1. O documento discute a década de 1960, especificamente a moda e comportamento, analisando características marcantes que influenciam até hoje.
2. Explora como a filosofia reconstrutivista pode influenciar tendências retrô para a próxima estação, reconstruindo a moda dos anos 60, com foco na minissaia.
3. Busca identificar paralelos entre a época e os dias atuais, observando desfiles internacionais que apontam a minissaia como tendência forte para o verão 2008,
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Inter 1 final
1. UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
Danielle Paiva
Laís Amorim Braz Barbosa
Paola Trebbi Dietzold
Rosendo Miguel Marvulo Martins
Thaís Vaz Alves
Desconstrução e Reconstrução de uma peça de vestuário Retrô baseado nos anos
60 primavera/verão 2008
São Paulo
2007
2. Danielle Paiva
Laís Amorim Braz Barbosa
Paola Trebbi Dietzold
Rosendo Miguel Marvulo Martins
Thaís Vaz Alves
Desconstrução e Reconstrução de uma peça de vestuário Retrô baseado nos anos
60 primavera/verão 2008
Trabalho Interdisciplinar de Conclusão do primeiro semestre apresentado como
exigência parcial para a obtenção de título de Graduação do Curso de Negócios
da Moda na Universidade Anhembi Morumbi.
Orientadores: Profa. Eleni Kronka e Profa. Lilian Maria
Junho
2007
2
4. RESUMO
Neste trabalho sobre desconstrução e reconstrução, explorando a década de 60, na visão
de retrô para a moda, busca-se analisar quais as características que foram marcantes
para a década estudada e que ainda continuam a influenciar a sociedade atual, sejam nos
aspectos moda ou comportamento. Para a moda, retrô, é basicamente, o conjunto das
roupas de épocas anteriores de no mínimo 20 anos passados, sendo assim, os anos 60
se encaixam nessa categoria e tornam-se o alvo dessa pesquisa para identificar o
paralelismo existente entre aquela época até dias atuais. Através da observação dos
desfiles internacionais para o verão 2008, constata-se a minissaia como uma das
tendências mais fortes da estação. Esta peça que foi criada na década de 60, originou-se
nessa proposta o primeiro paralelo desenvolvido neste trabalho. E a partir daí, a revolução
de comportamento instaurada, principalmente na busca de liberdade pelas mulheres até
então oprimidas por uma sociedade machista. E nessa pesquisa, foi explorado o modo
como a filosofia reconstrutivista pode atuar na moda, influenciando as tendências de retrô
para essa próxima estação, na reconstrução na moda da década de 60.
Palavras-chave: Moda. Retrô. Anos 60. Comportamento.
4
5. Sumário
1. INTRODUÇÃO………………………………………………………………….....……....... 6
2. (DES) CONSTRUÇÃO E (RE) CONSTRUÇÃO .......................................................... 7
3. MODA
3.1 Retrô …………………………………………..…………………….……………........ 8
3.1.2 Releitura
3.2 Anos 60 ............................................................................................................... 9
3.2.1 Os criadores
4. ATITUDE ................................................................................................................... 10
4.1 Produto de Moda .............................................................................................. 11
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 12
GOSSÁRIO ................................................................................................................ 13
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 14
ANEXOS .................................................................................................................... 16
5
6. 1. INTRODUÇÃO
Neste trabalho serão discutidos vários aspectos do retrô da década de sessenta, como
política, moda, música, criadores, comportamento, fatos que marcaram, entre outros.
Será visto também a importância da minissaia no comportamento feminino desta época e
a influência do uso da peça nos dias atuais.
A forma de expressão, a liberdade, a visão da mulher nesse mundo que crescia, aos
poucos tomando forma de um moderno feminismo, a mulher começava a querer se
emancipar do patriarcalismo machista que estava em voga e a necessidade de
contestação que os jovens viam na sociedade fazendo, aos poucos as manifestações na
moda se tornarem verdadeiras revoluções.
A moral patriarca e machista vigente entravam em conflito com os ascendentes ideais de
igualdade de direitos e valores femininos, e em formas de protestos e rebeldia as jovens
começaram a buscar meios acessíveis, como a criação de um vestuário mais ousado e
provocante, sendo ainda um tema muito utilizado como inspiração em vários conceitos na
atualidade.
