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Lesões Císticas
Intracranianas Não-
Neoplásicas
Acd. Norberto Weber Werle
Profª Carlos Jesus Pereira Haygert
CONTEXTO
• Diagnóstico diferencial por imagem é desafiador;
• Etiologia e histopatologia dos achados é muito
distinta;
• Determinação anatômica precisa é essencial para a
determinação diagnóstica;
• Análise acurada por RM ou TC pode indicar
tratamento cirúrgico ou clínico;
CISTO ARACNÓIDE
Etiologia:
• Mais prevalente em homens;
• Diagnosticado em torno dos 10-30 anos;
• Usualmente esporádicos e únicos;
• 1% das neoplasias IC;
LEPTOMENÍNGEO CONGÊNITO
A duplicação da aracnóide na embriogênese predispõe ao acúmulo de
coleção líquida benigna.
EVOLUÇÃO CÍSTICA
• Usualmente são estacionários;
• Na primeira década podem crescer;
• Esporadicamente podem regredir;
CISTO LEPTOMENÍNGEO ADQUIRIDO
Secreção
Celular
Válvula
Unidirecional
Crescimento
Cístico
Secundário à trauma com laceração ou aprisionamento de folhetos
aracnoides e consequente acúmulo de líquor;
LOCALIZAÇÃO
PREFERENCIAL
• Maioria é supratentorial, predominando à esquerda;
• 50% se localiza em fossa média, com extensão ao
opérculo temporal;
• Cisterna suprasselar, fissuras sylviana e
interhemisférica são também locais comuns;
• Cisterna magna;
• Cisterna quadrigeminal;
• Cisterna pontocerebelar;
INFRATENTORIAL
ACHADOS CLÍNICOS E
LABORATORIAIS
• Usualmente assintomáticos;
• Cefaléia, proptose, macrocrania, hidrocefalia e
convulsões podem ser a apresentação clínica;
• Cisto de cisterna suprasselar cursa com hidrocefalia,
por obstrução de forame de Monro ou aqueduto;
• Cisto de fossa média tem maior risco de rompimento,
usualmente cursando com hemorragia pericística ou
higroma;
CISTO ARACNÓIDE À TC
Cisto Aracnóide Roto com
hemorragia intracística e
subdural
ACHADOS DE IMAGEM
• TC
– Formação arredondada, extra-axial, ovóide, acom
atenuação de líquor;
– Não há impregnação pelo contraste em parede;
– Osso adjacente é normal ou remodelado;
• RM
– Isointensidade ao líquor. FLAIR ajuda bastante,
pois suprime o sinal do LCR;
– Se cistos com conteúdo protéico ou
hemorrágico, usualmente hiperssinal em T1 e FLAIR;
CISTO ARACNÓIDE ROTO
CISTO ARACNÓIDE EM FMD
CISTO ARACNOIDE
DIFUSÃOFLAIR
CISTO INTRA E SUPRASSELAR
CISTO ARACNÓIDE
3D CISS
RECOMENDAÇÕES
• Abaulamento da tábua óssea escamosa do temporal
por mecanismo valvar do cisto;
• Diminuição volumétrica do parênquima adjacente não
é compressiva. (Ex.: Hipoplasia temporal em cisto de
fossa média e hipoplasia hemisférica cerebelar em
fossa posterior);
• Assintomáticos  Acompanhamento;
• Sintomáticos Derivação Cistoperitoneal;
• Estudo pré-op de fluxo liquórico ou acompanhamento
préop
CISTERNOTOMOGRAFIA COM IODO INTRATECAL
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Cisto Epidermóide  A difusão é útil porque a
difusibilidade de água é restrita nesta doença;
• Cisticercose Subaracnóidea  Usualmente tem realce
mural significativo;
– A dúvida diagnóstica é quando escólex não é mais
visualizado por hidropisia do cisticerco;
CISTICERCOSE
CISTO COLÓIDE
• 15-20% das lesões intraventriculares;
• Derivado do endoderma, contendo mucina;
• 90% encontra-se anterossuperior ao 3º ventrículo,
adjacente ao Monro;
• Média de 1,5 cm;
• VL e 4º ventrículo são topografias pouco comuns;
CLÍNICA
• A maioria é assintomática até a idade adulta, quando
então manifestam-se com cefaléia que tem relação
com a posição da cabeça;
• Tamanho não estima prognóstico!
