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APRENDENDO COM A IGREJA DE JERULALÉM



INTRODUÇÃO:

      Queridos irmãos e irmãs...

      Estamos em Festa!!!

      Do domingo passado, Domingo da Ressurreição, até o dia 15 de maio,
Domingo de Pentecostes, a Igreja Cristã (Povo de Deus) é chamada a celebrar
cinqüenta dias de festa.

      Somos chamados a viver e celebrar estes dias como se fossem um grande e
prolongado “Domingo”.

      Quem sabe, alguns irmãos ou irmãs, se lembrem da forma a qual a igreja, até
pouco tempo, tratava o “Dia do Senhor”.

      O domingo era considerado “Dia Santo”. Muita gente não recebia e nem
pagava nesse dia. Muitas pessoas “abriam mão” de coisas importantes,
considerando ser este um dia de dedicação a Deus.

      Alguém gostaria de nos ajudar lembrando de algum fato? ...

      O domingo na tradição Cristã é considerado “o” dia consagrado ao “Serviço
do Senhor”.

      Infelizmente o mundo moderno tem nos tirado desse foco. O domingo tem
sido dedicado para a realização de muitas atividades, menos para consagração ao
Senhor.

      Inclusive nós evangélicos, temos arrumado tantas coisas pra fazer, que não
temos tempo para celebrar ao Senhor neste dia.

      Arrumamos tantas atividades, que acabamos não tendo tempo de vir à igreja.

      Há alguns que até freqüentam à igreja, mas a motivação está errada.

      Vejamos, pelo menos, dois casos:

       1º) Alguns freqüentam os cultos matutinos, mas estão tão ansiosos com o que
irão realizar no restante do dia, que não se concentram na celebração. Estão
desejosos mesmo que tudo acabe logo e possam se dirigir rumo àquilo que mais
lhes interessa.

      2º) Outros preferem os Cultos Vespertinos. Porém, se aproximam tão
cansados das várias coisas que realizaram, que acabam cochilando durante o culto.
Meus irmãos, vocês não imaginam a frustração para quem está dirigindo o
culto, ou cantando, ou pregando, quando vê na congregação pessoas cochilando.
Isso realmente entristece.

      Eu diria, que nos dois casos, estamos diante de pessoas que estão
freqüentando a igreja por motivações erradas. Na verdade elas estão indo à igreja
como um “ato penitencial” que lhes permite aliviar a consciência. Suas vindas ao
templo, é visando aliviar um peso psicológico que lhes foram impostos num
determinado momento de suas vidas.

       Elas não estão preocupadas em     se ajuntar a outros irmãos e irmãs para um
momento de comunhão e celebração.        Na realidade o que vemos aqui é o lado
consumista da religiosidade, de querer   apaziguar o sentimento de pecado por não
freqüentar a igreja. Esta é uma visão    egocêntrica da fé. É colocar o eu como o
centro da fé.

       Precisamos retomar alguns conceitos do passado. Não devemos repetir os
legalismos, mas podemos melhorar a nossa visão sobre “O Dia do Senhor”.

       O problema tem sido o nosso descaso com relação às coisas de Deus. Não
basta freqüentar uma igreja. O que precisamos é de nos dispor a viver o projeto de
Deus para a Sua igreja.

     Quando afirmo que este período de 50 dias de festa é um longo e prolongado
domingo, gostaria que você tivesse em mente “O Domingo”, como um dia
consagrado ao Senhor.

      Não estamos falando de qualquer abordagem sobre o “Domingo”. Estamos
falando sobre a perspectiva cristã desse dia de consagração. Dia dedicado ao Culto
Público, à comunhão e ao encontro da comunidade de fé.

      Dentre as leituras propostas pelo Lecionário Comum para hoje, encontramos
a de At 2,42-47.

      Neste texto Lucas nos apresenta a primeira comunidade cristã a ser
organizada: Igreja de Jerusalém.

