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R2 - Rodrigo Ferrari
 Radiologia HUSM
     Abril 2012
• Descreve padrões de doenças torácicas vistos em pacientes
  com doenças vasculares do colágeno;

• Doenças vasculares do colágeno mais comum que acometem o
  tórax são:
                      Artrite Reumatóide;

                Lupus Eritematoso Sistêmico;

              Esclerose Sistêmica Progressiva;

                   Dermato/polimiosite;

             Doença mista do tecido conjuntivo;

                          Sjogren;
• As duas manifestações mais importantes são hipertensão
  arterial pulmonar e doença pulmonar intersticial;

        Outros achados radiológicos frequentes são:

               Derrame pleural/pericárdico;

           Alterações esofágicas/osteoarticulares;

               Linfonodomegalia mediastinal;
• DVC – associação com vários padrões de pneumonias
  intersticiais:

               • PIU ( PNM intersticial usual)

• PINE (PNM intersticial não específica – padrão mais comum)

              • PIL (PNM intersticial linfocítica)

                            • COP

                   • Dano alveolar difuso

                       • Fibrose Apical
PINE - PNEUMONIA INTERSTICIAL NÃO ESPECÍFICA

                   Divisão histopatológica:

• PINE celular – predomina inflamação com pouca/nenhuma
  fibrose;

• PINE fibrótica – predomina fibrose, mas acentuada nos lobos
  inferiores;
                           • TCMD
• Opacidades em vidro fosco; alt. reticulares (fibrose,
  bronquiectasias de tração); faveolamento; as alterações
  tendem a poupar a região subpleural, são bilaterais,
  simétricas e predominam nos lobos inferiores;
• Pode ser difícil diferenciar de PIU;

• Todo pcte com diagnóstico de PINE na biópsia deve ter
  pesquisa para doença vascular do colágeno;
HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR

• Pressão média art. pulmonar ≥ 25; Pressão capilar pulmonar ≤
  15 mmHg.

• Pode ser 1ª ou 2ª;

• Mais comum em           pctes    com    Esclerose   sistêmica
  progressiva/CREST;

• Ecocardioanual – avaliar função cardíaca e pequisar trombos;
TCMD
• ↑do diâmetro do tronco da artéria pulmonar (> 2,9cm);

• ↑ coração direito/sistema ázigos/sistema porta (ICD);

• Derrame pericárdico;

• Avaliar trombos na circulação pulmonar;

• RM – método complementar para diagnóstico de HAP; exame
  não invasivo de escolha para avaliar VD. Permite tb melhor
  avaliação do fluxo na artéria pulmonar;
ARTRITE REUMATÓIDE

• 1-2% população;

• Mulheres; 25-50anos;

• 50% casos, há envolvimento extra-articular;

• Doença pulmonar é a 2ª causa mais comum de morte;

• Doença pleural (espessamento/derrame) – alteração torácica
  mais comum – 38-73%, e não tem relação com doença
  pulmonar;

• Derrame pleural tende a ser pequeno e unilateral, com
  resolução expontânea;
• Bronquiectasias – 30% pctes;


• Padrões intersticiais – podem vários, mas o mais comum é a
  PIU;


• PIU – TCAR – faveolamento, opacidades reticulares periféricas
  e sinais de perda de volume que predominam nas bases;
  bronquiectasias de tração, opacidades em vidro fosco; os
  achados são basais e periféricos;
• Bronquiolite obliterante – complicação AR – TC – padrão de
  pavimentação em mosaico com áreas esparsas de
  aprisionamento de ar na TC expiratória; Dilatação brônquica
  pode ser vista;

• Bronquiolite Folicular – hiperplasia dos            linfáticos
  peribronquicos e dos folículos peribronquiolares;

• TCAR – vários pequenos nódulos com atenuação em vidro
  fosco, predominando na região centrolobular;
• Nódulos Reumatóides – mais comuns em homens, fumantes
  com FR elevado;

