O documento discute o movimento neoclássico na arquitetura, abordando seu contexto histórico e cultural, precedentes, desenvolvimento e legado da arquitetura grega e romana. O neoclassicismo surgiu na Europa do século XVIII como expressão dos valores da burguesia após a Revolução Francesa, retomando modelos da antiguidade considerados equilibrados e racionais em oposição ao barroco.
1. O NEOCLÁSSICO
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O NEOCLÁSSICO
NEOCLASSICISMO | ACADEMICISMO
2. • Movimento cultural europeu | últimas décadas do século
XVIII e início do século XIX (1780-1830)
• ACADEMICISMO ou NEOCLASSICISMO - expressou
os valores próprios de uma nova e fortalecida burguesia,
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CONTEXTUALIZAÇÃO
os valores próprios de uma nova e fortalecida burguesia,
que assumiu a direção da sociedade européia após a
Revolução Francesa e principalmente com o império de
Napoleão.
3. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | HAU II | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
CONTEXTUALIZAÇÃO
• REVOLUÇÃO FRANCESA > conjunto de
acontecimentos que, entre 5 de maio de 1789 e 9 de
novembro de 1799, alteraram o quadro político e
social da França.
• Alavancada pelos ideais do Iluminismo e da
Independência Americana (1776).Independência Americana (1776).
• Acontecimento que deu início à Idade
Contemporânea.
• Aboliu a servidão e os direitos feudais. Proclamou os
princípios universais de “Liberdade, Igualdade e
Fraternidade", (Jean-Jacques Rousseau).
4. • Defesa da RETOMADA DA ARTE ANTIGA,
especialmente greco-romana, considerada modelo de
equilíbrio, clareza e proporção.
• Recusa a arte imediatamente anterior - BARROCO e
ROCOCÓ, associada ao excesso, à desmedida e aos
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CONTEXTUALIZAÇÃO
ROCOCÓ, associada ao excesso, à desmedida e aos
detalhes ornamentais.
• Em contraposição plasticidade sinuosa , o
neoclassicismo busca o RIGOR FORMAL.
• Assim, o ideário do Neoclassicismo combate uma
concepção de arte apoiada na imaginação e no
virtuosismo individual.
5. • Defesa da supremacia da técnica e a necessidade do
PROJETO.
• Com isso, instaura-se o ensino da arte por meio de
REGRAS COMUNICÁVEIS, efetivado nas ACADEMIAS
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CONTEXTUALIZAÇÃO
REGRAS COMUNICÁVEIS, efetivado nas ACADEMIAS
(escolas).
• O entusiasmo para uma nova forma de representação e
ação projetual foi trazido, além das questões sócio-
econômicas, pela PESQUISA ARQUEOLÓGICA (das
descobertas das cidades de Herculano em 1738 e
Pompéia em 1748)
6. Pompéia – uma das cidades destruídas
pelo Vesúvio, sec I d.C. - ruínas
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7. POMPÉIA – uma das cidades destruídas
pelo Vesúvio, sec I d.C. - ruínas
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CONTEXTUALIZAÇÃO
8. POMPÉIA – uma das cidades destruídas
pelo Vesúvio, sec I d.C. - ruínas
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CONTEXTUALIZAÇÃO
11. DESENHOS PIRANESI
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CONTEXTUALIZAÇÃO
Piranesi – Elementos de arquitetura
12. • OBRAS TEÓRICAS/LITERÁRIAS EMBLEMÁTICAS:
• As Ruínas dos Mais Belos Monumentos da Grécia
(1728), de J.-D. Le Roy e de A Antigüidade de
Atenas (1762), dos ingleses James Stuart e Nicholas
Revett.
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CONTEXTUALIZAÇÃO
• Joachim Johann Winckelmann
(1717 - 1768), principal teórico do(1717 - 1768), principal teórico do
neoclassicismo.
• Primeiro a estabelecer distinções
entre arte Grega, Greco-Romana
e Romana. Um dos fundadores
da arqueologia científica
moderna, sendo o primeiro a
sistematizar sistemática
categorias de estilo à história da
arte.
13. • Na PINTURA, o epicentro do neoclassicismo está na
França. Jacques-Louis David (1748 - 1825), Nicolas
Poussin (1594 - 1665) e Claude Lorrain (1600-1682).
