1. Candeia
Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
ANO III N° 13 Mongaguá-SP Setembro/Outubro de 2011
NÃO BASTA VER NESTA EDIÇÃO:
Raros procuram o Cristo à luz meri- - MEDIUNIDADE— 02
Africanismo e Espiritismo
diana; e, de quantos lhe recebem os
- PERISPÍRITO E ESTATU- 03
dons, raríssimos são os que lhe seguem RA
os passos no mundo. - NAS TRILHAS DA VIDA 04
Daí procede a ausência da legítima
- VONTADE E SENTIMEN 05
glorificação a Deus e a cura incompleta TO
da cegueira que os obscurecia, antes do
- JESUS ESTÁ NOS SEUS 06
primeiro contato com a fé. LÁBIOS OU NO SEU
Em razão disso, a Terra está repleta CORAÇÃO?
dos que crêem, estudam e não apren- - RESIGNAÇÃO NA 07
dem, esperam e desesperam, ensinam e ADVERSIDADE
“E logo viu, e o foi seguido, glorifi- não sabem, confiam e duvidam.
cando a Deus. E todo o povo, vendo isto, - PONHA A MÃO 08
Aquele que recebe dádivas pode ser
dava louvores a Deus.” (Lucas, 18:43.) somente beneficiário. - O ATEU 09
A
O que, porém, recebe o favor e a- 10
- FOGO QUE VEM DO
gradece-o, vendo a luz e seguindo-a, se- CÉU
rá redimido.
- EVENTOS ESPÍRITA 11
atitude do cego de Jericó repre- É óbvio que o mundo inteiro recla-
senta padrão elevado a todo discípulo sin- ma visão com o Cristo, mas não basta
cero do Evangelho. ver simplesmente; os que se circunscre-
INTERESSES ESPECIAS
O enfermo de boa vontade procura pri- vem ao ato de enxergar podem ser bons
narradores, excelentes estatísticos, en- - AFRICANISMO E ESPIRITISMO;-
meiramente o Mestre, diante da multidão. Tem-se procurado, sem razão, con-
Em seguida à cura, acompanha Jesus, glori- tretanto, para ver e glorificar o Senhor é fundir o Espiritismo com as velhas
ficando a Deus. E todo o povo, observando indispensável marchar nas pegadas do práticas afro-católicas.
o benefício, a gratidão e a fidelidade reuni- Cristo, escalando, com Ele, a montanha - PERISPÍRITO E ESTATURA:- O
perispírito está solidamente ligado à
dos, volta-se para a confiança do Divino do trabalho e do testemunho. questão da estatura corpórea.
poder. VINHA DE LUZ
FRANCISCO C. XAVIER - Espírito EMMANUEL - NAS TRILHAS DA VIDA:-Não po-
A maioria dos necessitados, porém, demos continuar a insistir em definir
assume posição muito diversa. Quase to- a vida com os conhecimentos da
matéria.
dos os doentes reclamam a atuação do
- VONTADE E SENTIMENTO:- A
Cristo, exigindo que a dádiva desça aos visão espírita da vontade vai mais
caprichos perniciosos que lhe são peculia- fundo nesta questão.
res, sem qualquer esforço pela elevação de - JESUS ESTÁ NOS SEUS LÁBIOS
si mesmos à bênção do Mestre. OU NO SEU CORAÇÃO:-Muitos tem
se arvorado no direito de falar sobre
Jesus e Suas realizações.
- RESIGNAÇÃO NA ADVERSIDA-
DE:-A dor, sob suas formas múlti-
plas, é o remédio supremo para as
imperfeições , para as enfermidades
da alma.
-O ATEU:- Por Deus! Ponham a
mão nos pacientes.
Candeia - FOGO QUE VEM DO CÉU:- Jesus
esclarece ter vindo ao mundo para
salvá-lo, deixando à consciência de
ANO III cada ser o julgamento próprio.
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ANO III N° 13 Mongaguá-SP - Setembro/Outubro de 2011
MEDIUNIDADE
AFRICANISMO E ESPIRITISMO
T em-se procurado, aliás sem razão plausível, que seja realmente Espiritismo.
confundir o Espiritismo com velhas práticas afro- Um materialista, ainda que dos mais intransigentes,
católicas, enraizadas no Brasil desde o período colonial. está sujeito a ser médium, embora continue, por siste-
Argumenta-se, em defesa de tal suposição, que nas prá- ma, a negar a existência da alma. Então, devemos con-
ticas africanas se verificam manifestações de espíritos, o cluir: o fenômeno por si só não justifica a opinião, hoje
que, no entender de muitas pessoas, é suficiente para defendida por muita gente, de que haja entre o Espiri-
dar cunho espírita a essas práticas. O raciocínio é mais tismo e o Africanismo qualquer traço fundamental de
ou menos este: onde há manifestações de espíritos, há afinidade.
Espiritismo; logo, as práticas fetichistas são também prá- Conquanto as religiões fetichistas, transplantadas para
ticas espíritas, porque nelas se faz evocação de espíritos. o Brasil com o tráfico africano, se utilizem de médium
Eis aí uma preliminar discutível. Em primeiro lugar, o (há médiuns em toda parte e não apenas no meio espí-
que caracteriza o ato e espíri- rita) e façam evocações de espí-
ta não é exclusivamente o fe- ―Um materialista, ainda que ritos em seus terreiros e ceri-
nômeno; em segundo lugar, o
Espiritismo (corpo de doutrina dos mais intransigentes, está car o bem ou “prestar carida-
mônias,com o desejo de prati-
organizado por Allan Kardec) sujeito a ser médium, embora de”, segundo expressão popu-
surgiu no mundo em 1857, e continue, por sistema, a negar lar no Brasil, não se encontram,
quando suas obras chegaram entre aquelas religiões e o Espi-
ao Brasil, já existia o Africanis- a existência da alma. ― ritismo, traços comuns.
