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EXAMES COMPLEMENTARES NA ODONTOLOGIA
Prof.Dr. Lucinei Roberto de Oliveira
2012
Disciplina: Semiologia
h t t p : / / l u c i n e i . w i k i s p a c e s . c o m 	
  
AFERIÇÃO	
  DOS	
  SINAIS	
  VITAIS	
  
Os exames complementares fornecem informações necessárias para a
realização do diagnóstico de uma determinada alteração ou doença.
A realização ou solicitação de um exame complementar deve ser
direcionada levando-se em consideração os dados obtidos através da
anamnese e do exame clínico.
EXAMES COMPLEMENTARES NA ODONTOLOGIA
Levantamentos	
  
Epidemiológicos	
  
Clássicos	
  
Exame	
  	
  
Clínico	
  
Exames	
  	
  
Complementares	
  
Novos	
  
Métodos	
  
Nível	
  de	
  
Doença	
  
não	
  
detectada	
  
DIAGNÓSTICO
Para exercer o diagnóstico na Odontologia
dependemos de :
Exame
Clínico
Exames
imaginológicos
Exames histopatológicos,
sanguíneos, citológicos
EXAMES COMPLEMENTARES
ü Relacionados a hemostasia
ü Hemograma
ü Exames sorológicos e bioquímicos
ü  Radiográficos/Imaginológicos
ü  Biópsia e citologia
Exames Complementares de
Interesse em Odontologia
EXAMES COMPLEMENTARES
ü  Exames por Imagem
v  Radiografias periapicais
v  Radiografias oclusais
v  Radiografias panorâmicas
v  Outras técnicas radiográficas
v  Tomografia computadorizada
v  Ressonância magnética
v  Ecografia (Ultrassonografia)
EXAMES COMPLEMENTARES
RELACIONADOS COM A HEMOSTASIA
Factor XII Factor XIIa
Factor IX Factor IXa
Factor XI Factor XIa
Factor VIIFactor VIIa
Factor tecidualCa++
Factor X Factor Xa
Protrombina Trombina
Fibrinogénio Fibrina
Factor XIII
Factor XIIIa
VIIIPlaquetas
Ca++VaPlaquetas
Ca++
COÁGULO
Lesão vascular
VIA INTRÍNSECA VIA EXTRÍNSECA
VIA COMUM
HEMOSTASIA- Cascata da coagulação
PAREDE VASO
COLÁGÉNO
FATOR TECIDUAL
COÁGULOPLAQUETAS
VIA
INTRÍNSECA VIA
EXTRÍNSECA
VIA COMUM
Fibrinogénio Fibrina
Trombina
SISTEMA HEMOSTÁTICO
Relacionados a Hemostasia
COAGULOGRAMA COMPLETO:
§  Tempo de Sangramento;
§  Tempo de Protrombina
§  Tempo de Coagulação
§  Prova do laço ou fragilidade capilar;
§  Contagem de plaquetas;
§  Retração do coágulo.
PROVA DO LAÇO OU FRAGILIDADE CAPILAR
Durante 5 minutos (crianças = 3 min.) é mantida uma pressão elevada sobre um
membro (geralmente o braço), usando-se um garrote ou um manguito inflado.
Em seguida é realizada a contagem do número de petéquias (pequenas
manchas hemorrágicas, que apareçam em um círculo de 5 cm de diâmetro).
Valores normais: nenhuma petéquia, ou até no
máximo 20 petéquias, em uma área de 2,5 cm.
POSITIVO = quando, após 5 min., aparecem
mais de 20 pontos de sangramento na pele em
um quadrado de 2,5 centímetros
Em crianças = 10 ou mais petéquias
PROVA DO LAÇO OU FRAGILIDADE CAPILAR
Tempo de Coagulação (via intrínseca)
5 a 10 min.
HEMOGRAMA
• Consiste na avaliação da parte sólida (celular) do sangue
• Avalia as células sanguíneas de um paciente:
série branca e vermelha, contagem de plaquetas,
eritroblastos/reticulócitos e índices hematológicos
PARTE SÓLIDA DO SANGUE
Leucócitos
• Contagem das células brancas (leucócitos)
• Contagem das células vermelhas (hemácias)
•  Concentração de hemoglobina (Hb), hematócrito (Ht)
	
  (Índices	
  das	
  células	
  vermelhas	
  -­‐	
  Eritrograma)	
  
• 	
  Contagem	
  de	
  plaquetas	
  (150.000	
  a	
  400.000	
  por	
  microlitro	
  de	
  sangue)	
  
