1. Nossa Pegada
Conheça a Comunidade Cidadã
No ritmo
Funk: o ritmo que abalou geral
Trampo
Trabalho formal e informal.
Conheça vantagens e
desvantagens de cada um.
E muito mais...
EDIÇÃO 1
SETEM B RO
2008
JUVENTUDE
EM MOVIMENTO
4. A Comunidade Cidadã é uma organização
não-governamental empreendida por jo-
vens movidos pelo desejo de transformar
a realidade, através do exercício pleno da
cidadania, do engajamento da comunida-
de e, sobretudo, da juventude.
Sua fundação aconteceu no ano de 2004,
motivada por uma oficina de cidadania
para jovens, em comemoração aos 450
anos da cidade de São Paulo.
Hoje, quatro anos após o seu início, a Co-
munidade Cidadã já tem muito que come-
morar. Com algumas dezenas de pessoas
envolvidas diretamente no trabalho, a
grande maioria jovem, a Organização
realiza algumas atividades de destaque
na região.
Entre os projetos da entidade está o Pro-
grama Jovens Urbanos (PJU), realizado
Jovens engajados em
ajudam a melhorar a
NOSSAPEGADA
4
Por Vânia Correia e Natalia Pereira
Para aqueles que costumam lamentar que a juventude não se
envolve mais com causas coletivas e com as questões sociais,
que está alienada e individualista, a Comunidade Cidadã pode
ser uma agradável surpresa.
5. em parceria com o CENPEC (Centro de Pesquisa em Educação, Cultura e Ação
Comunitária) e com a Fundação Itaú Social. O PJU é voltado para jovens mora-
dores de regiões metropolitanas com o objetivo de ampliar o repertório sócio-
cultural e contribuir para processos de transformação da realidade juvenil. Ao
final do período de formação os jovens desenvolveram projetos de interven-
ção comunitária, entre eles, O Sarau a Gente que Faz, a Radio JÁ (Juventude e
Atitude) e a Revista ZONG Juventude em Movimento.
m projetos sociais
a vida da comunidade
5
6. Para muitos jovens, participar de uma ONG é um importante exercício de cida-
dania. E a oportunidade de fazer alguma coisa para transformar a realidade do
lugar em que vivem. “Acho importante não ficar de braços cruzados esperan-
do as coisas se resolverem, a juventude tem que fazer acontecer”, diz a jovem
Fernanda Costa, 20, que atua na Comunidade Cidadã.
O PJU e outros projetos desenvolvidos pela Organização têm a participação
fundamental de muitos jovens, que desejam construir uma cidade melhor a
partir do protagonismo, da participação e da construção coletiva. Jovens que
contrariam as expectativas de superficialidade, individualismo e futilidade,
freqüentemente, atribuídas à juventude do século XXI e que vêm provando,
com coragem, que uma nova organização é possível: a CIDADANIA!
Faça parte você também da Comunidade Cidadã! Seja Voluntário e ajude
a mudar o lugar onde vive. Para maiores informações entre em contato:
5662-8793 / 3535-6869 Ou acesse: www.comunidadecidada.org.br
6
7. 7
ECOAJUDA
7
ECOAJUDA
O lixo se torna um grave
problema de nossa sociedade
A produção de lixo vem aumentando constantemente e os lugares
que são destinados a recebê-los estão cada vez mais escassos.
Por Lucimar Araújo
Garrafas plásticas, baterias de
celular, embalagens de alimen-
to, restos de comida, e outros
compõem o elenco que atuam
nas lixeiras paulistanas. Sabe-
mos que o lixo que produzimos
não acaba ali, afinal não exis-
tem desintegradores mágicos
de matéria. Geralmente, tudo
o que descartamos é destina-
do para os aterros sanitários
ou lixões.
O problema é que estamos
produzindo lixo demais, e em
pouquíssimo tempo não ha-
verá mais lugar para despejá-
lo, além das graves conseqü-
ências que ele causa ao meio
ambiente.
Não há como não produzir lixo,
mas há formas para reduzir a
sua quantidade.
8. 88
ECOAJUDA
Preciclar nada mais é que pensar no que
se tornará lixo, antes de comprar. Parece
simples e lógico, mas não é o que acon-
tece na prática. Muito do que compra-
mos vem envolvido em embalagens que
quase sempre vão direto para a lixeira. Ao
adquirir algum produto, deveríamos dar
preferência àqueles com embalagens que
possam ser reutilizadas, como os copi-
nhos de requeijão, por exemplo.
