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MARTHA REIS
MARTHA REIS
QUÍMICA
ENSINO MÉDIO
3
MANUAL
DO
PROFESSOR
MARTHA REIS
Bacharel e licenciada em Química pela
Faculdade de Ciências Exatas, Filosóficas e
Experimentais da Universidade Mackenzie.
Foi professora dos colégios Mackenzie
e Objetivo, e do curso preparatório para
vestibulares Universitário, tendo atuado também
como editora de livros didáticos.
3
1ª edição
São Paulo • 2013
QUÍMICA
ENSINO MÉDIO
Masterfile/Other
Images
MANUAL DO PROFESSOR
2
Diretoria editorial e de conteúdo: Angélica Pizzutto Pozzani
Gerência de produção editorial: Hélia de Jesus Gonsaga
Editoria de Ciências da Natureza, Matemática
e suas Tecnologias: José Roberto Miney
Editora assistente: Daniela Teves Nardi; Geisa Gimenez (estag.)
Supervisão de arte e produção: Sérgio Yutaka
Editora de arte: Tomiko Chiyo Suguita
Assistentes de arte: Elen Coppini Camioto e Mauro Roberto Fernandes
Diagramação: Cleiton Caliman, Divina Rocha Corte,
Ester Harue Inakake, Fukuko Saito e MASPI Criações Gráficas
Supervisão de criação: Didier Moraes
Editora de arte e criação: Andréa Dellamagna
Design gráfico: Ulhôa Cintra Comunicação Visual
e Arquitetura (miolo e capa)
Revisão: Rosângela Muricy (coord.), Ana Carolina Nitto,
Ana Paula Chabaribery Malfa, Heloísa Schiavo
e Gabriela Macedo de Andrade (estag.)
Supervisão de iconografia: Sílvio Kligin
Pesquisadora iconográfica: Roberta Freire Lacerda dos Santos
Tratamento de imagem: Cesar Wolf e Fernanda Crevin
Foto da capa: Masterfile/Other Images
Ilustrações: Alex Argozino e Luis Moura
Direitos desta edição cedidos à Editora Ática S.A.
Av. Otaviano Alves de Lima, 4400
6o
andar e andar intermediário ala A
Freguesia do Ó – CEP 02909-900 – São Paulo – SP
Tel.: 4003-3061
www.atica.com.br/editora@atica.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Fonseca, Martha Reis Marques da
Química / Martha Reis Marques da Fonseca.
1. ed. – São Paulo : Ática, 2013.
Obra em 3 v.
Bibliografia.
1. Química (Ensino médio) I.Título.
13–02429 CDD–540.7
Índice para catálogo sistemático:
1. Química: Ensino médio 540.7
2013
ISBN 978 8508 16291-8 (AL)
ISBN 978 8508 16292-5 (PR)
Código da obra CL 712772
Uma publicação
Legenda das fotos de abertura
das unidades
Unidade 1: Plataformas de extração de petróleo dos
campos do mar do Norte ancoradas no Firth Cromarty,
no norte da Escócia (foto de 1999).
Unidade 2: Campo de papoulas.
Unidade 3: Homem com várias sacolas de compras.
Unidade 4: Alimentos diversos.
Unidade 5: Núcleo do reator nuclear no Idaho National
Engineering and Environmental Lab (INEEL)
em Idaho Falls, Estados Unidos.
Versão digital
Diretoria de tecnologia de educação: Ana Teresa Ralston
Gerência de desenvolvimento digital: Mário Matsukura
Gerência de inovação: Guilherme Molina
Coordenadores de tecnologia de educação: Daniella Barreto e
Luiz Fernando Caprioli Pedroso
Coordenadora de edição de conteúdo digital: Daniela Teves Nardi
Editores de tecnologia de educação: Cristiane Buranello e Juliano Reginato
Editores assistentes de tecnologia de educação: Aline Oliveira Bagdanavicius,
Drielly Galvão Sales da Silva, José Victor de Abreu e
Michelle Yara Urcci Gonçalves
Assistentes de produção de tecnologia de educação: Alexandre Marques,
Gabriel Kujawski Japiassu, João Daniel Martins Bueno, Paula Pelisson Petri,
Rodrigo Ferreira Silva e Saulo André Moura Ladeira
Desenvolvimento dos objetos digitais: Agência GR8, Atômica Studio,
Cricket Design, Daccord e Mídias Educativas
Desenvolvimento do livro digital: Digital Pages
Quimica_MR_v3_PNLD15_002_digital.indd 2 16/07/2013 08:58
3
3
Apresentação
ste é o último ano do Ensino Médio, e você provavelmente
já consegue reconhecer a importância do estudo da
Química em sua vida.
Todo o conhecimento que você adquiriu até esse momento e
vai adquirir não somente neste ano, mas ao longo da vida, é im-
portante, pois lhe ajuda a crescer e a enxergar mais longe.
Assim, o estudo da Química, em particular, vai lhe fornecer
informações que farão você compreender cada vez melhor o fun-
cionamento do seu corpo, do meio ambiente e da vida em socie-
dade. Essas informações ajudarão você a exercer efetivamente sua
cidadania e a ter consciência de suas escolhas — incluindo o uso
da tecnologia —, pois será capaz de avaliar o impacto dessas es-
colhas tanto no meio ambiente quanto na sua saúde.
Utilizar o conhecimento adquirido com o estudo da Química
para entender os fenômenos, compreender as notícias, analisar e
questionar as informações, duvidar, verificar se os dados estão
corretos, tudo isso permite que você saia do papel do espectador
e passe a atuar sobre os problemas que nos afetam.
Esperamos que você goste deste livro e que o aprendizado em
Química seja incorporado definitivamente à sua vida e ao seu exer-
cício diário de cidadania.
A autora
E
Quimica_MR_v3_PNLD15_001a009_Iniciais.indd 3 5/20/13 9:14 AM
Conheça
seu livro
Cada volume da coleção é dividido em cinco
unidades, com um tema central relacionado
ao meio ambiente. Em cada unidade você vai
encontrar os seguintes boxes e seções:
Cotidiano do
Químico
Nesta seção são discutidos
processos químicos feitos em
laboratório com aparelhagens
específicas e alguns processos
de análise e síntese.
Experimento
Experimentos investigativos que
introduzem um assunto, despertam
questionamentos e a vontade
de continuar aprendendo.
Os experimentos são interessantes
e acessíveis, norteados pela
preocupação com a segurança e
com o meio ambiente.
Unidade 4 • Alimentos e aditivos
274
Origem da vida
Em 1951, o químico americano Stanley Lloyd
Miller (1930-2007 ) sob a orientação de seu profes-
sor Harold Clayton Urey (1893-1981) planejou um
experimento que simulava as condições numa
Terra primitiva para se verificar a possibilidade
da formação de compostos orgânicos.
A aparelhagem utilizada consistia de um ba-
lão A com água que simulava o oceano e, por
aquecimento, produzia vapor de água que era
conduzido através de um tubo de vidro para um
outro balão B, que simulava a atmosfera primiti-
va. Para compor essa atmosfera, foi retirado todo
o ar do sistema e, em seguida, introduzida uma
mistura de gás hidrogênio, H2(g), gás nitrogênio,
N2(g), gás amônia, NH3(g), gás sulfeto de hidrogê-
nio, H2S(g), e vapor de água, H2O(v).
No balão B foram instalados dois eletrodos de
tungstênio, para a produção de uma descarga
elétrica contínua que simularia as tempestades
elétricas, os raios e os trovões, que se acredita te-
rem ocorrido intensamente no início dos tempos.
As descargas elétricas e a presença de vapor de
água proveniente do balão A provocavam “chu-
vas” no balão B, e reações entre os gases presentes
na atmosfera, que formam novos compostos.
Para recolher as águas das “chuvas” e os com-
postos formados, o balão B era ligado a um
condensador que resfriava a mistura e que, por
sua vez, estava ligado a um tubo em U conectado
ao balão A. Assim, os compostos mais complexos
formados na atmosfera (balão B) iam se acumu-
lando nos mares (balão A), onde poderiam reagir.
O experimento foi iniciado com a produção de
uma descarga elétrica contínua que durou aproxi-
madamente sete dias. Após esse tempo, Miller
observou que um material de coloração laranja-
-avermelhada começou a se acumular no interior
da aparelhagem. A análise mostrou que esse ma-
terial era uma mistura de compostos orgânicos
como ácidos graxos, açúcares e nove aminoácidos,
sendo quatro do tipo α-aminoácido (formadores
de proteínas). Cerca de 10% a 15% do carbono havia
sido convertido em compostos orgânicos, e 2% do
carbono estava na forma de aminoácidos.
O experimento de Miller, cujos resultados
experimentais foram publicados em 1953, de-
monstrou a facilidade com que substâncias orgâ-
nicas, inclusive os aminoácidos (constituintes
fundamentais de proteínas e enzimas), podem
ser formadas por processos totalmente abióticos
(desprovidos de vida).
Esse fato levou alguns cientistas a propor
uma teoria segundo a qual as proteínas dos
primeiros seres vivos teriam sido constituídas
apenas por esses doze α-aminoácidos. Os outros
oito α-aminoácidos restantes teriam surgido ao
longo do tempo ou por reações de síntese que en-
volvem um ou mais desses doze α-aminoácidos
e outros compostos pré-bióticos, ou então por re-
ações metabólicas; nesse caso, seriam um produ-
to da evolução dos seres vivos.
balão A
balão B
condensador
entrada
de água
saída
de água
amostra para análise
gerador
Cotidiano
Químico
do
A ilustração está fora de escala. Cores fantasia.
Dr. Stanley Miller e o equipamento que
utilizou para realizar o experimento.
Roger
Ressmeyer/Corbis/Latinstock
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Capítulo 8 • Isomeria constitucional 145
EXPERIMENTO
Construção de modelos – enantiômeros
Material necessário
• 2 xícaras de chá de farinha de trigo
• 1 xícara de chá de sal
• 1 xícara de chá de água (pode ser necessário
um pouco mais)
• 2colheresdesopadeóleo(mineralouvegetal)
• corante alimentício em 4 cores diferentes ou
pó para fazer suco em 4 cores diferentes (uva,
limão, laranja, morango, por exemplo)
• tigela ou bacia de plástico
• palitos de dente
• 1 espelho pequeno, desses usados para ma-
quiagem
Como fazer
Coloque a farinha e o sal na tigela. Mistu-
re bem (pode usar as mãos mesmo, previa-
mente limpas). Vá acrescentando a água aos
poucos e mexendo com as mãos até que a mis-
tura adquira a consistência de massa de pão.
I. Separe a massa em 5 partes iguais. Deixe
uma de lado e acrescente corantes ou pó
de suco às outras 4 partes da massa, sepa-
radamente. A ideia é obter massa de mo-
delar de 5 cores diferentes. Amasse bem
cada uma delas para homogeneizar.
Para economizar, você pode utilizar apenas
dois corantes diferentes, por exemplo,
amarelo e azul. Misturando os dois, você
obtém uma terceira cor, no caso, verde. As
outras duas partes de massa podem ser de
tonalidades diferentes de uma mesma cor.
Por exemplo, em uma das partes da massa
você acrescenta mais corante ou pó de su-
co para obter uma tonalidade intensa e, na
outra, acrescenta pouco para obter uma
tonalidade clara.
Observação: os corantes alimentícios mui-
tas vezes são vendidos como anilina. Trata-
-se de um nome fantasia. A anilina mesmo
(benzenoamina ou fenilamina) é tóxica e
não pode ser ingerida.
II. Pegue uma cor de massa (a mais intensa)
para ser o carbono (átomo central). Faça
uma bolinha com ela. Quebre dois palitos
dedenteaomeioeespete-osemquatropon-
tos da bolinha para formar um tetraedro
(conforme mostra a foto da página 144).
III.Faça bolinhas de 4 cores diferentes (foto) e
espete-as na extremidade livre de cada
palito.
Repita a operação a partir do item II, to-
mando cuidado para colocar as bolinhas colo-
ridas na exata posição que você as colocou no
modelo anterior. (Chamaremos esses dois mo-
delos idênticos de A.)
Repita novamente a operação a partir do
item II, invertendo a posição das bolinhas co-
loridas ligadas à bolinha central (átomo de
carbono) em relação à posição que você esco-
lheu anteriormente. (Chamaremos esse outro
modelo de B.)
Pronto, agora você já tem os modelos.
Investigue
1. Tente posicionar os modelos A, um sobre o
outro, de modo que as bolinhas de cores
iguais fiquem exatamente na mesma dire-
ção. O que você observa?
2. Pegue agora um modelo A e um modelo B.
Tente posicioná-los um sobre o outro, de mo-
do que as bolinhas de cores iguais fiquem
exatamente na mesma direção. O que você
observa?
3. Coloque um modelo A em frente ao espelho.
Tente agora posicionar o outro modelo A ao
lado do espelho, de modo que ele fique na
mesmaposiçãodaimagemA.Issoépossível?
4. Mantenha o modelo A em frente ao espelho.
Tente agora posicionar o modelo B ao lado
do espelho, de modo que ele fique na mesma
posição da imagem do modelo A. O que vo-
cê conclui?
Qingqing/Shutterstock/Glow
Images
Tecnologia minimiza riscos ambientais
da exploração do xisto
O último relatório da Agência Internacional
de Energia comprovou que, além de agora serem
autossuficientes em gás, os Estados Unidos vão
se tornar os maiores produtores de petróleo do
mundo em 2017, tudo graças a exploração do xis-
to, também conhecido como shale gas ou shale
oil. A constatação reabriu o debate em países
como a França, rica em reservas de gás e petróleo
de xisto, mas que se recusa a explorá-las por cau-
sa dos riscos ambientais.
A polêmica continua na França, com ecolo-
gistas se opondo aos adeptos de novas formas
de energia e deixando, assim, a questão em
suspenso.
Já os especialistas afirmam que o sucesso
dos americanos nessa tecnologia vai acabar mo-
dificando o cenário mundial, como explica
Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de
Infraestrutura.
Os riscos ambientais ligados à extração do
gás e do petróleo de xisto existem, mas são idên-
ticos aos de outros tipos de combustíveis fósseis,
segundo estudiosos. Os principais riscos são a
contaminação dos lençóis freáticos, o desperdí-
cio de água e o vazamento de metano. Esses fa-
tores fazem com que a reprovação popular seja
um freio importante para o aumento da explo-
ração do xisto, de acordo com Edmar de Almeida,
membro do Grupo de Economia de Energia da
UFRJ e consultor em energia.
Para o especialista, é apenas uma questão de
tempo até o Brasil aumentar a exploração desse
tipo de combustível não convencional. O país te-
ria potencial para ser o segundo maior produtor
mundial, conforme estudos. No ano que vem
[2ã1é], uma empresa vai perfurar o seu primeiro
poço de gás de xisto, em Minas Gerais.
Enquanto isso, os líderes mundiais na pro-
dução de gás de xisto são a China, os Estados
Unidos e a Argentina.
Adaptado de: MÜZELL, Lúcia. RFI, nov. 2012. Disponível em:
<www.portugues.rfi.fr/geral/20121115-tecnologia-minimiza-riscos-
ambientais-da-exploracao-do-xisto>. Acesso em: 26 nov. 2012.
Saiu na Mídia!
Você sabe explicar?
O que é xisto? Que problemas sua extração pode causar ao meio ambiente?
Rocha de xisto metamórfico
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4
CAPÍTULO
Petróleo, hulha
e madeira
57
Saiu na Mídia!
Os capítulos iniciam com um texto
jornalístico, relacionado ao tema da
unidade, do qual são extraídas
uma ou mais questões. Para responder
a essas questões e compreender
plenamente o texto, é necessário
adquirir o conhecimento teórico
apresentado no capítulo.
Abertura
da unidade
A relevância do
tema ambiental que
norteia cada unidade
é apresentada em
um breve texto de
introdução.
241
240
Morgan
Lane
Photography/Shutterstock/Glow
Images
240 241
241
UNIDADE
4Alimentos
e aditivos
Como isso nos afeta?
Hoje em dia, os alimentos que encontramos disponíveis em larga
escala não são nem de longe os mais adequados. Esses alimentos são
altamente refinados e gordurosos, com muitos aditivos e poucos nu-
trientes, o que colabora para o desenvolvimento de doenças crônicas e
para uma saúde frágil.
Por outro lado, dietas de restrição de carboidratos ou de gorduras e
alimentos light, diet ou de zero caloria também têm seu lado negativo.
Você sabe dizer qual é?
Nesta unidade vamos estudar a importância de cada nutriente para
o organismo, a função dos aditivos e esclarecer como podemos ter uma
alimentação saudável, melhorando a escolha do que consumimos.
4
Quimica_MR_v3_PNLD15_001a009_Iniciais.indd 4 5/20/13 9:14 AM
De onde vem…
para onde vai?
Discute, de modo simples, as matérias-
-primas utilizadas, o processo de
extração, a obtenção e as aplicações de
produtos economicamente importantes.
Esta seção inclui uma sugestão de
trabalho em equipe: aprender a
trabalhar em grupo, a respeitar opiniões,
a expor um ponto de vista e a buscar
uma solução em conjunto são
habilidades muito requisitadas no
mercado de trabalho.
Prótese de silicone utilizada em
cirurgia plástica.
Silicones
São polímeros que apresentam o silício como elemento principal.
Um exemplo importante é o silicone obtido pela condensação do
dicloro-dimetil-silano que forma o polidimetil-siloxano.
• Reação de obtenção
• Propriedades
Os polímeros de silicone podem ser obtidos tanto na forma de óleos
de viscosidade variável como na forma de borrachas. São estáveis à va-
riação de temperatura entre –63°C e 204°C, são inertes e pouco infla-
máveis. São atóxicos.
• Aplicações
Os polímeros fluidos são usados em lubrificação de moldes, vedação
de janelas, cosméticos e em próteses para cirurgia plástica. As borrachas
de silicone são usadas em equipamentos industriais e em autopeças.
CL Si CL
CH3
CH3
O Si O
CH3
CH3
Si
CH3
CH3
[ ]n
+ 4 n HCL
2 n + 2n H2O(L) *(
CURIOSIDADE
Como foi inventado o velcro?
Esse dispositivo de fechamento foi in-
ventado pelo engenheiro suíço George de
Mestral em 1941. Ele notou carrapichos pre-
sos à sua roupa e aos pelos de seu cachorro
após um passeio pelo bosque e quis desco-
brir como isso acontecia.
George usou um microscópio e observou
que os carrapichos possuíam minúsculos gan-
chos que se prendiam a determinadas super-
fícies enoveladas, como roupas e pelos de ani-
mais. Assim, teve a ideia de criar um fecho que
tivesse essa característica.
Hoje esse fecho é feito geralmente de nái-
lon, mas outros materiais podem ser empre-
gados, como o aço, por exemplo, capaz de su-
portar uma força de mais de 30 toneladas.
Velcro feito de náilon (visto ao microscópio). Velcro feito de aço.
Boston
Museum
of
Science/Getty
Images
Reprodução/<www.designboom.com>
Keith
Brofsky/Getty
Images
235
Capítulo 12 • Polímeros sintéticos
Capítulo 6 • Funções oxigenadas 95
Como a maconha age no
organismo humano?
Maconha ou marijuana é o nome comum da
planta Cannabis sativa, conhecida há pelo menos
5000 anos, cujas folhas e flores secas eram utili-
zadas tanto para fins medicinais como para “pro-
duzir o riso”. Desde 1925 a maconha é taxada co-
mo droga ilícita.
O tetra-hidrocanabinol (THC) é o princípio
ativo responsável pelos efeitos da maconha e
sua quantidade na planta depende de fatores
como solo, clima, estação do ano, etc., logo os
efeitos podem variar bastante de uma planta
para outra.
6,6,9-trimetil-3-pentil-6H-dibenzo[b,d]piran-1-ol
ou THC (nome oficial Iupac)
Embora o THC seja o princípio ativo mais po-
tente da maconha, ele não é o único. A maconha
contém várias outras substâncias (canabinoides)
capazes de causar mudanças fisiológicas em seres
humanos.
O THC é uma droga alucinógena, ela não
diminui nem aumenta a atividade cerebral,
mas a modifica. O THC inibe a percepção de
tempo e espaço, causa delírios e alucinações.
Interfere na capacidade de aprendizagem e de
memorização.
A maconha deixa os olhos vermelhos e a bo-
ca seca, aumenta os batimentos cardíacos, afeta
temporariamente a visão e prejudica o sistema
imunológico. Pode causar acessos de paranoia ou
ataques de pânico. O uso contínuo pode causar
tolerância e dependência psicológica.
O DL50 (dose letal 50%, ou seja, dose capaz de
matar 50% dos indivíduos de uma amostra) para
o THC é igual a ó30 mg/kg via oral e õ2 mg/kg se
inalado (esses dados são obtidos com animais e
extrapolados para seres humanos).
A maconha também provoca a síndrome amo-
tivacional. O usuário não tem vontade de fazer
mais nada, tudo perde o valor e fica sem graça,
sem importância.
Há provas de que o THC diminui em até ú0% a
quantidadedetestosterona,hormôniosexualmas-
culino (fórmula abaixo) fabricado pelo organismo.
O haxixe e o skank são como uma maconha
potencializada, ou seja, com uma quantidade de
THC bem maior que a maconha comum.
O skank, por exemplo, é uma variedade da
planta obtida por cruzamento e seleção natural,
que apresenta uma quantidade de THC de 20% a
30% maior que a maconha comum. Portanto, com
efeitos mais intensos e avassaladores.
E o mito de que a maconha é a porta de entra-
da para outras drogas, é verdadeiro?
Segundo o Centro Brasileiro de Informações
sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), esse mito não
é necessariamente verdadeiro. O que ocorre ge-
ralmente é que o álcool e o cigarro atuam como
porta de entrada para a maconha que, entre as
drogas ilícitas, é a mais barata e mais disponível.
Tendo experimentado essas três drogas, a pessoa
pode ser levada a querer experimentar outras.
Em relação ao THC, responda:
1. Quais os grupos funcionais que você identifica
na fórmula?
2.Trata-sedeumcompostoaromáticooualifático?
3. O THC é um composto saturado ou insaturado?
4. Como você classifica a cadeia carbônica desse
composto?
O
CH3
OH
H3C
Química
Saúde
e
k
k
C C
k
k
k
k
C
k
k
k
k
H2C
H2C
l
O
H
H
OH
H
k
k
k
C k C k C k C k CH3
CH3
C
k
H
k
H
k
k
H3C
CH3
H2 H2 H2 H2
C
C C
C C
k
C
k
k
C
l k
k
l
l
Seja vivo.
Não use drogas!
Curiosidade
Fatos intrigantes relacionados ao
assunto que está sendo desenvolvido,
eventos históricos ou discussões
extras para o enriquecimento da aula
são alguns dos temas que aparecem
neste boxe.
O tema central desta unidade foi “petróleo”. Vi-
mos que o petróleo não é importante apenas como
combustível – apesar de responder atualmente por
mais de um terço da matriz energética brasileira
(37,4% em 2007). É por isso que existem vários novos
modelos energéticos sendo desenvolvidos. Carros
elétricos, por exemplo, parecem ótimos: silenciosos,
não emitem substâncias para atmosfera e alguns
modelos atuais, em fase de teste, já mostraram uma
ótima relação entre potência e autonomia. Mas al-
guém já parou para pensar o que poderia ocorrer ao
meio ambiente se toda a frota de veículos do Brasil,
estimada em torno de 6í milhões de unidades, fosse
substituída por carros elétricos? Você se lembra, no
Volume 2, quando estudamos sobre o problema do
lixo eletrônico e da poluição causada por pilhas e ba-
terias? O que faríamos com todas as baterias dos car-
ros elétricos à medida que fossem virando sucata?
Você vai dizer: poderiam ser recicladas! Sabemos,
porém, que a taxa de lixo eletrônico reciclado no Bra-
sil é muito pequena.
A conclusão é que o maior problema em termos
ambientais não está diretamente na escolha do mo-
delo energético adotado, mas na forma como ele é
administrado, como são tratados os rejeitos, na (falta
de) consciência de que o ser humano é parte do am-
biente em que vive e que ao agredi-lo está agredindo
a si próprio.
No caso dos organoclorados, por exemplo, quem
está com a razão? Como escolher entre o inseto e o
inseticida? É possível interromper totalmente a pro-
dução de organoclorados? E se fosse possível, deve-
ríamos fazê-lo?
AOrganizaçãoMundialdeSaúde(OMS)calculaque,
em âmbito mundial, cerca de um terço dos produtos
agrícolas cultivados pela humanidade seja consumido
pelosinsetos.Alémdisso,muitasdoençasfataisparaos
seres humanos, como a febre amarela e a malária, são
transmitidaspormosquitos.Paraexterminaroucontro-
lar a população de insetos, utilizam-se os inseticidas,
substâncias tóxicas que são letais para eles, mas que,
geralmente,tambémfazemmuitomalàsaúdehumana.
Precisamos de alimentos (produzidos rapidamen-
te e em larga escala), não queremos nenhum mosqui-
to nos transmitindo doenças fatais ou matando
crianças por aí e também não queremos espalhar in-
seticidas tóxicos no ambiente. Equação difícil de
resolver...
E em relação aos alimentos, é triste constatar que
nem com o uso de agrotóxicos e fertilizantes agrícolas
estamos conseguindo suprir a necessidade alimentar
da população mundial. A Organização das Nações Uni-
das (ONU) afirma que o número de famintos no mun-
do ultrapassa a 1 bilhão.
A fome é uma droga, inseticidas são uma droga,
doenças fatais transmitidas por insetos também, mas
algumas vezes essas doenças podem ser curadas pela
administração de drogas, como o quinino, empregado
na cura da malária. É interessante observar como uma
palavra pode ter significados tão diferentes. Droga,
por exemplo, tem ainda um outro significado que ve-
remos na próxima unidade.
Compreendendo
o
mundo
Casa de pau a
pique encontrada
em regiões mais
pobres do país.
Quando faltam
alimentos,
geralmente
também faltam
condições de
moradia,
saneamento,
saúde, educação
e outros itens que
são direitos
legítimos do
cidadão.
Mauricio
Simonetti/Pulsar
Imagens
83
Compreendendo
o mundo
Esta seção, que finaliza a unidade,
conclui o tema que foi discutido e
mostra como ele está relacionado
ao tema que será abordado na
unidade seguinte.
