, e 41,3% de aumento 
na AST para as fibras do tipo I, IIa e IIb, 
respectivamente. Já para o grupo TP os percentuais 
identificados foram de -5%, 15,3%, e 19,4% de 
hipertrofia para os tipos de fibra I, IIa e IIb, 
respectivamente. Nossos dados nos permitem
LAMAS, L. et al. 
concluir que ambos os métodos de treinamento 
foram efetivos em promover a hipertrofia das fibras 
musculares, porém com magnitudes distintas. 
É provável que as diferenças percentuais 
observadas após o TF e o TP para aumento da AST, 
por tipo de fibra, possam ser atribuídas às diferenças 
no trabalho mecânico total realizado por cada um 
dos grupos (ISHIHARA, ROY, OHIRA, IBATA & 
EDGERTON, 1998). O treinamento foi equalizado 
quanto ao número de séries realizadas entre os 
grupos e ambos trabalharam com mesma amplitude 
de movimento. Mas, dadas as cargas utilizadas por 
cada grupo, o volume total do treino (trabalho 
muscular) foi superior no grupo TF. Além disso, a 
heterogeneidade da resposta hipertrófica ao TP 
parece ser uma constante na literatura até o presente 
momento. Verificam-se estudos que apresentaram 
resposta hipertrófica significantemente positiva 
como MALISOUX et al. (2006), que verificaram 25% 
de aumento. MOSS et al. (1997) também 
apresentaram aumento significante, porém, 
percentualmente inferior, com 2,8% de hipertrofia. 
No entanto, também existem estudos que reportam 
inalteração, como KYRÖLÄINEN et al. (2005) e 
YOUNG e BILBY (1993). 
338 • Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007 
Portanto, a partir das evidências aqui relatadas, 
é possível afirmar que o TF e o TP mostraram uma 
capacidade similar de promover aumento do 
desempenho de força máxima em curto prazo. Da 
mesma forma, ambos os protocolos de treinamento 
(TF e TP) foram eficientes em gerar hipertrofia das 
fibras musculares, conforme evidenciado pela 
análise de AST das fibras, indicando equivalência 
nas adaptações morfológicas geradas. Estes 
resultados incitam uma reflexão sobre a 
especificidade do treinamento, uma vez que, 
métodos considerados, a priori, distintos geraram 
desempenho e adaptações morfológicas 
semelhantes. Porém, vale ressaltar que esta reflexão 
deve ser feita à luz da forte tendência à diferenciação 
entre os grupos, principalmente, observado em nível 
morfológico. Como as adaptações decorrentes do 
treinamento condicionam o desempenho, é possível 
especular que, em longo prazo, a resposta 
hipertrófica e, consequentemente, o aumento da 
força máxima se diferencie em resposta à TF e TP. 
Abstract 
Strength training x power training: performance changes and morphological adaptations 
The aim of this study was to investigate the changes in maximum strength and morphological adaptations 
after a strength and a power training programs. Forty subjects were randomly divided into a strength training 
group (TF; 178.7 ± 4.3 cm; 75.2 ± 7.3 kg; 22.5 ± 3.8 years), a power training group (TP; 177.0 ± 5.9 cm; 76.0 
± 8.9 kg; 24.2 ± 4.1 years), and a control group (C; 178.9 ± 11.0 cm; 74.1 ± 9.6 kg; 24.1 ± 2.7 years). Subjects 
in the TF and TP underwent an 8-week, three sessions per week, training program. The TF performed the squat 
exercise with loads from 60 to 95% of the squat 1 RM, while the TP used loads from 30 to 60% of 1 RM, as 
fast as possible. Maximum strength and type I, type IIa, and type IIb cross sectional area were evaluated 
before and after the training programs. TF and TP increased maximum strength from pre- to post-training (p 
< 0.001), but there were no difference between them (p > 0.05). There was a main time effect for muscle cross 
sectional area for all fiber types (p < 0.05). In conclusion, the TF and the TP produced similar strength gains 
and muscle fiber hypertrophy after an 8-week training period. 
UNITERMS: Muscle hypertrophy; Fiber type, Muscle strength. 
Nota 
Financiamento: FAPESP - Proc. 06-00302-3.
Treinamento de força máxima 
Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007 • 339 
Referências 
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hypertrophy development. Journal of Strength and Conditioning Research, Champaign, v.7, n.3, p.172-8, 1993. 