1º R - Reduzir: usando métodos con-
scientes como o Preciclar, podemos di-
minuir consideravelmente a quantidade
de lixo.
2º R - Reutilizar: sejamos criativos, va-
mos dar utilidade a objetos que aparente-
mente não nos serve para mais nada, como
fazer vasinhos pra nossas plantinhas com
garrafas pet, ou usar jornais velhos para
fazer cestas artesanais.
3º R - Reciclar: tecnicamente, é trans-
formar algo usado em algo igual, só que
novo. Neste caso o que podemos e deve-
mos fazer é separar o que pode e o que
não pode ser reciclado para que tenham o
destino certo, seja em cooperativas ou nas
mãos de artesãos.
Preciclar e os “3R’S”
9. 99
Podemos fazer diferente!
Quem nunca ouviu algo como: “não vou me
preocupar, afinal no futuro eu não estarei
vivo mesmo!”. Falas assim são usadas para
justificar a despreocupação em relação ao
lixo. Porém, as atitudes que tomamos hoje
refletem, sem dúvida, no futuro, mas têm
conseqüências também a curto prazo.
Nem todos os problemas que vivemos hoje
foram causados por esta geração. Muitos
atos dos nossos pais, avós e bisavós refle-
tem na condição de vida atual. Talvez na
época deles a informação não fosse de tão
fácil acesso como é hoje, mas não precisa-
mos ser assim. Temos acesso à informa-
ção, sabemos o que e como fazer para
evitar muitos problemas.
Observe quanto papel é jogado nas ruas
e parques, a bituca de cigarro nos pon-
tos de ônibus da Av. Belmira Marin, da Av.
Teotônio Vilela e outras ruas de nossos
bairros. Esses detritos duram anos para se
decompor.
O que muitos esperam de nós jovens, é a
construção de um mundo melhor. E um fu-
turo melhor é o resultado de um presente
mais responsável e consciente. Devemos
deixar uma herança mais agradável para
as próximas gerações.
Podemos começar aos poucos, pois cada
pequena e, aparentemente, inútil atitude
faz diferença.
10. 1 01 0
Se liga só...:
O assunto pode até parecer chatíssimo,
mas não é! É importante sabermos de
coisas assim, por isso é legal buscarmos
informações que tenham uma linguagem
menos “chatona”!
Vale clicar... www.akatu.com.br – site bem
legal do Instituto Akatu, que traz informa-
ções sobre consumo consciente.
Assistir... “Ilha das flores”, dirigido por
Jorge Furtado, é um documentário que
aborda de uma forma divertida a mecânica
da sociedade de consumo.
Conhecer... Projetos que têm
como principio a reutilização
de materiais que parecem in-
utilizáveis como:
“Arte em pneus”, que faz
móveis, chaveirinhos, cestas e
outros tendo como matéria-
prima pneus. Contato: www.
arteempneus.com/arteemp-
neus@arteempneus.org.br
”Dulcinéia Catadora”, projeto
que uni arte, literatura e pa-
pelão, dando a este uma nova
utilidade. Contato: dulcineia-
catadora@gmail.com
11. 1 1
MOLDA
1 1
MOLDA
A moda
que nos molda
Por Rodrigo Kenan e Vanessa Pedon
O que é moda? Uma pergunta
que nunca chegará a uma de-
finição e que continuará sendo
motivo de muita discussão e
debate.
Quando começamos a falar
de moda, logo vem em nos-
sa memória desfiles, mode-
los, glamour e dinheiro. Mas a
definição de moda vai muito
além do que se tornou clichê
na sociedade.
De uma forma negativa, cres-
cemos e aprendemos que
quanto mais vale sua roupa,
mais você se torna importante.
12. 1 21 2
Ouvimos dizer que muitas pes-
soas compram tênis e roupas
de marca só para se exibirem
na escola ou nas festas.
Por vivermos em um mun-
do capitalista, a moda, assim
como a música, teatro, cine-
ma, etc., também faz parte da
ciranda do consumo.
Algo que se tornou não só um
motivo para classificar social-
mente, mas que é também
uma indústria que gera em-
pregos.