      Até este momento da história, não haviam igrejas cristãs. Não tínhamos
nenhuma comunidade estruturada. É em Jerusalém que se organizará a primeira
das muitas igrejas que surgiram após a descida do Espírito Santo no Dia de
Pentecostes.

      Antes disso o que havia era um movimento que girava em torno da pessoa de
Jesus. O nome técnico utilizado pelos estudiosos é “Movimento Peripatético”.

            Perí = do grego - em volta, ao redor

            Pathós = do grego - pessoa

     Portanto “Movimento Peripatético”, significa movimento em torno de uma
pessoa.

      Até a fundação da Igreja de Jerusalém a comunidade cristã era móvel. Ela se
reunia onde Jesus estava. Se ele estava na Galiléia, o movimento estava na
Galiléia; Se ele ia para Judéia, o povo estava na Judéia; se ele ia para a samaria a
“igreja”, seguia para a Samaria.

      Portanto, gostaria de ressaltar que estamos diante de um texto que apresenta
uma “fotografia” da comunidade cristã de Jerusalém. A primeira a surgir após a
morte e ressurreição de Jesus, como fruto da ação do Espírito Santo.

     Convido-os a um momento de reflexão sobre esta que foi a primeira
comunidade Cristã, pois Lucas parece apresentá-la, no contexto de seu Livro, como
uma comunidade ideal, que deve servir de exemplo para todas as outras igrejas.

       Para Lucas, a Comunidade de Jerusalém tem alguns traços que precisam ser
imitados pelas várias igrejas cristãs. Dentre vários, Lucas destaca os seguintes
neste texto:

             1) Comunidade fraterna, preocupada em conhecer Jesus e a sua
             proposta de salvação;

             2) Comunidade que se reúne para louvar o seu Senhor em oração e na
             Celebração da Ceia;

             3) Comunidade que vive a partilha, a doação e o serviço;

             4) Comunidade que testemunha – com gestos concretos – a salvação
             que Jesus veio propor aos homens e ao mundo.

      Convido-os então à leitura da Palavra de Deus em At 2,42-47.

      Intitulei o sermão desta manhã de: “Aprendendo com a Igreja de Jerusalém”.

      Ouçamos a leitura da Palavra de Deus.



TEXTO: At 2,42-47

             42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir
             do pão e nas orações.

             43 Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos
             por intermédio dos apóstolos.

             44 Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum.

             45 Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre
             todos, à medida que alguém tinha necessidade.

             46 Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de
             casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de
             coração,

             47 louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo.
             Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam
             sendo salvos.
CONTEXTO

       Assim como fiz no domingo passado, gostaria de fazer alguns apontamentos
introdutórios ao Livro de Atos dos Apóstolos.

      Primeiramente é importante destacar que a obra de Lucas, tanto o
“Evangelho” quanto os “Atos dos Apóstolos”, surgiram em torno dos anos 80 e 90
dC.

      Este era um período em que, apesar de estruturada e organizada, a igreja vai
experimentar alguns ensinamentos que se desvirtuavam das doutrinas iniciais.

       O objetivo de Lucas ao escrever seus textos foi o de fornecer um material que
servisse como parâmetro para que os cristãos pudessem avaliar as doutrinas
ensinadas pelos “mestres” nas igrejas. Naquele tempo havia surgido muitos “Falsos
Mestres”. Preocupado com isso Lucas vai escrever estes textos (Evangelho e Atos
dos Apóstolos).

      No Livro de Atos ele se propõe a apresentar as ações/atitudes dos apóstolos,
que impulsionados pelo Espírito Santo, pregavam a Palavra de Deus.

       Na realidade o que vemos é um texto que apresenta, numa linguagem
teológica um pouco da história do surgimento e desenvolvimento da igreja primitiva.

       O nosso texto é uma apresentação da primeira comunidade cristã, como
afirmei na introdução do sermão, ele é uma “fotografia” da Igreja de Jerusalém do 1º
século.

