O documento descreve os principais períodos da monarquia brasileira: 1) O Primeiro Reinado de 1822-1831, marcado pelo autoritarismo de D. Pedro I e sua abdicação; 2) O Período Regencial de 1831-1840, quando o país foi governado por regentes enquanto D. Pedro II era menor de idade; 3) O Segundo Reinado de 1840-1889, sob o reinado mais estável de D. Pedro II, marcado também por revoltas, a Guerra do Paraguai e o ciclo do café.
3. FATOS IMPORTANTES DO PRIMEIRO REINADO
Assembleia Constituinte (1823),
Constituição de 1824,
Confederação do Equador (1824),
Guerra da Cisplatina, em 1825,
abdicação de D. Pedro I (1831).
4.
5. Confederação do Equador
As províncias de Pernambuco, Paraíba, Rio
Grande do Norte e Ceará formaram, em 1824 a
Confederação do Equador. Era a tentativa de
criar um estado independente e autônomo do
governo central.
6. A Guerra da
Cisplatina ocorreu
de 1825 a
1828, entre Brasil e
Argentina, pela posse
da Província de
Cisplatina, atual
Uruguai. Localizada
numa área
estratégica, a região
sempre foi disputada
pela Coroa
Portuguesa e
Espanhola.
7. Desgaste e crise do governo de D.Pedro I
A derrota na Guerra da Cisplatina só gerou prejuízos financeiros e sofrimento
para as famílias dos soldados mortos. Além disso, as revoltas e movimentos
sociais de oposição foram desgastando, aos poucos, o governo imperial.
-
- o assassinato do jornalista Libero Badaró. Forte crítico do governo
imperial, Badaró foi assassinado no final de 1830. A polícia não encontrou o
assassino, porém a desconfiança popular caiu sobre homens ligados ao
governo imperial.
Em março de 1831, após retornar de Minas Gerais, D.Pedro I foi recebido no
Rio de Janeiro com atos de protestos de opositores. Alguns mais exaltados
chegaram a jogar garrafas no imperador, conflito que ficou conhecido como “A
Noite das Garrafadas”. Os comerciantes portugueses, que apoiavam D.Pedro I
entraram em conflitos de rua com os opositores.
8. Abdicação
Sentindo a forte oposição ao seu governo e o crescente descontentamento
popular, D.Pedro percebeu que não tinha mais autoridade e forças políticas
para se manter no poder.
Em 7 de abril de 1831, D.Pedro I abdicou em favor de seu filho Pedro de
Alcântara, então com apenas 5 anos de idade. Logo ao deixar o poder viajou
para a Europa.
10. A Constituição
brasileira do
período
determinava, neste
caso, que o país
deveria ser
governado por
regentes, até o
herdeiro atingir a
maioridade (18
anos).
11. REGENTES QUE GOVERNARAM O BRASIL NO
PERÍODO:
- Regência Trina Provisória (1831): regentes Lima
e Silva, Senador Vergueiro e Marquês de
Caravelas.
- Regência Trina Permanente (1831 a 1835): teve
como regentes José da Costa Carvalho, João
Bráulio Moniz e Francisco de Lima e Silva.
- Regência Una de Feijó (1835 a 1837): teve
como regente Diogo Antônio Feijó.
- Regência Interina de Araújo Lima (1371): teve
como regente Pedro de Araújo Lima.
- Regência Una de Araújo Lima (1838 a 1840):
teve como regente Pedro de Araújo Lima.
12. CRISE POLITICA
A crise política deveu-se, principalmente, a
disputa pelo controle do governo entre
diversos grupos políticos: Restauradores
(defendiam a volta de D. Pedro I ao poder);
Moderados (voto só para os ricos e
continuação da Monarquia) e Exaltados
(queriam reformas para melhorar a vida dos
mais necessitados e voto para todas as
pessoas).
13. PRINCIPAIS REVOLTAS DO PERÍODO:
- Cabanagem (1835 a 1840) – motivada pelas
péssimas condições de vida em que vivia a grande
maioria dos moradores da província do Grão-Pará.
- Balaiada (1838 – 1841) – ocorreu na província do
Maranhão. A causa principal foi a exploração da
população mais pobre por parte dos grandes
produtores rurais.