Hidrocefalia
Aguda
Herniação
Morte
Súbita
AP mostra cisto de
mucina e colesterol,
com epitélio colunar
simples
ACHADOS DE IMAGEM
• Lesão é mais densa que LCR, sendo comumente bem
visualizada a TC;
– Arredondada, adjacente ao Monro, sem
impregnação pelo contraste;
– Usualmente hiperdenso e bem definido;
TC
RM
• 66% são espontaneamente hiperintensos em T1 e
isointenso em T2;
• Depende bastante do nível de hidratação do cisto;
• Situa-se usualmente atrás da coluna dos fórnices;
Se líquido isointenso ao líquor
TC com cortes finos
( hiperdenso)
Cisto Colóide de 3º V
ANALISANDO O SINAL!
• Cisto com maior sinal de T2 e menor sinal em T1 são
mais hidratados. Tem maior risco de expansão e
hidrocefalia aguda;
• Cisto com menor sinal em T2 são mais viscosos e
difíceis de se retirar por neuroendoscopia;
TC
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Artefato de fluxo  Reverberação em forame de Monro
ao FLAIR;
• Neurocisticercose Ventricular Obstruem mais o
aqueduto e 4º V;
• Craniofaringioma Hiperssinal em T1;Pode ter origem
ventricular ou se estender para o 3ºV;
• Tumores do plexo corióide, subependimoma, e
astrocitoma subependimário;
CRANIOFARINGIOMA
CISTO DERMÓIDE
• Cisto de inclusão ectodérmico benigno;
• Defeito no tubo neural com sequestro de
remanescentes;
• Usualmente crescem por proliferação e secreção
epiteliais, além do processo descamativo;
• 0,3% das neoplasias IC;
CLÍNICA: Cefaléia +Hidrocefalia+Convulsão
Complicações: Meningite Química Asséptica
Vasoespasmo
AP demonstra
conteúdo lipídico
por secreção
apócrina e
sebácea;
LOCALIZAÇÃO
• Preferencialmente em linha mediana;
– Região Selar;
– Parasselar;
– Frontonasal;
– 4º Ventrículo;
– Fissura de Sylvius;
– Cisterna pontocerebelar;
ACHADOS DE IMAGEM
• Lesões bem definidas, com focos de hiperssinal em
T1, hipossinal em T2 secundárias à presença de
conteúdo lipídico;
• Na TC, usualmente são hipodensos. Podem ter
calcificação central;
• Ruptura mostra focos de hiperssinal em T1,
no espaço SA, geralmente nos cornos anteriores;
• Pode haver focos isquêmicos;
CISTO DERMÓIDE
CISTO DERMÓIDE
RECOMENDAÇÕES
• Hiperssinal em T1 subaracnoide pode permanecer por
anos, suscitando a busca por cisto dermóide;
• Devido a boa definição e plano de clivagem a
ressecção microcirúrgica é de fácil execução;
Manter acompanhamento neurorradiológico com RM
pesada em T1 ( Recidiva, Lesão Residual?)