Temos que respeitar as pesso-
as por suas ações e não pela
aparência, usando roupas de
marca ou não, o que vale é ver
seu interior.
Quantas tendências, quantas
estações, quantas pessoas
querendo nos transformar em
artigo industrial, será que não
temos capacidade de escolha?
13. 1 31 3
MOLDA
Não deixe que as pessoas te
moldem, faça você mesmo sua
moda. Não se torne escravo da
moda, mas use-a a seu favor.
Em todos os quatro cantos do
mundo, há um estilo diferente.
Faça o seu estilo, sem se pre-
ocupar com o que vão pensar
de você.
O que é moda?
O que nos molda?
Estar na moda,
simplesmente é
ser você!
15. 1 5
Trabalho Formal
Forma de trabalho indicada pela maioria
de nossos pais. É forma conhecida pela
famosa carteira de trabalho. Neste tipo
de trabalho vários direitos estão garan-
tidos, além de benefícios como férias, dé-
cimo - terceiro salário, FGTS, aposenta-
doria, licença maternidade-paternidade,
seguro desemprego, entre outros.
Foi uma solução construída para garan-
tir um sustento mínimo para as neces-
sidades do trabalhador e de sua família,
frente ao capitalismo selvagem, voltado
a vida de consumo crescente. Há uma di-
Eu quero um trampo!
Por Flávio Munhoz
Trabalhar...
Uma das maiores pre-
ocupações da juven-
tude nos dias de hoje.
Em um mundo movido
pelo consumo os jovens
também querem parti-
cipar, e para isso preci-
sam de um trabalho.
Com o recente avanço da
economiaabuscaportra-
balho passou a ficar mais
fácil. Mas para a juven-
tude isso continua sendo
um dilema. Ter experiência
anterior, qualificação pro-
fissionaladequada,entre-
vistas, dinâmicas, entre
outros requisitos, sempre
foram motivos de tirar o
sono da galera.
Mas em meio a esta ba-
talha há um detalhe que
poucas vezes é notado:
buscar por trabalho for-
mal ou optar pela infor-
malidade? Para alguns
parece que o importan-
te mesmo é se sentir empregado.
Como há muito tempo de caminha-
da na vida profissional, imagina-se
que a preocupação do momento
não deva ser essa. Um outro grupo
prefere as garantias de uma cartei-
ra assinada...
O que fazer??? A ZONG preparou
um quadro comparativo buscando
ajudar a juventude que quer estar
em movimento, se liga só:
16. 1 6
ficuldade para quem contrata, pois devido
ao grande número de encargos trabalhis-
tas o trabalhador custa para a empresa
“praticamente” o dobro do que recebe de
fato. Esta situação faz com que o salário,
normalmente, não seja tão alto.
Para driblar esta dificuldade houve o surgi-
mento dos autônomos. Pessoas que abrem
empresas “individuais” e prestam serviços.
Assim o custo trabalhista diminui significa-
tivamente. O tempo que se permanece tra-
balhando com registro serve como com-
provação de experiência anterior na busca
de um novo emprego.
Trabalho Informal
O trabalho informal é o tipo de trabalho
desvinculado a qualquer empresa, ou seja,
é o trabalho indireto onde não há vínculo
empregatício por meio de documentação
legalizada. Embora sem direitos ou garan-
tias do amanhã, para muitos foi a única sa-
ída. Esse tipo de trabalho teve grande cres-
cimento na década de 90 quando a crise
econômica, o aumento da competição e a
exigência de maior qualificação profissional
devido ao grande avanço tecnológico no
Brasil, fizeram com que as empresas bus-
cassem reduzir seus custos, consequente-
mente demitindo pessoas.
Como maneira mais fácil e honesta, as pes-
soas se tornaram trabalhadores informais
que apesar de não ter garantias e benefí-
cios, como férias, décimo ter-
ceiro salário, FGTS, licença ma-
ternidade-paternidade, seguro
desemprego e outros, conse-
guem o sustento da família
mantendo assim seu padrão
de vida. Nos tempos atuais, o
trabalho informal atinge apro-
ximadamente 50% da ocupação
dos brasileiros. A renda não é
fixa. Um dos principais proble-
mas enfrentados por quem tem
trabalho informal é que se ele
achar alguma coisa injusta em
seu trabalho ele nunca poderá
ir à justiça porque a justiça só
defende os direitos dos traba-
lhadores legais.
