Exemplo de amor e dedicação: a história de Albert Schweitzer
1. Candeia
Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
ANO IV n° 19 SETEMBRO / OUTUBRO de 2012
EXEMPLO DE AMOR AO PRÓXIMO
relatando as dificuldades daquele povo esquecido do
Gabão.
O casal transformou-se em uma lenda na Á-
frica. Albert ficou conhecido como o “Deus Branco”
e Hélène, a “Deusa da Selva”. O povo do Gabão
tinha expectativa média de vida de apenas 30 anos, a
mortalidade infantil era altíssima, havia epidemias e a
tuberculose varria as tribos. Mas graças ao trabalho,
esforço, dedicação, luta, fraternidade, caridade e
amor, aos poucos o milagre da multiplicação das
curas tornou-se assunto de fama mundial.
O
Albert Schwitzer dizia sempre que a África
alemão Albert Schweitzer (1875 – 1965) precisava de ações humanitárias, principalmente dos
foi carpinteiro, pedreiro, veterinário, países que utilizaram mão de obra escrava. Recebeu,
construtor de barcos, dentista, desenhis- em 1952, o Prêmio Nobel da Paz aos 78 anos e com
ta, mecânico, farmacêutico, fabricante de o dinheiro ampliou o hospital que, então, já contava
órgão, concertista famoso na Europa, mas ainda existia com um corpo médico e de enfermagem que ele
algo em sua alma que precisaria realizar. Certo dia, lendo mesmo formou durante 50 anos de lutas, sacrifícios
uma revista, viu artigo sobre a necessidade de médicos na e renúncias, deixando para a humanidade terrena o
África. Disse para si mesmo: “Encontrei minha vocação. exemplo do verdadeiro cristão. Costumava dizer
Vou ser médico”. Inscreveu-se no curso de Medicina e es- que a vida é o maior bem que Deus concedeu aos
tudou durante oito anos na Alemanha. Depois de formado seres humanos, por isso devemos preservá-la. Por-
e com prática, convidou sua esposa Hélène Bresslau, que tanto, se o Dr. Bezerra de Menezes foi o “Médico
era enfermeira, para prestar socorro aos seus irmãos afri- dos pobres” no Rio de Janeiro, o Dr. Albert Sch-
canos, e foram para o Gabão, um dos lugares mais pobres weitzer foi o médico dos excluídos na África.
do Planeta, dominado pela França. Em 1941, usando as suas É destes exemplos que todos nós precisamos.
próprias economias, iniciou a construção de um hospital
onde trabalhava como pedreiro e carpinteiro. Enquanto a
obra não ficava pronta, atendia todos os doentes em uma
cabana que ele mesmo construíra. O início foi muito difícil,
pois os africanos ingeriam as pomadas, comiam sabões, to-
mavam todo o conteúdo dos medicamentos de uma única
vez e viviam desconfiados daqueles dois seres brancos que
davam ordens e impunham disciplina. Quando chegaram ao
Gabão, ele tinha 30 anos, e ela 24. Viviam ameaçados pelas
feras, pelos homens e pelas lutas tribais, mas aos poucos o
povo foi entendendo a missão do casal e passou a construir
suas barracas nos arredores do hospital, formando-se, as-
sim uma rede de proteção.
Ao término da Segunda Guerra Mundial, ele decidiu
visitar a Alemanha e os Estados Unidos, fazendo palestras e
pedindo auxílio para os seus irmãos africanos que viviam na
mais extrema miséria.
Sua esposa escrevia diversas cartas para todas PRIMEIRO HOSPITAL DE ALBERT NO GABÃO
as grandes instituições alemãs e norte-americanas, RUY GIBIM — REFORMADOR 2012
2. 2
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ANO IV n° 19 SETEMBRO / OUTUBRO de 2012
RESPIRAÇÃO DA ALMA
e volta em processos ainda desconhecidos por nós
outros, em trabalhos de despertamento espiritual. E
como temos um trabalho a fazer em função do nosso
despertamento, participamos conscientemente da co
-criação, acordando nossos valores que, por vezes,
dormem na nossa intimidade.
Os primeiros passos se resumem em corrigir o
que não deve ser, atenuado os inconvenientes, para
mais tarde dar sintomas de elevação na programação
da subida, passando a sentir e ver os grandes hori-
zontes a se descortinarem na nossa vida, aparecendo
a esperança sublimada. Portanto, o importante é mo-
derar, num primeiro momento, para depois discipli-
nar de fatos os impulsos inferiores nascidos das pai-
T
xões inferiores, agregados da ignorância. Todos os
udo o que existe respira na dimensão em que dias a vida pede retoques e é o que devemos fazer,
vive, é, pois, o alento da vida que circula na intimi- ampliando condições e acertando rotas para alcan-
dade das coisas, desde a matéria primitiva até os çarmos o mais certo.
maiores acúmulos da criação. Se tudo respira, deveremos aprender como
O que mais se encontra de respiração na Terra é respirar melhor; se tudo se alimenta, o nosso dever
processado pelo corpo humano: exercício visível e necessá- é aprender a alimentar com mais acerto. É bem co-
rio ao equilíbrio da alma, garantindo o mum a todas as criaturas espi-
agregado fisiológico, na postura que lhe “Aprendamos a respirar ritualistas compreender que
é conveniente. No entanto, todas as vida, que encontraremos Deus respiramos os nossos próprios
coisas inspiram e expiram, como uma mais perto do que pensamos pensamentos e bebemos as
troca de vida processada pela doação nossas próprias idéias, agrega-
divina; é o retorno de quem recebe
e Jesus a nos convidar para das em torno de nós através
para o grande campo transformador do entrar em nós mesmos, onde o das vibrações das nossas pala-
universo. céu é a realidade e o amor, a vras. Cientes desta verdade, o
Os grandes místicos do oriente atmosfera de luz, na sustenta- que fazer? Acadimar todos os
compreenderam que todo o universo é dias, porque a caridade mais
mantido em forma pela sua respiração, ção da alma rumo à felicida- elevada é a que fazemos a nós
onde se marca em dois tempos mais ou de.” mesmos, nos educando, por
menos longos, que são a inspiração e a vezes até com rigor. Deus é o
expiração, ou seja, a ida e a volta da força de vida em per- doador divino, e não deixa faltar o que nos entrega
feita consonância com o poder doador que é Deus. E esse para viver, mas deixa a nossa parte para que a faça-
trajeto de energia pode ser observado desde o vírus até o mos. Se cuidarmos bem, seremos agraciados; senão,
anjo, desde o átomo até os mundos, desde a criação total sofreremos as consequências dos nossos desleixos.