• O Juramento dos Horácios (1784) e A Morte de
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• O Juramento dos Horácios (1784) e A Morte de
Socrátes (1787) são exemplos da gramática neoclássica
empregada pelo pintor francês, em que convivem o
EQUILÍBRIO E PRECISÃO DAS FORMAS.
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CONTEXTUALIZAÇÃO
Juramento dos Horácios (1784-1785)
Mensagem política de unidade e patriotismo
15. • Pintor da Revolução
Francesa (A Morte de
Marat, 1793), David foi
também defensor de
Napoleão (Coroação de
Napoleão, 1805-1807). A
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CONTEXTUALIZAÇÃO
Napoleão, 1805-1807). A
França encena os modelos
da Roma Republicana e da
Roma Imperial, tanto na
arte quanto na vida social,
pela recusa do estilo
aristocrático anterior.
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CONTEXTUALIZAÇÃO
(Coroação de Napoleão, 1805-1807)
17. ••DiscípuloDiscípulo dede Jacques-Louis
David
••Dominique Ingres.Dominique Ingres. NapoleãoNapoleão emem
seuseu tronotrono ImperialImperial (1806)(1806)
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CONTEXTUALIZAÇÃO
Princess de Broglie Portrait of Bier
18. • Para os gregos a arquitetura possuía um valor
escultórico;
• As ordens clássicas: dórica, jônica e coríntia;
• As edificações possuíam plantas retangulares;
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O Legado da Arquitetura Grega
19. • O templo era a principal
edificação, sendo que, na
tipologia mais freqüente,
podemos encontrar um
espaço retangular para a
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espaço retangular para a
imagem de culto, com
pórtico de entrada e, por
vezes, uma estrutura similar
posterior, rodeado por uma
colunata (peristilo), todos
esses elementos apoiados
sob uma plataforma.
20. • Correções óticas na arquitetura. Ex:
Parthenon;
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• ‘União’ entre urbanismo, arquitetura e
paisagem.
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O Legado da Arquitetura
Romana• Continuaram com o emprego das ordens clássicas;
• Prática das formas e estruturas curvas, arcos, abóbadas e,
com elas, superaram as limitações do sistemas de apoios
simples.
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O Legado da Arquitetura
Romana• Domínio das relações entre os espaços internos e externos;
• Inovação no programa da arquitetura, adequando
funcionalmente o edifício à sua função (termas, basílicas,
aquedutos, entre outros);
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O Legado da Arquitetura
Romana• O Pantheon de Roma
alto nível técnico.
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Romana
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O Legado da Arquitetura
Romana
27. “Classicismo indica, em sentido amplo, todas as
tendências artísticas que tomam como modelo a
Antigüidade [...]. Numa acepção mais estrita
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O NEOCLASSICISMO |
TERMINOLOGIA
Antigüidade [...]. Numa acepção mais estrita
‘Neoclassicismo’ denota o estilo artístico próprio da Europa
entre 1770 e 1830 influenciado pela Antigüidade grega.”
(KOCH, 1998, p.59)
28. “Prefere claramente a monumentalidade ARTICULADA E
SIMÉTRICA, a REGULARIDADE DAS PROPORÇÕES
obtida através das MEDIDAS E CÁLCULOS, a parcimônia
nas cores e no mobiliário [...].” (Ibidem, p.60)
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O NEOCLASSICISMO |
TERMINOLOGIA
29. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | HAU II | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
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DESENVOLVIMENTO“(...) duas evoluções diferentes, (...) que transformaram radicalmente a
relação entre o homem e a natureza.
A primeira foi um súbito aumento da capacidade humana de exercer
controle sobre a natureza, que em meados do século XVII já começara
a extrapolar as fronteiras técnicas do Renascimento.a extrapolar as fronteiras técnicas do Renascimento.
A segunda foi uma mudança fundamental da consciência humana em
resposta às grandes transformações que ocorriam na sociedade e que
deram origem a uma nova transformação cultural igualmente
apropriada aos estilos de vida da aristocracia decadente e da
burguesia ascendente.” (FRAMPTON, 2003, p.3)
30. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | HAU II | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
O NEOCLASSICISMO | PRECEDENTES
• Desde o Renascimento, houve uma corrente clássica,
inspirada nas regras arquitetônicas da Antigüidade
(tratadistas).
-Palazzo Strozzi.
31. -ALBERTI: regularidade na superfície. Palazzo Rucelai.
