SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  13
Breve Resumo da Posição de Portugal na Europa e no Mundo
O território português é constituído por uma parte continental e por outra insular (arquipélago dos Açores e da
Madeira). Este localiza-se no extremo sudoeste da Europa, ocupando a faixa ocidental da Península Ibérica.
O arquipélago dos Açores, localiza-se a oeste de Portugal continental e é constituído por nove ilhas. O
arquipélago da Madeira, por sua vez, localiza-se a sudoeste de Portugal continental e é constituído pela ilha da
Madeira, de Porto Santo e por alguns ilhéus (Desertos e Selvagens).
Portugal também pode ser dividido segundo as NUT (Nomenclatura das Unidades Territoriais):
 Nuts I - nacional
 Nuts II - regional
 Nuts III - sub-regional
Portugal aderiu à União Europeia em 1986 (então designado por Comunidade Económica Europeia - CEE), criada
em 1957 pelo tratado de Roma e era constituída, inicialmente, por seis países.
Integrado na União Europeia, Portugal assinou o acordo de Schengen, o que passou a permitir a livre circulação
de bens, pessoas, capitais e serviços dentro dos países signatários desta convenção. Portugal, aderiu
posteriormente à moeda única, o euro, em 2002.
Portugal assume-se como fronteira atlântica da Europa. Portugal é assim uma plataforma multimodal de
cruzamento de rota, marítimas e aéreas, que liga a Europa aos restantes continentes. Esta posição geográfica
privilegiada oferece ao nosso país novas perspetivas no contexto das relações internacionais, nomeadamente
com os países de língua oficial portuguesa, e do desenvolvimento económico, social e cultural.
População
Demografia: ciência que estuda a população
Recenseamento ou censo: contagem da populaçãoatravés de inquéritos. Em Portugal são realizados de 10 em
10 anos.
Indicadores demográficos:
 População absoluta • Taxa de natalidade
 Taxa de mortalidade • Crescimento natural
 Emigrantes/ção • Imigrantes/ção
 Crescimento efetivo • Índice de fecundidade
 Índice de envelhecimento
Demografia
Natalidade (Taxa de Natalidade em Portugal)
Mortalidade (Taxa de Mortalidade em Portugal)
Crescimento Natural (Taxa de Crescimento Natural em Portugal)
Êxodo Rural/Urbano
Migrações
 Emigração (Emigração em Portugal)
 Imigração (Imigração em Portugal)
 Saldo Migratório (Taxa de Crescimento Migratório)
Crescimento Efetivo
Índice de Fecundidade
 Taxa de fecundidade
 Índice sintético de fecundidade
 Índice de renovação de gerações
Estrutura etária
 Índice de Envelhecimento
 Estrutura da População Ativa (Taxa de Actividade)
 Setores de Atividade em Portugal
Resumo da Evolução da População e Principais Problemas Sociodemográficos
Natalidade: número de nascimentos que ocorre numa determinada região e período de tempo
Taxa de natalidade: relação entre o número de nascimentos, a população absoluta e 1000 habitantes
Taxa de natalidade em Portugal:
 Está a diminuir
 Causas: planeamento familiar; métodos contraceptivos; aumento dos encargos com a educação e
saúde; emancipação da mulher; casamento tardio; aumento do número de divórcios; diminuição do
número de casamentos
 Distribuição: a taxa de natalidade e mais elevada no Norte e no Litoral, e é mais baixa no interior.
 Causas: no interior a população e mais idosa (logo a taxa de natalidade e mais baixa). No litoral a
população e mais jovem (logo a taxa de natalidade e mais elevada); e no litoral que se encontram as
principais atividades económicas
Mortalidade: número de óbitos que ocorre numa determinada região e período de tempo
Taxa de mortalidade - relação entre o numero de óbitos, a população absoluta e 1000 habitantes
Taxa de mortalidade em Portugal:
 Evolução: a taxa de mortalidade em Portugal e elevada entre 1900 e 1920; a partir de 1930 a mesma
começa a diminuir significativamente; a partir da década de 80 há tendência para aumentar.
 Causas: ate a década de 20 - 1ª Guerra mundial (1914-1918); gripe pneumónica (peste negra); ma
alimentação; falta de medicamentos/cuidados médicos; falta de hábitos de higiene; vestuários
deficientes. década 20/30 ate década 80 - melhoria da alimentação/vestuário; acesso a
medicamentos/cuidados de saúde; mais hábitos de higiene. A partir da década de 80 - envelhecimento
da população
 Distribuição: a taxa de mortalidade e mais baixa no litoral principalmente no Norte; e mais alta no
interior
 Causas: a população e mais jovem no litoral e mais
envelhecida no interior
 Causas de morte: doenças do aparelho circulatório; cancro;
sinistralidade; diabetes
 Fatores explicativos dos baixos valores da TM: aumento do
nível de vida da população (melhores condições
alimentares/ habitacionais); desenvolvimento da medicina;
melhores condições de trabalho; melhoria na assistência
médica; mais informação/prevenção de muitas doenças.
Taxa de mortalidade infantil em Portugal:
 Distribuição: a taxa de mortalidade infantil e mais elevada no Norte e menor no litoral e no sul
 Causas: falta de assistência médica; falta de informação; mentalidade fechada para recorrer a
assistência medica; falta de vacinação
 Esta variável é frequentemente utilizada como indicador de desenvolvimento, já que os valores tendem
a diminuir com a melhoria das condições de vida, com a intensificação e diversificação dos cuidados
materno-infantis e até com o aumento da instrução
 Os valores da TMI em Portugal são idênticos aos da média dos países mais desenvolvidos da UE
Crescimento natural (CN) ou saldo fisiológico: diferença entre a natalidade e a mortalidade
Taxa de crescimento natural (TCN): diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade
Taxa de Crescimento Natural em Portugal:
 Evolução: de 1950 ate 1960 - a taxa de crescimento natural e elevada e sobe ligeiramente, o país e
predominantemente rural e a taxa de natalidade e elevada; de 1960 até 1991 - a taxa de crescimento
diminui drasticamente pois existe um decréscimo da taxa de natalidade devido ao desenvolvimento do país,
ao planeamento familiar, aos métodos contraceptivos e a emancipação da mulher; a partir de 1991 - a taxa
de crescimento natural estabiliza (devido à imigração) e tanto a taxa de natalidade como a taxa de
mortalidade baixam; a partir de 00 - nesta altura, o fluxo imigratório aumentou no nosso país, sendo
responsável pelo saldo natural positivo em Portugal (tal como um saldo migratório positivo).
 Distribuição: a taxa de crescimento natural é
positiva no litoral pois a TN é maior o que se
deve ao facto da população ser mais jovem e
ao maior desenvolvimento dessa área; a taxa
de crescimento natural é negativa no interior
pois a TM é superior à TN o que se deve ao
facto de a população ser mais envelhecida e
ao menor desenvolvimento dessa área.
A situação observada no gráfico resulta do
progressivo decréscimo da taxa de natalidade, já
que os valores da taxa de mortalidade se têm
mantido mais ou menos constantes ao longo do
período considerado.
Êxodo rural
Causas: procura de emprego, estudos (universidades, etc.)
Consequências: aumento da população na área de chegada, diminuição da população na área de partida
Êxodo urbano
Causas: questões de saúde, stress, procura de uma melhor qualidade de vida
Consequências: aumento da população nas áreas de chegada, diminuição da população na área de partida
Migrações: existem 3 tipos de migrações
 Diária: pendular
 Sazonal: trabalho;lazer; saúde
 Definitiva: êxodo rural/urbano; emigração; imigração
Emigração: saída de população de um país para outro estrangeiro por período superior a 1 ano.
Períodos de maior emigração em Portugal:
Datas- Destino
Até década de 60 - Brasil/EUA
Década de 60/70 - França, Alemanha, Luxemburgo e Suíça (numa época de reconstrução e desenvolvimento pós
2ª Guerra Mundial, com carência de mão de obra)
Após década de 70 - recessão económica desses países que obrigou a impor restrições à imigração
Após década de 80 - redução da emigração na sequência do 25 de Abril
Imigração: entrada de estrangeiros num país onde passam a residir e a trabalhar
Imigração em Portugal: a imigração passa a ter significado após o 25 de Abril, com a abertura do país ao
exterior. Aumenta a partir da década de 90 devido as alterações políticas dos países de leste (queda do muro de
Berlim) e devido a oferta de melhores condições de vida em Portugal (estabilidade social e política e ao
desenvolvimento económico resultado da adesão à CEE). A partir de 2000 o número de imigrantes em Portugal
foi substancialmente superior ao número de emigrantes.
A receção de imigrantes é importante pois, geralmente, contribui para o aumento da taxa de natalidade
(tratando-se de indivíduos jovens) e ajudando a equilibrar a taxa de crescimento natural e a diminuir o índice de
envelhecimento. Contribui também para a sustentabilidade do sistema de Segurança Social.
Saldo Migratório (SM): diferença entre o número de imigrantes e o número de emigrantes.
 A evolução da população, isto é, o seu crescimento efetivo, não se explica unicamente pelo crescimento
natural, mas também pelo SM.
 Tradicionalmente, Portugal pode ser considerado um país de emigração, dado estrutural da nossa
economia e do modelo de desenvolvimento.
Taxa de Crescimento Migratório (TCM): relação entre o saldo migratório, a população absoluta e 1000
habitantes
Crescimento efetivo (CE): soma do crescimento natural e do saldo migratório
Taxa de Crescimento Efetivo (TCE): relação entre o crescimento efetivo, a população absoluta e 1000 habitantes
Índice de fecundidade: número médio de filhos por mulher em idade fértil (15-49 anos)
 Quando este não atinge o valor de 2,1% significa que não há renovação de geração
 Fatores: emancipação feminina; mais participação na vida ativa; mais instrução; carreira profissional;
casamento mais tardio; nascimento do primeiro filho mais tarde; planeamento familiar; despesas com
os filhos
 Este índice é utilizado para analisar o processo evolutivo de uma população, já que a taxa de natalidade
é considerada uma variável insuficiente para tal (pois reporta o número de nascimentos registados
independentemente do sexo e idade, isto é, da possibilidade de ter filhos).
Taxa de fecundidade: número total de nascimentos por cada 1000 mulheres em idade fértil
Índice sintético de fecundidade: número de crianças que, em
média, cada mulher tem durante a sua vida fértil (15-49 anos).
 O índice sintético de fecundidade tem evoluído de
forma semelhante à taxa de natalidade.
 Causas: crescente participação da mulher no mercado
de trabalho; preocupações com a carreira profissional