mo generalizado, principal- De comum, apenas as mani-
mente na Bahia. festação do transe mediúnico, a evocação sob forma
Historicamente, como se vê, não é possível estabele- absolutamente diferente da prática espírita. Ora, não
cer qualquer termo de comparação porquanto o Africa- sendo a manifestação de espíritos um ato privativo do
nismo data de época muito recuada, ao passo que a Espiritismo, porque os espíritos se manifestam em qual-
Doutrina Espírita é do século passado. Se, de fato, o quer lugar, desde que disponham de médiuns, está claro
fenômeno fosse o único elemento capaz de identificar a que, em boa lógica, não deve ter a designação específica
prática espírita, teríamos de chegar à conclusão de que de prática espírita, qualquer experiência mediúnica, feita
Catolicismo, Espiritismo, Africanismo, etc., uma vez que a esmo, empiricamente, sem relação com o Espiritismo,
a mediunidade é comum a qualquer indivíduo, podendo cujos ensinos formam uma doutrina filosófica de
ser espontaneamente observada entre católicos, espíri- “consequências religiosas”, como bem disse o seu codi-
tas, maometanos, etc. ficador Allan Kardec.
Não são poucos os padres, bispos e pastores com
mediunidade positiva. Não é, portanto, pela natural o- DEOLINDO AMORIM
corrência que se pode firmar critério para determinar o (Baiano de Baixa Grande foi jornalista, escritor e conferen-
cista espírita ...)
A FÁBULA DO PORCO ESPINHO
Desapareceriam da Terra ou aceitariam os espi-
D
urante a era glaci- nhos dos companheiros. Com sabedoria, decidiram
al, muitos animais voltar a ficar juntos.
morriam por cau- Aprenderam assim a conviver com as pequenas
sa do frio.Os por- feridas que a relação com alguém muito próximo po-
cos-espinhos, percebendo a dia causar, já que o mais importante era o calor do
situação, resolveram se jun- outro.
tar em grupos, assim se aga- E assim sobreviveram;
salhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos MORAL DA HSITÓRIA
de cada um feriam os companheiros mais próximos, jus- O melhor relacionamento não é aquele que une
tamente os que ofereciam mais calor, por isso decidi- pessoas perfeitas, mas aquele em que cada um a-
ram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer con- prende a conviver com os defeitos do outro e admirar
gelados. Precisavam fazer uma escolha. suas qualidades. AUTOR DESCONHECIDO
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PERISPÍRITO E ESTATURA
O
mento, aos 40 anos, deveria atingir 3,40m, e assim por
diante. Todavia, tal não acontece, por causa da ação
LIMITADORA do perispírito, impondo-se como MOL-
perispírito está solida- DE.(Ramatis, “Magia da Redenção”, pág. 223).
mente ligado à questão da esta- “O períspírito é que modela o corpo carnal, dá-lhe
tura corpórea, durante a reen- contornos e sustém-lhe a ESTATURA e enquanto a al-
carnação ou mesmo fora dela. ma não está burilada e não adquire todos os atributos
Os desregramentos morais têm de perfeição – conquistados em múltiplas existências-
forte ascendência sobre os con- conservam-se as características de uma raça ancestral,
tornos anatômicos do corpo es- até que, atingindo todos os predicados morais e intelec-
piritual, podendo mesmo estabe- tuais imanentes aos evoluídos, se aprimora, afeiçoa artis-
lecer vultosas limitações, no que ticamente seu envoltório fluídico, tornando-o idealmen-
se refere à estatura. te belo – misto de neblina e luz!” (Zilda Gama, pág.
O desrespeito para com as cotas de fluido vital, que 28).
demarcam a longevidade de nossa permanência na car- No mesmo livro, lemos(...) sucede também, às ve-
ne, também influi fortemente no dimensionamento dos zes, que de genitores normais nascem entes de pro-
futuros corpos carnais, necessários ao nosso aperfeiçoa- porções HERCÚLEAS, e outros de estatura DIMI-
mento. NUTA, os denominados ANÕES. Estes são vestígios
No livro “Missionários da Luz”, colhemos a seguin- de emigração dos Espíritos ESQUIMÓS para uma
te informação” (...) os contornos anatômicos da for- outra raça na qual se destacam pela sua pequenez;
ma física, disformes ou perfeitos, LONGILÍNEOS e aqueles, os gigantes, dos indivíduos de outros pla-
ou BREVILÍNEOS, belos ou feios, fazem parte dos netas, onde os seres atingem estatura descomunal‖.
estatutos educativos‖ (André Luiz, pág.227). (Zilda Gama, pág 29).
Naturalmente, não podemos deixar de assinalar aqui o De Carlos T. Rizzini, selecionamos: ―A cultura de
porte anatômico reduzido ou de longas proporções tecidos animais e vegetais, em laboratório, mostra a
com que determinadas raças de nosso planeta se acham falta do ÓRGÃO CONTROLADOR das DIMEN-
investidas, por exemplo, os pigmeus e os gigantes, fenô- SÕES e orientador da diferenciação, porque as cé-
menos estes, acreditamos, que atendem a outros impe- lulas IN VITRO se multiplicam indefinidamente e
rativos que não a lei do carma. muitas vezes permanecem em caracteres embrioná-
Importante notificar, ainda, que sendo o perispírito o rios.
regulador da estatura corpórea, ele como que freia o Não só o perispírito põe limites ao CRESCIMEN-
crescimento para além de determinados limites. Para TO (e à divisão celular) como conduz
bem compreendermos isto, estabeleçamos o seguinte `DIVERSIFICAÇÃO ESTRUTURAL (e ao amadureci-
critério: se, em média, o homem, aos 20 anos, atinge mento celular)‖.
