2. O que é a ansiedade?
Palpitações, suores, tremores, dificuldade para falar, mal
estar abdominal, falta de ar e vontade de sair do local onde
se encontra o quanto antes.
Quem nunca sentiu tais sinais perante situações que consideramos
difíceis de lidar? Estas reacções fazem parte de um mecanismo de defesa
desenvolvido pelo Ser Humano, denominado por Ansiedade, o qual é um
estado de alerta perante situações de ameaça.
Em termos psicológicos a ansiedade aparece da seguinte forma: perante
uma dada situação (realização de um exame, entrevista para um
emprego), avaliamo-la, comparamo-la com os nossos recursos, se
consideramos
que
não
temos
capacidade
para
resolver
a
dita
situação, ficamos ansiosos, por várias razões que têm uma característica
em comum, a insegurança relativamente à situação.
O Psizito- Psicóloga Educacional Rita
Leonardo Feijão
3. O que sente um aluno que tem
ansiedade face à situação de teste?
A
ansiedade
em
situações
de
avaliação,
conduz
a
pensamentos, sentimentos e reacções emocionais experimentados
pelos alunos. Os batimentos cardíacos acelerados, as dificuldades em
adormecer ou acordar durante a noite, a grande tensão muscular, as
mãos suadas, são alguns dos sinais físicos que traduzem níveis
elevados de ansiedade.
Estas reacções são acompanhadas de pensamentos e sentimentos
negativos relativamente a um desempenho nas provas.
O Psizito- Psicóloga Educacional Rita
Leonardo Feijão
4. Até que ponto a ansiedade constitui um factor
negativo?
Existe uma grande tendência em considerar a ansiedade como algo
negativo, quando na realidade é fundamental para resolvermos as
situações, se não vejamos: se vamos fazer um exame escolar
decisivo para o nosso percurso académico, é natural que fiquemos
ansiosos, tal estado significa que estamos empenhados, sentimos o
dever e a responsabilidade de resolver esta situação. Para que isso
ocorra é necessário estar alerta e só acontece se tivermos um
determinado nível de ansiedade, o qual é variável para cada indivíduo.
Pelo contrário, quando estamos muito relaxados numa situação desta
natureza, das duas uma, ou não estudamos e sabemos de antemão
que vai ser difícil ultrapassar o obstáculo, ou então sabemos dominar
perfeitamente a situação.
O Psizito- Psicóloga Educacional Rita
Leonardo Feijão
5. Por conseguinte, a ansiedade até determinado nível (chamado nível
ideal), é facilitador da aprendizagem, por ex., existem pessoas que
necessitam de um nível superior de ansiedade para conseguirem produzir
o seu trabalho de forma eficiente, enquanto outras com um baixo nível
funcionam melhor; isso não significa que as primeiras apresentem
perturbações de ansiedade, significa apenas que o nível exigido é
superior nas primeiras. Por seu lado, quando os níveis de ansiedade são
elevados para o sujeito, surge a ansiedade patológica, a qual é
perturbadora da aprendizagem. Tais níveis podem ocorrer quando um
estudante tem uma “branca” e não consegue terminar o exame. Se tal
situação ocorrer uma vez por outra não faz sentido falar em perturbações
de ansiedade. Tal pode ocorrer devido ao cansaço, falta de estudo ou
outra situação. Pelo contrário se a frequência e intensidade dos níveis de
ansiedade afectarem negativamente o seu desempenho, estamos
O
Psicóloga
perante uma situação patológica que nãoPsizito- Feijão Educacional Rita
deve ser omitida nem
Leonardo
6. Como é que os nossos alunos podem
combater o fantasma da ansiedade?
•
Organizar um plano de estudos com base na data das provas de
avaliação do período, Provas Globais ou Exames, tendo em conta as
necessidades pessoais de cada aluno;
•
Efectuar a revisão das matérias que sairão nas provas. A preparação
para as Provas e/ou Exames começou desde o início do ano lectivo; nesta
fase, o aluno deverá estudar / rever os seus resumos escritos, resolver
fichas e testes antigos; fazer exercícios; responder a perguntas; etc.
•
Fazer pausas. Uma vez que não há aulas, os alunos podem
estudar muitas horas por dia, mas devem fazer pausas para
descansar, privilegiando actividades de que gostam. Nesta fase, as dores
de cabeça normalmente são sinais de extremo cansaço, o que exigirá
uma pausa maior e nunca o consumo de medicamentos.
O Psizito- Psicóloga Educacional Rita
Leonardo Feijão
7. •
Manter a prática de desporto ou actividade física, uma vez que nos
ajuda a relaxar. Os psicólogos aconselham a prática do desporto às
pessoas mais nervosas e sujeitas a maior stress, em particular sugere-se a
natação. Recolher informações sobre as Provas. Nas Provas Globais, os
alunos devem analisar bem as matrizes e dar bastante atenção às
informações específicas dadas pelos professores relativamente às mesmas;
nos Exames, é importante resolver as Provas Modelo e os exames de anos
anteriores com base no mesmo programa.