(que faz prolongar o período de formação e conduz
ao casamento tardio); precariedade crescente do
emprego; métodos contracetivos mais eficazes;
exigência de grandes investimentos na educação e bem-estar dos filhos; entre outros.
Índice de renovação de gerações: fecundidade necessária para que as gerações mais velhas possam ser
substituídas por outras mais jovens. Para que isto aconteça o índice tem de ser 2,1. Atualmente, este índice é
inferior a 2,1 em Portugal.
Estrutura etária: repartição da população por grupos de idades
Pirâmide etária: gráfico que representa a população repartida por idade e sexo. A população está repartida por
três grupos:
 Jovens- 0 aos 14 anos
 Adultos- 15 aos 64 anos
 Idosos- idade igual ou superior a 65 anos
Esta fornece indicações importantes para planear o futuro de forma equilibrada, como o número de ativos, de
jovens, de idosos e a proporção de homens e mulheres.
O estudo da estrutura etária é geralmente feito através da análise de pirâmides etárias. Estas permitem retirar
conclusões sobre a natalidade, a esperança média de vida ou fenómenos que marcaram a evolução demográfica
(através das classes ocas).
Estrutura Etária portuguesa: atualmente, Portugal apresenta uma estrutura etária desfavorável, que revela
um envelhecimento significativo da população, quer pelo alargamento do topo (que sugere um aumento da
esperança média de vida), quer pelo estreitamento da base (que traduz uma diminuição dos valores da
natalidade). A mesma apresenta também acentuadas diferenças regionais, onde se pode concluir que a
população do interior é mais envelhecida do que a do litoral, quer pela maior proporção de idosos, quer pelo
menor valor percentual de nascimentos.
Medidas: de maneira a rejuvenescer a população é vital a implementação de medidas (políticas sociais) que
conduzam ao aumento da natalidade, especialmente em regiões do interior. Estas medidas podem ser de
carácter económico (aumento dos abonos de família, facilidades no crédito à habitação, incentivos fiscais) ou de
carácter social (aumento da duração do período de licença pós-parto, aumento do número de creches, etc)
A pirâmide de 1960 representa uma população predominantemente jovem, pois a base é mais larga que o topo
(o que reflete altos valores de natalidade e uma esperança média de vida baixa). As classes ocas traduzem
perturbações na evolução demográfica (diminuição da natalidade decorrente da 1ª Guerra Mundial). A pirâmide
de 2001, revela um envelhecimento muito significativo da população, quer pelo alargamento do topo, quer pelo
estreitamento da base (que traduz a progressiva diminuição da natalidade, nas últimas décadas).
Índice de Envelhecimento (IE): relação entre a população idosa e a população jovem. Em Portugal o IE é maior
no interior (Alentejo) e menor no litoral.
O total de idosos reflete-se, também, no índice de dependência de idosos (IDI), que relaciona a população idosa
com a população em idade ativa, exprimindo-se em percentagem.
O valor deste índice tem vindo a aumentar, existindo cada vez mais idosos dependentes da população ativa. Esta
situação coloca problemas ao nível da Segurança Social e do pagamento de reformas.
Existem também o índice de dependência de jovens, que tem vindo a decrescer em Portugal (o que se pode
concluir pela análise dos valores em declínio da natalidade), e o índice de dependência total que relaciona os
grupos etários dependentes com o grupo etário dos adultos.
Estrutura da População Ativa
População Ativa: conjunto de indivíduos com idade mínima de 15 anos que constituem mão-de-obra disponível
para a produção de bens e serviços (podendo encontrar-se desempregada).
Inativo: indivíduo, qualquer que seja a sua idade, que, no período de referência, não pode ser considerado ativo,
isto e, não esta empregado nem desempregado, nem a cumprir serviço militar obrigatório (jovens, idosos,
inválidos, donas de casa).
Estrutura Ativa: distribuição da população ativa pelos diferentes setores de atividade económica.
Taxa de Atividade (TA): relação entre o total de ativos e a população absoluta. Esta é condicionada por vários
fatores, entre os quais a idade da reforma, a escolaridade obrigatória, a participação da mulher na vida ativa e
os movimentos migratórios.
TA em Portugal: os valores desta variável têm registado um aumento progressivo e significativo que se fica a
dever à entrada de um número crescente de mulheres na vida ativa.
TA por setor de atividade em Portugal:
 Setor Primário: tem vindo a diminuir motivada pelo abandono do meio rural, o trabalho mal pago e o
baixo nível de vida (no entanto são ainda elevados, comparativamente com a UE, indicando atraso
técnico e tecnológico);
 Setor Secundário: cresceu de forma significativa nas décadas de 50, 60 e 70 (desenvolvimento da
indústria), mas atualmente regista-se uma diminuição da população empregue neste setor, como
resultado da modernização tecnológica deste setor e da incapacidade de resposta por parte da mão de
obra.
 Setor Terciário: o setor que mais cresceu, traduzindo uma terciarização da economia portuguesa. Está
relacionado com a melhoria das condições de vida da população.
Esta evolução permite concluir que o nosso país caminha no sentido dos países mais desenvolvidos. No entanto
a distribuição da população ativa por setores de atividade revela algumas disparidades a nível regional (setor
primário relevante no Centro, setor secundário relevante no Norte, e setor terciário relevante no litoral sul).
Desemprego: situação de um individuo que faz parte da população ativa e que, tendo perdido o seu emprego,
procura um novo.
Subemprego: trabalho desempenhado por pessoas em condiçõesprecárias, mal renumeradas e sem regalias
sociais
Emprego Temporário: desempenhado por um certo períodode tempo
Trabalho Infantil: trabalho de crianças em idade escolar
Setores de Atividade:
 Primário (agricultura, silvicultura, pesca)
 Secundário (industria, construção civil)
 Terciário (comercio, serviços, turismo, lazer, hospitais)
Setores de Atividade em Portugal:
Década de 50- predominância do setor primário, Portugal era um país rural e pouco desenvolvido
Década de 60 - predominância dos setores secundário e terciário, estamos perante um maior desenvolvimento e
terciarização da economia portuguesa
 Norte - predominância do setor secundário
 Centro - predominância do setor primário
 Grande Lisboa, Alentejo, Algarve - predominância do setor terciário
Nível de Instrução e Qualificação Profissional
O desenvolvimento económico de um país, a sua capacidade competitiva e inserção no mercado internacional
depende do grau de instrução e qualificação da sua população. Apesar da evolução positiva desta em Portugal,
os níveis ainda se encontram baixos, condicionando o crescimento e desenvolvimento do país. Estes baixos
níveis de instrução e qualificação profissional traduzem-se em baixos níveis de produtividade, o que diminui a
competitividade do país. Este indicador apresenta disparidades regionais.
Taxa de Analfabetismo (TA)-relação entre a população com idade igual ou superior a 15 anos que não sabe ler
nem escrever e a população absoluta que não sabe ler nem escrever
TA = População Analfabeta ≥ 15 ÷ População Absoluta Analfabeta × 100
Nível de instrução - número de anos de escolaridade que um indivíduo concluiu
Grau de qualificação - competências que o trabalhador deve utilizar no desempenho das suas funções
Resumo da evolução da população em Portugal:
Década de 50 - Crescimento positivo da população absoluta, no entanto pouco significativo, como consequência
de um crescimento natural elevado e positivo, previsível num país acentuadamente rural, com uma taxa de
natalidade elevada e com um número reduzido de mulheres inseridas no mercado de trabalho e sob forte
influência da Igreja Católica
Década de 60- Decréscimo da população absoluta portuguesa, como resultado do mais intenso fluxo
emigratório alguma vez registado e do início da
redução da redução da taxa de crescimento natural,
na sequência da introdução de meios contracetivos
modernos e eficazes, do planeamento familiar e da
emancipação da mulher, que se traduziram no
decréscimo da taxa de natalidade.
Década de 70 - Rutura na tendência do declínio
demográfico, observando-se o maior aumento da
população absoluta neste século. Esta situação deve-
se ao regresso de milhares de portugueses das ex-
colónias, na sequência do 25 de Abril, e ao regresso
de milhares de cidadãos portugueses emigrantes na
Europa, afetados pela crise que condicionou a
economia de muitos dos países recetores ou atraídos pela melhoria das condições socioeconómicas introduzidas
pelo 25 de Abril.
Década de 80 - Crescimento demográfico praticamente nulo, como consequência da diminuição da taxa de
crescimento natural, resultado dos baixos valores da taxa de natalidade.
Década de 90 - A taxa de crescimento natural estabiliza e tanto a taxa de natalidade como a taxa de mortalidade
baixam. Registou-se um crescimento ligeiro da população absoluta como resultado de um novo fenómeno
observado em Portugal: a imigração.
Década de 00 - A dinâmica de crescimento da população registou uma evolução positiva, embora inferior ao
verificado na última década. Esta dinâmica decorre de um saldo natural e de um saldo migratório que foram
positivos.
Principais problemas sociodemográficos:
 envelhecimento demográfico
 declínio da fecundidade
 baixo nível de instrução e qualificação profissional
 instabilidade laboral
Distribuição da População Portuguesa
 Apresenta forte assimetrias regionais
 Os maiores valores de densidade populacional registam-se no litoral, destacando-se Lisboa e Porto
 Os menores valores registam-se no interior e no sul, com destaque para o Alentejo
 A irregular distribuição da população deve-se à concentração de serviços e indústria, crescimento
urbano e uma rede viária densa e moderna no litoral
 A emigração e o êxodo rural conduziram ao forte despovoamento do interior e à intensificação da
concentração populacional nas área urbanas do litoral
 Esta concentração populacional acentuou a bipolarização (Lisboa e Porto)
 Esta elevada concentração traduz-se em problemas como a sobrelotação de equipamentos sociais e das
infraestruturas, o aumento da poluição e a diminuição da qualidade de vida
 O despovoamento do interior, aliado ao envelhecimento da população, leva à diminuição da população
ativa, conduzindo a uma perda de dinamismo económico e social dessas regiões