Diagnóstico Diferencial
• Cisto Epidermóide  Tem localização mais cisternal e
isossinal ao líquor em T1 e T2;
• Craniofaringioma: Seu componente cístico pode ser
hiperssinal em T1 e realce pelo contraste;
• Teratoma: Mais localizado na pineal e tem muito
conteúdo heterogêneo (hemorragia, cisto e
calcificações);
• Lipomas: Metaplasias de remanescentes. Usualmente
não são císticos. São cisternais;
RUPTURA
CISTO EPIDERMÓIDE
• Inclusão ectodérmica de epitélio no fechamento do
tubo neural (3ª-5ª sem);
• Só tecido epidérmico Diferente do Dermóide;
• Pode ser iatrogênico  Punções lombares;
• Usualmente em região parasselar ou pontocerebelar;
• As lesões crescem lentamente, por acúmulo
descamativo epidérmico;
• 0,3-1,8% das neoplasias IC;
ACHADOS CLÍNICOS
• Diagnóstico em torno dos 40 anos;
• Usualmente assintomático;
• Paralisia de nervo craniano compressiva ou
hidrocefalia são possíveis manifestações;
• Diferente dos cistos dermóides, ruptura é rara, assim
como meningite asséptica;
AP: Tecido colágeno revestido por epitélio escamoso
estratificado queratinizado, com material descamativo, água e
cristais de colesterol;
IMAGEM
• TC  Usualmente se visualiza área de
hipoatenuação, sem realce pelo contraste, alargando
cisterna pontocerebelar;
• Focos de calcificação 10-25% dos casos;
• RM Hipossinal em T1 > que o LCR/ Hiperssinal em
T2, sem realce;
• FLAIR Muito útil, representando lesão tipo “líquor
sujo à RM;
Na DIFUSÃO cisto epidermóide apresenta intensa
restrição ao movimento de água, evidenciando
HIPERSSINAL!
DIFUSÃO
Efeito T2 shine-through ou restrição
verdadeira à movimentação hídrica;
FLAIR
T2
RECOMENDAÇÕES
• Recidiva é muito comum devido à incapacidade de
ressecção completa  Difusão é útil;
• Acometimento de nervos e estruturas vasculares
dificulta cirurgia;
• Cisto branco é lesão hiperprotéica, aumentando
densidade à TC e levando à hiperssinal em T1 e
hipossinal em T2;
CISTO EPIDERMÓIDE
BRANCO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Cisto aracnóide congênito  Usualmente facilmente
diferenciado por ter densidade liquórica. Em casos de
cisto hiperprotéico, a diferenciação é mais difícil;
• Cisto Dermóide  Localização mediana e hiperssinal
em T1. Dúvida em epidermóide branco;
• Cisto Neuroentérico  Localizado entre o tronco e o
dorso do clivo;
• Cisticercose Subaracnoidea  Pode confundir
bastante. Buscar por septações. Difusão não tem
hiperssinal;
CISTO DE PINEAL
• Achado comum em neurorradiologia, mostrando
prevalência de 40 % em autópsias;
• Mais em adultos, com predominância feminina.
Acontece em qualquer idade;
• Produto da degeneração isquêmica pineal?
CLÍNICA
A maioria é assintomática. Podem cursar com efeitos
compressivos como hidrocefalia, vertigem e distúrbio
da motilidade ocular extrínseca;
AP  1. Cápsula Fibrosa 2. Parênquima Pineal 3. Tecido Glial
IMAGEM
• TC  Lesão bem definida em topografia pineal, com
densidade variável. A maioria de atenuação parecida
com líquor;
• Calcificação anelar ou nodular pode ser vista em 25%
dos casos;
• Realce pode ser visto;
• RM Cisto típico de < 1cm, com parede de até 2 mm,
sinal em T1 > LCR e FLAIR;
• Cisto atípico  TUMOR?????
CONTRASTE
• Como a lesão cística não tem barreira
hematoencefálica funcionante, mais de 50% dos
cistos apresenta contraste periférico, assim como
aumento do sinal em T1 e FLAIR do conteúdo por
extravasamento;
O QUE É UM CISTO ATÍPICO?
Cisto com mais de 1 cm, geralmente com múltiplas
septações
CISTO TÍPICO
T11
FLAIR
Diagnóstico Diferencial
• Pineocitoma cístico: Em lesões maiores, suscita muita
dúvida. O ideal é acompanhar, pois o tumor cresce
rápido;
• Astrocitoma Pilocítico  Componente sólido com
realce e distorção mesencefálica;
• Aneurisma de veia de galeno;
• Cisto do cavo do véu;
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CISTO DO PLEXO CORIOIDE
• Encontrados em metade das autópsias!
