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Índice

Diabetes Mellitus .......................................................................................... 4
O que tem contribuído para o aumento de casos de Diabetes? ................. 4
O que é Diabetes Mellitus?. .......................................................................... 5
Quais são os tipos de Diabetes? .................................................................... 6
O que é obesidade abdominal? ..................................................................... 8
O que é resistência à insulina? ...................................................................... 9
Quais são os sinais e sintomas? .................................................................. 11

Como é feito o diagnóstico? ....................................................................... 12
Entendendo melhor Diabetes e HIV.......................................................... 13
Se não controlar bem, posso ter complicações? ........................................ 14
Tratamento.................................................................................................. 15
Exercícios físicos ......................................................................................... 15
Como a alimentação pode ajudar o diabético? ......................................... 17
Qual a diferença da alimentação de uma
pessoa diabética da não diabética?. ............................................................ 17

Alimentos diet e light. ................................................................................. 21
Adoçantes dietéticos. .................................................................................. 22
Tira-dúvidas. ............................................................................................... 24
Recomendações gerais para controlar melhor o seu diabetes. ................. 26
Exemplo de cardápio para uma dieta para pacientes
portadores de diabetes. ............................................................................... 28
Receitas. ....................................................................................................... 30
Diabetes




A elaboração deste Guia foi feita tendo em vista o aumento
do Diabetes Mellitus em nosso país e também em pacientes
vivendo com o HIV.
A nutrição, sem dúvida é fundamental para o controle do
diabético, e as orientações contidas nesta publicação são
básicas para você conhecer melhor a doença.
A nossa expectativa é que você seja participativo em seu trata-
mento e que melhore sua alimentação e seu estilo de vida.


Boa Leitura!
Diabetes Mellitus

O Diabetes Mellitus é um dos problemas de saúde pública
mundial que afeta tanto os países desenvolvidos quanto os em
desenvolvimento.
Atualmente calcula-se que mais de 245 milhões de pessoas no
mundo vivem com esta doença. A Organização Mundial da
Saúde estima que no ano de 2030 o número de casos atinja a
marca de 370 milhões.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, no Brasil, o núme-
ro de casos gira em torno de 11 milhões, e o mais preocupante
é que quase metade destas pessoas desconhece o fato de que
tem a doença.


O que tem contribuído para o aumento de casos de
Diabetes?

Podemos citar alguns fatores como a urbanização, o envelheci-
mento da população, e especialmente o estilo de vida atual,
caracterizado pela inatividade física e maus hábitos alimenta-
res. As dietas ricas em gorduras e açúcares e o alto consumo de
refeições rápidas (fast food) têm contribuído para o aumento da
obesidade.
A gordura, especialmente aquela localizada na região do abdome
(entre as vísceras), é mais perigosa, e tem causado um grande
aumento de casos de diabetes.


4
O que é Diabetes Mellitus?

Diabetes é uma doença crônica caracterizada pelo aumento da
taxa de glicose (açúcar) no sangue. Isto acontece quando o pân-
creas não produz a insulina, ou quando o organismo não con-
segue usar esse hormônio de maneira adequada.
A insulina é fundamental para o aproveitamento eficaz dos nu-
trientes vindos dos alimentos, como, por exemplo, a glicose que
é o tipo mais simples de carboidrato.
A glicose é o “combustível” principal do nosso corpo e a insulina
“abre a porta” das células para que ela possa ser aproveitada.


                                                                 5
Quais são os tipos de Diabetes?

Diabetes Tipo 1
Devido a um mecanismo desconhecido, as células do pâncreas
produzem pouca, ou nenhuma, insulina e, desta forma, a glicose,
que deveria “alimentar” as células, permanece alta no sangue
levando à “hiperglicemia”.
Quando isto acontece, o corpo não consegue utilizar a glicose
do sangue e as células ficam sem a energia necessária para a vida.
Nestes casos, há necessidade de se utilizar a insulina (medica-
mento) para o controle da doença.
Embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais comum em
crianças e jovens.

Diabetes gestacional
É o tipo que pode aparecer na gravidez, em mulheres com idade
acima de 25 anos, obesas, ou com ganho excessivo de peso, du-
rante a gravidez, que tenham parentes próximos com diabetes,
que tiveram filhos com mais de 4 kg, ou tenham pressão alta.
O diabetes gestacional pode persistir ou desaparecer depois do
nascimento do bebê.




6
Diabetes Tipo 2
É o tipo de diabetes mais comum em adultos e representa cerca
de 90% a 95% de todos os casos desta doença.
O diabetes tipo 2 normalmente acontece devido a uma combi-
nação de resistência à ação da insulina e falha na produção desse
hormônio.
Neste fascículo falaremos mais deste tipo de diabetes, pois é o
mais comum em nosso meio.
O diabetes tipo II está associado a fatores de risco como:
- Idade
- História familiar de diabetes
- Sedentarismo
- Colesterol HDL baixo ou triglicérides elevados
- Pressão alta
-Uso de alguns medicamentos que podem aumentar a glicemia
(exemplos: corticóides, anti-retrovirais e outros).
- Excesso de peso (IMC maior que 25) e obesidade abdominal.
Devido ao aumento da obesidade, têm sido cada vez mais obser-
vados casos de diabetes tipo II em crianças e adolescentes.




                                                                7
O que é obesidade abdominal?

É o aumento da circunferência
da cintura, fato que tem sido
relacionado com problemas
de saúde como o aumento do
colesterol, doenças cardiovascu-
lares e diabetes.
Observe a distribuição de
gordura pelo seu corpo. Se esta
gordura predomina acima do
umbigo ela é conhecida como
“obesidade maçã”.




                                   Se a gordura predominar
                                   abaixo do umbigo, na região
                                   dos quadris, chama-se “obesi-
                                   dade pêra”.
                                   Na tabela ao lado, você pode
                                   ver as medidas consideradas
                                   para esta avaliação.




8
CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA
  SEXO           AUMENTADA                 MUITO AUMENTADA
  Homem        Maior ou igual a 94 cm      Maior ou igual a 102 cm
  Mulher       Maior ou igual a 80 cm      Maior ou igual a 88 cm

Fonte: Organização Mundial da Saúde 2000


Independente do tipo de obesidade, o excesso de peso é prejudi-
cial para qualquer pessoa. O diabético especialmente precisa se
preocupar com os quilos a mais na balança.



O que é resistência à insulina?

Imagine que a insulina é um “transportador” de glicose do
sangue para dentro das nossas células.




                                                                     9
Se a parede da célula está mais grossa (na obesidade), fica difícil
para a insulina fazer o seu trabalho.




 Sendo assim, começa a acumular açúcar no sangue, (hipergli-
cemia) e o pâncreas começa a fabricar mais insulina para for-
çar a passagem da glicose para as células. Isto causa um grande
problema para o funcionamento do organismo e pode, inclusive,
aumentar os níveis de triglicérides e diminuir os níveis do “bom
colesterol”, o HDL.




10
Quais são os sintomas?

Para muitas pessoas, os sintomas de diabetes passam desperce-
bidos, pois podem ser discretos e, às vezes, também pode não
haver sintomas. Fique atento, pois quanto antes for diagnosti-
cado este problema, melhor será o seu controle. Converse com
seu médico, caso haja alguma dúvida.


Os sintomas mais comuns do diabetes são:


 Sede exagerada e boca seca
 Urinar muitas vezes e em grande quantidade
 Cansaço sem razão aparente
 Visão embaçada
 Muita fome
 Perda de peso
 Pouca resistência a infecções
 Feridas que demoram para cicatrizar
 Dores nas pernas por causa de má circulação




                                                                 11
Como é feito o diagnóstico?

O primeiro passo para o diagnóstico é dosar a glicemia de jejum.
Esse exame mede o nível de glicose no sangue após 8 horas sem
ingerir nenhum alimento.
Existem valores de glicemia que indicam um estágio inter-
mediário chamado intolerância à glicose, que também se con-
hece como pré-diabetes.


Verifique abaixo os valores de glicemia para o diagnóstico.

