1. O ORATÓRIO “MESSIAS” DE HAEANDEL Catedral Metodista
Dos milhares de oratórios compostos desde a época do Renascimen-
to (século XVI) até agora, um dos maiores é “O Messias” de Haendel, não
só pelas gigantescas dimensões do texto como – e principalmente – pela
de Piracicaba
luminosa magnificência e poder expressivo da música.
A ORIGEM DO GÊNERO “ORATÓRIO” – Desde a Idade Média,
a Igreja promovia pequenas representações, em templos e praças públicas,
sobre trechos das Escrituras Sagradas e da vida dos santos, para edificação
dos fiéis. Naturalmente a música fazia parte dessas representações tão ao
gosto popular, numa época em que eram mínimas as diversões públicas e
os meios de divulgação de idéias.
Nos meados do século XVII, o eclesiástico Felipe Néri, que fundara
na Itália uma ordem religiosa chamada Congregação do Oratório, de-
senvolveu tais representações piedosas, dando grande ênfase aos cânticos
especialmente compostos para tais ocasiões. Essas peças religiosas, des-
critivas ou dramáticas, passaram gradualmente a ser chamadas de “orató-
rios”, justamente por serem apresentadas nas festas da Congregação do
Oratório.
Em música, pois, o termo oratório significa cantata religiosa, às vezes
de maiores dimensões que esta.
As DIFERENTES VOZES NO “MESSIAS” – Na época de seu apa-
recimento, os oratórios eram todos “polifônicos”, isto é, apresentados por
diversos grupos de cantores que faziam, em cada grupo, a primeira, a
segunda, a terceira voz etc. Mas, quando surgiu a ópera, em inícios do
século XVII, o oratório também adotou o estilo chamado “homofônico”
no qual existe uma voz principal, solista, com acompanhamento de vozes
instrumentais.
Ao ouvir “O Messias”, note como os recitativos e as árias são expostos
por solistas acompanhados de instrumentos, em estilo homofônico, com
os vários grupos de vozes diferentes cantando ao mesmo tempo.
Também a partir da época barroca, a ópera tornou-se o veículo de
Oratório
obras musicais com representação teatral, com cenário, roupagem e mo-
vimentação especial de cada personagem, ao passo que o oratório elimi-
nou todo o aspecto cênico, mesmo quando possuía caráter dramático,
como o célebre “Jefté” de Carissimi.
“O MESSIAS”, OBRA DE LOUVOR – O oratório Messias, do
alemão naturalizado inglês Georg Friedrich Haendel, é basicamente um
oratório de louvor, expresso em tons vívidos e com intenso relevo de colo-
rido. Possui trechos contritos e trechos súplices, em contraste com partes
O Messias
de refulgente majestade, como o “Aleluia”.
Na primeira apresentação deste oratório em Londres, o Aleluia cau-
(G. F. Haendel)
sou tal impacto nos ouvintes, que o rei Jorge II levantou-se, num impulso
espontâneo, ouvindo-o todo de pé, sendo naturalmente acompanhado
por todos os súditos presentes. Daí se originou o costume, ainda hoje
mantido naquele país e em certas congregações evangélicas do mundo
todo, de os ouvintes levantarem para a audição desse trecho fulgurante.
Culto Vespertino
Sobre a composição de “O Messias” cita-se um detalhe espantoso:
em pouco mais de vinte dias, de 22 de agosto a 14 de setembro de 1741,
01 de abril de 2007
Haendel compôs essa magnífica obra, nela deixando toda a marca de seu
gênio e a força de sua fé.
Afrânio do Amaral Garboggini Participação especial do Coro de
Câmera da Escola de Música de
Piracicaba Ernst Mahle (EMPEM)
2. ACOLHIDA E ADORAÇÃO Coro - (I Cor. 15:57)
Mil graças rendei a Deus, de quem vem a vitória, por Nosso Se-
• Prelúdio nhor Jesus.
• Intróito Sermão
Coro - (Apoc. 19:6; 11:15; 19:16) Rev. Paulo Dias Nogueira
Aleluia, pois o Senhor Onipotente reina. O reino deste mundo
já passou a ser de nosso Senhor e de seu Filho e Ele reinará para DEDICAÇÃO
sempre. Rei dos reis e grande Senhor e Ele reinará para sempre
e sempre. Ária – Soprano (Rom. 8:31,33, 34)
Se Deus é por nós, quem pode ser contra? E quem acusará os
• Palavra de Acolhida e Oração: eleitos do Senhor? Pois se Deus os justifica, quem irá condená-los?