• Assintomáticos;

• Podem sofrem escavação, aumentar de tamanho ou involuir;

• Raro calcificações e ruptura       para   espaço    pleural
  (pneumotórax, derrame pleural);

• TC – nódulos de 0,5-5,0 cm, localizado nas zonas pulmonares
  médias ou inferiores;
• Síndrome de Caplan – nódulo reumatóide + pneumoconiose;
• As medicações para o tto da AR podem causar doenças
  pulmonares;

• DAD/Bronquiolite obliterante – Sais de ouro; Penicilamina;

• Pneumonite – Metotrexato;

• TC – opacidades em vidro fosco, nódulos centrolobulares e
  linfadenopatia;
ESCLEROSE SISTÊMICA PROGRESSIVA

• Doença auto-imune multisistêmica crônica, de etiologia
  desconhecida, caracterizada por inflamação, dano vascular e
  fibrose;

• Forma Limitada e Difusa;

• Mulheres; 45-64anos;

• Acometimento pulmonar é comum na esclerose sistêmica
  progressiva;
TC

• Acometimento intersticial – PINE é mais comum, pode PIU;

• Opacidades em vidro fosco (quase todos pctes – áreas de
 fibrose)

• 16% - sinais de hipertensão pulmonar;

• 97% alterações esofágicas – PNM aspirativa, bronquiolite;
LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO


         • Doença auto-imune multissistêmica;


           • Mulheres em idade reprodutiva;


                       • Negros;


• Doença pleural é o mais comum - Derrame pleural (50%);


                       • PNMs
• Pneumonite aguda - 14% casos (mortalidade 50%) –
  consolidações e opacidades em vidro fosco, predominando nos
       lobos inferiores; derrame pleuralm (excluir infecção,
                           hemorragia);


• Doença pulmonar intersticial – raro no LES (3%); padrão mais
                       comum é PINE;


                  • TVP – 9% - risco de TEP;


 • Hemorragia alveolar difusa – 2-5% - opacidades em vidro
   fosco, espessamento de septos e consolidações bilaterais
     difusas – rara e grave (mortalidade 50%); indicação de
          broncoscopia (excluir infecção/coletar LBA);
• Shrinking lung syndrome – perda progressiva de volume
  pulmonar, com dispnéia e dor pleurítica associada (0,6%) –
  disparidade entre testes de função pulmonar e achados de
      imagem (elevação das hemicúpulas, sem doença no
                   parênquima pulmonar);


                  • Bronquiectasias – 20%


          • Hipertensão arterial pulmonar – 3-11%


• LES > risco de neoplasias, sendo a mais comum a de pulmão;
DERMATOPOLIMIOSITE


• Miopatias inflamatorias;


• Mulheres; 40-50anos;


• Doença pulmonar intersticial – 5-30% casos, associada com anti-
  Jo 1 positivo;


• Padrões mais comuns – PINE, COP;
TC - COP
• consolidações bilaterais esparsas na região subpleural e
  peribroncovascular, predominando nos lobos inferiores.


• Consolidações podem ocorrer em forma de nódulo solitário ou
  confluentes com broncograma aéreo;


• Opacidade em vidro fosco são comuns;


• Sinal do halo (consolidação circundada por vidro fosco) e sinal
  do halo invertido;


• Dermatopolimiosite = risco aumentado de malignidade,
  principalmente neoplasia de pulmonar;
DOENÇA MISTA DO TECIDO CONJUNTIVO (DMTC)
• Manifestações do lupus, esclerose sistêmica progressiva,
  dermatopolimiosite e artrite reumatoide;


• Critérios clínicos – edema de mãos, sinovite, miosite,
  fenômeno de Raynaud e acroesclerose com ou sem esclerose
  sistêmica proximal;