Contenu connexe

Tendances

Geografia A 10 ano - Recursos do Subsolo
Geografia A 10 ano - Recursos do SubsoloGeografia A 10 ano - Recursos do Subsolo
Geografia A 10 ano - Recursos do SubsoloRaffaella Ergün
 
Geografia A 11 ano - Áreas Urbanas
Geografia A 11 ano - Áreas UrbanasGeografia A 11 ano - Áreas Urbanas
Geografia A 11 ano - Áreas UrbanasRaffaella Ergün
 
Os problemas e as potencialidades no aproveitamento dos recursos do subsolo (1)
Os problemas e as potencialidades no aproveitamento dos recursos do subsolo (1)Os problemas e as potencialidades no aproveitamento dos recursos do subsolo (1)
Os problemas e as potencialidades no aproveitamento dos recursos do subsolo (1)Ilda Bicacro
 
Variabilidade da radiação solar(3)
Variabilidade da radiação solar(3)Variabilidade da radiação solar(3)
Variabilidade da radiação solar(3)Ilda Bicacro
 
Geografia A - 10º/11º Ano
Geografia A - 10º/11º AnoGeografia A - 10º/11º Ano
Geografia A - 10º/11º AnoHneves
 
A Constituição do Território Nacional e a Posição Geográfica de Portugal
A Constituição do Território Nacional e a Posição Geográfica de PortugalA Constituição do Território Nacional e a Posição Geográfica de Portugal
A Constituição do Território Nacional e a Posição Geográfica de PortugalCatarina Castro
 
Resumos De Indicadores DemográFicos (2)
Resumos De Indicadores DemográFicos (2)Resumos De Indicadores DemográFicos (2)
Resumos De Indicadores DemográFicos (2)guest3d1814
 
Resumo de matéria de História 10º ano
Resumo de matéria de História 10º anoResumo de matéria de História 10º ano
Resumo de matéria de História 10º anojorgina8
 
A constituição do território nacional
A constituição do território nacional A constituição do território nacional
A constituição do território nacional domplex123
 
Principais problemas e soluções sociodemográficos
Principais problemas e soluções sociodemográficosPrincipais problemas e soluções sociodemográficos
Principais problemas e soluções sociodemográficosIlda Bicacro
 
Teste4 10ºano 10-11-correcão
Teste4 10ºano 10-11-correcãoTeste4 10ºano 10-11-correcão
Teste4 10ºano 10-11-correcãoCarlos Ferreira
 
MACS - modelos populacionais
MACS - modelos populacionaisMACS - modelos populacionais
MACS - modelos populacionaisJoana Pinto
 
A organização das áreas urbanas
A organização das áreas urbanasA organização das áreas urbanas
A organização das áreas urbanasIlda Bicacro
 
Geografia A_ 10º/11ºanos (revisto)
Geografia A_ 10º/11ºanos (revisto)Geografia A_ 10º/11ºanos (revisto)
Geografia A_ 10º/11ºanos (revisto)Idalina Leite
 
Crónica de D. João I de Fernão Lopes
Crónica de D. João I de Fernão LopesCrónica de D. João I de Fernão Lopes
Crónica de D. João I de Fernão LopesGijasilvelitz 2
 
Superfícies frontais
Superfícies frontaisSuperfícies frontais
Superfícies frontaisacbaptista
 
País urbano e concelhio
País urbano e concelhioPaís urbano e concelhio
País urbano e concelhioSusana Simões
 
As novas oportunidades para as áreas rurais
As novas oportunidades para as áreas ruraisAs novas oportunidades para as áreas rurais
As novas oportunidades para as áreas ruraisIlda Bicacro
 
Valorização da radiação solar
Valorização da radiação solarValorização da radiação solar
Valorização da radiação solarCatarina Castro
 

Tendances (20)

Geografia A 10 ano - Recursos do Subsolo
Geografia A 10 ano - Recursos do SubsoloGeografia A 10 ano - Recursos do Subsolo
Geografia A 10 ano - Recursos do Subsolo
 
Geografia A 11 ano - Áreas Urbanas
Geografia A 11 ano - Áreas UrbanasGeografia A 11 ano - Áreas Urbanas
Geografia A 11 ano - Áreas Urbanas
 
Os problemas e as potencialidades no aproveitamento dos recursos do subsolo (1)
Os problemas e as potencialidades no aproveitamento dos recursos do subsolo (1)Os problemas e as potencialidades no aproveitamento dos recursos do subsolo (1)
Os problemas e as potencialidades no aproveitamento dos recursos do subsolo (1)
 
Variabilidade da radiação solar(3)
Variabilidade da radiação solar(3)Variabilidade da radiação solar(3)
Variabilidade da radiação solar(3)
 