uma estatura de 1,70m, na mesma sequência de cresci- JOÃO SÉRGIO SELL – O PERISPÍRITO
LIÇÕES DE KARDEC SOBRE JESUS E SÓCRATES
S
ócrates, assim como Cris-
imoralidade da alma e da vida futu-
to, não escreveu nada., ou
ra.
não deixou nenhum escri-
to. Como ele, morreu a E assim como nós só conhecemos a
morte dos criminosos, vítima do doutrina de Jesus pelos escritos de
fanatismo, por ter atacado as seus discípulos, só conhecemos a de Sócrates pelos
crenças dos criminosos, vítima do fanatismo, por ter escritos de seu discípulo Platão.
atacado as crenças tradicionais e posto a virtude real Tivessem Sócrates e Platão conhecido os ensinamentos
acima da hipocrisia e do simulacro das formas. Numa que o Cristo daria quinhentos anos mais tarde, e aque-
palavra, por ter combatido os preconceitos religiosos. les que os Espíritos dão atualmente, e não falariam de
Como Jesus foi acusado pelos fariseus de corrom- outra forma. Não há nisto nada que deva surpreender,
per o povo com seus ensinamentos, Sócrates também se se considerar que as grandes verdades são eternas, e
foi acusado pelos fariseus de seu tempo – pois houve que os Espíritos avançados deviam tê-las conhecido
deles em todas as épocas - de corromper a juventu- antes de vir para a Terra, de onde as trouxeram, (...)
de,proclamando o dogma da unidade de Deus, da ALLAN KARDEC - GÊNESE
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NAS TRIHAS DA VIDA
tas das novas formas eram confun- sa Ciência conseguiu penetrar e com-
didas com a própria criação; tudo provar nos genes a origem de muitos
isso porque, naquela época, já exis- defeitos orgânicos, de muitos distúr-
tia uma corrente de pensamento, bios e desorganizações da matéria;
bastante combatida, que admitia entretanto, esse amontoado de molé-
uma “força vital” dirigindo a maté- culas, átomos, por si só, não respon-
ria, tendo como seu mais expressi- deria pelos inteligentes processos do
vo defensor o grande Claude Ber- código genético e suas desarmonias.
nard. Por mais que se anotem e Como as usinas celulares se
analisem horizontes ultramicroscó- organizariam para tal fim dentro da
picos, onde moléculas e átomos colméia material e pelos seus pró-
M
são amiúde fotografados, mesmo prios meios? A tendência das células,
uito se tem falado assim a vida, com seu impulso, es- com seus cromossomos e respectivos
em herança, em cro- tará além dessas peças, em campos genes, seria justamente a de torna-
mossomos e genes, específicos. rem-se independentes (exemplo das
situados nos núcleos A percepção da existência de culturas celulares) e não de ajuntarem
das células, como elementos res- um campo energético dirigindo a -se por iniciativa própria na criação
ponsáveis pelos impulsos da vida. organização física encontra-se no de um organismo. Só poderemos en-
Alguns pensam e defendem o pon- fato de que as células, de bem vari- tender esse processo de união e tota-
to de vista de que nestas organiza- adas formas, quando retiradas do lidade, às custas de um “coordenador
ções estariam as fontes produtoras organismo e geral” utilizan-
do fenômeno vital às custas de es- conve ni en te- do as telas do
pecial arregimentação de substân- mente tratadas ―Não podemos continuar a genes dos
cias químicas. em laboratório insistir em definir a vida com cromossomos
Os genes governam as células (caso das cul- os conhecimentos modelos da como regiões
que, como usinas miraculosas, mos- turas celula- matéria; esses já nos disseram específicas de
tram no dia a dia, os mais admirá- res), manifes- muitas coisas dentro de suas atuação e re-
veis mecanismos. Quanto mais se tam forte ten- próprias possibilidades; tere- flexos de seu
investiga, quanto mais se define e dência a serem
conhece esses mecanismos, mais se independentes,
mos que mergulhar nas autên- próprio co- mando.
observa a existência de ordem e tal qual aconte- ticas posições espirituais, onde Mais ainda,
finalidade a serem alcançadas nos ce aos proto- a imortalidade e os processos a ordenada
movimentos biológicos. Muito se zoários, seus renovatórios da reencarnação subs ti tu içã o
tem observado e pesquisado a res- autênticos an- oferecerão sustentáculos para de células, na
peito da vida e muito pouco se co- cestrais. As as novas verdades científicas.” maioria dos
nhece, apesar das tendências mo- células não 200 tipos, em
dernas da Biologia estarem desloca- recebendo a média, que o
das para o mundo atômico. influência de uma “força organiza- organismo humano possui, estaria na
A Biologia Molecular e Atômi- dora”, direcionadora e disciplina- dependência de um “campo de for-
ca, de braços dados, procuram, com dora do organismo tentam o re- ças” em ajustes perfeitos. O organis-
insistência, os seus mistérios. À torno às condições ancestrais de mo é um todo, um conjunto atômico
medida que as buscas se intensifi- isolamento, não mais atendendo à molecular e celular, estruturando te-
cam no terreno ultramicroscópico colméia de que fizeram parte. cidos e órgãos, a fim de atender aos
das partículas, a descrição de even- Nesta “força organizadora” aparelhos e sistemas. Toda essa con-
tos vai como que satisfazendo a não estariam todas as possibilida- dição holística representa o resultado
corrente materialista, hoje, já bas- des e impulsos que pudessem ex- de um harmônico campo de forças
tante reduzida. Quanto mais se pes- plicar as condições hígidas e pato- transcendendo a dimensão física onde
quisa a estrutura material, novos lógicas da organização? Sabemos esta se move e obedece.