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O NEOCLASSICISMO | PRECEDENTES
32. -Tempietto BRAMANTE: Roma
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O NEOCLASSICISMO | PRECEDENTES
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O NEOCLASSICISMO | PRECEDENTES
• O Barroco e seu ‘excesso’ foi um dos pontos de partida
para um movimento de reação;
SAN CARLO QUATTRO FONTANE | “CARLINO” | Francesco Borromini
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O NEOCLASSICISMO | PRECEDENTES
• E o Rococó valida os novos ideais a serem alcançados.
35. • A Revolução Francesa > Ascensão da Burguesia >
início da Revolução Industrial na Inglaterra > modificam
radicalmente a posição do artista na sociedade.
• O modelo clássico adquire sentido ético e moral, em
busca de uma ordem simples e pura.
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O NEOCLASSICISMO |
DESENVOLVIMENTO
busca de uma ordem simples e pura.
• A retomada de uma ideal estético da Antigüidade vem
acompanhada da retomada de ideais de justiça e
civismo. A arte passa a responder a necessidades
sociais e econômicas.
• A construção de EDIFÍCIOS PÚBLICOS - escolas,
hospitais, museus, mercados, etc. - e as
INTERVENÇÕES NO TRAÇADO DAS CIDADES
evidenciam a exigência de uma nova racionalidade na
arquitetura e urbanismo.
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DESENVOLVIMENTO
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O NEOCLASSICISMO |
DESENVOLVIMENTO
ARCO DO TRIUNFO, Paris.
Raymond/Chalgrin. Iniciado em 1805 e
concluído em 1837. Napoleão encomendou
uma série de projetos arquitetônicos
comemorativos das suas vitórias.
38. • Obra de arte e a noção do belo > migrou da imitação
das formas da natureza para a imitação dos elementos
arquiteturais da Grécia antiga e dos tratadistas italianos.
(Renascimento).
• Esse trabalho de imitação só era possível través de um
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O NEOCLASSICISMO |
DESENVOLVIMENTO
• Esse trabalho de imitação só era possível través de um
cuidadoso aprendizado das técnicas e convenções da
arte clássica. LINGUAGEM E MÉTODO.
• ESCOLA – ENSINO: Beaux-arts | Belas Artes.
• São criadas várias academias para a formação de
artistas.
39. • Expedições são organizadas para estudar de perto as
ruínas da Antigüidade. As escavações em Herculano
(1738) e Pompéia (1748) estimularam essas expedições
para sítios mais distantes, e logo se visitaram sítios
gregos antigos na Sicília e na Grécia. (FRAMPTON,
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O NEOCLASSICISMO |
DESENVOLVIMENTO
gregos antigos na Sicília e na Grécia. (FRAMPTON,
2002, p.4)
• Os escritos de Vitrúvio, uma espécie de catecismo do
Classicismo poderia agora ser cotejado (comparado de
forma analítica) com as ruínas descobertas.
• Surgiram os ‘críticos especializados’, os quais, por meio
da análise da obra, mostravam a evolução de certo
artista. HISTORIOGRAFIA DA ARQUITETURA |
40. • Livros foram amplamente ilustrados sobre a Acrópole de
Atenas. Os achados de Herculano e Pompéia foram
publicados na Inglaterra e na França.
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DESENVOLVIMENTO
• Com isso surgiu uma nova abordagem da decoração de
interior, tendo seu expoente máximo o inglês Robert Adam
(1728-92), e seu trabalho no salão da Home House.
41. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | HAU II | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
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DESENVOLVIMENTO
Home House, Londres (1772-73). Robert Adam
42. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | HAU II | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
O NEOCLASSICISMO |
DESENVOLVIMENTO
Robert Adam
Syon House
1760s
Syon House
The Red Salon
43. •Foi uma adaptação dos ornamentos romanos de estuque e recorda
o caráter delicado dos interiores rococó, mas com uma abordagem
neoclássica nas superfícies planas, com simetria e exatidão
geométrica. (JANSON, 1992, p. 577)
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O NEOCLASSICISMO |
DESENVOLVIMENTO
Estuque Poméia – Terma. sem
data
44. Três correntes identificadas com o ideal clássico:
•1. aqueles cujo interesse estava no ‘retorno’ ao
classicismo;
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O NEOCLASSICISMO | EVOLUÇÃO
classicismo;
•2. um segundo grupo menor que pretendia a
‘racionalização da forma’ - “arquitetos visionários” (origens
do Mov. Moderno)
•3. e o terceiro grupo, com tendência ‘romântica’, atraído
45. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | HAU II | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
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Inglaterra > anos de 1720 > ressurgimento do
palladianismo, patrocinado por Lord Burlington.