      Logo após narrar o episódio da descida do Espírito Santo sobre os discípulos
que estavam no cenáculo (At 2,1-13), e de também, apresentar um resumo do
testemunho dado pelos primeiros discípulos sobre Jesus, através do sermão de
Pedro (At 2,14-36), Lucas vai falar do resultado de tudo isso: Muitas pessoas se
converteram, dando início à comunidade de Jerusalém.

      O nosso texto faz parte de um conjunto de três sumários, onde Lucas
descreve aspectos fundamentais da vida da comunidade cristã de Jerusalém.

      Este primeiro sumário é dedicado ao tema da unidade e do impacto que o
novo modo de vida dos cristãos provocou na sociedade.

       O Segundo (At 4,32-35 ) trata da partilha dos bens. E o Terceiro (At 5,12-16)
trata dos milagres realizados pelos apóstolos.

      Como já afirmei, gostaria de ressaltar novamente: os escritos de Lucas não
são relatos jornalísticos. Ele não está apresentando um retrato histórico rigoroso da
comunidade cristã de Jerusalém, do início da década de 30.

      Lembremo-nos que ele está escrevendo por volta dos anos 80dC, portanto
quase cinqüenta anos depois dos acontecimentos.

       Segundo alguns estudiosos, nesta época (década de 80), os cristãos haviam
perdido muito do entusiasmo inicial. Um outro fato importante também é que as
igrejas experimentavam as primeiras grandes perseguições.
Diante do desânimo e do desleixo para com a vida em comunidade (comum +
unidade), Lucas vai escrever este texto com o objetivo de trazer à memória dos
cristãos daquela época as coisas essenciais da experiência cristã. E isto ele o faz
traçando um perfil do que seria a comunidade ideal.

      Não podemos negar que a igreja de Jerusalém tenha experimentado uma
comunhão tão profunda que ficou guardado na memória do povo. Porém, é
importante entendermos que Lucas está escrevendo um texto didático. Ele quer
motivar os cristãos a viverem a unidade da fé.



MENSAGEM

      Para entendermos melhor o nosso texto, imaginemos que Lucas estivesse
preocupado em responder a seguinte questão: Como deve ser a comunidade ideal
que nasce do Espírito e do testemunho dos apóstolos?

     O nosso texto parece ser uma resposta a isso. Lucas vai apresentar pelo
menos quatro traços do que seja a “Comunidade Cristã Ideal”:

            1º) Deve ser uma comunidade de irmãos, que vive em comunhão
            fraterna.

            2º) Deve ser uma comunidade que siga a doutrina dos apóstolos. Ou
            seja, deve seguir o ensinamento daqueles que caminharam com Jesus.

            3º) Deve ser uma comunidade que celebra a sua fé. Lucas aponta dois
            momentos celebrativos fundamentais: o “partir do pão” e as “orações”.
            Ou seja, a Santa Ceia (memorial da morte e ressurreição do Senhor) e
            o Culto público (Orações no Templo)

            4º) Deve ser uma comunidade que partilha os bens. Da comunhão com
            Cristo, resulta a comunhão dos cristãos entre si; e isso tem implicações
            práticas.

            5º) Deve ser uma comunidade que dá testemunho. O testemunho dos
            apóstolos enchiam as pessoas de temor.

     A igreja de Jerusalém era uma comunidade composta de homens e mulheres
que haviam passado por uma experiência de conversão. Como fruto disso, eles
davam testemunho da salvação e anunciavam a vida abundante.

     Ela não era uma igreja perfeita. Pelo contrário, ao estudarmos outros textos
vemos tensões e problemas – como acontece com qualquer comunidade humana.

     Portanto, não estamos diante da comunidade perfeita, mas sim de uma
comunidade exemplar. Mesmo com seus erros e tropeços ela se apresenta como um
exemplo a ser seguido.

     Nosso texto, portanto é a descrição da comunidade ideal, que deve servir de
modelo à todas as outras igrejas.
APLICAÇÃO PASTORAL

       Gostaria de concluir o Sermão, convidando-os a um momento de
introspecção e reflexão, preparando-nos para participar da Ceia do Senhor.