6
7. 2. (Des) Construção – (Re) Construção
À principio, a idéia de desconstrução pode parecer sinônimo de destruição, porém esse
conceito aprofunda-se em uma outra aura de ideologias e significados. A palavra
desconstrução é apresentada quando se deseja fazer a análise das partes isoladas,
desconsiderando o sentido do todo, seja qual for o objeto de análise.
A leitura de um texto transmitirá o seu sentido usual, se for analisado desde o começo até
o fim numa seqüência lógica restringida pelas regras gramaticais. O texto lido e
comprendido poderá transmitir uma mensagem concreta e objetiva, mas há outras que
ainda podem ser extraídas. A desconstrução atua nesse processo,um olhar diferente, de
vários ângulos, sobre um mesmo aspecto.
Analisando separadamente as partes, ou parágrafos, do texto, conseguiremos outras
possibilidades de interpretação e compreensão, as idéias são livres, não há um todo que
as prenda.
Reconstruindo esse texto, após sua desconstrução, o seu sentido será outro.A análise
desses fragmentos permite várias hipóteses resultantes, partindo de um mesmo princípio.
O próprio texto pode não transmitir a idéia original de seu autor, tantas são as regras de
formatação as quais é submetido, porém, a desconstrução permite que essas inspirações
iniciais floresçam a superfície,indicando suas reais intenções, vendo o texto como um
outro todo, entendendo-o.
3. MODA
A moda é um fenômeno complexo, que faz funcionar uma das mais antigas e poderosas
indústrias da nossa civilização, que faz com que a roupa seja vista como portadora de
mensagens, caracterizando a pessoa que a veste e a sociedade que a produz. É
necessário reavaliar a diferença entre a moda, enquanto mudanças no vestir, e as
diversas modas, entendidas como padrões estéticos e de comportamento de uma
sociedade.
A “Moda é a mudança obrigatória do gosto.”, diz Simmel, de uma maneira da qual
7
8. podemos entender como a constante substituição do velho pelo novo, definindo a moda
como “o império efêmero”(Lipovetsky, 1987).
A moda consumada vive de paradoxos: sua inconsciência favorece a consciência;
suas loucuras, o espírito de tolerância; seu mimetismo, o individualismo; sua
frivolidade, o respeito pelos direitos do homem. No filme acelerado da história
moderna, começa-se a verificar que, dentre todos os roteiros, o da Moda é o
menos pior. (Lipovetsky,p.19, 1987)
3.1 Retrô
Ao falar de Retrô, antes, é necessário saber seu significado, pois seu conceito é bastante
abrangente. Callan denomina retrô como uma
Palavra usada para descrever roupas de épocas anteriores, no mínimo vinte anos
passados. Muitos estilistas apresentam trajes retrô em suas coleções. Essas
roupas, embora tenham uma proposta reformista, são revividos para funcionar
com o visual do momento nos anos 90, calças bocas- de- sinos e crochês, duas
idéias características dos anos 60, reapareceram nas coleções, mais de forma
sofisticada e na corrente em voga.
(CALLAN, 2002)
Outra citação diz que o Retrô “compreende o conjunto de criações da Alta Costura, e
também as modas que a precederam. São roupas que pertencem a uma época e, por
isso, são facilmente localizáveis no tempo.” (CALDAS, 1999)
Entendemos então que Retrô é uma “inspiração do passado”, focalizado em uma certa
época.
3.1.2 Releitura
“A releitura ou recriação implica em criar novamente partindo de um pressuposto
já existente”. Trata-se, portanto de “uma reelaboração ou mudança com
interferência significativa em relação ao original”.
O processo de releitura parte-se, sempre, de uma referência, “de uma obra
preexistente, em que o autor que a relê mantém um vínculo com ela”
(MOURA,p.79, 1996).
8
9. De acordo com a citação de Moura, considera-se que a releitura da moda seja a
reciclagem de uma época, trazendo em detalhes, na roupa, vestígios de uma memória do
vestuário de outrora, ponderando as mudanças ocorridas e as tendências atuais.
3.2 Anos 60
Nos anos 60, a moda deixa de ser conservadora e passa a ser, mais do que nunca, uma
forma de expressão.
È nessa década que, pela primeira vez, a moda focaliza os jovens, ampliando a massa
consumidora. Estes foram os anos do “último grito da moda" - o início da escravidão de
garotas com as novidades da moda, que correm às lojas todo mês para atualizar o look.
Conscientes desse novo mercado consumidor e de sua voracidade, as empresas criaram
produtos específicos para os jovens, um fato inédito, criando a sua própria moda,
independente da dos mais velhos. Aliás, a moda era não seguir a moda, o que
representava claramente um sinal de liberdade, o grande desejo da juventude da época.