Rev. Paulo Dias Nogueira Foi Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou. Quem está á
direita de Deus, por nós intercede ao Senhor.
CONFISSÃO Coro - (Apoc. 5:12, 13)
Ária – Soprano (Jó 19:25, Cor 15:20) Digno é o cordeiro que foi morto. Digno é de receber louvor,
Eu sei: meu Redentor está vivo e retornará no dia final. Se meu sabedoria, riquezas, força, poder honra, glória e benção. Bênçãos
corpo é corroído, ainda assim em minha carne verei a Deus. Dos e honra e toda glória sejam dadas com louvor ao Pai no seu trono
mortos Cristo ressurgiu: primícias daqueles que dormem. em glória; ao Filho Senhor, poder para sempre e sempre!
Coro - (Cor. 15:21) Coro
Por um homem veio a morte; também por um homem nos veio a Amém!
ressurreição dos mortos. Como em Adão todos morrem, também Oração Final e Bênção Apostólica
todos em Cristo serão vivificados. Rev. Paulo Dias Nogueira
• Chamado à Confissão • Saudação do Ministério do Acolhimento
Rev. Paulo Dias Nogueira
• Oração silenciosa POSTLÚDIO
• Declaração do perdão de Deus • Coro da EMPEM
Sopranos: Ana Foizer, Ana Lúcia Passuelo, Bruna Borghesi, Carina Pe-
trini, Cíntia Corrêa, Daniele Defavari, Débora Letícia, Elisa Victória,
LOUVOR
Érica Gualazi, Laura Fargetti, Maria Alexandra Souza, Maria Apparecida
Recitativo – Baixo (I Cor. 15:51, 52) Mahle, Mônica Moraes, Nara Sebastião, Síilvia Gobbo, Tânia Perticarrari
Ouvi, revelo um mistério: nem todos dormiremos, mas seremos e Vera M. Vieira.
transformados num momento, num abrir e fechar de olhos, ao Contraltos: Adelina Pinotti, Ângela Tupy, Elisa Ayres, Emanuela Olivei-
som da trombeta. ra, Eneida Lobo, Graziele Tinos, Lílian Degáspari, Lígia Mokreys, Lucia-
Ária – Baixo (I Cor. 15:52, 53) na Pimpinato, Maria Odete Ribeiro e Sonia C.F. Dechen.
A trombeta soará e os mortos ressurgirão incorruptíveis. Assim Tenores: Alex Cazzonatto, Alexandre Garcia, Anderson Oliveira, Antô-
todos seremos transformados; o corruptível deve ressurgir incor- nio Pessotti, Carlos E. Dutra, Cláudio Costa, Cláudio L. Vieira, Daniel
ruptível, pois importa que o mortal se revista da imortalidade. Pedroso, Eduardo A. Franco, Eduardo Salim, Everson Paduan, José Luiz
de Maio, José R. Gallo, Marcos Villa Nova e Walter Sândalo.
Ato de Louvor e Ação de Graças
Ofertas especiais de gratidão (Processional). Baixos: Danilo Schmidt, Edison Cerignoni, Elizeu Pozzani, Jonathas B.
Ramos, José Vicente Fessel, Levi E. dos Santos, Lucas Metler, Manoel
EDIFICAÇÃO Elias, Marcos Januário, Rudy Santos, William de Barros e Wulf Schmi-
dt.
Recitativo – Contralto (I Cor. 15:54)
Então se cumprirá o que está escrito: a morte foi tragada na vitó- Solistas: Ana Foizer, Débora Letícia, Elisa Victória, Sonia Dechen, Antô-
ria. nio Pessotti, Cláudio L. Vieira e Marcos Januário.
Organista: Eliana Asano
Dueto – Contralto e Tenor (I Cor. 15:55, 56)
Onde está, ó morte tua vitória? Onde está teu aguilhão? O agui- Regência: Maestro José R. Gallo
lhão da morte é o pecado e a força é a lei. Celebrante: Rev. Paulo Dias Nogueira