      De cabeças baixas e olhos fechados, pensemos um pouquinho no que
acabamos de estudar. Analisemos nossa vida e nossa igreja diante dos desafios que
a Palavra de Deus nos apresentou nessa manhã.

      Pense um pouquinho:

             Temos sido uma comunidade de irmãos, que vive em comunhão
             fraterna?

             Temos sido uma comunidade que segue a doutrina dos apóstolos?

             Temos sido uma comunidade que celebra a sua fé? Ou seja, investe
             tempo em comunhão para orar, cultuar, celebrar a Ceia?

             Temos sido uma comunidade que partilha os bens? Que foge do
             egoísmo e se apresenta generosa e misericordiosa aos necessitados?
             E isto de forma concreta, não apenas nos discursos?

             Temos sido uma comunidade que dá testemunho? As pessoas olham
             para nós e reconhecem o mover de Deus?

      Que possamos seguir o exemplo da Igreja de Jerusalém.

     Que ao participarmos da Ceia do Senhor neste momento, possamos assumir
um compromisso como igreja local (IMCP) de nos aperfeiçoarmos enquanto
comunidade cristã.

      Que unidos e reunidos, possamos construir uma comunidade “segundo o
coração de Deus”. Gostaria de ressaltar estas palavras: “UNIDOS” e “REUNIDOS”.
Pois somente juntos, como bons cristãos, conseguiremos alcançar o desafio
proposto por Lucas ao apresentar o exemplo da Comunidade de Jerusalém.

       Não há espaço para uma fé solitária. Precisamos sim, de um compromisso
pessoal, porém, somos exortados a viver como comunidade, ou seja, aqueles que
vivem em “comum+unidade”.

       Para finalizar vou apresentar as palavras de um técnico muito experiente. Ele
disse: "Achar bons atletas não é tarefa difícil, O que é difícil é fazer com que eles
joguem como equipe. Esta sim, é a parte difícil."

     Que a IMCP seja comparada a um time composto por bons atletas e que
também sabem jogar em equipe. À luz do texto bíblico, que possamos seguir o
exemplo da igreja de Jerusalém, nos tornando também um exemplo à outras
comunidades. Deus nos abençoe!

                                                        Rev. Paulo Dias Nogueira
                                                 Catedral Metodista de Piracicaba
                                                     Culto Matutino – 03/04//2005

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Aprendendo com a com a igreja de jerusalém 03 04 2005 - 1 dom após a páscoa - culto matutino