- Sabinada (1837-1838) – ocorreu na província da
Bahia. Motivada pela insatisfação de militares e
camadas médias e ricas da população com o
governo regencial.
- Guerra dos Farrapos (1835 – 1845) – ocorreu no Rio
Grande do Sul. Os revoltosos (farroupilhas) queriam
mais liberdade para as províncias e reformas
econômicas.
14.
15. GOLPE DA MAIORIDADE E FIM DO PERÍODO
REGENCIAL
Os políticos brasileiros e grande parte
da população acreditavam que a
grave crise que o país enfrentava era
fruto, principalmente, da falta de um
imperador forte e com poderes para
enfrentar a situação.
Em 23 de julho de 1840, com apoio
do Partido Liberal, foi antecipada pelo
Senado Federal a maioridade de D.
Pedro II (antes de completar 14 anos)
e declarado o fim das regências.
18. SEGUNDO REINADO
começa em 23 de julho de 1840, quando
dom Pedro II é declarado maior de idade, e
estende-se até 15 de novembro de
1889, com a instauração da República.
19. POLÍTICA NO SEGUNDO REINADO
As eleições eram comuns as fraudes, compras de votos e até atos
violentos para garantir a eleição.
Revolução Praieira
Pernambuco, entre os anos de 1848 e 1850.
Reivindicavam:
- Independência dos poderes e fim do poder Moderador (exclusivo do
monarca);
- Voto livre e Universal;
- Nacionalização do comércio de varejo;
- Liberdade de imprensa;
- Reforma do Poder Judiciário;
- Federalismo;
- Fim da lei do juro convencional;
- Fim do sistema de recrutamento militar como existia naquela época.
Última revolta no Brasil Império
Ganhou o nome de praieira, pois a sede do jornal dirigido pelos liberais
revoltosos (chamados de praieiros) situava-se na rua da Praia.
20. Guerra do Paraguai
Conflito armado em que o Paraguai
enfrentou a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina
e Uruguai) com apoio da Inglaterra. Durou
entre os anos de 1864 e 1879 e levou o
Paraguai a derrota e a ruína.
21. CICLO DO CAFÉ
Na segunda metade do século XIX, o café
tornou-se o principal produto de exportação
brasileiro, sendo também muito consumido no
mercado interno.
Os fazendeiros (barões do café), principalmente
paulistas, fizeram fortuna com o comércio do
produto. As mansões da Avenida Paulista
refletiam bem este sucesso. Boa parte dos
lucros do café foi investida na
indústria, principalmente nas cidades de São
Paulo e Rio de Janeiro, favorecendo o processo
de industrialização do Brasil.
22.
23. Imigração
Muitos imigrantes europeus, principalmente
italianos, chegaram para aumentar a mão-de-obra nos cafezais
de São Paulo, a partir de 1850. Vieram para, aos
poucos, substituírem a mão-de-obra escrava que, devido as
pressões da Inglaterra, começava a entrar em crise.
24. QUESTÃO ABOLICIONISTA
- Lei Eusébio de Queiróz (1850): extinguiu
oficialmente o tráfico de escravos no Brasil
- Lei do Ventre Livre (1871): tornou livre os
filhos de escravos nascidos após a
promulgação da lei.
- Lei dos Sexagenários (1885): dava liberdade
aos escravos ao completarem 65 anos de
idade.
- Lei Áurea (1888): assinada pela Princesa
Isabel, aboliu a escravidão no Brasil.
26. QUESTÕES
- Interferência de D.Pedro II em questões
religiosas, gerando um descontentamento nas
lideranças da Igreja Católica no país;
Críticas e oposição feitas por integrantes do
Exército Brasileiro
- A classe média brasileira (funcionário
públicos, profissionais
liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comercia
ntes) desejava mais liberdade e maior
participação nos assuntos políticos do país
- Falta de apoio dos proprietários
rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste
Paulista, que desejavam obter maior poder
político, já que tinham grande poder econômico.
27. FIM DA MONARQUIA E A PROCLAMAÇÃO DA
REPÚBLICA
Em 15 de novembro de 1889, o Marechal
Deodoro da Fonseca, com o apoio dos
republicanos, destituiu o Conselho de Ministros
e seu presidente. No final do dia, Deodoro da
Fonseca assinou o manifesto proclamando a
República no Brasil e instalando um governo
provisório.