• 0,1-2% das gestações  Achado incidental;
• Usualmente se localiza no glomus corioide do átrio
dos ventrículos laterais;
• Oriundo da descamação epitelial e acúmulo lipídico;
Cisto Xantogranulomatoso do plexo corioide é
análogo ao cisto simples, exceto pelo conteúdo
xantomatoso!
Aspectos Clínicopatológicos
• Maioria é assintomática  Achado Incidental;
• Cisto típico é aderido ao plexo, mas pode ter alguma
mobilidade;
• Se no 3º ventrículo 
AP Epitélio corióide com cisto único ou agrupado, com
material proteináceo e colesterol, associado à infiltrado
linfocitário crônico
IMAGEM
• Pequenas áreas de isoatenuação com o LCR,
arredondas, bilaterais e algo simétricas, podendo
apresentar calficações glômicas associadas; Pode
haver realce pela inexistência de BHE no local;
• RM  Comumente lesões bem definidas com
isossinal ao LCR, podendo apresentar variação de
acordo com o conteúdo. Cistos hiperproteicos
apresentam hiperssinal no FLAIR;
• Xantogranulomatoso  Hiperssinal na Difusão!
Bilateral com
realce parietal
fino
T2 FLAIR
DIFUSÃO  Cisto
xantomatoso à direita!
À USG ANTENATAL
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Cisto ependimário ou aracnóide IV  Usualmente
únicos, sem realce, em superfície ependimária;
• Hiperplasia vilosa  Extremo do papiloma. Tem muito
realce;
• Hemorragia perinatal, se resolvendo com cistos;
• Cisto Colóide: Maior dificuldade em cisto de plexo
adjacentes ao forame de Monro;
• Metástases, plexite, histiocitoses...
CISTO EPENDIMÁRIO
• Originado no sequestro do neuroectoderma na
embriogênese;
• Achado raro, podendo ocorrer no interior das
leptomeninges, IV ou no parênquima;
• Maioria dos achados é incidental  Assintomáticos!
• Se obstruir drenagem  Cefaleia, Convulsão e
Hidrocefalia;
• AP Epitelio colunar secretor de fluido análogo ao
LCR; Pode ser cílios;
IMAGEM
• TC  Lesão de paredes finas com isoatenuação ao
líquor. Pode ser bem sutil. Muitas vezes só assimetria
dos trígonos ventriculares;
• RM  Isossinal em relação ao LCR;
• 3D CISS  Tira dúvida sobre a delimitação do cisto e
diagnóstico diferencial;
• Hipossinal à difusão!
Ausência de impregnação mural.
Realce do plexo corióide apenas;
CISTO EPENDIMÁRIO
GIGANTE
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Cisto do plexo: Usualmente bilaterais, múltiplos,
simétricos e menores;
• Neurocisticercose IV: 3D CISS é a melhor sequência
para a análise do escólex;
• Distorção isolada dos Ventrículos laterais: Disfunção
do Monro ou aderências locais. TC pode não ser
conclusiva. 3D CISS tira a dúvida!
CISTO NEUROGLIAL
• Lesão congênita rara ( 1% das lesões císticas IC).