  • 1. APRENDENDO COM A IGREJA DE JERULALÉM INTRODUÇÃO: Queridos irmãos e irmãs... Estamos em Festa!!! Do domingo passado, Domingo da Ressurreição, até o dia 15 de maio, Domingo de Pentecostes, a Igreja Cristã (Povo de Deus) é chamada a celebrar cinqüenta dias de festa. Somos chamados a viver e celebrar estes dias como se fossem um grande e prolongado “Domingo”. Quem sabe, alguns irmãos ou irmãs, se lembrem da forma a qual a igreja, até pouco tempo, tratava o “Dia do Senhor”. O domingo era considerado “Dia Santo”. Muita gente não recebia e nem pagava nesse dia. Muitas pessoas “abriam mão” de coisas importantes, considerando ser este um dia de dedicação a Deus. Alguém gostaria de nos ajudar lembrando de algum fato? ... O domingo na tradição Cristã é considerado “o” dia consagrado ao “Serviço do Senhor”. Infelizmente o mundo moderno tem nos tirado desse foco. O domingo tem sido dedicado para a realização de muitas atividades, menos para consagração ao Senhor. Inclusive nós evangélicos, temos arrumado tantas coisas pra fazer, que não temos tempo para celebrar ao Senhor neste dia. Arrumamos tantas atividades, que acabamos não tendo tempo de vir à igreja. Há alguns que até freqüentam à igreja, mas a motivação está errada. Vejamos, pelo menos, dois casos: 1º) Alguns freqüentam os cultos matutinos, mas estão tão ansiosos com o que irão realizar no restante do dia, que não se concentram na celebração. Estão desejosos mesmo que tudo acabe logo e possam se dirigir rumo àquilo que mais lhes interessa. 2º) Outros preferem os Cultos Vespertinos. Porém, se aproximam tão cansados das várias coisas que realizaram, que acabam cochilando durante o culto.
  • 2. Meus irmãos, vocês não imaginam a frustração para quem está dirigindo o culto, ou cantando, ou pregando, quando vê na congregação pessoas cochilando. Isso realmente entristece. Eu diria, que nos dois casos, estamos diante de pessoas que estão freqüentando a igreja por motivações erradas. Na verdade elas estão indo à igreja como um “ato penitencial” que lhes permite aliviar a consciência. Suas vindas ao templo, é visando aliviar um peso psicológico que lhes foram impostos num determinado momento de suas vidas. Elas não estão preocupadas em se ajuntar a outros irmãos e irmãs para um momento de comunhão e celebração. Na realidade o que vemos aqui é o lado consumista da religiosidade, de querer apaziguar o sentimento de pecado por não freqüentar a igreja. Esta é uma visão egocêntrica da fé. É colocar o eu como o centro da fé. Precisamos retomar alguns conceitos do passado. Não devemos repetir os legalismos, mas podemos melhorar a nossa visão sobre “O Dia do Senhor”. O problema tem sido o nosso descaso com relação às coisas de Deus. Não basta freqüentar uma igreja. O que precisamos é de nos dispor a viver o projeto de Deus para a Sua igreja. Quando afirmo que este período de 50 dias de festa é um longo e prolongado domingo, gostaria que você tivesse em mente “O Domingo”, como um dia consagrado ao Senhor. Não estamos falando de qualquer abordagem sobre o “Domingo”. Estamos falando sobre a perspectiva cristã desse dia de consagração. Dia dedicado ao Culto Público, à comunhão e ao encontro da comunidade de fé. Dentre as leituras propostas pelo Lecionário Comum para hoje, encontramos a de At 2,42-47. Neste texto Lucas nos apresenta a primeira comunidade cristã a ser organizada: Igreja de Jerusalém. Até este momento da história, não haviam igrejas cristãs. Não tínhamos nenhuma comunidade estruturada. É em Jerusalém que se organizará a primeira das muitas igrejas que surgiram após a descida do Espírito Santo no Dia de Pentecostes. Antes disso o que havia era um movimento que girava em torno da pessoa de Jesus. O nome técnico utilizado pelos estudiosos é “Movimento Peripatético”. Perí = do grego - em volta, ao redor Pathós = do grego - pessoa Portanto “Movimento Peripatético”, significa movimento em torno de uma pessoa. Até a fundação da Igreja de Jerusalém a comunidade cristã era móvel. Ela se reunia onde Jesus estava. Se ele estava na Galiléia, o movimento estava na