 Valores de glicose no sangue             Interpretação

 Glicemia de jejum de               Normal
 70 a 99mg/dL

 Glicemia de jejum de 100mg/dl a    Intolerância à glicose
 125mg/dL

 Glicemia de jejum acima de         Diabetes Mellitus
 126mg/dL em duas amostras
 colhidas em dias diferentes

 Glicemia em amostra colhida        Diabetes Mellitus
 a qualquer hora do dia, com
 presença de sintomas, igual ou
 acima de 200 mg/dL


Fonte: American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabe-
tes. Diabetes Care 28: suplemento 1, Janeiro,2005




12
Outro tipo de exame que pode ser feito é o teste de tolerân-
  cia à glicose. Ele é realizado após a ingestão de 75g de glicose
  medindo-se a glicemia após 2 horas. Veja a interpretação na
  tabela abaixo:

 Valores de glicose no sangue 2h          Interpretação
 após ingestão de 75g de glicose
  De 140 mg/dL a 199 mg/dL          Intolerância à glicose

  Igual ou acima de 200mg/dL        Diabetes Mellitus


Fonte: American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabe-
tes. Diabetes Care 28: suplemento 1, Janeiro,2005


Entendendo melhor Diabetes e HIV

Tem sido observada a ocorrência de diabetes, de intolerância à
glicose e de resistência à insulina em pessoas vivendo com HIV,
especialmente após o início do tratamento com anti-retrovirais.
Muitas vezes estes agravos vêm acompanhados de alterações das
gorduras do sangue como aumento do colesterol e triglicérides.
Caso você esteja acima do peso, tenha diabéticos na família e seja
sedentário, o risco de desenvolver diabetes está aumentado.
Recomenda-se que no início do acompanhamento, logo após o
diagnóstico, seja realizada a primeira glicemia de jejum.
Posteriormente, com o início da terapia anti-retroviral (TARV),
a cada 3 ou 4 meses.




                                                                       13
O tratamento de pessoas diabéticas vivendo com o HIV não é
diferente de outras que não têm o vírus.


Se não controlar bem, posso ter complicações?

O diabetes mellitus pode levar a complicações agudas ou crôni-
cas. Todas essas são decorrentes de um controle inadequado
dos níveis de açúcar no sangue. Quando as taxas sangüíneas de
glicose estão muito altas, tem-se a hiperglicemia e, quando caem
muito (abaixo de 60mg/dL), dá-se o nome de hipoglicemia.
A complicação aguda do diabetes, que leva à alteração da cons-
ciência, é conhecida como “coma diabético”. Pode ocorrer tanto
nos estados extremos de hiperglicemia quanto hipoglicemia.


  As complicações crônicas do diabetes são:
   complicações dos vasos sangüíneos como infarto, derrame
  e aumento da pressão arterial
   perda parcial, ou total, da visão
   formigamento, dor, dormência ou perda da sensibilidade
  nas extremidades (pés, pernas e mãos)
   mau funcionamento dos rins
   feridas que não cicatrizam e podem levar à gangrena e am-
  putação de membros
   impotência sexual
   problemas gástricos
   infecções no sistema urinário, nos genitais, boca e pele.


14
Tratamento

O diabetes tem tratamento e pode ser controlado. Hoje em dia
sabe-se que manter a glicemia em taxas normais ou próximas do
normal leva ao desaparecimento dos sintomas e previne compli-
cações.
O tratamento se apoia em três pontos: dieta, exercícios físicos e
medicamentos (via oral e/ou insulina), quando necessário.

Exercícios físicos

Os exercícios físicos são fundamentais para o bem-estar e a
saúde, ajudam a controlar o seu diabetes e a prevenir as compli-
cações.
Antes de sair por aí correndo na próxima maratona, converse
com seu médico e estabeleça seus limites, pois os excessos po-
dem comprometer a sua imunidade.
Exercícios devem ser planejados por um professor de educação
física. Eles fazem parte do tratamento do diabético.
É importante também se manter ativo, realizando atividades físicas
regularmente, de preferência todos os dias da semana. Comece deva-
gar, aumentando as suas atividades do dia-a-dia como, por exemplo,
subir escadas em vez de ir pelo elevador, descer um ou dois pontos de
ônibus antes do seu destino final, fazer pequenas caminhadas, andar
de bicicleta, passear com o cachorro, dançar, limpar a casa e cuidar do
jardim. Acumule pelo menos 30 minutos todos os dias.


                                                                    15
Quais são os benefícios da prática de exercícios?




             Fonte: Adaptado de Programa Agita São Paulo




16
Agora iremos falar um pouco sobre Nutrição e diabetes

A alimentação é fundamental para o tratamento do diabetes e
deve ser cuidadosamente planejada, levando em conta as ne-
cessidades individuais como a rotina de trabalho, estilo de vida,
hábito alimentar e medicação prescrita.
Sempre que possível, procure a orientação do nutricionista.


Como a alimentação pode ajudar o diabético?

   Mantendo as taxas de açúcar no sangue em níveis acei-
  táveis, prevenindo sintomas.
   Controlando os níveis de colesterol e triglicérides.
   Controlando a pressão arterial.
   Reduzindo ou mantendo o peso.
   Diminuindo o risco de complicações.


Qual a diferença da alimentação de uma pessoa
diabética da não diabética?

Praticamente não existe diferença, ela é muito semelhante à
recomendada para as pessoas não diabéticas.
Você deve fazer um controle rigoroso dos alimentos que conten-
ham carboidratos, principalmente os açúcares, doces, bebidas com
açúcar ou alcóolicas. Além disso, o fracionamento da alimentação
é fundamental para que se evite a hipoglicemia ou hiperglicemia,


                                                                17
especialmente se você usar a insulina. O ideal é fazer três refeições
(café da manhã, almoço e jantar) e três lanches intermediários
(lanche da manhã, lanche da tarde e lanche da noite).
O princípio de uma alimentação equilibrada, sendo ou não di-
abético, é conter quantidades suficientes de carboidratos, gordu-
ras, proteínas, vitaminas, minerais, fibras e água.


Carboidratos

Os carboidratos fornecem a maior parte da energia para o fun-
cionamento do nosso corpo. Existem 2 tipos de carboidratos: os
simples e os complexos.
Os carboidratos simples são digeridos e absorvidos muito rapi-
damente e produzem um aumento brusco da glicose no sangue
(glicemia).
Por isso é tão importante o controle destes alimentos na sua
dieta.
São encontrados nos seguintes alimentos: açúcar, mel, caldo de
cana, rapadura, frutas e sucos, leite e derivados, e doces em geral.
Já os complexos são digeridos e absorvidos mais lentamente e
por isso causam um aumento mais lento da glicemia.
São encontrados nos seguintes alimentos: arroz, milho, aveia, massas,
pães, biscoitos, farinhas em geral, feijão, batata e mandioca.




18
Gorduras

As gorduras são nutrientes que, além de fornecerem bastante
energia, ajudam a transportar algumas vitaminas. Encontramos
gorduras em: óleos, manteiga, margarina, creme de leite, fritu-
ras e nos alimentos gordurosos como carnes gordas, torresmo e
embutidos.

Proteínas

Proteínas servem para a formação e renovação das nossas célu-
las, e para a imunidade. São encontradas tanto em alimentos de
origem animal (carnes, aves, peixes, ovos, leite, queijo, iogurte)
como de origem vegetal (feijão, ervilha, lentilha, soja e castanha).


Vitaminas e minerais

As Vitaminas (Exemplos: Vitamina A, Complexo B, vitamina C
e E ) e os minerais (Exemplos: Cálcio, Ferro, Zinco, Magnésio e
Cromo) são substâncias essenciais à vida e, mesmo em peque-
nas quantidades nos alimentos, são muito importantes, pois
regulam várias funções do nosso organismo como a melhora
da imunidade e o controle do diabetes. Eles estão presentes em
diversos alimentos como frutas, verduras e legumes, cereais
integrais, feijões, castanhas, nozes e sementes, carne, peixe,
frango, leite e derivados.


                                                                  19
Fibras

As fibras alimentares, presentes nos vegetais, não são digeridas
pelo organismo humano. No entanto, são importantíssimas para
a nossa saúde. São classificadas em solúveis e insolúveis.


Fibras solúveis
Fibras solúveis são fermentadas pelas bactérias do intestino,
regulam o funcionamento intestinal atuando tanto na prisão de
ventre quanto na diarréia, ajudam na prevenção do câncer de
intestino, controlam as taxas de glicose e colesterol no sangue e
dão sensação de saciedade.
Fontes alimentares:
Frutas, feijões, aveia, cevada e legumes.


Fibras insolúveis
Fibras insolúveis são as que não sofrem a ação de bactérias, aju-
dam no funcionamento do intestino, previnem hemorróidas e
podem reduzir o risco de câncer de intestino.
Fontes alimentares:
Vegetais folhosos, feijões, cereais integrais e seus farelos.