Exercícios de revisão
Ao final dos capítulos são apresentadas
questões sobre todo o conteúdo
desenvolvido no capítulo.
Questões
Ao longo do capítulo são
propostos exercícios que auxiliam
a compreensão do tema.
Química e Saúde
Contextualiza os conceitos de Química
apresentados ao longo dos capítulos
com temas relacionados aos cuidados
com a saúde e ao bem-estar.
Unidade 4 • Alimentos e aditivos
276
1. (UnB-DF) Existem várias hipóteses científicas para ex-
plicar como a vida surgiu na Terra. A hipótese com o maior
número de evidências favoráveis é a de que a primeira
forma de vida surgiu da matéria bruta e era um organismo
heterótrofo. Essa hipótese baseia-se na suposição de que
moléculas orgânicas formaram-se a partir dos gases que
compunham a atmosfera primitiva.
Parainvestigarquaisoscompostosorgânicosquepoderiam
ter existido antes do surgimento da vida, Harold Urey e
Stanley Miller, em 1ã5é, construíram um aparelho que per-
mitiu a reprodução da suposta condição da atmosfera pri-
mitiva, isolada do meio externo, conforme ilustra esque-
maticamente a figura abaixo.
Os pesquisadores mantiveram o aparelho em funciona-
mento durante uma semana. Após esse período, a análise
do líquido marrom que se formou indicou a presença de
substânciasdiferentesdosgasesinseridosinicialmente.En-
tre as substâncias formadas, foram identificados dois ami-
noácidos encontrados nos seres vivos, a glicina e a alanina,
cujas estruturas moleculares são representadas a seguir.
Considerando as informações do texto, julgue os itens a
seguir.
01. A equação abaixo representa corretamente a reação
de síntese de glicina que pode ter ocorrido no interior
do aparelho de Urey e Miller.
NHé(g) + ó HóO(g) + ó CH4(g) **( CóH5OóN(aq) + 5 Hó(g)
0ó. No balão indicado por I, no aparelho de Urey e Miller
ilustrado, a formação de bolhas deve-se à mudança
de fase da água.
0é. A presença de condutores metálicos e faíscas elétricas
no balão II indica que a síntese de aminoácidos se dá
por eletrólise.
04. Não pode haver crescimento de seres vivos com os
componentes referidos na figura e no texto, pois não
há carboidratos para serem usados como fonte de
energia.
05. A alanina apresenta cadeia carbônica aberta, saturada,
homogênea e normal.
0ú. O grupo amina presente nos aminoácidos é o responsá-
velpelaacidez,principalcaracterísticadosaminoácidos.
07. Os resultados obtidos no experimento de Urey e Miller
sãosuficientesparaseconcluirquesubstânciasorgânicas
podem ser obtidas a partir de substâncias inorgânicas.
2. Sobre a formação do íon dipolar, intramolecular,
zwitteríon, em α-aminoácidos:
a) Explique como ocorre a formação de um íon zwitteríon.
b) Indique, com base na explicação anterior, em que fase
de agregação se encontram todos os α-aminoácidos
conhecidos em condições ambientes (ó5 °C e 1 atm).
c) Classifique como neutro, positivo ou negativo os íons
zwitteríon formados pelos α-aminoácidos alanina, li-
sina e ácido glutâmico em solução aquosa.
d) Indique o caráter, ácido ou básico, de cada solução
formada.
3. (Unicap-PE) Alguns produtos usados na limpeza de
lentes de contato funcionam transformando em amino-
ácidos as proteínas depositadas sobre a superfície da
lente. Esta é uma reação de:
a) Esterificação. c) Saponificação. e) Hidrólise.
b) Desidratação. d) Condensação.
4. (Cesgranrio-RJ) Dados os seguintes aminoácidos:
glicina (GLI) alanina (ALA)
Escreva a fórmula estrutural de um fragmento de pro-
teína GLI-ALA-GLI.
Questões
ATENÇÃO!
Não escreva no
seu livro!
N2
NH3
H2
CO2
CH4
H2O
coleta de
amostra
fonte
de calor
água em
ebulição condensador
atmosfera
primordial
I.
II.
alanina
C
OH
O
C
N
H
H H
OH
C
OH
O
C
H
N
H
H
H
glicina
alanina
C
OH
O
C
N
H
H H
OH
HóN C
O
OH
C
H
NHó
C
Hó 4
[ ]
lisina
C
O
OH
C
H
NHó
C
Hó
C
Hó
C
O
HO
ácido glutâmico
HóN COOH
COH
H
HóN COOH
C
Hó
Unidade 2 • Drogas lícitas e ilícitas
104
Pesquisem, em grupos de 4 ou 5 alunos, quais as principais vantagens e desvantagens da
instalação de um polo petroquímico para o desenvolvimento de uma cidade? Quais as atitudes
que devem ser tomadas para que as vantagens superem as desvantagens?
Todos vão pesquisar a resposta e depois a sala poderá debater em conjunto as conclusões
de cada grupo.
Trabalho em equipe
De onde vem...
para onde vai?
Benzenol e propanona
O processo industrial
Um dos processos principais para obter o ben-
zenol e a propanona, duas matérias-primas fun-
damentais para a indústria química, tem origem
no propeno e no benzeno.
O primeiro passo é promover a reação entre
essas duas substâncias para obter o isopropilben-
zeno (cumeno), na presença de ácido fosfórico
sólido, H3PO4(s), que atua como catalisador.
propeno benzeno
isopropilbenzeno (cumeno)
Como a reação é exotérmica, para eliminar o
calor gerado o catalisador é arrumado em cama-
das separadas, entre as quais circula um líquido
de resfriamento (propano e água).
A reação geralmente é conduzida a 50 o
C e
á0 atm, utilizando-se um ligeiro excesso de ben-
zeno em relação ao propeno.
O produto obtido, o cumeno, é então enviado
a uma coluna de contato, para reação de oxidação
com oxigênio do ar.
Nesse ponto é preciso evitar a decomposição
do hidroperóxido de cumeno, uma substância
muito instável que se comporta como explosivo
em meio ácido, o que é feito pela adição de uma
solução de carbonato de sódio, NaáCO3(aq), para
tornar o meio alcalino (pH entre ã,5 e 10).
O hidroperóxido de cumeno é então enviado
ao recipiente de decomposição, onde, pela adição
de HáSO4(aq), transforma-se em fenol e acetona:
Acabamos de ver que o hidroperóxido de
cumeno pode explodir em meio ácido; portanto,
a adição de ácido sulfúrico é feita sob condições
muito controladas para que isso não ocorra.
Completada a reação, os produtos são subme-
tidos a um processo de destilação fracionada para
separar o benzenol (ponto de ebulição = 1ãá °C), da
propanona (ponto de ebulição = 56 °C) e de outros
subprodutos do processo (dados a 1 atm).
H3C CHá
C
H
+ **(
**(
C
H
CH3
CH3
+ Oá(g) **(
C
H
CH3
CH3 oxigênio
cumeno
**(
C
O
CH3
CH3
O H
hidroperóxido de cumeno
***(
C
O
CH3
CH3
O H HáSO4(aq)
hidroperóxido de cumeno
OH
***( +
HáSO4(aq)
H3C
C
CH3
O
propanona
benzenol (fenol)
4.1 A P-36 foi a maior plataforma de produção de petróleo
no mundo antes de afundar em março de 2001 (foto abai-
xo). Era operada pela Petrobras no campo de Roncador,
Bacia de Campos, distante 130 km da costa do estado do
Rio de Janeiro, e sua produção era estimada em 84 mil
barris de petróleo por dia. Na madrugada do dia 15 de mar-
ço de 2001 ocorreram duas explosões em uma das colunas
da plataforma. Segundo a Petrobras, 175 pessoas estavam
no local no momento do acidente das quais 11 morreram,
todas integrantes da equipe de emergência da plataforma.
A plataforma afundou no dia 20 de março, em uma pro-
fundidade de 1 200 metros e com estimadas 1 500 tonela-
das de óleo ainda a bordo. Em 2007 a P-36 foi substituída
pela plataforma P-52, construída em Cingapura e no Brasil.
a) Explique por que, apesar dos constantes acidentes en-
volvendo o petróleo, investe-se cada vez mais na sua
prospecção e extração.
b) Explique resumidamente a que tratamentos o petróleo
bruto deve ser submetido antes de ir para a refinaria.
4.2 (PUCC-SP) Nos motores de explosão, hidrocarbonetos
de cadeia ramificada resistem melhor à compressão do
que os de cadeia normal. Por isso, compostos de cadeia
reta são submetidos a reações de “reforma catalítica”,
como a abaixo exemplificada:
Os nomes oficiais do reagente e do produto são, respec-
tivamente:
a) isoctano e dimetil-hexano.
b) octano e 6-metil-heptano.
c) octano normal e 2,2-dimetil-heptano.
d) n-octano e 2-metil-heptano.
e) n-octano e iso-hexano.
4.3 (Unicamp-SP) O vazamento de petróleo no Golfo do
México, em abril de 2010, foi considerado o pior da his-
tória dos Estados Unidos. O vazamento causou o apare-
cimento de uma extensa mancha de óleo na superfície
do oceano, ameaçando a fauna e a flora da região. Esti-
ma-se que o vazamento foi da ordem de 800 milhões de
litros de petróleo em cerca de 100 dias. Por ocasião do
acidente, cogitou-se que todo o óleo vazado poderia ser
queimado na superfície da água. Se esse procedimento
fosse adotado, o dano ambiental
a) não seria grave, pois o petróleo é formado somente por
compostos de carbono e hidrogênio, que, na queima,
formariam CO2
e água.
b) seria mais grave ainda, já que a quantidade (em mol)
de CO2 formada seria bem maior que a quantidade (em
mol) de carbono presente nas substâncias do petróleo
queimado.
c) seria praticamente nulo, pois a diversidade de vida no
ar atmosférico é muito pequena.
d) seria transferido da água do mar para o ar atmosférico.
4.4 (UERJ) Além do impacto ambiental agudo advindo do
derramamento de grandes quantidades de óleo em am-
bientes aquáticos, existem problemas a longo prazo as-
sociados à presença, no óleo, de algumas substâncias
como os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, muta-
gênicos e potencialmente carcinogênicos. Essas substân-
cias são muito estáveis no ambiente e podem ser encon-
tradas por longo tempo no sedimento do fundo, porque
gotículas de óleo, após adsorção por material particulado
em suspensão na água, sofrem processo de decantação.
Um agente mutagênico, com as características estruturais
citadas no texto, apresenta a seguinte fórmula:
a)
c)
b)
d)
4.5 A importância do alcatrão da hulha deve-se ao fato
de ser constituído principalmente de substâncias com
cadeia carbônica do mesmo tipo que a do:
a) hexano
c) éter etílico
e) naftaleno
b) ciclo-hexano d) propeno
Antônio
Gaudério
/Folhapre
ss
cat.
**(
cat. H k C k C k C k C k C k CH3
k
k
CH3
CH3
H2
H2
H2
H2
H3C k C k C k C k C k C k C k CH3
H2
H2
H2
H2
H2
H2
**(
Exercícios de revisão
N
75
Capítulo 4 • Petróleo, hulha e madeira
atenção!
Não escreva no
seu livro!
Atenção! Ainda que se peça
“Assinale”, “Indique”, etc.
em algumas questões, nunca
escreva no livro. Responda a
todas as questões no caderno.
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relacionados aos conteúdos
do livro.
5
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6
Sumário
Petróleo
UNIDADE
1
Capítulo 1
Conceitos básicos
1 A síntese da ureia............................................. 13
2 Postulados de Kekulé........................................ 15
3 Simplificação de fórmulas estruturais .................. 16
4 Classificação de cadeias carbônicas ..................... 21
• Exercícios de revisão....................................... 25
Capítulo 2
Nomenclatura
1 Nomenclatura de compostos com cadeia normal...28
2 Nomenclatura de compostos com cadeia
ramificada...................................................... 33
• Exercícios de revisão ......................................40
Capítulo 3
Hidrocarbonetos
1 Propriedades gerais ..........................................42
2 O grupo dos alifáticos ......................................44
• Experimento: Sachês perfumados ..................... 45
3 O grupo dos aromáticos .................................... 53
• Exercícios de revisão.......................................56
Capítulo 4
Petróleo, hulha e madeira
1 Petróleo .........................................................58
2 O refino do petróleo ......................................... 61
3 Gasolina.........................................................65
4 Hulha ............................................................69
5 Madeira ......................................................... 70
• Exercícios de revisão....................................... 75
Capítulo 5
Haletos orgânicos
1 Propriedades dos haletos orgânicos.....................78
• Exercícios de revisão.......................................82
• Compreendendo o mundo...............................83
Drogas lícitas e ilícitas
UNIDADE
2
Capítulo 6
Funções oxigenadas
1 Álcoois...........................................................88
2 Fenóis ..............................................................92
3 Éteres ............................................................96
4 Aldeídos.........................................................99
5 Cetonas........................................................ 102
6 Ácidos carboxílicos......................................... 105
7 Ésteres......................................................... 109
8 Sais de ácido carboxílico................................... 112
• Exercícios de revisão...................................... 114
Joe
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7
Consumismo
UNIDADE
3
Capítulo 9
Reações de substituição
1 Substituição em alcanos................................... 161
2 Substituição em aromáticos............................. 166
3 Substituição em derivados do benzeno .............. 170
4 Substituição em haletos orgânicos .....................174
• Exercícios de revisão......................................176
Capítulo 10
Reações de adição
1 Reações de adição em alcenos ...........................178
2 Reações de adição em alcinos........................... 184
3 Reações de adição em alcadienos.......................187
4 Reações de adição em ciclanos e aromáticos ....... 189
• Exercícios de revisão...................................... 191
Capítulo 11
Outras reações orgânicas
1 Reações de eliminação.................................... 193
2 Reações de oxirredução................................... 198
3 Ozonólise de alcenos ...................................... 199
4 Oxidação branda de alcenos ............................ 200
5 Oxidação enérgica de alcenos........................... 202
6 Oxidação de álcoois........................................ 204
7 Redução de compostos oxigenados ................... 210
• Exercícios de revisão...................................... 212
Capítulo 12
Polímeros sintéticos
1 Polímeros de adição comum ............................. 215
2 Polímeros de adição 1,4 ....................................221
3 Vulcanização da borracha .................................223
• Experimento: Modificando
a estrutura do polímero ................................ 224
4 Copolímeros ................................................. 226
5 Polímeros de condensação................................ 231
• Exercícios de revisão..................................... 238
• Compreendendo o mundo............................. 239
Capítulo 7
Funções nitrogenadas
1 Aminas .........................................................117
2 Amidas ........................................................ 125
3 Nitrocompostos............................................. 127
• Exercícios de revisão..................................... 129
Capítulo 8
Isomeria constitucional
1 Isomeria constitucional estática ........................ 131
2 Isomeria constitucional dinâmica.......................138
3 Estereoisomeria..............................................139
4 Diastereoisomeria...........................................140
5 Isomeria E-Z...................................................142
6 Enantiômeros................................................ 144
• Experimento: Construção de modelos –
enantiômeros ..............................................145
• Exercícios de revisão...................................... 156
• Compreendendo o mundo.............................. 157
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8
Alimentos e aditivos
UNIDADE
4
Atividade nuclear
UNIDADE
5
Capítulo 17
Leis da radioatividade
1 Emissões nucleares naturais............................. 291
2 Leis de Soddy ................................................ 294
3 Período de meia-vida ...................................... 295
4 Séries ou famílias radioativas ........................... 298
• Exercícios de revisão..................................... 304
Capítulo 18
Energia nuclear
1 Aceleradores de partículas...............................306
2 Radioatividade artificial .................................. 307
3 Fissão nuclear................................................ 310
4 Fusão nuclear................................................. 315
• Exercícios de revisão..................................... 316
• Compreendendo o mundo.............................. 317
Sugestões de leitura, filmes e sites ........................318
Bibliografia...................................................... 319
Índice remissivo................................................ 319
Capítulo 13
Introdução à Bioquímica
1 Compostos bioquímicos...................................243
• Exercícios de revisão..................................... 250
Capítulo 14
Lipídios
1 Cerídeos....................................................... 252
2 Glicerídeos.................................................... 254
3 Esteroides..................................................... 257
• Exercícios de revisão.....................................260
Capítulo 15
Carboidratos
1 Oses............................................................ 264
2 Osídeos........................................................266
• Exercícios de revisão...................................... 271
Capítulo 16
Proteínas
1 a-aminoácidos .............................................. 273
2 Formação de proteínas.................................... 277
• Experimento: Extrato glicólico
de proteínas do leite..................................... 279
3 Ácidos nucleicos ............................................ 283
• Exercícios de revisão..................................... 286
• Compreendendo o mundo............................. 287
M
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Clifford/Barcroft
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9
Tabela
periódica
dos
elementos
H
1
1,01
hidrogênio
Li
3
1,0
152
123
181
1342
0,53
520
6,94
lítio
Na
11
0,9
153,7
—
98
883
0,97
494
22,99
sódio
K
19
0,8
227
203
63
759
0,89
419
39,10
potássio
Rb
37
0,8
247,5
—
39
688
1,53
402
85,47
rubídio
Cs
55
0,8
265,4
235
28
671
1,93
377
132,91
césio
Fr
87
0,7
270
—
27
677
—
394
(223)
frâncio
Be
4
1,6
113,3
89
1287
2471
1,85
901
9,01
berílio
Mg
12
1,3
160
136
650
1090
1,74
737
24,31
magnésio
Ca
20
1,0
197,3
174
842
1484
1,54
591
40,08
cálcio
Sr
38
1,0
215,1
192
777
1382
2,64
549
87,62
estrôncio
Ba
56
0,9
217,3
198
727
1897
3,62
503
137,33
bário
Ra
88
0,9
223
—
700
1140
5
511
(226)
rádio
Sc
21
1,4
160,6
144
1541
2836
2,99
633
44,96
escândio
Y
39
1,2
181
162
1522
3345
4,47
599
88,91
ítrio
Ti
22
1,5
144,8
132
1668
3287
4,51
658
47,87
titânio
Zr
40
1,3
160
145
1855
4409
6,52
641
91,22
zircônio
Hf
72
1,3
156,4
144
2233
4603
13,3
658
178,49
háfnio
Rf
104
—
—
—
—
—
—
—
(261)
rutherfórdio
V
23
1,6
132,1
—
1910
3407
6,0
649
50,94
vanádio
Nb
41
1,6
142,9
134
2477
4744
8,57
654
92,91
nióbio
Ta
73
1,5
143
134
3017
5458
16,4
729
tântalo
Db
105
—
—
—
—
—
—
—
(262)
dúbnio
Cr
24
1,7
124,9
—
1907
2671
7,15
654
52,00
crômio
Mo
42
2,2
136,2
129
2623
4639
10,2
683
95,96
molibdênio
W
74
1,7
137,0
130
3422
5555
19,3
758
183,84
tungstênio
Sg
106
—
—
—
—
—
—
—
(266)
seabórgio
2,2
78
30
–259
–253
0,09
1311
Mn
25
1,6
124
117
1246
2061
7,3
716
54,94
manganês
Tc
43
2,1
135,8
—
2157
4265
11
704
(98)
tecnécio
Re
75
1,9
137,0
128
3816
5596
20,8
758
186,21
rênio
Bh
107
—
—
—
—
—
—
—
(264)
bóhrio
Fe
26
1,8
124,1
116,5
1538
2861
7,87
763
55,85
ferro
Ru
44
2,2
134
124
2334
4150
12,1
712
101,07
rutênio
Os
76
2,2
135
126
3033
5012
22,59
813
190,23
ósmio
Hs
108
—
—
—
—
—
—
—
(277)
hássio
Co
27
1,9
125,3
116
1495
2927
8,86
763
58,93
cobalto
Rh
45
2,3
134,5
125
1964
3695
12,4
721
102,91
ródio
Ir
77
2,2
135,7
126
2446
4428
22,5
867
192,22
irídio
Mt
109
—
—
—
—
—
—
—
(268)
meitnério
Ni
28
1,9
124,6
115
1455
2913
8,90
737
58,69
níquel
Pd
46
2,2
137,6
128
1555
2963
12,0
804
106,42
paládio
Pt
78
2,2
138
129
1768
3825
21,5
863
195,08
platina
Ds
110
—
—
—
—
—
—
—
(271)
darmstádtio
Rg
111
—
—
—
—
—
—
—
(272)
roentgênio
Cn
112
—
—
—
—
—
—
—
(277)
copernício
Fl
114
—
—
—
—
—
—
—
(289)
fleróvio
Lv
116
—
—
—
—
—
—
—
(292)
livermório
Cu
29
1,9
127,8
117
1085
2562
8,96
746
63,55
cobre
Ag
47
1,9
144,4
134
962
2162
10,5
733
107,87
prata
Au
79
2,4
144,2
134
1064
2856
19,3
892
196,97
ouro
Zn
30
1,7
133,2
125
420
907
7,14
905
65,38
zinco
Cd
48
1,7
148,9
141
321
767
8,69
867
112,41
cádmio
Hg
80
1,9
160
144
–39
357
13,53
1010
200,59
mercúrio
B
5
2,0
83
88
2075
4000
2,34
800
10,81
boro
Al
13
1,6
143,1
125
660
2519
2,70
578
26,98
alumínio
Ga
31
1,8
122,1
125
30
2204
5,91
578
69,72
gálio
In
49
1,8
162,6
150
157
2072
7,31
557
114,82
índio
Tl
81
1,8
170,4
155
304
1473
11,8
591
204,38
tálio
C
*
6
2,6
—
77
—
3825
***
2,2
1085
12,01
carbono
Si
14
1,9
117
117
1414
3265
2,33
788
28,09
silício
Ge
32
2,0
122,5
122
938
2833
5,32
763
72,64
germânio
Sn
50
2,0
140,5
140
232
2602
7,27
708
118,71
estanho
Pb
82
1,8
175,0
154
327
1749
11,3
716
207,21
chumbo
N
7
3,0
71
70
–210
–196
1,23
1404
14,01
nitrogênio
P
15
2,2
93
(b)
/
115
(v)
**
110
44
281
1,82
(b)
1014
30,97
fósforo
As
33
2,2
125
121
—
614
***
5,75
947
74,92
arsênio
Sb
51
2,1
182
141
631
1587
6,68
830
121,76
antimônio
Bi
83
1,9
155
152
271
1564
9,79
704
208,98
bismuto
O
8
3,4
—
66
–219
–183
1,40
1316
16,00
oxigênio
S
16
2,6
104
104
115
445
2,07
1001
32,07
enxofre
Se
34
2,6
215,2
117
221
685
4,39
943
78,96
selênio
Te
52
2,1
143,2
137
450
988
6,24
872
127,60
telúrio
Po
84
2,0
167
153
254
962
9,20
813
(209)
polônio
F
9
4,0
70,9
58
–220
–188
1,67
1684
19,00
flúor
Cl
17
3,2
—
99
–102
–34
3,11
1253
35,45
cloro
Br
35
3,0
—
114,2
–7
59
3,10
1140
79,90
bromo
I
53
2,7
—
133,3
114
184
4,93
1010
126,90
iodo
At
85
2,2
—
—
302
337
—
—
(210)
astato
He
2
—
128
—
—
–269
0,18
2376
4,00
hélio
Ne
10
—
—
—
–249
–246
0,89
2082
20,18
neônio
Ar
18
—
174
—
–189
–186
1,75
1521
39,95
argônio
Kr
36
—
—
189
–157
–153
3,68
1353
83,80
criptônio
Xe
54
2,6
218
209
–112
–108
5,76
1173
131,29
xenônio
Rn
86
—
—
—
–71
–62
9,74
1039
(222)
radônio
La
57
1,1
187,7
169
918
3464
6,15
541
138,91
lantânio
Ce
58
1,1
182,5
165
798
3443
6,77
536
140,12
cério
Pr
59
1,1
182,8
165
931
3520
6,77
528
140,91
praseodímio
Nd
60
1,1
182,1
164
1021
3074
7,01
532
144,24
neodímio
Pm
61
—
181,0
—
1042
3000
7,26
541
(145)
promécio
Sm
62
1,2
180,2
166
1074
1794
7,52
545
150,36
samário
Eu
63
—
204,2
185
822
1529
5,24
549
151,96
európio
Gd
64
1,2
180,2
161
1313
3273
7,90
595
157,25
gadolínio
Tb
65
—
178,2
159
1356
3230
8,23
566
158,93
térbio
Dy
66
1,2
177,3
159
1412
2567
8,55
574
162,50
disprósio
Ho
67
1,2
176,6
158
1474
2700
8,80
582
164,93
hólmio
Er
68
1,2
175,7
157
1529
2868
9,07
591
167,26
érbio
Tm
69
1,3
174,6
156
1545
1950
9,32
599
168,93
túlio
Yb
70
—
194
170
819
1196
6,90
603
173,05
itérbio
Lu
71
1,0
173,4
156
1663
3
402
9,84
524
174,97
lutécio
Ac
89
1,1
187,8
—
1051
3198
10
499
(227)
actínio
Th
90
1,3
179,8
—
1750
4787
11,7
608
232,04
tório
Pa
91
1,5
160,6
—
1572
4027
15,4
570
231,04
protactínio
U
92
1,7
154
—
1135
4131
19,1
599
238,03
urânio
Np
93
1,3
150
—
644
3902
20,2
603
(237)
netúnio
Pu
94
1,3
151
—
640
3228
19,7
582
(244)
plutônio
Am
95
—
173
—
1176
2011
12
578
(243)
amerício
Cm
96
—
174
—
1345
—
13,51
582
(247)
cúrio
Bk
97
—
170
—
1050
—
14,78
603
(247)
berquélio
Cf
98
—
169
—
900
—
15,1
608
(251)
califórnio
Es
99
—
203
—
860
—
—
620
(252)
einstênio
Fm
100
—
—
—
1527
—
—
629
(257)
férmio
Md
101
—
—
—
827
—
—
637
(258)
mendelévio
No
102
—
—
—
827
—
—
641
(259)
nobélio
Lr
103
—
—
—
1627
—
—
—
(262)
laurêncio
SÉRIE
DOS
LANTANÍDIOS
SÉRIE
DOS
ACTINÍDIOS
H
1
2,2
78
30
–259
–253
0,09
1311
1,01
hidrogênio
símbolo
Propriedade
dos
elementos
dentro
das
células
SÉRIE
DOS
LANTANÍDIOS
SÉRIE
DOS
ACTINÍDIOS
número
atômico
nome
eletronegatividade
raio
atômico
e
raio
covalente
temperaturas
de
fusão
e
ebulição
densidade
1ª
-
energia
de
ionização
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
1
2
3
4
5
6
7
■
■
Os
elementos
de
números
atômicos
113,
115,
117
e
118
não
constam
na
tabela
porque,
apesar
de
relatados
por
pesquisadores,
até
junho
de
2012
ainda
não
haviam
sido
referendados
pela
Iupac/Iupap.