• HEMOGRAMA COMPLETO:
- Consiste no hemograma mais a contagem diferencial dos leucócitos.
HEMOGRAMA
ERITROGRAMA	
  
•  Contagem	
  de	
  hemácias	
  
•  Concentração	
  de	
  hemoglobina	
  (Hb)	
  
•  Hematócrito	
  (Ht)	
  
•  Hemoglobina	
  corpuscular	
  média	
  (HCM)	
  
•  Volume	
  corpuscular	
  médio	
  (VCM)	
  
•  Concentração	
  de	
  hemoglobina	
  corpuscular	
  média	
  (CHCM)	
  
INTERPRETAÇÃO	
  DO	
  HEMOGRAMA	
  
ERITROGRAMA
Índices hematológicos
Número	
  de	
  glóbulos	
  vermelhos:	
  Os	
  valores	
  normais	
  variam	
  de	
  acordo	
  com	
  o	
  sexo	
  e	
  com	
  a	
  idade.	
  
Valores	
  normais:	
  Homem	
  de	
  5.000.000	
  -­‐	
  5.500.000,	
  Mulher	
  de	
  4.500.000	
  -­‐	
  5.000.000	
  /	
  mL.	
  
• Hematócrito: Índice calculado em % = volume de todas as hemácias de uma amostra sobre
o volume total desta amostra (que contém, além das hemácias, os leucócitos, as plaquetas e, é
claro, o plasma, que geralmente representa mais de 50% do volume total da amostra).
• Valores: Homem de 40 - 50% e Mulher de 36 - 45%.
• Recém-nascidos tem valores altos que vão abaixando com a idade até o valor normal de um
adulto.
Índices hematológicos
	
  []	
  de	
  Hemoglobina:	
  segundo	
  a	
  OMS	
  é	
  considerado	
  anemia	
  quando	
  um	
  adulto	
  apresentar	
  	
  
Hb	
  <	
  12,5g/dl,	
  uma	
  criança	
  de	
  6	
  meses	
  a	
  6	
  anos	
  Hb	
  <	
  11g/dl	
  e	
  crianças	
  de	
  6	
  anos	
  a	
  14	
  anos,	
  uma	
  
Hb	
  <	
  12g/dl.	
  
VCM	
  (Volume	
  Corpuscular	
  Médio):	
  Índice	
  que	
  ajuda	
  na	
  observação	
  do	
  tamanho	
  das	
  hemácias	
  
e	
  no	
  diagnósRco	
  da	
  anemia.	
  
	
  Pequenas	
  =	
  microcíZcas	
  	
  
	
  Grandes	
  =	
  macrocíZcas	
  
	
  Normais	
  	
  =	
  normocíZcas	
  
	
  
	
  Anisocitose:	
  	
  denominação	
  que	
  se	
  dá	
  quando	
  há	
  alteração	
  no	
  tamanho	
  das	
  hemácias.	
  
ERITROGRAMA
Índices hematológicos
• HCM (Hemoglobina Corpuscular Média): é o peso da Hb na hémácia.
Resultado é dado em picogramas. O intervalo normal é 26-34pg
• CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média): é a concentração da
hemoglobina dentro de uma hemácia. O intervalo normal é de 32 - 36g/dl.
• Coloração da hemácia depende da quantidade de hemoglobina:
hipocrômicas, hipercrômicas e normocrômicas
ERITROGRAMA
Índices hematológicos
ERITROGRAMA
INTERPRETAÇÃO	
  DO	
  HEMOGRAMA	
  
POLICITEMIA	
  
	
  
•  Aumento	
  da	
  hemoglobina	
  e	
  hematócrito	
  
•  Primária	
  
– Policitemia	
  vera	
  
•  Secundária	
  
– Tumores	
  renais	
  ou	
  de	
  fossa	
  posterior,	
  cardiopaRas	
  
cianóRcas,	
  alRtudes.	
  
LEUCOGRAMA	
  	
  
	
  	
  -­‐	
  O	
  estudo	
  da	
  série	
  branca	
  (ou	
  Leucócitos),	
  faz-­‐se	
  uma	
  contagem	
  total	
  
dos	
  leucócitos	
  e	
  uma	
  contagem	
  diferencial	
  contando-­‐se	
  100	
  células.	
  	
  
	
  
O	
  adulto	
  normalmente	
  apresenta	
  de	
  5.000-­‐10.000	
  leucócitos	
  por	
  1	
  mm³	
  de	
  sangue.	
  