Estes são os dois formatos
básicos que se deve obser-
var na busca de um trabalho.
Além deles ainda é possível
buscar o empreendedorismo,
o famoso negócio próprio,
atuar em cooperativas e ou-
tras formas que discutiremos
em próximas edições.
Mas o importante mesmo é se
colocar em movimento, dentro
do seu perfil e de suas possibi-
lidades, na busca do seu sonho.
A ZONG torce por você e espera
ser sempre sua companheira
ajudando nas importantes es-
colhas juvenis... Fui!
18. 1 8
NOMOMENTO
Truco na sala de aula
Jogar truco é prazeroso, mas existem controvérsas em relação
ao local de se jogar
Por Jéssica Hernandez
Truco é um popular jogo de cartas que
teve origem na América do Sul. Em algu-
mas regiões possui regras e variações,
mas nunca muda o princípio. Uma dispu-
ta de três rodadas para ver quem tem as
cartas mais fortes. Pode ser jogado por
duas, quatro ou seis pessoas. Basta ter
um único baralho, para a alegria rolar sol-
ta!
O problema é que a galera jovem se em-
polga e joga truco na sala de aula, onde o
objetivo deveria ser estudar, porém hoje
em dia não é o que acontece em mui-
tas escolas. Alunos desrespeitam regras e
professores. Muitos abandonam os livros
e aderem as cartas e juram que conse-
guem conciliar.
O estudante Luís Eduardo, 17, é um deles,
“Consigo conciliar, só jogo quando termi-
no de fazer a lição. Além do mais, não tem
o que me agrade na aula, então jogo tru-
co”. Fernando,15, concorda, “Jogo truco
porque é divertido, os moleques jogam,
então eu jogo também, jogo quando a
matéria é chata, no tempo livre, quando
não tem lição!”
Alerta
Jogar truco é divertido e de-
sestressante, fonte de des-
contração e lazer, mas para
tudo há o momento certo, es-
cola é o lugar para se estudar.
Nossa educação está como o
trânsito: os carros estão cada
vez melhores. Os motoristas,
cada vez piores. O jogo abre
um debate para uma ques-
tão maior: o sistema de ensi-
no. Afinal o problema são os
alunos que não se interessam
pelas aulas? Os professores
que não se interessam em en-
sinar? O Estado que não for-
nece suporte? Ou seria tudo
isso e mais um pouco?
Jessica, 17, é estudante po-
rém não joga truco. “Na sala
de aula não é legal jogar tru-
co. Não tem como jogar truco
e prestar atenção na aula. É
impossível fazer as duas coi-
19. 1 91 9
sas ao mesmo tempo”. Ela faz
uma critíca também aos alu-
nos e professores, “ O aluno
não está nem aí, mas o pro-
fessor finge que não vê!”
Os professores da Escola Es-
tadual Clarice Seiko Ikeda Cha-
gas sabem que o problema do
truco é sério. Rosi professo-
ra de Português conta que é
possível acontecer de jogarem
truco na sala de aula e ressalta
que existem casos de alunos
que ameaçam professores. “Já
aconteceu com colegas meus,
deles tentarem negociar e o
aluno com muita ironia falar: O
que vc está fazendo aqui? Vai
dar sua aulinha”, diz. Rosi acre-
dita que a educação está em
crise e que as pessoas perde-
ram o rumo, “Os profissionais
da área da educação estão de-
cepcionados, os alunos veêm a
escola sem nenhum interessse
e incentivo, o professor não é
valorizado”, afirma.
A professora de História, Mô-
nica, tenta outra solução, se
impor. “Nas minhas aulas não
deixo de jeito nenhum o aluno
jogar truco, ou qualquer tipo
de jogo, me torno chata. O
professor deve se impor, tem
que ter o controle”, afirma.
José Roberto, professor de Ciências, se
decepciona quando se depara com este
tipo de situação. “O aluno acha que tem
a razão, mas é a vítima. Há professores
que deixam a desejar, se o aluno joga tru-
co na sala, a culpa é do professor que não
faz com que sua aula seja boa “, decla-
ra o professor, que arrisca uma possível
solução: “Diminuição de alunos na sala de
aula, porque com muitos alunos é difícil
se ter o domínio”.