até Deus. Ao espírita, não pode haver desculpas pelo
Em se falando de respiração da alma, podemos in- modo de pensar e sentir a vida, usando o fluido divi-
corporar neste exercício divino a criação mental dos Espíri- no, para a divina ascensão da alma. Quando aprende-
tos, as bênçãos doadoras do Grande Arquiteto do Univer- mos a viver, abrem-se-nos as portas da felicidade, e
so, que doa seu alento de vida a tudo e a todos, sendo que tudo para nós corresponde em belezas eternas, pas-
os Espíritos conscientes dos seus deveres e de suas vidas sando a não existir o mal, porque o bem toma conta
imprimem na doação seus próprios sentimentos e deles da nossa casa mental, senão da cidade consciência,
fazem uso, porque o que retrata nos seus pensamentos são em atividade constante, objetivando não dar lugar à
seus filhos, que passam a fazer parte da sua própria vida. desarmonia.
Sendo que a vida pertence a Deus, somos eterna- Aprendamos a respirar vida, que encontrare-
mente dependentes dele, em plena consonância com o seu mos Deus mais perto do que pensamos e Jesus a nos
magnânimo coração, que pulsa em duas dinâmicas, marcan- convidar para entrar em nós mesmos, onde o céu é a
do a ida e a volta de todas as coisas criadas por Ele mesmo. realidade e o amor, a atmosfera de luz, na sustenta-
A respiração no ser humano é marca da macro- ção da alma rumo à felicidade.
respiração do universo, donde a seiva de vida vai HORIZONTES DA VIDA –
João Nunes Maia – Espírito MIRAMEZ
3. 3
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CARREGAMOS O QUE PENSAMOS
A nossa salvação depende de nós e a inteligência
com Jesus nos pede o conhecimento de nós mesmos.
Cada um deve conhecer a si próprio e é nesta fre-
qüência que notamos o que deve ser feito, sem que o
egoísmo nos comande.
Quem trabalha em favor de si mesmo, dentro
dos moldes do amor, encontra-se beneficiando os ou-
tros. Para ajudar alguém a despertar os valores inter-
nos é preciso conhecer e avançar amando, que o e-
xemplo e o silêncio, nestes casos, são vias de melhor
acesso às lições imortais do próprio amor.
Quase sempre gostamos de nos iludir, por a-
J
preciarmos a quem nos bajula e que por vezes falam
de coisas que ainda não conseguimos conquistar; se já
estamos de posse de tais ou quais virtudes por si mes-
esus nos afirma, através do Evangelho, que seu ma irradia seus valores.
fardo é leve e seu jugo é suave. Não podemos Carregamos o que pensamos e o que somos,
falar o mesmo, dado o fardo ser pesado e o jugo incômo- irradiamos em alta freqüência para todos os lados;
do, pois não aprendemos a pensar nas mesmas linhas do tudo fala de nós, nos diz a psicologia espiritual: o nos-
Mestre. A consciência da alma comum está carregada pe- so olhar escreve o que somos, a nossa palavra anuncia
los seus pensamentos; as vibrações inferiores pesam e o nosso porte espiritual, as nossas ações mostram o
incomodam o Espírito na sua jornada de vida. que somos por dentro. Não é preciso que falemos,
A ignorância enche o celeiro do coração com o porque a nossa própria fala se exagera na apresenta-
ção. E para que falar de nós mesmos, se fazemos so-
que pensa, criando distúrbios variados que fazem sofrer;
são cargas magnéticas inferiores, nascidas das paixões que mente o bem e vivemos no amor? Somente o que sen-
não correspondem aos ensinamentos do Mestre dos mes- timos com isso basta, porque essa harmonia nos leva a
tres. sentir a felicidade na intimidade da vida.
Analisemos o modo pelo qual vivemos, para que o
Se a humanidade tivesse a consciência dos valores
mentais, de como eles podem fazer a felicidade destruir fardo não nos pese e o jugo não fique incômodo. Jesus
os mais elevados ideais, procuraria educar as idéias, usan- nos ensinou como descarregar o peso das nossas car-
do os processos ensinados por Jesus no seu Evangelho de gas magnéticas inferiores, pela prática do bem e pela
luz da fraternidade pura. Basta começarmos esse e-
vida. Pelo que sabemos, e disso temos experiências, nós
bebemos o que pensamos e alimentamos as nossas pró- xercício, para que o mundo espiritual nos ajude. Isso
prias idéias, respiramos os nossos sentimentos e carrega- Ele faz com freqüência em todos os mundos onde haja
mos tudo isso como sendo os nossos fardos e jugos... almas se movendo em corpos materiais.