	
  
REFERÊNCIA	
  
INTERPRETAÇÃO	
  DO	
  HEMOGRAMA	
  
LEUCOGRAMA	
  
•  Número	
  total	
  de	
  glóbulos	
  brancos	
  e	
  sua	
  contagem	
  diferencial	
  no	
  sangue	
  
periférico.	
  
–  Considerar	
  contexto	
  clinico	
  
–  Variação	
  
•  Idade,	
  sexo,	
  raça,	
  temperatura,	
  doenças	
  subjacentes,	
  uso	
  de	
  
medicamentos	
  
•  Recém-­‐	
  nascido	
  até	
  1º	
  mês	
  de	
  vida	
  →	
  predomínio	
  de	
  neutrófilos	
  
•  Raça	
  negra	
  	
  
–  Redução	
  20%	
  dos	
  leucócitos	
  totais.	
  
INTERPRETAÇÃO	
  DO	
  HEMOGRAMA	
  
Leucometria	
  
•  Neutrófilo	
  
–  Função	
  de	
  quimiotaxia	
  e	
  fagocitose	
  
–  Representam	
  a	
  1ª	
  linha	
  de	
  defesa	
  contra	
  infecções	
  bacterianas	
  
–  No	
  sangue	
  periférico	
  ½	
  vida	
  de	
  6	
  a	
  10	
  horas	
  
Medula	
  	
  óssea	
  	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  Mieloblasto	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  Promielócito	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  Mielócito	
  
Medula	
  óssea	
  –	
  maturação	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  Metamielócito	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  Bastonete	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  Neutrófilo	
  
Compar<mento	
  vascular	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  Neutrofilos	
  circulantes	
  
Adaptado	
  de	
  Dinauer	
  MC,	
  	
  The	
  Phagocyte	
  System	
  and	
  Disorders	
  of	
  Granulopoiesis	
  	
  
and	
  Granulocyte	
  FuncRon,	
  In	
  Oski,	
  Hematology	
  of	
  Infancy	
  and	
  Childhood,	
  1998	
  
	
  Distribuição	
  da	
  série	
  granulocíZca	
  
INTERPRETAÇÃO	
  DO	
  HEMOGRAMA	
  
LEUCOCITOSE	
  
	
  
– 	
  Resposta	
  da	
  fase	
  aguda	
  de	
  várias	
  doenças	
  
•  Processos	
  infecciosos	
  e	
  inflamatórios 	
  	
  
•  Leucemias	
  
Leucopenia	
  
–  Associada	
  a	
  variedade	
  de	
  infecções,	
  em	
  geral	
  virais.	
  
–  Resulta	
  de	
  maior	
  consumo,	
  menor	
  produção	
  ou	
  menor	
  sobrevida	
  
intravascular	
  
Leucócitos
DESVIO	
  À	
  ESQUERDA	
  OU	
  DESVIO	
  MATURATIVO
Presença de maior quantidade de bastonetes e/ou de células
mais jovens da série granulocítica (metamielócitos ,mielócitos,
promielócitos, mieloblastos)
Didaticamente o processo de maturação dos granulócitos posicionam
as células mais jovens à esquerda.
Resposta inicial da medula óssea ao processo infeccioso é de liberação de neutrófilos da reserva
Estímulo = resposta proliferativa
Exemplo de leucocitose com desvio escalonado
Leucometria: 20.000/mm³
Bastonetes 10% - valor absoluto = 2.000/mm³
Metamielocitos 6% - valor absoluto = 1.200/mm³
Mielócitos 2% - valor absoluto = 400/mm³
Neutropenia	
  
–  Redução	
  do	
  número	
  absoluto	
  de	
  neutrófilos	
  
–  Leve:	
  1.000	
  –	
  1.500	
  cel/µL	
  
–  Moderada:	
  500	
  –	
  1000cel/µL	
  
–  Grave:	
  <	
  500cel/µL	
  
Defeito	
  intrínsico	
  nas	
  células	
  mielóides	
  ou	
  progenitores	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Neutropenia	
  ciclica	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Neutropenia	
  congênita	
  grave	
  (Sd.	
  	