20
Água

A água sozinha é o maior componente do nosso corpo, representa
70% de todo o peso corporal. É essencial para os processos de di-
gestão, absorção e funcionamento dos rins, intestino, entre outros.
A quantidade de água perdida a cada 24h deve ser reposta para
manter a saúde. Portanto, não se descuide! Lembre-se de tomar
vários copos de água por dia, ainda que longe das refeições.

Alimentos diet e light

Os alimentos diet são produzidos para atender pessoas com
algum tipo de doença como pressão alta, doença celíaca, alergia
à proteína do leite, diabetes e fenilcetonúria. Nestes alimentos
há a restrição total ou substituição de um componente, por e-
xemplo, no caso do produto destinado aos celíacos, não contém
glúten, para diabéticos, não contém açúcar (sacarose).
Um alimento com redução de sódio destinado a hipertensos pode
conter açúcar e, neste caso, não pode ser usado por diabéticos.
O termo light pode ser usado em produtos que, em relação aos
convencionais tenham redução de no mínimo 25% das calorias.
Esta redução calórica pode ser obtida pela retirada ou modifica-
ção de um ou mais ingredientes. Os produtos light podem, ou
não, conter açúcares e gorduras.




                                                                21
Adoçantes dietéticos

Adoçantes são substâncias naturais ou sintéticas, com sabor muito
doce. Eles chegam a adoçar até 600 vezes mais que o açúcar. Re-
cebem também o nome de
edulcorantes, alguns podem
ser calóricos e outros não.
Os adoçantes mais utiliza-
dos em nosso país são:

Sintéticos
Sacarina sódica, ciclamato
de sódio, aspartame, acesul-
fame K e sucralose.


Naturais
Esteviosídeo (Stévia), frutose, sorbitol, manitol e xilitol.


Para uso em receitas, em substituição ao açúcar, alguns fab-
ricantes misturam vários tipos de adoçantes em embalagens
maiores, especificando o seu uso para “forno e fogão” ou
“adoçante culinário”.
O aspartame perde seu poder adoçante quando aquecido a altas
temperaturas, portanto deve ser adicionado somente no final das
preparações.




22
O ciclamato e a sacarina, por possuírem sódio em sua com-
posição, não devem ser usados por pessoas que precisam ter um
controle rigoroso do sódio na dieta, como as que são hipertensas
e as que têm insuficiência renal.
Existe uma quantidade máxima diária de consumo de alguns
adoçantes, calculada por Kg de peso corporal, que é considerada
segura pela Organização Mundial da Saúde.


Veja a tabela abaixo:

            Recomendação máxima diária de adoçantes
      Adoçantes          Quantidade máxima diária           Indicado para diabéticos

 Acesulfame-K                      15mg/Kg                              Sim

 Aspartame                         40mg/Kg                              Sim

 Ciclamato                         11mg/Kg                              Sim

 Frutose                       Não existe limite           Depende da avaliação médica

 Sacarina                          5mg/Kg                               Sim

 Stévia                           5,5mg/Kg                              Sim

 Sucralose                         15mg/Kg                              Sim

 Sorbitol, Xilitol,                15mg/Kg                              Sim
 Manitol


Fonte: Adaptado da Organização Mundial da Saúde
Obs: Para obter o limite máximo diário, é necessário multiplicar o valor pelo seu peso.




                                                                                   23
Como consumir adoçantes

 Utilize os adoçantes para substituir o açúcar, mas sempre com
moderação. Todo o excesso pode fazer mal à saúde.
 Evite ingerir muitos produtos dietéticos como gelatina, pu-
dins, refrigerantes e bolos.
 Quando for comprar algum alimento, sempre verifique o
rótulo e evite aqueles que contenham glicose, sacarose (açúcar),
mel, xarope de milho e frutose.
  Faça um rodízio dos adoçantes que utiliza, use aqueles per-
mitidos para os diabéticos.
 Não use aspartame em alimentos quentes.

Tira-dúvidas

1- Posso comer quantas frutas eu quiser?
Não. Embora as frutas sejam ricas em vitaminas, minerais e
fibras, elas possuem naturalmente um açúcar simples chamado
frutose. Você deve comê-las diariamente de acordo com as por-
ções prescritas no seu cardápio.
Sempre que possível comer com casca e bagaço, que contêm fi-
bras que reduzem a absorção de glicose pelo organismo. O ideal
é comer as frutas inteiras e não em sucos, pois estes concentram
maiores quantidades de açúcares.




24
2- E o feijão, devo comer?
Sim. O feijão, prato típico da nossa culinária, é um alimento
altamente nutritivo contendo proteínas, vitaminas, carboidratos.
e especialmente as fibras, tanto as solúveis quanto as insolúveis.
Ele deve fazer parte de sua alimentação diária em quantidades
moderadas, pois quando ingerido com o arroz faz subir mais a
glicemia.

3- É melhor comer torradas e bolachas ao invés do pão?
Não. As torradas parecem ser melhores, mas não se engane!
Um pão torrado tem a mesma caloria que um pão fresco e tem
a capacidade de aumentar as taxas de açúcar no sangue mais
rapidamente.
As torradas e bolachas, por serem mais leves, não saciam tanto
quanto o pão, e fornecem muitas calorias também. Por exem-
plo: comer 4 bolachas salgadas equivale a comer um pão francês
inteiro (50g).
É sempre bom lembrar que todos estes alimentos serão melho-
res para o controle do açúcar no sangue quando forem ricos em
fibras, isto é, preparados com farinhas integrais, ou adicionados
de farelos ou grãos.

4- Posso comer arroz ou macarrão?
Sim. Estes alimentos são importantes, pois fornecem carboidra-
tos para nos dar energia. No entanto, não se deve exagerar nas
quantidades. Se você completar sua refeição com grãos, verdu-
ras, legumes carnes ou ovos, será melhor para sua saúde e para o
controle do diabetes.

                                                              25
Alimentos como inhame, cará, batata e mandioca, contêm
quantidades maiores de carboidratos e não devem ser consumi-
dos juntamente com arroz ou macarrão. Converse com o nutri-
cionista para saber em que quantidade você pode consumir estes
alimentos.
Você já comeu arroz e macarrão integral? Eles são melhores que
seus similares brancos ou refinados. Experimente!

5- Posso consumir à vontade produtos diet e light?
Não. Porque alguns destes produtos podem conter açúcar (saca-
rose, glicose), frutose ou mel.
Portanto, fique atento ao fazer as suas compras, observe com
cuidado os rótulos destes alimentos. Quanto às quantidades,
converse com um nutricionista.

Recomendações gerais para controlar melhor o seu
diabetes

 Procure fazer uma alimentação saudável e variada.
 Mastigue bem os alimentos e coma devagar.
 Consuma diariamente frutas, verduras e legumes.
 Use temperos naturais para dar mais sabor às suas refeições
como alho, cebola, salsa, orégano, coentro, manjericão, gengibre
e pimenta vermelha.
 Faça pelo menos 3 refeições principais e 3 pequenos lanches
ao dia.



26
 Evite o açúcar, mel, melado, xarope de milho. Substitua-os
por adoçantes dietéticos.
 Não abuse de alimentos como pão, bolachas, farinhas, macar-
rão, batata e mandioca.
 Prefira alimentos inteiros e ricos em fibras como: frutas com
casca e bagaço, verduras e seus talos, feijão, lentilha, ervilha, soja,
arroz, pão e macarrão integrais, aveia e farelos.
 Prefira cozinhar os vegetais inteiros e com casca e com um
mínimo de água ou a vapor, para preservar melhor as vitaminas.
 Procure consumir carnes magras, aves sem a pele. Evite fritar
e dê preferência a preparações cozidas, assadas e grelhadas.
 Diminua o consumo de alimentos gordurosos como maio-
nese, creme de leite, bacon, gordura vegetal, banha de porco e
torresmo.
 Evite comer embutidos como lingüiça, salsicha, mortadela,
presunto e salame.
 Cuidado com o excesso de sal e alimentos industrializados
 Prefira usar leite, queijos e iogurtes magros (desnatados ou
semidesnatados).
 Leia com atenção os rótulos dos produtos, verificando seus
ingredientes.
 Controle o seu peso.
 Beba bastante água diariamente entre as refeições.
Pratique atividade física diariamente. Não faça em jejum e use
um tênis confortável.
 Evite o fumo e bebidas alcoólicas.




                                                                   27
Exemplo de cardápio para dieta para pacientes
portadores de diabetes

Não existe uma quantidade padrão de alimentos para todas as
pessoas. As necessidades nutricionais variam muito de acordo




       CAFÉ DA MANHÃ
       Café com leite desnatado sem açúcar,
       adoçante. Pão integral com margarina light.