Se desejamos melhorar, ou pelo menos aliviar esse Modela a tua vida do Mestre e, se ainda não encon-
peso, abracemos as mudanças na intimidade, porque se a tras forças para tal operação, começa, que mãos invisí-
paz nasce por dentro, a felicidade não existe noutro lu- veis ajudar-te-ão. Diz o Evangelho que cada trabalha-
gar. O Cristo é como que o sol das nossas vidas; a sua dor é digno de seu salário. E o salário do Espírito que
mente poderosa irradia para todo o seu rebanho forças se esforça para iluminar é a luz de Deus no coração,
compatíveis com o seu amor, sem exigências, tanto que
onde Jesus é o transformador divino para o ambiente
não aparece a mostrar o que faz por nós.
humano. JOÃO NUNES MAIA
NECESSÁRIO E SUPÉRFLUO - SOFRIMENTOS
726 – Se os sofrimentos deste nos rigores sobre-humanos, como fazem os bonzos,
mundo nos elevam pela maneira os faquires e certos fanáticos de várias seitas, avançam
que os suportamos, elevam-nos, em seu caminho? Por que, antes, não trabalham para o
também, aqueles que criamos vo- bem de seus semelhantes? Que eles vistam o indigen-
luntariamente? te, consolem o que chora, trabalhem por aquele que
está enfermo, sofram privações para o alívio dos infeli-
-Os únicos sofrimentos que elevam
zes, então sua vida será útil e agradável a Deus. Quan-
são os sofrimentos naturais, porque eles
do, nos sofrimentos voluntários que padecem, não
vem de Deus. Os sofrimentos voluntá-
tem em vista senão a si mesmos, é de egoísmo; quan-
rios não servem para nada quando eles nada fazem para o
do sofrem pelos outros, é de caridade: tais são os pre-
bem de outrem. Crês que aqueles que abreviam a vida
ceitos do Cristo.
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ANO IV n° 19 SETEMBRO / OUTUBRO de 2012
FENÔMENOS ESPÍRITAS TEMOR DA MORTE
E
ntre todas as provas de
que existe no homem um
princípio espiritual sobre-
vivente ao corpo as mais
frisantes são fornecidas pelo fe-
nômeno do Espiritualismo Expe-
rimental ou Espiritismo.
Os fenômenos espíritas, consi-
derados, a princípio, como puro
charlatanismo, entraram no domí-
O
nio da observação rigorosa e, se
certos sábios ainda os desdenham, rejeitam e negam, homem, seja qual for a escala a que
outros, não menos eminentes, os estudam, verificando pertença, desde a fase selvagem tem o
sua importância e realidade. Na América e em todas as sentimento inato do futuro. Diz-lhe a
nações da Europa, sociedades psicológicas fazem disso o intuição que a morte não é o último
objeto constante de seus estudos. termo da existência e que aqueles cuja perda lamenta-
Tais fenômenos, já o vimos, produziram-se em mos não estão perdidos para sempre. A crença no por-
todos os tempos. Outrora, estavam envolvidos em mis- vir é intuitiva e muito mais generalizada do que a do
tério e só eram conhecidos por pequeno número de nada. Como é possível que, entre os que acreditam na
pesquisadores. Hoje, universalizam-se, produzem-se imortalidade da alma, tantos ainda se achem apegados às
com uma persistência e uma variedade de formas que coisas da Terra e sintam tamanho temor pela morte?
confundem a Ciência moderna. O temor da morte é um efeito da sabedoria da
Newton disse: É loucura acreditar que se conhe- Providência e uma conseqüência do instinto de conser-
cem todas as coisas, é sabedoria estudar sempre. Não vação comum a todos os seres vivos. Ele é necessário
só todos os sábios, mas também todos os homens sen- enquanto o homem não estiver suficientemente esclare-
satos têm o dever de estudar esses fatos que nos pa- cido sobre as condições da vida futura, como contrape-
tenteiam uma face ignorada da Natureza, de remontar so ao arrastamento que, sem esse freio, o levaria a dei-
às causas e de deduzir as suas leis. Esse exame só pode xar prematuramente a vida terrena e a negligenciar o
fortificar a razão e servir ao progresso, destruindo a trabalho que deve servir ao seu próprio adiantamento. É
superstição em sua origem, porque a superstição está por isso, que nos povos primitivos, o futuro não passa
sempre pronta a apoderar-se dos fenômenos despreza- de vaga intuição, mais tarde tornada simples esperança
dos pela Ciência, a desfigurá-los e atribuir-lhes caráter e, finalmente, uma certeza, embora de certo modo neu-
sobrenatural ou miraculoso. tralizada por secreto apego à vida corpórea.
A maior parte das pessoas que desdenham estas À medida que o homem compreende melhor a
questões ou que, tendo-as estudado, o fizeram superfici- vida futura, o temor da morte diminui; compreendendo
almente, sem método, sem espírito de coerência, acusa melhor a sua missão terrena, aguarda-lhe o fim com
os espíritas de interpretarem mal os fenômenos, ou pe- mais calma, resignação e serenidade. A certeza da vida
lo menos, de deduzirem conclusões prematuras. futura dá-lhe outro curso às idéias, outro objetivo aos
A esses adversários do Espiritismo respondere- seus trabalhos; antes de ter essa certeza ele só cuida da
mos que já é alguma coisa ganha o fato de eles se apega- vida atual; depois de adquiri-la, trabalha só com vistas ao
rem à interpretação dos fenômenos e não à sua realida- futuro sem negligenciar o presente, porque sabe que o
de. Efetivamente, os fenômenos verificam-se e não se porvir depende da boa ou má direção que der a vida
discutem. A sua realidade é atestada, como vamos ver, atual. A certeza de reencontrar os amigos depois da
por homens do mais elevado caráter, por sábios de alta morte, de reatar as relações que tivera na Terra, de não
competência, de nome aureolado por seus trabalhos e perder um só fruto do seu trabalho, de engrandecer-se
descobertas. Mas, não é preciso ser sábio de primeira incessantemente em inteligência e perfeição, dá-lhe paci-
ordem para averiguas a existência de fenômenos que, ência para esperar e coragem para suportar as fadigas
caindo debaixo dos sentidos, são portanto, sempre veri- momentâneas da vida terrena. A solidariedade que ele
ficáveis. Qualquer pessoa, com alguma perseverança e vê estabelecer-se entre vivos e mortos faz-lhe compre-
sagacidade, colocando-se nas condições necessárias, ender a que deve existir na Terra, entre os vivos; a fra-
poderá observar esses fatos e formar sobre eles uma ternidade e a caridade tem desde então um fim e uma
opinião esclarecida. razão de ser, no presente como no futuro.