horizontes aparecem e, com eles, que nos genes celulares estarão as Quando mergulhamos no mundo
novos modelos são introduzidos na explicações dessas condições; mas, celular, essa expressiva e organizada
Ciência. Isto lembra, em parte os seriam eles, realmente, o orienta- usina da vida nos mostra os mais be-
materialistas de antanho, quando o dor biológico de todo um organis- los intensos fenômenos que se pas-
microscópio começou a divisar os mo, ou apenas a tela de manifesta- sam em sua zona central ou nuclear.
infinitamente pequenos, e descober- ções de campos específicos? A nos-
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. . . NAS TRLHAS DA VIDA VONTADE E SENTIMENTO
O
Nesta zona estão os cromossomos, material de
herança carregando os códigos que respondem pela
vida. Os códigos estão na dependência dos genes em
perfeito trabalho nas imensas produções que o metabo- estudo do tema vontade tem despertado
lismo exige. Cada núcleo dos 100 trilhões de células da uma série de elementos interessantes e que são significa-
organização humana possuirá , em média 50 mil genes, tivos para os objetivos deste livro. Primeiramente, por-
cujas infinitas combinações refletem as atividades vitais. que ninguém educará os sentimentos se não tiver vonta-
É na estrutura do ADN (cromossomo que o código de de fazê-lo. Segundo, porque o uso da vontade é de
armazena, faz as cópias, orienta a síntese das proteínas capital importância no processo de transformação huma-
com as devidas transformações das necessidades fisioló- na. Não existe nenhum projeto de felicidade que exclua
gicas. Também, quando procuramos definir e entender a vontade. Alguns psicólogos, no entanto, não dão à von-
os processos da divisão celular, ficamos extasiados com tade a importância que ela deve ter. Consideram-na insu-
os seus mecanismos e mistérios. ficiente para eliminar algumas compulsões para determi-
Será que no campo material, o acaso de substân- nados vícios. Dizem também que ela não consegue en-
cias químicas, sozinhas, unindo-se para dirigir modelos frentar a imaginação. Alfonse Boué disse que numa luta
fisiológicos perfeitos e precisos, possa ser a resposta da entre a vontade e a imaginação, a imaginação vence.
vida? Por que as células de um organismo se dividem, É mais fácil obter a calma através de uma imagina-
regeneram, morrem, outras vezes se compõem de ção (imaginar-se num lugar aprazível) do que querendo
modo ajustado, outras tantas entram em divisão anár- ficar calmo.
quicas A visão espírita da vontade vai mais fundo nessa
No organismo de 100 trilhões de células, em média, questão. Emmanuel, por exemplo, no livro Pensamento e
existem constantes substituições, excetuando os nervos Vida, disse que a mente humana possui vários setores
e músculos, definindo usinas de características perenes (desejos, inteligência, memória, imaginação, etc.), mas
ou lábeis. Diante tantas variantes de procedimento, não que acima de todos eles está o gabinete da Vontade.
seria lógico pensar-se num campo organizador e dire- Disse ainda que a vontade é a gerência esclarecida e
tor em que as equipes celulares estariam sob constante vigilante, governando todos os setores da ação mental.
orientação? Ela é o leme que dirige o barco das funções psíquicas,
Só um “campo energético” de superiores possibili- levando-as para esse ou aquele rumo e que só a vontade
dades poderia responder pelo impulso da vida. Não é suficientemente forte para sustentar a harmonia do
seria uma energética resultante de acúmulos materiais espírito.
em irradiações, mas, sim, um campo mais avançado, A vontade, assim, é uma função importante do espí-
transcendente, de qualidades energéticas específicas. rito. É através dela que estabelecemos as nossas esco-
Caminharíamos, assim, em busca de campos mais avan- lhas, as nossas mais importantes decisões, e assumimos
çados do psiquismo ou campos espirituais, com as suas os nossos compromissos. É a alavanca da alma para as
necessárias expansões e respectivas adaptações na zona realizações espirituais. No geral, consumimos desneces-
física. Por sua vez, a psicologia hodierna, na explicação sariamente energias no campo emocional descontrolado
dos mecanismos psíquicos, está cada vez mais direcio- e a vontade é que irá dirigi-las para atividades criativas e
nando as suas questões para os modelos transpessoais, reparadoras. É ela que nos diz: “Vai para lá, caminha mais
isto é, aqueles que transcendem dos desgastados pa- rápido, etc”.
drões materiais. Será nos arcanos do Inconsciente ou Educação dos Sentimentos – Cap 5 –
Zona Espiritual que se encontrará a chave do fenômeno JASON DE CAMARGO
da vida e seus respectivos e imensos impulsos.
Não temos dúvidas de que o novo milênio, saberá O INFERNO ESTÁ DENTRO DE NÓS MESMOS
A
penetrar nas razões espirituais, em apropriadas pesqui- s provas apavorantes que alguns dentre
sas e adequadas verificações, mostrando muito dos mis- nós sofrem são, em geral, a conseqüência de
térios da vida e sua finalidade. uma conduta passada. O déspota renasce es-
Não podemos continuar a insistir em definir a vida cravo, a mulher arrogante, vaidosa de sua
com os conhecimentos modelos da matéria; esses já beleza, retomará um corpo enfermo, sofredor; o ocioso
nos disseram muitas coisas dentro de suas próprias voltará mercenário, curvado sob uma tarefa ingrata.
possibilidades; teremos que mergulhar nas autênticas
Aquele que faz sofrer, sofrerá a seu turno. Inútil procu-
posições espirituais, onde a imortalidade e os proces-
rar o inferno nas regiões desconhecidas e distantes, o
sos renovatórios da reencarnação oferecerão sustentá-
inferno está entre nós; ele se esconde nas dobras igno-
culos para as novas verdades científicas.
radas da alma culpada, cuja expiação somente pode fa-
PSICOLOGIA ESPÍRITA – JORGE ANDRÉA zer cessar as dores. LÉON DENIS—O PORQUÊ DA VIDA
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JESUS ESTÁ NOS SEUS LÁBIOS OU NO SEU CORAÇÃO?