• Critérios sorológicos – FAN (padrão salpicado/pontilhado) + em
  altos títulos ( > 1:1.000 ou > 1.10.000); anti RNP > 1: 1.600;
  Fator reumatóide + 50%;


• Mulheres; 2-3ª década;
• Envolvimento torácico – 20-85%;


• Doença intersticial pulmonar – 21-66% (alt. mais comum);
  PINE = padrão mais frequente);


• Opacidades em vidro fosco periféricas e nos lobos inferiores
  (achado mais comum);


• Hipertensão arterial pulmonar - 10-45% casos – indica
  prognóstico ruim (principal causa de morte);


• Espessamento/Derrame pleural – 10% casos;
SJOGREN
• Mulheres; 4-5ª década;


• Síndrome seca; 1ª ou 2ª; relacionada com infiltração de
  linfócitos T em vários órgãos;


• Envolvimento das glândulas lacrimais, salivares, do trato
  respiratório superior e inferior; alterações extraglandulares em
  1/3 casos;


• Doença pulmonar intersticial – é comum no Sjogren, pode
  vários padrões – PIL, PINE, PIU, COP...
TC - LIP
• Opacidade em vidro fosco, nódulos, espessamento dos septos
  interlobulares e cistos;
• Espessamento de paredes brônquicas, bronquiectasias e
  bronquiolectasias podem ocorrer;


• Derrame pleural – incomum;


• Sjogren = maior risco de linfoma (glândulas salivares, pulmão,
  MALT);
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
• Homens; 15-35 anos;


• HLA-B27 – 90% casos;


• Comprometimento pulmonar – raro – 1%, ocorrendo nos
  estágios avançados da doença;


• Fibrose nos lobos superiores – principal alteração;


• Lesões escavadas, enfisema parasseptal, bronquiectasias,
  traqueobroncomegalia;
CONCLUSÕES


• DVC podem acometer os pulmões, a circulação pulmonar,
  pericárdio e pleura, produzindo um amplo espectro de
  alterações nos exames de imagem no tórax;


• Importante reconhecer o principal achado torácico em cada
  doença vascular do colágeno;

