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- ll43: Portugal torna-se independente; falava-se o
idioma galego-português (essencialmente
românico)
- ll89 ou ll98: texto literário português ("Cantiga
da Ribeirinha", de Paio Soares de Taveirós)
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Cantiga da Ribeirinha
No mundo non me sei parelha,
Mentre me for como me vai,
Cá já moiro por vós, e - ai!
Mia senhor branca e vermelha.
Queredes que vos retraia
Quando vos eu vi em saia!
Mau dia me levantei,
Que vos enton non vi fea!
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Quantas sabedes amar amigo
treides comig'a lo mar de Vigo
e banhar-nos-emos nas ondas.
Quantas sabedes amar amado
treides comig'a lo mar levado
e banhar-nos-emos nas ondas.
Treides comig'a lo mar de Vigo
e veeremo-lo meu amigo
e banhar-nos-emos nas ondas.
Treides comig'a lo mar levado
e veeremo-lo meu amado
e banhar-nos-emos nas ondas.
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- eu lírico masculino faz declaração
amorosa e sofrida ("coita", "soidão")
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dona")

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Estes meus olhos nunca perderán,
senhor, gran coita, mentr'eu vivo for.
E direi-vos, fremosa mia senhor,
destes meus olhos a coita que han:
choran e cegan quand'alguén non veen,
e ora cegan per alguén que veen.

(João Garcia de Guilhade)

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b) Cantiga de amigo

= amante, namorado

- mais primitiva e nacional que a de amor
- vale-se mais do "refran" e do
paralelismo

- eu lírico feminino

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-Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
Ai Deus, e u é?

a
b
R

Ai, flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
Ai Deus, e u é?

a’
b’
R

Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pos comigo!
Ai Deus, e u é?

b
c
R

Se sabedes novas do meu amado
aquel que mentiu do que mi ha jurado!
Ai Deus, e u é?

b’
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- agressão indireta
- linguagem metafórica
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- agressão direta
- vocabulário vulgar
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Luzía Sánchez, jazedes en gran falha
comigo, que non fodo máis nemigalha
dũa vez; e, pois fodo, se Deus mi valha,
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se eu foder-vos podesse, foder-vos-ía.

(João Soares Coelho)

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Trovadorismo

  • 7. - ll43: Portugal torna-se independente; falava-se o idioma galego-português (essencialmente românico) - ll89 ou ll98: texto literário português ("Cantiga da Ribeirinha", de Paio Soares de Taveirós) - origem: Provença (sul da França) - cantigas difundidas oralmente, compiladas em "Cancioneiros" 14/2/2014 rafabebum.blogspot.com
  • 8. Cantiga da Ribeirinha No mundo non me sei parelha, Mentre me for como me vai, Cá já moiro por vós, e - ai! Mia senhor branca e vermelha. Queredes que vos retraia Quando vos eu vi em saia! Mau dia me levantei, Que vos enton non vi fea! 14/2/2014 rafabebum.blogspot.com
  • 9. Quantas sabedes amar amigo treides comig'a lo mar de Vigo e banhar-nos-emos nas ondas. Quantas sabedes amar amado treides comig'a lo mar levado e banhar-nos-emos nas ondas. Treides comig'a lo mar de Vigo e veeremo-lo meu amigo e banhar-nos-emos nas ondas. Treides comig'a lo mar levado e veeremo-lo meu amado e banhar-nos-emos nas ondas. (Martim Codax) 14/2/2014 rafabebum.blogspot.com
  • 11. a) Cantiga de amor - eu lírico masculino faz declaração amorosa e sofrida ("coita", "soidão") - mulher idealizada ("fremosa senhor", "mia senhor", "mia dona") rafabebum.blogspot.com 14/2/2014
  • 12. Estes meus olhos nunca perderán, senhor, gran coita, mentr'eu vivo for. E direi-vos, fremosa mia senhor, destes meus olhos a coita que han: choran e cegan quand'alguén non veen, e ora cegan per alguén que veen. (João Garcia de Guilhade) 14/2/2014 rafabebum.blogspot.com
  • 13. b) Cantiga de amigo = amante, namorado - mais primitiva e nacional que a de amor - vale-se mais do "refran" e do paralelismo - eu lírico feminino 14/2/2014 rafabebum.blogspot.com
  • 14. -Ai flores, ai flores do verde pino, se sabedes novas do meu amigo! Ai Deus, e u é? a b R Ai, flores, ai flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado! Ai Deus, e u é? a’ b’ R Se sabedes novas do meu amigo, aquel que mentiu do que pos comigo! Ai Deus, e u é? b c R Se sabedes novas do meu amado aquel que mentiu do que mi ha jurado! Ai Deus, e u é? b’ c’ R 14/2/2014 rafabebum.blogspot.com
  • 16. a) Cantiga d’escárnio - agressão indireta - linguagem metafórica b) Cantiga de maldizer - agressão direta - vocabulário vulgar rafabebum.blogspot.com 14/2/2014
  • 17. Luzía Sánchez, jazedes en gran falha comigo, que non fodo máis nemigalha dũa vez; e, pois fodo, se Deus mi valha, fiqu'end'afrontado ben por tercer día. Par Deus, Luzía Sánchez, Dona Luzía, se eu foder-vos podesse, foder-vos-ía. (João Soares Coelho) 14/2/2014 rafabebum.blogspot.com