3.2.1 Os criadores
Courrèges utilizava materiais jamais utilizados no meio da moda, como tecidos sintéticos
em coloridos primários, branco ótico e cores. Em 1966, ele cria uma nova coleção, da
qual parecia ter sido feita por um geômetra, enquanto Mary Quant transformava vestidos
em míni vestidos.
“O modernismo da ‘safra’ de 1960 se deve principalmente a uma nova concepção
de ‘distinção’. A geração mais nova deixava de considerar o chique sofisticado
como valor supremo, mas continua valorizando a distinção já modernizada.”
(RICARD, p.24, 1989)
9
10. O vestido tubinho, de Pierre Cardin, torna-se micro vestido com bolsos e com formas
geométricas coloridas, a roupa dos pescadores se transforma em capa de chuva, os
trajes-marinheiro em duffle-coats, dando um ar mais moderno à alta costura.
Já Paco Rabanne, cria de maneira provocante, em 1965, o primeiro vestido de plástico.
Em 1967, usa couro, papel e non-tissé para produzir uma cota de malha inteiramente
transparente. E tudo acontecendo quando Yves Saint Lorent já havia dado entrada ao
prêt-à-porter.
“...os novos interlocutores ganham espaço na produção do mundo fashion.
Misturando-se as estéticas da alta, média e baixa costura, contribuindo para este
fato, a importância da disseminação do prêt-à-porter, da revolução feminina e da
dos jovens. A alta costura começa a dialogar com a rua e a moda entra
definitivamente no universo cultural, enquanto lugar onde a produção de sentido
ganha espaço. A moda torna-se atitude de comportamento.”
(VILLAÇA, p.67, 2006)
4. ATITUDE
As tendências atuais, para o verão 2008, apontam a mini-saia, como a grande vedete da
estação, criada nos anos 60 “foi a invenção que se salientou na década (...) deu às
mulheres a liberdade de movimento que alterou seu comportamento”.(SEELING, 2000)
A década de 60, foi marcada pelo idealismo da juventude que lutava por maiores direitos
e liberdade, as mulheres encontraram na minissaia um ícone desse movimento.Valorizava
as pernas com muita feminilidade e paralelamente ocorria a queima dos sutiãs em praça
pública, simbolizando o fim da repreensão feminina perante a sociedade machista vigente
na época.
A saia sempre foi uma peça característica do vestuário feminino, portanto também
símbolo de sua submissão, porém, nessa impressionante releitura que vem a reduzir os
comprimentos, ela torna-se o marco da moda daquela década. Ela dava movimento as
pernas, liberdade, que era o desejo daquela juventude cada vez mais independente e
envolta num mundo de sexo, drogas e rock'n'roll.
A desconstrução atua na moda, dirigindo o rumo das tendências. Atualmente, caso
10
11. aparecesse na íntegra seria um retrocesso, portanto os anos 60 aparecem em detalhes
atualizados pelo tempo,numa reconstrução de sua forma original, caracterizando o
processo desconstrutivista.
4.1 Produto de Moda
Os acessórios utilitários foram elaborados partindo da filosofia desconstrutivista, a partir
de uma peça de roupa própria de cada integrante do grupo, e na análise das
características, como um todo, mais marcantes da década de 60. Visando atingir uma
maior segmentação de mercado, as peças são baseadas em formas simples, pré-
existentes, portanto de melhor aceitação. Destinadas a um público jovem e urbano, de
idade média entre 17 e 25 anos, que busquem por peças alternativas indicadoras de uma
identidade própria. Apresentam qualidade, e uma boa durabilidade, ainda assim
garantindo um preço acessível para classes B e C.
“Agora chegamos a um ponto em que um produto, e especialmente uma grife, tem
de possuir qualidade, serviço, valor, status, refletir um estilo de vida, ter pedigree e
alma. Um produto com alma não só atrai o interesse do consumidor, como
também consegue se comunicar com ele e até aumentar seu conhecimento. Não
é só uma novidade, é uma inovação.” (Villaça, p.9, 2006)
11
12. CONCLUSÃO
Na evolução desse trabalho, espera-se, dentro do tema "construção e desconstrução", e
do subtema "retrô", explorar a sociedade no seu campo moda e comportamento, dando
enfoque na década de 60.