•
Conhecer bem os Critérios Gerais de Avaliação. Para além de ter
conhecimento dos critérios de avaliação de cada disciplina, nesta etapa, é
muito importante conhecer bem as normas e regras gerais de avaliação e
saber aplicá-las no seu caso.
O Psizito- Psicóloga Educacional Rita
Leonardo Feijão
8. Na véspera das Provas ou
Exames:noite de sono. O aluno que não
Ter uma boa
dormiu o suficiente, terá
dificuldades em raciocinar e memorizar. O cansaço, para além de afectar
o rendimento intelectual, afecta também a estabilidade psicológica do
aluno que não dorme o suficiente, pois está mais tenso e mais nervoso.
•
Criar expectativas positivas relativamente ao desempenho das
Provas
e/ou
Exames.
O
aluno
que
tenha
pensamentos
muito
perturbadores associados às Provas deverá utilizar a técnica de
modificação de pensamentos, no sentido destes serem mais positivos e
mais ajustados. Por exemplo, se penso “Este exame vai ser tão difícil que
não vou conseguir fazer nada!!!” deverei pensar “Este exame vai ter
questões difíceis e outras mais fáceis. Para me acalmar deverei começar
pelas mais fáceis!” Utilizar técnicas de auto-instrução vai ajudar a manter
a calma. Exemplos do que poderá dizer: “Tenho a certeza de que vou
conseguir, porque estudei para isso. Se me O Psizito- Psicóloga Educacional Rita
mantiver calmo, conseguirei
Leonardo Feijão
9. •
Partilhar com amigos ou familiares os medos e ansiedades pode
ajudar a baixar essa mesma ansiedade. O apoio afectivo e as palavras
de confiança que nos são dirigidas são muito importantes nestes
momentos.
• Seleccionar actividades que nos possam relaxar, tais como, ouvir
música, conversar com os amigos, tomar um banho de imersão, dar um
passeio, namorar...
•
Realizar alguns exercícios que se apresentam de seguida, com base
nas técnicas de relaxamento:
Exercício 1
Deitado de barriga para cima, com as mãos sobre a caixa toráxica ou
de pé com os pés ligeiramente afastados, inspirar lentamente pelo nariz
contando mentalmente até 10. Suspender a respiração até se conseguir e,
de seguida, expirar pela boca, muito lentamente numa contagem até 10.
Repetir o exercício pelo menos 3 vezes.
O Psizito- Psicóloga Educacional Rita
Leonardo Feijão
10. Exercício 2
Sente-se no sofá ou cadeira confortável, com as costas direitas e
cabeça apoiada, com os olhos cerrados, contraia todo o corpo o mais
que puder e, muito devagar, deixe-se cair para trás, relaxando todos os
músculos. Este exercício terá melhores resultados se for praticado pelo
aluno 2 vezes por dia, durante o tempo em que andar mais nervoso.
Exercício 3
Deite-se na sua cama, de barriga para cima, ou sente-se à vontade no
sofá com a cabeça bem apoiada e as mãos sobre as pernas. Feche os olhos
e imagine uma cena relaxante, pode ser uma recordação ou acontecimento
recente ou algo totalmente imaginado. Passe pelo menos 10 minutos com
essa imagem positiva na cabeça. Este exercício pode ser conjugado com o
exercício anterior.
O Psizito- Psicóloga Educacional Rita
Leonardo Feijão
11. Imediatamente antes e durante a prova
•
Chegar um pouco antes da hora marcada;
•
Levar para a prova todo o material necessário;
•
Ler todo o enunciado da prova antes de começar a responder;
•
Começar a responder pelas questões mais fáceis, controlando o
tempo;
•
Fazer um esquema mental antes de começar a responder ou
escrever os
tópicos no rascunho. Esta sugestão é mais importante
para perguntas de desenvolvimento.
•
Se houver tempo, reler as respostas para corrigir algum erro.
O Psizito- Psicóloga Educacional Rita
Leonardo Feijão
12. •
Quanto aos bloqueios, o aluno deve pôr de parte o teste e pensar
noutra coisa. Por vezes, basta mudar de questão para desbloquear. Se
houver necessidade, poderá, durante alguns minutos, fixar um quadro que
exista na sala ou aplicar os Exercícios 1 ou 3. Quando o aluno voltar a
fazer a prova, não deve retomar de imediato a questão que o fez bloquear.
Será preferível guardá-la para o final.
O Psizito- Psicóloga Educacional Rita
Leonardo Feijão