Geografia A - 10º/11º Ano
Geografia A - 10º/11º AnoGeografia A - 10º/11º Ano
Geografia A - 10º/11º Ano
 
A Constituição do Território Nacional e a Posição Geográfica de Portugal
A Constituição do Território Nacional e a Posição Geográfica de PortugalA Constituição do Território Nacional e a Posição Geográfica de Portugal
A Constituição do Território Nacional e a Posição Geográfica de Portugal
 
Resumos De Indicadores DemográFicos (2)
Resumos De Indicadores DemográFicos (2)Resumos De Indicadores DemográFicos (2)
Resumos De Indicadores DemográFicos (2)
 
Resumo de matéria de História 10º ano
Resumo de matéria de História 10º anoResumo de matéria de História 10º ano
Resumo de matéria de História 10º ano
 
A constituição do território nacional
A constituição do território nacional A constituição do território nacional
A constituição do território nacional
 
Principais problemas e soluções sociodemográficos
Principais problemas e soluções sociodemográficosPrincipais problemas e soluções sociodemográficos
Principais problemas e soluções sociodemográficos
 
Teste4 10ºano 10-11-correcão
Teste4 10ºano 10-11-correcãoTeste4 10ºano 10-11-correcão
Teste4 10ºano 10-11-correcão
 
MACS - modelos populacionais
MACS - modelos populacionaisMACS - modelos populacionais
MACS - modelos populacionais
 
Cantigas de amor
Cantigas de amorCantigas de amor
Cantigas de amor
 
A organização das áreas urbanas
A organização das áreas urbanasA organização das áreas urbanas
A organização das áreas urbanas
 
Geografia A_ 10º/11ºanos (revisto)
Geografia A_ 10º/11ºanos (revisto)Geografia A_ 10º/11ºanos (revisto)
Geografia A_ 10º/11ºanos (revisto)
 
Crónica de D. João I de Fernão Lopes
Crónica de D. João I de Fernão LopesCrónica de D. João I de Fernão Lopes
Crónica de D. João I de Fernão Lopes
 
Superfícies frontais
Superfícies frontaisSuperfícies frontais
Superfícies frontais
 
País urbano e concelhio
País urbano e concelhioPaís urbano e concelhio
País urbano e concelhio
 
As novas oportunidades para as áreas rurais
As novas oportunidades para as áreas ruraisAs novas oportunidades para as áreas rurais
As novas oportunidades para as áreas rurais
 
Valorização da radiação solar
Valorização da radiação solarValorização da radiação solar
Valorização da radiação solar
 

En vedette

Envelhecimento 2011
Envelhecimento 2011Envelhecimento 2011
Envelhecimento 2011Ilda Bicacro
 
Cidadania Europeia
Cidadania EuropeiaCidadania Europeia
Cidadania Europeiacarlaafaria
 
50 anos tratado Roma
50 anos tratado Roma50 anos tratado Roma
50 anos tratado RomaAndré Silva
 
Cidadania Europeia
Cidadania EuropeiaCidadania Europeia
Cidadania EuropeiaTony Abreu
 
União europeia alargamentos
União europeia   alargamentosUnião europeia   alargamentos
União europeia alargamentosPocarolas
 
Evolução das populações: indicadores demográficos; estrutura etária das popul...
Evolução das populações: indicadores demográficos; estrutura etária das popul...Evolução das populações: indicadores demográficos; estrutura etária das popul...
Evolução das populações: indicadores demográficos; estrutura etária das popul...inessalgado
 
Envelhecimento populacional em Portugal
Envelhecimento populacional em PortugalEnvelhecimento populacional em Portugal
Envelhecimento populacional em PortugalInês Espojeira
 
População portuguesa_Estatísticas Demográficas
População portuguesa_Estatísticas DemográficasPopulação portuguesa_Estatísticas Demográficas
População portuguesa_Estatísticas DemográficasIdalina Leite
 
Ficha de avaliação 4.doc correção
Ficha de avaliação 4.doc   correçãoFicha de avaliação 4.doc   correção
Ficha de avaliação 4.doc correçãosofiasimao
 
Plant and animal tissues
Plant and animal tissuesPlant and animal tissues
Plant and animal tissuesThabiso brutus
 
O desenvolvimento económico do século xiii
O desenvolvimento económico do século xiiiO desenvolvimento económico do século xiii
O desenvolvimento económico do século xiiiAna Barreiros
 
Politicas demograficas
Politicas demograficasPoliticas demograficas
Politicas demograficasfabiopombo
 
Comportamentos DemográFicos
Comportamentos DemográFicosComportamentos DemográFicos
Comportamentos DemográFicosPaula Tomaz
 
Power Point Geografia
Power Point GeografiaPower Point Geografia
Power Point Geografia8ºC
 
Teste3 10ºano 10-11-correção
Teste3 10ºano 10-11-correçãoTeste3 10ºano 10-11-correção
Teste3 10ºano 10-11-correçãoCarlos Ferreira
 
Desenvolvimento Económico Séculos XI-XII
Desenvolvimento Económico Séculos XI-XIIDesenvolvimento Económico Séculos XI-XII
Desenvolvimento Económico Séculos XI-XIINelson Faustino
 

En vedette (20)

Geografia
GeografiaGeografia
Geografia
 
Envelhecimento 2011
Envelhecimento 2011Envelhecimento 2011
Envelhecimento 2011
 
Cidadania Europeia
Cidadania EuropeiaCidadania Europeia
Cidadania Europeia
 
50 anos tratado Roma
50 anos tratado Roma50 anos tratado Roma
50 anos tratado Roma
 
Cidadania Europeia
Cidadania EuropeiaCidadania Europeia
Cidadania Europeia
 
União europeia alargamentos
União europeia   alargamentosUnião europeia   alargamentos
União europeia alargamentos
 
Evolução das populações: indicadores demográficos; estrutura etária das popul...
Evolução das populações: indicadores demográficos; estrutura etária das popul...Evolução das populações: indicadores demográficos; estrutura etária das popul...
Evolução das populações: indicadores demográficos; estrutura etária das popul...
 
Envelhecimento populacional em Portugal
Envelhecimento populacional em PortugalEnvelhecimento populacional em Portugal
Envelhecimento populacional em Portugal
 
População portuguesa_Estatísticas Demográficas
População portuguesa_Estatísticas DemográficasPopulação portuguesa_Estatísticas Demográficas
População portuguesa_Estatísticas Demográficas
 
BIOLOGICAL SCIENCE~plant and animal tissues
BIOLOGICAL SCIENCE~plant and animal tissuesBIOLOGICAL SCIENCE~plant and animal tissues
BIOLOGICAL SCIENCE~plant and animal tissues
 
Ficha de avaliação 4.doc correção
Ficha de avaliação 4.doc   correçãoFicha de avaliação 4.doc   correção
Ficha de avaliação 4.doc correção
 
Plant and animal tissues
Plant and animal tissuesPlant and animal tissues
Plant and animal tissues
 
O desenvolvimento económico do século xiii
O desenvolvimento económico do século xiiiO desenvolvimento económico do século xiii
O desenvolvimento económico do século xiii
 
Politicas demograficas
Politicas demograficasPoliticas demograficas
Politicas demograficas
 
Comportamentos DemográFicos
Comportamentos DemográFicosComportamentos DemográFicos
Comportamentos DemográFicos
 
10ºano ficha1
10ºano ficha110ºano ficha1
10ºano ficha1
 
Power Point Geografia
Power Point GeografiaPower Point Geografia
Power Point Geografia
 
Teste3 10ºano 10-11-correção
Teste3 10ºano 10-11-correçãoTeste3 10ºano 10-11-correção
Teste3 10ºano 10-11-correção
 
Formas de estado
Formas de estadoFormas de estado
Formas de estado
 
Desenvolvimento Económico Séculos XI-XII
Desenvolvimento Económico Séculos XI-XIIDesenvolvimento Económico Séculos XI-XII
Desenvolvimento Económico Séculos XI-XII
 

Similaire à Geografia A 10 ano - População

1.1-A POPULAÇÃO EVOLUÇÃO E DIFERENÇAS REGIONAIS (parte 1).pdf
1.1-A POPULAÇÃO EVOLUÇÃO E DIFERENÇAS REGIONAIS (parte 1).pdf1.1-A POPULAÇÃO EVOLUÇÃO E DIFERENÇAS REGIONAIS (parte 1).pdf
1.1-A POPULAÇÃO EVOLUÇÃO E DIFERENÇAS REGIONAIS (parte 1).pdfEscola E.B.2,3 de Jovim Gondomar
 