■
■
As
massas
atômicas
relativas
são
listadas
com
arredondamento
no
último
algarismo.
As
massas
atômicas
entre
parênteses
representam
valores
ainda
não
padroni-
zados
pela
Iupac.
■
■
Os
valores
de
eletronegatividade
estão
na
escala
de
Pauling.
Nessa
escala,
a
eletronegatividade
do
flúor,
elemento
mais
eletronegativo,
é
4,0.
O
valor
para
o
frâncio,
elemento
menos
eletronegativo,
é
0,7.
■
■
Os
valores
de
raio
atômico
e
raio
covalente
são
dados
em
pm
(picômetros):
1
pm
=
10
–12
m.
■
■
Os
valores
de
temperatura
de
fusão
e
de
ebulição
são
dados
em
ºC
(graus
Celsius).
■
■
Os
valores
de
densidade
para
sólidos
e
líquidos
são
dados
em
g/cm
3
(gramas
por
centímetro
cúbico)
e,
para
gases,
em
g/L
(gramas
por
litro).
■
■
Os
valores
da
1ª
-
energia
de
ionização
são
dados
em
kJ/mol
(quilojoules
por
mol).
■
■
Os
traços
indicam
valores
desconhecidos.
■
■
As
cores
nos
símbolos
dos
elementos
indicam
o
estado
físico
a
25
ºC
e
a
1
atm
de
pressão:
azul
–
estado
líquido;
roxo
–
estado
gasoso;
preto
–
estado
sólido;
cinza
–
estado
físico
desconhecido.
■
■
A
classificação
dos
elementos
boro,
silício,
germânio,
arsênio,
antimônio,
telúrio
e
polônio
em
semimetais
ou
metaloides
não
é
reconhecida
pela
Iupac.
■
■
Observação:
As
cores
utilizadas
nesta
tabela
não
têm
significado
científico;
são
apenas
recursos
visuais
pedagógicos.
*
Leia-se
carbono
grafite
**
b
–
fósforo
branco/
v
–
fósforo
vermelho
***
Temperatura
de
sublimação
180,95
massa
atômica
relativa
57-71
89-103
Não
metais
Gases
nobres
Metais
Os
dados
contidos
nesta
tabela
periódica
estão
de
acordo
com
as
recomendações
de
1º
-
junho
2012
da
Iupac
e
da
Iupap
(International
Union
of
Pure
and
Applied
Chemistry/International
Union
of
Pure
and
Applied
Physics
ou,
em
português,
União
Internacional
de
Química
Pura
e
Aplicada/União
Internacional
de
Física
Pura
e
Aplicada,
respectivamente).
Em
2005,
esta
tabela
foi
revisada
e
atualizada
sob
consultoria
de
Reiko
Isuyama
(ex-professora
do
Instituto
de
Química
da
Universidade
de
São
Paulo
e
integrante
do
Comitê
Executivo
do
Comitê
de
Ensino
de
Química
da
Iupac)
com
colaboração
de
Jorge
A.
W.
Gut
(professor
da
Escola
Politécnica
da
Universidade
de
São
Paulo).
Em
2010,
esta
tabela
foi
revisada
e
atualizada
sob
consultoria
de
Álvaro
Chrispino
(atual
professor
do
Cefet-RJ
e
Fellow
Iupac
e
representante
nacional
do
Comitê
de
Educação
Química
da
Iupac
–
até
2007).
Quimica_MR_v3_PNLD15_001a009_Iniciais.indd 9 5/20/13 9:14 AM
10
UNIDADE
1
10
Petróleo
Como isso nos afeta?
Quando ouvimos falar que o petróleo é um recurso não renovável,
que está se esgotando e que “a era do petróleo” logo chegará ao fim,
geralmente imaginamos que a única mudança em nossas vidas será a
substituição dos veículos de transporte movidos a diesel, querosene ou
gasolina por veículos elétricos ou movidos a hidrogênio ou outro com-
bustível alternativo. Mas não é só isso.
Se o petróleo realmente se tornasse escasso (a ponto de não com-
pensar a sua extração), teríamos de mudar totalmente nossa maneira
de viver, transformar nossos hábitos, nossa concepção de mundo e até
mesmo a forma como a sociedade se organiza.
O petróleo não fornece apenas combustíveis, mas também a maté-
ria-prima para a produção de quase todos os nossos bens de consumo.
Praticamente tudo o que temos e utilizamos é fruto da indústria
petroquímica ou de seus produtos.
O problema é que a extração e a utilização intensiva do petróleo
está se tornando uma ameça cada vez maior ao meio ambiente.
Existe saída para essa situação?
Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 10 5/20/13 10:51 AM
David
Gordon/Alamy/Other
Images
11
11
Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 11 5/20/13 10:51 AM
Estrada tecnológica para o pré-sal
“Laser, nanotecnologia e bactérias. Não, esses
não são elementos de uma história de ficção cien-
tífica – são ferramentas em estudo na Petrobras
para facilitar a extração de petróleo nas reservas
do pré-sal, que ficam a 300 km da costa e a mais
de 4 km de profundidade, incluindo 2 km da co-
luna de água e mais 2 km da camada de sal. [...]
Embora a Petrobras já extraia petróleo na
área, essa produção corresponde a apenas entre
5% e 10% do total produzido pela companhia, que
tem planos de aumentar esse fator de contribui-
ção para 40% em 2020. [...]
Segundo o engenheiro mecânico Orlando Ri-
beiro, gerente geral de pesquisa e desenvolvimen-
to de produção do Centro de Pesquisas e Desen-
volvimento da Petrobras (Cenpes), a rocha que
armazena o petróleo na camada pré-sal é muito
dura e não há possibilidade de se usar uma per-
furadora de impacto para atingir o óleo. Por isso,
a alternativa que está sendo testada é acoplar um
ou mais emissores de laser em uma broca. Esses
feixes de laser esquentariam a rocha, o que a tor-
naria mais frágil e, consequentemente, aumen-
taria a taxa de penetração das máquinas.
‘O grande desafio para isso é levar o laser até
lá embaixo’, ressalta o engenheiro. ‘Pretendemos
utilizar um cabo de fibra óptica, mas há uma sé-
rie de dificuldades técnicas que temos de resolver
antes do teste de campo, que deve ocorrer em
2015’, conta. [...]
Em relação ao uso de nanotubos, uma possi-
bilidade é a construção de cabos condutores de
eletricidade, que teriam uma condutividade dez
vezes maior que a do cobre e poderiam alimentar
as máquinas usadas em grandes profundidades.
Em alguns reservatórios, o óleo está aderido
à rocha, o que dificulta sua extração. Por isso, os
pesquisadores do Cenpes estão desenvolvendo
linhagens de bactérias que produzam um tipo de
sabão (chamado surfactante) que deslocaria o
óleo da rocha – literalmente lavando-a – e aumen-
taria a taxa de recuperação de petróleo.”
FURTADO, Fred. Ciência Hoje, 5 jul. 2012. Disponível em:
<http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2012/07/
estrada-tecnologica-para-o-pre-sal>. Acesso em: 21 out. 2012.
Plataforma
de extração
de petróleo
na baía de
Guanabara,
RJ (2012).
Ismar
Ingber/Pulsar
Imagens
Você sabe explicar?
1
CAPÍTULO
Conceitos básicos
Saiu na Mídia!
Unidade 1 • Petróleo
12
O que é exatamente o pré-sal? Por que é um desafio extrair petróleo dessa área?
Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 12 5/20/13 10:51 AM
No Volume 1 desta coleção tivemos uma introdução à Química
Orgânica, conhecemos alguns grupos funcionais e suas propriedades.
Mas como já faz tempo, você pode ter esquecido alguns detalhes.
Vamos então recordar o que estudamos antes de introduzir concei-
tos novos?
1 A síntese da ureia
A Química Orgânica, como a conhecemos hoje, começou com a
síntese da ureia.
Em 1825, o médico alemão Friedrich Wöhler (1800-1882) procurava
preparar o cianato de amônio, NH4OCN(s), a partir do cianeto de pra-
ta, AgCN(s), e do cloreto de amônio, NH4CL(s), – dois sais tipicamente
inorgânicos – de acordo com o seguinte procedimento:
• O cianeto de prata, AgCN(s), era aquecido na presença de oxigênio
do ar, O2(g), formando o cianato de prata, AgOCN(s).
AgCN(s) + 1/2 O2(g) **( AgOCN(s)
• Em seguida, o cianato de prata, AgOCN(s), era tratado com solução
de cloreto de amônio, NH4CL(aq), produzindo precipitado de clo-
reto de prata, AgCL(ppt), e cianato de amônio em solução,
NH4OCN(aq).
AgOCN(aq) + NH4CL(aq) **( AgCL(ppt) + NH4OCN(aq)
• A solução era filtrada e evaporada, restando apenas o cianato de
amônio sólido. Porém, ao ser aquecido, o cianato de amônio se trans-
formou em cristais brancos que Wöhler logo reconheceu como ureia,
a mesma substância que ele extraía com frequência da urina (de
cachorro e humana) para utilizar em seus experimentos.
NH4OCN(s) **( CO(NH2)2(s)
Wöhler descreveu o resultado inesperado como: “um fato notável,
uma vez que representa um exemplo da produção artificial de uma
substância orgânica de origem animal a partir de substâncias inorgâ-
nicas”, o que ia diretamente contra a teoria do vitalismo que imperava
na época. Segundo essa teoria, formulada por Jöns Jacob Berzelius
(1779-1848), os compostos orgânicos só podiam ser sintetizados por
organismos vivos.
Um outro aspecto desse “fato notável” chamou ainda mais a aten-
ção de Wöhler e do próprio Berzelius, que logo soube da descoberta:
o cianato de amônio e a ureia apresentam os mesmos elementos na
mesma quantidade: N2H4CO.
As propriedades químicas e físicas dessas substâncias, contudo,
eram absolutamente diferentes. A explicação proposta para explicar
esse fenômeno era que os compostos apresentavam o mesmo núme-
ro e tipo de átomos, mas a disposição dos átomos em cada composto
era diferente.
∆
Friedrich Wöhler formou-se médico
em 1823, aos 23 anos, mas não
chegou a exercer a profissão,
voltando-se para a pesquisa
científica. Em 1827, desenvolveu um
método para obter alumínio
metálico; porém, esse método era
caro e muito complexo, de modo que
o alumínio chegou a ser vendido na
época por 220 dólares o quilograma.
Cianato de amônio, NH4OCN(s):
2 átomos de nitrogênio, 4 átomos
de hidrogênio, 1 átomo de
carbono e 1 átomo de oxigênio.
Ureia, CO(NH2)2(s): 2 átomos de
nitrogênio, 4 átomos de
hidrogênio, 1 átomo de carbono e
1 átomo de oxigênio.
Sheila
Terry/SPL/Latinstock
13
Capítulo 1 • Conceitos básicos
Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 13 5/20/13 10:51 AM
Ao lado, os dois modelos da molécula de ureia.
A foto 1 mostra o modelo “bolas e varetas”, que
enfatiza o tipo de ligação covalente entre os átomos
(simples, dupla ou tripla). A foto 2 mostra o modelo
Stuart, o mais próximo do real. Nesse modelo, o raio
atômico dos elementos tem medidas proporcionais
às obtidas experimentalmente, e as esferas são
“cortadas” de modo que o encaixe entre elas
obedeça ao ângulo e ao comprimento corretos das
valências envolvidas. As cores para a representação
dos átomos seguem um padrão internacional:
carbono, preto; hidrogênio, branco; oxigênio,
vermelho; e nitrogênio, azul.
Fotos:
Sérgio
Dotta/Arquivo
da
editora
Esses compostos ficaram conhecidos como isômeros – do grego
iso, mesmo, e méros, parte, significando, portanto, ‘partes iguais’ –,
palavra inventada por Berzelius para descrever a isomeria, esse fenô-
meno que havia sido descoberto na Química. Atualmente define-se:
Wöhler e os cientistas da época deram mais importância à descober-
ta da isomeria do que ao impacto que a síntese da ureia causaria sobre
a teoria do vitalismo. Ainda assim, a teoria do vitalismo, que “emperrava”
o desenvolvimento da Química Orgânica, começou a declinar.
Atualmente, a Química Orgânica é conhecida como a parte da
Química que estuda a maioria dos compostos formados pelo elemen-
to carbono.
O carbono é um ametal que faz quatro ligações covalentes para
adquirir estabilidade; desse modo, os compostos orgânicos sempre
apresentam muitas ligações covalentes. O que caracteriza esse tipo de
ligação é o compartilhamento de pares de elétrons.
A fórmula estrutural é a mais utilizada na Química Orgânica. Nessa
fórmula, cada traço representa um par de elétrons compartilhado entre
os átomos ou um par de elétrons disponível na camada de valência (que
em Química Orgânica geralmente não é representado).
Exemplo: a fórmula N m N indica que há 3 pares de elétrons com-
partilhados entre os 2 átomos de nitrogênio (ligação tripla) e que cada
átomo de nitrogênio possui ainda um par de elétrons na camada de
valência que não está sendo compartilhado (par de elétrons “disponível”).
Hoje são conhecidos mais de 19 milhões de compostos orgânicos,
muitos dos quais presentes em inúmeros produtos que utilizamos dia-
riamente, como gasolina, querosene, álcoois, plásticos, borrachas, tintas,
remédios, fibras têxteis, papéis, produtos de limpeza, cosméticos, pro-
dutos de higiene, pesticidas e fertilizantes agrícolas. Isso ocorre devido
à versatilidade única do elemento carbono, que é capaz de formar com-
postos com milhares de átomos ligados, arranjados entre si das mais
diferentes maneiras.
Além do carbono, o hidrogênio, o oxigênio e o nitrogênio – deno-
minados elementos organógenos – formam a maioria dos compostos
orgânicos conhecidos.
Isomeria é o fenômeno em que dois ou mais compostos possuem
mesma fórmula molecular e diferente fórmula estrutural.
Alguns poucos compostos do
elemento carbono são
denominados compostos de
transição,ou seja,são compostos
que possuem o carbono,porém se
assemelham mais aos compostos
inorgânicos.Dentre eles podemos
citar o gás carbônico,CO2(g),o
monóxido de carbono,CO(g),o
cianeto de hidrogênio,HCN(g) e o
isocianeto de hidrogênio,HNCO(g).
1 2
Unidade 1 • Petróleo
14
Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 14 5/20/13 10:52 AM
2 Postulados de Kekulé
Entre 1858 e 1861, o químico Friedrich August Kekulé (1829-1896), o
químico escocês Archibald Scott Couper (1831-1892) e o químico russo
Alexander M. Betherov (1828-1886) lançaram independentemente os
três postulados que constituem as bases fundamentais da Química
Orgânica.
1º postulado
O carbono é tetravalente: faz 4 ligações covalentes que podem ser
estabelecidas de uma das seguintes formas esquematizadas na tabela:
Ligações do carbono Esquema
Exemplo: nome e fórmulas
molecular e estrutural
4 ligações simples C metano, CH4 C
H
H
H
H
2 ligações simples e 1 ligação dupla C eteno, C2H4
C
H
H
C
H
H
1 ligação simples e 1 ligação tripla C acetileno, C2H2
C
C H
H
2 ligações duplas C propadieno, C3H4
C
C C
H H
H H
Os demais elementos organógenos fazem as seguintes ligações:
Elemento Ligação Esquema Exemplo
Hidrogênio 1 ligação covalente simples H gás hidrogênio, H k H
Oxigênio
2 ligações covalentes simples
1 ligação covalente dupla
O
O
metanol, H3C k O k H
gás carbônico, O l C l O
Nitrogênio
3 ligações covalentes simples
1 ligação covalente simples e
1 ligação covalente dupla
1 ligação covalente tripla
N
N
N
amônia,
H
k
k k
N
H H
dimetilnitrosamina,
H3C k N k N l O
CH3
gás nitrogênio, N N
15
Capítulo 1 • Conceitos básicos
Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 15 5/20/13 10:52 AM
Lembre-se de que postulados são
uma série de afirmações ou
proposições que não podem ser
comprovadas, mas que são
admitidas como verdadeiras,
servindo de ponto de partida
para a dedução ou conclusão de
outras afirmações.
2º postulado
As 4 ligações simples do carbono são iguais (em comprimento e
energia), logo as quatro fórmulas estruturais esquematizadas abaixo,
por exemplo, representam a mesma molécula, o clorofórmio, CHCL3.
3º postulado
O carbono é capaz de formar cadeias (ligações químicas sucessivas)
com outros átomos de carbono.
As cadeias carbônicas podem conter milhares de átomos de carbono
ligados sucessivamente formando compostos estáveis. É o que justifica
o grande número de compostos orgânicos conhecidos.
3 Simplificação de fórmulas
estruturais
Às vezes a fórmula estrutural plana de um composto orgânico
pode se tornar muito longa para representarmos todas as ligações
entre os átomos. Por essa razão, é comum simplificarmos a fórmula
estrutural, condensando algumas ligações.
Veja a seguir alguns exemplos de simplificação da fórmula estrutural:
• Simplificação da fórmula do pentan-1-ol, C5H11OH
• Simplificação da fórmula do ácido propanoico, C3H6O2
• Simplificação do 3-metilciclobuteno, C5H8
H C C C
H H H H H
H H H H H
OH
C
C ou ou
ou
ou
H3C C C
H2 H2 H2
C C
H2
OH
H3C CH2
CH2 CH2 CH2 OH H3C CH2
[CH2]3
OH
C
C
H
H
H
H
H
C
O H
O
C
H2
C
OH
O
H3C CH3CH2COOH
ou ou
ou ou
H
H
C CH3
C
H
C
C
H
H
CH3
CH
CH3
H2C
CH
HC
Note que na simplificação da fórmula dos compostos cíclicos, cada
vértice da figura geométrica representa um átomo de carbono. As li-
gações entre o carbono e o hidrogênio não precisam ser representadas,
C C C C
H CL CL CL
CL H CL CL
CL CL H CL
CL CL CL H
Unidade 1 • Petróleo
16
Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 16 5/20/13 10:52 AM
pois fica implícito que todas as ligações que estão faltando (o carbono
faz 4 ligações) estão sendo feitas com o hidrogênio. As ligações do
carbono com outros elementos devem ser representadas.
• Simplificação do antraceno, C14H10
O antraceno possui 3 anéis ou núcleos aromáticos. Cada um é for-
mado por um ciclo plano com 6 átomos de carbono que estabelecem
entre si ligações ressonantes (intermediárias entre a simples e a dupla).
Ressonância
No Volume 1, também vimos que algumas moléculas ou íons podem
ser representados por duas ou mais fórmulas eletrônicas (estrutura de
Lewis) e estruturais diferentes. A molécula de benzeno, por exemplo,
pode ser representada por uma das seguintes fórmulas estruturais:
Qual delas é a correta? A resposta é: as duas e nenhuma.
Essas duas formas de representar a molécula de benzeno são acei-
tas, mas nenhuma delas possui existência física real. Experimentalmen-
te, verifica-se que todas as ligações estabelecidas entre os átomos de
carbono são iguais, de mesma energia e comprimento.
O benzeno é um exemplo de molécula que sofre ressonância.
As estruturas que mostramos para a molécula de benzeno são
estruturas ou formas de ressonância, também chamadas de formas
canônicas.
A representação mais próxima do real para a molécula de benzeno
é uma “média” das estruturas de ressonância ou um híbrido de resso-
nância, como mostramos abaixo:
C
C
C
C
C
H
C
H
H
H
C
C
C
C
H
H
C
C
C
C
H
H
H
H
ou
C C
C C
C C C C
C C
C C
H H
H H
H H
H H
H H
H H
&*(
C C
C C
C C
H H
H H
H H
Atualmente a Iupac recomenda que se
utilize uma das formas de ressonância
para representar a molécula de
benzeno e seus derivados, evitando
representar tais compostos pelo seu
híbrido de ressonância.
Modelo de “bolas e varetas” da
molécula de benzeno.
Esse tipo de modelo foi inventado por
Kekulé para explicar o conceito de
cadeia e de anéis para seus alunos.
Jose
Gil/Shutterstock/Glow
Images
O benzeno, C6H6, é um líquido
incolor ou levemente amarelado,
inflamável e altamente tóxico
por ingestão, inalação e absorção
através da pele, utilizado na
fabricação de diversos
compostos, como solventes,
inseticidas, fumigantes,
removedor de tintas, etc.
17
Capítulo 1 • Conceitos básicos
Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 17 5/20/13 10:52 AM
Camadas de água, terra e sal
Lâmina de água
Fica entre a
superfície e o chão
marinho. É o primeiro
desafio a ser vencido.
A Petrobras já
perfurou 1,8 km na
bacia de Santos, cuja
profundidade chega
a 3 km.
Camada de sal
Formada há cerca de
113 milhões de anos
durante uma grande
evaporação no oceano.
É sólida.
O petróleo está em
profundidades a mais de 6
quilômetros. Equipes de
pesquisadores da Petrobras, da
academia e de empresas
fornecedoras estudam as
dificuldades de perfuração e de
extração de gás e óleo.
Fonte (ilustração): GEOBAU: caracteres/sobre Geografia
e afins. Disponível em: <http://marcosbau.com.br/
geobrasil-2/entenda-o-pre-sal/>. Acesso em: 27 fev. 2013.
A ilustração está fora de escala. Cores fantasia.
O que é exatamente o pré-sal? Por que é um desafio
extrair petróleo dessa área?
Sete mil metros abaixo da superfície, o petróleo aguarda, aprisio-
nado nas entranhas rochosas da plataforma continental. Trazê-lo para
a superfície não será fácil. Muito menos barato. O tão cobiçado petró-
leo do campo de Tupi [renomeado campo de Lula] – suficiente para
encher até 8 bilhões de barris – está enterrado sob dois quilômetros de
água, mais dois quilômetros de rocha e, para completar, outros dois
quilômetros de crosta de sal. [...]
A preocupação maior, do ponto de vista tecnológico, não é a profun-
didade e sim a camada de sal. O Brasil é um dos líderes mundiais em
exploração de petróleo em águas profundas, mas nunca teve de atraves-
sar uma camada desse tipo. “Vamos ter de desenvolver essa tecnologia”,
disse o engenheiro Nelson Ebecken, coordenador do Núcleo de Transfe-
rência de Tecnologia (NTT) da Coordenação dos Programas de Pós-gra-
Perigo salino
Ao perfurar um poço nesta
camada corre-se o risco de
desmoronamento. Para isso, as
equipes precisam ser rápidas
ao fazer o revestimento.
Camada pós-sal
Rochas sedimentares
formadas com sedimentos
como calcário e arenito
formam a coluna sob o sal com
mais de 2 km de extensão. Na
bacia de Campos, RJ, o
petróleo está nessa camada.
Conhecidas como
árvores-de-natal, as
válvulas que prendem
as tubulações no
início do poço terão de
ser mais resistentes.
Camada pré-sal
O petróleo e o gás estão
misturados nos poros das
rochas carbonáticas que
compõem essa coluna. Elas
foram formadas há mais
de 115 milhões de anos.
Luis
Moura/Arquiv
o
da
editora
0
1000 m
2000 m
3000 m
4000 m
5000 m
6000 m
Unidade 1 • Petróleo
18
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duação de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), principal parceira acadêmica da Petrobras. “Se essa camada de
sal estivesse em terra já seria difícil. Imagine, então, a três mil ou quatro
mil metros [de profundidade].”
A essa profundidade, pressionado e aquecido pelo calor interno do
planeta, o sal se comporta como um material viscoso, o que cria proble-
mas para a perfuração e a manutenção dos poços. “A rocha é dura, mas
é estável. O sal não é tão duro, mas é menos estável”, explica o colega e
também engenheiro Edison Castro Prates de Lima. Imagine algo como
uma gelatina: “Você abre o buraco e o buraco fecha”, compara o espe-
cialista Giuseppe Bacoccoli, do Laboratório de Métodos Computacionais
em Engenharia da Coppe.
O planejamento dos poços, dizem os pesquisadores, terá de ser ex-
tremamente bem-feito, para que não entrem em colapso. Trata-se de
um ambiente pouco explorado no mundo. No Golfo do México, há
poços que chegam a 8 mil metros de profundidade, mas mesmo esses
estão acima da camada de sal, segundo Giuseppe. “Já se perfurou sal
em outros lugares, mas não a essa profundidade nem com essa espes-
sura”, completa Ebecken.
[...] Na própria bacia de Santos, a Petrobras possui poços de até
5 mil metros de profundidade na rocha, mas em lâminas de água (a
distância entre a superfície e o leito marinho) muito mais rasas, na faixa
dos 100 metros. E sem sal.
Apesar das dificuldades, todos os especialistas da Coppe ouvidos pe-
lo Estado estão confiantes em que o Brasil tem competência tecnológica
para chegar ao óleo de Tupi [Lula]. “Não vejo nenhuma quebra de para-
digma, é mais uma evolução”, afirma Bacoccoli, que já foi superinten-
dente de Exploração da Petrobras. O desafio maior, segundo ele, diz res-
peito ao custo, que aumenta exponencialmente com a profundidade e
a complexidade da operação. “Talvez cheguemos à conclusão de que
podemos, mas não devemos.” [...]
A instalação dos poços é toda feita remotamente da superfície, com
o uso de robôs. A pressão a dois mil metros de profundidade é 200 vezes
maior do que a pressão em terra, ao nível do mar. Um ser humano
nessas condições seria literalmente esmagado. A profundidade máxima
para um mergulhador, com riscos altíssimos, é por volta de 300 metros.
Dentro das rochas, o petróleo está fervendo. Quando chega ao
topo do poço, no leito marinho, está a quase 100 °C. Aí começa um
outro problema. A água no fundo do mar está a aproximadamente
4 °C. Para transportar o petróleo até a plataforma, dois mil metros
acima, é preciso mantê-lo quente. Caso contrário, a queda de tempera-
tura induz a formação de “coágulos” que podem entupir completamen-
te os dutos. “É como se o óleo passasse por uma serpentina, perdendo
calor ao longo do trajeto”, compara Segen. A solução é revestir os canos
de aço com material isolante, ou injetar produtos químicos para evitar
o adensamento do óleo.