• Deriva de componente glial e ependimário
sequestrado na SB durante a embriogênese;
• Pode ocorrer em qualquer lugar. Mais comum em
lobos frontais;
CLÍNICA E PATOLOGIA
• Maioria é assintomática, mas podem ter convulsão,
cefaléia e déficits neurológicos focais;
• AP  Parede fina com misto de células colunares
(ependimárias) e cubóides ( plexo), secretando líquido
análogo ao LCR;
IMAGEM
• TC e RM evidenciam formação cística
intraparenquimatosa, de tamanho variável, atenuação
e sinal = ao LCR, sem impregnação pelo gadolíneo,
sem comunicação com o espaço IV ou
subaracnóideo, sem alterações do parênquima
adjacente;
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Espaços de Virchow-Robin  Lesão comum, benigna,
assintomática, podendo-se ver vaso no seu interior;
• Neurocisticercose  Geralmente múltiplas,
associadas a inflamação perilesional e escólex;
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Lesões císticas intracranianas não neoplásicas

  • 1. Lesões Císticas Intracranianas Não- Neoplásicas Acd. Norberto Weber Werle Profª Carlos Jesus Pereira Haygert
  • 2. CONTEXTO • Diagnóstico diferencial por imagem é desafiador; • Etiologia e histopatologia dos achados é muito distinta; • Determinação anatômica precisa é essencial para a determinação diagnóstica; • Análise acurada por RM ou TC pode indicar tratamento cirúrgico ou clínico;
  • 3. CISTO ARACNÓIDE Etiologia: • Mais prevalente em homens; • Diagnosticado em torno dos 10-30 anos; • Usualmente esporádicos e únicos; • 1% das neoplasias IC; LEPTOMENÍNGEO CONGÊNITO A duplicação da aracnóide na embriogênese predispõe ao acúmulo de coleção líquida benigna.
  • 4. EVOLUÇÃO CÍSTICA • Usualmente são estacionários; • Na primeira década podem crescer; • Esporadicamente podem regredir; CISTO LEPTOMENÍNGEO ADQUIRIDO Secreção Celular Válvula Unidirecional Crescimento Cístico Secundário à trauma com laceração ou aprisionamento de folhetos aracnoides e consequente acúmulo de líquor;
  • 5. LOCALIZAÇÃO PREFERENCIAL • Maioria é supratentorial, predominando à esquerda; • 50% se localiza em fossa média, com extensão ao opérculo temporal; • Cisterna suprasselar, fissuras sylviana e interhemisférica são também locais comuns; • Cisterna magna; • Cisterna quadrigeminal; • Cisterna pontocerebelar; INFRATENTORIAL
  • 6. ACHADOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS • Usualmente assintomáticos; • Cefaléia, proptose, macrocrania, hidrocefalia e convulsões podem ser a apresentação clínica; • Cisto de cisterna suprasselar cursa com hidrocefalia, por obstrução de forame de Monro ou aqueduto; • Cisto de fossa média tem maior risco de rompimento, usualmente cursando com hemorragia pericística ou higroma;
  • 7. CISTO ARACNÓIDE À TC Cisto Aracnóide Roto com hemorragia intracística e subdural
  • 8. ACHADOS DE IMAGEM • TC – Formação arredondada, extra-axial, ovóide, acom atenuação de líquor; – Não há impregnação pelo contraste em parede; – Osso adjacente é normal ou remodelado; • RM – Isointensidade ao líquor. FLAIR ajuda bastante, pois suprime o sinal do LCR; – Se cistos com conteúdo protéico ou hemorrágico, usualmente hiperssinal em T1 e FLAIR;
  • 12. CISTO INTRA E SUPRASSELAR
  • 14. RECOMENDAÇÕES • Abaulamento da tábua óssea escamosa do temporal por mecanismo valvar do cisto; • Diminuição volumétrica do parênquima adjacente não é compressiva. (Ex.: Hipoplasia temporal em cisto de fossa média e hipoplasia hemisférica cerebelar em fossa posterior); • Assintomáticos  Acompanhamento; • Sintomáticos Derivação Cistoperitoneal; • Estudo pré-op de fluxo liquórico ou acompanhamento préop CISTERNOTOMOGRAFIA COM IODO INTRATECAL