DEPOIS DA MORTE – LÉON DENIS O CEU E O INFERNO — ALLAN KARDEC — CAP II
5. 5
Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis” Página 5
ANO IV n° 19 SETEMBRO / OUTUBRO de 2012
O MEDO DE HOJE
Entretanto devemos analisar que muitas vezes
o organismo físico é afetado por conseqüência da fal-
ta de análise para o justo e devido estudo da causa
verdadeira, de onde se deriva os transtornos, dos
quais uma grande parte dos milhões de habitantes do
globo terrestre está inserida na atualidade.
Medo e culpa são os algozes dos sintomas de
depressão, síndrome do pânico, dentre outros; quan-
tos não tenham, sem muito êxito, buscar a causa des-
ses males nas vicissitudes da vida atual, nas frustra-
ções materiais e sentimentais, buscando equivocada-
mente a cura daquilo que parece estar mais próximo
da matéria, sem perceber que na maioria das vezes o
doente é a alma, que está simplesmente projetando,
refletindo no organismo físico, suas delinqüências tra-
zidas do nosso passado, atualmente “inconsciente”
O medo e a insegurança nos impedem de para nós.
partirmos para uma autobusca
“Todavia, é no cerne do ser – o Espírito – que
O
“homem” vive nas atuais conjunturas, em se encontram as causas matrizes desse inimigo
pleno século XXI, caminhando sobre a Terra rude da vida, que é o medo”. (Joanna de Ângelis)
em uma grande busca por tudo aquilo que
possa satisfazê-lo de alguma forma; sua luta O que não podemos nunca desprezar é o per-
pelo que é material parece interminável, suas indagações nicioso fenômeno da somatização, quando após o
acerca da religiosidade também lhe causam momentos agravamento das síndromes e das fobias, algumas já
que mais parecem que consideradas como patolo-
serve apenas para lhe pro-
“Medo e culpa são os algozes dos sin- gias pelos institutos res-
jetar diante de uma estra- tomas de depressão, síndrome do pânico, ponsáveis que tratam dos
da com vários caminhos, dentre outros; quantos não tenham, sem transtornos mentais, levam
mas que ele mesmo não muito êxito, buscar a causa desses males ao organismo físico o ve-
sabe qual deverá seguir; nas vicissitudes da vida atual, nas frustra- neno cruel que conduz até
vivemos nos dias de hoje ções materiais e sentimentais, buscando aos complementos celula-
mergulhados num mar de equivocadamente a cura daquilo que pa- res substâncias contamina-
insegurança e medo, que das e doentias, necrosando
nos impede de partirmos
rece estar mais próximo da matéria, sem o sistema vital, culminando
para uma autobusca que perceber que na maioria das vezes o doen- com as doenças de difíceis
poderá nos auxiliar verda- te é a alma, (...)” tratamento.
deiramente em nossa tra-
jetória evolutiva. “Fomenta a paz, que é o antídoto da an-
Nossa aventura pelo solo da Mãe Terra vem nos gústia. Exercita a mente nos pensamentos otimis-
ensejar, em algumas ocasiões de nossa existência, aconte- tas e cultiva a esperança. Trabalha com desinte-
cimentos que deveriam nos conduzir a uma reflexão justa resse, fazendo pelo próximo o que dizes dele não
acerca de nós, intimamente, mas diante deste momento receber. A paz é fruto que surge em momento
crucial fugimos de nós mesmos, como se tivéssemos me- próprio, após a germinação e desenvolvimento do
do de ver o que realmente iremos encontrar dentro de bem no coração”. (Joanna de Ângelis).
nosso íntimo; isso serve apenas para nos conduzir através
de nossa passagem pela matéria, sem nos dar a verdadei- RIE –DEZ – 2011
ra oportunidade de nos conhecer sinceramente.
GOTAS DE PAZ - Tão pequeninas,as gotas d'água reunidas,Formam os mares,os rios e as fontes que sustentam
a vida na terra .Sem elas,o nosso mundo seria apenas um imenso deserto. Assim são as palavras. Isoladas,são dese-
nhos diminutos, sem expressão.Entretanto,reunidas pela inteligência humana, formam os livros e os documentos
que ilustram os povos.Sem elas não teríamos a HISTÓRIA DA HUMANIDADE - Emmanuel / Francisco C. Xavier
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6. 6
Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Página 6
ANO IV n° 19 SETEMBRO / OUTUBRO de 2012
OS ANIMAIS NO MUNDO ESPIRITUAL
Entre outros pontos, o autor destaca se os animais
também compartilham do período de erraticidade. “O
Espírito errante é um ser que pensa e obra por sua li-
vre vontade; dessa maneira, não existem espíritos de
animais errantes, pois estes não pensam como os seres
humanos, não tem o correspondente livre-arbítrio; en-
tretanto, isso não quer dizer que não existam animais
no plano espiritual, já que, “errante”, segundo evidenci-
am os espíritos, é uma condição tipicamente humana”.
Muito se questiona também a respeito da possi-
A
bilidade de manifestação por parte dos animais que ha-
lgumas obras mediúnicas da literatura es-
bitam o mundo espiritual. Pode-se afirmar que tais ma-
pírita relatam a presença de animais no
nifestações são sim, possíveis de ocorrer, porém, pro-
mundo espiritual, levantando dúvidas so-
vocadas por Espíritos humanos, sem a vontade do ani-
bre a sua condição e se as manifestações
mal. “As manifestações de fantasmas-animais não são
destes animais são possíveis. naturalmente conscientes como as de criaturas huma-
Muitos autores dedicaram-se exaustivamente a nas, mas são produzidas por entidades espirituais inte-
este assunto, entre eles o pesquisador italiano Ernesto
ressadas nessas demonstrações, seja para incentivar o
Bozzano (“A alma dos animais”, publicado, originalmente,
maior respeito pelos animais na Terra, seja por motivos
em italiano, com o título Animali e manifestazioni metap-
científicos”.
sichici, em 1923), José Herculano Pires (“Mediunidade, O assunto, porém, é amplo e exige muitas pon-
Vida e Comunicação”) e Allan Kardec, com esclarecimen-
derações. Para este tema, Kardec alerta para a grande
tos publicados na Revista Espírita. necessidade de estudo.