Chiswick House. Edifício compacto, simples e geométrico
– antítese clara ao barroca, ligação forte com o– antítese clara ao barroca, ligação forte com o
renascimento.
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Vila Rotonda - Palladio
47. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | HAU II | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
O NEOCLASSICISMO | EVOLUÇÃO
Chiswick House.
Fachada principal – superfícies planas e contínuas,
poucos ornatos, o pórtico de ‘templo’ projeta-se
bruscamente do bloco do edifício. Inserção da
edificação nos jardins ingleses.
Chiswick House.
48. •O ”jardim à inglesa” era
cuidadosamente planejado
para não parecer artificial,
com caminhos
serpenteados, arbustos e
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serpenteados, arbustos e
árvores irregularmente
dispostos e pequenos lagos
em vez de tanques e canais
com traçado geométrico.
•O jardim “racional” deveria
ser tão rico de surpresas e
variedade como a própria
Natureza.
•SIMULACRO -
SIMULAÇÃO
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Chiswick House.
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Vila Rotonda - PalladioChiswick House.
51. - Na Inglaterra destacam-se James Stuart e John
Nash. Na Grã Bretanha, as construções neogóticas
e neoclássicas coincidiram, e se deu uma versão
britânica do Estilo Império Napoleônico.
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Crescent Park, Londres. J. Nash, 1825,
52. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | HAU II | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
O NEOCLASSICISMO | EVOLUÇÃO
Crescent Park, Londres. J. Nash, 1812-1825,
53. -Na França, o abade Cordemoy no seu Novo tratado de toda a
arquitetura (1706) substituiu os atributos vitruvianos da arquitetura:
utilidade, solidez e beleza, por sua trindade própria: ORDEM,
DISTRIBUIÇÃO E CONVENIÊNCIA.
ordem e distribuição: “proporção correta das ordens clássicas
e sua distribuição apropriada”;
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e sua distribuição apropriada”;
COMPOSIÇÃO – REGRA > INTERPRETAÇÃO
conveniência: “introduzia a noção de adequação, com a qual
Cordemoy alertava contra a aplicação inadequada dos elementos
clássicos às estruturas utilitárias ou comerciais.” (FRAMPTON, 2003,
p.5)
- Baseado nestes princípios, o arquiteto Jacques Germain Souflot
(1713-1780), vai fazer uma estrutura translúcida na “Igreja de Sainte–
Geneviève” (1755-90) em Paris.
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• a cúpula deriva daquela da
Igreja de São Paulo, em
Londres;
•superfícies lisas e pouco
decoradas, atestam certo
Igreja de Santa Genoveva que foi transformada posteriormente em
Pantheon de Paris, foi projetada por Jacques Germain Souflot(1713-1780).
No frontal encontra-se trabalhos escultóricos de David d’Angers(1788-1856)
decoradas, atestam certo
rigor;
•O enorme pórtico se
inspirou diretamente nos
templos romanos;
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O NEOCLASSICISMO | EVOLUÇÃO
•Souflot inspirou-se nas igrejas
góticas, já que as admirava pela sua
elegância estrutural (pode-se
considerar que o Panteão traga
Sainte_Geneviève (1755-90) – hoje, Panthéon – Soufflot
à direita – planta baixa
características “racionalistas” das
construções góticas).
•O seu ideal era de fato combinar as
ordens clássicas com a leveza
admirável de alguns edifícios góticos.
(JANSON, 1992 p. 576)
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58. A Igreja de Maria
Madalena, foi
projetada por Pierre
Barthelmy Vignon
(1762 - 1828), com
inspirações clássicas
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inspirações clássicas
como os templos
coríntios romanos.
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O NEOCLASSICISMO | OBRAS
60. Arco do TriuNfo (francês: Arc de
Triomphe) é um monumento,
localizado na cidade de Paris,
construído em comemoração às
vitórias militares de Napoleão
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O NEOCLASSICISMO | OBRAS
vitórias militares de Napoleão
Bonaparte, o qual ordenou a sua
construção em 1806. Inaugurado
em 1836, a monumental obra
detém, gravados, os nomes
de 128 batalhas e 558 generais.