  • 15. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Cisto Epidermóide  A difusão é útil porque a difusibilidade de água é restrita nesta doença; • Cisticercose Subaracnóidea  Usualmente tem realce mural significativo; – A dúvida diagnóstica é quando escólex não é mais visualizado por hidropisia do cisticerco;
  • 17. CISTO COLÓIDE • 15-20% das lesões intraventriculares; • Derivado do endoderma, contendo mucina; • 90% encontra-se anterossuperior ao 3º ventrículo, adjacente ao Monro; • Média de 1,5 cm; • VL e 4º ventrículo são topografias pouco comuns;
  • 18. CLÍNICA • A maioria é assintomática até a idade adulta, quando então manifestam-se com cefaléia que tem relação com a posição da cabeça; • Tamanho não estima prognóstico! Hidrocefalia Aguda Herniação Morte Súbita AP mostra cisto de mucina e colesterol, com epitélio colunar simples
  • 19. ACHADOS DE IMAGEM • Lesão é mais densa que LCR, sendo comumente bem visualizada a TC; – Arredondada, adjacente ao Monro, sem impregnação pelo contraste; – Usualmente hiperdenso e bem definido;
  • 20. TC
  • 21. RM • 66% são espontaneamente hiperintensos em T1 e isointenso em T2; • Depende bastante do nível de hidratação do cisto; • Situa-se usualmente atrás da coluna dos fórnices; Se líquido isointenso ao líquor TC com cortes finos ( hiperdenso)
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  • 24. ANALISANDO O SINAL! • Cisto com maior sinal de T2 e menor sinal em T1 são mais hidratados. Tem maior risco de expansão e hidrocefalia aguda; • Cisto com menor sinal em T2 são mais viscosos e difíceis de se retirar por neuroendoscopia;
  • 25. TC
  • 26. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Artefato de fluxo  Reverberação em forame de Monro ao FLAIR; • Neurocisticercose Ventricular Obstruem mais o aqueduto e 4º V; • Craniofaringioma Hiperssinal em T1;Pode ter origem ventricular ou se estender para o 3ºV; • Tumores do plexo corióide, subependimoma, e astrocitoma subependimário;
  • 28. CISTO DERMÓIDE • Cisto de inclusão ectodérmico benigno; • Defeito no tubo neural com sequestro de remanescentes; • Usualmente crescem por proliferação e secreção epiteliais, além do processo descamativo; • 0,3% das neoplasias IC; CLÍNICA: Cefaléia +Hidrocefalia+Convulsão Complicações: Meningite Química Asséptica Vasoespasmo AP demonstra conteúdo lipídico por secreção apócrina e sebácea;
  • 29. LOCALIZAÇÃO • Preferencialmente em linha mediana; – Região Selar; – Parasselar; – Frontonasal; – 4º Ventrículo; – Fissura de Sylvius; – Cisterna pontocerebelar;
  • 30. ACHADOS DE IMAGEM • Lesões bem definidas, com focos de hiperssinal em T1, hipossinal em T2 secundárias à presença de conteúdo lipídico; • Na TC, usualmente são hipodensos. Podem ter calcificação central; • Ruptura mostra focos de hiperssinal em T1, no espaço SA, geralmente nos cornos anteriores; • Pode haver focos isquêmicos;
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  • 35. RECOMENDAÇÕES • Hiperssinal em T1 subaracnoide pode permanecer por anos, suscitando a busca por cisto dermóide; • Devido a boa definição e plano de clivagem a ressecção microcirúrgica é de fácil execução; Manter acompanhamento neurorradiológico com RM pesada em T1 ( Recidiva, Lesão Residual?)