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Colageno

  • 1. R2 - Rodrigo Ferrari Radiologia HUSM Abril 2012
  • 2. • Descreve padrões de doenças torácicas vistos em pacientes com doenças vasculares do colágeno; • Doenças vasculares do colágeno mais comum que acometem o tórax são: Artrite Reumatóide; Lupus Eritematoso Sistêmico; Esclerose Sistêmica Progressiva; Dermato/polimiosite; Doença mista do tecido conjuntivo; Sjogren;
  • 3. • As duas manifestações mais importantes são hipertensão arterial pulmonar e doença pulmonar intersticial; Outros achados radiológicos frequentes são: Derrame pleural/pericárdico; Alterações esofágicas/osteoarticulares; Linfonodomegalia mediastinal;
  • 4. • DVC – associação com vários padrões de pneumonias intersticiais: • PIU ( PNM intersticial usual) • PINE (PNM intersticial não específica – padrão mais comum) • PIL (PNM intersticial linfocítica) • COP • Dano alveolar difuso • Fibrose Apical
  • 5.
  • 6. PINE - PNEUMONIA INTERSTICIAL NÃO ESPECÍFICA Divisão histopatológica: • PINE celular – predomina inflamação com pouca/nenhuma fibrose; • PINE fibrótica – predomina fibrose, mas acentuada nos lobos inferiores; • TCMD • Opacidades em vidro fosco; alt. reticulares (fibrose, bronquiectasias de tração); faveolamento; as alterações tendem a poupar a região subpleural, são bilaterais, simétricas e predominam nos lobos inferiores;
  • 7. • Pode ser difícil diferenciar de PIU; • Todo pcte com diagnóstico de PINE na biópsia deve ter pesquisa para doença vascular do colágeno;
  • 8.
  • 9. HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR • Pressão média art. pulmonar ≥ 25; Pressão capilar pulmonar ≤ 15 mmHg. • Pode ser 1ª ou 2ª; • Mais comum em pctes com Esclerose sistêmica progressiva/CREST; • Ecocardioanual – avaliar função cardíaca e pequisar trombos;
  • 10. TCMD • ↑do diâmetro do tronco da artéria pulmonar (> 2,9cm); • ↑ coração direito/sistema ázigos/sistema porta (ICD); • Derrame pericárdico; • Avaliar trombos na circulação pulmonar; • RM – método complementar para diagnóstico de HAP; exame não invasivo de escolha para avaliar VD. Permite tb melhor avaliação do fluxo na artéria pulmonar;
  • 11.
  • 12. ARTRITE REUMATÓIDE • 1-2% população; • Mulheres; 25-50anos; • 50% casos, há envolvimento extra-articular; • Doença pulmonar é a 2ª causa mais comum de morte; • Doença pleural (espessamento/derrame) – alteração torácica mais comum – 38-73%, e não tem relação com doença pulmonar; • Derrame pleural tende a ser pequeno e unilateral, com resolução expontânea;
  • 13.
  • 14. • Bronquiectasias – 30% pctes; • Padrões intersticiais – podem vários, mas o mais comum é a PIU; • PIU – TCAR – faveolamento, opacidades reticulares periféricas e sinais de perda de volume que predominam nas bases; bronquiectasias de tração, opacidades em vidro fosco; os achados são basais e periféricos;
  • 15.
  • 16. • Bronquiolite obliterante – complicação AR – TC – padrão de pavimentação em mosaico com áreas esparsas de aprisionamento de ar na TC expiratória; Dilatação brônquica pode ser vista; • Bronquiolite Folicular – hiperplasia dos linfáticos peribronquicos e dos folículos peribronquiolares; • TCAR – vários pequenos nódulos com atenuação em vidro fosco, predominando na região centrolobular;
  • 17.
  • 18. • Nódulos Reumatóides – mais comuns em homens, fumantes com FR elevado; • Assintomáticos; • Podem sofrem escavação, aumentar de tamanho ou involuir; • Raro calcificações e ruptura para espaço pleural (pneumotórax, derrame pleural); • TC – nódulos de 0,5-5,0 cm, localizado nas zonas pulmonares médias ou inferiores;
  • 19. • Síndrome de Caplan – nódulo reumatóide + pneumoconiose;
  • 20. • As medicações para o tto da AR podem causar doenças pulmonares; • DAD/Bronquiolite obliterante – Sais de ouro; Penicilamina; • Pneumonite – Metotrexato; • TC – opacidades em vidro fosco, nódulos centrolobulares e linfadenopatia;
  • 21. ESCLEROSE SISTÊMICA PROGRESSIVA • Doença auto-imune multisistêmica crônica, de etiologia desconhecida, caracterizada por inflamação, dano vascular e fibrose; • Forma Limitada e Difusa; • Mulheres; 45-64anos; • Acometimento pulmonar é comum na esclerose sistêmica progressiva;