A Revista Internacional de Espiritismo traz aos
leitores a matéria Os animais no mundo espiritual, desti-
nada a esclarecer dúvidas sobre esse assunto. REVISTA INTERNACIONAL DE ESPIRITISMO – 2011
7. 7
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ANO IV n° 19 SETEMBRO / OUTUBRO de 2012
CRENÇA OS MILAGRES DA MATERNIDADE
N Q
ão precisamos correr o mundo para des- uão intenso pode ser o amor de uma
cobrir aquela que seria a melhor crença, mãe? Qual a importância das mães no
a melhor religião. Ela poderá surgir den- encaminhamento reencarnatório dos
tro de nós a qualquer instante, desde Espíritos que serão seus filhos?
que sejamos praticantes irredutíveis das leis de Deus.
Aprenda a valorizar a fé, criando as suas próprias A Revista Internacional de Espiritismo (RIE) traz
reservas íntimas. Não é preciso ajoelhar-se solenemente, uma homenagem a todos que acreditam ser este o a-
enquanto voce contempla cenários luxuosos, vitrais co- mor mais sublime que existe em nosso planeta.
loridos e imagens barrocas, entalhadas à mão. “- Eu só queria nascer... Não cobrava-lhe o amor
Curve-se, isto sim, dentro do programa criterioso nem o desvelo, mas precisava nascer, pois tenho os
do seu coração, reconhecendo os seus erros e prome- meus débitos a ressarcir”. Tal depoimento está pre-
tendo o perdão a si mesmo através da reparação espon- sente no artigo Os milagres da maternidade, que abor-
tânea das suas faltas. da o delicado caso de uma gestação em que o bebê nas-
Converta-se em um freqüentador assíduo de cor- cerá anencéfalo e tem, decretado pelos médicos, o ve-
redores extensos e de altares profusamente iluminados,
mas num ser humano capaz de produzir a sua própria luz redicto de poucos dias de sobrevivência, após o nasci-
a partir do brilho da sua generosidade. mento.
Esforce-se por praticar os aconselhamentos amo- O Espírito,atormentado pela necessidade de re-
rosos que estão nos livros sagrados. Páginas em branco encarnar para corrigir erros do passado, não suporta a
que existem dentro de nós, ou que apareçam manchadas idéia de ser abortado, criando um grande laço afetivo
de sangue e de condenação nos altares da religião, são com a mãe que a carregava ainda no útero.
impróprias para nos fornecer qualquer tipo de ilumina- “A mesma [mãe] havia decidido por não abor-
ção. tar-me, seguindo com a gestação até o final, com o in-
Coloque o seu próprio esforço, o seu próprio tuito de viver comigo as poucas horas de vida, de guar-
trabalho de regeneração nessas linhas que estão para
serem escritas, impressas e exercitadas dentro do seu dar a lembrança do beijo e do abraço. Era o que eu ne-
coração, sob os olhos atentos da sua alma. cessitava!”. A nobre atitude da mãe revela a imensa re-
Não desanime nunca. Desde que voce se interes- signação e a renúncia de si própria pelo bem daquele
se por renovar o seu íntimo, aí estará uma semente da Espírito que só as mães conseguem entender. Às mães
boa religião – a mais autêntica delas – prosperando viço- cabe essa responsabilidade, de guiar os filhos, de orien-
samente entre os homens. tar quando eles possuem dúvidas e de mostrar o cami-
Não desperdice energias boas praticando extenu- nho correto. Esse amor incondicional, único é capaz de
antes caminhadas por percursos turísticos que ganharam grandes transformações em Espíritos que necessitam de
notoriedade e todo tipo de divulgação, por serem fre- carinho e de esperança. A confiança que essa mãe de-
qüentados por pessoas ilustres e famosas.
positou naquela gestação e, certamente, a consciência
Ao contrário, ande com humildade dentro das
suas próprias divisas, dentro do seu próprio coração, de que aqueles poucos dias, talvez horas, seriam impor-
para poder conhecer o amplo território das suas carên- tantes para o filho, consiste em uma mola propulsora
cias, das suas imperfeições e necessidades. para o progresso individual e a reparação dos erros do
Estude e analise a importância de cada um dos Espírito reencarnante.
seus passos, e atravesse sua vida com altivez, moralidade “Muitos chamam tal tarefa de ‘milagre’; Joanna de
e apreço espiritual. Voce poderá não viajar para fora de Ângelis chama de amor, o mais sublime, puro e abun-
nenhum país, mas descobrirá um novo horizonte, uma dante amor que se tem na humanidade: o amor de
nova personalidade dentro de voce mesmo. mãe”.
Faça esse tipo de turismo interior. A sua alma, REVISTA INTERNACIONAL DE ESPIRITISMO
altar-mor, exige que voce viaje bastante para dentro de MAIO DE 2012
si mesmo.
WILSON GONZALES –RIE
8. 8
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ANO IV n° 19 SETEMBRO / OUTUBRO de 2012
MEDIUNIDADE DE INSPIRAÇÃO
Parece que uma inteligência superior nos vem aju-
dar e que o nosso Espírito se desembaraçou de um far-
do.
“Por vezes essa inspiração é inconsciente de si
mesma; às vezes um médico, apenas junto de certos
doentes, acha de súbito o remédio que pode curá-los.
Não foi a ciência que o guiou, foi a inspiração. A ciência
punha à sua disposição vários modos de tratamento,
mas uma voz interior lhe gritava um nome(...).