M
uitos têm se arvorado no direito de falar sobre Je- me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; esta-
sus e Suas realizações. Outros se apaixonam por va nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na
Sua história. Outra grande parte se precipita em prisão e fostes ver-me. Então os justos lhe pergunta-
afirmar que O compreendeu de imediato e acha até rão:Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de
que é simples e fácil segui-Lo. E a grande maioria acredita e di- comer? Ou com sede, e te demos de beber? Quando te
vulga que basta aceitá-Lo para que os nossos problemas estejam vimos forasteiro, e te acolhemos? Ou nu, e te vestimos?
resolvidos. Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-
Concordo plenamente com estas afirmativas. No entanto, não te? E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que,
posso deixar de colocar a seguinte pergunta: O que significa a- sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo
ceitar Jesus? dos mais pequeninos, a mim o fizestes. Então dirá tam-
Será que é apenas admirá-lo à distância? Será que não significa bém aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de
uma mudança, uma tomada de posição ou uma nova conduta, mim ,malditos, para o fogo eterno, preparado para o Dia-
um novo proceder? Será que o segredo é colocar tudo sob a bo e seus anjos; porque tive fome e não me destes de
responsabilidade de Jesus sem o menor esforço da nossa parte? comer; tive sede, e não me destes de beber; era forasteiro,
Não tenho a menor dúvida que Jesus me ama. No entanto , e não me acolhestes.Em verdade vos digo que, sempre
necessito avaliar e refletir se realmente eu O amo. Se eu tenho que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos,
dado testemunho e provas deste amor por Ele. Sabemos que é deixastes de o fazer a mim. E irão eles para o julgamento,
muito simples, fácil, agradável e até muito convidativo aceitar mas os justos para a vida eterna‖.
Jesus quando conhecemos a Sua maravilhosa e belíssima história. No evangelho de João, capítulo 5:28 a 30 Jesus afirma: ―Não
O difícil é conquistar um lugar ao lado d’Ele. vos admireis com isso, pois vem a hora em que todos os
Jesus fez algumas colocações nos Evangelhos que necessitam que dormem nos túmulos ouvirão a sua voz e subirão. Os
da nossa reflexão. Apresentaremos aqui, especificamente, algu- que fizeram o bem ressurgirão para a vida com Deus e os
mas delas que enquadram perfeitamente em nossos argumentos: que fizeram o mal ressurgirão para o julgamento‖.
“Quem quiser seguir-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz Observe que, além de existir mais de um ressurgimento,
cada dia e venha, siga-me” Lucas 8:23. mais de uma vida física, para cada uma delas há uma colheita,
Pelo versículo acima, fica claro que ninguém pode seguir Jesus conforme as nossas obras e não, segundo a nossa fé.
graciosamente. É necessário um esforço diário de renúncia e Diante de todas estas verdades, desaparece tudo que se
AMOR em busca do encontro com Ele. Além do mais, isto não possa argumentar com relação a uma conquista do Reino com
nos dispensa de carregar nossas dificuldades e débitos assumi- Jesus, sem trabalho e sem nenhum esforço pessoas, nem re-
dos. Portanto, não conseguimos esta conquista graciosamente, núncia para fazer o que Ele nos solicita.
mas com esforço próprio e diário. Concluímos, portanto, que Ao longo de toda minha vida, tenho buscado todos os dias,
Jesus não prometeu salvação gratuita para ninguém. uma eterna e constante vigília, fazer o que Jesus me pede,
Observe algumas de suas afirmativas para nossa reflexão. para então , poder me sentir aceito por ele.
“Nem todo aquele que me diz: Senhor” entrará no Reino dos Se você realmente acredita que Jesus o ama não O decep-
Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu pai cione . Faça o que Ele lhe pede: ame indistintamente, faça o
que está nos Céus. Naquele dia* muitos vão me dizer. Senhor! bem aos que o cercam, pratique a caridade em sua essência e
Senhor! Não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu viva na justiça, na paz e no amor.
nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que Eu tenho certeza de que Jesus me ama, também não tenho a
fizemos muitos milagres? Então, eu lhes declararei:” Jamais vos menor dúvida da minha escolha por Ele. É claro também que
conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” Mt já O aceitei, mas a conclusão a que cheguei é que preciso tra-
7:21-23. balhar constantemente para que Ele me aceite.
Esta afirmativa de Jesus nos lembra o que Ele cita em Mateus Com certeza, o meu, o seu, meu caro leitor, e o nosso re-
15:8 que é ainda o alerta do profeta Isaías no cap. 29:13 do seu encontro com Jesus só será possível quando sentirmos real-
livro:‖O Senhor disse:Visto que este povo se chega junto a mente que estamos trabalhando, realizando, conquistando,
mim com palavras e me glorifica com os lábios, mas o seu amando e vivendo segundo os preceitos do Seu Evangelho.
coração está longe de mim e a sua reverência para comigo Resumindo nosso pensamento, devemos compreender todo
não passa de mandamento humano, de coisa aprendida esforço possível para colocar Jesus em nosso coração. Jesus é
com rotina...‖ o nosso maior exemplo.
