1. Como escolher uma boa escola de inglês
A pergunta deveria ser: Existem boas escolas de inglês?
E a resposta: Existem alguns professores bons e poucas escolas boas.
Muitas pessoas escolhem uma escola de inglês influenciados pela mídia, pela que tem mais propaganda
ou aquelas que você encontra com mais facilidade por ter várias espalhadas em sua cidade. Estas
pessoas imaginam que estas sejam as melhores, pois se tem mais escolas, é porque são boas. E
geralmente não é assim, se tem mais escolas é porque tem mais mídia e consequentemente mais
franquias, um coisa eleva a outra.
A primeira coisa que você deve fazer para escolher uma escola é ir visitá-la, sem compromisso. Deverá
conhecer o perfil das pessoas que serão seus professores, não importa se são estrangeiros ou
brasileiros, há muitos brasileiros professores de inglês bons como há estrangeiros que vieram para o
Brasil em busca de oportunidades e acabam dando aulas em cursos de inglês, mas sem preparação
nenhuma para isso. Escolha professores que além de terem boa experiência em inglês tenham
fundamentos didáticos pedagógicos. Morar em Londres, ser garçonete ou entregar cartões por meio ano,
ao retornar ao Brasil não a qualifica para ser professor de inglês, portanto, cuidado quanto à experiência
internacional que seu futuro professor lhe apresentar.
A segunda coisa a ser feita é participar de uma aula de um nível avançado que tenha na escola, se a
escola não permite você participar de uma aula grátis para conferir se realmente vale a pena, desista
desta escola, pois ela já estará entregando o jogo. Ao participar da aula, se você for iniciante no inglês,
pode até achar que o pouco que os alunos falam durante a aula seja muito bom, cuidado para não se
enganar. Se você participar de uma aula onde os alunos tenham 2 ou mais anos de curso e não são
quase fluentes, desista dessa escola. Você perceberá isso caso o aluno tenha dificuldade em falar, fizer
pausas para pensar ao falar ou o professor tiver que corrigi-lo muitas vezes. Também, após a aula, tente
falar com um ou dois alunos em particular, assim você saberá o nível de satisfação dele.
A terceira coisa a ser analisada é o material. Veja se o material não é composto por aqueles livros que no
início do capítulo tem um diálogo, uma explicação básica de uma regra, o resto do capítulo composto por
exercícios de gramática e um cd com o som dos diálogos. Com esse tipo de material, que geralmente é
composto por 8 livros, um para cada semestre para você atingir o nível intermediário, que levarão no
mínimo 4 anos para você os completar, você passará mais de 4 anos estudando e não será fluente em
inglês. Terá um conhecimento básico de gramática e no máximo conseguirá manter alguns diálogos
simples numa conversa. Se o professor ligar um aparelho de cd durante a aula, peça licença e não volte
mais naquela escola. Isto geralmente demonstra que o professor não tem domínio total do inglês ou está
seguindo um script pronto devido ao material didático que compõe o curso.
A quarta coisa a ser analisada é a relação entre aprender gramática, fazer exercícios de gramática e
conversação. Se 95% do tempo ou mais o professor não conversar em inglês, peça licença e vá procurar
outra escola. Se pelo menos 80% do tempo da aula não for somente de conversação em inglês entre
alunos ou alunos e professor, desista dessa escola. Se o professor der uma explicação de gramática e o
resto da aula de tempo para resolver exercícios, desista. Pois geralmente as aulas de inglês são curtas,
em média 2 horas por semana, e você ficará uma aula toda resolvendo exercícios de gramática? Se o seu
curso é feito com uma aula de 2 horas por semana, terá em 15 dias aprendido uma regra de gramática
apenas. As aulas precisam ser muito dinâmicas, com muita conversação, o tempo todo, sem pausas para
2. baixar a cabeça e resolver exercícios em um livro e depois corrigir todos os exercícios. Isto se chama
matar o tempo. Também leve em consideração o tamanho das turmas. Em turmas maiores do que 6
alunos o tempo que o professor se dedica a cada um é muito pouco. O ideal seria no máximo turmas de 4
alunos, mas o custo seria maior.
A quinta coisa a ser analisada é a relação do tempo que a escola exige que você faça exercícios e
estude sozinho em casa pela quantidade de horas que estuda na escola. Se a escola passou por todas as
analises descrita acima, verifique se a escola não lhe dá exercícios para fazer em casa que consomem
mais tempo do que o tempo de aula. Pois em casa você estará sozinho, sem o professor, não saberá a
pronúncia correta das palavras e provavelmente fará só exercícios de gramática que estão no livro de
exercícios que compõe o material didático do curso.