  • 3. Galiléia; Se ele ia para Judéia, o povo estava na Judéia; se ele ia para a samaria a “igreja”, seguia para a Samaria. Portanto, gostaria de ressaltar que estamos diante de um texto que apresenta uma “fotografia” da comunidade cristã de Jerusalém. A primeira a surgir após a morte e ressurreição de Jesus, como fruto da ação do Espírito Santo. Convido-os a um momento de reflexão sobre esta que foi a primeira comunidade Cristã, pois Lucas parece apresentá-la, no contexto de seu Livro, como uma comunidade ideal, que deve servir de exemplo para todas as outras igrejas. Para Lucas, a Comunidade de Jerusalém tem alguns traços que precisam ser imitados pelas várias igrejas cristãs. Dentre vários, Lucas destaca os seguintes neste texto: 1) Comunidade fraterna, preocupada em conhecer Jesus e a sua proposta de salvação; 2) Comunidade que se reúne para louvar o seu Senhor em oração e na Celebração da Ceia; 3) Comunidade que vive a partilha, a doação e o serviço; 4) Comunidade que testemunha – com gestos concretos – a salvação que Jesus veio propor aos homens e ao mundo. Convido-os então à leitura da Palavra de Deus em At 2,42-47. Intitulei o sermão desta manhã de: “Aprendendo com a Igreja de Jerusalém”. Ouçamos a leitura da Palavra de Deus. TEXTO: At 2,42-47 42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. 43 Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. 44 Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. 45 Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. 46 Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, 47 louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.
  • 4. CONTEXTO Assim como fiz no domingo passado, gostaria de fazer alguns apontamentos introdutórios ao Livro de Atos dos Apóstolos. Primeiramente é importante destacar que a obra de Lucas, tanto o “Evangelho” quanto os “Atos dos Apóstolos”, surgiram em torno dos anos 80 e 90 dC. Este era um período em que, apesar de estruturada e organizada, a igreja vai experimentar alguns ensinamentos que se desvirtuavam das doutrinas iniciais. O objetivo de Lucas ao escrever seus textos foi o de fornecer um material que servisse como parâmetro para que os cristãos pudessem avaliar as doutrinas ensinadas pelos “mestres” nas igrejas. Naquele tempo havia surgido muitos “Falsos Mestres”. Preocupado com isso Lucas vai escrever estes textos (Evangelho e Atos dos Apóstolos). No Livro de Atos ele se propõe a apresentar as ações/atitudes dos apóstolos, que impulsionados pelo Espírito Santo, pregavam a Palavra de Deus. Na realidade o que vemos é um texto que apresenta, numa linguagem teológica um pouco da história do surgimento e desenvolvimento da igreja primitiva. O nosso texto é uma apresentação da primeira comunidade cristã, como afirmei na introdução do sermão, ele é uma “fotografia” da Igreja de Jerusalém do 1º século. Logo após narrar o episódio da descida do Espírito Santo sobre os discípulos que estavam no cenáculo (At 2,1-13), e de também, apresentar um resumo do testemunho dado pelos primeiros discípulos sobre Jesus, através do sermão de Pedro (At 2,14-36), Lucas vai falar do resultado de tudo isso: Muitas pessoas se converteram, dando início à comunidade de Jerusalém. O nosso texto faz parte de um conjunto de três sumários, onde Lucas descreve aspectos fundamentais da vida da comunidade cristã de Jerusalém. Este primeiro sumário é dedicado ao tema da unidade e do impacto que o novo modo de vida dos cristãos provocou na sociedade. O Segundo (At 4,32-35 ) trata da partilha dos bens. E o Terceiro (At 5,12-16) trata dos milagres realizados pelos apóstolos. Como já afirmei, gostaria de ressaltar novamente: os escritos de Lucas não são relatos jornalísticos. Ele não está apresentando um retrato histórico rigoroso da comunidade cristã de Jerusalém, do início da década de 30. Lembremo-nos que ele está escrevendo por volta dos anos 80dC, portanto quase cinqüenta anos depois dos acontecimentos. Segundo alguns estudiosos, nesta época (década de 80), os cristãos haviam perdido muito do entusiasmo inicial. Um outro fato importante também é que as igrejas experimentavam as primeiras grandes perseguições.