Naquele dia*, é uma expressão citada por Jesus em Mt 7:27, Ele demonstrou com trabalho e ensinamentos constantes a
para se referir ao juízo final. O juízo final, é o dia da colheita e o maneira como devemos proceder. Deixou o exemplo, deixou
que conta naquele momento está relatado no Evangelho de Ma- o testemunho, trabalhando, curando, ensinando. “Meu Pai
teus 25:31-46:‖Quando, pois vier o Filho do homem na sua trabalha até agora e eu trabalho também”. João 5:17.
glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no tro- Se não formos pelo menos seus imitadores, nada consegui-
no da sua glória; e diante dele serão reunidas todas as na- remos em busca do reencontro com Ele.
ções; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa Trabalhe, realize, execute e ame. Só assim, com a realização
as ovelhas dos cabritos e porá as ovelhas à sua direita, mas de muitas obras e muita atuação no amor, você poderá colo-
os cabritos à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem car Jesus realmente em seu coração.
à sua direita: vinde, benditos de meu Pai. Possuí por heran- O Evangelho e o Cristianismo Primitivo (parte Cap IV)
ça o reino que vos está preparado desde a fundação do Severino Celestino da Silva.
mundo; porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e
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ANO III N° 13 – Mongaguá– SP - Setembro/Outubro de 2011
RESIGNAÇÃO NA ADVERSIDADE
O
adiantamento. A infelicidade, para aquele que considera
apenas o presente, pode ser a pobreza, as enfermida-
des, a doença. Para o espírito que plana nas alturas, se-
sofrimento é uma lei do nosso mundo. Em rá a paixão pelo prazer, o orgulho, a vida inútil e ocupa-
todas as condições, em todas as idades, sob todos os da. Não se pode julgar uma coisa sem ver tudo o que
climas, o homem tem sofrido, o homem tem chorado. daí decorre, e é por isso que ninguém compreenderá a
Apesar dos progressos sociais, milhões de seres curvam vida, se não conhecer-lhe nem o objetivo, nem as leis.
-se ainda sob o peso da dor. As classes superiores não As provas, purificando a alma, preparam sua eleva-
estão isentas de males. Nos espíritos cultivados, a sen- ção e sua felicidade, enquanto que as alegrias desse
sibilidade, mais desperta, mais delicada, causa impres- mundo, as riquezas, as paixões debilitam-na, preparam-
sões vivas. O rico, como o pobre, sofrem na carne e na para uma outra vida de amargas decepções. Assim,
no coração. De todos os pontos do globo, o lamento aquele que sofre em sua alma e em seu corpo, aquele
humano sobe ao espaço. que a adversidade oprime pode esperar e levantar seu
Mesmo no meio da abun- olhar confiante para o céu; paga sua
dância, um sentimento de abati- ―A dor, sob suas formas dívida masdestino e conquista a liber-
ao
mento, uma vaga tristeza apodera dade; aquele que se compraz na
-se, às vezes, das almas delicadas. múltiplas, é o remédio su- sensualidade, forja suas próprias cor-
Elas sentem que a felicidade é premo para as imperfei- rentes, acumula novas responsabili-
irrealizável aqui, que só aparecem dades, que pesarão maciçamente
fugitivos lampejos. O espírito ções, para as enfermida- sobre seus dias futuros.
aspira a vidas, a mundos melho- des da alma.‖ A dor, sob suas formas múltiplas,
res; uma espécie de intuição lhe é o remédio supremo para as imper-
diz que na Terra não é tudo. Para o homem alimentado feições, para as enfermidades da alma.
na filosofia dos Espíritos, essa intuição vaga transforma- Assim como as doenças orgânicas são, com fre-
se em certeza. Sabe para onde vai, conhece o porque qüência, o resultado dos nossos excessos, as provações
dos seus males, a razão de ser do sofrimento. Além das morais que nos atingem são a resultante das nossas
sombras e das angústias da Terra, entrevê a aurora de faltas passadas. Cedo ou tarde, essas faltas recaem so-
uma nova vida. bre nós, com suas conseqüências lógicas. É a lei de jus-
Para apreciar os bens e os males da existência, tiça, do equilíbrio moral. Saibamos aceitar-lhes os efei-
para saber o que são a felicidade e a infelicidade verda- tos, como aceitamos os remédios amargos, as opera-
deiras, é preciso elevar-se acima do círculo estreito da ções dolorosas que devem restabelecer a saúde, a agili-
vida terrestre. O conhecimento da vida futura, da sorte dade ao nosso corpo. Quando os desgostos, as humi-
que aí nos espera permite-nos medir as conseqüência lhações e a ruína nos oprimem, suportêmo-los com
dos nossos atos e sua influência sobre nosso futuro. paciência. O lavrador rasga o seio da terra para dela
Encarada sob esse ponto de vista, a infelicidade fazer jorrar a colheita dourada. Assim, da nossa alma
para o ser humano não será mais o sofrimento, a perda dilacerada surgirá uma abundante colheita moral.
dos seus, as privações, a miséria; não, será tudo o que
o enlameia, amesquinha-o, ou causa obstáculo ao seu Parte do cap L – DEPOIS DA MORTE – LÉON DENIS
DESVENDANDO MISTÉRIOS
D
esde o começo, as coisas parecem misteriosas: Não devemos hesitar em prosseguir livremente a
o cometa, o raio, a aurora, a chuva, são outros investigação das leis, misteriosas embora, que regem a
tantos fenômenos misteriosos para aquele vida e o espírito ; o que sabemos, nada é ao lado do
que os vê pela primeira vez. Tudo parece razo- que nos resta aprender. Querer restringir a nossa pes-
ável , encarando sob um ponto de vista conveniente; as quisa, aos territórios já meio conquistados, é enganar a
possibilidades do Universo são infinitas, como a sua ex- fé dos homens que lutaram pelo direito de livre exa-
tensão física. Porque procurar sempre negar “a priori” a me, e trair as esperanças mais legítimas da Ciência...”
impossibilidade das coisas que decorrem de nossa con-
cepção ordinária?