ENDEREÇO 
Valmor Tricoli 
Escola de Educação Física e Esporte - USP 
Av. Prof. Mello Moraes, 65 
05508-030 - São Paulo - SP - BRASIL 
e-mail: vtricoli@usp.br 
Recebido para publicação: 27/03/2008 
Aceito: 24/05/2008 
340 • Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007

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Treinamento de força máxima x treinamento de potência: alterações no desempenho e adaptações morfológicas

  • 1. Treinamento de força máxima Treinamento de força máxima x treinamento de potência: alterações no desempenho e adaptações morfológicas CDD. 20.ed. 796.073 Leonardo LAMAS* Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007 • 331 Introdução Carlos UGRINOWITSCH* Gerson Eduardo Rocha CAMPOS** Marcelo Saldanha AOKI*** Rodrigo FONSECA* Marcelo REGAZZINI* Anselmo Sigari MORISCOT**** Valmor TRICOLI* *Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo. **Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas. ***Escola de Artes, Ciências e H u m a n i d a d e s , Universidade de São Paulo. ****Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo. Resumo O objetivo do presente estudo foi investigar as alterações no desempenho de força máxima e as adap-tações morfológicas decorrentes do treinamento de força máxima e de potência muscular. Quarenta sujeitos foram randomicamente divididos nos grupos treino de força (TF; 178,7 ± 4,3 cm; 75,2 ± 7,3 kg; 22,5 ± 3,8 anos), treino de potência (TP; 177,0 ± 5,9 cm; 76,0 ± 8,9 kg; 24,2 ± 4,1 anos), e controle (C; 178,9 ± 11,0 cm; 74,1 ± 9,6 kg; 24,1 ± 2,7 anos). Os sujeitos dos grupos TF e TP foram submetidos a oito semanas de treinamento, com três sessões semanais. O grupo TF realizou agachamento com cargas entre 60 e 95% de 1 RM, enquanto o grupo TP realizou agachamento com cargas entre 30 e 60% de 1 RM, com a maior velocidade possível. Foi avaliado o ganho de força máxima no teste de 1 RM no agachamento e a área de secção transversa das fibras tipo I, tipo IIa e tipo IIb pré- e pós-treinamento. Os grupos TF e TP aumentaram a força máxima após o período de treinamento (p < 0,001), de maneira similar (p > 0,05). Houve um efeito principal de tempo para o aumento da área de secção transversa para todos os tipos de fibras (p < 0,05). Concluindo, o TF e o TP produziram ganhos de força e de hipertrofia muscular semelhantes, após oito semanas de treinamento. UNITERMOS: Hipertrofia muscular; Tipo de fibra; Força muscular. O treinamento de força é uma estratégia muito utilizada para o desenvolvimento da força máxima e da potência muscular em atletas. A recomenda-ção para o aquisição/desenvolvimento de força má-xima preconiza a utilização de intensidades próximas do máximo, entre 80-100% 1 RM (KRAEMER & RATAMESS, 2004). Por outro lado, in-tensidades mais baixas, entre 30-60% 1 RM, são geralmente utilizadas para o desenvolvimento da potência muscular (KRAEMER & RATAMESS, 2004). No entanto, estas recomendações de treinamento são questionadas por alguns autores, uma vez que, a literatura apresenta evidências de adaptações se-melhantes aos protocolos de treinamentos de força máxima (TF) e de potência (TP) (CREWTHER, CRONIN & KEOGH, 2005; MCBRIDE, TRIPLETT-MCBRIDE & DAVIE, 2002). JONES, BISHOP, HUNTER e FLEISIG (2001) regis-traram eficiência semelhante no aumento da po-tência muscular a partir de protocolos de TF e TP.
