2. Diversos autores propõem outros termos que
designam este tipo de cirurgia, tais como:
Cirurgia perirradicular (DELRIO,1996)
Apicetomia (BERNABÉ, 1981 e 1994)
Apicectomia (AMAGASA et al.,1989;
PAPADOGEORGARKIS;PIGADAS,TRIANTAFILLIDI, 1990; HALL;
HOLMLUND, 1991; PERDIGÃO, 1991; RAPP; BROWN; NEWTON, 1991;
ZETTERQVIST, 1991; CACCIOLI, 1992; CHEUNG; LAM, 1993;
REINHART et al., 1995; TROPE et al., 1996 e SAILER; PAJAROLA, 2000).
7. A técnica cirúrgica utilizada, variável segundo
características anatômicas e os fatores etiológicos locais, é
composta por:
trepanação cortical
curetagem periapical
apicectomia
preparação de cavidade retrógrada
obturação retrógrada.
8. Os materiais e métodos utilizados
para:
técnica anestésica
localização do ápice radicular
traçado incisional
e demais etapas operatórias subseqüentes
devem ser cuidadosamente observados a
fim de garantir o sucesso deste tipo de
intervenção.
9. Fundamental é a qualidade da incisão utilizada
nesta modalidade de cirurgia.
Muito mais importante do que o tipo ou formato da incisão
é a observância de princípios cirúrgicos básicos
relacionados a ela, como aqueles definidos por Gregori et al:
irrigação sanguínea do retalho,
respeito a integridade tecidual,
adequada visualização do campo operatório,
versatilidade na amplitude
apoio em tecido ósseo sadio para garantir
uma adequada síntese de colágeno,
formação de matriz óssea e osteogênese.
10. • A cirurgia é parte
importante do
tratamento endodôntico
• Indicações claras e
precisas
12. A técnica cirúrgica deve ser
precedida sempre de uma
criteriosa avaliação do paciente,
observando-se uma completa
anamnese e exame clínico, assim
como suas indicações e
contra-indicações para o
procedimento cirúrgico
(PAIANO; BRITO, 2000).
13. A técnica radiográfica deve ser muito bem
realizada, para a visualização adequada do
ápice radicular, e a determinação da
extensão de lesões e relações com
estruturas anatômicas adjacentes.
BRAMANTE; BERBERT, 1991 e 2000;
ORSTAVIC, 1991 e SAILER; PAJAROLA,
2000.
14. Consulta : análise dos sinais e
sintomas
• Desenvolvem-se sem nenhum sinal.
• Manifestam-se apenas por causa de uma
reagudização do processo ou quando a
anatomia dos maxilares é afetada.
• Podem acontecer tb em lesões periodontais
ou fratura vertical do dente (realizar
diagnóstico diferencial – RX e sondagem).
15. Kuga et al. citam a dimensão clínica da lesão
patológica, bem como a extensão da ostectomia como
fatores essenciais na escolha do tipo de traçado
incisional para as apicectomias.
Incisões situadas sobre a loja cirúrgica podem permitir
infecção secundária e dificultar o processo de reparo
local devido à epitelização da loja, obrigando o
paciente
a submeter-se a novos procedimentos cirúrgicos, com
o uso de barreiras por exemplo, a fim de garantir
adequada formação óssea no local e bons resultados
clínicos estéticos.
16. Segundo Veiga & Guimarães,
essas barreiras, colocadas sobre
o defeito ósseo, impedem a
penetração de células epiteliais
e do tecido conjuntivo gengival,
favorecendo a proliferação de
osso alveolar no interior da lesão.
25. Contra-indicações
Locais :
• Endodônticas (trat. Anatômicas :
inadequado) • Processo inflamatório
• Periodontais em fase aguda
(prognóstico negativo) • Dificuldade de acesso à
• Suporte ósseo limitado área periapical
• Fraturas longitudinais
• Relação custo/
Sistêmicas:
Observar o momento oportuno
para realizar o procedimento
28. Cirurgia periapical
A cirurgia periapical inclui a
ressecção da porção radicular
que contém o espaço do canal
não debridado/não obturado e/ou
para obturação apical e vedação
do canal quando o tratamento
endodôntico convencional é
impraticável.
30. Procedimento cirúrgico
• Desenho do retalho
• Incisão e descolamento
• Acesso ao ápice
• Curetagem
• Apicectomia e ressecção
• Preparo apical e obturação
• Reposição do retalho e sutura
• Avaliação radiográfica
• Remoção de sutura e avaliação
32. O tipo de incisão a ser utilizado,
que promoverá um adequado
retalho, é de importância
fundamental, pois implica
diretamente sobre o ato cirúrgico,
bem como na sua evolução pós-
operatória.
(ALKOUFFE; POKOIK, 1989 e BRAMANTE; BERBERT, 2000; SAILER;
PAJAROLA, 2000 e MARZOLA, 2000 e 2002).
33. Os retalhos devem obedecer sempre a três requisitos
básicos:
1. ser suficientemente amplo para obter ótimo campo
para se intervir, evitando que as incisões caiam
sobre o frênulo;
2. sempre possuir uma boa irrigação, não incidindo
sobre a gengiva inserida;
3. a linha de incisão deve sempre repousar sobre
tecido ósseo íntegro;
4. ser incisadas sempre a mucosa e o periósteo,
evitando a dilaceração dos retalhos
(MARZOLA, 2000 e 2002).