REDE de Tecnologia. 2 km de sal desafiam tecnologia. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 18 nov. 2007. Disponível
em: <www.redetec.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=58908&isriointeli=true&sid=144>.
Acesso em: 27 fev. 2013.
“Plataformas tipo FPSO (Floating,
Production, Storage and Offloading)
são navios com capacidade para
processar e armazenar o petróleo,
e prover a transferência do petróleo
e/ou gás natural. No convés do navio,
é instalada uma planta de processo
para separar e tratar os fluidos
produzidos pelos poços. Depois de
separado da água e do gás, o petróleo
é armazenado nos tanques do
próprio navio, sendo transferido para
um navio aliviador de tempos
em tempos.”
Disponível em: <http://advivo.com.br/blog/
roberto-sao-paulo-sp-2010/conheca-os-principais-
tipos-de-plataformas-utilizadas-pela-petrobras>.
Acesso em: 25 jul. 2011.
Leo
Francini/Alamy/Other
Images
Os produtos químicos injetados
nos dutos para evitar o
adensamento do petróleo são
anticongelantes como o
etilenoglicol, por exemplo, que
estudamos no Volume 2, em
propriedades coligativas.
A Petrobras iniciou em 6 de
novembro de 2012 a produção de
petróleo no pré-sal de Baleia
Azul, litoral sul do Espírito Santo,
a 80 km da costa, por meio do
FPSO Cidade de Anchieta. Nessa
região a profundidade da água
varia entre 1,3 mil a 2 mil metros
e a camada de sal possui em
média 200 metros de espessura.
A meta é que até março de 2013,
o Cidade de Anchieta possa
atingir a capacidade máxima de
produção, de 100 mil barris
diários de petróleo e 3,5 milhões
de m³ de gás.
19
Capítulo 1 • Conceitos básicos
Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 19 5/20/13 10:52 AM
1. Identifique quantos átomos de hidrogênio estão fal-
tando para completar as ligações nos compostos a seguir:
a) b)
c)
2. Escreva no seu caderno as fórmulas a seguir comple-
tando as ligações (simples, dupla ou tripla) que estão fal-
tando para que as valências dos átomos envolvidos sejam
satisfeitas.
a)
b)
c)
3. Escreva no seu caderno a fórmula estrutural comple-
ta (mostrando o símbolo dos átomos e as ligações) e a
fórmula molecular dos compostos cíclicos esquematiza-
dos a seguir:
a) b) c)
4.No ambiente marinho, as espécies que se reproduzem
por fecundação externa desenvolvem mecanismos quí-
micos para que os gametas masculinos (espermatozoides)
e os gametas femininos (oogônios) se reconheçam e se
atraiam mutuamente.
No caso das algas pardas do gênero Fucus (foto a seguir),
a liberação do oogônio na água é acompanhada da pro-
C C
O
O
C C C
C N
CL C
C C C
O
C C S
C
C
C
C
C
O
C
N
H C
C C O
H
H
C C H
H
H
C
C
C
C
C
H
H
H
H
C
H S
H
C
H N C
H
H
H
C
H
H
C
O
O H
C C
O
dução de um hidrocarboneto denominado fucosserra-
teno, que, além de induzir a liberação dos espermatozoi-
des, orienta aqueles que estão nadando sem rumo a
nadarem em espiral na direção do oogônio, promovendo
a fecundação.
Ocorre que o fucosserrateno pode ter seu efeito imitado
pelo hexano, um hidrocarboneto derivado do petróleo.
Quando há um vazamento de petróleo no mar, a concen-
tração de hexano aumenta muito na região, estimulando
a emissão de espermatozoides na ausência de oogônios
a serem fecundados, o que provoca uma queda significa-
tiva na população dessas algas. Esse fato foi observado
pela primeira vez em 1960, quando a Fucus desapareceu
quase completamente da costa sudoeste da Inglaterra,
após o naufrágio de um navio petroleiro.
Dadaafórmulasimplificadadofucosserrateno,indiquesua
fórmula molecular.
5.Escreva a fórmula estrutural dos compostos orgânicos
que apresentam as seguintes características:
a) Molécula com 3 átomos de carbono e 4 átomos de
hidrogênio.
b) Molécula com 4 átomos de carbono e 8 átomos de
hidrogênio.
6. (Fuvest-SP) Explique as informações do conjunto A
usando as do conjunto B.
A1. Existe somente uma substância de fórmula CHCL3.
A2. Existe somente uma substância de fórmula CH2CL2.
B1. O átomo de carbono ocupa o centro (centro de gravi-
dade ou lugar geométrico) de um tetraedro regular, com
as valências dirigidas para os vértices.
B2. As quatro valências do carbono são equivalentes.
7.(UFPR) Dadas as representações abaixo, indique qual é
a correta para o metano, CH4. Justifique sua escolha.
Questões
ATENÇÃO!
Não escreva no
seu livro!
H H
H
H
C
H
H H
C
H C
H H
H H
Margery
Maskell/Alamy/Other
Images
Unidade 1 • Petróleo
20
Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 20 5/20/13 10:52 AM
4 Classificação de cadeias
carbônicas
O modo como as cadeias carbônicas estão estruturadas pode ex-
plicar muitas propriedades físicas e químicas dos compostos orgânicos;
por isso, é importante conhecer os diferentes tipos de cadeia carbônica
e entender a forma como são classificadas. Antes, porém, vamos clas-
sificar os átomos de carbono que as formam.
Classificação de carbonos
A classificação de determinado átomo de carbono em uma cadeia
carbônica apresenta como único critério o número de carbonos que
estão diretamente ligados a ele. Assim, temos:
• Carbono primário (P)
É o átomo de carbono que está ligado a apenas um outro átomo
de carbono, como mostra o exemplo a seguir:
• Carbono secundário (S)
É o átomo de carbono que está ligado a 2 outros átomos de carbono,
como mostram os exemplos a seguir:
• Carbono terciário (T)
É o átomo de carbono que está ligado a 3 outros átomos de carbo-
no, como mostram os exemplos a seguir:
• Carbono quaternário (Q)
É o átomo de carbono que está ligado a 4 outros átomos de carbo-
no, como mostram os exemplos a seguir:
A tabela da página 22 fornece uma visão geral dos diferentes tipos
de cadeia carbônica.
C
P
P
P
P
Q
C
C
C
C C
H
H
H
H
H
H
H
H H
H H
H
;
H
C
Q
P
P
S
S
S S
C
C
C C
C
C
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
C
H
H
H
H
H
H
P
T
P
P
H
H
H
H
C C
C C C
P
T
S
S S
C
C
C
H
H
H
H H
H H
H
H H
;
C
C C
H H
H H H
H
H H
S
P
P
C
C C
H H
H H
H H
S
S S
;
C
C
H H
H
H
H
H
P P
C
H H
H
H
molécula de metano
Na molécula de metano, CH4, o
carbono não está ligado a
nenhum outro átomo de
carbono, portanto, a rigor, ele não
pode ser classificado segundo
esse critério.
propano
ciclopropano
2,2-dimetilpropano 1,1-dimetilciclopentano
metilciclobutano
2-metilpropano
Lembre-se sempre de que
estamos considerando apenas a
cadeia (ligação sucessiva de
átomos de carbono), e não o
composto orgânico específico,
nessa classificação.
etano
21
Capítulo 1 • Conceitos básicos
Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 21 5/20/13 10:52 AM
Classificação de cadeias carbônicas
Abertas ou acíclicas (possuem no mínimo duas extremidades)
Quanto ao tipo de ligação
entre carbonos (simples,
dupla, tripla).
Saturadas: possuem apenas ligações simples
entre carbonos.
Exemplo:
Insaturadas: possuem pelo menos uma
ligação dupla ou tripla entre carbonos.
Exemplo:
Quanto à presença de
heteroátomo (átomo
diferente de carbono entre
dois carbonos).
Homogêneas: não possuem heteroátomo.
Exemplo:
Heterogêneas:possuemheteroátomo.
Exemplo:
Quanto à classificação dos
carbonos (primário,
secundário, terciário ou
quaternário).
Normais: possuem apenas carbonos
primários e secundários.
Exemplo:
Ramificadas:possuempelomenosum
carbonoterciárioouquaternário.
Exemplo:
Aromáticas (possuem pelo menos um núcleo aromático)
Quanto ao número de
núcleos aromáticos (ou
anéis de benzeno).
Mononucleares: possuem apenas um
núcleo aromático.
Exemplo:
Polinucleares: possuem mais de um núcleo
aromático.
Exemplo:
Quanto à disposição
dos núcleos aromáticos
Isolados e polinucleares: os núcleos
aromáticos não possuem átomos de
carbono comuns.
Exemplo:
Condensados e polinucleares: os núcleos
aromáticos possuem átomos de carbono
comuns.
Exemplo:
Alicíclicas (fechadas que não possuem núcleo aromático)
Quanto ao tipo de ligação
entre carbonos (simples,
dupla, tripla).
Saturadas: possuem apenas ligações
simples entre carbonos.
Exemplo:
Insaturadas: possuem pelo menos uma
ligação dupla ou tripla entre carbonos.
Exemplo:
Quanto à presença de hete-
roátomo (átomo diferente
de carbono entre dois
carbonos).
Homocíclicas: Não possuem heteroátomo.
Exemplo:
Heterocíclicas: possuem pelo menos um
heteroátomo.
Exemplo:
Quanto à classificação dos
carbonos (primário,
secundário, terciário ou
quaternário).
Normais: possuem apenas carbono
primário e secundário.
Exemplo:
Ramificadas:possuempelomenosum
carbonoterciárioouquaternário.
Exemplo:
C CH2
H3C
H
O C CH3
H3C
H2
C C CH3
H3C
H2
H
CH3
C
O
C C C
H3C
H2 H2
NH2
O
C
HC CH2
H
CH2
H2C
CH2
H2C
C
H2C CH2
CH3
H
CH2
CH2
C
H2
H2C
H2C
CH2
S
CH2
H2C
C
H2C C
H2
O
C C C
N
H
CH3
O
H
C C CH3
H3C
H2
H2
Unidade 1 • Petróleo
22
Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 22 5/20/13 10:52 AM
CURIOSIDADE Detergentes biodegradáveis
Uma substância orgânica é considerada
biodegradável quando pode ser decomposta
pela ação de microrganismos. Geralmente a
biodegradação ou degradação biológica é um
processoaeróbio–quenecessitadequantidades
razoáveis de oxigênio para ocorrer –; por isso,
também é denominada degradação aeróbia.
Quando uma substância orgânica é bio-
degradável, os microrganismos conseguem
transformá-la em íons inorgânicos, como
nitrato, NO3
1–
(aq), nitrito, NO2
1–
(aq), fosfato,
PO4
3–
(aq), e sulfato, SO4
2–
(aq), ou em moléculas
simples como dióxido de carbono, CO2(g), e
água, H2O(L). Todos esses íons e moléculas são
usados como nutrientes pelas plantas.
Já quando uma substância orgânica é não
biodegradável, sua decomposição não pode
ser efetuada por microrganismos, mesmo na
presença de elevadas quantidades de oxigê-
nio. Substâncias assim só podem ser degrada-
das por processos químicos ou físicos.
Se uma substância não biodegradável é
lançada ao ambiente, seus efeitos tóxicos ou
poluentes vão persistir por muito tempo, cau-
sando danos que vão se acumulando e se agra-
vando ao longo da cadeia alimentar.
Os detergentes são sintéticos (por isso nem
todossãobiodegradáveis).Amatéria-primauti-
lizadaparafabricá-loséopetróleo.Osdetergen-
tes são sais de ácido sulfônico (derivados de
ácidosulfúrico,umácidoforte)decadeialonga.
• Detergentes não biodegradáveis
Possuem cadeia muito ramificada como,
por exemplo, a do p-1,3,5,7-tetrametiloctil-ben-
zenossulfonato de sódio (veja fórmula estru-
tural abaixo). Cadeias ramificadas não são
digeridas pelos microrganismos existentes na
água e acabam causando sérios problemas ao
meio ambiente.
• Detergentes biodegradáveis
Possuem cadeia normal ou linear, como
o p-dodecilbenzenossulfonato de sódio, por
exemplo (veja fórmula abaixo).
Os detergentes de uso doméstico utili-
zam matéria-prima biodegradável em sua
formulação.
Se você colocar um pouco de água e de óleo
em um copo, verá que essas substâncias for-
mam um sistema bifásico mantendo-se sepa-
radas uma da outra, mas se você acrescentar
umas gotas de detergente ao sistema, forma-
rá uma emulsão (mistura coloidal). Isso ocor-
re porque a molécula de detergente possui
uma extremidade apolar que interage com o
óleo e uma extremidade polar (aniônica) que
interage com a água, misturando essas duas
substâncias que sozinhas são imiscíveis (não
se misturam).
E usar um produto biodegradável é garan-
tia de proteção ao meio ambiente?
Não. Sabemos que as bactérias que decom-
põem a matéria orgânica biodegradável utili-
zam o oxigênio do meio (a água de rios para
ondeédespejadooesgotodoméstico)parafazer
seu trabalho. Se houver muito detergente no
meio, haverá grande consumo de oxigênio da
água, o que pode levar à morte outras espécies
que habitam o ecossistema (eutrofização).
C C C C
H3C
H H2
CH3
C C C
CH3 CH3 CH3
H H2 H H2 H
S
O
O
O1–
Na1+
C C C C
H3C
H2
C C C
H2 H2
H2 H2
H2 H2
C C C C
H2 H2
H2 H2
S
O
O
O1–
Na1+
p-1,3,5,7-tetrametiloctil-benzenossulfonato de sódio; detergente (não biodegradável)
p-dodecilbenzenossulfonato de sódio: detergente (biodegradável)
23
Capítulo 1 • Conceitos básicos
Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 23 5/20/13 10:52 AM
12. (UFPR) A vida na Terra se organizou em torno de al-
guns poucos elementos, dos quais os mais encontrados
na estrutura dos seres vivos são: hidrogênio, oxigênio,
carbono e nitrogênio. Além da disponibilidade (esses ele-
mentos estão entre os mais abundantes na crosta terres-
tre e na água do mar), outros fatores devem ter contribuí-
do para a utilização desses elementos pelos seres vivos.
No que se refere ao carbono, por exemplo, a capacidade
de seus átomos de se ligarem entre si, formando cadeias,
que podem incluir também átomos de outros elementos,
deve ter desempenhado um papel essencial. Dessa capa-
cidade resulta a formação de um grande número de com-
postos e estruturas diversas, com suas diferentes proprie-
dades. Nas figuras abaixo estão exemplos dessas cadeias.
Sobre essas cadeias, é incorreto afirmar:
a) (A) é uma cadeia aberta, insaturada e ramificada.
b) (B) é uma cadeia aromática.
c) (C) é uma cadeia heterocíclica.
d) (D) é uma cadeia acíclica heterogênea.
e) (E) é uma cadeia aberta ramificada, na qual a cadeia
principal tem 7 carbonos.
13. (Unifoa-RJ) Indivíduos em jejum prolongado ou que
realizam exercícios físicos intensos liberam para a corren-
te sanguínea compostos denominados corpos cetônicos,
H3C k CO k CH3 e H3C k CO k CH2 k COOH. Ambas as
cadeias são classificadas como:
a) cíclica, heterogênea, insaturada.
b) acíclica, homogênea, insaturada.
c) acíclica, heterogênea, insaturada.
d) cíclica, homogênea, saturada.
e) acíclica, homogênea, saturada.
14. Sabendo que os quatro elementos organógenos – C,
H, O e N – fazem respectivamente 4, 1, 2 e 3 ligações co-
valentes comuns, forneça a fórmula estrutural dos se-
guintes compostos:
a) CH3ON.
b) C4H11N, em que todos os átomos de carbono estão li-
gados a no máximo um outro átomo de carbono.
c) C3H8O, cuja cadeia carbônica é heterogênea.
d) C2H5ON, cuja cadeia carbônica é homogênea.
(A) (B) (C)
(D) (E)
O
O
X
X
Questões
8. (UFV-MG) Considerando os compostos a seguir:
I. H3C k (CH2)2 k CH3
II. C(CH3)3 k CH2 k CH3
III. H3CCH2CH(CH3)2
IV. H3CCH2CH(OH)CH3
V. H3CCHBrCHBrCH3
a) Quais deles apresentam cadeias carbônicas ramifica-
das?
b) Indique o número de carbonos secundários existentes
nas cadeias ramificadas.
9.(UFAM) O pau-rosa, típico da região amazônica, é uma
rica fonte natural do óleo essencial conhecido por linalol,
o qual também pode ser isolado do óleo de alfazema.
Esse óleo apresenta a seguinte fórmula estrutural.
Sua cadeia carbônica deve ser classificada como:
a) acíclica, ramificada, saturada e heterogênea
b) acíclica, normal, insaturada e homogênea
c) alicíclica, ramificada, insaturada e homogênea
d) acíclica, ramificada, insaturada e homogênea
e) alicíclica, normal, saturada e heterogênea
10. (Acafe-SC) O peróxido de benzoíla é um catalisador
de polimerização de plásticos. Sua temperatura de autoig-
nição é igual a 80 °C, podendo causar inúmeras explosões.
Sua cadeia é:
a) alicíclica.
b) aromática.
c) alifática.
d) homocíclica.
e) saturada.
11. (PUC-RS) O ácido etilenodiaminotetracético, conheci-
do como EDTA, utilizado como antioxidante em margari-
nas, de fórmula
apresenta cadeia carbônica:
a) acíclica, insaturada e homogênea.
b) acíclica, saturada e heterogênea.
c) acíclica, saturada e homogênea.
d) cíclica, saturada e heterogênea.
e) cíclica, insaturada e homogênea.
H3C C
C C
H2
H
C CH2
CH3
H
C
H2
C
CH3
OH
X
O
C
O O
C
O
X
N C C N
H2 H2
C C
H2 O
OH
C C
H2 O
OH
C
C
H2
O
HO
C
C
H2
O
HO
X
Unidade 1 • Petróleo
24
Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 24 5/20/13 10:52 AM
1.1 (UFRJ) O AZT, que possui a capacidade de inibir a in-
fecção e os efeitos citopáticos do vírus da imunodeficiên-
cia humana do tipo HIV-I, o agente causador da Aids,
apresenta a seguinte estrutura:
a) Quantos átomos de carbono estão presentes em uma
molécula de AZT?
b) Quantos átomos de oxigênio estão contidos em um
mol de AZT?
1.2 (Uneb-BA) O eugenol, um composto orgânico extraído
do cravo-da-índia, pode ser representado pela fórmula
estrutural:
H3CO
HO CH2CH l CH2
Com base nessa informação, pode-se concluir que a fór-
mula molecular do eugenol é:
a) C10H11O.
b) C10H11O3.
c) C10H11O2.
d) C10H12O.
e) C10H12O2.
1.3 (ITE-SP) O composto orgânico de fórmula plana abaixo
possui:
a) 5 carbonos primários, 3 carbonos secundários, 1 carbo-
no terciário e 2 carbonos quaternários.
b) 3 carbonos primários, 3 carbonos secundários, 1 carbo-
no terciário e 1 carbono quaternário.
c) 5 carbonos primários, 1 carbono secundário, 1 carbono
terciário e 1 carbono quaternário.
d) 4 carbonos primários, 1 carbono secundário, 2 carbonos
terciários e 1 carbono quaternário.
1.4 (UEFS-BA) Em Pirapora de Bom Jesus, São Paulo, a
poluição do rio Tietê causada pela espuma de detergentes
de uso doméstico tomou conta de praças e de ruas. A
espuma tóxica, rica em sulfeto de hidrogênio, H2S(g), e
coliformes atingiu cerca de 5 metros de altura e 13 quilô-
metros de extensão do rio.
(Jornal Nacional)
X
CH CH2 CH3
CCH3
CH3
CH3
CH3
X
A partir dessas informações, pode-se afirmar:
a) A espuma tóxica é uma solução de gás em líquido.
b) A fórmula compacta CH3(CH2)10CH2OSONa1+
representa
um tensoativo biodegradável.
c) Os detergentes de uso doméstico aumentam a tensão
superficial da água, facilitando a formação de espuma.
d) Os detergentes utilizados na lavagem de louças repre-
sentam sistemas polifásicos, que são separados da
espuma por filtração.
e) A espuma tóxica contendo H2S(g) apresenta conduti-
vidade elétrica igual a zero.
1.5 (FEI-SP) Trietileno-tiofosforamida é um composto utili-
zado na quimioterapia do câncer. Sua fórmula estrutural é
dada a seguir. É um agente alquilante e tem o efeito de
inibir a divisão e o crescimento celular, já que o câncer é
uma doença caracterizada pela divisão anormal e descon-
trolada das células. Qual é a fórmula molecular pela Iupac
e qual é a massa de 1 mol de fórmulas unitárias?
a) H12C6N3PS e 198 u
b) H2C6N3SP e 189 u
c) C6H12N3SP e 189 g
d) C6N3H12PS e 189 u
e) N3C6H12PS e 198 g
1.6 (Unama-PA) Do vegetal conhecido no Brasil como ab-
sinto (ou losna), obtém-se a substância santonina que,
administrada em doses orais, mostra-se eficaz no com-
bate ao Ascaris lumbricoides causador da verminose co-
nhecida como lombriga. Da análise da fórmula estrutural
plana da santonina ilustrada abaixo, conclui-se que o
número de ligações duplas e o número de átomos de car-
bono, presentes na molécula desta substância são, res-
pectivamente, iguais a:
a) 2 e 14 b) 4 e 12 c) 2 e 12 d) 4 e 14
X
C C
H H
N P
N
H
H
H
N
C C
H
H H
S
C
C
H
H H
H
X
O
CH3
H3C
O
O
X
Exercícios de revisão
C
C
C
C
O
H
H
H
H
C
N
H
HO
H2
CH3
H
O
C C
N C
C N
H
O
N
N
25
Capítulo 1 • Conceitos básicos
Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 25 5/20/13 10:52 AM
Vazamento no Golfo do México
“Na noite de 20 de abril de 2010, uma explosão
em uma plataforma causou a morte de 11 funcio-
nários. Dois dias depois, a plataforma afundou a
aproximadamente 80 quilômetros da costa da
Louisiana, sul dos Estados Unidos.
O petróleo começou a vazar da tubulação
rompida a 1,5 quilômetros da superfície do mar,
formando uma enorme mancha próximo ao li-
toral. Durante 86 dias vazaram 4,9 milhões de
barris de petróleo cru, além de gás natural e dis-
persantes químicos no norte do Golfo do México.
A quantidade é maior que o vazamento de
um navio petroleiro ocorrido no Alasca em 24 de
março de 1989, até então considerado o mais gra-
ve. Na ocasião, foram espalhados entre 250 mil e
750 mil barris de petróleo cru no mar, provocan-
do a morte de milhares de animais.
O desastre no Golfo também afetou a econo-
mia local, prejudicando a indústria pesqueira, o
comércio e o turismo na região. Estima-se que três
mil pessoas perderam o emprego, num cenário já
abalado pela crise financeira de 2008.
Sucessivas falhas nas tentativas de conter o
vazamento desgastaram o presidente Barack
Obama, que iniciava seu segundo ano de man-
dato. O vazamento só foi contido pela BP em 15 de
julho, três meses depois do acidente.
[...] Milhares de animais, aves, peixes, crustá-
ceos, corais e outras espécies da fauna marinha
morreram nos meses seguintes à tragédia.
Passado um ano, amostras de água colhidas
pelo governo e por cientistas indicam que a maior
parte da mancha negra na superfície [que atingiu
cerca de 200 km de extensão] foi removida por
equipes de limpeza, espalhada pelas marés ou
consumida por bactérias marinhas. [...]
Apesar disso, estima-se que entre 11% e 30%
do produto ainda esteja presente no ecossistema,
parte dele no fundo do mar e nos pântanos, onde
é difícil de ser visualizado.”
SALATIEL, J. R. Uol Educação, 22 abr. 2011. Disponível em:
<http://educacao.uol.com.br/disciplinas/atualidades/
vazamento-no-golfo-um-ano-depois-ecossistema-se-recupera.htm>.
Acesso em: 21 out. 2012.
Julie
Dermansky/Photo
Researchers/Latinstock
Filhote de ave resgatado na praia de Grand Isle após
derramamento de petróleo em Louisiana, Estados
Unidos (2010).
Você sabe explicar?
2
CAPÍTULO
Nomenclatura
Saiu na Mídia!
Unidade 1 • Petróleo
26
O que ocorreu no Golfo do México pode ocorrer na exploração do pré-sal?
Quimica_MR_v3_PNLD15_026a040_U01_C02.indd 26 5/20/13 10:54 AM
No Volume 1 também tivemos uma introdução à nomenclatura de
compostos orgânicos.
Vimos que os compostos orgânicos são divididos em grupos ou
funções conforme o comportamento químico que apresentam.
Ter um comportamento químico semelhante significa reagir de
maneira semelhante diante de determinada substância, nas mesmas
condições. E o que faz compostos diferentes terem o comporta-
mento químico semelhante? O fato de possuírem o mesmo grupo
funcional.
A Iupac vem aperfeiçoando um sistema de nomenclatura para
compostos orgânicos desde 1892, sempre com o mesmo princípio
básico:
• Cada composto orgânico deve ter um nome diferente.
• A partir do nome, deve ser possível esquematizar a fórmula estrutu-
ral do composto orgânico e vice-versa.
Visando atingir esses objetivos, criou-se uma série de regras sim-
ples, de fácil memorização e mais abrangentes possível. Seguindo
essas regras podemos dar um nome a grande parte dos compostos
orgânicos, e assim obter muitas informações sobre suas propriedades.
Vamos observar, porém, que chegará determinado ponto em
que, em razão da complexidade da estrutura dos compostos, essas
regras se tornarão insuficientes para relacionarmos a estrutura com
um nome.
No entanto, se fôssemos criar novas regras para resolver cada
problema, elas seriam tantas e tão específicas que deixariam de ser
funcionais.
Com isso, queremos dizer que as regras que veremos a seguir, em-
bora extremamente úteis, abrangem um número limitado de compos-
tos. Entretanto, tudo o que estudaremos a respeito de nomenclatura
estará dentro desse limite.