Em sua base, situa-se o Túmulo
do soldado desconhecido (1920).
O arco localiza-se na praça Charles
de Gaulle, uma das duas
extremidades da avenida
Champs-Élysées.
61. - Blondel integrou a teoria de Cordemoy e Soufflot, na sua
escola de arquitetura (1743), convertendo-se no mestre da
chamada “geração visionária” de arquitetos.
-Essa “Arquitetura Visionária” foi uma das correntes da
segunda metade do século XVIII, e manifestou um
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O NEOCLASSICISMO | EVOLUÇÃO
segunda metade do século XVIII, e manifestou um
importante avanço estrutural e compositivo. Poucos
projetos desta escola chegaram a se realizar, mas
influenciaram, depois, o racionalismo do século XX, tanto
na Bauhaus como em Le Corbusier.
- Entre os principais arquitetos de esta corrente estão:
Étiene Louis Boullée, Jacques Gondoin, Pierre Patte,
Marie-Joseph Peyre, Jean Baptiste Rondelet, e o de maior
destaque, Claude Nicholas Ledoux.
62. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | HAU II | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
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projeto do cenotáfio para Newton. Boullée, 1785
63. Boullée (1728-99)
•Aluno de Blondel, aprendeu com ele as formas do
classicismo francês. Com Legay aprendeu todo um mundo
de imaginação e novas possibilidades da história. Foi
como teórico e professor da École Nationale des Ponts et
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VISIONÁRIOS
como teórico e professor da École Nationale des Ponts et
Chaussées, entre 1778 e 1788, que Boullée causou
impacto, desenvolvendo a composição geométrica e
abstrata, inspirado nas formas clássicas.
•Construiu pouco, mas pôde criar uma tradição
arquitetônica visionária, através da combinação de
grandes massas simples. A maior parte do edifícios que
projetou eram de tal escala que dificilmente poderiam ser
construídos.
64. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | HAU II | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
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•Removeu toda ornamentação desnecessária, aumentando as formas geométricas para
uma escala imensa e repetindo elementos como colunas, de forma colossal.
•Boullée promoveu o conceito de fazer a arquitetura expressar seus propósitos, o que
levou seus detratores a chamá-la de architecture parlante, mas que se tornou um dos
elementos essenciais da arquitetura de Belas Artes no século XIX.
65. • Arquiteto podia evocar sentimentos por meio das formas dos corpos;
• Imensidão da perspectiva e a pureza geométrica sem adornos,
obcecado com a capacidade que tinha a luz de evocar a presença do
divino;
•luz é representada na vasta esfera de alvenaria do cenotáfio* no qual de
noite se suspendia, para representar o sol. Monumentos para um Estado
onipotente.
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VISIONÁRIOS
*túmulo ou
monumento
fúnebre em
memória de
alguém cujo corpo
não jaz ali
sepultado; túmulo
honorário
66. Outro arquiteto revolucionário notável foi Ledoux. Ele se propôs
a realização de uma cidade industrial utópica totalmente detalhada
em projetos arquitetônicos, onde tinha como centro a fábrica de sal
semicircular. Este projeto pode ser visto como um dos primeiros
experimentos de arquitetura industrial: cada elemento desse complexo
era representado de acordo ao seu caráter. > FUNÇÃO –
ARQUITETURA - COMPOSIÇÃO
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VISIONÁRIOS
Ledoux- cidade ideal de
Chaux, 1804. Acima, o
cemitério da mesma
cidade.
67. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | HAU II | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
VISIONÁRIOS
$ Diversos Portais em Paris (1785-
1789).
68. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | HAU II | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
VISIONÁRIOS
Ledoux - Rotunde de la Villette, Paris
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EXPANSÃO DO NEOCLASSICISMO
ALEMANHA
Na arquitetura neoclássica
alemã, destaca-se Karl Gotthard
Langhans (1732 - 1808) e seu
Portão Brandenburg, em Berlim,
construído entre 1789 e 1794.