  • 2. LAMAS, L. et al. Da mesma maneira, HARRIS, STONE, O´BRYANT, PROULX e JOHNSON (2000,) e MCBRIDE, TRIPLETT-MCBRIDE e DAVIE (2002) observaram ganhos simi-lares de força máxima após um período de treinamento com protocolos de TF e TP. Considerando que os diferentes estímulos do TF e do TP provocam as alterações funcionais semelhantes, seria plausível especular que as adaptações em nível morfológico também sejam similares. Uma das principais respostas associadas ao aumento da capacidade gerar tensão é a hipertrofia do músculo, aferida pela sua área de secção transversa (AST). A AST é diretamente proporcional à capacidade do músculo produzir força (AAGAARD, ANDERSEN, DYHRE-POULSEN, LEFFERS, WAGNER, MAGNUSSON, HALKJÆR-KRISTENSEN & SIMONSEN, 2001) e o seu aumento parece estar associado ao grau de tensão mecânica gerado na musculatura durante os exercícios de treinamento (DREYER, FUJITA, CADENAS, CHINKES, VOLPI & RASMUSSEN, 2006). Estímulos de elevada tensão mecânica parecem ser mais eficientes na ativação do processo de síntese protéica associado ao aumento da AST (DREYER et al., 2006). Para o TF, diversos estudos indicam o aumento da AST e o correspondente aumento da força máxima no músculo treinado (CAMPOS, LUECKE, WENDELN, TOMA, HAGERMAN, MURRAY, RAGG, RATAMESS, KRAEMER & STARON, 2002; KANEHISA, NAGAREDA, KAWAKAMI, AKIMA, MASANI, KOUZAKI & FUKUNAGA, 2002; KRAEMER & RATAMESS, 2004), comprovando a relação proposta entre a elevada tensão mecânica e o aumento da AST. Entretanto, também existem evidências que reportam a ocorrência do aumento da AST em resposta aos diferentes métodos de TP (BELL, PETERSEN, MACLEAN, REID & QUINNEY, 1992; MALISOUX, FRANCAUX, NIELENS & THEISEN, 2006). Porém, as evidências existentes não são consensuais, já que também se verificam estudos nos quais a AST manteve-se inalterada (HÄKKINEN, PAKARINEN, KYRÖLÄINEN, CHENG, KIM & KOMI, 1990; KYRÖLÄINEN, AVELA, MCBRIDE, KOSKINEN, ANDERSEN, SIPILÄ, TAKALA & KOMI, 2005). Assim, os efeitos do TP sobre a AST da musculatura esquelética, bem como a comparação da eficiência do TP e do TF em alterar esta adaptação morfológica permanecem como um tema a ser investigado. Portanto, o objetivo do presente estudo foi investigar as alterações no desempenho de força máxima e as adaptações morfológicas decorrentes do treinamento de força máxima e de potência muscular. Métodos Desenho experimental O presente estudo consistiu em um desenho experimental 3 x 2 para medidas repetidas, tendo grupo (TF, TP e C) e tempo (pré-teste e pós-teste) como fatores. Todos os sujeitos realizaram um teste de força máxima (1 RM no agachamento) e uma biópsia muscular, tanto no pré quanto no pós-teste. Na FIGURA 1 é possível visualizar a seqüência de eventos do estudo. Início do Treinamento Final do Treinamento Familarização Pré-teste sem 4-7 sem 8-9 FIGURA 1 - Linha de tempo da seqüência de eventos do estudo. 332 • Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007 Pós-teste Treinamento – 8 semanas sem 1 sem 2-3 sem 10 Teste do Grupo Controle Teste do Grupo Controle
  • 3. Treinamento de força máxima Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007 • 333 Sujeitos Foram recrutados 40 sujeitos fisicamente ativos, com pelo menos seis meses de interrupção no trei-namento de força para membros inferiores. Estes sujeitos foram randomicamente divididos nos gru-pos treino de força (TF; 178,7 ± 4,3 cm; 75,2 ± 7,3 kg; 22,5 ± 3,8 anos), treino de potência (TP; 177,0 ± 5,9 cm; 76,0 ± 8,9 kg; 24,2 ± 4,1 anos), e controle (C; 178,9 ± 11,0 cm; 74,1 ± 9,6 kg; 24,1 ± 2,7 anos). Os sujeitos foram classificados em quartis, de acordo com a força relativa (1 RM/peso corporal) no exercício agachamento. Após, os su-jeitos de cada quartil foram randomicamente enca-minhados para cada um dos grupos, garantindo assim condições iniciais semelhantes entre os gru-pos. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética da instituição envolvida e todos os sujeitos foram in-formados dos riscos e benefícios inerentes, antes de assinar o termo de consentimento informado. Teste de força dinâmica máxima Os sujeitos realizaram duas sessões de familiarização antes do teste de força dinâmica máxima (1 RM). Nestas sessões a técnica de execução do agachamento foi avaliada e corrigida, quando necessário. O teste de 1 RM no agachamento foi realizado conforme os procedimentos descritos por BROWN e WEIR (2001). Antes do teste os sujeitos aqueceram por cinco minutos correndo em uma esteira a 9 km/h, e na seqüência realizaram alongamentos para membros inferiores por mais cinco minutos. Após, foram realizadas duas séries de agachamento para aquecimento específico. Na primeira série os indi-víduos executaram cinco repetições com 50% 1 RM estimado e na segunda série foram realizadas três repetições com 70% 1RM estimado, com dois mi-nutos de intervalo entre as séries. Após a segunda série de aquecimento, os sujeitos descansaram por três minutos. Então, tiveram até cinco tentativas para atingir 1 RM no agachamento (quantidade má-xima de peso que o indivíduo foi capaz de levantar uma única vez com a técnica apropriada). Protocolos de treinamento Os protocolos de treinamento dos grupos TF e TP encontram-se descritos nas TABELAS 1 e 2. TABELA 1 - Protocolo de treinamento do grupo TF. TABELA 2 - Protocolo de treinamento do grupo TP Treinamento - Grupo TP* Segunda Quarta Sexta Sem 1 48 (30%) 48 (30%) 48 (30%) Sem 2 28 (30%); 38 (40%) 38 (40%); 26 (50%) 28 (30%); 38 (40%) Sem 3 38 (40%); 36 (50%) 38 (40%); 36 (50%) 38 (40%); 36 (50%) Sem 4 28 (30%); 28 (40%); 26 (50%) 28 (30%); 28 (40%); 26 (50%) 28 (30%); 28 (40%); 26 (50%) Sem 5 28 (30%); 38 (40%); 26 (50%) 38 (40%); 46 (60%) 38 (30%); 26 (50%); 26 (60%) Sem 6 38 (30%); 36 (60%) 48 (40%); 46 (50%) 48 (30%); 46 (60%) Sem 7 38 (40%); 36 (60%) 28 (40%); 46 (60%) 28 (40%); 46 (60%) Sem 8 28 (40%); 26 (50%) 28 (40%); 26 (50%) 28 (40%); 26 (50%) Houve equivalência entre o número de séries em cada sessão de treino entre os grupos. No entanto, a intensidade de treinamento e a velocidade exter-na de movimento foram diferentes. A intensidade de treinamento progrediu ao longo das oito sema-nas do período experimental seguindo um modelo periodizado. O grupo TF treinou com intensida-des entre 10 RM e 4 RM, enquanto o grupo TP * 210 - o número 2 repre-senta o número de sé-ries, enquanto o núme-ro 10 representa o nú-mero de repetições por série. O valor percentual dentro dos parênteses indica a in-tensidade da carga de treinamento (1 RM %). * 210 - o número 2 re-presenta o número de séries, enquanto o nú-mero 10 representa o número de repetições por série. O valor percentual dentro dos parênteses indica a in-tensidade da carga de treinamento (1 RM %). Treinamento - Grupo TF* Segunda Quarta Sexta Sem 1 410 410 410 Sem 2 210; 38 38; 26 210; 38 Sem 3 38; 36 38; 36 38; 36 Sem 4 210; 28; 26 210; 28; 26 210; 28; 26 Sem 5 18;36;34 36; 44 46; 34 Sem 6 36; 34 46; 44 46; 34 Sem 7 36; 34 36; 34 36; 34 Sem 8 26; 24 26; 24 26; 24
  • 4. LAMAS, L. et al. treinou com intensidades entre 30% e 60% 1 RM. Os dois grupos foram orientados a realizar cada repetição na maior velocidade possível, porém o grupo TF realizou o movimento de forma mais lenta em decorrência da maior carga. Na FIGURA 2 é possível observar as intensidades médias para os dois grupos durante o período de oito semanas de trei-namento. FIGURA 2 - Intensidades de treinamento para os grupos TF e TP expressas em percentuais de 1 RM no exercício agachamento (média + dp). Para verificar a diferença entre as intensidades de treinamento dos dois grupos foi feita a média da intensidade semanal do grupo TP. Este valor foi utilizado como referência para comparar com as in-tensidades utilizadas por cada um dos sujeitos do grupo TF através de um teste-t para uma amostra. As intensidades de treinamento foram diferentes entre os grupos para todas as semanas de treina-mento (p < 0,0001). Biópsia muscular Amostras de tecido muscular foram coletadas antes e após o período de treinamento