       LANCHE DA MANHÃ
       Maçã com casca e castanha do Pará

       ALMOÇO
       Arroz integral, feijão, bife grelhado, couve
       flor refogada, salada de rúcula com tomate,
       manjericão e azeite de oliva. Abacaxi em
       calda (dietético).




28
com idade, sexo, atividade física, peso, altura, estado de saúde,
uso de medicamentos como insulina, e gravidez.




        LANCHE DA TARDE
        Iogurte desnatado sem açúcar, com adoçante.
        Banana.

        JANTAR

        Macarrão integral com legumes, frango assado,
        salada de alface com soja a vinagrete e azeite de
        oliva. Goiaba.

        LANCHE DA NOITE
        Leite desnatado com canela e adoçante.




Este é um exemplo de um cardápio diário, mas para você saber as quan-
tidades necessárias para o seu caso, converse com um nutricionista.


                                                                      29
Receitas




salaDa veRDe coM Manga

Ingredientes
 1 maço de agrião
 1 maço de alface americana ou lisa
 1 maço de rúcula
 1 manga descascada e cortada em fatias finas


Modo de preparar
Lave bem as folhas e arrume-as em saladeira funda.
Enfeite com as fatias de manga.
Sirva com o molho de sua preferência.




30
BeRinJela ao FoRno

Ingredientes
 3 berinjelas grandes em fatias
 3 tomates maduros em fatias
 2 cebolas em rodelas
 2 dentes de alho picados
 2 ovos inteiros
 1 colher (sopa) de orégano
 1 colher (chá) de sal
 Pimenta à gosto
 ½ xícara de salsinha e cebolinha picadas

Modo de preparar
Corte a berinjela em fatias finas, no sentido do comprimento.
Monte em um refratário camadas com as fatias de berinjela, to-
mate, cebola, alho, tempere com sal, pimenta, orégano, salsinha
e cebolinha. Faça camadas até terminar os ingredientes. Por
último, bata os ovos e derrame sobre as camadas. Leve ao forno
médio pré-aquecido, por aproximadamente meia hora.


                                                             31
toRta RÁPiDa De aBoBRinHa

Ingredientes
 3 abobrinhas médias cortadas em pedaços pequenos
 2 cebolas médias picadas
 4 dentes de alho amassados
 3 tomates maduros, sem sementes, cortados em pedaços
pequenos
 2 ovos inteiros
 ½ xícara (chá) de leite desnatado
 2 colheres (de sopa) de aveia em flocos finos, ou farelo de aveia
 2 colheres (de sopa) de farinha de trigo integral
 1 colher (chá) de sal
 1 colher (sopa) de orégano
 1 colher (sopa) de fermento em pó
 1 colher (sopa) de queijo ralado
 6 colheres (sopa) de salsinha e cebolinha picadas
 Creme vegetal e farinha integral para untar

Modo de preparar
Em uma tigela junte a abobrinha, a cebola, o alho e o tomate.
Acrescente os ovos, o leite desnatado, a aveia, 1 colher da farinha,
a salsinha e a cebolinha, tempere com sal, orégano e por último,
misture o fermento em pó.
Misture bem todos os ingredientes (não é necessário bater).
Unte um refratário de tamanho médio com margarina e 1 colher
da farinha.


32
Coloque a massa no refratário e polvilhe com o queijo ralado.
Leve para assar até dourar.


PeiXe ao MaRacUJÁ

Ingredientes
 6 filés de peixe
 2 colheres (sopa) de suco de limão
 1 colher (chá) de sal
 2 dentes de alho picado
 1 colher (sopa) de salsinha picada
 2 colheres (sopa) de óleo
 2 colheres (sopa) de farinha de trigo
 1/2 xícara de suco de maracujá
 1/2 xícara de água
 Polpa de 1 maracujá (para decorar)


Modo de preparar
Bata a polpa de 2 maracujás no liqüidificador, coe e reserve.
Tempere o peixe com o sal, salsinha, alho e limão. Passe os filés
na farinha de trigo. Em uma frigideira antiaderente, doure o
peixe dos dois lados.
Misture o suco de maracujá com a água, regue os filés e deixe
ferver por 1 minuto. Acomode em uma travessa e decore com a
polpa do maracujá.




                                                              33
FRango cHinÊs

Ingredientes
 4 filés de frangos
 1 colher (sobremesa) de gengibre ralado
 1 colher (sopa) de shoyu
 1 colher (sopa) de óleo
 4 colheres (sopa) de gergelim branco torrado (opcional)
 1 pitada de sal

Modo de preparar
Tempere os filés com sal, gengibre e shoyu. Deixe descansando
por 15 minutos. Escorra-os e polvilhe um dos lados com o
gergelim. Unte uma frigideira antiaderente com o óleo e grelhe
os filés por uns 3 minutos, primeiro o lado com o gergelim. Sirva
imediatamente.




34
MacaRRÃo integRal coM legUMes

Ingredientes
 500 gramas de macarrão integral
 2 abobrinhas médias, cortadas em tirinhas
 1 cenoura grande, cortada em tirinhas
 ½ maço Brócoli, cortado pequeno
 2 colheres (sopa) de óleo (1 para cozinhar o macarrão e 1
para refogar os legumes)
 1½ colher (sobremesa) de sal
 Pimenta a gosto

Modo de preparar
Ferva 5 litros de água com uma colher de sal e uma colher (sopa)
de óleo. Cozinhe o macarrão até ficar ao dente.
Numa frigideira, refogue a cenoura e após uns minutos acres-
cente o brócoli e abobrinha. Cozinhe até ficarem ligeiramente
macios e tempere com sal e pimenta.
Escorra a massa e acrescente os legumes. Sirva em seguida.
Variação: se quiser, acrescente aos legumes molho de soja no
lugar do sal.




                                                              35
Bolo De laRanJa coM casca

Ingredientes
 2 laranjas médias
 ¾ xícara (chá) de óleo
 3 ovos
 Gotas de baunilha
 1 xícara (chá) de adoçante culinário
 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
 1 colher (sopa) de fermento em pó

Modo de preparar
Lave bem as laranjas. Corte em quatro, retire as sementes dei-
xando a casca e o bagaço. Bata no liqüidificador as laranjas, o
óleo, os ovos e a baunilha.
Despeje esta mistura em uma vasilha, acrescente a farinha de
trigo e o adoçante mexendo bem. Por último, acrescente o fer-
mento, misturando levemente.
 Asse em forno médio pré-aquecido, numa forma de buraco
untada, por aproximadamente 30 minutos. Se desejar, despeje
sobre o bolo quente suco de uma laranja, adoçado com 1 colher
(sopa) de adoçante culinário.




36
aBacaXi eM calDa

Ingredientes
 1 abacaxi
 5 colheres (sopa) de adoçante culinário
 7 cravos
 1 canela em rama
 2 xícaras (chá) de água

Modo de preparar
Corte o abacaxi em fatias. Coloque numa panela, cubra com
o adoçante e acrescente os demais ingredientes. Deixe no fogo
por aproximadamente 20 minutos, ou até que as fatias estejam
macias. Retire do fogo e deixe esfriar. Leve para gelar.




                                                            37
Referências bibliográficas

1. World Health Organization (WHO). Country and regional data www.who.
   int Acessado em 27/02/2008.

2. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Aten-
   ção Básica. Cadernos de Atenção Básica nº 16– Diabetes Mellitus, Brasília,
   2006.

3. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional
   de DST/AIDS. Recomendações para terapia anti-retroviral em adultos e ado-
   lescentes infectados pelo HIV 2007/2008 – Documento Preliminar Brasília ,
   2007.

4. Mahan LK; Escott-Stump, S. Alimentos Nutrição e Dietoterapia. São Paulo:
   Roca, 2005 11 ed.

5. Sociedade Brasileira de Diabetes. www.diabetes.org.br . Acessado em
   06/03/2008.

6. Associação Nacional de Assistência ao Diabético. www.anad.org.br. Acessado
   em 27/02/02008.

7. Associação de Diabetes Juvenil. www.adj.org.br. Acessado em 27/02/02008.

8. American Diabetes Association. Diagnosis and Classification of Diabetes
   Mellitus, Diabetes Care, vol. 28, p.37-42, supplement I, January 2005.

9. Boletim de Atualização da Sociedade Brasileira de Infectologia - Terapia anti-
   retroviral e alterações metabólicas, ano 1, n°1, out/nov/dez, 2005.

10. World Health Organization (WHO). Obesity: preventing and managing the
    global epidemic. Report of a WHO Consultation. Geneva, 2000. (WHO –
    Technical Report Series, 894).

