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               Auto da Barca do Inferno – Gil Vicente e a sua Época                           9 Dezembro 2009

Nome: ______________________________________________________________               Turma: _____       N.º: _____

          Gil Vicente viveu numa época de transição entre a Idade Média e o Renascimento e a sua obra
          reflecte, enquanto manifestação cultural, a coexistência de duas culturas e mentalidades
          diferentes.

CONTEXTO ECONÓMICO-SOCIAL E CULTURAL DA EUROPA
         Do final do século XV a meados do século XVI, os principais países da Europa entram na fase do
capitalismo mercantil. O comércio passa a ser a principal actividade e o volume de trocas aumenta, o que
implica uma circulação monetária muito significativa e grandes acumulações de capital e de operações
bancárias.
         Assiste-se ao aparecimento e desenvolvimento das cidades onde habita a burguesia, principalmente
no Reno, na Flandres e no Báltico.
         A crise no sector agrário leva à revolta dos camponeses, especialmente na Alemanha. Por seu lado, a
centralização do poder real conduz a um conflito entre reis e clero, pretendendo os primeiros ficar na posse
dos bens eclesiásticos e ter o poder religioso.
         Neste contexto, surge o protesto de Lutero contra a venda de indulgências. O movimento que daí
adveio pretendia a moralização da Igreja e o retorno aos ideais cristãos primitivos. A descoberta da tipografia
em meados do século XV e o desenvolvimento das actividades comerciais e industriais veio trazer grandes
modificações à sociedade e a cultura clerical não consegue dar resposta às novas necessidades.
         Após uma época de indecisões, no Concílio de Trento define-se a nova imagem político-religiosa da
Europa: as cidades do Reno, do Báltico e do Mar do Norte representam o eixo do mundo protestante; a
Península Ibérica e parte da França tornam-se no baluarte do mundo católico. É aqui que se vai desenvolver
uma reacção católica conhecida por Contra-Reforma e que vai ter como principal instrumento de repressão
ideológica a Inquisição.
         Por outro lado, a queda de Constantinopla e a migração de eruditos helenistas para Itália permitiram
um maior contacto com a cultura clássica, greco-latina.


GIL VICENTE E A CORTE EM PORTUGAL
      Gil Vicente nasceu no reinado de D. Afonso V, por volta de 1465, e faleceu por volta de 1540.
Testemunhou:
                     as lutas políticas do reinado de D. João II;
                     a descoberta da costa africana;
                     a chegada de Vasco da Gama à Índia (1498);
                     as conquistas dos seus primeiros governadores;
                     a transformação de Lisboa em capital de um Império, no cais mundial da pimenta e da
                     canela;
                     o fausto do reinado de D. Manuel;
                     a construção dos Jerónimos, do convento de Tomar e de outros monumentos;
                     as perseguições aos cristãos-novos;
                     os começos da crise do reinado de D. João III, a quem escreve uma carta a pronunciar-
                     se contra a perseguição movida contra os Judeus;
                     a instauração da Inquisição;
                     a Companhia de Jesus;
                     o ambiente simultaneamente austero e hipócrita.

                                                                 Auto da Barca do Inferno – Ficha Informativa n.º 1

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2009/2010_3ª ficha de avaliação_9ano
 

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  • 1. Ano Lectivo: 2009/2010 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PIAS Escola Básica Integrada com Jardim de Infância de Pias 9º Ano Língua Portuguesa Auto da Barca do Inferno – Gil Vicente e a sua Época 9 Dezembro 2009 Nome: ______________________________________________________________ Turma: _____ N.º: _____ Gil Vicente viveu numa época de transição entre a Idade Média e o Renascimento e a sua obra reflecte, enquanto manifestação cultural, a coexistência de duas culturas e mentalidades diferentes. CONTEXTO ECONÓMICO-SOCIAL E CULTURAL DA EUROPA Do final do século XV a meados do século XVI, os principais países da Europa entram na fase do capitalismo mercantil. O comércio passa a ser a principal actividade e o volume de trocas aumenta, o que implica uma circulação monetária muito significativa e grandes acumulações de capital e de operações bancárias. Assiste-se ao aparecimento e desenvolvimento das cidades onde habita a burguesia, principalmente no Reno, na Flandres e no Báltico. A crise no sector agrário leva à revolta dos camponeses, especialmente na Alemanha. Por seu lado, a centralização do poder real conduz a um conflito entre reis e clero, pretendendo os primeiros ficar na posse dos bens eclesiásticos e ter o poder religioso. Neste contexto, surge o protesto de Lutero contra a venda de indulgências. O movimento que daí adveio pretendia a moralização da Igreja e o retorno aos ideais cristãos primitivos. A descoberta da tipografia em meados do século XV e o desenvolvimento das actividades comerciais e industriais veio trazer grandes modificações à sociedade e a cultura clerical não consegue dar resposta às novas necessidades. Após uma época de indecisões, no Concílio de Trento define-se a nova imagem político-religiosa da Europa: as cidades do Reno, do Báltico e do Mar do Norte representam o eixo do mundo protestante; a Península Ibérica e parte da França tornam-se no baluarte do mundo católico. É aqui que se vai desenvolver uma reacção católica conhecida por Contra-Reforma e que vai ter como principal instrumento de repressão ideológica a Inquisição. Por outro lado, a queda de Constantinopla e a migração de eruditos helenistas para Itália permitiram um maior contacto com a cultura clássica, greco-latina. GIL VICENTE E A CORTE EM PORTUGAL Gil Vicente nasceu no reinado de D. Afonso V, por volta de 1465, e faleceu por volta de 1540. Testemunhou: as lutas políticas do reinado de D. João II; a descoberta da costa africana; a chegada de Vasco da Gama à Índia (1498); as conquistas dos seus primeiros governadores; a transformação de Lisboa em capital de um Império, no cais mundial da pimenta e da canela; o fausto do reinado de D. Manuel; a construção dos Jerónimos, do convento de Tomar e de outros monumentos; as perseguições aos cristãos-novos; os começos da crise do reinado de D. João III, a quem escreve uma carta a pronunciar- se contra a perseguição movida contra os Judeus; a instauração da Inquisição; a Companhia de Jesus; o ambiente simultaneamente austero e hipócrita. Auto da Barca do Inferno – Ficha Informativa n.º 1