(OLIVER LODGE – “Phanthom Walls”.)
Não devemos recuar diante de problema algum, des-
MICHAELUS – MAGNETISMO ESPIRITUAL
de que se apresente a oportunidade de abordá-lo.
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ANO III N° 13– Mongaguá– SP - Setembro /Outubro de 2011
PONHA A MÃO
Richard simonetti
C
Não obstante suas limitações, era o mais solicita-
do e eficiente.
Calmo e gentil, tratava com carinho a clientela, con-
onta-se que Jesus esteve recentemente na Ter- sulta sem pressa, paciência de ouvir... Tinha sempre
ra e entrou num hospital público. Passou por um para- uma palavra de encorajamento, exprimia-se de forma
plégico, em cadeira de rodas. Viera para uma consulta. otimista quanto ao diagnostico e prognóstico.
O Mestre disse-lhe: Os pacientes saíam animados.
- Levanta-te e anda! Mais que simples receita, levavam um novo alento, a
O homem ergueu-se e deixou o consultório, empur- confiança de que seriam curados, algo decisivo em favor
rando a cadeira de rodas. Alguém perguntou-lhe: de sua recuperação.
- Esse barbudo que falou com você é o novo médi- Aprendemos com a Doutrina Espírita que várias
co? profissões envolvem preparo do espírito, antes de re-
- Sim. encarnar, a fim de que possa ter um desempenho razo-
- O que achou dele? ável, desenvolvendo experiências produtivas.
- Igual aos outros. Não pôs a mão em mim. Freqüenta escolas no Além, recebe instruções, pla-
Poderíamos situar essa hilária história por exemplo de neja a própria estrutura orgânica, adequando-a ao exer-
como as pessoas envolvem-se com a rotina e o imedia- cício da atividade escolhida.
tismo terrestre, sem se darem conta das dádivas que Sem dúvida, a Medicina é das mais importantes, nes-
recebem. se aspecto.
Mas há o outro lado: os médicos que, literalmente, Deus quer que sejamos saudáveis, física e psiquica-
não "pões a mão no paciente". mente, para melhor aproveitamento das experiências
Uma senhora consultou um desses profissionais humanas. A doença é, normalmente, um acidente de
apressados, rápidos no gatilho, que sacam o bloco re- percurso, relacionado com nossa falta de cuidado com
ceituário quando o cliente mal aponta em seu gabinete. o corpo, no presente ou no pretérito.
Daí a importância do médico, instrumento de Deus,
Ao terminar a consulta, disse-lhe:
em favor da saúde humana. Certamente, dentre todas
- O senhor devia ser engenheiro.
as orientações recebidas ao reencarnar, o médico a-
- Por quê? Acha que tenho jeito?
prende como lidar com os enfermos, sob orientação do
- Bem, engenheiro lida com barro, cimento, cal, Evangelho, o mais perfeito manual de relações humanas.
tijolos... É mais fácil. Está mais de acordo com sua índo- e preparado para "pôr a mão no paciente", isto é, dar-
le. O senhor é frio, distante! lhe atenção, tratá-lo com gentileza, receitar menos,
- Ora, minha senhora. Há muita gente! Não posso conversar mais, motivá-lo para a saúde.
dar atenção a todos. Sou apaixonado pela Medicina.
- Pois deveria. Por mais gente que atenda, conside- Tenho certeza de que fui médico em vida anterior,
re que não está lidando com material de construção. provavelmente do tipo que fica melhor cuidando do
As pessoas, meu caro doutor, precisam de atenção, material de construção. Por isso, talvez, carrego a frus-
principalmente quando fragilizadas pela doença. tração de não ser discípulo de Hipócrates nesta exis-
Certamente o médico não mudou de profissão, tência.
mas seria bom para ele, e para seus clientes, se mudas- Evocando minha condição do passado, peço licença
se sua maneira de ser. aos colegas do presente, para dizer-lhes:
Meu pai, que foi enfermeiro, sempre falava de um Cuidado, senhores doutores! Não malbaratem as
médico humilde, de pouca cultura e precários conheci- oportunidades que lhes foram concedidas. Não frus-
mentos, que atendia no posto de saúde onde trabalha- trem os instrutores que os prepararam! Não negligenci-
va. em a orientação fundamental!
Por Deus! Ponham a mão nos pacientes!
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FOGO QUE VEM DO CÉU
Semelhante ao oxigênio que envolve e alimenta os
corpos físicos, e cuja presença a vista física não percebe,
do mesmo modo desconhece o homem a presença dos
sinais que o alcançam, oriundos de mentes de seres en-
carnados ou desencarnados.
Pode-se, pois, compreender por que os discípulos,
embora admitidos por Espíritos em missão, não conse-
guem separar o pensamento próprio das idéias que lhe
foram sugeridas, fenômeno comum no médium em desen-
volvimento.
Emmanuel observa que, na Terra, todos permanecem
―Entraram os apóstolos numa aldeia de samarita- sob a pressão de influências do bem e do mal. Por isso,
nos, a fim de prepararem pousada. Percebendo os diz ele, onde o homem acionar sua “parte inferior”, a
samaritanos que Jesus pretendia dirigir-se a Jerusa- sombra dos outros permanecerá em sua companhia. Da
lém, não levaram em conta o pedido dos discípulos. mesma forma, da zona que projetar sua “boa parte”, a luz
Vendo isso, Tiago e João perguntaram: Senhor, que- do próximo virá em seu encontro.
res que mandemos descer fogo do céu para os con- Porque Pedro não admite referências sobre a crucifi-
sumir? Jesus, porém, os repreendeu, dizendo: Vós cação, com veemência Jesus adverte: “Arreda-te de mim,
não sabeis de que espírito estais sendo animados. Satanás, porque és para mim pedra de tropeço”.