20. RAPIDINHAS
2 0
Ajudar os jovens a desenvolver
sua capacidade para o racio-
cínio moral para distinguir o
certo do errado, é uma tare-
fa difícil. Quando se pensa em
sexo na adolescência, as con-
versas, na maioria dos casos,
são destinadas a pornografia
e piadas. A falta de informação
que as pessoas, no começo
de sua vida sexual, tem, pode
causar diversos problemas
como DSTs, gravidez precoce
e até mesmo casos de aborto,
que afeta a saúde da menina.
Praticamente, a única orien-
tação que os jovens recebem
vem da televisão, de novelas,
dos ídolos populares e de co-
legas. Os jovens estão confu-
sos e vivem sua sexualidade
sem tabus. É uma sexualidade
cada vez mais desligada do
amor e do compromisso. Sexo
na adolescência deveria ser
baseado na liberdade e não
no medo, no amor e principal-
mente na responsabilidade.
Fomos em busca de opiniões
dos jovens da periferia para
que possam se expressar em
relação a um assunto polêmi-
co: a Virgindade.
Por Jéssica Hernandez e Jeldean Alves
Ilustração por Mauricio Abelha
21. 2 1
“Para meninas, por exemplo, com faixa
etária de 13 a 14 anos, nos dias atuais,
ser virgem é ser careta, já que não se
valorizam.” K.C- 17 anos
“Virgindade não é careta, hoje é raro
encontrar, meninas de 13 a 15 anos
virgem.” M.C.L-17 anos
“Eu levo a virgindade a sério e respeito,
pois ser virgem é único, deve ser feita
a escolha certa, para depois não haver
arrependimento.” G.N – 18 anos
“È uma questão pessoal, isto varia de
mulher para mulher. A menina vai com
a pessoa certa e quando estiver segu-
ra.” R.F.A – 19 anos
“Mulher virgem para mim, é uma
pessoa que sabe se guardar e sabe
que tem um valor. “ R.F.E- 20 anos
“Varia de pessoa para pessoa, o im-
portante é não se deixar influenciar
por ninguém, respeitar o seu momen-
to, esperar a pessoa e o lugar certo.”
C. P. - 27 anos
Virgindade nos dias
atuais é levada a sério
ou é careta?
Quando é o momento certo
para ter a primeira relação?
“O momento certo é quando a pessoa se sentir bem.
Se sentir bem com ela mesma, tem que existir con-
fiança e amizade. Não é necessário se guardar até
casamento.” L.R.F- 19 anos
“Na primeira vez tem que haver entre a menina e seu
companheiro, respeito, liberdade e amizade, se preve-
nindo e tendo juízo, não há problema.” K.C – 17 anos
“Não existe o momento certo, existe a pessoa cer-
ta, apesar de que o correto é esperar até o casa-
mento, mas não é o que acontece, se há amor
e respeito, qual é o problema? Se prevenindo..”
J.T- 17 anos
“A grande maioria das mulheres que são virgens,
quando tem a 1ª relação, se apaixonam por isso pre-
firo mulheres experientes” G.N – 17 anos
“Quando os dois se acharem maduros o suficiente
para iniciar a vida sexual. É preciso ter uma idade
adequada também, não dá pra atropelar as fases.
Os dois têm que saber se cuidar, usar preservativo,
procurar um ginecologista, enfim fazer tudo com
segurança. É importante haver confiança e amor
entre os dois. V. C. – 24 anos
De acordo com o sexólogo Jair Maciel Figueiredo,
existe um modismo entre os adolescentes, “A moda
agora é dar (ter relação sexual) para todo mundo”,
mas esse não é o caminho da felicidade. A idade
aconselhável para começar a ter relações sexuais,
segundo o sexólogo é a partir dos 16 anos, quando
os órgãos estão formados.
Ele aconselha ainda, que meninos e meninas procu-
rem profissionais para dar orientações iniciais sobre
a sexualidade.
A Zong oferece a você leitor um espaço para que
possa tirar dúvidas ou comentar esse tema. O nosso
e-mail é : revistazong@gmail.com
22. 2 2
VÁPASSEAR
Cursos de teatro, grafite e vio-
lão que cabem no seu bolso!
