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O que significa uma “pausa”?
Como pode ser uma pausa?
Por que razão poderíamos precisar de uma
pausa?
A pausa pode representar várias situações,
cite algumas.
Após a leitura dos dez primeiros parágrafos,
temos uma situação inusitada.
Um homem sai todos os domingos de casa.
Para quê?
O que será que ele faz na rua? Seria mesmo
por razões de trabalho?
O que faria um homem deixar o lar para ir
pra rua em pleno domingo?
Será que a mulher desconfia pra onde ele
vai?
Na paisagem mostrada ao longo do trajeto,
até chegar ao local ainda desconhecido
por nós, ele vê barcos atracados, é um
cais.
Você acha que isso terá alguma relação
com o que ele vai fazer?
O personagem chega ao local, sobe as
escadas e vai para um quarto pequeno, o
que você imagina que vai acontecer
agora?
Ele sonha com um índio, por que razão
quem aparece no sonho é um índio?
Seria interessante colocar para os alunos, se eles
não conseguiram levantar essa ideia na
discussão, que o cais, os barcos atracados
podem representar o fato de ele se sentir
assim, preso a alguma coisa, por exemplo, a
uma vida de rotina como aqueles barcos que
foram criados para navegar e estão lá
atracados, presos ao porto.
Ele vai até o lugar que agora já deduzimos ser
uma pensão, um hotel simples, dorme e
sonha com um índio galopando, a
representação do “selvagem” que tem
liberdade de galopar por colinas, vales, mas
ele, durante o sonho, fica perturbado e
acorda suando porque o índio trespassou-o
com uma lança.
Lembrar o fato de que ele vive um embate
aqui, qual seria essa luta travada?
Há uma pausa entre o momento em que ele
acorda do sonho, no texto, e o momento em
que o despertador toca.
Acorda de seus devaneios e encara a vida
novamente.
Desce as escadas e indaga ao gerente que
não sabia se iria voltar e o outro responde
que ele sempre diz a mesma coisa e volta.
Isso significa que há um embate no consciente
do personagem. Questionar os alunos qual
seria esse embate e se tem relação com o
sonho?
Nesse momento já podem ser respondidas
novamente as questões iniciais, porém,
agora, com base no texto.
A pausa significa o afastamento da rotina, da
casa, da esposa...
Parou no cais, nova pausa, observou, seguiu
para casa.
Voltando à rotina, encarando a vida.
Os devaneios, os sonhos podem ser
considerados uma fuga da realidade?
É isso o que acontece com o personagem?
Nossas desconfianças iniciais sobre a razão
de suas saídas se concretizaram?
Será que ele pensou em largar tudo e partir
num daqueles barcos?
A intertextualidade pode ser trabalhada
com uma crônica chamada “Aí pelas três
da tarde” de Raduan Nassar.
Lê-la para os alunos e questionar sobre a
relação entre o conto e a crônica.
A crônica também propõe uma pausa,
porém, no meio do expediente de
trabalho.
O fato acontece na crônica como
acontece no conto?
Referências Bibliográficas:
http://aopdofogao.blogspot.com.br/2012/
01/pausa.html
http://www.releituras.com/rnassar_tarde.a
sp
Rita de Cássia Fiacadori

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  • 1.
  • 2. O que significa uma “pausa”? Como pode ser uma pausa? Por que razão poderíamos precisar de uma pausa? A pausa pode representar várias situações, cite algumas.
  • 3. Após a leitura dos dez primeiros parágrafos, temos uma situação inusitada. Um homem sai todos os domingos de casa. Para quê? O que será que ele faz na rua? Seria mesmo por razões de trabalho? O que faria um homem deixar o lar para ir pra rua em pleno domingo? Será que a mulher desconfia pra onde ele vai?
  • 4. Na paisagem mostrada ao longo do trajeto, até chegar ao local ainda desconhecido por nós, ele vê barcos atracados, é um cais. Você acha que isso terá alguma relação com o que ele vai fazer?
  • 5. O personagem chega ao local, sobe as escadas e vai para um quarto pequeno, o que você imagina que vai acontecer agora? Ele sonha com um índio, por que razão quem aparece no sonho é um índio?
  • 6. Seria interessante colocar para os alunos, se eles não conseguiram levantar essa ideia na discussão, que o cais, os barcos atracados podem representar o fato de ele se sentir assim, preso a alguma coisa, por exemplo, a uma vida de rotina como aqueles barcos que foram criados para navegar e estão lá atracados, presos ao porto. Ele vai até o lugar que agora já deduzimos ser uma pensão, um hotel simples, dorme e sonha com um índio galopando, a representação do “selvagem” que tem liberdade de galopar por colinas, vales, mas ele, durante o sonho, fica perturbado e acorda suando porque o índio trespassou-o com uma lança.
  • 7. Lembrar o fato de que ele vive um embate aqui, qual seria essa luta travada? Há uma pausa entre o momento em que ele acorda do sonho, no texto, e o momento em que o despertador toca. Acorda de seus devaneios e encara a vida novamente. Desce as escadas e indaga ao gerente que não sabia se iria voltar e o outro responde que ele sempre diz a mesma coisa e volta. Isso significa que há um embate no consciente do personagem. Questionar os alunos qual seria esse embate e se tem relação com o sonho?
  • 8. Nesse momento já podem ser respondidas novamente as questões iniciais, porém, agora, com base no texto. A pausa significa o afastamento da rotina, da casa, da esposa... Parou no cais, nova pausa, observou, seguiu para casa. Voltando à rotina, encarando a vida.
  • 9. Os devaneios, os sonhos podem ser considerados uma fuga da realidade? É isso o que acontece com o personagem? Nossas desconfianças iniciais sobre a razão de suas saídas se concretizaram? Será que ele pensou em largar tudo e partir num daqueles barcos?
  • 10. A intertextualidade pode ser trabalhada com uma crônica chamada “Aí pelas três da tarde” de Raduan Nassar. Lê-la para os alunos e questionar sobre a relação entre o conto e a crônica. A crônica também propõe uma pausa, porém, no meio do expediente de trabalho. O fato acontece na crônica como acontece no conto?
  • 11.
  • 12.