na porção medial do vasto lateral da perna direita dos sujeitos utilizando a técnica de biópsia percutânea (BERGSTROM, 1962) com sucção. Imediatamente após a extração da amostra, o tecido foi removido da agulha e as fibras musculares foram orientadas em um mesmo sentido antes de serem acomodadas em um meio de fixação (“tragacanth gum”). Logo após, foram congeladas em isopentano à tempera-tura de nitrogênio líquido e armazenadas à -80 oC. A biópsia pré-treinamento ocorreu 48 horas após o teste de força máxima e aproximadamente quatro dias antes do início do período de treinamento. A biópsia pós-treinamento foi feita a partir de uma incisão adjacente ao local utilizado no pré-teste, 48- 72 horas após a última sessão de treinamento. Área de secção transversa As amostras musculares pré- e pós-treinamento foram cortadas transversalmente em um criostato (-20 ºC) e fixadas em lâminas para que pudessem ser tratadas simultaneamente para a atividade da mATPase. Imagens das secções transversas com as diferentes preparações para mATPase (pH 4,3; 4,6 e 10,4) foram capturadas com o uso do “software” MetaMorph version 6.1 (Universal Imaging Corporation, EUA). A área de secção transversa das fibras musculares dos tipos I, IIa e IIb foi determinada utilizando-se planimetria computadorizada (Image PRO Plus, Media Cybernetics©, EUA). Em média, 171,8 ± 72,2 e 162,4 ± 62,8 fibras foram medidas por sujeito no pré e pós-teste, respectivamente. 334 • Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007
  • 5. Treinamento de força máxima similares entre os grupos (p > 0,05), conforme in-dicado na FIGURA 3. Valores de 1 RM no agachamento do pré- para o pós-treinamento e aumentos percentuais para os grupos controle, força e potência (média + dp). Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007 • 335 Resultados Os dois grupos de treinamento (TF e TP) au-mentaram o desempenho de 1 RM no agachamen-to do pré para o pós-teste (p < 0,001). Os valores foram superiores ao do grupo controle no pós-teste (p < 0,05). Além disso, os ganhos de força foram A FIGURA 4 demonstra graficamente o aumen-to de força do pré- para o pós-treinamento para os grupos força (4a) e potência (4b). FIGURA 3 - FIGURA 4a - Valores individuais de 1 RM no agachamento do pré- para o pós-treinamento para o grupo força. a - Valores do pós-trei-namento maiores que os valores pré-treinamento, para os grupos força e potência (p < 0,001). b - Valores pós-treina-mento dos grupos for-ça e potência maiores que os valores pós-trei-namento do grupo con-trole (p < 0,05).
  • 6. LAMAS, L. et al. FIGURA 4b - Valores individuais de 1 RM no agachamento do pré- para o pós-treinamento para o grupo potência. O aumento da AST das fibras musculares apre-sentou apenas efeito principal de tempo. Assim, verificou-se hipertrofia levando em consideração a média da AST dos três grupos em conjunto, para tipo I (p < 0,05), tipo IIa (p < 0,05), e tipo IIb (p < 0,0001), conforme demonstrado na FIGURA 5. Foi também realizado o cálculo do efeito do tamanho para as adaptações na AST em resposta aos protocolos de treinamento, tendo sido encontrados os seguintes valores para cada tipo de fibra: Tipo I: 0,49, -0,19, e -0,16 Tipo IIa: 0,85, 0,65, e 0,19 e Tipo IIb: 1,63, 0,74 e 0,29 para os grupos TF, TP e C, respectivamente. FIGURA 5 - Área de secção transversa (AST, mm2) para os grupos controle, força e potência no pré- e no pós-treinamento para as fibras tipo I, tipo IIa e tipo IIb. 336 • Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007