O que dizemos da medicina existe, ao mesmo
título, em todos os outros ramos do trabalho humano.
Em certas horas, o fogo da inspiração nos devora; há
que ceder”.
A
Assim, “a inspiração vem indiferentemente de
llan Kardec nos explica que “todo aque- dia, de noite, em vigília ou durante o sono. Apenas exi-
le que, tanto no estado normal ge recolhimento. É-lhe necessário reencontrar nature-
[consciente, sem transe], como no de za que possa abstrai-se de toda preocupação do mundo
êxtase, recebe, pelo pensamento, comu- real, para dar lugar livre e vago ao ser que vier envolvê-
nicações estranhas às suas idéias preconcebidas, pode lo todo e lhe infundir seus pensamentos”.
ser incluído na categoria de médiuns inspirados. Estes, Na inspiração há uma comunicação telepática
como se vê, formam uma variedade da mediunidade entre dois Espíritos. Nem sempre essa comunicação se
intuitiva, com a diferença de que a intervenção de uma traduz em grandes revelações:”A inspiração se verifica,
força oculta é aí muito menos sensível, por isso que, ao muitas vezes, em relação às mais comuns circunstâncias
inspirado, ainda é mais difícil distinguir o pensamento da vida. Por exemplo, queres ir a alguma parte: uma voz
próprio do que lhe é sugerido. A espontaneidade é o secreta te diz que não o faças, porque correrás perigo;
que, sobretudo, caracteriza o pensamento deste último ou, então, te diz que faças uma coisa em que não pensa-
gênero.” vas. É a inspiração. Poucas pessoas há que não tenham
“Há grande analogia entre a mediunidade intuiti- sido mais ou menos inspiradas em certos momentos.
va e a inspiração; a diferença consiste em que a primei- Sabemos que os homens de gênio, os devotados
ra se restringe quase sempre a questões de atualidade e ao progresso das ciências, das artes, da filosofia, enfim,
pode aplicar-se ao que esteja fora das capacidades inte- do conhecimento são, vez ou outra, inspirados por En-
lectuais do médium; por intuição pode este último tra- tidades esclarecidas. “É que os Espíritos, quando que-
tar de um assunto que lhe seja completamente estra- rem executar certos trabalhos, lhes sugerem as idéias
nho. A inspiração se estende por um campo mais vasto necessárias e assim é que eles, as mais das vezes, são
e geralmente vem em auxílio das capacidades e das pre- médiuns sem o saberem. Tem, no entanto, vaga intui-
ocupações do Espírito encarnado. Os traços da mediu- ção de uma assistência estranha”.
nidade são, de regra, menos evidentes.” Às vezes é dada aos médiuns inspirados a capaci-
“A inspiração nos vem dos Espíritos que nos dade de preverem acontecimentos futuros. Esta espécie
influenciam para o bem, ou para o mal, porém, proce- de presciência (pré-ciência) pode ocorrer durante a
de, principalmente, dos que querem o nosso bem e vigília ou durante o sono, pelos sonhos.
cujos conselhos muito amiúde cometemos o erro de Nesse sentido, Kardec nos faz recomendações
não seguir. Ela se aplica, em todas as circunstâncias da de valor:
vida, às resoluções que devemos tomar. Sob esse as- “Pode dar-se que o Espírito preveja coisas que
pecto, pode dizer-se que todos são médiuns, porquanto julgue conveniente revelar, ou que ele tem por missão
não há quem não tenha seus Espíritos protetores e fa- tornar conhecidas; porém, nesse terreno, ainda são
miliares, a se esforçarem por sugerir aos protegidos mais de temer os Espíritos enganadores, que se diver-
salutares idéias”. tem em fazer previsões. Só o conjunto das circunstân-
“Também se podem incluir nesta categoria as cias permite se verifique o grau de confiança que elas
pessoas que, sem serem dotadas de inteligência fora do merecem”.
comum e sem saírem do estado normal, tem facilidade Todas as previsões que não tiverem uma utilida-
de concepção e de elocução e, em certos casos, o pres- de geral, que caracterizem um interesse pessoal, mere-
sentimento de coisas futuras. Nesses momentos, que cem uma certa dose de cautela.
com acerto se chamam inspiração, as idéias abundam, ESTUDO E EDUCAÇÃO DA MEDIUNIDADE – FEB
sob um impulso involuntário e quase febril.
9. 9
Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis” Página 9
ANO IV n° 19 SETEMBRO / OUTUBRO de 2012
CONDIÇÕES PROPÍCIAS A UM BOM DIÁLOGO COM OS ESPÍRITOS
Devemos, pois compreender que nem sempre
doutrinar será transformar. Um Espírito pode ter ad-
quirido o tesouro do conhecimento e possuir recur-
sos fluídicos ou magnéticos capazes de operar sobre a
mente dos Espíritos sofredores, auxiliando-os nos
processos dolorosos que enfrentam.
No entanto, para garantir-lhes a renovação espiri-
tual, é preciso que quem auxilia disponha de sentimen-
tos sublimados.
Quem já possui uma razoável bagagem de co-
nhecimento fala à inteligência do sofredor; porém,não
está habilitado a redimir corações. “Para esse fim ,
para decifrar os complicados labirintos do sofrimento
F
moral, é imprescindível haver atingido mais elevados
degraus da humana compreensão”.
Essa é a principal razão por que o diálogo com
rancisco Thiesen nos lembra, no prefácio do os Espíritos muitas vezes se revela frio, fora da reali-
livro Diálogo com as sombras, palavras do dade, apesar do declarado conhecimento que o dialo-
autor da referida obra: “O segredo da doutrinação é o gador revela.
amor”. Como sabemos, “a palavra, qualquer que ela
A arte da doutrinação se desenvolve e se seja, surge invariavelmente dotada de energias elétri-
aperfeiçoa com a prática, sobretudo se o doutrinador se cas específicas, libertando raios de natureza dinâmica.
empenhar na aquisição A mente, como não
de valores intelectuais e “Como sabemos, a palavra, qualquer que ela ignoramos, é o inces-
morais. seja, surge invariavelmente dotada de energias sante gerador de forças,
Enquanto o” co- elétricas específicas, libertando raios der natu- através dos fios positi-
nhecimento auxilia por reza dinâmica. A mente, como não ignoramos, vos e negativos do sen-
fora , só o amor socor- é o incessante gerador de forças, através dos timento e do pensa-
re por dentro(...)