Estrutura da população
Estrutura da populaçãoEstrutura da população
Estrutura da populaçãoteixeira142
 
A População Portuguesa 2º Ano
A População Portuguesa   2º AnoA População Portuguesa   2º Ano
A População Portuguesa 2º Anoabarros
 
Evolução da populaçãp
Evolução da populaçãpEvolução da populaçãp
Evolução da populaçãpLuz Campos
 
Evolução da população
Evolução da populaçãoEvolução da população
Evolução da populaçãoelisabarbosa
 
População e Povoamento: evolução e distribuição espacial
População e Povoamento: evolução e distribuição espacialPopulação e Povoamento: evolução e distribuição espacial
População e Povoamento: evolução e distribuição espacialIdalina Leite
 
Evolução da População Portuguesa
Evolução da População PortuguesaEvolução da População Portuguesa
Evolução da População PortuguesaCatarina Castro
 
Evolução da população portuguesa
Evolução da população portuguesaEvolução da população portuguesa
Evolução da população portuguesaAna Pais
 
Demografia aplicada ao vestibular
Demografia aplicada ao vestibularDemografia aplicada ao vestibular
Demografia aplicada ao vestibularArtur Lara
 
Ficha Informativa - Evolução da População Portuguesa
Ficha Informativa - Evolução da População PortuguesaFicha Informativa - Evolução da População Portuguesa
Ficha Informativa - Evolução da População Portuguesaabarros
 
Módulo 4_Portugal-A Populapdffbnucjjfvo
Módulo 4_Portugal-A PopulapdffbnucjjfvoMódulo 4_Portugal-A Populapdffbnucjjfvo
Módulo 4_Portugal-A Populapdffbnucjjfvosdpx652fwz
 
Evolução da Populaçao Mundial
Evolução da Populaçao MundialEvolução da Populaçao Mundial
Evolução da Populaçao MundialDiogo Mateus
 
Economia 11.12 trabalho
Economia 11.12 trabalhoEconomia 11.12 trabalho
Economia 11.12 trabalhoAndré Barroso
 
População Portuguesa - HGP 6º ano - Tema F
População Portuguesa - HGP 6º ano - Tema FPopulação Portuguesa - HGP 6º ano - Tema F
População Portuguesa - HGP 6º ano - Tema FCandida64
 
População e povoamento
População e povoamentoPopulação e povoamento
População e povoamentoFilomenaMorais3
 
Conferência do Grupo Parlamentar do MpD "Diáspora Cabo-verdiana: Desafios e O...
Conferência do Grupo Parlamentar do MpD "Diáspora Cabo-verdiana: Desafios e O...Conferência do Grupo Parlamentar do MpD "Diáspora Cabo-verdiana: Desafios e O...
Conferência do Grupo Parlamentar do MpD "Diáspora Cabo-verdiana: Desafios e O...A. Rui Teixeira Santos
 
População Mundial.ppt
População Mundial.pptPopulação Mundial.ppt
População Mundial.pptVldiadaSilva
 

Similaire à Geografia A 10 ano - População (20)

Resumos
ResumosResumos
Resumos
 
1.1-A POPULAÇÃO EVOLUÇÃO E DIFERENÇAS REGIONAIS (parte 1).pdf
1.1-A POPULAÇÃO EVOLUÇÃO E DIFERENÇAS REGIONAIS (parte 1).pdf1.1-A POPULAÇÃO EVOLUÇÃO E DIFERENÇAS REGIONAIS (parte 1).pdf
1.1-A POPULAÇÃO EVOLUÇÃO E DIFERENÇAS REGIONAIS (parte 1).pdf
 
Estrutura da população
Estrutura da populaçãoEstrutura da população
Estrutura da população
 
A População Portuguesa 2º Ano
A População Portuguesa   2º AnoA População Portuguesa   2º Ano
A População Portuguesa 2º Ano
 
Resumos
ResumosResumos
Resumos
 
Evolução da populaçãp
Evolução da populaçãpEvolução da populaçãp
Evolução da populaçãp
 
Evolução da população
Evolução da populaçãoEvolução da população
Evolução da população
 
População e Povoamento: evolução e distribuição espacial
População e Povoamento: evolução e distribuição espacialPopulação e Povoamento: evolução e distribuição espacial
População e Povoamento: evolução e distribuição espacial
 
Evolução da População Portuguesa
Evolução da População PortuguesaEvolução da População Portuguesa
Evolução da População Portuguesa
 
Evolução da população portuguesa
Evolução da população portuguesaEvolução da população portuguesa
Evolução da população portuguesa
 
Demografia aplicada ao vestibular
Demografia aplicada ao vestibularDemografia aplicada ao vestibular
Demografia aplicada ao vestibular
 
Ficha Informativa - Evolução da População Portuguesa
Ficha Informativa - Evolução da População PortuguesaFicha Informativa - Evolução da População Portuguesa
Ficha Informativa - Evolução da População Portuguesa
 
Módulo 4_Portugal-A Populapdffbnucjjfvo
Módulo 4_Portugal-A PopulapdffbnucjjfvoMódulo 4_Portugal-A Populapdffbnucjjfvo
Módulo 4_Portugal-A Populapdffbnucjjfvo
 
Evolução da Populaçao Mundial
Evolução da Populaçao MundialEvolução da Populaçao Mundial
Evolução da Populaçao Mundial
 
Economia 11.12 trabalho
Economia 11.12 trabalhoEconomia 11.12 trabalho
Economia 11.12 trabalho
 
População Portuguesa - HGP 6º ano - Tema F
População Portuguesa - HGP 6º ano - Tema FPopulação Portuguesa - HGP 6º ano - Tema F
População Portuguesa - HGP 6º ano - Tema F
 
Portugal 2016
Portugal 2016Portugal 2016
Portugal 2016
 
População e povoamento
População e povoamentoPopulação e povoamento
População e povoamento
 
Conferência do Grupo Parlamentar do MpD "Diáspora Cabo-verdiana: Desafios e O...
Conferência do Grupo Parlamentar do MpD "Diáspora Cabo-verdiana: Desafios e O...Conferência do Grupo Parlamentar do MpD "Diáspora Cabo-verdiana: Desafios e O...
Conferência do Grupo Parlamentar do MpD "Diáspora Cabo-verdiana: Desafios e O...
 
População Mundial.ppt
População Mundial.pptPopulação Mundial.ppt
População Mundial.ppt
 

Plus de Raffaella Ergün

Como funciona a União Europeia
Como funciona a União EuropeiaComo funciona a União Europeia
Como funciona a União EuropeiaRaffaella Ergün
 
Resumos de Português: Os Maias
Resumos de Português: Os MaiasResumos de Português: Os Maias
Resumos de Português: Os MaiasRaffaella Ergün
 
Saldo da balança de pagamentos portuguesa
Saldo da balança de pagamentos portuguesaSaldo da balança de pagamentos portuguesa
Saldo da balança de pagamentos portuguesaRaffaella Ergün
 
Resumos Economia A 11º ano: Contabilidade nacional
Resumos Economia A 11º ano: Contabilidade nacionalResumos Economia A 11º ano: Contabilidade nacional
Resumos Economia A 11º ano: Contabilidade nacionalRaffaella Ergün
 
Resumos Economia A 11º ano (2ª parte)
Resumos Economia A 11º ano (2ª parte)Resumos Economia A 11º ano (2ª parte)
Resumos Economia A 11º ano (2ª parte)Raffaella Ergün
 
Economia A 11º ano - União Europeia
Economia A 11º ano - União EuropeiaEconomia A 11º ano - União Europeia
Economia A 11º ano - União EuropeiaRaffaella Ergün
 
Resumos Economia A 11º ano (1ª parte)
Resumos Economia A 11º ano (1ª parte)Resumos Economia A 11º ano (1ª parte)
Resumos Economia A 11º ano (1ª parte)Raffaella Ergün
 
Resumos 10º ano - Economia A (3ªa parte)
Resumos 10º ano - Economia A (3ªa parte)Resumos 10º ano - Economia A (3ªa parte)
Resumos 10º ano - Economia A (3ªa parte)Raffaella Ergün
 
Resumos 10ºano - Economia A (2ª parte)
Resumos 10ºano - Economia A (2ª parte)Resumos 10ºano - Economia A (2ª parte)
Resumos 10ºano - Economia A (2ª parte)Raffaella Ergün
 