O grupo funcional é um agrupamento de átomos
responsável pela semelhança no comportamento químico
de uma série de compostos diferentes.
Vamos rever neste livro, com
mais detalhes, os grupos
funcionais que estudamos no
Volume 1 e conhecer alguns
novos.
Iupac é a sigla para International
Union of Pure and Applied
Chemistry (União Internacional
de Química Pura e Aplicada), cujo
endereço na internet é: <www.
iupac.org/> ou <http://old.iupac.
org/dhtml_home.html> (sites em
inglês). Acesso em: 20 nov. 2012.
Observe que o nome usual é o
nome popular do composto,
aquele pelo qual ele se tornou
conhecido. Muitas vezes o nome
usual é o mais utilizado no
comércio e até na indústria, mas
não é um nome oficial da Iupac e
geralmente não informa nada
sobre as propriedades do
composto.
Logotipo da Iupac
Reprodução/<www.tutms.tut.ac.jp/>
27
Capítulo 2 • Nomenclatura
Quimica_MR_v3_PNLD15_026a040_U01_C02.indd 27 5/20/13 10:54 AM
1 Nomenclatura de compostos
com cadeia normal
O nome dos compostos orgânicos de cadeia normal e não aromá-
ticos é fornecido pelo esquema:
prefixo + infixo + sufixo
Cada uma dessas partes do nome traz alguma informação sobre o
composto.
• O prefixo indica o número de átomos de carbono na cadeia principal
(maior sequência de átomos de carbono);
• O infixo indica o tipo de ligação existente entre carbonos (apenas
simples, pelo menos uma dupla ou pelo menos uma tripla);
• O sufixo indica o grupo funcional a que pertence o composto, por
exemplo, o sufixo o (todo nome de composto orgânico que termina
em o) indica que se trata de um hidrocarboneto.
Observe os exemplos na tabela a seguir:
Prefixos Infixos Exemplos
1 carbono: met
2 carbonos: et
3 carbonos: prop
4 carbonos: but
5 carbonos: pent
6 carbonos: hex
7 carbonos: hept
8 carbonos: oct
9 carbonos: non
só ligações simples entre carbonos: an
C C C C
C
1 ligação dupla entre carbonos: en
C C C C
C
2 ligações duplas entre carbonos: dien
C C C C
C
1 ligação tripla entre carbonos: in
C C C C
C
Butano
H3C C C CH3
H2 H2
Propeno
H3C C CH2
H
Propadieno
H2C C CH2
Etino
HC CH
Nos compostos orgânicos cíclicos o nome do composto é precedido
pela palavra ciclo.
Exemplos:
ciclo + prop + an + o = ciclo + but + en + o = ciclo + hex + en + o =
= ciclopropano = ciclobuteno = ciclohexeno
H2C CH2
HC CH
C
H2C CH2
H2
H2C
H2C
CH2
CH2
C C
H H
Nesta unidade vamos estudar os hidrocarbonetos e os haletos or-
gânicos. Na unidade 2 veremos as propriedades e a nomenclatura de
outros grupos funcionais importantes.
Unidade 1 • Petróleo
28
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  • 1. MARTHA REIS MARTHA REIS QUÍMICA ENSINO MÉDIO 3 MANUAL DO PROFESSOR
  • 2.
  • 3. MARTHA REIS Bacharel e licenciada em Química pela Faculdade de Ciências Exatas, Filosóficas e Experimentais da Universidade Mackenzie. Foi professora dos colégios Mackenzie e Objetivo, e do curso preparatório para vestibulares Universitário, tendo atuado também como editora de livros didáticos. 3 1ª edição São Paulo • 2013 QUÍMICA ENSINO MÉDIO Masterfile/Other Images MANUAL DO PROFESSOR
  • 4. 2 Diretoria editorial e de conteúdo: Angélica Pizzutto Pozzani Gerência de produção editorial: Hélia de Jesus Gonsaga Editoria de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias: José Roberto Miney Editora assistente: Daniela Teves Nardi; Geisa Gimenez (estag.) Supervisão de arte e produção: Sérgio Yutaka Editora de arte: Tomiko Chiyo Suguita Assistentes de arte: Elen Coppini Camioto e Mauro Roberto Fernandes Diagramação: Cleiton Caliman, Divina Rocha Corte, Ester Harue Inakake, Fukuko Saito e MASPI Criações Gráficas Supervisão de criação: Didier Moraes Editora de arte e criação: Andréa Dellamagna Design gráfico: Ulhôa Cintra Comunicação Visual e Arquitetura (miolo e capa) Revisão: Rosângela Muricy (coord.), Ana Carolina Nitto, Ana Paula Chabaribery Malfa, Heloísa Schiavo e Gabriela Macedo de Andrade (estag.) Supervisão de iconografia: Sílvio Kligin Pesquisadora iconográfica: Roberta Freire Lacerda dos Santos Tratamento de imagem: Cesar Wolf e Fernanda Crevin Foto da capa: Masterfile/Other Images Ilustrações: Alex Argozino e Luis Moura Direitos desta edição cedidos à Editora Ática S.A. Av. Otaviano Alves de Lima, 4400 6o andar e andar intermediário ala A Freguesia do Ó – CEP 02909-900 – São Paulo – SP Tel.: 4003-3061 www.atica.com.br/editora@atica.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Fonseca, Martha Reis Marques da Química / Martha Reis Marques da Fonseca. 1. ed. – São Paulo : Ática, 2013. Obra em 3 v. Bibliografia. 1. Química (Ensino médio) I.Título. 13–02429 CDD–540.7 Índice para catálogo sistemático: 1. Química: Ensino médio 540.7 2013 ISBN 978 8508 16291-8 (AL) ISBN 978 8508 16292-5 (PR) Código da obra CL 712772 Uma publicação Legenda das fotos de abertura das unidades Unidade 1: Plataformas de extração de petróleo dos campos do mar do Norte ancoradas no Firth Cromarty, no norte da Escócia (foto de 1999). Unidade 2: Campo de papoulas. Unidade 3: Homem com várias sacolas de compras. Unidade 4: Alimentos diversos. Unidade 5: Núcleo do reator nuclear no Idaho National Engineering and Environmental Lab (INEEL) em Idaho Falls, Estados Unidos. Versão digital Diretoria de tecnologia de educação: Ana Teresa Ralston Gerência de desenvolvimento digital: Mário Matsukura Gerência de inovação: Guilherme Molina Coordenadores de tecnologia de educação: Daniella Barreto e Luiz Fernando Caprioli Pedroso Coordenadora de edição de conteúdo digital: Daniela Teves Nardi Editores de tecnologia de educação: Cristiane Buranello e Juliano Reginato Editores assistentes de tecnologia de educação: Aline Oliveira Bagdanavicius, Drielly Galvão Sales da Silva, José Victor de Abreu e Michelle Yara Urcci Gonçalves Assistentes de produção de tecnologia de educação: Alexandre Marques, Gabriel Kujawski Japiassu, João Daniel Martins Bueno, Paula Pelisson Petri, Rodrigo Ferreira Silva e Saulo André Moura Ladeira Desenvolvimento dos objetos digitais: Agência GR8, Atômica Studio, Cricket Design, Daccord e Mídias Educativas Desenvolvimento do livro digital: Digital Pages Quimica_MR_v3_PNLD15_002_digital.indd 2 16/07/2013 08:58
  • 5. 3 3 Apresentação ste é o último ano do Ensino Médio, e você provavelmente já consegue reconhecer a importância do estudo da Química em sua vida. Todo o conhecimento que você adquiriu até esse momento e vai adquirir não somente neste ano, mas ao longo da vida, é im- portante, pois lhe ajuda a crescer e a enxergar mais longe. Assim, o estudo da Química, em particular, vai lhe fornecer informações que farão você compreender cada vez melhor o fun- cionamento do seu corpo, do meio ambiente e da vida em socie- dade. Essas informações ajudarão você a exercer efetivamente sua cidadania e a ter consciência de suas escolhas — incluindo o uso da tecnologia —, pois será capaz de avaliar o impacto dessas es- colhas tanto no meio ambiente quanto na sua saúde. Utilizar o conhecimento adquirido com o estudo da Química para entender os fenômenos, compreender as notícias, analisar e questionar as informações, duvidar, verificar se os dados estão corretos, tudo isso permite que você saia do papel do espectador e passe a atuar sobre os problemas que nos afetam. Esperamos que você goste deste livro e que o aprendizado em Química seja incorporado definitivamente à sua vida e ao seu exer- cício diário de cidadania. A autora E Quimica_MR_v3_PNLD15_001a009_Iniciais.indd 3 5/20/13 9:14 AM
  • 6. Conheça seu livro Cada volume da coleção é dividido em cinco unidades, com um tema central relacionado ao meio ambiente. Em cada unidade você vai encontrar os seguintes boxes e seções: Cotidiano do Químico Nesta seção são discutidos processos químicos feitos em laboratório com aparelhagens específicas e alguns processos de análise e síntese. Experimento Experimentos investigativos que introduzem um assunto, despertam questionamentos e a vontade de continuar aprendendo. Os experimentos são interessantes e acessíveis, norteados pela preocupação com a segurança e com o meio ambiente. Unidade 4 • Alimentos e aditivos 274 Origem da vida Em 1951, o químico americano Stanley Lloyd Miller (1930-2007 ) sob a orientação de seu profes- sor Harold Clayton Urey (1893-1981) planejou um experimento que simulava as condições numa Terra primitiva para se verificar a possibilidade da formação de compostos orgânicos. A aparelhagem utilizada consistia de um ba- lão A com água que simulava o oceano e, por aquecimento, produzia vapor de água que era conduzido através de um tubo de vidro para um outro balão B, que simulava a atmosfera primiti- va. Para compor essa atmosfera, foi retirado todo o ar do sistema e, em seguida, introduzida uma mistura de gás hidrogênio, H2(g), gás nitrogênio, N2(g), gás amônia, NH3(g), gás sulfeto de hidrogê- nio, H2S(g), e vapor de água, H2O(v). No balão B foram instalados dois eletrodos de tungstênio, para a produção de uma descarga elétrica contínua que simularia as tempestades elétricas, os raios e os trovões, que se acredita te- rem ocorrido intensamente no início dos tempos. As descargas elétricas e a presença de vapor de água proveniente do balão A provocavam “chu- vas” no balão B, e reações entre os gases presentes na atmosfera, que formam novos compostos. Para recolher as águas das “chuvas” e os com- postos formados, o balão B era ligado a um condensador que resfriava a mistura e que, por sua vez, estava ligado a um tubo em U conectado ao balão A. Assim, os compostos mais complexos formados na atmosfera (balão B) iam se acumu- lando nos mares (balão A), onde poderiam reagir. O experimento foi iniciado com a produção de uma descarga elétrica contínua que durou aproxi- madamente sete dias. Após esse tempo, Miller observou que um material de coloração laranja- -avermelhada começou a se acumular no interior da aparelhagem. A análise mostrou que esse ma- terial era uma mistura de compostos orgânicos como ácidos graxos, açúcares e nove aminoácidos, sendo quatro do tipo α-aminoácido (formadores de proteínas). Cerca de 10% a 15% do carbono havia sido convertido em compostos orgânicos, e 2% do carbono estava na forma de aminoácidos. O experimento de Miller, cujos resultados experimentais foram publicados em 1953, de- monstrou a facilidade com que substâncias orgâ- nicas, inclusive os aminoácidos (constituintes fundamentais de proteínas e enzimas), podem ser formadas por processos totalmente abióticos (desprovidos de vida). Esse fato levou alguns cientistas a propor uma teoria segundo a qual as proteínas dos primeiros seres vivos teriam sido constituídas apenas por esses doze α-aminoácidos. Os outros oito α-aminoácidos restantes teriam surgido ao longo do tempo ou por reações de síntese que en- volvem um ou mais desses doze α-aminoácidos e outros compostos pré-bióticos, ou então por re- ações metabólicas; nesse caso, seriam um produ- to da evolução dos seres vivos. balão A balão B condensador entrada de água saída de água amostra para análise gerador Cotidiano Químico do A ilustração está fora de escala. Cores fantasia. Dr. Stanley Miller e o equipamento que utilizou para realizar o experimento. Roger Ressmeyer/Corbis/Latinstock L u i s M o u r a / A r q u i v o d a e d it o r a Capítulo 8 • Isomeria constitucional 145 EXPERIMENTO Construção de modelos – enantiômeros Material necessário • 2 xícaras de chá de farinha de trigo • 1 xícara de chá de sal • 1 xícara de chá de água (pode ser necessário um pouco mais) • 2colheresdesopadeóleo(mineralouvegetal) • corante alimentício em 4 cores diferentes ou pó para fazer suco em 4 cores diferentes (uva, limão, laranja, morango, por exemplo) • tigela ou bacia de plástico • palitos de dente • 1 espelho pequeno, desses usados para ma- quiagem Como fazer Coloque a farinha e o sal na tigela. Mistu- re bem (pode usar as mãos mesmo, previa- mente limpas). Vá acrescentando a água aos poucos e mexendo com as mãos até que a mis- tura adquira a consistência de massa de pão. I. Separe a massa em 5 partes iguais. Deixe uma de lado e acrescente corantes ou pó de suco às outras 4 partes da massa, sepa- radamente. A ideia é obter massa de mo- delar de 5 cores diferentes. Amasse bem cada uma delas para homogeneizar. Para economizar, você pode utilizar apenas dois corantes diferentes, por exemplo, amarelo e azul. Misturando os dois, você obtém uma terceira cor, no caso, verde. As outras duas partes de massa podem ser de tonalidades diferentes de uma mesma cor. Por exemplo, em uma das partes da massa você acrescenta mais corante ou pó de su- co para obter uma tonalidade intensa e, na outra, acrescenta pouco para obter uma tonalidade clara. Observação: os corantes alimentícios mui- tas vezes são vendidos como anilina. Trata- -se de um nome fantasia. A anilina mesmo (benzenoamina ou fenilamina) é tóxica e não pode ser ingerida. II. Pegue uma cor de massa (a mais intensa) para ser o carbono (átomo central). Faça uma bolinha com ela. Quebre dois palitos dedenteaomeioeespete-osemquatropon- tos da bolinha para formar um tetraedro (conforme mostra a foto da página 144). III.Faça bolinhas de 4 cores diferentes (foto) e espete-as na extremidade livre de cada palito. Repita a operação a partir do item II, to- mando cuidado para colocar as bolinhas colo- ridas na exata posição que você as colocou no modelo anterior. (Chamaremos esses dois mo- delos idênticos de A.) Repita novamente a operação a partir do item II, invertendo a posição das bolinhas co- loridas ligadas à bolinha central (átomo de carbono) em relação à posição que você esco- lheu anteriormente. (Chamaremos esse outro modelo de B.) Pronto, agora você já tem os modelos. Investigue 1. Tente posicionar os modelos A, um sobre o outro, de modo que as bolinhas de cores iguais fiquem exatamente na mesma dire- ção. O que você observa? 2. Pegue agora um modelo A e um modelo B. Tente posicioná-los um sobre o outro, de mo- do que as bolinhas de cores iguais fiquem exatamente na mesma direção. O que você observa? 3. Coloque um modelo A em frente ao espelho. Tente agora posicionar o outro modelo A ao lado do espelho, de modo que ele fique na mesmaposiçãodaimagemA.Issoépossível? 4. Mantenha o modelo A em frente ao espelho. Tente agora posicionar o modelo B ao lado do espelho, de modo que ele fique na mesma posição da imagem do modelo A. O que vo- cê conclui? Qingqing/Shutterstock/Glow Images Tecnologia minimiza riscos ambientais da exploração do xisto O último relatório da Agência Internacional de Energia comprovou que, além de agora serem autossuficientes em gás, os Estados Unidos vão se tornar os maiores produtores de petróleo do mundo em 2017, tudo graças a exploração do xis- to, também conhecido como shale gas ou shale oil. A constatação reabriu o debate em países como a França, rica em reservas de gás e petróleo de xisto, mas que se recusa a explorá-las por cau- sa dos riscos ambientais. A polêmica continua na França, com ecolo- gistas se opondo aos adeptos de novas formas de energia e deixando, assim, a questão em suspenso. Já os especialistas afirmam que o sucesso dos americanos nessa tecnologia vai acabar mo- dificando o cenário mundial, como explica Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura. Os riscos ambientais ligados à extração do gás e do petróleo de xisto existem, mas são idên- ticos aos de outros tipos de combustíveis fósseis, segundo estudiosos. Os principais riscos são a contaminação dos lençóis freáticos, o desperdí- cio de água e o vazamento de metano. Esses fa- tores fazem com que a reprovação popular seja um freio importante para o aumento da explo- ração do xisto, de acordo com Edmar de Almeida, membro do Grupo de Economia de Energia da UFRJ e consultor em energia. Para o especialista, é apenas uma questão de tempo até o Brasil aumentar a exploração desse tipo de combustível não convencional. O país te- ria potencial para ser o segundo maior produtor mundial, conforme estudos. No ano que vem [2ã1é], uma empresa vai perfurar o seu primeiro poço de gás de xisto, em Minas Gerais. Enquanto isso, os líderes mundiais na pro- dução de gás de xisto são a China, os Estados Unidos e a Argentina. Adaptado de: MÜZELL, Lúcia. RFI, nov. 2012. Disponível em: <www.portugues.rfi.fr/geral/20121115-tecnologia-minimiza-riscos- ambientais-da-exploracao-do-xisto>. Acesso em: 26 nov. 2012. Saiu na Mídia! Você sabe explicar? O que é xisto? Que problemas sua extração pode causar ao meio ambiente? Rocha de xisto metamórfico Ty l e r B o y e s / S h u t t e r s t o c k / G l o w I m a g e s 4 CAPÍTULO Petróleo, hulha e madeira 57 Saiu na Mídia! Os capítulos iniciam com um texto jornalístico, relacionado ao tema da unidade, do qual são extraídas uma ou mais questões. Para responder a essas questões e compreender plenamente o texto, é necessário adquirir o conhecimento teórico apresentado no capítulo. Abertura da unidade A relevância do tema ambiental que norteia cada unidade é apresentada em um breve texto de introdução. 241 240 Morgan Lane Photography/Shutterstock/Glow Images 240 241 241 UNIDADE 4Alimentos e aditivos Como isso nos afeta? Hoje em dia, os alimentos que encontramos disponíveis em larga escala não são nem de longe os mais adequados. Esses alimentos são altamente refinados e gordurosos, com muitos aditivos e poucos nu- trientes, o que colabora para o desenvolvimento de doenças crônicas e para uma saúde frágil. Por outro lado, dietas de restrição de carboidratos ou de gorduras e alimentos light, diet ou de zero caloria também têm seu lado negativo. Você sabe dizer qual é? Nesta unidade vamos estudar a importância de cada nutriente para o organismo, a função dos aditivos e esclarecer como podemos ter uma alimentação saudável, melhorando a escolha do que consumimos. 4 Quimica_MR_v3_PNLD15_001a009_Iniciais.indd 4 5/20/13 9:14 AM
  • 7. De onde vem… para onde vai? Discute, de modo simples, as matérias- -primas utilizadas, o processo de extração, a obtenção e as aplicações de produtos economicamente importantes. Esta seção inclui uma sugestão de trabalho em equipe: aprender a trabalhar em grupo, a respeitar opiniões, a expor um ponto de vista e a buscar uma solução em conjunto são habilidades muito requisitadas no mercado de trabalho. Prótese de silicone utilizada em cirurgia plástica. Silicones São polímeros que apresentam o silício como elemento principal. Um exemplo importante é o silicone obtido pela condensação do dicloro-dimetil-silano que forma o polidimetil-siloxano. • Reação de obtenção • Propriedades Os polímeros de silicone podem ser obtidos tanto na forma de óleos de viscosidade variável como na forma de borrachas. São estáveis à va- riação de temperatura entre –63°C e 204°C, são inertes e pouco infla- máveis. São atóxicos. • Aplicações Os polímeros fluidos são usados em lubrificação de moldes, vedação de janelas, cosméticos e em próteses para cirurgia plástica. As borrachas de silicone são usadas em equipamentos industriais e em autopeças. CL Si CL CH3 CH3 O Si O CH3 CH3 Si CH3 CH3 [ ]n + 4 n HCL 2 n + 2n H2O(L) *( CURIOSIDADE Como foi inventado o velcro? Esse dispositivo de fechamento foi in- ventado pelo engenheiro suíço George de Mestral em 1941. Ele notou carrapichos pre- sos à sua roupa e aos pelos de seu cachorro após um passeio pelo bosque e quis desco- brir como isso acontecia. George usou um microscópio e observou que os carrapichos possuíam minúsculos gan- chos que se prendiam a determinadas super- fícies enoveladas, como roupas e pelos de ani- mais. Assim, teve a ideia de criar um fecho que tivesse essa característica. Hoje esse fecho é feito geralmente de nái- lon, mas outros materiais podem ser empre- gados, como o aço, por exemplo, capaz de su- portar uma força de mais de 30 toneladas. Velcro feito de náilon (visto ao microscópio). Velcro feito de aço. Boston Museum of Science/Getty Images Reprodução/<www.designboom.com> Keith Brofsky/Getty Images 235 Capítulo 12 • Polímeros sintéticos Capítulo 6 • Funções oxigenadas 95 Como a maconha age no organismo humano? Maconha ou marijuana é o nome comum da planta Cannabis sativa, conhecida há pelo menos 5000 anos, cujas folhas e flores secas eram utili- zadas tanto para fins medicinais como para “pro- duzir o riso”. Desde 1925 a maconha é taxada co- mo droga ilícita. O tetra-hidrocanabinol (THC) é o princípio ativo responsável pelos efeitos da maconha e sua quantidade na planta depende de fatores como solo, clima, estação do ano, etc., logo os efeitos podem variar bastante de uma planta para outra. 6,6,9-trimetil-3-pentil-6H-dibenzo[b,d]piran-1-ol ou THC (nome oficial Iupac) Embora o THC seja o princípio ativo mais po- tente da maconha, ele não é o único. A maconha contém várias outras substâncias (canabinoides) capazes de causar mudanças fisiológicas em seres humanos. O THC é uma droga alucinógena, ela não diminui nem aumenta a atividade cerebral, mas a modifica. O THC inibe a percepção de tempo e espaço, causa delírios e alucinações. Interfere na capacidade de aprendizagem e de memorização. A maconha deixa os olhos vermelhos e a bo- ca seca, aumenta os batimentos cardíacos, afeta temporariamente a visão e prejudica o sistema imunológico. Pode causar acessos de paranoia ou ataques de pânico. O uso contínuo pode causar tolerância e dependência psicológica. O DL50 (dose letal 50%, ou seja, dose capaz de matar 50% dos indivíduos de uma amostra) para o THC é igual a ó30 mg/kg via oral e õ2 mg/kg se inalado (esses dados são obtidos com animais e extrapolados para seres humanos). A maconha também provoca a síndrome amo- tivacional. O usuário não tem vontade de fazer mais nada, tudo perde o valor e fica sem graça, sem importância. Há provas de que o THC diminui em até ú0% a quantidadedetestosterona,hormôniosexualmas- culino (fórmula abaixo) fabricado pelo organismo. O haxixe e o skank são como uma maconha potencializada, ou seja, com uma quantidade de THC bem maior que a maconha comum. O skank, por exemplo, é uma variedade da planta obtida por cruzamento e seleção natural, que apresenta uma quantidade de THC de 20% a 30% maior que a maconha comum. Portanto, com efeitos mais intensos e avassaladores. E o mito de que a maconha é a porta de entra- da para outras drogas, é verdadeiro? Segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), esse mito não é necessariamente verdadeiro. O que ocorre ge- ralmente é que o álcool e o cigarro atuam como porta de entrada para a maconha que, entre as drogas ilícitas, é a mais barata e mais disponível. Tendo experimentado essas três drogas, a pessoa pode ser levada a querer experimentar outras. Em relação ao THC, responda: 1. Quais os grupos funcionais que você identifica na fórmula? 2.Trata-sedeumcompostoaromáticooualifático? 3. O THC é um composto saturado ou insaturado? 