  • 36. Diagnóstico Diferencial • Cisto Epidermóide  Tem localização mais cisternal e isossinal ao líquor em T1 e T2; • Craniofaringioma: Seu componente cístico pode ser hiperssinal em T1 e realce pelo contraste; • Teratoma: Mais localizado na pineal e tem muito conteúdo heterogêneo (hemorragia, cisto e calcificações); • Lipomas: Metaplasias de remanescentes. Usualmente não são císticos. São cisternais;
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  • 40. CISTO EPIDERMÓIDE • Inclusão ectodérmica de epitélio no fechamento do tubo neural (3ª-5ª sem); • Só tecido epidérmico Diferente do Dermóide; • Pode ser iatrogênico  Punções lombares; • Usualmente em região parasselar ou pontocerebelar; • As lesões crescem lentamente, por acúmulo descamativo epidérmico; • 0,3-1,8% das neoplasias IC;
  • 41. ACHADOS CLÍNICOS • Diagnóstico em torno dos 40 anos; • Usualmente assintomático; • Paralisia de nervo craniano compressiva ou hidrocefalia são possíveis manifestações; • Diferente dos cistos dermóides, ruptura é rara, assim como meningite asséptica; AP: Tecido colágeno revestido por epitélio escamoso estratificado queratinizado, com material descamativo, água e cristais de colesterol;
  • 42. IMAGEM • TC  Usualmente se visualiza área de hipoatenuação, sem realce pelo contraste, alargando cisterna pontocerebelar; • Focos de calcificação 10-25% dos casos; • RM Hipossinal em T1 > que o LCR/ Hiperssinal em T2, sem realce; • FLAIR Muito útil, representando lesão tipo “líquor sujo à RM; Na DIFUSÃO cisto epidermóide apresenta intensa restrição ao movimento de água, evidenciando HIPERSSINAL!
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  • 45. DIFUSÃO Efeito T2 shine-through ou restrição verdadeira à movimentação hídrica;
  • 46. FLAIR
  • 47. T2
  • 48. RECOMENDAÇÕES • Recidiva é muito comum devido à incapacidade de ressecção completa  Difusão é útil; • Acometimento de nervos e estruturas vasculares dificulta cirurgia; • Cisto branco é lesão hiperprotéica, aumentando densidade à TC e levando à hiperssinal em T1 e hipossinal em T2;
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  • 51. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Cisto aracnóide congênito  Usualmente facilmente diferenciado por ter densidade liquórica. Em casos de cisto hiperprotéico, a diferenciação é mais difícil; • Cisto Dermóide  Localização mediana e hiperssinal em T1. Dúvida em epidermóide branco; • Cisto Neuroentérico  Localizado entre o tronco e o dorso do clivo; • Cisticercose Subaracnoidea  Pode confundir bastante. Buscar por septações. Difusão não tem hiperssinal;
  • 52. CISTO DE PINEAL • Achado comum em neurorradiologia, mostrando prevalência de 40 % em autópsias; • Mais em adultos, com predominância feminina. Acontece em qualquer idade; • Produto da degeneração isquêmica pineal? CLÍNICA A maioria é assintomática. Podem cursar com efeitos compressivos como hidrocefalia, vertigem e distúrbio da motilidade ocular extrínseca; AP  1. Cápsula Fibrosa 2. Parênquima Pineal 3. Tecido Glial
  • 53. IMAGEM • TC  Lesão bem definida em topografia pineal, com densidade variável. A maioria de atenuação parecida com líquor; • Calcificação anelar ou nodular pode ser vista em 25% dos casos; • Realce pode ser visto; • RM Cisto típico de < 1cm, com parede de até 2 mm, sinal em T1 > LCR e FLAIR; • Cisto atípico  TUMOR?????
  • 54. CONTRASTE • Como a lesão cística não tem barreira hematoencefálica funcionante, mais de 50% dos cistos apresenta contraste periférico, assim como aumento do sinal em T1 e FLAIR do conteúdo por extravasamento; O QUE É UM CISTO ATÍPICO? Cisto com mais de 1 cm, geralmente com múltiplas septações
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  • 60. Diagnóstico Diferencial • Pineocitoma cístico: Em lesões maiores, suscita muita dúvida. O ideal é acompanhar, pois o tumor cresce rápido; • Astrocitoma Pilocítico  Componente sólido com realce e distorção mesencefálica; • Aneurisma de veia de galeno; • Cisto do cavo do véu; • Cisto Dermoide/Epidermoide T1 ajuda/Difusão!