HUMBALADA é um grupo teatral que de-
senvolve oficinas de teatro (grátis), grafi-
te e violão para jovens, no Espaço Cultural
Humbalada. Aproveite a oportunidade, já
que está pertinho de você!
HUMBALADA – uma bagunça organizada
O grupo tem quatro anos de existência,
teve início a partir de um projeto da prefei-
tura – teatro vocacional na casa de cultura
de Interlagos. A palavra Humbalada signi-
fica bagunça.
Atualmente o grupo é formado por três
atores, que em sua trajetória já realizaram
os seguintes espetáculos: “O filho mudo
do fazendeiro”, “Em busca da felicidade” e
“Cidadão perfeito”. Sua próxima peça, “O
menino sem imaginação”, está em fase fi-
nal, em breve estará em cartaz para toda
comunidade.
“HUMBALADA - venha fazer parte dessa
bagunça!”
Local: Avenida Lourenço Cabreira, 197 –
Jardim Colonial. Horário de atendimento:
Terça, quarta e quinta das 14h as 17h30.
E-mail: humbalada@yahoo.com.br
Tel.: 7309-6101/ 85785424
23. 2 3
Mais que livros!
A Biblioteca Belmonte e a
Biblioteca Prefeito Prestes
Maia têm muito mais do que
uma grande quantidade de
acervos.
Programação: a Biblioteca Bel-
monte tem a programação per-
manente, que ocorre nos perí-
odos, manhã, tarde e noite, em
horários diversos, que disponibi-
liza leitura, contação de história,
saraus, oficinas de violão, teatro
vocacional e xilogravura, para o
publico de todas as idades.
Há também a programação de
cultura popular, que varia a cada
mês, abrange shows, palestras,
oficinas, teatro, documentários
e apresentações de música e
dança popular.
Local: Rua Paulo Eiró, 525 –
Santo Amaro. Horário de aten-
dimento: De Segunda a Sexta
das 8h às 17h, Sábado das 9h
às 16h. Telefone: 5687-0408/
5691-0433
A Biblioteca Prefeito Prestes
Maia tem a programação per-
manente que disponibiliza lei-
tura, tele centro, oficinas de
teatro vocacional, exposições
e palestras para jovens e adul-
tos. Conta também com acervo
em Braille.
Local: Avenida João Dias, 822
– Santo Amaro. Horário de
atendimento: De Segunda a Sexta das 8h
às 17h, Sábado das 9h às 16h. Telefone:
5687-0513
SESC – “Muito mais que um es-
paço verde!”
A unidade SESC INTERLAGOS é um espaço
amplo, com áreas que possibilitam a rea-
lização de diversas atividades, para todos
os públicos e, você paga um preço bacana
para se divertir muito. Em seu interior en-
contramos parte da represa Billings, mata
Atlântica e algumas trilhas.
Pra quem curte práticas esportivas, há es-
paços como o conjunto aquático com três
piscinas abertas, quadra de basquete, vôlei,
tênis, futebol, poli – esportiva coberta, além
do campo esportivo aberto. Há espaços cul-
turais como a sala de leitura, com jornais,
revistas, computadores com acesso a in-
ternet livre (grátis) e sala de jogos de mesa.
São oferecidas também, atividades de Ioga,
caminhada, recreação monitorada e teatro,
há cursos de futebol e tênis para crianças e,
para adultos, corrida e futebol.
Local: Avenida Manuel Alves Soares, 1100
Interlagos. Telefone: 5662-9500
E-mail: email@interlagos.sescsp.org.br
De quarta a domingo e feriados das 8h30
ás 17h30.
Para saber sobre horários e datas das
atividades entre em contato!
25. 2 5
Funk: o ritmo
que dominou geral
Por Natália Pereira e Rodrigo Kenan
Você já deve ter escutado:
“creu, creu”, ou, ”é som de
preto de favelado, mas quan-
do toca ninguém fica parado”.
Pois é, esse ritmo é o funk, e
tem causado alvoroço, no nos-
so país e em outros também.
Porém o que poucos sabem
que o funk de raiz é caracte-
rístico dos nortes americanos,
mostrados a todos pela voz de
James Brown. Surge na década
de 30, mas é na década de 70
e 80 que as favelas do Rio de
Janeiro começam a “bombar”
com o ritmo envolvente e as
batidas rápidas que não dei-
xam ninguém parado.