  Kostmann)	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Síndrome	
  de	
  Schuachman	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Digenesia	
  reZcular	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Disqueratose	
  congênita	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Síndrome	
  de	
  Chédiak	
  –Higashi	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Anemia	
  de	
  Fanconi	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Anemia	
  aplásZca	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Síndrome	
  mielodisplásica	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Neutropenia	
  familiar	
  benigna	
  
	
  
	
  
Neutropenia	
  causada	
  por	
  fator	
  extrínsico	
  
	
  	
  	
  	
  	
  Infecções	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  Medicamentos	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  Neutropenia	
  neonatal	
  isoimune	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  Neutropenia	
  autoimune	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Imunodeficiências	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Deficiência	
  de	
  vitamina	
  B12	
  ou	
  ácido	
  fólico	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Sequestro	
  reRculo	
  endotelial	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Infiltração	
  da	
  medula	
  óssea	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Falsa	
  neutropenia	
  (	
  pool	
  marginal	
  aumentado)	
  
	
  Causas	
  de	
  neutropenia	
  	
  
	
  Adaptado	
  de	
  Fonseca	
  PBB,	
  Interpretação	
  do	
  Hemograma,	
  in	
  Hematologia	
  para	
  o	
  pediatra,	
  2007	
  
Neutrofilia	
  
	
  
Aumento	
   do	
   número	
   de	
   neutrófilos	
   no	
   sangue	
  
periférico	
  
	
  
Por	
  aumento	
  na	
  produção	
  dos	
  neutrófilos	
  na	
  medula	
  
óssea	
  
	
  
	
  
INTERPRETAÇÃO	
  DO	
  HEMOGRAMA	
  
INTERPRETAÇÃO	
  DO	
  HEMOGRAMA	
  
EOSINOFILIA
–  Importante	
  função	
  na	
  mediação	
  de	
  processos	
  inflamatórios	
  associados	
  a	
  alergia	
  
•  Defesa contra parasitas
•  Certos distúrbios cutâneos alérgicos
•  Neoplasias
Doenças	
  alergicas	
  
	
  	
  Asma,	
  rinite,	
  urZcária,	
  reação	
  medicamentosa,	
  alergia	
  ao	
  leite	
  de	
  vaca	
  
DermaRtes	
  
	
  	
  Pênfigo,	
  penfigóide,	
  dermaRte	
  atópica	
  
Parasitas	
  e	
  outros	
  agentes	
  infecciosos	
  
	
  	
  	
  Protozoarios,	
  helmintos,	
  toxocara	
  canis,	
  pneumocysCs	
  carinii,	
  	
  	
  	
  	
  	
  toxoplasmose,	
  malária,	
  escabiose,	
  coccidiomicose,	
  aspergilose,	
  esquistossomose,	
  clamídia,	
  
pneumonia	
  por	
  citomegalovírus,	
  doença	
  da	
  “arranhadura	
  do	
  gato”.	
  
Tumores	
  
	
  	
  Tumores	
  do	
  sistema	
  nervoso	
  central,	
  linfoma	
  de	
  Hodgkin,	
  linfoma	
  não	
  Hodgkin,	
  doenças	
  mieloproliferaRvas	
  
Eosinofilia	
  hereditária	
  
Secundárias	
  a	
  outras	
  doenças	
  
	
  	
  Enterite	
  regional,	
  doença	
  de	
  crohn,	
  retocolite	
  ulceraRva,	
  cardiopaRas	
  congênitas,	
  hepaRte	
  crônica	
  aRva,	
  colagenoses,	
  imunodeficiências	
  primarias	
  como	
  síndrome	
  
de	
  Wiskow-­‐Wldrich,	
  trombocitopênia	
  com	
  ausência	
  de	
  rádio,	
  purpura	
  trombocitopênica	
  imune,	
  reRculoendoteliose	
  familiar,	
  doença	
  de	
  Addison,	
  hipopituitarismo	
  
Hipereosinofilia	
  
	
  	
  Síndrome	
  de	
  Löffer,	
  leucemia	
  mielóide	
  aguda	
  eosinozlica,	
  poliarterite	
  nodosa,	
  síndrome	
  hipereosinozlica	
  
Outros	
  
	
  	
  Após	
  radioterapia,	
  diálise	
  peritonial	
  crônica,	
  hemodiálise.	
  