Resumos 10ºano - Economia A (1ª parte)
Resumos 10ºano - Economia A (1ª parte)Resumos 10ºano - Economia A (1ª parte)
Resumos 10ºano - Economia A (1ª parte)Raffaella Ergün
 
Resumos de Português: Sermão de Santo António aos Peixes
Resumos de Português: Sermão de Santo António aos PeixesResumos de Português: Sermão de Santo António aos Peixes
Resumos de Português: Sermão de Santo António aos PeixesRaffaella Ergün
 
Resumos de Português: Os Lusíadas
Resumos de Português: Os LusíadasResumos de Português: Os Lusíadas
Resumos de Português: Os LusíadasRaffaella Ergün
 
Resumos de Português: Fernando Pessoa Ortónimo
Resumos de Português: Fernando Pessoa OrtónimoResumos de Português: Fernando Pessoa Ortónimo
Resumos de Português: Fernando Pessoa OrtónimoRaffaella Ergün
 
Resumos de Português: Memorial do convento
Resumos de Português: Memorial do conventoResumos de Português: Memorial do convento
Resumos de Português: Memorial do conventoRaffaella Ergün
 
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando PessoaResumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando PessoaRaffaella Ergün
 
Resumos de Português: Felizmente há luar!
Resumos de Português: Felizmente há luar!Resumos de Português: Felizmente há luar!
Resumos de Português: Felizmente há luar!Raffaella Ergün
 
Resumos de Português: Cesário verde
Resumos de Português: Cesário verdeResumos de Português: Cesário verde
Resumos de Português: Cesário verdeRaffaella Ergün
 
Resumos de Português: Camões lírico
Resumos de Português: Camões líricoResumos de Português: Camões lírico
Resumos de Português: Camões líricoRaffaella Ergün
 

Plus de Raffaella Ergün (20)

Central Business District
Central Business DistrictCentral Business District
Central Business District
 
U.E em 12 lições
U.E em 12 liçõesU.E em 12 lições
U.E em 12 lições
 
Como funciona a União Europeia
Como funciona a União EuropeiaComo funciona a União Europeia
Como funciona a União Europeia
 
Resumos de Português: Os Maias
Resumos de Português: Os MaiasResumos de Português: Os Maias
Resumos de Português: Os Maias
 
Saldo da balança de pagamentos portuguesa
Saldo da balança de pagamentos portuguesaSaldo da balança de pagamentos portuguesa
Saldo da balança de pagamentos portuguesa
 
Resumos Economia A 11º ano: Contabilidade nacional
Resumos Economia A 11º ano: Contabilidade nacionalResumos Economia A 11º ano: Contabilidade nacional
Resumos Economia A 11º ano: Contabilidade nacional
 
Resumos Economia A 11º ano (2ª parte)
Resumos Economia A 11º ano (2ª parte)Resumos Economia A 11º ano (2ª parte)
Resumos Economia A 11º ano (2ª parte)
 
Economia A 11º ano - União Europeia
Economia A 11º ano - União EuropeiaEconomia A 11º ano - União Europeia
Economia A 11º ano - União Europeia
 
Resumos Economia A 11º ano (1ª parte)
Resumos Economia A 11º ano (1ª parte)Resumos Economia A 11º ano (1ª parte)
Resumos Economia A 11º ano (1ª parte)
 
Resumos 10º ano - Economia A (3ªa parte)
Resumos 10º ano - Economia A (3ªa parte)Resumos 10º ano - Economia A (3ªa parte)
Resumos 10º ano - Economia A (3ªa parte)
 
Resumos 10ºano - Economia A (2ª parte)
Resumos 10ºano - Economia A (2ª parte)Resumos 10ºano - Economia A (2ª parte)
Resumos 10ºano - Economia A (2ª parte)
 
Resumos 10ºano - Economia A (1ª parte)
Resumos 10ºano - Economia A (1ª parte)Resumos 10ºano - Economia A (1ª parte)
Resumos 10ºano - Economia A (1ª parte)
 
Resumos de Português: Sermão de Santo António aos Peixes
Resumos de Português: Sermão de Santo António aos PeixesResumos de Português: Sermão de Santo António aos Peixes
Resumos de Português: Sermão de Santo António aos Peixes
 
Resumos de Português: Os Lusíadas
Resumos de Português: Os LusíadasResumos de Português: Os Lusíadas
Resumos de Português: Os Lusíadas
 
Resumos de Português: Fernando Pessoa Ortónimo
Resumos de Português: Fernando Pessoa OrtónimoResumos de Português: Fernando Pessoa Ortónimo
Resumos de Português: Fernando Pessoa Ortónimo
 
Resumos de Português: Memorial do convento
Resumos de Português: Memorial do conventoResumos de Português: Memorial do convento
Resumos de Português: Memorial do convento
 
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando PessoaResumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
 
Resumos de Português: Felizmente há luar!
Resumos de Português: Felizmente há luar!Resumos de Português: Felizmente há luar!
Resumos de Português: Felizmente há luar!
 
Resumos de Português: Cesário verde
Resumos de Português: Cesário verdeResumos de Português: Cesário verde
Resumos de Português: Cesário verde
 
Resumos de Português: Camões lírico
Resumos de Português: Camões líricoResumos de Português: Camões lírico
Resumos de Português: Camões lírico
 

