O consumo no Brasil deve crescer 10% em 2013, atingindo R$ 1,55 trilhões. Os gastos com automóveis (R$ 278 bilhões) e alimentação no domicílio (R$ 250 bilhões) representam as maiores parcelas, 18% e 16% respectivamente. Uma pesquisa do SPC mostra que o consumidor brasileiro está mais maduro, comprando novos produtos motivados por melhorias de vida, mas ainda sonha com itens básicos como casa própria.
Quatro em cada 10 idosos consomem mais na terceira idade
Consumo brasileiro deve crescer 10% em 2013, aponta pesquisa
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Leanderson Cordeiro www.leanderson.com.br
Consumo no Brasil deve crescer 10% em 2013, para R$ 1,55 tri, diz Ibope Gastos com automóvel devem somar R$ 278 bi, a maior parcela, com 18%. Alimentação no domicílio vem em 2º lugar, com R$ 250 bi ou 16% do total. Do G1, em São Paulo – 04/09/2013 O consumo no Brasil deve crescer 10% em 2013 na comparação com 2012, atingindo R$ 1,55 trilhão, aponta nesta quarta-feira (4) estimativa do Ibope Inteligência. O valor equivale a 34% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, de acordo com estimativas do Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado do Ibope. A maior parte da renda das famílias brasileiras deverá ser direcionada para gastos com automóvel particular (incluindo aquisição de veículos, manutenção, taxas, seguro e combustível) e deverão somar R$ 278 bilhões neste ano, o que representa 18% da demanda total de consumo disponível no país. A classe B é a principal consumidora desses produtos, diz a pesquisa, responsável por pouco mais da metade de toda a demanda: R$ 143 bilhões. As classes C e A tem 24% e 22%, respectivamente. As classes D e E ainda têm uma participação pequena no consumo desses produtos e juntas representam apenas 3% do total. Alimentação O segundo grupo de produtos com maior participação é alimentação no domicílio. Serão gastos com esses produtos R$ 250 bilhões, o que equivale a 16% do total estimado para o país. Nesse caso, a classe C representa 48,3%, seguida da B, com 31,6% e a D/E, com 13,9%. A classe A tem 6,3%. Quando considerada também a alimentação fora do domicílio, somente com refeições o brasileiro irá gastar R$ 378 bilhões, aponta o estudo. “Os grupos com maior demanda de consumo no país são constituídos por produtos de gênero de primeira necessidade das famílias. Em geral, a família brasileira gasta a maior parte da renda com produtos essenciais, deixando em segundo plano o lazer, já que o consumo desses itens compromete grande parte da renda do domicílio”, diz, em nota, a diretora de geonegócios do IBOPE Inteligência, Márcia Sola. Em terceiro lugar estão as despesas com vestuário, que representam R$ 128 bilhões ou 8% de todo o potencial de consumo projetado para este ano. Com material de construção, deverão ser desembolsados pelos brasileiros R$ 119 bilhões ou 8% do total do consumo estimado para o país. CONSUMO BRASILEIRO ENTRA EM NOVO CICLO APÓS SE ATRAPALHAR COM NOVO PODER DE COMPRA, CONSUMIDOR DA NOVA CLASSE MÉDIA SE DIZ COMEDIDO E RESPONSÁVEL, MAS AINDA QUER SE INCLUIR NA SOCIEDADE E SER MAIS BEM ACEITO PELOS BENS E EXPERIÊNCIAS QUE ADQUIRE, MOSTRA PESQUISA INÉDITA DO SPC 21/10/2013 - POR CRISTIANE BARBIERI – ÉPOCA NEGÓCIOS Após a entrada no mercado de consumo - e as consequentes trapalhadas trazidas pela falta de experiência com o crédito -, o consumidor médio brasileiro está mais maduro. É o que mostra uma extensa pesquisa feita pelo SPC Brasil em outubro, para tentar entender o comportamento do consumidor e, a partir daí, orientar os lojistas sobre tendências e elaborar possíveis campanhas de orientação a esse comprador. O consumidor passou a comprar novos produtos que não fazia até 2012, porém o fez porque, basicamente, sua vida melhorou nas classes mais altas ou ele passou a ter interesse por algo que até então não o estimulava, como mostram as tabelas abaixo:
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O QUE PASSOU A COMPRAR (FOTO: SPC)
O QUE MUDOU NA VIDA (FOTO: SPC) Além disso, 58% deles já realizaram sonhos de consumo antes de comprar esses produtos que mais desejam, sendo que mais de 20% deles foram influenciados sobretudo pela propaganda ou por efeitos do marketing, como desejar a marca ou "se enxergar no produto". O fator determinante para a realização do sonho de consumo é preço, para 39% das pessoas das classes A e B e de 56% para as classes C, D e E. Porém o atendimento pela mais para quem tem mais dinheiro. O sonho de consumo também varia de acordo com o poder de compra. Quem já realizou os desejos mais básicos quer agora experiências, como viagens. Em se tratando de gênero, os homens ainda almejam mais o carro, enquanto as mulheres sonham mesmo com a casa própria e o plano de saúde, como pode ser conferido abaixo:
SONHO DE CONSUMO (FOTO: SPC)
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CATEGORIAS DOS SONHOS DE CONSUMO (FOTO: SPC) Os brasileiros também se mostram bastante otimistas, acreditando que realizarão seu sonho de consumo.
QUAIS PRODUTOS SONHADOS VAI COMPRAR? (FOTO: SPC) Eles também acreditam ter um comportamento comedido quando o assunto é compras. Quase 40% disseram fazer muitas pesquisas antes de consumir e se consideram econômicos e controlados. Outros 51% se dizem moderado, sem ceder a impulsos consumistas. Porém, 12% confessaram que comprar é seu ponto fraco e que não consegue resistir a seus desejos. Nas classes C e D, 24% afirmaram que costumam acompanhar amigos e familiares a lugares que não cabem em seu bolso para não fazer feio. Nas classes A e B, o percentual cai para 15%. Além disso, 62% pensam nas compras do mês antes mesmo de receber o salário e 59% já ficaram no vermelho por causa de compras e lazer não planejado e que não precisava ter realizado. Além disso, 59% já compraram por indulgência, mesmo sem condições de fazer a compra. A pesquisa do SPC foi feita com 610 consumidores das 27 capitais brasileiras. Desse total, 53% eram mulheres e 68% tinham entre 25 e 49 anos. Dos entrevistados das classes A e B, 70% eram solteiros ou separados bem como 50% dos representantes das classes C, D e E. Além disso, mais da metade dos entrevistados são empregados de empresas privadas ou autônomos/profissionais liberais. Mais de 70% dos entrevistados ganham entre R$ 679 a R$ 3 mil. Em 36% das casas havia crianças, idosos e enfermos, que comprometem parcialmente a renda.