Causas	
  de	
  eosinofilia:	
  
	
  Adaptado	
  de	
  Fonseca	
  PBB,	
  Interpretação	
  do	
  Hemograma,	
  in	
  Hematologia	
  para	
  o	
  pediatra,	
  2007	
  
 
MONÓCITOS
–  Participam da fagocitose de células mortas, senescentes, corpos estranhos
–  Regulação da função de outras células
–  Processamento e apresentação de antígenos
–  Reação inflamatória
–  Destruição de microorganismos e células tumorais
MONOCITOSE	
  
Desordem	
  hematológica	
  e	
  linfomas	
  
	
  	
  Pré-­‐leucemia,	
  leucemia	
  mielóide	
  aguda,	
  linfomas(H	
  e	
  NH),	
  neutropenia	
  crônica	
  
Colagenoses	
  
	
  	
  Lupus	
  eritematoso	
  sistemico,	
  artrite	
  reumatóide,	
  miosites	
  
Doenças	
  granulomatosas	
  
	
  	
  Colite	
  ulceraRva,	
  enterite	
  regional,	
  sarcoidose	
  
Infecção	
  
	
  	
  Endocardite	
  bacteriana	
  subaguda,	
  tuberculose,	
  sifilis,	
  algumas	
  infecções	
  de	
  protozoarios	
  e	
  rickewsia,	
  febre	
  de	
  origem	
  desconhecida	
  
Doenças	
  malignas	
  
	
  	
  Frequentemente	
  carcinomas	
  
Miscelânea	
  
	
  	
  Pós	
  esplenectomia,	
  envenenamento	
  por	
  
MONOCITOPENIA	
  
	
  	
  Uso	
  de	
  glicocorRcóide,	
  endotoximia	
  associada	
  à	
  infecções.	
  
Desordens associadas à monocitose e monocitopenia.
Adaptado	
  de	
  Dinauer	
  MC,	
  	
  The	
  Phagocyte	
  System	
  and	
  Disorders	
  of	
  Granulopoiesis	
  and	
  Granulocyte	
  FuncRon,	
  In	
  Oski,	
  Hematology	
  of	
  Infancy	
  and	
  Childhood,	
  1998	
  
Série Plaquetária
PLAQUETAS - são observadas em relação à quantidade e a seu
tamanho. Seu número normal é de 150.000 à 400.000 por
microlitro de sangue.
O tamanho de uma plaqueta varia entre 1 a 4 µm.
INTERPRETAÇÃO	
  DO	
  HEMOGRAMA	
  
	
  
Plaquetas	
  
	
  
•  Fragmentos	
  citoplasmáRcos	
  sem	
  núcleo	
  
•  Valor normal: 150.000 – 400.000/mm³
•  Trombocitopenia	
  
– valores	
  inferiores	
  a	
  150.000/mm³	
  
•  Trombocitose	
  
– valores	
  superiores	
  a	
  600.000/mm³	
  
	
  