11. Programa Agita São Paulo. www.agitasp.org. Acessado em 15/03/2008.




38
Esperamos que você tenha gostado deste fascículo e
   que ele o ajude a conhecer melhor o diabetes,
         contribuindo para o seu tratamento.
Lembre-se: em qualquer situação deve-se investir em
      uma alimentação balanceada e na prática
                   regular de exercícios.
No próximo fascículo abordaremos o tema: Gestação.



        Se desejar, mande sugestões para UP Marketing,
 Rua Sales Junior, 596 - 05083-070 - Alto da Lapa - São Paulo - SP




       Material desenvolvido pelas nutricionistas:

                Janice Chencinski - CRN-3 0204
            Vânia Regina Salles Garcia – CRN-3 1633




                                                                     39
1242406    02/2008
1245935    05/2008

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Fasciculo Nutricao 03

  • 1.
  • 2. Índice Diabetes Mellitus .......................................................................................... 4 O que tem contribuído para o aumento de casos de Diabetes? ................. 4 O que é Diabetes Mellitus?. .......................................................................... 5 Quais são os tipos de Diabetes? .................................................................... 6 O que é obesidade abdominal? ..................................................................... 8 O que é resistência à insulina? ...................................................................... 9 Quais são os sinais e sintomas? .................................................................. 11 Como é feito o diagnóstico? ....................................................................... 12 Entendendo melhor Diabetes e HIV.......................................................... 13 Se não controlar bem, posso ter complicações? ........................................ 14 Tratamento.................................................................................................. 15 Exercícios físicos ......................................................................................... 15 Como a alimentação pode ajudar o diabético? ......................................... 17 Qual a diferença da alimentação de uma pessoa diabética da não diabética?. ............................................................ 17 Alimentos diet e light. ................................................................................. 21 Adoçantes dietéticos. .................................................................................. 22 Tira-dúvidas. ............................................................................................... 24 Recomendações gerais para controlar melhor o seu diabetes. ................. 26 Exemplo de cardápio para uma dieta para pacientes portadores de diabetes. ............................................................................... 28 Receitas. ....................................................................................................... 30
  • 3. Diabetes A elaboração deste Guia foi feita tendo em vista o aumento do Diabetes Mellitus em nosso país e também em pacientes vivendo com o HIV. A nutrição, sem dúvida é fundamental para o controle do diabético, e as orientações contidas nesta publicação são básicas para você conhecer melhor a doença. A nossa expectativa é que você seja participativo em seu trata- mento e que melhore sua alimentação e seu estilo de vida. Boa Leitura!
  • 4. Diabetes Mellitus O Diabetes Mellitus é um dos problemas de saúde pública mundial que afeta tanto os países desenvolvidos quanto os em desenvolvimento. Atualmente calcula-se que mais de 245 milhões de pessoas no mundo vivem com esta doença. A Organização Mundial da Saúde estima que no ano de 2030 o número de casos atinja a marca de 370 milhões. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, no Brasil, o núme- ro de casos gira em torno de 11 milhões, e o mais preocupante é que quase metade destas pessoas desconhece o fato de que tem a doença. O que tem contribuído para o aumento de casos de Diabetes? Podemos citar alguns fatores como a urbanização, o envelheci- mento da população, e especialmente o estilo de vida atual, caracterizado pela inatividade física e maus hábitos alimenta- res. As dietas ricas em gorduras e açúcares e o alto consumo de refeições rápidas (fast food) têm contribuído para o aumento da obesidade. A gordura, especialmente aquela localizada na região do abdome (entre as vísceras), é mais perigosa, e tem causado um grande aumento de casos de diabetes. 4
  • 5. O que é Diabetes Mellitus? Diabetes é uma doença crônica caracterizada pelo aumento da taxa de glicose (açúcar) no sangue. Isto acontece quando o pân- creas não produz a insulina, ou quando o organismo não con- segue usar esse hormônio de maneira adequada. A insulina é fundamental para o aproveitamento eficaz dos nu- trientes vindos dos alimentos, como, por exemplo, a glicose que é o tipo mais simples de carboidrato. A glicose é o “combustível” principal do nosso corpo e a insulina “abre a porta” das células para que ela possa ser aproveitada. 5
  • 6. Quais são os tipos de Diabetes? Diabetes Tipo 1 Devido a um mecanismo desconhecido, as células do pâncreas produzem pouca, ou nenhuma, insulina e, desta forma, a glicose, que deveria “alimentar” as células, permanece alta no sangue levando à “hiperglicemia”. Quando isto acontece, o corpo não consegue utilizar a glicose do sangue e as células ficam sem a energia necessária para a vida. Nestes casos, há necessidade de se utilizar a insulina (medica- mento) para o controle da doença. Embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais comum em crianças e jovens. Diabetes gestacional É o tipo que pode aparecer na gravidez, em mulheres com idade acima de 25 anos, obesas, ou com ganho excessivo de peso, du- rante a gravidez, que tenham parentes próximos com diabetes, que tiveram filhos com mais de 4 kg, ou tenham pressão alta. O diabetes gestacional pode persistir ou desaparecer depois do nascimento do bebê. 6
  • 7. Diabetes Tipo 2 É o tipo de diabetes mais comum em adultos e representa cerca de 90% a 95% de todos os casos desta doença. O diabetes tipo 2 normalmente acontece devido a uma combi- nação de resistência à ação da insulina e falha na produção desse hormônio. Neste fascículo falaremos mais deste tipo de diabetes, pois é o mais comum em nosso meio. O diabetes tipo II está associado a fatores de risco como: - Idade - História familiar de diabetes - Sedentarismo - Colesterol HDL baixo ou triglicérides elevados - Pressão alta -Uso de alguns medicamentos que podem aumentar a glicemia (exemplos: corticóides, anti-retrovirais e outros). - Excesso de peso (IMC maior que 25) e obesidade abdominal. Devido ao aumento da obesidade, têm sido cada vez mais obser- vados casos de diabetes tipo II em crianças e adolescentes. 7
  • 8. O que é obesidade abdominal? É o aumento da circunferência da cintura, fato que tem sido relacionado com problemas de saúde como o aumento do colesterol, doenças cardiovascu- lares e diabetes. Observe a distribuição de gordura pelo seu corpo. Se esta gordura predomina acima do umbigo ela é conhecida como “obesidade maçã”. Se a gordura predominar abaixo do umbigo, na região dos quadris, chama-se “obesi- dade pêra”. Na tabela ao lado, você pode ver as medidas consideradas para esta avaliação. 8
  • 9. CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA SEXO AUMENTADA MUITO AUMENTADA Homem Maior ou igual a 94 cm Maior ou igual a 102 cm Mulher Maior ou igual a 80 cm Maior ou igual a 88 cm Fonte: Organização Mundial da Saúde 2000 Independente do tipo de obesidade, o excesso de peso é prejudi- cial para qualquer pessoa. O diabético especialmente precisa se preocupar com os quilos a mais na balança. O que é resistência à insulina? Imagine que a insulina é um “transportador” de glicose do sangue para dentro das nossas células. 9
  • 10. Se a parede da célula está mais grossa (na obesidade), fica difícil para a insulina fazer o seu trabalho. Sendo assim, começa a acumular açúcar no sangue, (hipergli- cemia) e o pâncreas começa a fabricar mais insulina para for- çar a passagem da glicose para as células. Isto causa um grande problema para o funcionamento do organismo e pode, inclusive, aumentar os níveis de triglicérides e diminuir os níveis do “bom colesterol”, o HDL. 10