Aí vem a pergunta: mas se só estudar no curso, que geralmente são duas horas por semana, não vou
aprender ou levará muito tempo para aprender, então porque evitar estudar em casa? A questão não é
não estudar em casa. A questão é que você está pagando um curso de inglês, perdendo tempo se
deslocando até ele, e você só terá um aprendizado satisfatório se tiver que estudar sozinho em casa? E
quando está no curso o professor segue o que está no livro e coloca o cd para ouvir, os mesmos que
você tem em casa? Então desista do curso e estudo sozinho em casa, que seu aprendizado será muito
maior e não terá quase custos.
A sexta coisa a ser analisada é a rotatividade de professores entre as aulas. Se o seu professor durante
um semestre todo for sempre o mesmo, não é boa coisa. Você deverá ter professores diferentes para não
acostumar com o sotaque de um só.
Escolas e professores
Às vezes, temos escolas ruins, geralmente as que têm muita mídia, e alguns de seus professores são
bons. Mas mesmo o professor sendo bom, ele deve seguir o roteiro, usar o material didático distribuído
pela escola. Dessa forma a aula fica ruim e pouco proveitosa.
Às vezes, temos escolas muito boas, porém dá a coincidência do seu professor ser ruim. Isso geralmente
acontece muito pouco porque quando a escola realmente é boa, com métodos de aprendizado bons, ela
faz uma seleção rigorosa dos professores e só contrata quem realmente se enquadra no perfil da escola.
Mas se o seu professor não se dedica ao trabalho que está sendo pago para fazer, peça para ir para
outra turma ou faça uma reclamação formal à escola.
Às vezes, a escola é composta por somente um professor, na verdade ele dá aulas particulares. Às vezes
ele até possui um local específico para isso, o que se torna mais fácil de achá-lo, outras vezes ele dá
aulas em sua própria moradia. Geralmente esses professores tem um material próprio, o qual elaborou e
reuniu com suas próprias experiências. Também, geralmente, aulas com um professor desses são mais
proveitosas e são praticamente 100% de conversação, onde você adquire a fluência em inglês em pouco
tempo. A questão nesse caso é o alto custo. Aulas particulares não são baratas.
Escolas de inglês são comércio?
Será? Para responder isso, vamos analisar o material preferido da maioria das escolas de inglês do país
e o tempo médio de duração dos mesmos.
3. Eu estudei inglês em 6 escolas diferentes, incluindo as mais famosas na mídia e tive uma amiga que teve
uma franquia de uma dessas escolas por alguns anos, depois trocou para outra franquia.
Destas, apesar do material ter mais ou menos conteúdo, a capa ser diferente, no geral o material era igual
e o método de ensino era o mesmo.
O material era composto por livros. Um livro para cada semestre, que na verdade são uns 4 meses de
aula descontando as férias, e em média uns 8 livros para você ter aulas por 8 semestres, equivalentes a 4
anos. Após isso teria o inglês avançado, só de conversação por mais 2 semestres. Não me lembro de ter
presenciado uma turma de alunos avançados na escola, talvez seus horários fossem diferentes.
Cada livro era composto por capítulos, geralmente com um diálogo inicial, uma explicação de uma regra
gramatical, algumas palavras (até aqui o conteúdo ocupou uma página e meia do capítulo) e o resto do
capítulo exercícios de gramática e mais exercícios. Geralmente para acompanhar o diálogo tem um cd,
porém são diálogos muito curtos que nunca chegam a mais do que seis frases, com vocabulário reduzido,
simples e que talvez você nunca vá usar na vida real ou será que você ao conhecer um estrangeiro
perguntaria qual “a cor favorita dele” ou qual “sabor ele prefere”?
Alguns livros vêm acompanhados de um livro extra somente de exercícios, outros a metade final do livro é
composto de exercícios de gramática, ambos os casos para serem feitos em casa ou somente como
suplemento.
A cada dois ou três capítulos há uma prova que consiste em testar seu conhecimento das regras
gramaticais e no final da prova um ditado de umas 15 ou 20 palavras que foram estudadas nos capítulos.
Em algumas aulas, o professor nunca conversou em inglês, somente tirava algumas dúvidas que os
alunos tinham. Pois ele deve seguir o script pronto, ou seja, acompanhar o material didático, o que está
no livro. No início da aula toca o cd para os alunos ouvirem o diálogo, após os alunos repetem o diálogo,
às vezes cada aluno faz o papel de uma das pessoas que está falando no diálogo (por fim você nem fala
todo ele, pois seu colega falou uma parte e você outra). O resto da aula é baixar a cabeça e fazer os
exercícios. Quase no final da aula os exercícios são corrigidos, quando dá tempo, e a aula acabou. Em
alguns casos, quando há, você deverá fazer os exercícios de gramática extras do livro de exercícios
referentes ao capítulo estudado em casa.