A desconstrução age no olhar de diferente ângulos sobre o mesmo referencial, é nesse
conceito que as tendências da moda agem, pois os anos 60 foram desconstruídos para
que poder caracterizar as tendências dos dias de hoje, é nessa idéia também a execução
do acessório utilitário, construído a partir da desconstrução de uma peça de roupa e
confeccionado inspirado em formas e cores que remetam à década de 60.
Para a moda, essa foi uma importante década em vários aspectos, mas nesse trabalho
explorou-se apenas um quesito, a criação da minissaia e o seu uso denotativo de um
comportamento mais liberal, tanto para a época como para a atualidade. Gerando conflito
de idéias, em até que ponto a minissaia era símbolo da mudança de comportamento ou
um objeto de vulgaridade. Com as pesquisas, comprova-se, que a juventude da época
batalhava pela sua liberdade, e principalmente as mulheres, no auge do feminismo,
lutavam por mais liberdade e igualdade, e a minissaia tornou-se um ícone dessa mudança
de comportamento, onde as mulheres queriam direitos iguais ao dos homens mas
mantendo a sua feminilidade.
Os anos 60 foi uma época de inovações, tendo novas maneiras de vestir, pensar e se
comportar, que continuam influenciando os dias de hoje de uma forma inovada e
adequada à nossa época e realidade, mas que ainda podem ser analisados e explorados
por diversas opiniões diferentes, já que a moda é algo complexo, ela é portadora de
mensagens, dizendo o que a pessoa é e que ela quer.
12
13. GLOSSÁRIO
Acessórios: complementos do vestuário sujeitos aos ditames da moda.
Alta Costura: estilismo e execução de alta qualidade.
Baby Boom: fenômeno do período pós-guerra, caracterizado pelo aumento da taxa de
natalidade nos países industrializados.
Botas Chelsea: botas pelo tornozelo com elásticos nas zonas laterais.
Cut-outs: expressão criada para designar atrativos recortes no vestuário.
Duffle-coats: casaco, com ou sem capuz, usado durante a Segunda Guerra Mundial.
Linha Trapézio: evolução da linha “A”.
Prêt-à-porter : “pronto-a-vestir”.
13
14. REFERÊNCIAS
Bibliográficas
BRAGA, João. História da Moda. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2005.
CALDAS, Dario. Universo da Moda. São Paulo: Anhembi Morumbi, 1999.
CALLAN, Georgina O’ Hara. Enciclopédia da Moda. São Paulo: Companhia das Letras,
2002.
CATELLANI, Regina Maria. Dicionário da Moda A-Z. São Paulo: Manole, 2002.
EDGAR, Andrew; SEDGWICK, Peter. Teoria Cultural de A a Z. Conceitos-Chave para
entender o mundo contemporâneo. São Paulo: Contexto, 2003.
LEHNERT, Gertrud. História da Moda Século XX. Berlin: Konemann, 2001.
LIPOVETSKY, Gilles. O Império do Efêmero. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
MOUTINHO, Maria Rita. A moda no Século XX. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2003.
SEELING, Charlotte. MODA: O Século dos Estilistas. Portugal: Konemann, 2000.
VILLACA, Nizia. Plugados na Moda.São Paulo: Anhembi Morumbi, 2006.
VINCENT-RICARD, Françoise. As Espirais da Moda.São Paulo: Paz e Terra, 1996.
14
15. Webgrafia
GARCIA, Claudia. A Época que mudou o mundo.
< http://almanaque.folha.uol.com.br/anos60 >. Acesso em: 02 mar. 2007. Hora: 14:33.
MINISSAIA, A Mulher que Ousou criar a.
<http://www.terra.com.br/istoegente/100mulheres/moda/quant.htm >. Acesso em: 10 abr.
2007. Hora: 15:05.
GALVÃO, Diana. < http://www.uol.com.br/modabrasil >. Acesso em: 17 abr. 2007. Hora:
14:20.
15
17. ANEXO A – Cronologia
1960
• John F. Kennedy é nomeado presidente dos Estados Unidos.
• Abertura do Museu Guggenheim em Nova Iorque.
• Estréia do filme Psyco de Alfred Hitchcoock.
• É decretado o final da era colonial em África e 17 Estados tornam-se
independentes.
• Conferência Internacional sobre o Desarmamento em Genebra.
1961
• O Governo da RDA manda construir o muro de Berlim.
• Primeiro vôo espacial à volta do mundo (URSS).
• A linha do comboio transiberiano é electrificada.
• Desenvolvimento e promoção da pílula contraceptiva.