Com a nossa cultu-
fios positivos e negativos do sentimento e do mento, que é sempre
verbo
produzindo o
ra retificamos os efei- pensamento, produzindo o verbo que é sempre uma descarga eletro-
tos, quanto possível, e uma descarga eletromagnética, regulada pela magnética, regulada pela
só os que amam voz.” voz. Por isso mesmo,
[Espíritos comunicantes em todos os nossos
necessitados] reclamam intervenção no íntimo, para mo- campos de atividade, a voz nos tonaliza a exterioriza-
dificar atitudes mentais em definitivo... ção, reclamando apuro de vida interior, de vez que a
O Espírito André Luiz nos traz o exemplo da Irmã palavra, depois do impulso mental, vive na base da cri-
Cipriana, convocada a libertar terrível obsessor, devido ação; é por ela que os homens se aproximam e se a-
às conquistas que ela lograra adquirir no âmbito do amor justam para o serviço que lhe compete e, pela voz o
fraternal. trabalho pode ser favorecido ou retardado, no espaço
Referindo-se a essa irmã e querendo exaltar-lhe o e no tempo.
grau de compreensão, assim se expressa: “O coração que É provável que no estágio evolutivo em que
ama está cheio de poder renovador. Certa feita, dis- nos encontramos ainda tenhamos dificuldades de re-
se JESUS QUE EXISTEM DEMÔNIOS SOMENTE velar amor fraternal sublimado ao nosso próximo,
SUSCETÍVEIS DE REGENERAÇÃO PELO JEJUM E esteja ele desencarnado ou encarnado.
PELA PRECE. Às vezes André, como neste caso, o co- Somos capazes, porém, de demonstrar compai-
nhecimento não basta: há que ser o homem animado da xão e gentileza para com os Espíritos em sofrimento.
força divina, que flui do jejum pela renúncia, e da luz da
oração, que nasce do amor universal”. EDUCAÇÃO DA MEDIUNIDADE – FEB
"Realmente, não somos indispensáveis, porque a Providência Divina não pode falir quando
falhamos transitoriamente, mas , em verdade, segundo a Sabedoria do Universo, Deus não nos criaria , se
não tivesse necessidade de nós". ANDRÉ LUIZ - ENDEREÇO DA PAZ
10. 10
Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis” Página 10
ANO IV n° 19 SETEMBRO / OUTUBRO de 2012
CANDEIA ANO IV
Candeia
C
Av Emb.PEDRO DE TOLEDO,382 CANDEIA N° 01
Jd. AGUAPEÚ ANDEIA completa neste mês de setembro seu
11730-000 MONGAGUÁ -SP
terceiro ano de circulação.
Surgiu da vontade de se fazer um Boletim Informati-
Tel: (013) 3448- 3218 (013) 9629-9317
vo, referente as atividades do Grupo de Estudos Es-
www.geeld.blosgspot.com pírita “Léon Denis”. A idéia amadureceu e ela cresceu, passando o
geeld@yahoo.com.br Candeia a divulgar assuntos doutrinários , desta tão maravilhosa
Doutrina que é o Espiritismo, tendo como alvo, principalmente , as
pessoas sem tempo ou oportunidade de ler uma obra doutrinari-
a completa.
GRUPO DE ESTUDOS Ao entrar em seu quarto ano de existência , pedimos a Deus
ESPÍRITA e a espiritualidade , para que todos continuemos a desenvolver ta-
“LÉON DENIS” refas tão dignificantes.
CONHEÇA O ESPIRITISMO, ESTUDE O
ESPIRITISMO, COMPREENDA O OPINIÃO DOS ESPÍRITOS SOBRE
ESPIRITISMO, VIVENCIE O
ESPIRITISMO
A EVANGELIZAÇÃO
DIRETORIA
Presidente
VERA LÚCIA S.N PEREIRA
Vice Presidente
DIONÍCIA MENDEZ RIVERA
1º Secretário
PARAGUASSU NUNES PEREIRA
2º Secretário
MARCIA SINIGAGLIA N. PEREIRA
1º Tesoureiro
D
JOSÉ ALVAREZ RIVERA
2º Tesoureiro
DURVALINO BARRETO
iariamente reencarnam na Terra servidores que
Conselho Fiscal se comprometeram no Mais Além com a ativi-
MARIA ISABEL MACEDO, ADIRSON PEREIRA
GOMES e RAMATHIS MACEDO DA ROCHA
dade de evangelização infantojuvenil. Por essa
—-oooOOOooo—- razão, irão eleger na idade adulta o magistério,
Responsáveis pelo CANDEIA
a vivência das doutrinas psicológicas, sociológicas, para pode-
PARAGUASSU N PEREIRA e VERA LÚCIA S.N
PEREIRA rem, bem equipados culturalmente, desincumbir-se da tarefa de
Revisão
preparar gerações novas.
JOSÉ A.RIVERA, PARAGUASSU N. PEREIRA e
VERA LÚCIA S.N. PEREIRA Os mentores das instituições espíritas providenciam para
Diagramação
PARAGUASSU NUNES PEREIRA
que não faltem trabalhadores habilitados para o ministério de
Impressão manutenção e de desenvolvimento da Entidade, dependendo a
GRÁFICA ITANHAÉM
sua preservação daqueles que a dirigem e a orientam.
