Deusina Alves de Souza nasceu em 1933 em Uruçuca, Bahia. Ela se mudou para Salvador na juventude, onde se tornou uma figura popular respeitada que se relacionava com pessoas de todas as classes sociais. Ela era conhecida como a "Juíza Perpétua do Caruru de Santa Bárbara" e teve muitos filhos, netos e bisnetos. Em 2013, uma celebração da sua memória ocorreu na Igreja de Nossa Senhora de Nazaré pelos 80 anos de seu nascimento.
Baile da Saudade / Loja Maçônica Segredo, Força e União de Juazeiro Ba
Deusina alves de souza
1. DEUSINA ALVES DE SOUZA (1933-2003)
UM BREVE PERFIL BIOGRÁFICO
Em 15 de junho de 1933, numa quinta-feira de Corpus Christi,
nasceria uma criança, fruto do amor esponsal nutrido por seus pais Francisco
Caetano de Souza e Maria Isabel de Souza. Esta semente encontraria um
terreno fértil para seu desenvolvimento em Uruçuca, distrito de Itajuípe, região Sul da Bahia.
Cresceria e se desenvolveria em um ambiente marcado pela generosidade e solidariedade de
parentesco familiar, adquirindo características próprias de uma personalidade forte logo
ficaria livre e autônoma.
Salvador foi a sua morada preferencial no alvorecer da juventude, passando a ser única
e derradeira. Verdejante, robusta e determinada tornar-se-ia com o passar dos anos uma
árvore frondosa, capaz de gerar frutos abundantes diversos e cobiçados.
Essa árvore-vida tratada pelo nome de Deusina Alves de Souza teve uma prole muito
extensa. Fecunda, ela acolheu cada geração de filhos e filhas como um prolongamento natural
de sua vida feliz e de sua existência mística e profética na terra.
ersonagem popular
integrado ao meio social e
detentor de liderança
inconteste, D. Deusina era dessas
raríssimas pessoas que conseguiam
conviver com os demais sem distinção
social de raça e de cor.
Carismática e bem humorada
ela conseguia se relacionar com figuras
pitorescas que circulavam nas
adjacências da Baixa dos Sapateiros e
que compunham um cenário de
baianidade da cultura popular de
Salvador : A mulher de Roxo, Zé Doca,
Zé do Caixão, Bila, Memeu, Angélica,
Candoca, Pequeno, Eduardo Calçola,
“H”, Birunga, Lalau, Bigode, Cadu,
Coentro e tantos outros e outras que se
tornavam familiares no convívio
cotidiano, como velhas senhoras
baianas de acarajé e abará;
vendedoras de mingau e cuscuz;
doceiras, fateiras e quituteiras;
políticos e lideranças religiosas.
Seu tratamento era sempre
cortês: minha branca, meu branco, iaiá,
ioiô. Sabia usar a Linguagem Popular da
Bahia como poucos, mas não omitia a
sua capacidade de erudição na escrita e
na fala. Era detentora de importantes
relatos sobre acontecimentos e fatos
que ouviu contar durante a soberba
infância em Itajuípe ou que presenciou
durante a transição da juventude para
a vida adulta na Cidade da Bahia da
segunda metade do século XX.
CELEBRAÇÃO DA MEMÓRIA E PREITO DE GRATIDÃO PELOS 80 ANOS DE NASCIMENTO
Os sinceros agradecimentos pelo dom da vida transmitido aos filhos, netos e bisnetos.
O ano de 2003 retiraria do nosso convívio a presença física de D. Deusina Alves
de Souza, também conhecida como Juíza Perpétua do Caruru de Santa Bárbara.
A sua memória permanece viva entre nós. Por isso, familiares e amigos que se
reúnem tradicionalmente no dia do caruru (06/12), terão oportunidade de prestar-lhe
um tributo em forma de preito de gratidão pela sua passagem na terra e agradecer ao
Criador pela valorosa existência dela e rezar uma prece comunitária pela sua alma.
DIA 15 DE JUNHO DE 2013, ÀS 17H – IGREJA DE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ.
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