4. Como você classifica a cadeia carbônica desse composto? O CH3 OH H3C Química Saúde e k k C C k k k k C k k k k H2C H2C l O H H OH H k k k C k C k C k C k CH3 CH3 C k H k H k k H3C CH3 H2 H2 H2 H2 C C C C C k C k k C l k k l l Seja vivo. Não use drogas! Curiosidade Fatos intrigantes relacionados ao assunto que está sendo desenvolvido, eventos históricos ou discussões extras para o enriquecimento da aula são alguns dos temas que aparecem neste boxe. O tema central desta unidade foi “petróleo”. Vi- mos que o petróleo não é importante apenas como combustível – apesar de responder atualmente por mais de um terço da matriz energética brasileira (37,4% em 2007). É por isso que existem vários novos modelos energéticos sendo desenvolvidos. Carros elétricos, por exemplo, parecem ótimos: silenciosos, não emitem substâncias para atmosfera e alguns modelos atuais, em fase de teste, já mostraram uma ótima relação entre potência e autonomia. Mas al- guém já parou para pensar o que poderia ocorrer ao meio ambiente se toda a frota de veículos do Brasil, estimada em torno de 6í milhões de unidades, fosse substituída por carros elétricos? Você se lembra, no Volume 2, quando estudamos sobre o problema do lixo eletrônico e da poluição causada por pilhas e ba- terias? O que faríamos com todas as baterias dos car- ros elétricos à medida que fossem virando sucata? Você vai dizer: poderiam ser recicladas! Sabemos, porém, que a taxa de lixo eletrônico reciclado no Bra- sil é muito pequena. A conclusão é que o maior problema em termos ambientais não está diretamente na escolha do mo- delo energético adotado, mas na forma como ele é administrado, como são tratados os rejeitos, na (falta de) consciência de que o ser humano é parte do am- biente em que vive e que ao agredi-lo está agredindo a si próprio. No caso dos organoclorados, por exemplo, quem está com a razão? Como escolher entre o inseto e o inseticida? É possível interromper totalmente a pro- dução de organoclorados? E se fosse possível, deve- ríamos fazê-lo? AOrganizaçãoMundialdeSaúde(OMS)calculaque, em âmbito mundial, cerca de um terço dos produtos agrícolas cultivados pela humanidade seja consumido pelosinsetos.Alémdisso,muitasdoençasfataisparaos seres humanos, como a febre amarela e a malária, são transmitidaspormosquitos.Paraexterminaroucontro- lar a população de insetos, utilizam-se os inseticidas, substâncias tóxicas que são letais para eles, mas que, geralmente,tambémfazemmuitomalàsaúdehumana. Precisamos de alimentos (produzidos rapidamen- te e em larga escala), não queremos nenhum mosqui- to nos transmitindo doenças fatais ou matando crianças por aí e também não queremos espalhar in- seticidas tóxicos no ambiente. Equação difícil de resolver... E em relação aos alimentos, é triste constatar que nem com o uso de agrotóxicos e fertilizantes agrícolas estamos conseguindo suprir a necessidade alimentar da população mundial. A Organização das Nações Uni- das (ONU) afirma que o número de famintos no mun- do ultrapassa a 1 bilhão. A fome é uma droga, inseticidas são uma droga, doenças fatais transmitidas por insetos também, mas algumas vezes essas doenças podem ser curadas pela administração de drogas, como o quinino, empregado na cura da malária. É interessante observar como uma palavra pode ter significados tão diferentes. Droga, por exemplo, tem ainda um outro significado que ve- remos na próxima unidade. Compreendendo o mundo Casa de pau a pique encontrada em regiões mais pobres do país. Quando faltam alimentos, geralmente também faltam condições de moradia, saneamento, saúde, educação e outros itens que são direitos legítimos do cidadão. Mauricio Simonetti/Pulsar Imagens 83 Compreendendo o mundo Esta seção, que finaliza a unidade, conclui o tema que foi discutido e mostra como ele está relacionado ao tema que será abordado na unidade seguinte. Exercícios de revisão Ao final dos capítulos são apresentadas questões sobre todo o conteúdo desenvolvido no capítulo. Questões Ao longo do capítulo são propostos exercícios que auxiliam a compreensão do tema. Química e Saúde Contextualiza os conceitos de Química apresentados ao longo dos capítulos com temas relacionados aos cuidados com a saúde e ao bem-estar. Unidade 4 • Alimentos e aditivos 276 1. (UnB-DF) Existem várias hipóteses científicas para ex- plicar como a vida surgiu na Terra. A hipótese com o maior número de evidências favoráveis é a de que a primeira forma de vida surgiu da matéria bruta e era um organismo heterótrofo. Essa hipótese baseia-se na suposição de que moléculas orgânicas formaram-se a partir dos gases que compunham a atmosfera primitiva. Parainvestigarquaisoscompostosorgânicosquepoderiam ter existido antes do surgimento da vida, Harold Urey e Stanley Miller, em 1ã5é, construíram um aparelho que per- mitiu a reprodução da suposta condição da atmosfera pri- mitiva, isolada do meio externo, conforme ilustra esque- maticamente a figura abaixo. Os pesquisadores mantiveram o aparelho em funciona- mento durante uma semana. Após esse período, a análise do líquido marrom que se formou indicou a presença de substânciasdiferentesdosgasesinseridosinicialmente.En- tre as substâncias formadas, foram identificados dois ami- noácidos encontrados nos seres vivos, a glicina e a alanina, cujas estruturas moleculares são representadas a seguir. Considerando as informações do texto, julgue os itens a seguir. 01. A equação abaixo representa corretamente a reação de síntese de glicina que pode ter ocorrido no interior do aparelho de Urey e Miller. NHé(g) + ó HóO(g) + ó CH4(g) **( CóH5OóN(aq) + 5 Hó(g) 0ó. No balão indicado por I, no aparelho de Urey e Miller ilustrado, a formação de bolhas deve-se à mudança de fase da água. 0é. A presença de condutores metálicos e faíscas elétricas no balão II indica que a síntese de aminoácidos se dá por eletrólise. 04. Não pode haver crescimento de seres vivos com os componentes referidos na figura e no texto, pois não há carboidratos para serem usados como fonte de energia. 05. A alanina apresenta cadeia carbônica aberta, saturada, homogênea e normal. 0ú. O grupo amina presente nos aminoácidos é o responsá- velpelaacidez,principalcaracterísticadosaminoácidos. 07. Os resultados obtidos no experimento de Urey e Miller sãosuficientesparaseconcluirquesubstânciasorgânicas podem ser obtidas a partir de substâncias inorgânicas. 2. Sobre a formação do íon dipolar, intramolecular, zwitteríon, em α-aminoácidos: a) Explique como ocorre a formação de um íon zwitteríon. b) Indique, com base na explicação anterior, em que fase de agregação se encontram todos os α-aminoácidos conhecidos em condições ambientes (ó5 °C e 1 atm). c) Classifique como neutro, positivo ou negativo os íons zwitteríon formados pelos α-aminoácidos alanina, li- sina e ácido glutâmico em solução aquosa. d) Indique o caráter, ácido ou básico, de cada solução formada. 3. (Unicap-PE) Alguns produtos usados na limpeza de lentes de contato funcionam transformando em amino- ácidos as proteínas depositadas sobre a superfície da lente. Esta é uma reação de: a) Esterificação. c) Saponificação. e) Hidrólise. b) Desidratação. d) Condensação. 4. (Cesgranrio-RJ) Dados os seguintes aminoácidos: glicina (GLI) alanina (ALA) Escreva a fórmula estrutural de um fragmento de pro- teína GLI-ALA-GLI. Questões ATENÇÃO! Não escreva no seu livro! N2 NH3 H2 CO2 CH4 H2O coleta de amostra fonte de calor água em ebulição condensador atmosfera primordial I. II. alanina C OH O C N H H H OH C OH O C H N H H H glicina alanina C OH O C N H H H OH HóN C O OH C H NHó C Hó 4 [ ] lisina C O OH C H NHó C Hó C Hó C O HO ácido glutâmico HóN COOH COH H HóN COOH C Hó Unidade 2 • Drogas lícitas e ilícitas 104 Pesquisem, em grupos de 4 ou 5 alunos, quais as principais vantagens e desvantagens da instalação de um polo petroquímico para o desenvolvimento de uma cidade? Quais as atitudes que devem ser tomadas para que as vantagens superem as desvantagens? Todos vão pesquisar a resposta e depois a sala poderá debater em conjunto as conclusões de cada grupo. Trabalho em equipe De onde vem... para onde vai? Benzenol e propanona O processo industrial Um dos processos principais para obter o ben- zenol e a propanona, duas matérias-primas fun- damentais para a indústria química, tem origem no propeno e no benzeno. O primeiro passo é promover a reação entre essas duas substâncias para obter o isopropilben- zeno (cumeno), na presença de ácido fosfórico sólido, H3PO4(s), que atua como catalisador. propeno benzeno isopropilbenzeno (cumeno) Como a reação é exotérmica, para eliminar o calor gerado o catalisador é arrumado em cama- das separadas, entre as quais circula um líquido de resfriamento (propano e água). A reação geralmente é conduzida a 50 o C e á0 atm, utilizando-se um ligeiro excesso de ben- zeno em relação ao propeno. O produto obtido, o cumeno, é então enviado a uma coluna de contato, para reação de oxidação com oxigênio do ar. Nesse ponto é preciso evitar a decomposição do hidroperóxido de cumeno, uma substância muito instável que se comporta como explosivo em meio ácido, o que é feito pela adição de uma solução de carbonato de sódio, NaáCO3(aq), para tornar o meio alcalino (pH entre ã,5 e 10). O hidroperóxido de cumeno é então enviado ao recipiente de decomposição, onde, pela adição de HáSO4(aq), transforma-se em fenol e acetona: Acabamos de ver que o hidroperóxido de cumeno pode explodir em meio ácido; portanto, a adição de ácido sulfúrico é feita sob condições muito controladas para que isso não ocorra. Completada a reação, os produtos são subme- tidos a um processo de destilação fracionada para separar o benzenol (ponto de ebulição = 1ãá °C), da propanona (ponto de ebulição = 56 °C) e de outros subprodutos do processo (dados a 1 atm). H3C CHá C H + **( **( C H CH3 CH3 + Oá(g) **( C H CH3 CH3 oxigênio cumeno **( C O CH3 CH3 O H hidroperóxido de cumeno ***( C O CH3 CH3 O H HáSO4(aq) hidroperóxido de cumeno OH ***( + HáSO4(aq) H3C C CH3 O propanona benzenol (fenol) 4.1 A P-36 foi a maior plataforma de produção de petróleo no mundo antes de afundar em março de 2001 (foto abai- xo). Era operada pela Petrobras no campo de Roncador, Bacia de Campos, distante 130 km da costa do estado do Rio de Janeiro, e sua produção era estimada em 84 mil barris de petróleo por dia. Na madrugada do dia 15 de mar- ço de 2001 ocorreram duas explosões em uma das colunas da plataforma. Segundo a Petrobras, 175 pessoas estavam no local no momento do acidente das quais 11 morreram, todas integrantes da equipe de emergência da plataforma. A plataforma afundou no dia 20 de março, em uma pro- fundidade de 1 200 metros e com estimadas 1 500 tonela- das de óleo ainda a bordo. Em 2007 a P-36 foi substituída pela plataforma P-52, construída em Cingapura e no Brasil. a) Explique por que, apesar dos constantes acidentes en- volvendo o petróleo, investe-se cada vez mais na sua prospecção e extração. b) Explique resumidamente a que tratamentos o petróleo bruto deve ser submetido antes de ir para a refinaria. 4.2 (PUCC-SP) Nos motores de explosão, hidrocarbonetos de cadeia ramificada resistem melhor à compressão do que os de cadeia normal. Por isso, compostos de cadeia reta são submetidos a reações de “reforma catalítica”, como a abaixo exemplificada: Os nomes oficiais do reagente e do produto são, respec- tivamente: a) isoctano e dimetil-hexano. b) octano e 6-metil-heptano. c) octano normal e 2,2-dimetil-heptano. d) n-octano e 2-metil-heptano. e) n-octano e iso-hexano. 4.3 (Unicamp-SP) O vazamento de petróleo no Golfo do México, em abril de 2010, foi considerado o pior da his- tória dos Estados Unidos. O vazamento causou o apare- cimento de uma extensa mancha de óleo na superfície do oceano, ameaçando a fauna e a flora da região. Esti- ma-se que o vazamento foi da ordem de 800 milhões de litros de petróleo em cerca de 100 dias. Por ocasião do acidente, cogitou-se que todo o óleo vazado poderia ser queimado na superfície da água. Se esse procedimento fosse adotado, o dano ambiental a) não seria grave, pois o petróleo é formado somente por compostos de carbono e hidrogênio, que, na queima, formariam CO2 e água. b) seria mais grave ainda, já que a quantidade (em mol) de CO2 formada seria bem maior que a quantidade (em mol) de carbono presente nas substâncias do petróleo queimado. c) seria praticamente nulo, pois a diversidade de vida no ar atmosférico é muito pequena. d) seria transferido da água do mar para o ar atmosférico. 4.4 (UERJ) Além do impacto ambiental agudo advindo do derramamento de grandes quantidades de óleo em am- bientes aquáticos, existem problemas a longo prazo as- sociados à presença, no óleo, de algumas substâncias como os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, muta- gênicos e potencialmente carcinogênicos. Essas substân- cias são muito estáveis no ambiente e podem ser encon- tradas por longo tempo no sedimento do fundo, porque gotículas de óleo, após adsorção por material particulado em suspensão na água, sofrem processo de decantação. Um agente mutagênico, com as características estruturais citadas no texto, apresenta a seguinte fórmula: a) c) b) d) 4.5 A importância do alcatrão da hulha deve-se ao fato de ser constituído principalmente de substâncias com cadeia carbônica do mesmo tipo que a do: a) hexano c) éter etílico e) naftaleno b) ciclo-hexano d) propeno Antônio Gaudério /Folhapre ss cat. **( cat. H k C k C k C k C k C k CH3 k k CH3 CH3 H2 H2 H2 H2 H3C k C k C k C k C k C k C k CH3 H2 H2 H2 H2 H2 H2 **( Exercícios de revisão N 75 Capítulo 4 • Petróleo, hulha e madeira atenção! Não escreva no seu livro! Atenção! Ainda que se peça “Assinale”, “Indique”, etc. em algumas questões, nunca escreva no livro. Responda a todas as questões no caderno. Este ícone indica Objetos Educacionais Digitais relacionados aos conteúdos do livro. 5 Quimica_MR_v3_PNLD15_001a009_Iniciais.indd 5 5/20/13 9:14 AM
  • 8. 6 Sumário Petróleo UNIDADE 1 Capítulo 1 Conceitos básicos 1 A síntese da ureia............................................. 13 2 Postulados de Kekulé........................................ 15 3 Simplificação de fórmulas estruturais .................. 16 4 Classificação de cadeias carbônicas ..................... 21 • Exercícios de revisão....................................... 25 Capítulo 2 Nomenclatura 1 Nomenclatura de compostos com cadeia normal...28 2 Nomenclatura de compostos com cadeia ramificada...................................................... 33 • Exercícios de revisão ......................................40 Capítulo 3 Hidrocarbonetos 1 Propriedades gerais ..........................................42 2 O grupo dos alifáticos ......................................44 • Experimento: Sachês perfumados ..................... 45 3 O grupo dos aromáticos .................................... 53 • Exercícios de revisão.......................................56 Capítulo 4 Petróleo, hulha e madeira 1 Petróleo .........................................................58 2 O refino do petróleo ......................................... 61 3 Gasolina.........................................................65 4 Hulha ............................................................69 5 Madeira ......................................................... 70 • Exercícios de revisão....................................... 75 Capítulo 5 Haletos orgânicos 1 Propriedades dos haletos orgânicos.....................78 • Exercícios de revisão.......................................82 • Compreendendo o mundo...............................83 Drogas lícitas e ilícitas UNIDADE 2 Capítulo 6 Funções oxigenadas 1 Álcoois...........................................................88 2 Fenóis ..............................................................92 3 Éteres ............................................................96 4 Aldeídos.........................................................99 5 Cetonas........................................................ 102 6 Ácidos carboxílicos......................................... 105 7 Ésteres......................................................... 109 8 Sais de ácido carboxílico................................... 112 • Exercícios de revisão...................................... 114 Joe Raedle/Getty Images Quimica_MR_v3_PNLD15_001a009_Iniciais.indd 6 5/20/13 9:14 AM
  • 9. 7 Consumismo UNIDADE 3 Capítulo 9 Reações de substituição 1 Substituição em alcanos................................... 161 2 Substituição em aromáticos............................. 166 3 Substituição em derivados do benzeno .............. 170 4 Substituição em haletos orgânicos .....................174 • Exercícios de revisão......................................176 Capítulo 10 Reações de adição 1 Reações de adição em alcenos ...........................178 2 Reações de adição em alcinos........................... 184 3 Reações de adição em alcadienos.......................187 4 Reações de adição em ciclanos e aromáticos ....... 189 • Exercícios de revisão...................................... 191 Capítulo 11 Outras reações orgânicas 1 Reações de eliminação.................................... 193 2 Reações de oxirredução................................... 198 3 Ozonólise de alcenos ...................................... 199 4 Oxidação branda de alcenos ............................ 200 5 Oxidação enérgica de alcenos........................... 202 6 Oxidação de álcoois........................................ 204 7 Redução de compostos oxigenados ................... 210 • Exercícios de revisão...................................... 212 Capítulo 12 Polímeros sintéticos 1 Polímeros de adição comum ............................. 215 2 Polímeros de adição 1,4 ....................................221 3 Vulcanização da borracha .................................223 • Experimento: Modificando a estrutura do polímero ................................ 224 4 Copolímeros ................................................. 226 5 Polímeros de condensação................................ 231 • Exercícios de revisão..................................... 238 • Compreendendo o mundo............................. 239 Capítulo 7 Funções nitrogenadas 1 Aminas .........................................................117 2 Amidas ........................................................ 125 3 Nitrocompostos............................................. 127 • Exercícios de revisão..................................... 129 Capítulo 8 Isomeria constitucional 1 Isomeria constitucional estática ........................ 131 2 Isomeria constitucional dinâmica.......................138 3 Estereoisomeria..............................................139 4 Diastereoisomeria...........................................140 5 Isomeria E-Z...................................................142 6 Enantiômeros................................................ 144 • Experimento: Construção de modelos – enantiômeros ..............................................145 • Exercícios de revisão...................................... 156 • Compreendendo o mundo.............................. 157 Shutterstock/Glow Images D i m i t a r S o t ir o v/ S h ut t e r s t o c k / G l o w I m a g e s Quimica_MR_v3_PNLD15_001a009_Iniciais.indd 7 5/20/13 9:14 AM
  • 10. 8 Alimentos e aditivos UNIDADE 4 Atividade nuclear UNIDADE 5 Capítulo 17 Leis da radioatividade 1 Emissões nucleares naturais............................. 291 2 Leis de Soddy ................................................ 294 3 Período de meia-vida ...................................... 295 4 Séries ou famílias radioativas ........................... 298 • Exercícios de revisão..................................... 304 Capítulo 18 Energia nuclear 1 Aceleradores de partículas...............................306 2 Radioatividade artificial .................................. 307 3 Fissão nuclear................................................ 310 4 Fusão nuclear................................................. 315 • Exercícios de revisão..................................... 316 • Compreendendo o mundo.............................. 317 Sugestões de leitura, filmes e sites ........................318 Bibliografia...................................................... 319 Índice remissivo................................................ 319 Capítulo 13 Introdução à Bioquímica 1 Compostos bioquímicos...................................243 • Exercícios de revisão..................................... 250 Capítulo 14 Lipídios 1 Cerídeos....................................................... 252 2 Glicerídeos.................................................... 254 3 Esteroides..................................................... 257 • Exercícios de revisão.....................................260 Capítulo 15 Carboidratos 1 Oses............................................................ 264 2 Osídeos........................................................266 • Exercícios de revisão...................................... 271 Capítulo 16 Proteínas 1 a-aminoácidos .............................................. 273 2 Formação de proteínas.................................... 277 • Experimento: Extrato glicólico de proteínas do leite..................................... 279 3 Ácidos nucleicos ............................................ 283 • Exercícios de revisão..................................... 286 • Compreendendo o mundo............................. 287 M a d l e n / S h u t te r s t o ck /G l o w I m a g e s Mark Clifford/Barcroft Media/Getty Images Quimica_MR_v3_PNLD15_001a009_Iniciais.indd 8 5/20/13 9:14 AM
  • 11. 9 Tabela periódica dos elementos H 1 1,01 hidrogênio Li 3 1,0 152 123 181 1342 0,53 520 6,94 lítio Na 11 0,9 153,7 — 98 883 0,97 494 22,99 sódio K 19 0,8 227 203 63 759 0,89 419 39,10 potássio Rb 37 0,8 247,5 — 39 688 1,53 402 85,47 rubídio Cs 55 0,8 265,4 235 28 671 1,93 377 132,91 césio Fr 87 0,7 270 — 27 677 — 394 (223) frâncio Be 4 1,6 113,3 89 1287 2471 1,85 901 9,01 berílio Mg 12 1,3 160 136 650 1090 1,74 737 24,31 magnésio Ca 20 1,0 197,3 174 842 1484 1,54 591 40,08 cálcio Sr 38 1,0 215,1 192 777 1382 2,64 549 87,62 estrôncio Ba 56 0,9 217,3 198 727 1897 3,62 503 137,33 bário Ra 88 0,9 223 — 700 1140 5 511 (226) rádio Sc 21 1,4 160,6 144 1541 2836 2,99 633 44,96 escândio Y 39 1,2 181 162 1522 3345 4,47 599 88,91 ítrio Ti 22 1,5 144,8 132 1668 3287 4,51 658 47,87 titânio Zr 40 1,3 160 145 1855 4409 6,52 641 91,22 zircônio Hf 72 1,3 156,4 144 2233 4603 13,3 658 178,49 háfnio Rf 104 — — — — — — — (261) rutherfórdio V 23 1,6 132,1 — 1910 3407 6,0 649 50,94 vanádio Nb 41 1,6 142,9 134 2477 4744 8,57 654 92,91 nióbio Ta 73 1,5 143 134 3017 5458 16,4 729 tântalo Db 105 — — — — — — — (262) dúbnio Cr 24 1,7 124,9 — 1907 2671 7,15 654 52,00 crômio Mo 42 2,2 136,2 129 2623 4639 10,2 683 95,96 molibdênio W 74 1,7 137,0 130 3422 5555 19,3 758 183,84 tungstênio Sg 106 — — — — — — — (266) seabórgio 2,2 78 30 –259 –253 0,09 1311 Mn 25 1,6 124 117 1246 2061 7,3 716 54,94 manganês Tc 43 2,1 135,8 — 2157 4265 11 704 (98) tecnécio Re 75 1,9 137,0 128 3816 5596 20,8 758 186,21 rênio Bh 107 — — — — — — — (264) bóhrio Fe 26 1,8 124,1 116,5 1538 2861 7,87 763 55,85 ferro Ru 44 2,2 134 124 2334 4150 12,1 712 101,07 rutênio Os 76 2,2 135 126 3033 5012 22,59 813 190,23 ósmio Hs 108 — — — — — — — (277) hássio Co 27 1,9 125,3 116 1495 2927 8,86 763 58,93 cobalto Rh 45 2,3 134,5 125 1964 3695 12,4 721 102,91 ródio Ir 77 2,2 135,7 126 2446 4428 22,5 867 192,22 irídio Mt 109 — — — — — — — (268) meitnério Ni 28 1,9 124,6 115 1455 2913 8,90 737 58,69 níquel Pd 46 2,2 137,6 128 1555 2963 12,0 804 106,42 paládio Pt 78 2,2 138 129 1768 3825 21,5 863 195,08 platina Ds 110 — — — — — — — (271) darmstádtio Rg 111 — — — — — — — (272) roentgênio Cn 112 — — — — — — — (277) copernício Fl 114 — — — — — — — (289) fleróvio Lv 116 — — — — — — — (292) livermório Cu 29 1,9 127,8 117 1085 2562 8,96 746 63,55 cobre Ag 47 1,9 144,4 134 962 2162 10,5 733 107,87 prata Au 79 2,4 144,2 134 1064 2856 19,3 892 196,97 ouro Zn 30 1,7 133,2 125 420 907 7,14 905 65,38 zinco Cd 48 1,7 148,9 141 321 767 8,69 867 112,41 cádmio Hg 80 1,9 160 144 –39 357 13,53 1010 200,59 mercúrio B 5 2,0 83 88 2075 4000 2,34 800 10,81 boro Al 13 1,6 143,1 125 660 2519 2,70 578 26,98 alumínio Ga 31 1,8 122,1 125 30 2204 5,91 578 69,72 gálio In 49 1,8 162,6 150 157 2072 7,31 557 114,82 índio Tl 81 1,8 170,4 155 304 1473 11,8 591 204,38 tálio C * 6 2,6 — 77 — 3825 *** 2,2 1085 12,01 carbono Si 14 1,9 117 117 1414 3265 2,33 788 28,09 silício Ge 32 2,0 122,5 122 938 2833 5,32 763 72,64 germânio Sn 50 2,0 140,5 140 232 2602 7,27 708 118,71 estanho Pb 82 1,8 175,0 154 327 1749 11,3 716 207,21 chumbo N 7 3,0 71 70 –210 –196 1,23 1404 14,01 nitrogênio P 15 2,2 93 (b) / 115 (v) ** 110 44 281 1,82 (b) 1014 30,97 fósforo As 33 2,2 125 121 — 614 *** 5,75 947 74,92 arsênio Sb 51 2,1 182 141 631 1587 6,68 830 121,76 antimônio Bi 83 1,9 155 152 271 1564 9,79 704 208,98 bismuto O 8 3,4 — 66 –219 –183 1,40 1316 16,00 oxigênio S 16 2,6 104 104 115 445 2,07 1001 32,07 enxofre Se 34 2,6 215,2 117 221 685 4,39 943 78,96 selênio Te 52 2,1 143,2 137 450 988 6,24 872 127,60 telúrio Po 84 2,0 167 153 254 962 9,20 813 (209) polônio F 9 4,0 70,9 58 –220 –188 1,67 1684 19,00 flúor Cl 17 3,2 — 99 –102 –34 3,11 1253 35,45 cloro Br 35 3,0 — 114,2 –7 59 3,10 1140 79,90 bromo I 53 2,7 — 133,3 114 184 4,93 1010 126,90 iodo At 85 2,2 — — 302 337 — — (210) astato He 2 — 128 — — –269 0,18 2376 4,00 hélio Ne 10 — — — –249 –246 0,89 2082 20,18 neônio Ar 18 — 174 — –189 –186 1,75 1521 39,95 argônio Kr 36 — — 189 –157 –153 3,68 1353 83,80 criptônio Xe 54 2,6 218 209 –112 –108 5,76 1173 131,29 xenônio Rn 86 — — — –71 –62 9,74 1039 (222) radônio La 57 1,1 187,7 169 918 3464 6,15 541 138,91 lantânio Ce 58 1,1 182,5 165 798 3443 6,77 536 140,12 cério Pr 59 1,1 182,8 165 931 3520 6,77 528 140,91 praseodímio Nd 60 1,1 182,1 164 1021 3074 7,01 532 144,24 neodímio Pm 61 — 181,0 — 1042 3000 7,26 541 (145) promécio Sm 62 1,2 180,2 166 1074 1794 7,52 545 150,36 samário Eu 63 — 204,2 185 822 1529 5,24 549 151,96 európio Gd 64 1,2 180,2 161 1313 3273 7,90 595 157,25 gadolínio Tb 65 — 178,2 159 1356 3230 8,23 566 158,93 térbio Dy 66 1,2 177,3 159 1412 2567 8,55 574 162,50 disprósio Ho 67 1,2 176,6 158 1474 2700 8,80 582 164,93 hólmio Er 68 1,2 175,7 157 1529 2868 9,07 591 167,26 érbio Tm 69 1,3 174,6 156 1545 1950 9,32 599 168,93 túlio Yb 70 — 194 170 819 1196 6,90 603 173,05 itérbio Lu 71 1,0 173,4 156 1663 3 402 9,84 524 174,97 lutécio Ac 89 1,1 187,8 — 1051 3198 10 499 (227) actínio Th 90 1,3 179,8 — 1750 4787 11,7 608 232,04 tório Pa 91 1,5 160,6 — 1572 4027 15,4 570 231,04 protactínio U 92 1,7 154 — 1135 4131 19,1 599 238,03 urânio Np 93 1,3 150 — 644 3902 20,2 603 (237) netúnio Pu 94 1,3 151 — 640 3228 19,7 582 (244) plutônio Am 95 — 173 — 1176 2011 12 578 (243) amerício Cm 96 — 174 — 1345 — 13,51 582 (247) cúrio Bk 97 — 170 — 1050 — 14,78 603 (247) berquélio Cf 98 — 169 — 900 — 15,1 608 (251) califórnio Es 99 — 203 — 860 — — 620 (252) einstênio Fm 100 — — — 1527 — — 629 (257) férmio Md 101 — — — 827 — — 637 (258) mendelévio No 102 — — — 827 — — 641 (259) nobélio Lr 103 — — — 1627 — — — (262) laurêncio SÉRIE DOS LANTANÍDIOS SÉRIE DOS ACTINÍDIOS H 1 2,2 78 30 –259 –253 0,09 1311 1,01 hidrogênio símbolo Propriedade dos elementos dentro das células SÉRIE DOS LANTANÍDIOS SÉRIE DOS ACTINÍDIOS número atômico nome eletronegatividade raio atômico e raio covalente temperaturas de fusão e ebulição densidade 1ª - energia de ionização 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 1 2 3 4 5 6 7 ■ ■ Os elementos de números atômicos 113, 115, 117 e 118 não constam na tabela porque, apesar de relatados por pesquisadores, até junho de 2012 ainda não haviam sido referendados pela Iupac/Iupap. ■ ■ As massas atômicas relativas são listadas com arredondamento no último algarismo. As massas atômicas entre parênteses representam valores ainda não padroni- zados pela Iupac. ■ ■ Os valores de eletronegatividade estão na escala de Pauling. Nessa escala, a eletronegatividade do flúor, elemento mais eletronegativo, é 4,0. O valor para o frâncio, elemento menos eletronegativo, é 0,7. ■ ■ Os valores de raio atômico e raio covalente são dados em pm (picômetros): 1 pm = 10 –12 m. ■ ■ Os valores de temperatura de fusão e de ebulição são dados em ºC (graus Celsius). ■ ■ Os valores de densidade para sólidos e líquidos são dados em g/cm 3 (gramas por centímetro cúbico) e, para gases, em g/L (gramas por litro). ■ ■ Os valores da 1ª - energia de ionização são dados em kJ/mol (quilojoules por mol). ■ ■ Os traços indicam valores desconhecidos. ■ ■ As cores nos símbolos dos elementos indicam o estado físico a 25 ºC e a 1 atm de pressão: azul – estado líquido; roxo – estado gasoso; preto – estado sólido; cinza – estado físico desconhecido. ■ ■ A classificação dos elementos boro, silício, germânio, arsênio, antimônio, telúrio e polônio em semimetais ou metaloides não é reconhecida pela Iupac. ■ ■ Observação: As cores utilizadas nesta tabela não têm significado científico; são apenas recursos visuais pedagógicos. * Leia-se carbono grafite ** b – fósforo branco/ v – fósforo vermelho *** Temperatura de sublimação 180,95 massa atômica relativa 57-71 89-103 Não metais Gases nobres Metais Os dados contidos nesta tabela periódica estão de acordo com as recomendações de 1º - junho 2012 da Iupac e da Iupap (International Union of Pure and Applied Chemistry/International Union of Pure and Applied Physics ou, em português, União Internacional de Química Pura e Aplicada/União Internacional de Física Pura e Aplicada, respectivamente). Em 2005, esta tabela foi revisada e atualizada sob consultoria de Reiko Isuyama (ex-professora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo e integrante do Comitê Executivo do Comitê de Ensino de Química da Iupac) com colaboração de Jorge A. W. Gut (professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo). Em 2010, esta tabela foi revisada e atualizada sob consultoria de Álvaro Chrispino (atual professor do Cefet-RJ e Fellow Iupac e representante nacional do Comitê de Educação Química da Iupac – até 2007). Quimica_MR_v3_PNLD15_001a009_Iniciais.indd 9 5/20/13 9:14 AM