  • 7. Treinamento de força máxima Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007 • 337 Discussão O objetivo do presente estudo foi verificar o efeito dos protocolos de TF e de TP na alteração da força máxima e da AST. Os achados mais relevantes fo-ram que ambos os protocolos de treinamento pro-duziram aumentos similares na força máxima e na AST das fibras musculares. Apesar da diferença significante entre as intensida-de de treinamento empregadas, os dois grupos de trei-namento, TF e TP, apresentaram magnitude semelhante de aumento da força máxima. Estes acha-dos estão de acordo com outros estudos que apresen-taram aumentos significantes na força máxima, tanto a partir do TF (HARRIS et al., 2000; JONES et al., 2001) quanto do TP (HAKKINEN & KOMI, 1985; KYRÖLÄINEN et al., 2005; ). No entanto, em nosso estudo, apesar dos ganhos em força máxima terem sido estatistica-mente semelhantes entre os grupos, os aumentos percentuais (TF = 22,4% e TP = 16,6%) indicam ten-dências distintas. Estes resultados corroboram com os de MOSS, REFSNES, ABILDGAARD, NICOLAYSEN e JENSEN (1997), que também identificaram variação nos percentuais de aumento a partir do TF e do TP, 15,2% e 10,1%, respectivamente. Em ambos os casos, em-bora não tenha havido diferença estatística entre os grupos, o treinamento a partir do TF apresentou au-mento percentual maior que o treinamento com TP. Apesar da tendência reportada, o efeito do TP sobre o aumento da força máxima é reportado mes-mo em estudos, nos quais o treinamento é realiza-do sem a aplicação de sobrecarga externa (KYRÖLÄINEN et al., 2005; MALISOUX et al., 2006). Nestes estudos foi utilizado um modelo de TP com saltos. KYRÖLÄINEN et al. (2005) reportaram au-mento na força dinâmica máxima dos extensores de joelho de 12% após oito semanas de treinamen-to, enquanto MALISOUX et al. (2006) identificaram 11% na contração voluntária isométrica máxima dos flexores plantares após 10 semanas. Em conjunto, estas evidências indicam semelhan-ça do TF e do TP na capacidade de aumentar a força máxima, mesmo com cargas de treinamento significantemente distintas. Além disso, parece que a magnitude da sobrecarga externa imposta parece não ser o único fator determinante para o ganho de força. Outros fatores, possivelmente relacionados à velocidade de execução, também parecem atuar, conforme indicado pelo aumento da força máxima a partir de protocolos com saltos verticais como es-tímulos de treinamento ( KYRÖLÄINEN et al., 2005; MALISOUX et al., 2006). A elevação do grau de tensão, promovida através de estratégias de treinamento distintas, (TF utilizando maior sobrecarga externa e TF realizando maior velocidade de execução, respectivamente) pode contribuir para o aumento da força máxima (DREYER et al., 2006). Para o TF encontra-se descrito que o grau de tensão muscular elevado constitui potente estímulo para o aumento da AST (DREYER et al., 2006). O aumento da AST, por sua vez, é um fator preponderante para o aumento da força máxima (AAGAARD et al., 2001). Em relação ao TP, de acordo com KELLIS, ARAMBATZI e PAPADOPOULOS (2005), percentuais de 1 RM semelhantes aos empregados em um treinamento de potência diferenciam-se significantemente de TF quanto à velocidade de deslocamento linear da barra no movimento de agachamento. A aceleração nas fases excêntrica e concêntrica do exercício de agachamento é sucedida por uma frenagem ao final de cada fase (KELLIS, ARAMBATZI & PAPADOPOULOS, 2005). Considerando que, a intensidade da carga empregada no TP permite alcançar velocidades mais elevadas (KELLIS, ARAMBATZI & PAPADOPOULOS, 2005), é possível que a desaceleração ocorra mais rapidamente que no TF. Dessa forma, é possível especular que o grau de tensão muscular atingido no momento da frenagem seja bastante elevado no TP. Como conseqüência, a força gerada durante a transição entre as fases no agachamento para o grupo TP pode ter sido um estímulo para a hipertrofia muscular (FARTHING & CHILIBECK, 2003; SHEPSTONE, TANG, DALLAIRE, SCHUENKE, STARON & PHILLIPS, 2005). No entanto, apesar do potencial efeito do TP sobre a hipertrofia, tal como o TF, é possível que as diferenças das magnitudes das cargas, assim como nas características da geração da tensão, impliquem em tendências de adaptação distintas com relação ao processo de hipertrofia. Este argumento é sustentado pela análise do efeito do tamanho dos dados de AST por tipo de fibra. De acordo com o efeito do tamanho calculado, o grupo TF teve tendência maior que o grupo TP ao aumento da massa muscular, apesar de ambos apresentarem comportamento semelhante. O grupo TF apresentou 15,1%, 18,5%, e 41,3% de aumento na AST para as fibras do tipo I, IIa e IIb, respectivamente. Já para o grupo TP os percentuais identificados foram de -5%, 15,3%, e 19,4% de hipertrofia para os tipos de fibra I, IIa e IIb, respectivamente. Nossos dados nos permitem