FINAL DA PARTE 1
EXAMES COMPLEMENTARES
OBRIGADO PELA ATENÇÃO

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Exames complementares

  • 1. EXAMES COMPLEMENTARES NA ODONTOLOGIA Prof.Dr. Lucinei Roberto de Oliveira 2012 Disciplina: Semiologia h t t p : / / l u c i n e i . w i k i s p a c e s . c o m  
  • 3. Os exames complementares fornecem informações necessárias para a realização do diagnóstico de uma determinada alteração ou doença. A realização ou solicitação de um exame complementar deve ser direcionada levando-se em consideração os dados obtidos através da anamnese e do exame clínico. EXAMES COMPLEMENTARES NA ODONTOLOGIA
  • 4. Levantamentos   Epidemiológicos   Clássicos   Exame     Clínico   Exames     Complementares   Novos   Métodos   Nível  de   Doença   não   detectada  
  • 5.
  • 6. DIAGNÓSTICO Para exercer o diagnóstico na Odontologia dependemos de : Exame Clínico Exames imaginológicos Exames histopatológicos, sanguíneos, citológicos EXAMES COMPLEMENTARES
  • 7. ü Relacionados a hemostasia ü Hemograma ü Exames sorológicos e bioquímicos ü  Radiográficos/Imaginológicos ü  Biópsia e citologia Exames Complementares de Interesse em Odontologia
  • 8. EXAMES COMPLEMENTARES ü  Exames por Imagem v  Radiografias periapicais v  Radiografias oclusais v  Radiografias panorâmicas v  Outras técnicas radiográficas v  Tomografia computadorizada v  Ressonância magnética v  Ecografia (Ultrassonografia)
  • 10. Factor XII Factor XIIa Factor IX Factor IXa Factor XI Factor XIa Factor VIIFactor VIIa Factor tecidualCa++ Factor X Factor Xa Protrombina Trombina Fibrinogénio Fibrina Factor XIII Factor XIIIa VIIIPlaquetas Ca++VaPlaquetas Ca++ COÁGULO Lesão vascular VIA INTRÍNSECA VIA EXTRÍNSECA VIA COMUM HEMOSTASIA- Cascata da coagulação
  • 11. PAREDE VASO COLÁGÉNO FATOR TECIDUAL COÁGULOPLAQUETAS VIA INTRÍNSECA VIA EXTRÍNSECA VIA COMUM Fibrinogénio Fibrina Trombina SISTEMA HEMOSTÁTICO
  • 12. Relacionados a Hemostasia COAGULOGRAMA COMPLETO: §  Tempo de Sangramento; §  Tempo de Protrombina §  Tempo de Coagulação §  Prova do laço ou fragilidade capilar; §  Contagem de plaquetas; §  Retração do coágulo.
  • 13. PROVA DO LAÇO OU FRAGILIDADE CAPILAR Durante 5 minutos (crianças = 3 min.) é mantida uma pressão elevada sobre um membro (geralmente o braço), usando-se um garrote ou um manguito inflado. Em seguida é realizada a contagem do número de petéquias (pequenas manchas hemorrágicas, que apareçam em um círculo de 5 cm de diâmetro). Valores normais: nenhuma petéquia, ou até no máximo 20 petéquias, em uma área de 2,5 cm. POSITIVO = quando, após 5 min., aparecem mais de 20 pontos de sangramento na pele em um quadrado de 2,5 centímetros Em crianças = 10 ou mais petéquias
  • 14. PROVA DO LAÇO OU FRAGILIDADE CAPILAR
  • 15. Tempo de Coagulação (via intrínseca) 5 a 10 min.
  • 16. HEMOGRAMA • Consiste na avaliação da parte sólida (celular) do sangue • Avalia as células sanguíneas de um paciente: série branca e vermelha, contagem de plaquetas, eritroblastos/reticulócitos e índices hematológicos
  • 17. PARTE SÓLIDA DO SANGUE Leucócitos
  • 18. • Contagem das células brancas (leucócitos) • Contagem das células vermelhas (hemácias) •  Concentração de hemoglobina (Hb), hematócrito (Ht)  (Índices  das  células  vermelhas  -­‐  Eritrograma)   •   Contagem  de  plaquetas  (150.000  a  400.000  por  microlitro  de  sangue)   • HEMOGRAMA COMPLETO: - Consiste no hemograma mais a contagem diferencial dos leucócitos. HEMOGRAMA
  • 19. ERITROGRAMA   •  Contagem  de  hemácias   •  Concentração  de  hemoglobina  (Hb)   •  Hematócrito  (Ht)   •  Hemoglobina  corpuscular  média  (HCM)   •  Volume  corpuscular  médio  (VCM)   •  Concentração  de  hemoglobina  corpuscular  média  (CHCM)   INTERPRETAÇÃO  DO  HEMOGRAMA  
  • 20. ERITROGRAMA Índices hematológicos Número  de  glóbulos  vermelhos:  Os  valores  normais  variam  de  acordo  com  o  sexo  e  com  a  idade.   Valores  normais:  Homem  de  5.000.000  -­‐  5.500.000,  Mulher  de  4.500.000  -­‐  5.000.000  /  mL.   • Hematócrito: Índice calculado em % = volume de todas as hemácias de uma amostra sobre o volume total desta amostra (que contém, além das hemácias, os leucócitos, as plaquetas e, é claro, o plasma, que geralmente representa mais de 50% do volume total da amostra). • Valores: Homem de 40 - 50% e Mulher de 36 - 45%. • Recém-nascidos tem valores altos que vão abaixando com a idade até o valor normal de um adulto.