  • 12. 10 UNIDADE 1 10 Petróleo Como isso nos afeta? Quando ouvimos falar que o petróleo é um recurso não renovável, que está se esgotando e que “a era do petróleo” logo chegará ao fim, geralmente imaginamos que a única mudança em nossas vidas será a substituição dos veículos de transporte movidos a diesel, querosene ou gasolina por veículos elétricos ou movidos a hidrogênio ou outro com- bustível alternativo. Mas não é só isso. Se o petróleo realmente se tornasse escasso (a ponto de não com- pensar a sua extração), teríamos de mudar totalmente nossa maneira de viver, transformar nossos hábitos, nossa concepção de mundo e até mesmo a forma como a sociedade se organiza. O petróleo não fornece apenas combustíveis, mas também a maté- ria-prima para a produção de quase todos os nossos bens de consumo. Praticamente tudo o que temos e utilizamos é fruto da indústria petroquímica ou de seus produtos. O problema é que a extração e a utilização intensiva do petróleo está se tornando uma ameça cada vez maior ao meio ambiente. Existe saída para essa situação? Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 10 5/20/13 10:51 AM
  • 14. Estrada tecnológica para o pré-sal “Laser, nanotecnologia e bactérias. Não, esses não são elementos de uma história de ficção cien- tífica – são ferramentas em estudo na Petrobras para facilitar a extração de petróleo nas reservas do pré-sal, que ficam a 300 km da costa e a mais de 4 km de profundidade, incluindo 2 km da co- luna de água e mais 2 km da camada de sal. [...] Embora a Petrobras já extraia petróleo na área, essa produção corresponde a apenas entre 5% e 10% do total produzido pela companhia, que tem planos de aumentar esse fator de contribui- ção para 40% em 2020. [...] Segundo o engenheiro mecânico Orlando Ri- beiro, gerente geral de pesquisa e desenvolvimen- to de produção do Centro de Pesquisas e Desen- volvimento da Petrobras (Cenpes), a rocha que armazena o petróleo na camada pré-sal é muito dura e não há possibilidade de se usar uma per- furadora de impacto para atingir o óleo. Por isso, a alternativa que está sendo testada é acoplar um ou mais emissores de laser em uma broca. Esses feixes de laser esquentariam a rocha, o que a tor- naria mais frágil e, consequentemente, aumen- taria a taxa de penetração das máquinas. ‘O grande desafio para isso é levar o laser até lá embaixo’, ressalta o engenheiro. ‘Pretendemos utilizar um cabo de fibra óptica, mas há uma sé- rie de dificuldades técnicas que temos de resolver antes do teste de campo, que deve ocorrer em 2015’, conta. [...] Em relação ao uso de nanotubos, uma possi- bilidade é a construção de cabos condutores de eletricidade, que teriam uma condutividade dez vezes maior que a do cobre e poderiam alimentar as máquinas usadas em grandes profundidades. Em alguns reservatórios, o óleo está aderido à rocha, o que dificulta sua extração. Por isso, os pesquisadores do Cenpes estão desenvolvendo linhagens de bactérias que produzam um tipo de sabão (chamado surfactante) que deslocaria o óleo da rocha – literalmente lavando-a – e aumen- taria a taxa de recuperação de petróleo.” FURTADO, Fred. Ciência Hoje, 5 jul. 2012. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2012/07/ estrada-tecnologica-para-o-pre-sal>. Acesso em: 21 out. 2012. Plataforma de extração de petróleo na baía de Guanabara, RJ (2012). Ismar Ingber/Pulsar Imagens Você sabe explicar? 1 CAPÍTULO Conceitos básicos Saiu na Mídia! Unidade 1 • Petróleo 12 O que é exatamente o pré-sal? Por que é um desafio extrair petróleo dessa área? Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 12 5/20/13 10:51 AM
  • 15. No Volume 1 desta coleção tivemos uma introdução à Química Orgânica, conhecemos alguns grupos funcionais e suas propriedades. Mas como já faz tempo, você pode ter esquecido alguns detalhes. Vamos então recordar o que estudamos antes de introduzir concei- tos novos? 1 A síntese da ureia A Química Orgânica, como a conhecemos hoje, começou com a síntese da ureia. Em 1825, o médico alemão Friedrich Wöhler (1800-1882) procurava preparar o cianato de amônio, NH4OCN(s), a partir do cianeto de pra- ta, AgCN(s), e do cloreto de amônio, NH4CL(s), – dois sais tipicamente inorgânicos – de acordo com o seguinte procedimento: • O cianeto de prata, AgCN(s), era aquecido na presença de oxigênio do ar, O2(g), formando o cianato de prata, AgOCN(s). AgCN(s) + 1/2 O2(g) **( AgOCN(s) • Em seguida, o cianato de prata, AgOCN(s), era tratado com solução de cloreto de amônio, NH4CL(aq), produzindo precipitado de clo- reto de prata, AgCL(ppt), e cianato de amônio em solução, NH4OCN(aq). AgOCN(aq) + NH4CL(aq) **( AgCL(ppt) + NH4OCN(aq) • A solução era filtrada e evaporada, restando apenas o cianato de amônio sólido. Porém, ao ser aquecido, o cianato de amônio se trans- formou em cristais brancos que Wöhler logo reconheceu como ureia, a mesma substância que ele extraía com frequência da urina (de cachorro e humana) para utilizar em seus experimentos. NH4OCN(s) **( CO(NH2)2(s) Wöhler descreveu o resultado inesperado como: “um fato notável, uma vez que representa um exemplo da produção artificial de uma substância orgânica de origem animal a partir de substâncias inorgâ- nicas”, o que ia diretamente contra a teoria do vitalismo que imperava na época. Segundo essa teoria, formulada por Jöns Jacob Berzelius (1779-1848), os compostos orgânicos só podiam ser sintetizados por organismos vivos. Um outro aspecto desse “fato notável” chamou ainda mais a aten- ção de Wöhler e do próprio Berzelius, que logo soube da descoberta: o cianato de amônio e a ureia apresentam os mesmos elementos na mesma quantidade: N2H4CO. As propriedades químicas e físicas dessas substâncias, contudo, eram absolutamente diferentes. A explicação proposta para explicar esse fenômeno era que os compostos apresentavam o mesmo núme- ro e tipo de átomos, mas a disposição dos átomos em cada composto era diferente. ∆ Friedrich Wöhler formou-se médico em 1823, aos 23 anos, mas não chegou a exercer a profissão, voltando-se para a pesquisa científica. Em 1827, desenvolveu um método para obter alumínio metálico; porém, esse método era caro e muito complexo, de modo que o alumínio chegou a ser vendido na época por 220 dólares o quilograma. Cianato de amônio, NH4OCN(s): 2 átomos de nitrogênio, 4 átomos de hidrogênio, 1 átomo de carbono e 1 átomo de oxigênio. Ureia, CO(NH2)2(s): 2 átomos de nitrogênio, 4 átomos de hidrogênio, 1 átomo de carbono e 1 átomo de oxigênio. Sheila Terry/SPL/Latinstock 13 Capítulo 1 • Conceitos básicos Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 13 5/20/13 10:51 AM
  • 16. Ao lado, os dois modelos da molécula de ureia. A foto 1 mostra o modelo “bolas e varetas”, que enfatiza o tipo de ligação covalente entre os átomos (simples, dupla ou tripla). A foto 2 mostra o modelo Stuart, o mais próximo do real. Nesse modelo, o raio atômico dos elementos tem medidas proporcionais às obtidas experimentalmente, e as esferas são “cortadas” de modo que o encaixe entre elas obedeça ao ângulo e ao comprimento corretos das valências envolvidas. As cores para a representação dos átomos seguem um padrão internacional: carbono, preto; hidrogênio, branco; oxigênio, vermelho; e nitrogênio, azul. Fotos: Sérgio Dotta/Arquivo da editora Esses compostos ficaram conhecidos como isômeros – do grego iso, mesmo, e méros, parte, significando, portanto, ‘partes iguais’ –, palavra inventada por Berzelius para descrever a isomeria, esse fenô- meno que havia sido descoberto na Química. Atualmente define-se: Wöhler e os cientistas da época deram mais importância à descober- ta da isomeria do que ao impacto que a síntese da ureia causaria sobre a teoria do vitalismo. Ainda assim, a teoria do vitalismo, que “emperrava” o desenvolvimento da Química Orgânica, começou a declinar. Atualmente, a Química Orgânica é conhecida como a parte da Química que estuda a maioria dos compostos formados pelo elemen- to carbono. O carbono é um ametal que faz quatro ligações covalentes para adquirir estabilidade; desse modo, os compostos orgânicos sempre apresentam muitas ligações covalentes. O que caracteriza esse tipo de ligação é o compartilhamento de pares de elétrons. A fórmula estrutural é a mais utilizada na Química Orgânica. Nessa fórmula, cada traço representa um par de elétrons compartilhado entre os átomos ou um par de elétrons disponível na camada de valência (que em Química Orgânica geralmente não é representado). Exemplo: a fórmula N m N indica que há 3 pares de elétrons com- partilhados entre os 2 átomos de nitrogênio (ligação tripla) e que cada átomo de nitrogênio possui ainda um par de elétrons na camada de valência que não está sendo compartilhado (par de elétrons “disponível”). Hoje são conhecidos mais de 19 milhões de compostos orgânicos, muitos dos quais presentes em inúmeros produtos que utilizamos dia- riamente, como gasolina, querosene, álcoois, plásticos, borrachas, tintas, remédios, fibras têxteis, papéis, produtos de limpeza, cosméticos, pro- dutos de higiene, pesticidas e fertilizantes agrícolas. Isso ocorre devido à versatilidade única do elemento carbono, que é capaz de formar com- postos com milhares de átomos ligados, arranjados entre si das mais diferentes maneiras. Além do carbono, o hidrogênio, o oxigênio e o nitrogênio – deno- minados elementos organógenos – formam a maioria dos compostos orgânicos conhecidos. Isomeria é o fenômeno em que dois ou mais compostos possuem mesma fórmula molecular e diferente fórmula estrutural. Alguns poucos compostos do elemento carbono são denominados compostos de transição,ou seja,são compostos que possuem o carbono,porém se assemelham mais aos compostos inorgânicos.Dentre eles podemos citar o gás carbônico,CO2(g),o monóxido de carbono,CO(g),o cianeto de hidrogênio,HCN(g) e o isocianeto de hidrogênio,HNCO(g). 1 2 Unidade 1 • Petróleo 14 Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 14 5/20/13 10:52 AM
  • 17. 2 Postulados de Kekulé Entre 1858 e 1861, o químico Friedrich August Kekulé (1829-1896), o químico escocês Archibald Scott Couper (1831-1892) e o químico russo Alexander M. Betherov (1828-1886) lançaram independentemente os três postulados que constituem as bases fundamentais da Química Orgânica. 1º postulado O carbono é tetravalente: faz 4 ligações covalentes que podem ser estabelecidas de uma das seguintes formas esquematizadas na tabela: Ligações do carbono Esquema Exemplo: nome e fórmulas molecular e estrutural 4 ligações simples C metano, CH4 C H H H H 2 ligações simples e 1 ligação dupla C eteno, C2H4 C H H C H H 1 ligação simples e 1 ligação tripla C acetileno, C2H2 C C H H 2 ligações duplas C propadieno, C3H4 C C C H H H H Os demais elementos organógenos fazem as seguintes ligações: Elemento Ligação Esquema Exemplo Hidrogênio 1 ligação covalente simples H gás hidrogênio, H k H Oxigênio 2 ligações covalentes simples 1 ligação covalente dupla O O metanol, H3C k O k H gás carbônico, O l C l O Nitrogênio 3 ligações covalentes simples 1 ligação covalente simples e 1 ligação covalente dupla 1 ligação covalente tripla N N N amônia, H k k k N H H dimetilnitrosamina, H3C k N k N l O CH3 gás nitrogênio, N N 15 Capítulo 1 • Conceitos básicos Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 15 5/20/13 10:52 AM
  • 18. Lembre-se de que postulados são uma série de afirmações ou proposições que não podem ser comprovadas, mas que são admitidas como verdadeiras, servindo de ponto de partida para a dedução ou conclusão de outras afirmações. 2º postulado As 4 ligações simples do carbono são iguais (em comprimento e energia), logo as quatro fórmulas estruturais esquematizadas abaixo, por exemplo, representam a mesma molécula, o clorofórmio, CHCL3. 3º postulado O carbono é capaz de formar cadeias (ligações químicas sucessivas) com outros átomos de carbono. As cadeias carbônicas podem conter milhares de átomos de carbono ligados sucessivamente formando compostos estáveis. É o que justifica o grande número de compostos orgânicos conhecidos. 3 Simplificação de fórmulas estruturais Às vezes a fórmula estrutural plana de um composto orgânico pode se tornar muito longa para representarmos todas as ligações entre os átomos. Por essa razão, é comum simplificarmos a fórmula estrutural, condensando algumas ligações. Veja a seguir alguns exemplos de simplificação da fórmula estrutural: • Simplificação da fórmula do pentan-1-ol, C5H11OH • Simplificação da fórmula do ácido propanoico, C3H6O2 • Simplificação do 3-metilciclobuteno, C5H8 H C C C H H H H H H H H H H OH C C ou ou ou ou H3C C C H2 H2 H2 C C H2 OH H3C CH2 CH2 CH2 CH2 OH H3C CH2 [CH2]3 OH C C H H H H H C O H O C H2 C OH O H3C CH3CH2COOH ou ou ou ou H H C CH3 C H C C H H CH3 CH CH3 H2C CH HC Note que na simplificação da fórmula dos compostos cíclicos, cada vértice da figura geométrica representa um átomo de carbono. As li- gações entre o carbono e o hidrogênio não precisam ser representadas, C C C C H CL CL CL CL H CL CL CL CL H CL CL CL CL H Unidade 1 • Petróleo 16 Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 16 5/20/13 10:52 AM
  • 19. pois fica implícito que todas as ligações que estão faltando (o carbono faz 4 ligações) estão sendo feitas com o hidrogênio. As ligações do carbono com outros elementos devem ser representadas. • Simplificação do antraceno, C14H10 O antraceno possui 3 anéis ou núcleos aromáticos. Cada um é for- mado por um ciclo plano com 6 átomos de carbono que estabelecem entre si ligações ressonantes (intermediárias entre a simples e a dupla). Ressonância No Volume 1, também vimos que algumas moléculas ou íons podem ser representados por duas ou mais fórmulas eletrônicas (estrutura de Lewis) e estruturais diferentes. A molécula de benzeno, por exemplo, pode ser representada por uma das seguintes fórmulas estruturais: Qual delas é a correta? A resposta é: as duas e nenhuma. Essas duas formas de representar a molécula de benzeno são acei- tas, mas nenhuma delas possui existência física real. Experimentalmen- te, verifica-se que todas as ligações estabelecidas entre os átomos de carbono são iguais, de mesma energia e comprimento. O benzeno é um exemplo de molécula que sofre ressonância. As estruturas que mostramos para a molécula de benzeno são estruturas ou formas de ressonância, também chamadas de formas canônicas. A representação mais próxima do real para a molécula de benzeno é uma “média” das estruturas de ressonância ou um híbrido de resso- nância, como mostramos abaixo: C C C C C H C H H H C C C C H H C C C C H H H H ou C C C C C C C C C C C C H H H H H H H H H H H H &*( C C C C C C H H H H H H Atualmente a Iupac recomenda que se utilize uma das formas de ressonância para representar a molécula de benzeno e seus derivados, evitando representar tais compostos pelo seu híbrido de ressonância. Modelo de “bolas e varetas” da molécula de benzeno. Esse tipo de modelo foi inventado por Kekulé para explicar o conceito de cadeia e de anéis para seus alunos. Jose Gil/Shutterstock/Glow Images O benzeno, C6H6, é um líquido incolor ou levemente amarelado, inflamável e altamente tóxico por ingestão, inalação e absorção através da pele, utilizado na fabricação de diversos compostos, como solventes, inseticidas, fumigantes, removedor de tintas, etc. 17 Capítulo 1 • Conceitos básicos Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 17 5/20/13 10:52 AM
  • 20. Camadas de água, terra e sal Lâmina de água Fica entre a superfície e o chão marinho. É o primeiro desafio a ser vencido. A Petrobras já perfurou 1,8 km na bacia de Santos, cuja profundidade chega a 3 km. Camada de sal Formada há cerca de 113 milhões de anos durante uma grande evaporação no oceano. É sólida. O petróleo está em profundidades a mais de 6 quilômetros. Equipes de pesquisadores da Petrobras, da academia e de empresas fornecedoras estudam as dificuldades de perfuração e de extração de gás e óleo. Fonte (ilustração): GEOBAU: caracteres/sobre Geografia e afins. Disponível em: <http://marcosbau.com.br/ geobrasil-2/entenda-o-pre-sal/>. Acesso em: 27 fev. 2013. A ilustração está fora de escala. Cores fantasia. O que é exatamente o pré-sal? Por que é um desafio extrair petróleo dessa área? Sete mil metros abaixo da superfície, o petróleo aguarda, aprisio- nado nas entranhas rochosas da plataforma continental. Trazê-lo para a superfície não será fácil. Muito menos barato. O tão cobiçado petró- leo do campo de Tupi [renomeado campo de Lula] – suficiente para encher até 8 bilhões de barris – está enterrado sob dois quilômetros de água, mais dois quilômetros de rocha e, para completar, outros dois quilômetros de crosta de sal. [...] A preocupação maior, do ponto de vista tecnológico, não é a profun- didade e sim a camada de sal. O Brasil é um dos líderes mundiais em exploração de petróleo em águas profundas, mas nunca teve de atraves- sar uma camada desse tipo. “Vamos ter de desenvolver essa tecnologia”, disse o engenheiro Nelson Ebecken, coordenador do Núcleo de Transfe- rência de Tecnologia (NTT) da Coordenação dos Programas de Pós-gra- Perigo salino Ao perfurar um poço nesta camada corre-se o risco de desmoronamento. Para isso, as equipes precisam ser rápidas ao fazer o revestimento. Camada pós-sal Rochas sedimentares formadas com sedimentos como calcário e arenito formam a coluna sob o sal com mais de 2 km de extensão. Na bacia de Campos, RJ, o petróleo está nessa camada. Conhecidas como árvores-de-natal, as válvulas que prendem as tubulações no início do poço terão de ser mais resistentes. Camada pré-sal O petróleo e o gás estão misturados nos poros das rochas carbonáticas que compõem essa coluna. Elas foram formadas há mais de 115 milhões de anos. Luis Moura/Arquiv o da editora 0 1000 m 2000 m 3000 m 4000 m 5000 m 6000 m Unidade 1 • Petróleo 18 Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 18 27/05/2013 17:22
  • 21. duação de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), principal parceira acadêmica da Petrobras. “Se essa camada de sal estivesse em terra já seria difícil. Imagine, então, a três mil ou quatro mil metros [de profundidade].” A essa profundidade, pressionado e aquecido pelo calor interno do planeta, o sal se comporta como um material viscoso, o que cria proble- mas para a perfuração e a manutenção dos poços. “A rocha é dura, mas é estável. O sal não é tão duro, mas é menos estável”, explica o colega e também engenheiro Edison Castro Prates de Lima. Imagine algo como uma gelatina: “Você abre o buraco e o buraco fecha”, compara o espe- cialista Giuseppe Bacoccoli, do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia da Coppe. O planejamento dos poços, dizem os pesquisadores, terá de ser ex- tremamente bem-feito, para que não entrem em colapso. Trata-se de um ambiente pouco explorado no mundo. No Golfo do México, há poços que chegam a 8 mil metros de profundidade, mas mesmo esses estão acima da camada de sal, segundo Giuseppe. “Já se perfurou sal em outros lugares, mas não a essa profundidade nem com essa espes- sura”, completa Ebecken. [...] Na própria bacia de Santos, a Petrobras possui poços de até 5 mil metros de profundidade na rocha, mas em lâminas de água (a distância entre a superfície e o leito marinho) muito mais rasas, na faixa dos 100 metros. E sem sal. Apesar das dificuldades, todos os especialistas da Coppe ouvidos pe- lo Estado estão confiantes em que o Brasil tem competência tecnológica para chegar ao óleo de Tupi [Lula]. “Não vejo nenhuma quebra de para- digma, é mais uma evolução”, afirma Bacoccoli, que já foi superinten- dente de Exploração da Petrobras. O desafio maior, segundo ele, diz res- peito ao custo, que aumenta exponencialmente com a profundidade e a complexidade da operação. “Talvez cheguemos à conclusão de que podemos, mas não devemos.” [...] A instalação dos poços é toda feita remotamente da superfície, com o uso de robôs. A pressão a dois mil metros de profundidade é 200 vezes maior do que a pressão em terra, ao nível do mar. Um ser humano nessas condições seria literalmente esmagado. A profundidade máxima para um mergulhador, com riscos altíssimos, é por volta de 300 metros. Dentro das rochas, o petróleo está fervendo. Quando chega ao topo do poço, no leito marinho, está a quase 100 °C. Aí começa um outro problema. A água no fundo do mar está a aproximadamente 4 °C. Para transportar o petróleo até a plataforma, dois mil metros acima, é preciso mantê-lo quente. Caso contrário, a queda de tempera- tura induz a formação de “coágulos” que podem entupir completamen- te os dutos. “É como se o óleo passasse por uma serpentina, perdendo calor ao longo do trajeto”, compara Segen. A solução é revestir os canos de aço com material isolante, ou injetar produtos químicos para evitar o adensamento do óleo. REDE de Tecnologia. 2 km de sal desafiam tecnologia. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 18 nov. 2007. Disponível em: <www.redetec.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=58908&isriointeli=true&sid=144>. Acesso em: 27 fev. 2013. “Plataformas tipo FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading) são navios com capacidade para processar e armazenar o petróleo, e prover a transferência do petróleo e/ou gás natural. No convés do navio, é instalada uma planta de processo para separar e tratar os fluidos produzidos pelos poços. Depois de separado da água e do gás, o petróleo é armazenado nos tanques do próprio navio, sendo transferido para um navio aliviador de tempos em tempos.” Disponível em: <http://advivo.com.br/blog/ roberto-sao-paulo-sp-2010/conheca-os-principais- tipos-de-plataformas-utilizadas-pela-petrobras>. Acesso em: 25 jul. 2011. Leo Francini/Alamy/Other Images Os produtos químicos injetados nos dutos para evitar o adensamento do petróleo são anticongelantes como o etilenoglicol, por exemplo, que estudamos no Volume 2, em propriedades coligativas. A Petrobras iniciou em 6 de novembro de 2012 a produção de petróleo no pré-sal de Baleia Azul, litoral sul do Espírito Santo, a 80 km da costa, por meio do FPSO Cidade de Anchieta. Nessa região a profundidade da água varia entre 1,3 mil a 2 mil metros e a camada de sal possui em média 200 metros de espessura. A meta é que até março de 2013, o Cidade de Anchieta possa atingir a capacidade máxima de produção, de 100 mil barris diários de petróleo e 3,5 milhões de m³ de gás. 19 Capítulo 1 • Conceitos básicos Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 19 5/20/13 10:52 AM