  • 22. TC • Acometimento intersticial – PINE é mais comum, pode PIU; • Opacidades em vidro fosco (quase todos pctes – áreas de fibrose) • 16% - sinais de hipertensão pulmonar; • 97% alterações esofágicas – PNM aspirativa, bronquiolite;
  • 23.
  • 24. LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO • Doença auto-imune multissistêmica; • Mulheres em idade reprodutiva; • Negros; • Doença pleural é o mais comum - Derrame pleural (50%); • PNMs
  • 25.
  • 26. • Pneumonite aguda - 14% casos (mortalidade 50%) – consolidações e opacidades em vidro fosco, predominando nos lobos inferiores; derrame pleuralm (excluir infecção, hemorragia); • Doença pulmonar intersticial – raro no LES (3%); padrão mais comum é PINE; • TVP – 9% - risco de TEP; • Hemorragia alveolar difusa – 2-5% - opacidades em vidro fosco, espessamento de septos e consolidações bilaterais difusas – rara e grave (mortalidade 50%); indicação de broncoscopia (excluir infecção/coletar LBA);
  • 27.
  • 28. • Shrinking lung syndrome – perda progressiva de volume pulmonar, com dispnéia e dor pleurítica associada (0,6%) – disparidade entre testes de função pulmonar e achados de imagem (elevação das hemicúpulas, sem doença no parênquima pulmonar); • Bronquiectasias – 20% • Hipertensão arterial pulmonar – 3-11% • LES > risco de neoplasias, sendo a mais comum a de pulmão;
  • 29. DERMATOPOLIMIOSITE • Miopatias inflamatorias; • Mulheres; 40-50anos; • Doença pulmonar intersticial – 5-30% casos, associada com anti- Jo 1 positivo; • Padrões mais comuns – PINE, COP;
  • 30. TC - COP • consolidações bilaterais esparsas na região subpleural e peribroncovascular, predominando nos lobos inferiores. • Consolidações podem ocorrer em forma de nódulo solitário ou confluentes com broncograma aéreo; • Opacidade em vidro fosco são comuns; • Sinal do halo (consolidação circundada por vidro fosco) e sinal do halo invertido; • Dermatopolimiosite = risco aumentado de malignidade, principalmente neoplasia de pulmonar;
  • 31.
  • 32.
  • 33. DOENÇA MISTA DO TECIDO CONJUNTIVO (DMTC) • Manifestações do lupus, esclerose sistêmica progressiva, dermatopolimiosite e artrite reumatoide; • Critérios clínicos – edema de mãos, sinovite, miosite, fenômeno de Raynaud e acroesclerose com ou sem esclerose sistêmica proximal; • Critérios sorológicos – FAN (padrão salpicado/pontilhado) + em altos títulos ( > 1:1.000 ou > 1.10.000); anti RNP > 1: 1.600; Fator reumatóide + 50%; • Mulheres; 2-3ª década;
  • 34. • Envolvimento torácico – 20-85%; • Doença intersticial pulmonar – 21-66% (alt. mais comum); PINE = padrão mais frequente); • Opacidades em vidro fosco periféricas e nos lobos inferiores (achado mais comum); • Hipertensão arterial pulmonar - 10-45% casos – indica prognóstico ruim (principal causa de morte); • Espessamento/Derrame pleural – 10% casos;
  • 35. SJOGREN • Mulheres; 4-5ª década; • Síndrome seca; 1ª ou 2ª; relacionada com infiltração de linfócitos T em vários órgãos; • Envolvimento das glândulas lacrimais, salivares, do trato respiratório superior e inferior; alterações extraglandulares em 1/3 casos; • Doença pulmonar intersticial – é comum no Sjogren, pode vários padrões – PIL, PINE, PIU, COP...
  • 36. TC - LIP • Opacidade em vidro fosco, nódulos, espessamento dos septos interlobulares e cistos;
  • 37. • Espessamento de paredes brônquicas, bronquiectasias e bronquiolectasias podem ocorrer; • Derrame pleural – incomum; • Sjogren = maior risco de linfoma (glândulas salivares, pulmão, MALT);
  • 38. ESPONDILITE ANQUILOSANTE • Homens; 15-35 anos; • HLA-B27 – 90% casos; • Comprometimento pulmonar – raro – 1%, ocorrendo nos estágios avançados da doença; • Fibrose nos lobos superiores – principal alteração; • Lesões escavadas, enfisema parasseptal, bronquiectasias, traqueobroncomegalia;
  • 39.
  • 40. CONCLUSÕES • DVC podem acometer os pulmões, a circulação pulmonar, pericárdio e pleura, produzindo um amplo espectro de alterações nos exames de imagem no tórax; • Importante reconhecer o principal achado torácico em cada doença vascular do colágeno;