  • 8. LAMAS, L. et al. concluir que ambos os métodos de treinamento foram efetivos em promover a hipertrofia das fibras musculares, porém com magnitudes distintas. É provável que as diferenças percentuais observadas após o TF e o TP para aumento da AST, por tipo de fibra, possam ser atribuídas às diferenças no trabalho mecânico total realizado por cada um dos grupos (ISHIHARA, ROY, OHIRA, IBATA & EDGERTON, 1998). O treinamento foi equalizado quanto ao número de séries realizadas entre os grupos e ambos trabalharam com mesma amplitude de movimento. Mas, dadas as cargas utilizadas por cada grupo, o volume total do treino (trabalho muscular) foi superior no grupo TF. Além disso, a heterogeneidade da resposta hipertrófica ao TP parece ser uma constante na literatura até o presente momento. Verificam-se estudos que apresentaram resposta hipertrófica significantemente positiva como MALISOUX et al. (2006), que verificaram 25% de aumento. MOSS et al. (1997) também apresentaram aumento significante, porém, percentualmente inferior, com 2,8% de hipertrofia. No entanto, também existem estudos que reportam inalteração, como KYRÖLÄINEN et al. (2005) e YOUNG e BILBY (1993). 338 • Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007 Portanto, a partir das evidências aqui relatadas, é possível afirmar que o TF e o TP mostraram uma capacidade similar de promover aumento do desempenho de força máxima em curto prazo. Da mesma forma, ambos os protocolos de treinamento (TF e TP) foram eficientes em gerar hipertrofia das fibras musculares, conforme evidenciado pela análise de AST das fibras, indicando equivalência nas adaptações morfológicas geradas. Estes resultados incitam uma reflexão sobre a especificidade do treinamento, uma vez que, métodos considerados, a priori, distintos geraram desempenho e adaptações morfológicas semelhantes. Porém, vale ressaltar que esta reflexão deve ser feita à luz da forte tendência à diferenciação entre os grupos, principalmente, observado em nível morfológico. Como as adaptações decorrentes do treinamento condicionam o desempenho, é possível especular que, em longo prazo, a resposta hipertrófica e, consequentemente, o aumento da força máxima se diferencie em resposta à TF e TP. Abstract Strength training x power training: performance changes and morphological adaptations The aim of this study was to investigate the changes in maximum strength and morphological adaptations after a strength and a power training programs. Forty subjects were randomly divided into a strength training group (TF; 178.7 ± 4.3 cm; 75.2 ± 7.3 kg; 22.5 ± 3.8 years), a power training group (TP; 177.0 ± 5.9 cm; 76.0 ± 8.9 kg; 24.2 ± 4.1 years), and a control group (C; 178.9 ± 11.0 cm; 74.1 ± 9.6 kg; 24.1 ± 2.7 years). Subjects in the TF and TP underwent an 8-week, three sessions per week, training program. The TF performed the squat exercise with loads from 60 to 95% of the squat 1 RM, while the TP used loads from 30 to 60% of 1 RM, as fast as possible. Maximum strength and type I, type IIa, and type IIb cross sectional area were evaluated before and after the training programs. TF and TP increased maximum strength from pre- to post-training (p < 0.001), but there were no difference between them (p > 0.05). There was a main time effect for muscle cross sectional area for all fiber types (p < 0.05). In conclusion, the TF and the TP produced similar strength gains and muscle fiber hypertrophy after an 8-week training period. UNITERMS: Muscle hypertrophy; Fiber type, Muscle strength. Nota Financiamento: FAPESP - Proc. 06-00302-3.