  • 22. 1. Identifique quantos átomos de hidrogênio estão fal- tando para completar as ligações nos compostos a seguir: a) b) c) 2. Escreva no seu caderno as fórmulas a seguir comple- tando as ligações (simples, dupla ou tripla) que estão fal- tando para que as valências dos átomos envolvidos sejam satisfeitas. a) b) c) 3. Escreva no seu caderno a fórmula estrutural comple- ta (mostrando o símbolo dos átomos e as ligações) e a fórmula molecular dos compostos cíclicos esquematiza- dos a seguir: a) b) c) 4.No ambiente marinho, as espécies que se reproduzem por fecundação externa desenvolvem mecanismos quí- micos para que os gametas masculinos (espermatozoides) e os gametas femininos (oogônios) se reconheçam e se atraiam mutuamente. No caso das algas pardas do gênero Fucus (foto a seguir), a liberação do oogônio na água é acompanhada da pro- C C O O C C C C N CL C C C C O C C S C C C C C O C N H C C C O H H C C H H H C C C C C H H H H C H S H C H N C H H H C H H C O O H C C O dução de um hidrocarboneto denominado fucosserra- teno, que, além de induzir a liberação dos espermatozoi- des, orienta aqueles que estão nadando sem rumo a nadarem em espiral na direção do oogônio, promovendo a fecundação. Ocorre que o fucosserrateno pode ter seu efeito imitado pelo hexano, um hidrocarboneto derivado do petróleo. Quando há um vazamento de petróleo no mar, a concen- tração de hexano aumenta muito na região, estimulando a emissão de espermatozoides na ausência de oogônios a serem fecundados, o que provoca uma queda significa- tiva na população dessas algas. Esse fato foi observado pela primeira vez em 1960, quando a Fucus desapareceu quase completamente da costa sudoeste da Inglaterra, após o naufrágio de um navio petroleiro. Dadaafórmulasimplificadadofucosserrateno,indiquesua fórmula molecular. 5.Escreva a fórmula estrutural dos compostos orgânicos que apresentam as seguintes características: a) Molécula com 3 átomos de carbono e 4 átomos de hidrogênio. b) Molécula com 4 átomos de carbono e 8 átomos de hidrogênio. 6. (Fuvest-SP) Explique as informações do conjunto A usando as do conjunto B. A1. Existe somente uma substância de fórmula CHCL3. A2. Existe somente uma substância de fórmula CH2CL2. B1. O átomo de carbono ocupa o centro (centro de gravi- dade ou lugar geométrico) de um tetraedro regular, com as valências dirigidas para os vértices. B2. As quatro valências do carbono são equivalentes. 7.(UFPR) Dadas as representações abaixo, indique qual é a correta para o metano, CH4. Justifique sua escolha. Questões ATENÇÃO! Não escreva no seu livro! H H H H C H H H C H C H H H H Margery Maskell/Alamy/Other Images Unidade 1 • Petróleo 20 Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 20 5/20/13 10:52 AM
  • 23. 4 Classificação de cadeias carbônicas O modo como as cadeias carbônicas estão estruturadas pode ex- plicar muitas propriedades físicas e químicas dos compostos orgânicos; por isso, é importante conhecer os diferentes tipos de cadeia carbônica e entender a forma como são classificadas. Antes, porém, vamos clas- sificar os átomos de carbono que as formam. Classificação de carbonos A classificação de determinado átomo de carbono em uma cadeia carbônica apresenta como único critério o número de carbonos que estão diretamente ligados a ele. Assim, temos: • Carbono primário (P) É o átomo de carbono que está ligado a apenas um outro átomo de carbono, como mostra o exemplo a seguir: • Carbono secundário (S) É o átomo de carbono que está ligado a 2 outros átomos de carbono, como mostram os exemplos a seguir: • Carbono terciário (T) É o átomo de carbono que está ligado a 3 outros átomos de carbo- no, como mostram os exemplos a seguir: • Carbono quaternário (Q) É o átomo de carbono que está ligado a 4 outros átomos de carbo- no, como mostram os exemplos a seguir: A tabela da página 22 fornece uma visão geral dos diferentes tipos de cadeia carbônica. C P P P P Q C C C C C H H H H H H H H H H H H ; H C Q P P S S S S C C C C C C H H H H H H H H H H H H H C H H H H H H P T P P H H H H C C C C C P T S S S C C C H H H H H H H H H H ; C C C H H H H H H H H S P P C C C H H H H H H S S S ; C C H H H H H H P P C H H H H molécula de metano Na molécula de metano, CH4, o carbono não está ligado a nenhum outro átomo de carbono, portanto, a rigor, ele não pode ser classificado segundo esse critério. propano ciclopropano 2,2-dimetilpropano 1,1-dimetilciclopentano metilciclobutano 2-metilpropano Lembre-se sempre de que estamos considerando apenas a cadeia (ligação sucessiva de átomos de carbono), e não o composto orgânico específico, nessa classificação. etano 21 Capítulo 1 • Conceitos básicos Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 21 5/20/13 10:52 AM
  • 24. Classificação de cadeias carbônicas Abertas ou acíclicas (possuem no mínimo duas extremidades) Quanto ao tipo de ligação entre carbonos (simples, dupla, tripla). Saturadas: possuem apenas ligações simples entre carbonos. Exemplo: Insaturadas: possuem pelo menos uma ligação dupla ou tripla entre carbonos. Exemplo: Quanto à presença de heteroátomo (átomo diferente de carbono entre dois carbonos). Homogêneas: não possuem heteroátomo. Exemplo: Heterogêneas:possuemheteroátomo. Exemplo: Quanto à classificação dos carbonos (primário, secundário, terciário ou quaternário). Normais: possuem apenas carbonos primários e secundários. Exemplo: Ramificadas:possuempelomenosum carbonoterciárioouquaternário. Exemplo: Aromáticas (possuem pelo menos um núcleo aromático) Quanto ao número de núcleos aromáticos (ou anéis de benzeno). Mononucleares: possuem apenas um núcleo aromático. Exemplo: Polinucleares: possuem mais de um núcleo aromático. Exemplo: Quanto à disposição dos núcleos aromáticos Isolados e polinucleares: os núcleos aromáticos não possuem átomos de carbono comuns. Exemplo: Condensados e polinucleares: os núcleos aromáticos possuem átomos de carbono comuns. Exemplo: Alicíclicas (fechadas que não possuem núcleo aromático) Quanto ao tipo de ligação entre carbonos (simples, dupla, tripla). Saturadas: possuem apenas ligações simples entre carbonos. Exemplo: Insaturadas: possuem pelo menos uma ligação dupla ou tripla entre carbonos. Exemplo: Quanto à presença de hete- roátomo (átomo diferente de carbono entre dois carbonos). Homocíclicas: Não possuem heteroátomo. Exemplo: Heterocíclicas: possuem pelo menos um heteroátomo. Exemplo: Quanto à classificação dos carbonos (primário, secundário, terciário ou quaternário). Normais: possuem apenas carbono primário e secundário. Exemplo: Ramificadas:possuempelomenosum carbonoterciárioouquaternário. Exemplo: C CH2 H3C H O C CH3 H3C H2 C C CH3 H3C H2 H CH3 C O C C C H3C H2 H2 NH2 O C HC CH2 H CH2 H2C CH2 H2C C H2C CH2 CH3 H CH2 CH2 C H2 H2C H2C CH2 S CH2 H2C C H2C C H2 O C C C N H CH3 O H C C CH3 H3C H2 H2 Unidade 1 • Petróleo 22 Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 22 5/20/13 10:52 AM
  • 25. CURIOSIDADE Detergentes biodegradáveis Uma substância orgânica é considerada biodegradável quando pode ser decomposta pela ação de microrganismos. Geralmente a biodegradação ou degradação biológica é um processoaeróbio–quenecessitadequantidades razoáveis de oxigênio para ocorrer –; por isso, também é denominada degradação aeróbia. Quando uma substância orgânica é bio- degradável, os microrganismos conseguem transformá-la em íons inorgânicos, como nitrato, NO3 1– (aq), nitrito, NO2 1– (aq), fosfato, PO4 3– (aq), e sulfato, SO4 2– (aq), ou em moléculas simples como dióxido de carbono, CO2(g), e água, H2O(L). Todos esses íons e moléculas são usados como nutrientes pelas plantas. Já quando uma substância orgânica é não biodegradável, sua decomposição não pode ser efetuada por microrganismos, mesmo na presença de elevadas quantidades de oxigê- nio. Substâncias assim só podem ser degrada- das por processos químicos ou físicos. Se uma substância não biodegradável é lançada ao ambiente, seus efeitos tóxicos ou poluentes vão persistir por muito tempo, cau- sando danos que vão se acumulando e se agra- vando ao longo da cadeia alimentar. Os detergentes são sintéticos (por isso nem todossãobiodegradáveis).Amatéria-primauti- lizadaparafabricá-loséopetróleo.Osdetergen- tes são sais de ácido sulfônico (derivados de ácidosulfúrico,umácidoforte)decadeialonga. • Detergentes não biodegradáveis Possuem cadeia muito ramificada como, por exemplo, a do p-1,3,5,7-tetrametiloctil-ben- zenossulfonato de sódio (veja fórmula estru- tural abaixo). Cadeias ramificadas não são digeridas pelos microrganismos existentes na água e acabam causando sérios problemas ao meio ambiente. • Detergentes biodegradáveis Possuem cadeia normal ou linear, como o p-dodecilbenzenossulfonato de sódio, por exemplo (veja fórmula abaixo). Os detergentes de uso doméstico utili- zam matéria-prima biodegradável em sua formulação. Se você colocar um pouco de água e de óleo em um copo, verá que essas substâncias for- mam um sistema bifásico mantendo-se sepa- radas uma da outra, mas se você acrescentar umas gotas de detergente ao sistema, forma- rá uma emulsão (mistura coloidal). Isso ocor- re porque a molécula de detergente possui uma extremidade apolar que interage com o óleo e uma extremidade polar (aniônica) que interage com a água, misturando essas duas substâncias que sozinhas são imiscíveis (não se misturam). E usar um produto biodegradável é garan- tia de proteção ao meio ambiente? Não. Sabemos que as bactérias que decom- põem a matéria orgânica biodegradável utili- zam o oxigênio do meio (a água de rios para ondeédespejadooesgotodoméstico)parafazer seu trabalho. Se houver muito detergente no meio, haverá grande consumo de oxigênio da água, o que pode levar à morte outras espécies que habitam o ecossistema (eutrofização). C C C C H3C H H2 CH3 C C C CH3 CH3 CH3 H H2 H H2 H S O O O1– Na1+ C C C C H3C H2 C C C H2 H2 H2 H2 H2 H2 C C C C H2 H2 H2 H2 S O O O1– Na1+ p-1,3,5,7-tetrametiloctil-benzenossulfonato de sódio; detergente (não biodegradável) p-dodecilbenzenossulfonato de sódio: detergente (biodegradável) 23 Capítulo 1 • Conceitos básicos Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 23 5/20/13 10:52 AM
  • 26. 12. (UFPR) A vida na Terra se organizou em torno de al- guns poucos elementos, dos quais os mais encontrados na estrutura dos seres vivos são: hidrogênio, oxigênio, carbono e nitrogênio. Além da disponibilidade (esses ele- mentos estão entre os mais abundantes na crosta terres- tre e na água do mar), outros fatores devem ter contribuí- do para a utilização desses elementos pelos seres vivos. No que se refere ao carbono, por exemplo, a capacidade de seus átomos de se ligarem entre si, formando cadeias, que podem incluir também átomos de outros elementos, deve ter desempenhado um papel essencial. Dessa capa- cidade resulta a formação de um grande número de com- postos e estruturas diversas, com suas diferentes proprie- dades. Nas figuras abaixo estão exemplos dessas cadeias. Sobre essas cadeias, é incorreto afirmar: a) (A) é uma cadeia aberta, insaturada e ramificada. b) (B) é uma cadeia aromática. c) (C) é uma cadeia heterocíclica. d) (D) é uma cadeia acíclica heterogênea. e) (E) é uma cadeia aberta ramificada, na qual a cadeia principal tem 7 carbonos. 13. (Unifoa-RJ) Indivíduos em jejum prolongado ou que realizam exercícios físicos intensos liberam para a corren- te sanguínea compostos denominados corpos cetônicos, H3C k CO k CH3 e H3C k CO k CH2 k COOH. Ambas as cadeias são classificadas como: a) cíclica, heterogênea, insaturada. b) acíclica, homogênea, insaturada. c) acíclica, heterogênea, insaturada. d) cíclica, homogênea, saturada. e) acíclica, homogênea, saturada. 14. Sabendo que os quatro elementos organógenos – C, H, O e N – fazem respectivamente 4, 1, 2 e 3 ligações co- valentes comuns, forneça a fórmula estrutural dos se- guintes compostos: a) CH3ON. b) C4H11N, em que todos os átomos de carbono estão li- gados a no máximo um outro átomo de carbono. c) C3H8O, cuja cadeia carbônica é heterogênea. d) C2H5ON, cuja cadeia carbônica é homogênea. (A) (B) (C) (D) (E) O O X X Questões 8. (UFV-MG) Considerando os compostos a seguir: I. H3C k (CH2)2 k CH3 II. C(CH3)3 k CH2 k CH3 III. H3CCH2CH(CH3)2 IV. H3CCH2CH(OH)CH3 V. H3CCHBrCHBrCH3 a) Quais deles apresentam cadeias carbônicas ramifica- das? b) Indique o número de carbonos secundários existentes nas cadeias ramificadas. 9.(UFAM) O pau-rosa, típico da região amazônica, é uma rica fonte natural do óleo essencial conhecido por linalol, o qual também pode ser isolado do óleo de alfazema. Esse óleo apresenta a seguinte fórmula estrutural. Sua cadeia carbônica deve ser classificada como: a) acíclica, ramificada, saturada e heterogênea b) acíclica, normal, insaturada e homogênea c) alicíclica, ramificada, insaturada e homogênea d) acíclica, ramificada, insaturada e homogênea e) alicíclica, normal, saturada e heterogênea 10. (Acafe-SC) O peróxido de benzoíla é um catalisador de polimerização de plásticos. Sua temperatura de autoig- nição é igual a 80 °C, podendo causar inúmeras explosões. Sua cadeia é: a) alicíclica. b) aromática. c) alifática. d) homocíclica. e) saturada. 11. (PUC-RS) O ácido etilenodiaminotetracético, conheci- do como EDTA, utilizado como antioxidante em margari- nas, de fórmula apresenta cadeia carbônica: a) acíclica, insaturada e homogênea. b) acíclica, saturada e heterogênea. c) acíclica, saturada e homogênea. d) cíclica, saturada e heterogênea. e) cíclica, insaturada e homogênea. H3C C C C H2 H C CH2 CH3 H C H2 C CH3 OH X O C O O C O X N C C N H2 H2 C C H2 O OH C C H2 O OH C C H2 O HO C C H2 O HO X Unidade 1 • Petróleo 24 Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 24 5/20/13 10:52 AM
  • 27. 1.1 (UFRJ) O AZT, que possui a capacidade de inibir a in- fecção e os efeitos citopáticos do vírus da imunodeficiên- cia humana do tipo HIV-I, o agente causador da Aids, apresenta a seguinte estrutura: a) Quantos átomos de carbono estão presentes em uma molécula de AZT? b) Quantos átomos de oxigênio estão contidos em um mol de AZT? 1.2 (Uneb-BA) O eugenol, um composto orgânico extraído do cravo-da-índia, pode ser representado pela fórmula estrutural: H3CO HO CH2CH l CH2 Com base nessa informação, pode-se concluir que a fór- mula molecular do eugenol é: a) C10H11O. b) C10H11O3. c) C10H11O2. d) C10H12O. e) C10H12O2. 1.3 (ITE-SP) O composto orgânico de fórmula plana abaixo possui: a) 5 carbonos primários, 3 carbonos secundários, 1 carbo- no terciário e 2 carbonos quaternários. b) 3 carbonos primários, 3 carbonos secundários, 1 carbo- no terciário e 1 carbono quaternário. c) 5 carbonos primários, 1 carbono secundário, 1 carbono terciário e 1 carbono quaternário. d) 4 carbonos primários, 1 carbono secundário, 2 carbonos terciários e 1 carbono quaternário. 1.4 (UEFS-BA) Em Pirapora de Bom Jesus, São Paulo, a poluição do rio Tietê causada pela espuma de detergentes de uso doméstico tomou conta de praças e de ruas. A espuma tóxica, rica em sulfeto de hidrogênio, H2S(g), e coliformes atingiu cerca de 5 metros de altura e 13 quilô- metros de extensão do rio. (Jornal Nacional) X CH CH2 CH3 CCH3 CH3 CH3 CH3 X A partir dessas informações, pode-se afirmar: a) A espuma tóxica é uma solução de gás em líquido. b) A fórmula compacta CH3(CH2)10CH2OSONa1+ representa um tensoativo biodegradável. c) Os detergentes de uso doméstico aumentam a tensão superficial da água, facilitando a formação de espuma. d) Os detergentes utilizados na lavagem de louças repre- sentam sistemas polifásicos, que são separados da espuma por filtração. e) A espuma tóxica contendo H2S(g) apresenta conduti- vidade elétrica igual a zero. 1.5 (FEI-SP) Trietileno-tiofosforamida é um composto utili- zado na quimioterapia do câncer. Sua fórmula estrutural é dada a seguir. É um agente alquilante e tem o efeito de inibir a divisão e o crescimento celular, já que o câncer é uma doença caracterizada pela divisão anormal e descon- trolada das células. Qual é a fórmula molecular pela Iupac e qual é a massa de 1 mol de fórmulas unitárias? a) H12C6N3PS e 198 u b) H2C6N3SP e 189 u c) C6H12N3SP e 189 g d) C6N3H12PS e 189 u e) N3C6H12PS e 198 g 1.6 (Unama-PA) Do vegetal conhecido no Brasil como ab- sinto (ou losna), obtém-se a substância santonina que, administrada em doses orais, mostra-se eficaz no com- bate ao Ascaris lumbricoides causador da verminose co- nhecida como lombriga. Da análise da fórmula estrutural plana da santonina ilustrada abaixo, conclui-se que o número de ligações duplas e o número de átomos de car- bono, presentes na molécula desta substância são, res- pectivamente, iguais a: a) 2 e 14 b) 4 e 12 c) 2 e 12 d) 4 e 14 X C C H H N P N H H H N C C H H H S C C H H H H X O CH3 H3C O O X Exercícios de revisão C C C C O H H H H C N H HO H2 CH3 H O C C N C C N H O N N 25 Capítulo 1 • Conceitos básicos Quimica_MR_v3_PNLD15_010a025_U01_C01.indd 25 5/20/13 10:52 AM
  • 28. Vazamento no Golfo do México “Na noite de 20 de abril de 2010, uma explosão em uma plataforma causou a morte de 11 funcio- nários. Dois dias depois, a plataforma afundou a aproximadamente 80 quilômetros da costa da Louisiana, sul dos Estados Unidos. O petróleo começou a vazar da tubulação rompida a 1,5 quilômetros da superfície do mar, formando uma enorme mancha próximo ao li- toral. Durante 86 dias vazaram 4,9 milhões de barris de petróleo cru, além de gás natural e dis- persantes químicos no norte do Golfo do México. A quantidade é maior que o vazamento de um navio petroleiro ocorrido no Alasca em 24 de março de 1989, até então considerado o mais gra- ve. Na ocasião, foram espalhados entre 250 mil e 750 mil barris de petróleo cru no mar, provocan- do a morte de milhares de animais. O desastre no Golfo também afetou a econo- mia local, prejudicando a indústria pesqueira, o comércio e o turismo na região. Estima-se que três mil pessoas perderam o emprego, num cenário já abalado pela crise financeira de 2008. Sucessivas falhas nas tentativas de conter o vazamento desgastaram o presidente Barack Obama, que iniciava seu segundo ano de man- dato. O vazamento só foi contido pela BP em 15 de julho, três meses depois do acidente. [...] Milhares de animais, aves, peixes, crustá- ceos, corais e outras espécies da fauna marinha morreram nos meses seguintes à tragédia. Passado um ano, amostras de água colhidas pelo governo e por cientistas indicam que a maior parte da mancha negra na superfície [que atingiu cerca de 200 km de extensão] foi removida por equipes de limpeza, espalhada pelas marés ou consumida por bactérias marinhas. [...] Apesar disso, estima-se que entre 11% e 30% do produto ainda esteja presente no ecossistema, parte dele no fundo do mar e nos pântanos, onde é difícil de ser visualizado.” SALATIEL, J. R. Uol Educação, 22 abr. 2011. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/atualidades/ vazamento-no-golfo-um-ano-depois-ecossistema-se-recupera.htm>. Acesso em: 21 out. 2012. Julie Dermansky/Photo Researchers/Latinstock Filhote de ave resgatado na praia de Grand Isle após derramamento de petróleo em Louisiana, Estados Unidos (2010). Você sabe explicar? 2 CAPÍTULO Nomenclatura Saiu na Mídia! Unidade 1 • Petróleo 26 O que ocorreu no Golfo do México pode ocorrer na exploração do pré-sal? Quimica_MR_v3_PNLD15_026a040_U01_C02.indd 26 5/20/13 10:54 AM
  • 29. No Volume 1 também tivemos uma introdução à nomenclatura de compostos orgânicos. Vimos que os compostos orgânicos são divididos em grupos ou funções conforme o comportamento químico que apresentam. Ter um comportamento químico semelhante significa reagir de maneira semelhante diante de determinada substância, nas mesmas condições. E o que faz compostos diferentes terem o comporta- mento químico semelhante? O fato de possuírem o mesmo grupo funcional. A Iupac vem aperfeiçoando um sistema de nomenclatura para compostos orgânicos desde 1892, sempre com o mesmo princípio básico: • Cada composto orgânico deve ter um nome diferente. • A partir do nome, deve ser possível esquematizar a fórmula estrutu- ral do composto orgânico e vice-versa. Visando atingir esses objetivos, criou-se uma série de regras sim- ples, de fácil memorização e mais abrangentes possível. Seguindo essas regras podemos dar um nome a grande parte dos compostos orgânicos, e assim obter muitas informações sobre suas propriedades. Vamos observar, porém, que chegará determinado ponto em que, em razão da complexidade da estrutura dos compostos, essas regras se tornarão insuficientes para relacionarmos a estrutura com um nome. No entanto, se fôssemos criar novas regras para resolver cada problema, elas seriam tantas e tão específicas que deixariam de ser funcionais. Com isso, queremos dizer que as regras que veremos a seguir, em- bora extremamente úteis, abrangem um número limitado de compos- tos. Entretanto, tudo o que estudaremos a respeito de nomenclatura estará dentro desse limite. O grupo funcional é um agrupamento de átomos responsável pela semelhança no comportamento químico de uma série de compostos diferentes. Vamos rever neste livro, com mais detalhes, os grupos funcionais que estudamos no Volume 1 e conhecer alguns novos. Iupac é a sigla para International Union of Pure and Applied Chemistry (União Internacional de Química Pura e Aplicada), cujo endereço na internet é: <www. iupac.org/> ou <http://old.iupac. org/dhtml_home.html> (sites em inglês). Acesso em: 20 nov. 2012. Observe que o nome usual é o nome popular do composto, aquele pelo qual ele se tornou conhecido. Muitas vezes o nome usual é o mais utilizado no comércio e até na indústria, mas não é um nome oficial da Iupac e geralmente não informa nada sobre as propriedades do composto. Logotipo da Iupac Reprodução/<www.tutms.tut.ac.jp/> 27 Capítulo 2 • Nomenclatura Quimica_MR_v3_PNLD15_026a040_U01_C02.indd 27 5/20/13 10:54 AM
  • 30. 1 Nomenclatura de compostos com cadeia normal O nome dos compostos orgânicos de cadeia normal e não aromá- ticos é fornecido pelo esquema: prefixo + infixo + sufixo Cada uma dessas partes do nome traz alguma informação sobre o composto. • O prefixo indica o número de átomos de carbono na cadeia principal (maior sequência de átomos de carbono); • O infixo indica o tipo de ligação existente entre carbonos (apenas simples, pelo menos uma dupla ou pelo menos uma tripla); • O sufixo indica o grupo funcional a que pertence o composto, por exemplo, o sufixo o (todo nome de composto orgânico que termina em o) indica que se trata de um hidrocarboneto. Observe os exemplos na tabela a seguir: Prefixos Infixos Exemplos 1 carbono: met 2 carbonos: et 3 carbonos: prop 4 carbonos: but 5 carbonos: pent 6 carbonos: hex 7 carbonos: hept 8 carbonos: oct 9 carbonos: non só ligações simples entre carbonos: an C C C C C 1 ligação dupla entre carbonos: en C C C C C 2 ligações duplas entre carbonos: dien C C C C C 1 ligação tripla entre carbonos: in C C C C C Butano H3C C C CH3 H2 H2 Propeno H3C C CH2 H Propadieno H2C C CH2 Etino HC CH Nos compostos orgânicos cíclicos o nome do composto é precedido pela palavra ciclo. Exemplos: ciclo + prop + an + o = ciclo + but + en + o = ciclo + hex + en + o = = ciclopropano = ciclobuteno = ciclohexeno H2C CH2 HC CH C H2C CH2 H2 H2C H2C CH2 CH2 C C H H Nesta unidade vamos estudar os hidrocarbonetos e os haletos or- gânicos. Na unidade 2 veremos as propriedades e a nomenclatura de outros grupos funcionais importantes. Unidade 1 • Petróleo 28 Quimica_MR_v3_PNLD15_026a040_U01_C02.indd 28 5/20/13 10:54 AM