Geografia A 10 ano - População

  • 1. Breve Resumo da Posição de Portugal na Europa e no Mundo O território português é constituído por uma parte continental e por outra insular (arquipélago dos Açores e da Madeira). Este localiza-se no extremo sudoeste da Europa, ocupando a faixa ocidental da Península Ibérica. O arquipélago dos Açores, localiza-se a oeste de Portugal continental e é constituído por nove ilhas. O arquipélago da Madeira, por sua vez, localiza-se a sudoeste de Portugal continental e é constituído pela ilha da Madeira, de Porto Santo e por alguns ilhéus (Desertos e Selvagens). Portugal também pode ser dividido segundo as NUT (Nomenclatura das Unidades Territoriais):  Nuts I - nacional  Nuts II - regional  Nuts III - sub-regional Portugal aderiu à União Europeia em 1986 (então designado por Comunidade Económica Europeia - CEE), criada em 1957 pelo tratado de Roma e era constituída, inicialmente, por seis países. Integrado na União Europeia, Portugal assinou o acordo de Schengen, o que passou a permitir a livre circulação de bens, pessoas, capitais e serviços dentro dos países signatários desta convenção. Portugal, aderiu posteriormente à moeda única, o euro, em 2002. Portugal assume-se como fronteira atlântica da Europa. Portugal é assim uma plataforma multimodal de cruzamento de rota, marítimas e aéreas, que liga a Europa aos restantes continentes. Esta posição geográfica privilegiada oferece ao nosso país novas perspetivas no contexto das relações internacionais, nomeadamente com os países de língua oficial portuguesa, e do desenvolvimento económico, social e cultural.
  • 2. População Demografia: ciência que estuda a população Recenseamento ou censo: contagem da populaçãoatravés de inquéritos. Em Portugal são realizados de 10 em 10 anos. Indicadores demográficos:  População absoluta • Taxa de natalidade  Taxa de mortalidade • Crescimento natural  Emigrantes/ção • Imigrantes/ção  Crescimento efetivo • Índice de fecundidade  Índice de envelhecimento Demografia Natalidade (Taxa de Natalidade em Portugal) Mortalidade (Taxa de Mortalidade em Portugal) Crescimento Natural (Taxa de Crescimento Natural em Portugal) Êxodo Rural/Urbano Migrações  Emigração (Emigração em Portugal)  Imigração (Imigração em Portugal)  Saldo Migratório (Taxa de Crescimento Migratório) Crescimento Efetivo Índice de Fecundidade  Taxa de fecundidade  Índice sintético de fecundidade  Índice de renovação de gerações Estrutura etária  Índice de Envelhecimento  Estrutura da População Ativa (Taxa de Actividade)  Setores de Atividade em Portugal Resumo da Evolução da População e Principais Problemas Sociodemográficos
  • 3.
  • 4. Natalidade: número de nascimentos que ocorre numa determinada região e período de tempo Taxa de natalidade: relação entre o número de nascimentos, a população absoluta e 1000 habitantes Taxa de natalidade em Portugal:  Está a diminuir  Causas: planeamento familiar; métodos contraceptivos; aumento dos encargos com a educação e saúde; emancipação da mulher; casamento tardio; aumento do número de divórcios; diminuição do número de casamentos  Distribuição: a taxa de natalidade e mais elevada no Norte e no Litoral, e é mais baixa no interior.  Causas: no interior a população e mais idosa (logo a taxa de natalidade e mais baixa). No litoral a população e mais jovem (logo a taxa de natalidade e mais elevada); e no litoral que se encontram as principais atividades económicas Mortalidade: número de óbitos que ocorre numa determinada região e período de tempo Taxa de mortalidade - relação entre o numero de óbitos, a população absoluta e 1000 habitantes Taxa de mortalidade em Portugal:  Evolução: a taxa de mortalidade em Portugal e elevada entre 1900 e 1920; a partir de 1930 a mesma começa a diminuir significativamente; a partir da década de 80 há tendência para aumentar.  Causas: ate a década de 20 - 1ª Guerra mundial (1914-1918); gripe pneumónica (peste negra); ma alimentação; falta de medicamentos/cuidados médicos; falta de hábitos de higiene; vestuários deficientes. década 20/30 ate década 80 - melhoria da alimentação/vestuário; acesso a medicamentos/cuidados de saúde; mais hábitos de higiene. A partir da década de 80 - envelhecimento da população  Distribuição: a taxa de mortalidade e mais baixa no litoral principalmente no Norte; e mais alta no interior  Causas: a população e mais jovem no litoral e mais envelhecida no interior  Causas de morte: doenças do aparelho circulatório; cancro; sinistralidade; diabetes  Fatores explicativos dos baixos valores da TM: aumento do nível de vida da população (melhores condições alimentares/ habitacionais); desenvolvimento da medicina; melhores condições de trabalho; melhoria na assistência médica; mais informação/prevenção de muitas doenças.
  • 5. Taxa de mortalidade infantil em Portugal:  Distribuição: a taxa de mortalidade infantil e mais elevada no Norte e menor no litoral e no sul  Causas: falta de assistência médica; falta de informação; mentalidade fechada para recorrer a assistência medica; falta de vacinação  Esta variável é frequentemente utilizada como indicador de desenvolvimento, já que os valores tendem a diminuir com a melhoria das condições de vida, com a intensificação e diversificação dos cuidados materno-infantis e até com o aumento da instrução  Os valores da TMI em Portugal são idênticos aos da média dos países mais desenvolvidos da UE Crescimento natural (CN) ou saldo fisiológico: diferença entre a natalidade e a mortalidade Taxa de crescimento natural (TCN): diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade Taxa de Crescimento Natural em Portugal:  Evolução: de 1950 ate 1960 - a taxa de crescimento natural e elevada e sobe ligeiramente, o país e predominantemente rural e a taxa de natalidade e elevada; de 1960 até 1991 - a taxa de crescimento diminui drasticamente pois existe um decréscimo da taxa de natalidade devido ao desenvolvimento do país, ao planeamento familiar, aos métodos contraceptivos e a emancipação da mulher; a partir de 1991 - a taxa de crescimento natural estabiliza (devido à imigração) e tanto a taxa de natalidade como a taxa de mortalidade baixam; a partir de 00 - nesta altura, o fluxo imigratório aumentou no nosso país, sendo responsável pelo saldo natural positivo em Portugal (tal como um saldo migratório positivo).  Distribuição: a taxa de crescimento natural é positiva no litoral pois a TN é maior o que se deve ao facto da população ser mais jovem e ao maior desenvolvimento dessa área; a taxa de crescimento natural é negativa no interior pois a TM é superior à TN o que se deve ao facto de a população ser mais envelhecida e ao menor desenvolvimento dessa área. A situação observada no gráfico resulta do progressivo decréscimo da taxa de natalidade, já que os valores da taxa de mortalidade se têm mantido mais ou menos constantes ao longo do período considerado.
  • 6. Êxodo rural Causas: procura de emprego, estudos (universidades, etc.) Consequências: aumento da população na área de chegada, diminuição da população na área de partida Êxodo urbano Causas: questões de saúde, stress, procura de uma melhor qualidade de vida Consequências: aumento da população nas áreas de chegada, diminuição da população na área de partida Migrações: existem 3 tipos de migrações  Diária: pendular  Sazonal: trabalho;lazer; saúde  Definitiva: êxodo rural/urbano; emigração; imigração Emigração: saída de população de um país para outro estrangeiro por período superior a 1 ano. Períodos de maior emigração em Portugal: Datas- Destino Até década de 60 - Brasil/EUA Década de 60/70 - França, Alemanha, Luxemburgo e Suíça (numa época de reconstrução e desenvolvimento pós 2ª Guerra Mundial, com carência de mão de obra) Após década de 70 - recessão económica desses países que obrigou a impor restrições à imigração Após década de 80 - redução da emigração na sequência do 25 de Abril Imigração: entrada de estrangeiros num país onde passam a residir e a trabalhar Imigração em Portugal: a imigração passa a ter significado após o 25 de Abril, com a abertura do país ao exterior. Aumenta a partir da década de 90 devido as alterações políticas dos países de leste (queda do muro de Berlim) e devido a oferta de melhores condições de vida em Portugal (estabilidade social e política e ao desenvolvimento económico resultado da adesão à CEE). A partir de 2000 o número de imigrantes em Portugal foi substancialmente superior ao número de emigrantes. A receção de imigrantes é importante pois, geralmente, contribui para o aumento da taxa de natalidade (tratando-se de indivíduos jovens) e ajudando a equilibrar a taxa de crescimento natural e a diminuir o índice de envelhecimento. Contribui também para a sustentabilidade do sistema de Segurança Social.
  • 7. Saldo Migratório (SM): diferença entre o número de imigrantes e o número de emigrantes.  A evolução da população, isto é, o seu crescimento efetivo, não se explica unicamente pelo crescimento natural, mas também pelo SM.  Tradicionalmente, Portugal pode ser considerado um país de emigração, dado estrutural da nossa economia e do modelo de desenvolvimento. Taxa de Crescimento Migratório (TCM): relação entre o saldo migratório, a população absoluta e 1000 habitantes Crescimento efetivo (CE): soma do crescimento natural e do saldo migratório Taxa de Crescimento Efetivo (TCE): relação entre o crescimento efetivo, a população absoluta e 1000 habitantes Índice de fecundidade: número médio de filhos por mulher em idade fértil (15-49 anos)  Quando este não atinge o valor de 2,1% significa que não há renovação de geração  Fatores: emancipação feminina; mais participação na vida ativa; mais instrução; carreira profissional; casamento mais tardio; nascimento do primeiro filho mais tarde; planeamento familiar; despesas com os filhos  Este índice é utilizado para analisar o processo evolutivo de uma população, já que a taxa de natalidade é considerada uma variável insuficiente para tal (pois reporta o número de nascimentos registados independentemente do sexo e idade, isto é, da possibilidade de ter filhos). Taxa de fecundidade: número total de nascimentos por cada 1000 mulheres em idade fértil
