O documento discute a alimentação de pessoas com diabetes, explicando que a insulina é necessária para mover a glicose das células sanguíneas para as células. Existem diferentes tipos de diabetes que afetam a produção ou uso de insulina. Uma alimentação equilibrada, variada e fracionada é fundamental para o tratamento da diabetes, juntamente com medicação e exercício.
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1. Diana Rocha
Licenciada em Ciências da Nutrição
A Alimentação do Diabético
É diabético? Torne-se num especialista em diabetes. É importante que conheça a
doença, só dessa forma poderá cumprir e melhorar o seu tratamento. Aceite a doença
e aprenda a viver com ela!
Como funciona o organismo?
Durante a digestão os hidratos de carbono são convertidos em glicose, fonte de
energia das nossas células. De forma a que a glicose não permaneça na corrente
sanguínea e possibilite a sua entrada nas células, o nosso organismo utiliza um sistema
de “comportas”. A insulina, hormona produzida pelo pâncreas, possibilita a entrada
do açúcar para o interior das células.
Nos indivíduos com diabetes, a insulina não funciona como seria esperado ou
não é produzida, o que conduz ao aumento dos níveis de glicemia no sangue,
acabando a glicose por ser excretada na urina.
Que tipos de diabetes existem?
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Diabetes Mellitus tipo 1
Diabetes Mellitus tipo 2
Diabetes Gestacional
Entre outros tipos de diabetes ( de baixa frequência).
Ao longo do presente post, será desenvolvida a temática da alimentação em
doentes com diabetes mellitus tipo 1 e diabetes mellitus tipo 2.
Diabetes Mellitus tipo 1
Também designada por diabetes insulino-dependente, diabetes imuno-mediada
ou diabetes juvenil. Pode afectar indivíduos de várias idades, mas geralmente ocorre
em crianças e adultos jovens. Os indivíduos com esta patologia não têm capacidade
de produzir insulina. As causas da diabetes tipo 1 ainda não são plenamente
conhecidas.
Diabetes Mellitus tipo 2
Denominada também como diabetes não insulino-dependente ou diabetes da
idade adulta. É caracterizada pela incapacidade do organismo utilizar a insulina
adequadamente ou produzir a insulina em quantidade suficiente. Tem como
principais factores de risco a obesidade, o sedentarismo e a predisposição genética.
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2. Quais os sintomas mais comuns?
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Sede;
Excessiva vontade de urinar;
Fome constante;
Perda de peso repentina;
Dificuldade de visão;
Cansaço;
Entre outros.
Nem todos os indivíduos com diabetes apresentam estes sintomas. É uma doença
silenciosa. Em caso de dúvida consulte um profissional de saúde!
Quais as complicações mais comuns?
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Cegueira;
Insuficiência renal;
Doenças cardiovasculares;
Lesões nervosas;
Entre outros.
Quais as bases do tratamento?
Medicação
Actividade
Física
Alimentação
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3. Por uma vida saudável
A alimentação desempenha um papel fundamental para uma vida saudável pois
permite ao nosso organismo um abastecimento regular de energia e nutrientes, de
que necessita para o seu normal funcionamento.
Um dos principais mitos relacionados com a alimentação dos diabéticos, é que
esta deveria ser muito restritiva, sem sabor e completamente diferente da alimentação
de um não diabético. O que é mentira. As refeições devem ser um prazer para todos,
devemos apreciar a comida e sentirmo-nos satisfeitos. Devemos comer com conta,
peso e medida!
Deixo aqui alguns conselhos.
A sua alimentação deverá ser equilibrada, variada e completa, baseada nos
princípios da Nova Roda dos Alimentos.
Cumpra o horário das refeições sem omitir nenhuma no seu dia alimentar. Siga o
plano alimentar delineado pelo seu nutricionista.
Pode consumir de tudo, desde que com moderação. Fraccione o seu dia
alimentar em várias refeições.
Beba água ao longo do seu dia. Entre 1,5 a 2 litros.
Tenha em atenção, para que o seu jejum nocturno não seja superior a 8 – 10
horas.
Coma com pouca frequência molhos gordos e fritos. Dê preferência a grelhados,
cozidos, estufados e assados com pouca gordura.
Aprenda a controlar a quantidade de alimentos que inclui nas suas refeições.
Pese os alimentos ou utilize as medidas padronizadas. Com o tempo aprenderá
qual é a quantidade certa!
Saiba contabilizar os alimentos ricos em hidratos de carbono. É fundamental
compreender os alimentos equivalentes de hidratos de carbono, para poder
substituir uns pelos outros.
Inclua o arroz, massa, pão ou batata nas suas refeições. São alimentos ricos em
hidratos de carbono de absorção lenta, facilitando o controlo da glicemia.
Coma alimentos ricos em fibra, como leguminosas, cereais pouco processados,
fruta e hortícolas, diminuem a glicemia após as refeições e reduzem os níveis
plasmáticos de colesterol entre outros benefícios.
Limite o consumo e salgados, enchidos, queijos salgados, batatas fritas e outros
produtos semelhantes.
O açúcar, refrigerantes, mel e produtos açucarados devem ser reservados para
ocasiões especiais. São alimentos nutricionalmente pobres, porém ricos em
calorias, sendo responsáveis pelo aumento de peso.
Evite o uso de sal. Substitua por ervas aromáticas.
Aprenda a ler corretamente os rótulos.
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4. Consulte os quadros de equivalentes de hidratos de carbono disponível pela
Associação Protectora dos Diabéticos.
(http://www.apdp.pt/index.php/diabetes/tratamento/alimentacao#equival%C3%AAnc
ias-de-hidratos-de-carbono).
Tenha em atenção que o seu plano alimentar deve ser bem delineado por um
nutricionista, específico para as suas necessidades. Em caso de dúvida, não hesite
contactá-lo.
Pode comer doces desde que:
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Tenha um bom estado nutricional;
Não tenha excesso de peso;
Não esteja em jejum;
Seja uma sobremesa em refeições completas;
Esteja atento aos sintomas de hiperglicemia;
Após actividade física intensa.
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