No entanto há o lado negati-
vo, o motivo de inúmeras dis-
cussões levantadas quanto
ao ritmo, por conter músicas
que influenciam a banaliza-
ção do sexo, a violência e o
uso de drogas.
O pior é que acaba agradando a popula-
ção, sobretudo, a mais jovem. “Acho que
as pessoas gostam por causa da cultura
brasileira, por ser um ritmo dançante, da
batida, dos batuques”, diz a estudante
Nicole Nascimento, 22.
Contudo os anos se passaram e a batida
sofreu influências da tecnologia, surge
uma nova profissão: o Dj, que traz ainda
mais jovens para os bailes.
“O que envolve o jovem é, principalmente,
a batida que não precisa de coreografia,
pois anima a galera, mas com certeza irá
passar e virá outro ritmo que contagiará”,
analisa a estudante Jéssica Thais, 17.
Ela ainda levanta outra questão, “não são
só pobres que escutam funk, ricos tam-
bém ouvem”, diz.
A Jéssica tem razão, o funk desceu os
morros e conquistou a classe média e
alta da sociedade, abrindo grande espaço
para esse tipo de produção musical, que
abrange vários profissionais, e agita mui-
26. 2 6
“Eu acho que o funk é um estilo de música
muito perverso que induz os jovens a fa-
zer coisas erradas!” Raquel Fabrício, 17.
“Eu não gosto do funk! Porque esse
funk que é apresentado aqui no Bra-
sil é um funk marginalizado, não é o
autentico funk, ele tem um contexto
aqui no Brasil, muito de apelo sexual e
o verdadeiro funk não é de apelo se-
xual, ou seja, ele foi desvirtuado, por
isso que eu não gosto do funk aqui do
Brasil.” Claudinei Ferreira, 31.
“Na minha opinião o funk é uma música
que não me agrada, acho as letras uma
pouca vergonha!” Marcel Oliveira, 16.
“...Hoje nós temos o funk, só que com
uma nova roupagem, trabalhando a
batida da música, quanto a instigação
mesmo do adolescente, só que o ado-
lescente hoje não se preocupa tanto
com essa letra de protesto, tá mais preo-
NORITMO
tas casas noturnas. O funk também traz revelações como Claudinho e Bu-
checha e o Dj Malboro, que hoje já se apresenta por toda a Europa. Podemos
dizer que esse ritmo já “dominou geral”.
cupado com a batida, com a insti-
gação que a música traz para o seu
dançar, não tanto na letra, porque
se alguns prestarem atenção, ela
está um pouco desvirtuada!” Sônia
Regina, 45.
“O funk como qualquer movimen-
to cultural é bárbaro, mas eu acho
que as letras de funk são muito
obscenas, não são válidas como
crítica social e acredito que mui-
tas pessoas que freqüentam baile
funk, vão mais para se divertir e
passar a noite com alguém, do que
propriamente ouvir a música, por-
que sinceramente a letra é um lixo,
eu odeio o funk e não me atrai em
nada!” Adriano Ronchesi, 17.
27. O garotinho pergunta ao pai:
- Papai o que é política?
O pai responde:
- Bom meu filho, vou te dar como exemplo a nossa casa: eu ponho dinheiro
dentro de casa, então sou o poder econômico; sua mãe administra tudo, ela é
o governo; a nossa empregada é a classe trabalhadora; você, que é comanda-
do por nós, é o povo; e seu irmãozinho é o futuro do país.
O garotinho pensa, coça a cabeça e diz:
- É papai, acho que não entendi.
Após a conversa foram dormir. De madrugada o garotinho acorda com os ber-
ros do seu irmãozinho e ao olhar percebe que o bebê está todo cagado. Vai ao
quarto dos pais e só encontra a mãe que dormia com sono bem pesado, vai ao
quarto da empregada que estava trancado e ao olhar pela fechadura vê o seu
pai em cima da empregada. Depois de tudo, o garoto foi dormir.
No dia seguinte, no café da manhã o garoto diz ao pai:
- Papai, eu entendi o que é política.
E o pai empolgado:
- Então me conta filho.
E o garoto:
- Enquanto o poder econômico fode a classe trabalhadora, o governo dorme
profundamente, ninguém escuta o povo e o futuro do país está na merda.
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Aprendendo Política em Casa