• A tentativa de golpe de estado contra Castro desencadeia a primeira crise
cubana.
1962
• A demonstagem dos mísseis russos em Cuba põe fim à crise.
• Independência da Argélia.
• Suicídio de Marylin Monroe.
• Primeiro filme de James Bond.
• Estréia de War Requiem de Beijamin Britten.
• A França faz um teste atômico subterrâneo no deserto do Saara.
17
18. 1963
• Assassinato de John F. Kennedy, Presidente dos EUA.
• Desenvolvimento de uma máquina Polaroid para tirar fotografias instantâneas a
cores.
• O artista Alemão Joseph Beuys expõe a sua Fettshuhl (“Cadeira de Gordura”),
causando escândalo.
1964
• Martin Luther King recebe o Prêmio Nobel da Paz.
• Início da Guerra do Vietname.
• A Pop-Art da entrada no mundo da publicidade.
• Sucesso dos Beatles.
1965
• Bob Dylan e Joan Baez tornam-se figuras da proa do movimento anti-guerra
do Vietname.
• A organização internacional de ajuda às crianças, UNICEF, recebe o Prêmio
Nobel da Paz.
1966
• Depois de um golpe de estado, o General Suharto torna-se presidente da
Indonésia.
• David Lean filma Doutor Jivago.
• O Romance Les Belles Images de Simone de Beauvoir é publicado em França.
• Mao mobiliza a juventude chinesa contra a organização do Partido Comunista,
durante a “Revolução Cultural”.
18
19. 1967
• Guerra dos Seis Dias de Israel contra o Egipto, a Síria, a Jordânia e o Líbano.
• O estudante de Berlim, Benno Ohnesorg, é morto por um policial, durante uma
manifestação de protesto.
• Morte do líder revolucionário “Che” Guevara.
• Na cidade do Cabo é realizado o primeiro transplante cardíaco.
1968
• “Primavera de Praga” : tropas da URSS, da Polônia, da Bulgária e da RDA
ocupam a Checoslováquia, abafando os protestos num banho de sangue.
• Assassinato de Martin Luther King.
• Estréia do musical Hair.
• O acordo sobre desarmamento nuclear entre os EUA, a Grã-Bretanha e a
URSS prevê acabar com o desenvolvimento das armas nucleares a nível mundial.
1969
• Neil Armstrong é o primeiro homem a pisar a superfície da Lua.
• Festival de Música de Woodstock.
• Estréia do filme de Peter Fonda, Easy Rider.
• Movimento “Black is beautyful” nos EUA.
• Willy Brandt é nomeado Chanceler da Alemanha.
Fonte: LEHNERT (2001)
ANEXO B – Mary Quant
Mulher que foi considerada “revolucionária” da moda. Nascida em Londres, Inglaterra em
1934, freqüentou Goldsmith’s College of Art, em Londres. Na década de 50 trabalhou
19
20. durante meses com Erik, um chapeleiro de Londres, saindo para abrir sua primeira
butique chamada Bazaar junto com homem que seria seu futuro marido, Alexander
Plunket Greene e Archie McNair. Após vender moda jovem de vários estilistas Mary
passou a inventar roupas, mesmo tendo pouca experiência em moda, seus trajes de baixo
preço destinado ao mercado adolescente e jovem com seu ar de vanguarda, logo tornou
seu nome familiar.
Coloridos, simples e bem coordenados, os trajes de Quant entram em perfeita sintonia
com a década de 60, que simbolizavam a moda jovem britânica da Swinging London
tornando popular a minissaia, as meias-calças coloridas, as malhas caneladas e os cintos
usados nos quadris.
O polemico fenômeno da MÍNI surgiu 1964, junto com o estilista André Courréges, há um
pouco de controvérsias sobre o inventor da minissaia, pois nessa época Courréges
“subiu” as saias de sua coleção de verão cerca de 15 centímetros acima do joelho, seriam
as primeiras minissaias, porêm Quant radicalizou ao desenhar saias com no “mínimos” 30
centímetros de comprimento pra serem usadas com blusas justas, botas e meias para
fazer frente com o frio londrino, causando desespero das mulheres conservadoras e a
alegria dos homens em geral.
ANEXO C – PACO RABANNE
Paco Rabanne-1934-. Estilista. Nascido Francisco Rabaneda y Cuervo, em San
Sebastián, Espanha. Sua mãe era costureira-chefe da filial espanhola de BALENCIAGA.