(013) 34222-2077 - ITANHAÉM-SP
Mergulhar o pensamento e o sentimento nas lições subli-
mes de Jesus desveladas pelo Espiritismo é dever de todos a-
“Não há fé inquebrantável senão queles que se candidatam ao ministério da educação das gera-
aquela que pode enfrentar a razão ções novas...
face a face, em todas as épocas da
humanidade.” DIVALDO P. FRANCO – BEZERRA DE MENEZES –
ALLAN KARDEC REFORMADOR – 2012
11. 11
Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis” Página 11
ANO IV n° 19 SETEMBRO / OUTUBRO de 2012
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS TAREFAS HUMILDES
E
u sempre fui e sou favorável à doação de órgãos. Em
A
nível de corpo espiritual, não ocorre prejuízo algum. nseias, em verdade, pela grande subli-
Se, em meu caso, optei pela não doação, fazendo,
mação.
inclusive, constar a minha vontade em documento, é
que eu não queria ver o meu corpo transformado em obje- Anotaste a biografia dos paladinos
to de curiosidade. Eu tinha receio de que pensassem que, da solidariedade e ambicionas comun-
por ter sido médium na Terra., os meus órgãos fossem di- gar-lhes a experiência.
ferentes. Ouvi de muita gente insinuações descabidas, neste Choraste, sob forte emoção, ao conhecer-lhe
sentido. Imaginavam que eu tivesse um aparelho instalado a vida, nos lances mais duros, e quiseras igualmente
no cérebro... Este foi dos menores absurdos que escutei. desprender o coração de todos os laços inferiores.
Graças a Deus, vivi muito no corpo, mais de 90 janeiros, e Recordas Vicente de Paulo, o herói da benefi-
os meus órgãos não poderiam servir mesmo para ninguém cência, olvidando possibilidades de dominação políti-
– não poderiam ser oferecidos em uma espécie de leilão!
ca, a fim de proteger os necessitados.
Volto a repetir que o perispírito não será lesado.
A doação de órgãos é caridade legítima. É claro que Pensas em Florence Nightingale, a mulher ad-
a família do doador necessita permanecer vigilante para que mirável que esteve quase um século entre os ho-
o assunto não se transforme em comércio, certificando-se mens, dedicando-se aos feridos e aos doentes, sem
de que este ou aquele órgão extirpado será transplantado quaisquer intenções subalternas.
em quem de direito. Há de, primeiro, ter ocorrido a morte Refletes em Damião, o apóstolo que se esque-
encefálica, para que os órgãos sejam retirados sem pertur- ceu da própria mocidade, para entregar-se ao con-
bação para o espírito. De meu corpo, o que poderia ser forto dos nossos irmãos enfermos em Molokai.
doado? Desencarnei por falência múltipla dos órgãos... Meditas em Gandhi, o missionário da não vio-
DOUTRINA VIVA – Carlos A. Baccelli
Espírito Francisco C. Xavier lência, que renunciou a todos os privilégios, a fim de
ajudar a libertação do povo.
OS SONHOS Sabes que todos os campeões da fraternidade
U
m dia uma criança chegou diante de um pen- no mundo nunca se acomodaram à expectação im-
sador e perguntou-lhe: produtiva. Em razão disso, estimaria seguir-lhes, ime-
"Que tamanho tem o universo?" diatamente, o rastro luminoso; entretanto, trazes
Acariciando a cabeça da criança, ele olhou ainda a alma presa a pequeninas obrigações que não
para o infinito e respondeu: "O universo tem o tamanho do podes menosprezar...
seu mundo". Não te amofines, porém, diante delas. Todas
as dificuldades e todos os dissabores do caminho
Perturbada, ela novamente indagou:
terrestre são provas e medidas da tua capacidade
"Que tamanho tem meu mundo?". moral para a Estrada Gloriosa.
O pensador respondeu: Chão relvoso é começo de floresta.
"Tem o tamanho dos seus sonhos". Se seus sonhos são Humanidade é sementeira de angelitude.
pequenos, sua visão será pequena, suas metas serão limita- Penetremos o bem verdadeiro para que o
das, seus alvos serão diminutos, sua estrada será estreita, bem verdadeiro penetre em nós.
sua capacidade de suportar as tormentas será frágil. Os É indispensável que o espírito aprenda a ser
sonhos regam a existência com sentido. Se seus sonhos são grande nas tarefas humildes, para que saiba ser hu-
frágeis, sua comida não terá sabor, suas primaveras não milde nas grandes tarefas.
terão flores, suas manhãs não terão orvalho, sua emoção
não terá romances. A presença dos sonhos transforma os Na relatividade dos conceitos humanos, nin-
miseráveis em reis, faz dos idosos, jovens, e a ausência de- guém, na Terra, pode ser bom para todos; contudo,
les transforma milionários em mendigos faz dos jovens ido- ninguém existe que não possa iniciar-se, desde já, na
sos. Os sonhos trazem saúde para a emoção, virtude, sendo bom para alguém.
equipam o frágil para ser autor da sua história, fazem os
tímidos terem golpes de ousadia e os derrotados JUSTIÇA DIVINA
serem construtores de oportunidades. PELO ESPÍRITO EMMANUEL – Francisco C. Xavier
Sonhe! http://www.mensagemespirita.com.br
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Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis” Página 12
ANO IV n° 19 SETEMBRO / OUTUBRO de 2012
Livraria Espírita “Léon Denis” LANÇAMENTOS
ACEITAMOS ENCOMENDAS DE
TÍTULOS QUE NÃO ESTEJAM
DISPONÍVEIS EM NOSSO
ESTOQUE.
ATENDEMOS EM NO MÁXIMO
15 DIAS.
LIGUE- (013) 3448-3218
REUNIÃO RESERVATIVA
ESTUDO E PRÁTICA
DA MEDIUNIDADE
MAIORES INFORMAÇÕES
Email: geeld@yahoo.com ou pelos fones do GE-
ELD(013) 3448-3218— 9629-9317
Abaixo—assinado pela
aprovação do PL 478/07
- Estatuto do Nascituro
http://www.brasilsemaborto.com.br