  • 9. Treinamento de força máxima Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007 • 339 Referências AAGAARD, P.; ANDERSEN, J.L; DYHRE-POULSEN, P.; LEFFERS, A.; WAGNER, A.; MAGNUSSON, S.P.; HALKJÆR-KRISTENSEN, J.; SIMONSEN, E.B. A mechanism for increased contractile strength of human pennate muscle in response to strength training: changes in muscle architecture. Journal of Physiology, London, v.534, p.613-23. 2001. BELL, G.J.; PETERSEN, S.R.; MACLEAN, I.; REID, D.C.; QUINNEY, H.A. Effect of high velocity resistance training on peak torque, cross sectional area and myofibrillar ATPase activity. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, Torino, v.32, n.1, p.10-8. 1992. BERGSTROM, J. Muscle electrolytes in man. Scandinavian Journal of Clinical Laboratory Investigation, Oslo, v.14, p.511-13, 1962. BROWN, L.E.; WEIR, J.P. ASEP procedures recommendations I: accurate assessment of muscular strength and power. Journal of Exercise Physiology, Duluth,v.4, n.3, p.1-21, 2001. CAMPOS, G.E; LUECKE, T.J; WENDELN, H.K.; TOMA, K.; HAGERMAN, F.C.; MURRAY, T.F.; RAGG, K.E.; RATAMESS, N.A.; KRAEMER, W.J.; STARON, R.S. Muscular adaptations in response to three different resistance-training regimens: specificity of repetition maximum training zones. European Journal of Applied Physiology, Berlin, v.88, n.1-2, p.50-60. 2002. CREWTHER, B.; CRONIN, J.; KEOGH, J. Possible stimuli for strength and power adaptation: acute mechanical responses. Sports Medicine, Auckland, v.35, n.11, p.967-89, 2005. DREYER, H.C.; FUJITA, S.; CADENAS, J.G.; CHINKES, D.L.; VOLPI, E.; RASMUSSEN, B.B. Resistance exercise increases AMPK activity and reduces 4E-BP1 phosphorylation and protein synthesis in human skeletal muscle. Journal of Physiology, London, v.576, p.613-24. 2006. FARTHING, J.P.; CHILIBECK, P.D. The effects of eccentric and concentric training at different velocities on muscle hypertrophy. European Journal of Applied Physiology, Berlin, v.89, p.578-86, 2003. HÄKKINEN, K.; KOMI, P.V. Effects of explosive type strength training on electromyographic and force production characteristics of leg extensor muscles during concentric and various stretch-shortening cycles exercises. Scandinavian Journal of Sports Science, Stockholm, v.7, p.65-76. 1985. HÄKKINEN, K.; PAKARINEN, A.; KYRÖLÄINEN, H.; CHENG, S.; KIM, D.H.; KOMI, P.V. Neuromuscular adaptations and serum hormones in females during prolonged power training. International Journal of Sports Medicine, Stuttgart. v.11, n. 2, p.91-8. 1990. HARRIS, G.R.; STONE, M.H.; O´BRYANT, H.S.; PROULX, C.M.; JOHNSON, R.L. Short-term performance effects of high power, high force, or combined weight-training methods. Journal of Strength and Conditioning Research, Champaign, v.14, n.1, p.14-20, 2000. ISHIHARA, A.; ROY, R.R.; OHIRA, Y.;IBATA, Y.; EDGERTON, V. R. Hypertrophy of rat plantaris muscle fibers after voluntary running with increasing loads. Journal of Applied Physiology, Bethesda, v.84, n.6, p.2183-9, 1998. JONES, K.; BISHOP, P.; HUNTER, G.; FLEISIG, G. The effects of varying resistance-training loads on intermediate-and high-velocity-specific adaptations. Journal of Strength and Conditioning Research. v.15, n.3, p.349-56, 2001. KANEHISA, H.; NAGAREDA, H.; KAWAKAMI, Y.; AKIMA, H.; MASANI, H.; KOUZAKI, M.; FUKUNAGA, T. Effects of equivolume isometric training programs comprising medium or high resistance on muscle size and strength. European Journal of Applied Physiology, Berlin, v.87, p.112-9, 2002. KELLIS, E.; ARAMBATZI, F.;e PAPADOPOULOS, C. Effects of load on ground reaction force and lower limb kinematics during concentric squats. Journal of Sports Sciences, Oxon, v.23, n.10, p.1045-55, 2005. KRAEMER, W.J.; RATAMESS, N.A. Fundamentals of resistance training: progression and exercise prescription. Medicine and Science in Sports and Exercise, Madison, v.36, n.4, p.674-88, 2004. KYRÖLÄINEN, H.; AVELA, J.; MCBRIDE, J.M.; KOSKINEN, S.; ANDERSEN, J.L.; SIPILÄ, S.; TAKALA, T.E.; KOMI, P.V. Effects of power training on muscle structure and neuromuscular performance. Scandinavian Journal of Medicine and Science in Sports. Copenhagen, v.15, n.1, p.58-64, 2005. MALISOUX, L.; FRANCAUX, M.; NIELENS, H.; THEISEN, D. Stretch-shortening cycle exercises: an effective training paradigm to enhance power output of human single muscle fibers. Journal of Applied Physiology, Bethesda, v.100, n.3, p.771-9, 2006.
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