Durante a Guerra Civil Espanhola, a família mudou-se para a França, onde Rabanne foi
educado. De 1952 a 1964, estudou arquitetura na École des Beaux-Arts, em Paris. As
principais contribuições de Rabanne para a moda foram algumas ousadas bijuterias e
botões de plástico, que vendia a BALENCIAGA, DIOR E GIVENCHY. Em 1965, produziu
seu primeiro vestido de plástico. Um pioneiro na utilização de materiais alternativos para
inventivos modelos, Rabanne fazia vestidos usando alicate, em vez de agulha e linha;
discos de metal e correntes, em vez de tecido. Suas roupas de malha de metal, montadas
com pequenas peças geométricas, atraíram muita atenção. Rabanne também criou
vestidos de papel amassado, alumínio e toalhas de jérsei, “costurados” com fita adesiva.
20
21. Prendia elos de corrente a malhas de lãs e peles. Era muito requisitado como figurinista
para cinema, teatro e balé. Em 1966, inaugurou sua própria Maison, adquirindo fama
internacional com bijuterias, acessórios e roupas incomuns.
ANEXO D – YVES SAINT LAURENT
Yves Henri Donat Mathiel-Saint Laurent, nasceu no dia 1 de agosto de 1936 em Oran, na
Argélia, no seio de uma família francesa bastante abastada. Desde criança a moda o
fascinava.
Depois de acabar com o liceu, em 1954,Yves Saint Laurent mudou- se definitivamente
para Paris, onde freqüentou um curso de desing na escola da “ Chambre Syndicale de la
Couture”. Um ano depois, Christian Dior, ofereceu-lhe o cargo de assitente de estilista na
sua casa.
A sua primeira coleção de alta-costura, apresentada a 30 de janeiro de 1958. Onde
apresentou a linha trapézio, teve um sucesso estrondoso.
Com a linha trapézio, Yves Saint Laurent havia já demonstrado destreza e os seus
conhecimentos da história de vestuário com que pretendia imortalizar o seu nome na
história da moda.
A empresa Dior resolve separar-se de Saint Laurent, pois houve uma grande viagem em
termos de estilo. Isto porque em 1960 Laurent cortou com a tradição dior e optou pela
revolução: com o seu “beat-look” e os casacos de couro pretos.
Juntamente com o seu parceiro de toda uma vida Pierre Bergé, responsável pelos
assuntos comerciais, Saint Laurent resolve usar o seu próprio nome e criou o seu primeiro
salão de alta-costura.
Em 1966, Saint Laurent abriu a sua primeira butique de prêt-à-porter, a YSL, Rive Gauche
[que ficava exatamente do lado esquerdo do Sena] na Rue de Tournon, em Saint-
Germain-Des-Près. Ele foi o primeiro costureiro parisiense de alta-costura a abrir uma
21
22. butique de prêt-à-porter de luxo.
A sua primeira coleção, apresentada no dia 19 de janeiro de 1962, teve um grande
sucesso. A partir daí Saint Laurent passou a apresentar as criações mais importantes dos
anos 60: vestidos de corte direto com padrões ao estilo do mondrian (1965), o smoking
feminino (1966), a coleção influenciada por Andy Warhol (1966), o polêmico vestido
transparente com uma blusa em chiffon de seda com pena de avestruz aplicada, bem
como as referências aos protestos estudantis com canadianas e casacos com franjas
(1968).
ANEXO E – Pop-Art
A Pop Art, que significa “popular art” foi um movimento artístico que surgiu na década de
60, por Andy Warhol, que chocou de uma maneira positiva a sociedade com “seus
elementos arrojados, acessíveis e coloridíssimos”. (Galvão, 2001?).
Em 1961 Andy realizou a sua primeira obra em série usando as latas da sopa Campbell's
como tema, continuando com as garrafas de Coca-Cola e as notas de Dólar, reproduzindo
continuamente as suas obras, com diferenças entre as várias séries, tentando tornar a
sua arte o mais industrial possível, usando métodos de produção em massa.
Depois disso, passou então a usar pessoas universalmente conhecidas, como fontes do
seu trabalho. De Jacqueline Kennedy a Marilyn Monroe, Che Guevara ou Elvis Presley. A
técnica baseava-se em pintar grandes telas com fundos, lábios, sobrancelhas, cabelo, etc.
berrantes, transferindo por seregrafias fotografias para a tela. É possível observar pop-art
em muitas lojas dos tempos atuais, em estampas de camisas, bolsas e etc.
22