  • 11. Quais são os sintomas? Para muitas pessoas, os sintomas de diabetes passam desperce- bidos, pois podem ser discretos e, às vezes, também pode não haver sintomas. Fique atento, pois quanto antes for diagnosti- cado este problema, melhor será o seu controle. Converse com seu médico, caso haja alguma dúvida. Os sintomas mais comuns do diabetes são:  Sede exagerada e boca seca  Urinar muitas vezes e em grande quantidade  Cansaço sem razão aparente  Visão embaçada  Muita fome  Perda de peso  Pouca resistência a infecções  Feridas que demoram para cicatrizar  Dores nas pernas por causa de má circulação 11
  • 12. Como é feito o diagnóstico? O primeiro passo para o diagnóstico é dosar a glicemia de jejum. Esse exame mede o nível de glicose no sangue após 8 horas sem ingerir nenhum alimento. Existem valores de glicemia que indicam um estágio inter- mediário chamado intolerância à glicose, que também se con- hece como pré-diabetes. Verifique abaixo os valores de glicemia para o diagnóstico. Valores de glicose no sangue Interpretação Glicemia de jejum de Normal 70 a 99mg/dL Glicemia de jejum de 100mg/dl a Intolerância à glicose 125mg/dL Glicemia de jejum acima de Diabetes Mellitus 126mg/dL em duas amostras colhidas em dias diferentes Glicemia em amostra colhida Diabetes Mellitus a qualquer hora do dia, com presença de sintomas, igual ou acima de 200 mg/dL Fonte: American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabe- tes. Diabetes Care 28: suplemento 1, Janeiro,2005 12
  • 13. Outro tipo de exame que pode ser feito é o teste de tolerân- cia à glicose. Ele é realizado após a ingestão de 75g de glicose medindo-se a glicemia após 2 horas. Veja a interpretação na tabela abaixo: Valores de glicose no sangue 2h Interpretação após ingestão de 75g de glicose De 140 mg/dL a 199 mg/dL Intolerância à glicose Igual ou acima de 200mg/dL Diabetes Mellitus Fonte: American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabe- tes. Diabetes Care 28: suplemento 1, Janeiro,2005 Entendendo melhor Diabetes e HIV Tem sido observada a ocorrência de diabetes, de intolerância à glicose e de resistência à insulina em pessoas vivendo com HIV, especialmente após o início do tratamento com anti-retrovirais. Muitas vezes estes agravos vêm acompanhados de alterações das gorduras do sangue como aumento do colesterol e triglicérides. Caso você esteja acima do peso, tenha diabéticos na família e seja sedentário, o risco de desenvolver diabetes está aumentado. Recomenda-se que no início do acompanhamento, logo após o diagnóstico, seja realizada a primeira glicemia de jejum. Posteriormente, com o início da terapia anti-retroviral (TARV), a cada 3 ou 4 meses. 13
  • 14. O tratamento de pessoas diabéticas vivendo com o HIV não é diferente de outras que não têm o vírus. Se não controlar bem, posso ter complicações? O diabetes mellitus pode levar a complicações agudas ou crôni- cas. Todas essas são decorrentes de um controle inadequado dos níveis de açúcar no sangue. Quando as taxas sangüíneas de glicose estão muito altas, tem-se a hiperglicemia e, quando caem muito (abaixo de 60mg/dL), dá-se o nome de hipoglicemia. A complicação aguda do diabetes, que leva à alteração da cons- ciência, é conhecida como “coma diabético”. Pode ocorrer tanto nos estados extremos de hiperglicemia quanto hipoglicemia. As complicações crônicas do diabetes são:  complicações dos vasos sangüíneos como infarto, derrame e aumento da pressão arterial  perda parcial, ou total, da visão  formigamento, dor, dormência ou perda da sensibilidade nas extremidades (pés, pernas e mãos)  mau funcionamento dos rins  feridas que não cicatrizam e podem levar à gangrena e am- putação de membros  impotência sexual  problemas gástricos  infecções no sistema urinário, nos genitais, boca e pele. 14
  • 15. Tratamento O diabetes tem tratamento e pode ser controlado. Hoje em dia sabe-se que manter a glicemia em taxas normais ou próximas do normal leva ao desaparecimento dos sintomas e previne compli- cações. O tratamento se apoia em três pontos: dieta, exercícios físicos e medicamentos (via oral e/ou insulina), quando necessário. Exercícios físicos Os exercícios físicos são fundamentais para o bem-estar e a saúde, ajudam a controlar o seu diabetes e a prevenir as compli- cações. Antes de sair por aí correndo na próxima maratona, converse com seu médico e estabeleça seus limites, pois os excessos po- dem comprometer a sua imunidade. Exercícios devem ser planejados por um professor de educação física. Eles fazem parte do tratamento do diabético. É importante também se manter ativo, realizando atividades físicas regularmente, de preferência todos os dias da semana. Comece deva- gar, aumentando as suas atividades do dia-a-dia como, por exemplo, subir escadas em vez de ir pelo elevador, descer um ou dois pontos de ônibus antes do seu destino final, fazer pequenas caminhadas, andar de bicicleta, passear com o cachorro, dançar, limpar a casa e cuidar do jardim. Acumule pelo menos 30 minutos todos os dias. 15
  • 16. Quais são os benefícios da prática de exercícios? Fonte: Adaptado de Programa Agita São Paulo 16
  • 17. Agora iremos falar um pouco sobre Nutrição e diabetes A alimentação é fundamental para o tratamento do diabetes e deve ser cuidadosamente planejada, levando em conta as ne- cessidades individuais como a rotina de trabalho, estilo de vida, hábito alimentar e medicação prescrita. Sempre que possível, procure a orientação do nutricionista. Como a alimentação pode ajudar o diabético?  Mantendo as taxas de açúcar no sangue em níveis acei- táveis, prevenindo sintomas.  Controlando os níveis de colesterol e triglicérides.  Controlando a pressão arterial.  Reduzindo ou mantendo o peso.  Diminuindo o risco de complicações. Qual a diferença da alimentação de uma pessoa diabética da não diabética? Praticamente não existe diferença, ela é muito semelhante à recomendada para as pessoas não diabéticas. Você deve fazer um controle rigoroso dos alimentos que conten- ham carboidratos, principalmente os açúcares, doces, bebidas com açúcar ou alcóolicas. Além disso, o fracionamento da alimentação é fundamental para que se evite a hipoglicemia ou hiperglicemia, 17
  • 18. especialmente se você usar a insulina. O ideal é fazer três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e três lanches intermediários (lanche da manhã, lanche da tarde e lanche da noite). O princípio de uma alimentação equilibrada, sendo ou não di- abético, é conter quantidades suficientes de carboidratos, gordu- ras, proteínas, vitaminas, minerais, fibras e água. Carboidratos Os carboidratos fornecem a maior parte da energia para o fun- cionamento do nosso corpo. Existem 2 tipos de carboidratos: os simples e os complexos. Os carboidratos simples são digeridos e absorvidos muito rapi- damente e produzem um aumento brusco da glicose no sangue (glicemia). Por isso é tão importante o controle destes alimentos na sua dieta. São encontrados nos seguintes alimentos: açúcar, mel, caldo de cana, rapadura, frutas e sucos, leite e derivados, e doces em geral. Já os complexos são digeridos e absorvidos mais lentamente e por isso causam um aumento mais lento da glicemia. São encontrados nos seguintes alimentos: arroz, milho, aveia, massas, pães, biscoitos, farinhas em geral, feijão, batata e mandioca. 18
  • 19. Gorduras As gorduras são nutrientes que, além de fornecerem bastante energia, ajudam a transportar algumas vitaminas. Encontramos gorduras em: óleos, manteiga, margarina, creme de leite, fritu- ras e nos alimentos gordurosos como carnes gordas, torresmo e embutidos. Proteínas Proteínas servem para a formação e renovação das nossas célu- las, e para a imunidade. São encontradas tanto em alimentos de origem animal (carnes, aves, peixes, ovos, leite, queijo, iogurte) como de origem vegetal (feijão, ervilha, lentilha, soja e castanha). Vitaminas e minerais As Vitaminas (Exemplos: Vitamina A, Complexo B, vitamina C e E ) e os minerais (Exemplos: Cálcio, Ferro, Zinco, Magnésio e Cromo) são substâncias essenciais à vida e, mesmo em peque- nas quantidades nos alimentos, são muito importantes, pois regulam várias funções do nosso organismo como a melhora da imunidade e o controle do diabetes. Eles estão presentes em diversos alimentos como frutas, verduras e legumes, cereais integrais, feijões, castanhas, nozes e sementes, carne, peixe, frango, leite e derivados. 19