34. Tipos de incisões
• Incisão semi-lunar
• Incisão paramarginal
• Incisão mucoperiostal de
espessura total – retalho
marginal
37. Incisão paramarginal
• incisão horizontal na gengiva
inserida
• Uma ou duas incisões verticais
• Ângulos obtusos nas extremidades
• Região anterior de maxila
• 4 mm de gengiva inserida e
periodonto sadio
38. Incisão paramarginal
• Vantagem estética
• Maior campo operatório
• Incluir pelo menos um dente
sadio em cada lado da incisão
• Sangramento ao longo das
margens cirúrgicas
41. Retalho marginal
• Do sulco até a crista gengival
• Neumann / Nowack
• Descolamento das papilas,
gengiva marginal, gengiva
inserida, mucosa alveolar
• Incisões relaxantes ( 1 ou 2)
42. Retalho marginal
• Acesso e visibilidade máximos
• Nenhuma incisão sobre lesão ou
defeito ósseo
• Menor tendência a hemorragia
• Melhor visibilidade
• Pouca possibilidade de cicatriz
43. Retalho marginal
Desvantagens:
• Alguma dificuldade para
reposicionar o retalho e suturar
• Retração gengival, exposição
marginal da coroa e/ou superfícies
radiculares cervicais
44.
45. Escolha do retalho
• Dentes com prótese (evitar
recessão)
• Dentes sem lesão
periodontal
• Dentes que não apresentam
risco de serem extraídos
46. Indicações retalho
marginal
• Lesões periodontais concomitantes,
quando é possível realizar de uma só
vez o tratamento cirúrgico periodontal.
• Lesões periodontais desenvolvidas
coronalmente – evitar a sutura do
retalho por cima de defeito ósseo
• Presença de freios
• Escassa dimensão da área gengival
aderida
49. Incisão e descolamento
• A incisão deve ser de espessura
total
• Firme, envolver o periósteo
• Descolamento a partir das incisões
verticais
• Descolar o periósteo
• Manter o retalho com afastadores
teciduais adequados
57. curetagem
O tecido inflamatório em torno do
ápice radicular deve ser removido
para:
• Ganhar acesso e melhorar a
visibilidade
• Obter material para histopatológico
• Reduzir a hemorragia
58. curetagem
• Evitar danos aos dentes
adjacentes
• Procurar remover a totalidade da
lesão
• Porção retro-radicular
• Uso de agentes hemostáticos
64. apicectomia
• Antes da apicectomia, devemos
expor e isolar o ápice
• Apicectomia com angulação
adequada
• Remover uma quantidade
suficiente para expor canais
colaterais
67. A amputação do ápice radicular deve ser
feita com broca montada em baixa rotação,
com abundante irrigação.
A angulação da broca em relação ao longo eixo
dental deverá ser de 90°, removendo-se desta
maneira o delta apical completamente (BERNARDINELLI
et al. 1994; BRAMANTE; CLÓVIS MARZOLA,BERBERT, 2000 e
MARZOLA, 2000 e 2002),
apesar de ainda alguns autores
serem adeptos da inclinação para vestibular
(SAILER; PAJAROLA, 2000).
68. Deve-se observar, também, se não há
anomalias anatômicas como: rebarbas,
intercanais, canais acessórios ou fraturas
radiculares a este nível, podendo-se
utilizar solução esterilizada de azul-de-
metileno a 2%, para identificação destas
situações (DEL RIO, 1996) e, mesmo ainda
se ocorre uma infiltração apical em
cavidade para a obturação retrógrada.
(BERNARDINELLI et al., 1994)
69. Preparo e obturação apical
Indicado em casos de
selamento apical
inadequado
• Fresas
• Pontas ultra-sônicas
• Limas endodônticas
70. Preparo e obturação apical
Fresas:
• Dificuldades técnicas
• Preparo classe I
• 3 a 4 mm de
profundidade
71. Preparo e obturação apical
Ponta ultra-sônica:
• Vantagens no controle e
facilidade de uso
• Menor remoção apical em
certos casos
72.
73. Preparo e obturação apical
Limas endodônticas:
• Cortadas ou pré-curvadas
• Permite debridamentos mais
profundos do canal
• Dificuldades técnicas
74. Preparo e obturação apical
Cavidade apical deve estar seca
Materiais empregados devem ser:
• Biocompatíveis
• Não reabsorvíveis
• Fácil inserção
• Não afetados por umidade
• Visíveis radiograficamente
75. materiais
• Amálgama sem zinco
• Cimento Super EBA
• Guta-percha
• Compósito resinóide
• Ionômero de vidro
• IRM
• Cavit
• MTA
77. sutura
• Reposicionar o retalho
• Estabilizar com pressão digital
moderada e gaze úmida
• Prevenir a formação de
hematoma sob o retalho e
permitir melhor adaptação e
sutura mais precisa
78. sutura
• Suturas a pontos simples
• Seda 4-0 ou fios
reabsorvíveis
• Após a sutura, comprimir
novamente o retalho com
gaze úmida
82. Instruções pós-operatórias
• Instruções verbais e escritas
devem ser simples e diretas
• Descrever meios pelos quais
o paciente pode facilitar a
cicatrização e obter conforto
83. Instruções pós-operatórias
Informar sobre:
• Edema
• Palidez local
• Secreção sanguinolenta
• Meios de evitar ou tratar
estas alterações
84. Instruções pós-operatórias
• Não manusear o local da
cirurgia
• Manter pressão sobre o local
• Bolsa de gelo
• Higiene bucal com escovação
• Alimentação e líquidos sem
traumatizar área operada
85. Instruções pós-operatórias
• Analgésicos
• Antiinflamatórios
• Antibióticos
• O paciente deve avisar em
caso de edema excessivo ou
dor
92. Dificuldades cirúrgicas
Podem ser superadas:
• Instrumentos adequados
• Habilidade cirúrgica
• A graduação não oferece
treinamento e experiência, o
que indica o
encaminhamento ao