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EXPANSÃO DO NEOCLASSICISMO
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EXPANSÃO DO NEOCLASSICISMO
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EXPANSÃO DO NEOCLASSICISMO
Karl Friedrich Schinkel
Alte NationalgalerieAlte Nationalgalerie
73. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | HAU II | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
EXPANSÃO DO NEOCLASSICISMO
British Museum Sir Robert
Smirke, 1823-1847
74. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | HAU II | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
EXPANSÃO DO NEOCLASSICISMO
British Museum Sir Robert
Smirke, 1823-1847Smirke, 1823-1847
75. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | HAU II | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
EXPANSÃO DO NEOCLASSICISMO
TEATRO SCALA - MILÃO
76. Nos Estados Unidos o estilo Neoclássico chegou através da Inglaterra
e da França. Thomas Jefferson > concepção romana da Maison
Carré, de Nimes, aplicada nos projetos dos capitólios. O classicismo
foi reivindicado, por vezes, como ‘estilo nacional americano’.
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EXPANSÃO DO NEOCLASSICISMO
Maison Carré Girard College – 1833.
Filadélfia
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EXPANSÃO DO NEOCLASSICISMO
Casa de montanha de Thomas
Jefferson na Virg岥nia
78. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | HAU II | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
EXPANSÃO DO NEOCLASSICISMO
CAPITÓLIO – WASHINGTON
79. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | HAU II | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
EXPANSÃO DO NEOCLASSICISMO
CASA BRANCA - WASHINGTON
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MEMORIAL A LINCON - WASHINGTON
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BIBLIOTECA DO SENADO - WASHINGTON
83. •Busca da pureza da Arte Clássica, baseando-se em
observações diretas, graças às pesquisas arqueológicas;
•As ordens clássicas são usadas e as suas proporções
padronizadas, aparecendo tanto como elementos
decorativos nas fachadas, como estruturais, em pórticos;
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decorativos nas fachadas, como estruturais, em pórticos;
•Os ornamentos eram baseados na mitologia grega e em
motivos pagãos;
•A figura humana não era a unidade de escala, nem para as
estátuas, nem para as entradas das edificações; edificações
“monumentais”;
84. •Dispôs de um ideário de fórmulas, ensinamentos, normas e
raciocínio lógico, baseados no modelo clássico;
•Tendência a dar autonomia aos elementos decorativos;
•Os projetistas procuravam combinar o ideal da “nobre
simplicidade” com a aplicação racional dos elementos
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simplicidade” com a aplicação racional dos elementos
clássicos.
•As linhas volumétricas dominantes são as horizontais;
85. •Caráter político nitidamente presente na arquitetura:
•Autoridade = Grandiosidade;
•A tipologia inspirada no ‘templo’ converte-se na tipologia do
‘movimento’: palácios, teatros, câmaras parlamentares, por
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‘movimento’: palácios, teatros, câmaras parlamentares, por
exemplo, têm formas exteriores próprias dos templos
clássicos;
•Nas plantas, a revalorização das formas quadradas,
retangulares ou centralizadas; desaparecem as plantas
irregulares e retornam os módulos compositivos;
86. •Valoriza-se o material em si, sem ‘RECURSOS
ÓPTICOS’: o tijolo, a pedra, o mármore branco, a pedra
calcária e o granito;
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•Caráter fortemente tipológico, em que as formas atendem
a uma função e uma espacialidade racionalmente
calculadas;
•A arquitetura neoclássica é a ‘arquitetura da razão’, uma
arte intelectual, sem subjetivismo.
88. SEGUNDO ARGAN,: "Todas as nações e cidades têm
uma fase neoclássica, relacionada à vontade de reformas
e de planejamento racional correspondentes às
transformações sociais em curso”
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90. REFERÊNCIAS
ARGAN, Giulio C. História da arte como história da cidade. São Paulo: Martins Fontes,
2005.
BENEVOLO, Leonardo História da arquitetura moderna. São Paulo: Perspectiva, 1998.
______. História da Cidade. São Paulo: Perspectiva, 1993.
CHOAY, Françoise. O urbanismo. São Paulo: Perspectiva, 1979.
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CHOAY, Françoise. O urbanismo. São Paulo: Perspectiva, 1979.
CORNELL, Elias. A arquitetura da relação-cidade campo. Tradução Frank Svensson.
1. ed. Brasília: Alva, 1998.
FRAMPTON, Kenneth. História crítica da arquitetura moderna. São Paulo: Martins
Fontes, 2003.
JANSON, H. W. História da Arte. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
MUMFORD, Lewis. A Cidade na História. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
PEVSNER, Nikolaus. Panorama da Arquitetura Ocidental. Tradução José Teixeira
Coelho Netto & Silvana Garcia. 1. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1982.