  • 20. Fibras As fibras alimentares, presentes nos vegetais, não são digeridas pelo organismo humano. No entanto, são importantíssimas para a nossa saúde. São classificadas em solúveis e insolúveis. Fibras solúveis Fibras solúveis são fermentadas pelas bactérias do intestino, regulam o funcionamento intestinal atuando tanto na prisão de ventre quanto na diarréia, ajudam na prevenção do câncer de intestino, controlam as taxas de glicose e colesterol no sangue e dão sensação de saciedade. Fontes alimentares: Frutas, feijões, aveia, cevada e legumes. Fibras insolúveis Fibras insolúveis são as que não sofrem a ação de bactérias, aju- dam no funcionamento do intestino, previnem hemorróidas e podem reduzir o risco de câncer de intestino. Fontes alimentares: Vegetais folhosos, feijões, cereais integrais e seus farelos. 20
  • 21. Água A água sozinha é o maior componente do nosso corpo, representa 70% de todo o peso corporal. É essencial para os processos de di- gestão, absorção e funcionamento dos rins, intestino, entre outros. A quantidade de água perdida a cada 24h deve ser reposta para manter a saúde. Portanto, não se descuide! Lembre-se de tomar vários copos de água por dia, ainda que longe das refeições. Alimentos diet e light Os alimentos diet são produzidos para atender pessoas com algum tipo de doença como pressão alta, doença celíaca, alergia à proteína do leite, diabetes e fenilcetonúria. Nestes alimentos há a restrição total ou substituição de um componente, por e- xemplo, no caso do produto destinado aos celíacos, não contém glúten, para diabéticos, não contém açúcar (sacarose). Um alimento com redução de sódio destinado a hipertensos pode conter açúcar e, neste caso, não pode ser usado por diabéticos. O termo light pode ser usado em produtos que, em relação aos convencionais tenham redução de no mínimo 25% das calorias. Esta redução calórica pode ser obtida pela retirada ou modifica- ção de um ou mais ingredientes. Os produtos light podem, ou não, conter açúcares e gorduras. 21
  • 22. Adoçantes dietéticos Adoçantes são substâncias naturais ou sintéticas, com sabor muito doce. Eles chegam a adoçar até 600 vezes mais que o açúcar. Re- cebem também o nome de edulcorantes, alguns podem ser calóricos e outros não. Os adoçantes mais utiliza- dos em nosso país são: Sintéticos Sacarina sódica, ciclamato de sódio, aspartame, acesul- fame K e sucralose. Naturais Esteviosídeo (Stévia), frutose, sorbitol, manitol e xilitol. Para uso em receitas, em substituição ao açúcar, alguns fab- ricantes misturam vários tipos de adoçantes em embalagens maiores, especificando o seu uso para “forno e fogão” ou “adoçante culinário”. O aspartame perde seu poder adoçante quando aquecido a altas temperaturas, portanto deve ser adicionado somente no final das preparações. 22
  • 23. O ciclamato e a sacarina, por possuírem sódio em sua com- posição, não devem ser usados por pessoas que precisam ter um controle rigoroso do sódio na dieta, como as que são hipertensas e as que têm insuficiência renal. Existe uma quantidade máxima diária de consumo de alguns adoçantes, calculada por Kg de peso corporal, que é considerada segura pela Organização Mundial da Saúde. Veja a tabela abaixo: Recomendação máxima diária de adoçantes Adoçantes Quantidade máxima diária Indicado para diabéticos Acesulfame-K 15mg/Kg Sim Aspartame 40mg/Kg Sim Ciclamato 11mg/Kg Sim Frutose Não existe limite Depende da avaliação médica Sacarina 5mg/Kg Sim Stévia 5,5mg/Kg Sim Sucralose 15mg/Kg Sim Sorbitol, Xilitol, 15mg/Kg Sim Manitol Fonte: Adaptado da Organização Mundial da Saúde Obs: Para obter o limite máximo diário, é necessário multiplicar o valor pelo seu peso. 23
  • 24. Como consumir adoçantes  Utilize os adoçantes para substituir o açúcar, mas sempre com moderação. Todo o excesso pode fazer mal à saúde.  Evite ingerir muitos produtos dietéticos como gelatina, pu- dins, refrigerantes e bolos.  Quando for comprar algum alimento, sempre verifique o rótulo e evite aqueles que contenham glicose, sacarose (açúcar), mel, xarope de milho e frutose.  Faça um rodízio dos adoçantes que utiliza, use aqueles per- mitidos para os diabéticos.  Não use aspartame em alimentos quentes. Tira-dúvidas 1- Posso comer quantas frutas eu quiser? Não. Embora as frutas sejam ricas em vitaminas, minerais e fibras, elas possuem naturalmente um açúcar simples chamado frutose. Você deve comê-las diariamente de acordo com as por- ções prescritas no seu cardápio. Sempre que possível comer com casca e bagaço, que contêm fi- bras que reduzem a absorção de glicose pelo organismo. O ideal é comer as frutas inteiras e não em sucos, pois estes concentram maiores quantidades de açúcares. 24
  • 25. 2- E o feijão, devo comer? Sim. O feijão, prato típico da nossa culinária, é um alimento altamente nutritivo contendo proteínas, vitaminas, carboidratos. e especialmente as fibras, tanto as solúveis quanto as insolúveis. Ele deve fazer parte de sua alimentação diária em quantidades moderadas, pois quando ingerido com o arroz faz subir mais a glicemia. 3- É melhor comer torradas e bolachas ao invés do pão? Não. As torradas parecem ser melhores, mas não se engane! Um pão torrado tem a mesma caloria que um pão fresco e tem a capacidade de aumentar as taxas de açúcar no sangue mais rapidamente. As torradas e bolachas, por serem mais leves, não saciam tanto quanto o pão, e fornecem muitas calorias também. Por exem- plo: comer 4 bolachas salgadas equivale a comer um pão francês inteiro (50g). É sempre bom lembrar que todos estes alimentos serão melho- res para o controle do açúcar no sangue quando forem ricos em fibras, isto é, preparados com farinhas integrais, ou adicionados de farelos ou grãos. 4- Posso comer arroz ou macarrão? Sim. Estes alimentos são importantes, pois fornecem carboidra- tos para nos dar energia. No entanto, não se deve exagerar nas quantidades. Se você completar sua refeição com grãos, verdu- ras, legumes carnes ou ovos, será melhor para sua saúde e para o controle do diabetes. 25
  • 26. Alimentos como inhame, cará, batata e mandioca, contêm quantidades maiores de carboidratos e não devem ser consumi- dos juntamente com arroz ou macarrão. Converse com o nutri- cionista para saber em que quantidade você pode consumir estes alimentos. Você já comeu arroz e macarrão integral? Eles são melhores que seus similares brancos ou refinados. Experimente! 5- Posso consumir à vontade produtos diet e light? Não. Porque alguns destes produtos podem conter açúcar (saca- rose, glicose), frutose ou mel. Portanto, fique atento ao fazer as suas compras, observe com cuidado os rótulos destes alimentos. Quanto às quantidades, converse com um nutricionista. Recomendações gerais para controlar melhor o seu diabetes  Procure fazer uma alimentação saudável e variada.  Mastigue bem os alimentos e coma devagar.  Consuma diariamente frutas, verduras e legumes.  Use temperos naturais para dar mais sabor às suas refeições como alho, cebola, salsa, orégano, coentro, manjericão, gengibre e pimenta vermelha.  Faça pelo menos 3 refeições principais e 3 pequenos lanches ao dia. 26
  • 27.  Evite o açúcar, mel, melado, xarope de milho. Substitua-os por adoçantes dietéticos.  Não abuse de alimentos como pão, bolachas, farinhas, macar- rão, batata e mandioca.  Prefira alimentos inteiros e ricos em fibras como: frutas com casca e bagaço, verduras e seus talos, feijão, lentilha, ervilha, soja, arroz, pão e macarrão integrais, aveia e farelos.  Prefira cozinhar os vegetais inteiros e com casca e com um mínimo de água ou a vapor, para preservar melhor as vitaminas.  Procure consumir carnes magras, aves sem a pele. Evite fritar e dê preferência a preparações cozidas, assadas e grelhadas.  Diminua o consumo de alimentos gordurosos como maio- nese, creme de leite, bacon, gordura vegetal, banha de porco e torresmo.  Evite comer embutidos como lingüiça, salsicha, mortadela, presunto e salame.  Cuidado com o excesso de sal e alimentos industrializados  Prefira usar leite, queijos e iogurtes magros (desnatados ou semidesnatados).  Leia com atenção os rótulos dos produtos, verificando seus ingredientes.  Controle o seu peso.  Beba bastante água diariamente entre as refeições. Pratique atividade física diariamente. Não faça em jejum e use um tênis confortável.  Evite o fumo e bebidas alcoólicas. 27