  • 21. Índices hematológicos  []  de  Hemoglobina:  segundo  a  OMS  é  considerado  anemia  quando  um  adulto  apresentar     Hb  <  12,5g/dl,  uma  criança  de  6  meses  a  6  anos  Hb  <  11g/dl  e  crianças  de  6  anos  a  14  anos,  uma   Hb  <  12g/dl.   VCM  (Volume  Corpuscular  Médio):  Índice  que  ajuda  na  observação  do  tamanho  das  hemácias   e  no  diagnósRco  da  anemia.    Pequenas  =  microcíZcas      Grandes  =  macrocíZcas    Normais    =  normocíZcas      Anisocitose:    denominação  que  se  dá  quando  há  alteração  no  tamanho  das  hemácias.   ERITROGRAMA
  • 22. Índices hematológicos • HCM (Hemoglobina Corpuscular Média): é o peso da Hb na hémácia. Resultado é dado em picogramas. O intervalo normal é 26-34pg • CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média): é a concentração da hemoglobina dentro de uma hemácia. O intervalo normal é de 32 - 36g/dl. • Coloração da hemácia depende da quantidade de hemoglobina: hipocrômicas, hipercrômicas e normocrômicas ERITROGRAMA
  • 24. INTERPRETAÇÃO  DO  HEMOGRAMA   POLICITEMIA     •  Aumento  da  hemoglobina  e  hematócrito   •  Primária   – Policitemia  vera   •  Secundária   – Tumores  renais  ou  de  fossa  posterior,  cardiopaRas   cianóRcas,  alRtudes.  
  • 25. LEUCOGRAMA        -­‐  O  estudo  da  série  branca  (ou  Leucócitos),  faz-­‐se  uma  contagem  total   dos  leucócitos  e  uma  contagem  diferencial  contando-­‐se  100  células.       O  adulto  normalmente  apresenta  de  5.000-­‐10.000  leucócitos  por  1  mm³  de  sangue.     REFERÊNCIA  
  • 26. INTERPRETAÇÃO  DO  HEMOGRAMA   LEUCOGRAMA   •  Número  total  de  glóbulos  brancos  e  sua  contagem  diferencial  no  sangue   periférico.   –  Considerar  contexto  clinico   –  Variação   •  Idade,  sexo,  raça,  temperatura,  doenças  subjacentes,  uso  de   medicamentos   •  Recém-­‐  nascido  até  1º  mês  de  vida  →  predomínio  de  neutrófilos   •  Raça  negra     –  Redução  20%  dos  leucócitos  totais.  
  • 27. INTERPRETAÇÃO  DO  HEMOGRAMA   Leucometria   •  Neutrófilo   –  Função  de  quimiotaxia  e  fagocitose   –  Representam  a  1ª  linha  de  defesa  contra  infecções  bacterianas   –  No  sangue  periférico  ½  vida  de  6  a  10  horas   Medula    óssea                Mieloblasto              Promielócito              Mielócito   Medula  óssea  –  maturação              Metamielócito              Bastonete              Neutrófilo   Compar<mento  vascular              Neutrofilos  circulantes   Adaptado  de  Dinauer  MC,    The  Phagocyte  System  and  Disorders  of  Granulopoiesis     and  Granulocyte  FuncRon,  In  Oski,  Hematology  of  Infancy  and  Childhood,  1998    Distribuição  da  série  granulocíZca  
  • 28. INTERPRETAÇÃO  DO  HEMOGRAMA   LEUCOCITOSE     –   Resposta  da  fase  aguda  de  várias  doenças   •  Processos  infecciosos  e  inflamatórios     •  Leucemias   Leucopenia   –  Associada  a  variedade  de  infecções,  em  geral  virais.   –  Resulta  de  maior  consumo,  menor  produção  ou  menor  sobrevida   intravascular   Leucócitos
  • 29. DESVIO  À  ESQUERDA  OU  DESVIO  MATURATIVO Presença de maior quantidade de bastonetes e/ou de células mais jovens da série granulocítica (metamielócitos ,mielócitos, promielócitos, mieloblastos) Didaticamente o processo de maturação dos granulócitos posicionam as células mais jovens à esquerda. Resposta inicial da medula óssea ao processo infeccioso é de liberação de neutrófilos da reserva Estímulo = resposta proliferativa Exemplo de leucocitose com desvio escalonado Leucometria: 20.000/mm³ Bastonetes 10% - valor absoluto = 2.000/mm³ Metamielocitos 6% - valor absoluto = 1.200/mm³ Mielócitos 2% - valor absoluto = 400/mm³