  • 8. Índice sintético de fecundidade: número de crianças que, em média, cada mulher tem durante a sua vida fértil (15-49 anos).  O índice sintético de fecundidade tem evoluído de forma semelhante à taxa de natalidade.  Causas: crescente participação da mulher no mercado de trabalho; preocupações com a carreira profissional (que faz prolongar o período de formação e conduz ao casamento tardio); precariedade crescente do emprego; métodos contracetivos mais eficazes; exigência de grandes investimentos na educação e bem-estar dos filhos; entre outros. Índice de renovação de gerações: fecundidade necessária para que as gerações mais velhas possam ser substituídas por outras mais jovens. Para que isto aconteça o índice tem de ser 2,1. Atualmente, este índice é inferior a 2,1 em Portugal. Estrutura etária: repartição da população por grupos de idades Pirâmide etária: gráfico que representa a população repartida por idade e sexo. A população está repartida por três grupos:  Jovens- 0 aos 14 anos  Adultos- 15 aos 64 anos  Idosos- idade igual ou superior a 65 anos Esta fornece indicações importantes para planear o futuro de forma equilibrada, como o número de ativos, de jovens, de idosos e a proporção de homens e mulheres. O estudo da estrutura etária é geralmente feito através da análise de pirâmides etárias. Estas permitem retirar conclusões sobre a natalidade, a esperança média de vida ou fenómenos que marcaram a evolução demográfica (através das classes ocas). Estrutura Etária portuguesa: atualmente, Portugal apresenta uma estrutura etária desfavorável, que revela um envelhecimento significativo da população, quer pelo alargamento do topo (que sugere um aumento da esperança média de vida), quer pelo estreitamento da base (que traduz uma diminuição dos valores da natalidade). A mesma apresenta também acentuadas diferenças regionais, onde se pode concluir que a população do interior é mais envelhecida do que a do litoral, quer pela maior proporção de idosos, quer pelo menor valor percentual de nascimentos. Medidas: de maneira a rejuvenescer a população é vital a implementação de medidas (políticas sociais) que conduzam ao aumento da natalidade, especialmente em regiões do interior. Estas medidas podem ser de carácter económico (aumento dos abonos de família, facilidades no crédito à habitação, incentivos fiscais) ou de carácter social (aumento da duração do período de licença pós-parto, aumento do número de creches, etc)
  • 9. A pirâmide de 1960 representa uma população predominantemente jovem, pois a base é mais larga que o topo (o que reflete altos valores de natalidade e uma esperança média de vida baixa). As classes ocas traduzem perturbações na evolução demográfica (diminuição da natalidade decorrente da 1ª Guerra Mundial). A pirâmide de 2001, revela um envelhecimento muito significativo da população, quer pelo alargamento do topo, quer pelo estreitamento da base (que traduz a progressiva diminuição da natalidade, nas últimas décadas). Índice de Envelhecimento (IE): relação entre a população idosa e a população jovem. Em Portugal o IE é maior no interior (Alentejo) e menor no litoral. O total de idosos reflete-se, também, no índice de dependência de idosos (IDI), que relaciona a população idosa com a população em idade ativa, exprimindo-se em percentagem. O valor deste índice tem vindo a aumentar, existindo cada vez mais idosos dependentes da população ativa. Esta situação coloca problemas ao nível da Segurança Social e do pagamento de reformas. Existem também o índice de dependência de jovens, que tem vindo a decrescer em Portugal (o que se pode concluir pela análise dos valores em declínio da natalidade), e o índice de dependência total que relaciona os grupos etários dependentes com o grupo etário dos adultos. Estrutura da População Ativa População Ativa: conjunto de indivíduos com idade mínima de 15 anos que constituem mão-de-obra disponível para a produção de bens e serviços (podendo encontrar-se desempregada). Inativo: indivíduo, qualquer que seja a sua idade, que, no período de referência, não pode ser considerado ativo, isto e, não esta empregado nem desempregado, nem a cumprir serviço militar obrigatório (jovens, idosos, inválidos, donas de casa).
  • 10. Estrutura Ativa: distribuição da população ativa pelos diferentes setores de atividade económica. Taxa de Atividade (TA): relação entre o total de ativos e a população absoluta. Esta é condicionada por vários fatores, entre os quais a idade da reforma, a escolaridade obrigatória, a participação da mulher na vida ativa e os movimentos migratórios. TA em Portugal: os valores desta variável têm registado um aumento progressivo e significativo que se fica a dever à entrada de um número crescente de mulheres na vida ativa. TA por setor de atividade em Portugal:  Setor Primário: tem vindo a diminuir motivada pelo abandono do meio rural, o trabalho mal pago e o baixo nível de vida (no entanto são ainda elevados, comparativamente com a UE, indicando atraso técnico e tecnológico);  Setor Secundário: cresceu de forma significativa nas décadas de 50, 60 e 70 (desenvolvimento da indústria), mas atualmente regista-se uma diminuição da população empregue neste setor, como resultado da modernização tecnológica deste setor e da incapacidade de resposta por parte da mão de obra.  Setor Terciário: o setor que mais cresceu, traduzindo uma terciarização da economia portuguesa. Está relacionado com a melhoria das condições de vida da população. Esta evolução permite concluir que o nosso país caminha no sentido dos países mais desenvolvidos. No entanto a distribuição da população ativa por setores de atividade revela algumas disparidades a nível regional (setor primário relevante no Centro, setor secundário relevante no Norte, e setor terciário relevante no litoral sul). Desemprego: situação de um individuo que faz parte da população ativa e que, tendo perdido o seu emprego, procura um novo. Subemprego: trabalho desempenhado por pessoas em condiçõesprecárias, mal renumeradas e sem regalias sociais Emprego Temporário: desempenhado por um certo períodode tempo Trabalho Infantil: trabalho de crianças em idade escolar Setores de Atividade:  Primário (agricultura, silvicultura, pesca)  Secundário (industria, construção civil)  Terciário (comercio, serviços, turismo, lazer, hospitais)
  • 11. Setores de Atividade em Portugal: Década de 50- predominância do setor primário, Portugal era um país rural e pouco desenvolvido Década de 60 - predominância dos setores secundário e terciário, estamos perante um maior desenvolvimento e terciarização da economia portuguesa  Norte - predominância do setor secundário  Centro - predominância do setor primário  Grande Lisboa, Alentejo, Algarve - predominância do setor terciário Nível de Instrução e Qualificação Profissional O desenvolvimento económico de um país, a sua capacidade competitiva e inserção no mercado internacional depende do grau de instrução e qualificação da sua população. Apesar da evolução positiva desta em Portugal, os níveis ainda se encontram baixos, condicionando o crescimento e desenvolvimento do país. Estes baixos níveis de instrução e qualificação profissional traduzem-se em baixos níveis de produtividade, o que diminui a competitividade do país. Este indicador apresenta disparidades regionais. Taxa de Analfabetismo (TA)-relação entre a população com idade igual ou superior a 15 anos que não sabe ler nem escrever e a população absoluta que não sabe ler nem escrever TA = População Analfabeta ≥ 15 ÷ População Absoluta Analfabeta × 100 Nível de instrução - número de anos de escolaridade que um indivíduo concluiu Grau de qualificação - competências que o trabalhador deve utilizar no desempenho das suas funções
  • 12. Resumo da evolução da população em Portugal: Década de 50 - Crescimento positivo da população absoluta, no entanto pouco significativo, como consequência de um crescimento natural elevado e positivo, previsível num país acentuadamente rural, com uma taxa de natalidade elevada e com um número reduzido de mulheres inseridas no mercado de trabalho e sob forte influência da Igreja Católica Década de 60- Decréscimo da população absoluta portuguesa, como resultado do mais intenso fluxo emigratório alguma vez registado e do início da redução da redução da taxa de crescimento natural, na sequência da introdução de meios contracetivos modernos e eficazes, do planeamento familiar e da emancipação da mulher, que se traduziram no decréscimo da taxa de natalidade. Década de 70 - Rutura na tendência do declínio demográfico, observando-se o maior aumento da população absoluta neste século. Esta situação deve- se ao regresso de milhares de portugueses das ex- colónias, na sequência do 25 de Abril, e ao regresso de milhares de cidadãos portugueses emigrantes na Europa, afetados pela crise que condicionou a economia de muitos dos países recetores ou atraídos pela melhoria das condições socioeconómicas introduzidas pelo 25 de Abril. Década de 80 - Crescimento demográfico praticamente nulo, como consequência da diminuição da taxa de crescimento natural, resultado dos baixos valores da taxa de natalidade. Década de 90 - A taxa de crescimento natural estabiliza e tanto a taxa de natalidade como a taxa de mortalidade baixam. Registou-se um crescimento ligeiro da população absoluta como resultado de um novo fenómeno observado em Portugal: a imigração. Década de 00 - A dinâmica de crescimento da população registou uma evolução positiva, embora inferior ao verificado na última década. Esta dinâmica decorre de um saldo natural e de um saldo migratório que foram positivos. Principais problemas sociodemográficos:  envelhecimento demográfico  declínio da fecundidade  baixo nível de instrução e qualificação profissional  instabilidade laboral
  • 13. Distribuição da População Portuguesa  Apresenta forte assimetrias regionais  Os maiores valores de densidade populacional registam-se no litoral, destacando-se Lisboa e Porto  Os menores valores registam-se no interior e no sul, com destaque para o Alentejo  A irregular distribuição da população deve-se à concentração de serviços e indústria, crescimento urbano e uma rede viária densa e moderna no litoral  A emigração e o êxodo rural conduziram ao forte despovoamento do interior e à intensificação da concentração populacional nas área urbanas do litoral  Esta concentração populacional acentuou a bipolarização (Lisboa e Porto)  Esta elevada concentração traduz-se em problemas como a sobrelotação de equipamentos sociais e das infraestruturas, o aumento da poluição e a diminuição da qualidade de vida  O despovoamento do interior, aliado ao envelhecimento da população, leva à diminuição da população ativa, conduzindo a uma perda de dinamismo económico e social dessas regiões