Lembro que antes dos testes, todos os alunos folheavam o livro de gramática para revisar as aulas, pois
todos já haviam esquecidos o que havia sido estudado apenas 2 ou 3 semanas anteriores. Isto acontece
porque o método é falho.
Então, já tem a resposta da pergunta se “Escolas de inglês são
comércio?”
Vejamos, por que o método de ensino da maioria destas escolas é exatamente como expus acima?
Porque desta forma eles seguram um aluno por no mínimo quatro anos, ensinando algumas poucas
palavras e enchendo sua cabeça com gramática, e ainda de uma forma pouco aproveitada. Somente no
quinto ano de escola de inglês, se você não repetiu nenhum semestre ou eles te convenceram que você
deveria repetir para “pegar melhor o conteúdo” eles começarão a te dar aulas somente de conversação.
Ou seja, você só vai realmente aprender o que é mais importante no final de tudo e depois de muito
tempo.
4. Por que não é ensinado somente conversação desde o princípio?
Porque se você no primeiro ano aprender a conversar em inglês, para quê ficaria mais quatro anos
estudando alguns simples vocabulários e muita gramática que dificilmente vai usar?
Se você fizer esta pergunta em qualquer escola que utiliza estes métodos, eles dirão a você que a
conversação é no final porque primeiro você precisa aprender a gramática para aí partir para o diálogo,
senão como você vai aplicar corretamente as regras gramaticais no que vai falar?
Você aplica as regras gramaticais quando vai falar em português? Você conhece todas as regras
gramaticais do português? Então porque temos que aprender todas as regras gramaticais no inglês, que
nem mesmo os nativos ingleses sabem, para aí partir para o “nível avançado” e começar a falar para
valer? A resposta é: sua mensalidade.
Se você aprender inglês em um ano, não volta mais para a escola e a escola perde quatro anos de sua
mensalidade.
Então não devo estudar em uma escola de inglês?
Deve, porém não estude em escolas que possuem os métodos descritos acima e também faça as
análises propostas lá no início.
Eu estudei em uma escola com um método muito bom, 90% conversação em inglês desde o princípio,
nenhum exercício para fazer em casa, até mais de um professor no mesmo dia e os professores não
falavam em português durante as aulas. O aproveitamento foi fantástico, aprendendo em três meses mais
do que quatro anos em escolas com métodos tradicionais. Infelizmente não vou divulgar o nome dessa
escola porque não estou fazendo propaganda de nenhuma escola e não quero comprar briga com as
outras. Apenas cito isso para mostrar que existem escolas e métodos que realmente funcionam. Mas tudo
tem seu preço, se você quer estudar em uma escola dessas, prepare o bolso. Faça um esforço que vale a
pena.
Só aprenderei inglês se frequentar uma escola?
A resposta é não. Milhares de pessoas estudam por conta própria e se dão muito bem, mais do que se
estivessem em escolas de inglês. O motivo disso é que quando uma pessoa se matricula na escola acha
que a obrigação dela aprender é da escola, e se você não aprender culpará a escola. Quando você
estuda por conta própria, não há desculpas e nem quem culpar, você se policiará e fará seus próprios
objetivos de acordo com suas necessidades.
O que impede muitas pessoas de evoluírem ao estudarem inglês sozinhos é a falta de auto controle e
planejamento.
Em minha opinião, qualquer pessoa tem condições de aprender inglês sozinho. Poderia adquirir um bom
vocabulário, as regras básicas, se tornar fluente através de artigos, notícias, documentários e filmes. Isso
tudo em menos de um ano.
5. Após isso, para praticar, não descarto a possibilidade de procurar uma escola para estudar, porém ir
direto para o “nível avançado” onde geralmente é só conversação, ou procurar um professor de inglês
experiente para treinar conversação com ele, mais do que três meses não seriam necessários.
Como ter fluência em inglês em apenas 12 meses
Estudando 250 palavras novas por semana, em apenas quatro meses você terá um vocabulário de quatro
mil palavras que são mais do que suficientes para ter fluência na maioria dos assuntos.
Dedique mais seis meses praticando seu vocabulário pelo menos uma hora por dia e no final de um
período de 10 meses terá fluência em compreensão oral e leitura sobre qualquer assunto.
Dedique mais dois meses de conversação com um bom professor e no final de 12 meses, você terá
fluência completa desde conversação até compreensão de qualquer assunto, além de ter um vocabulário
invejável.
Veja os segredos para aprender inglês e como ter fluência no inglês no blog
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aprender inglês sozinho.
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para você praticar e aprender a pronúncia correta.
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