  • 5. Diante do desânimo e do desleixo para com a vida em comunidade (comum + unidade), Lucas vai escrever este texto com o objetivo de trazer à memória dos cristãos daquela época as coisas essenciais da experiência cristã. E isto ele o faz traçando um perfil do que seria a comunidade ideal. Não podemos negar que a igreja de Jerusalém tenha experimentado uma comunhão tão profunda que ficou guardado na memória do povo. Porém, é importante entendermos que Lucas está escrevendo um texto didático. Ele quer motivar os cristãos a viverem a unidade da fé. MENSAGEM Para entendermos melhor o nosso texto, imaginemos que Lucas estivesse preocupado em responder a seguinte questão: Como deve ser a comunidade ideal que nasce do Espírito e do testemunho dos apóstolos? O nosso texto parece ser uma resposta a isso. Lucas vai apresentar pelo menos quatro traços do que seja a “Comunidade Cristã Ideal”: 1º) Deve ser uma comunidade de irmãos, que vive em comunhão fraterna. 2º) Deve ser uma comunidade que siga a doutrina dos apóstolos. Ou seja, deve seguir o ensinamento daqueles que caminharam com Jesus. 3º) Deve ser uma comunidade que celebra a sua fé. Lucas aponta dois momentos celebrativos fundamentais: o “partir do pão” e as “orações”. Ou seja, a Santa Ceia (memorial da morte e ressurreição do Senhor) e o Culto público (Orações no Templo) 4º) Deve ser uma comunidade que partilha os bens. Da comunhão com Cristo, resulta a comunhão dos cristãos entre si; e isso tem implicações práticas. 5º) Deve ser uma comunidade que dá testemunho. O testemunho dos apóstolos enchiam as pessoas de temor. A igreja de Jerusalém era uma comunidade composta de homens e mulheres que haviam passado por uma experiência de conversão. Como fruto disso, eles davam testemunho da salvação e anunciavam a vida abundante. Ela não era uma igreja perfeita. Pelo contrário, ao estudarmos outros textos vemos tensões e problemas – como acontece com qualquer comunidade humana. Portanto, não estamos diante da comunidade perfeita, mas sim de uma comunidade exemplar. Mesmo com seus erros e tropeços ela se apresenta como um exemplo a ser seguido. Nosso texto, portanto é a descrição da comunidade ideal, que deve servir de modelo à todas as outras igrejas.
  • 6. APLICAÇÃO PASTORAL Gostaria de concluir o Sermão, convidando-os a um momento de introspecção e reflexão, preparando-nos para participar da Ceia do Senhor. De cabeças baixas e olhos fechados, pensemos um pouquinho no que acabamos de estudar. Analisemos nossa vida e nossa igreja diante dos desafios que a Palavra de Deus nos apresentou nessa manhã. Pense um pouquinho: Temos sido uma comunidade de irmãos, que vive em comunhão fraterna? Temos sido uma comunidade que segue a doutrina dos apóstolos? Temos sido uma comunidade que celebra a sua fé? Ou seja, investe tempo em comunhão para orar, cultuar, celebrar a Ceia? Temos sido uma comunidade que partilha os bens? Que foge do egoísmo e se apresenta generosa e misericordiosa aos necessitados? E isto de forma concreta, não apenas nos discursos? Temos sido uma comunidade que dá testemunho? As pessoas olham para nós e reconhecem o mover de Deus? Que possamos seguir o exemplo da Igreja de Jerusalém. Que ao participarmos da Ceia do Senhor neste momento, possamos assumir um compromisso como igreja local (IMCP) de nos aperfeiçoarmos enquanto comunidade cristã. Que unidos e reunidos, possamos construir uma comunidade “segundo o coração de Deus”. Gostaria de ressaltar estas palavras: “UNIDOS” e “REUNIDOS”. Pois somente juntos, como bons cristãos, conseguiremos alcançar o desafio proposto por Lucas ao apresentar o exemplo da Comunidade de Jerusalém. Não há espaço para uma fé solitária. Precisamos sim, de um compromisso pessoal, porém, somos exortados a viver como comunidade, ou seja, aqueles que vivem em “comum+unidade”. Para finalizar vou apresentar as palavras de um técnico muito experiente. Ele disse: "Achar bons atletas não é tarefa difícil, O que é difícil é fazer com que eles joguem como equipe. Esta sim, é a parte difícil." Que a IMCP seja comparada a um time composto por bons atletas e que também sabem jogar em equipe. À luz do texto bíblico, que possamos seguir o exemplo da igreja de Jerusalém, nos tornando também um exemplo à outras comunidades. Deus nos abençoe! Rev. Paulo Dias Nogueira Catedral Metodista de Piracicaba Culto Matutino – 03/04//2005