  • 61. CISTO DO PLEXO CORIOIDE • Encontrados em metade das autópsias! • 0,1-2% das gestações  Achado incidental; • Usualmente se localiza no glomus corioide do átrio dos ventrículos laterais; • Oriundo da descamação epitelial e acúmulo lipídico; Cisto Xantogranulomatoso do plexo corioide é análogo ao cisto simples, exceto pelo conteúdo xantomatoso!
  • 62. Aspectos Clínicopatológicos • Maioria é assintomática  Achado Incidental; • Cisto típico é aderido ao plexo, mas pode ter alguma mobilidade; • Se no 3º ventrículo  AP Epitélio corióide com cisto único ou agrupado, com material proteináceo e colesterol, associado à infiltrado linfocitário crônico
  • 63. IMAGEM • Pequenas áreas de isoatenuação com o LCR, arredondas, bilaterais e algo simétricas, podendo apresentar calficações glômicas associadas; Pode haver realce pela inexistência de BHE no local; • RM  Comumente lesões bem definidas com isossinal ao LCR, podendo apresentar variação de acordo com o conteúdo. Cistos hiperproteicos apresentam hiperssinal no FLAIR; • Xantogranulomatoso  Hiperssinal na Difusão!
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  • 72. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Cisto ependimário ou aracnóide IV  Usualmente únicos, sem realce, em superfície ependimária; • Hiperplasia vilosa  Extremo do papiloma. Tem muito realce; • Hemorragia perinatal, se resolvendo com cistos; • Cisto Colóide: Maior dificuldade em cisto de plexo adjacentes ao forame de Monro; • Metástases, plexite, histiocitoses...
  • 73. CISTO EPENDIMÁRIO • Originado no sequestro do neuroectoderma na embriogênese; • Achado raro, podendo ocorrer no interior das leptomeninges, IV ou no parênquima; • Maioria dos achados é incidental  Assintomáticos! • Se obstruir drenagem  Cefaleia, Convulsão e Hidrocefalia; • AP Epitelio colunar secretor de fluido análogo ao LCR; Pode ser cílios;
  • 74. IMAGEM • TC  Lesão de paredes finas com isoatenuação ao líquor. Pode ser bem sutil. Muitas vezes só assimetria dos trígonos ventriculares; • RM  Isossinal em relação ao LCR; • 3D CISS  Tira dúvida sobre a delimitação do cisto e diagnóstico diferencial; • Hipossinal à difusão!
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  • 77. Ausência de impregnação mural. Realce do plexo corióide apenas;
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  • 80. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Cisto do plexo: Usualmente bilaterais, múltiplos, simétricos e menores; • Neurocisticercose IV: 3D CISS é a melhor sequência para a análise do escólex; • Distorção isolada dos Ventrículos laterais: Disfunção do Monro ou aderências locais. TC pode não ser conclusiva. 3D CISS tira a dúvida!
  • 81. CISTO NEUROGLIAL • Lesão congênita rara ( 1% das lesões císticas IC). • Deriva de componente glial e ependimário sequestrado na SB durante a embriogênese; • Pode ocorrer em qualquer lugar. Mais comum em lobos frontais;
  • 82. CLÍNICA E PATOLOGIA • Maioria é assintomática, mas podem ter convulsão, cefaléia e déficits neurológicos focais; • AP  Parede fina com misto de células colunares (ependimárias) e cubóides ( plexo), secretando líquido análogo ao LCR;
  • 83. IMAGEM • TC e RM evidenciam formação cística intraparenquimatosa, de tamanho variável, atenuação e sinal = ao LCR, sem impregnação pelo gadolíneo, sem comunicação com o espaço IV ou subaracnóideo, sem alterações do parênquima adjacente;
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  • 89. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Espaços de Virchow-Robin  Lesão comum, benigna, assintomática, podendo-se ver vaso no seu interior; • Neurocisticercose  Geralmente múltiplas, associadas a inflamação perilesional e escólex; • Cisto Porencefálico: Mimetiza muito, mas geralmente tem gliose perilesional por encefalomalácia;
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  • 91. FIM