  • 28. Exemplo de cardápio para dieta para pacientes portadores de diabetes Não existe uma quantidade padrão de alimentos para todas as pessoas. As necessidades nutricionais variam muito de acordo CAFÉ DA MANHÃ Café com leite desnatado sem açúcar, adoçante. Pão integral com margarina light. LANCHE DA MANHÃ Maçã com casca e castanha do Pará ALMOÇO Arroz integral, feijão, bife grelhado, couve flor refogada, salada de rúcula com tomate, manjericão e azeite de oliva. Abacaxi em calda (dietético). 28
  • 29. com idade, sexo, atividade física, peso, altura, estado de saúde, uso de medicamentos como insulina, e gravidez. LANCHE DA TARDE Iogurte desnatado sem açúcar, com adoçante. Banana. JANTAR Macarrão integral com legumes, frango assado, salada de alface com soja a vinagrete e azeite de oliva. Goiaba. LANCHE DA NOITE Leite desnatado com canela e adoçante. Este é um exemplo de um cardápio diário, mas para você saber as quan- tidades necessárias para o seu caso, converse com um nutricionista. 29
  • 30. Receitas salaDa veRDe coM Manga Ingredientes  1 maço de agrião  1 maço de alface americana ou lisa  1 maço de rúcula  1 manga descascada e cortada em fatias finas Modo de preparar Lave bem as folhas e arrume-as em saladeira funda. Enfeite com as fatias de manga. Sirva com o molho de sua preferência. 30
  • 31. BeRinJela ao FoRno Ingredientes  3 berinjelas grandes em fatias  3 tomates maduros em fatias  2 cebolas em rodelas  2 dentes de alho picados  2 ovos inteiros  1 colher (sopa) de orégano  1 colher (chá) de sal  Pimenta à gosto  ½ xícara de salsinha e cebolinha picadas Modo de preparar Corte a berinjela em fatias finas, no sentido do comprimento. Monte em um refratário camadas com as fatias de berinjela, to- mate, cebola, alho, tempere com sal, pimenta, orégano, salsinha e cebolinha. Faça camadas até terminar os ingredientes. Por último, bata os ovos e derrame sobre as camadas. Leve ao forno médio pré-aquecido, por aproximadamente meia hora. 31
  • 32. toRta RÁPiDa De aBoBRinHa Ingredientes  3 abobrinhas médias cortadas em pedaços pequenos  2 cebolas médias picadas  4 dentes de alho amassados  3 tomates maduros, sem sementes, cortados em pedaços pequenos  2 ovos inteiros  ½ xícara (chá) de leite desnatado  2 colheres (de sopa) de aveia em flocos finos, ou farelo de aveia  2 colheres (de sopa) de farinha de trigo integral  1 colher (chá) de sal  1 colher (sopa) de orégano  1 colher (sopa) de fermento em pó  1 colher (sopa) de queijo ralado  6 colheres (sopa) de salsinha e cebolinha picadas  Creme vegetal e farinha integral para untar Modo de preparar Em uma tigela junte a abobrinha, a cebola, o alho e o tomate. Acrescente os ovos, o leite desnatado, a aveia, 1 colher da farinha, a salsinha e a cebolinha, tempere com sal, orégano e por último, misture o fermento em pó. Misture bem todos os ingredientes (não é necessário bater). Unte um refratário de tamanho médio com margarina e 1 colher da farinha. 32
  • 33. Coloque a massa no refratário e polvilhe com o queijo ralado. Leve para assar até dourar. PeiXe ao MaRacUJÁ Ingredientes  6 filés de peixe  2 colheres (sopa) de suco de limão  1 colher (chá) de sal  2 dentes de alho picado  1 colher (sopa) de salsinha picada  2 colheres (sopa) de óleo  2 colheres (sopa) de farinha de trigo  1/2 xícara de suco de maracujá  1/2 xícara de água  Polpa de 1 maracujá (para decorar) Modo de preparar Bata a polpa de 2 maracujás no liqüidificador, coe e reserve. Tempere o peixe com o sal, salsinha, alho e limão. Passe os filés na farinha de trigo. Em uma frigideira antiaderente, doure o peixe dos dois lados. Misture o suco de maracujá com a água, regue os filés e deixe ferver por 1 minuto. Acomode em uma travessa e decore com a polpa do maracujá. 33
  • 34. FRango cHinÊs Ingredientes  4 filés de frangos  1 colher (sobremesa) de gengibre ralado  1 colher (sopa) de shoyu  1 colher (sopa) de óleo  4 colheres (sopa) de gergelim branco torrado (opcional)  1 pitada de sal Modo de preparar Tempere os filés com sal, gengibre e shoyu. Deixe descansando por 15 minutos. Escorra-os e polvilhe um dos lados com o gergelim. Unte uma frigideira antiaderente com o óleo e grelhe os filés por uns 3 minutos, primeiro o lado com o gergelim. Sirva imediatamente. 34
  • 35. MacaRRÃo integRal coM legUMes Ingredientes  500 gramas de macarrão integral  2 abobrinhas médias, cortadas em tirinhas  1 cenoura grande, cortada em tirinhas  ½ maço Brócoli, cortado pequeno  2 colheres (sopa) de óleo (1 para cozinhar o macarrão e 1 para refogar os legumes)  1½ colher (sobremesa) de sal  Pimenta a gosto Modo de preparar Ferva 5 litros de água com uma colher de sal e uma colher (sopa) de óleo. Cozinhe o macarrão até ficar ao dente. Numa frigideira, refogue a cenoura e após uns minutos acres- cente o brócoli e abobrinha. Cozinhe até ficarem ligeiramente macios e tempere com sal e pimenta. Escorra a massa e acrescente os legumes. Sirva em seguida. Variação: se quiser, acrescente aos legumes molho de soja no lugar do sal. 35
  • 36. Bolo De laRanJa coM casca Ingredientes  2 laranjas médias  ¾ xícara (chá) de óleo  3 ovos  Gotas de baunilha  1 xícara (chá) de adoçante culinário  2 xícaras (chá) de farinha de trigo  1 colher (sopa) de fermento em pó Modo de preparar Lave bem as laranjas. Corte em quatro, retire as sementes dei- xando a casca e o bagaço. Bata no liqüidificador as laranjas, o óleo, os ovos e a baunilha. Despeje esta mistura em uma vasilha, acrescente a farinha de trigo e o adoçante mexendo bem. Por último, acrescente o fer- mento, misturando levemente. Asse em forno médio pré-aquecido, numa forma de buraco untada, por aproximadamente 30 minutos. Se desejar, despeje sobre o bolo quente suco de uma laranja, adoçado com 1 colher (sopa) de adoçante culinário. 36
  • 37. aBacaXi eM calDa Ingredientes  1 abacaxi  5 colheres (sopa) de adoçante culinário  7 cravos  1 canela em rama  2 xícaras (chá) de água Modo de preparar Corte o abacaxi em fatias. Coloque numa panela, cubra com o adoçante e acrescente os demais ingredientes. Deixe no fogo por aproximadamente 20 minutos, ou até que as fatias estejam macias. Retire do fogo e deixe esfriar. Leve para gelar. 37
  • 38. Referências bibliográficas 1. World Health Organization (WHO). Country and regional data www.who. int Acessado em 27/02/2008. 2. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Aten- ção Básica. Cadernos de Atenção Básica nº 16– Diabetes Mellitus, Brasília, 2006. 3. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST/AIDS. Recomendações para terapia anti-retroviral em adultos e ado- lescentes infectados pelo HIV 2007/2008 – Documento Preliminar Brasília , 2007. 4. Mahan LK; Escott-Stump, S. Alimentos Nutrição e Dietoterapia. São Paulo: Roca, 2005 11 ed. 5. Sociedade Brasileira de Diabetes. www.diabetes.org.br . Acessado em 06/03/2008. 6. Associação Nacional de Assistência ao Diabético. www.anad.org.br. Acessado em 27/02/02008. 7. Associação de Diabetes Juvenil. www.adj.org.br. Acessado em 27/02/02008. 8. American Diabetes Association. Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus, Diabetes Care, vol. 28, p.37-42, supplement I, January 2005. 9. Boletim de Atualização da Sociedade Brasileira de Infectologia - Terapia anti- retroviral e alterações metabólicas, ano 1, n°1, out/nov/dez, 2005. 10. World Health Organization (WHO). Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO Consultation. Geneva, 2000. (WHO – Technical Report Series, 894). 11. Programa Agita São Paulo. www.agitasp.org. Acessado em 15/03/2008. 38
  • 39. Esperamos que você tenha gostado deste fascículo e que ele o ajude a conhecer melhor o diabetes, contribuindo para o seu tratamento. Lembre-se: em qualquer situação deve-se investir em uma alimentação balanceada e na prática regular de exercícios. No próximo fascículo abordaremos o tema: Gestação. Se desejar, mande sugestões para UP Marketing, Rua Sales Junior, 596 - 05083-070 - Alto da Lapa - São Paulo - SP Material desenvolvido pelas nutricionistas: Janice Chencinski - CRN-3 0204 Vânia Regina Salles Garcia – CRN-3 1633 39
  • 40. 1242406 02/2008 1245935 05/2008