  • 30. Neutropenia   –  Redução  do  número  absoluto  de  neutrófilos   –  Leve:  1.000  –  1.500  cel/µL   –  Moderada:  500  –  1000cel/µL   –  Grave:  <  500cel/µL   Defeito  intrínsico  nas  células  mielóides  ou  progenitores                  Neutropenia  ciclica                    Neutropenia  congênita  grave  (Sd.    Kostmann)                    Síndrome  de  Schuachman                    Digenesia  reZcular                    Disqueratose  congênita                    Síndrome  de  Chédiak  –Higashi                    Anemia  de  Fanconi                    Anemia  aplásZca                    Síndrome  mielodisplásica                  Neutropenia  familiar  benigna       Neutropenia  causada  por  fator  extrínsico            Infecções              Medicamentos              Neutropenia  neonatal  isoimune              Neutropenia  autoimune                Imunodeficiências                Deficiência  de  vitamina  B12  ou  ácido  fólico                Sequestro  reRculo  endotelial                Infiltração  da  medula  óssea                Falsa  neutropenia  (  pool  marginal  aumentado)    Causas  de  neutropenia      Adaptado  de  Fonseca  PBB,  Interpretação  do  Hemograma,  in  Hematologia  para  o  pediatra,  2007  
  • 31. Neutrofilia     Aumento   do   número   de   neutrófilos   no   sangue   periférico     Por  aumento  na  produção  dos  neutrófilos  na  medula   óssea       INTERPRETAÇÃO  DO  HEMOGRAMA  
  • 32. INTERPRETAÇÃO  DO  HEMOGRAMA   EOSINOFILIA –  Importante  função  na  mediação  de  processos  inflamatórios  associados  a  alergia   •  Defesa contra parasitas •  Certos distúrbios cutâneos alérgicos •  Neoplasias Doenças  alergicas      Asma,  rinite,  urZcária,  reação  medicamentosa,  alergia  ao  leite  de  vaca   DermaRtes      Pênfigo,  penfigóide,  dermaRte  atópica   Parasitas  e  outros  agentes  infecciosos        Protozoarios,  helmintos,  toxocara  canis,  pneumocysCs  carinii,            toxoplasmose,  malária,  escabiose,  coccidiomicose,  aspergilose,  esquistossomose,  clamídia,   pneumonia  por  citomegalovírus,  doença  da  “arranhadura  do  gato”.   Tumores      Tumores  do  sistema  nervoso  central,  linfoma  de  Hodgkin,  linfoma  não  Hodgkin,  doenças  mieloproliferaRvas   Eosinofilia  hereditária   Secundárias  a  outras  doenças      Enterite  regional,  doença  de  crohn,  retocolite  ulceraRva,  cardiopaRas  congênitas,  hepaRte  crônica  aRva,  colagenoses,  imunodeficiências  primarias  como  síndrome   de  Wiskow-­‐Wldrich,  trombocitopênia  com  ausência  de  rádio,  purpura  trombocitopênica  imune,  reRculoendoteliose  familiar,  doença  de  Addison,  hipopituitarismo   Hipereosinofilia      Síndrome  de  Löffer,  leucemia  mielóide  aguda  eosinozlica,  poliarterite  nodosa,  síndrome  hipereosinozlica   Outros      Após  radioterapia,  diálise  peritonial  crônica,  hemodiálise.   Causas  de  eosinofilia:    Adaptado  de  Fonseca  PBB,  Interpretação  do  Hemograma,  in  Hematologia  para  o  pediatra,  2007  
  • 33.   MONÓCITOS –  Participam da fagocitose de células mortas, senescentes, corpos estranhos –  Regulação da função de outras células –  Processamento e apresentação de antígenos –  Reação inflamatória –  Destruição de microorganismos e células tumorais MONOCITOSE   Desordem  hematológica  e  linfomas      Pré-­‐leucemia,  leucemia  mielóide  aguda,  linfomas(H  e  NH),  neutropenia  crônica   Colagenoses      Lupus  eritematoso  sistemico,  artrite  reumatóide,  miosites   Doenças  granulomatosas      Colite  ulceraRva,  enterite  regional,  sarcoidose   Infecção      Endocardite  bacteriana  subaguda,  tuberculose,  sifilis,  algumas  infecções  de  protozoarios  e  rickewsia,  febre  de  origem  desconhecida   Doenças  malignas      Frequentemente  carcinomas   Miscelânea      Pós  esplenectomia,  envenenamento  por   MONOCITOPENIA      Uso  de  glicocorRcóide,  endotoximia  associada  à  infecções.   Desordens associadas à monocitose e monocitopenia. Adaptado  de  Dinauer  MC,    The  Phagocyte  System  and  Disorders  of  Granulopoiesis  and  Granulocyte  FuncRon,  In  Oski,  Hematology  of  Infancy  and  Childhood,  1998  
  • 34. Série Plaquetária PLAQUETAS - são observadas em relação à quantidade e a seu tamanho. Seu número normal é de 150.000 à 400.000 por microlitro de sangue. O tamanho de uma plaqueta varia entre 1 a 4 µm.
  • 35. INTERPRETAÇÃO  DO  HEMOGRAMA     Plaquetas     •  Fragmentos  citoplasmáRcos  sem  núcleo   •  Valor normal: 150.000 – 400.000/mm³ •  Trombocitopenia   – valores  inferiores  a  150.000/mm³   •  Trombocitose   – valores  superiores  a  600.000/mm³    
  • 36. FINAL DA PARTE 1 EXAMES COMPLEMENTARES OBRIGADO PELA ATENÇÃO