Eu não vim ao mundo para destruir as almas dos (Mateus,16:23.) No entanto, convém esclarecer que a
homens, mas para salvá-las‖ . (Lucas, 9:52 a 56.) censura não era endereçada a Pedro, mas ao Espírito que
o influenciava.
P
Considerando que, no domínio das emoções e dos
pensamentos, os seres podem se influenciar reciproca-
mente, surge o imperativo da oração e da vigilância sobre
erguntando ao mentor espiritual se os Espíri- as palavras e as criações mentais de cada instante.
tos influem nos pensamentos e nos atos do homem, Condicionados, no entanto, sobre o castigo de Deus,
Kardec obtém a seguinte resposta: “muito mais do que criado por Moisés no momento em que seres rebeldes
imaginais. Influem a tal ponto que, de ordinário, são eles são consumidos no deserto pelo fogo, ou engolidos pela
que vos dirigem”. terra (Números, 16:30 a 35), Tiago e João, pela cultura
Pode-se afirmar que o homem nunca está só, por- religiosa de berço, não percebem estar sob influência de
que, no mundo dos pensamentos, respira num imenso seres inferiores, o que determinou o esclarecimento do
firmamento de sinais que o influenciam segundo o grau Cristo, ao dizer-lhes que desconheciam a natureza do
de afinidade. Espírito sobre o qual estavam sendo animados ou influen-
Convém, por isso, recordar o imperativo de se es- ciados.
tabelecer domínio sobre os pensamentos e as imperfei- Ainda que o Pai lhe tenha atribuído toda a justiça, Je-
ções morais, por constituírem o elo vulnerável em que sus esclarece ter vindo ao mundo para salvá-lo, deixando
o homem padece maior influência espiritual. Por isso o à consciência de cada ser o julgamento próprio.
apóstolo Tiago afirmava que cada ser é tentado na pró-
pria concupiscência, o que significa dizer que a tentação NOTÍCIAS DO REINO – Vol. II – João J. Moutinho
atribuída ao Cristo não passa de significativa alegoria.
DESGOSTO DA VIDA— SUICÍDIO
QUESTÃO 946:- O QUE PENSAR DO SUICIDA QUE TEM POR OBJETIVO ESCAPAR DAS MISÉRIAS E
DECEPÇÕES DESTE MUNDO?
P
obres Espíritos, que não tem coragem de suportar as misérias da existência! Deus ajuda
aqueles que sofrem, e não aos que não tem força nem coragem. As aflições da vida
são provas ou expiações; felizes aqueles que as suportam sem queixas, porque serão
recompensados! Infelizes , ao contrário, os que esperam sua salvação do que , na incre-
dulidade deles, chamam de acaso ou sorte! O acaso ou sorte, para me servir da vossa lingua-
gem, podem, de fato, favorecê-los transitoriamente, mas é para fazê-los sentir mais tarde cruelmente o vazio
dessas palavras.
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O ATEU
―No íntimo do homem existe Deus‖. SANTO AGOSTINHO
C Candeia
onta um articulista que um
farmacêutico se dizia ateu
e vangloriava-se de seu
ateísmo. Deus, com certe-
za , deveria ser uma quimera, uma
dessas fantasias para enganar as Av Emb.PEDRO DE TOLEDO,382
pessoas incultas e menos letradas. Jd. AGUAPEÚ
Talvez alguns desesperados que ne- 11730-000 MONGAGUÁ -SP
cessitam de consolo e esperança.
Um dia, no quase crepúsculo, uma garotinha entrou em sua far-
mácia. Era loira, de tranças e trazia um semblante preocupado. Es- Tel: (013) 3448- 3218 (013) 3448-3973
tendeu um receita médica e pediu que a preparasse. www.geeld.blosgspot.com
geeld@yahoo.com.br
O farmacêutico, embora ateu, era sensível e emocionou-se ao
verificar o sofrimento daquela pequena que, enquanto ele se dispu-
nha a preparar a fórmula, assim se expressava- Prepare logo, moço,
o médico disse que minha mãe precisa com urgência dessa medica-
ção. GRUPO DE ESTUDOS
Com habilidade, pois era bom em seu ofício, o farmacêutico pre- ESPÍRITA “LÉON DENIS”
parou a fórmula, recebeu o pagamento e entregou o embrulho para
a menina, que saiu apressada, quase a correr.
Retornou o profissional para as suas prateleiras e preparou-se CONHEÇA O ESPIRITISMO, ESTUDE
O ESPIRITISMO, COMPREENDA O
para recolocar nos seus lugares os vidros dos quais retirara os ingre-
ESPIRITISMO, VIVENCIE O
dientes para aviar a receita. ESPIRITISMO
É quando se dá conta, estarrecido, que cometera um terrível en-
gano. Em vez de usar uma certa substância medicamentosa, usara a
DIRETORIA
dosagem de um violento veneno, capaz de causar a morte a qual- Presidente
quer pessoa. VERA LÚCIA S.N PEREIRA
Vice Presidente
As pernas bambearam. O coração bateu descompassado. Foi até DIONÍCIA MENDEZ RIVERA
a rua e olhou. ‘Nem sinal da pequena. Onde procurá-la? O que fa- 1º Secretário
PARAGUASSU NUNES PEREIRA
zer?” 2º Secretário
De repente, como se fosse tomado de uma força misteriosa, o MARCIA SINIGAGLIA N. PEREIRA
1º Tesoureiro
farmacêutico se indaga: JOSÉ ALVAREZ RIVERA
-E se Deus existir? 2º Tesoureiro
Coloca a mão na frente e roga: DURVALINO BARRETO
Conselho Fiscal
-Deus, se existes, me perdoa. Faze com que aconteça alguma MARIA ISABEL MACEDO, ADIRSON PEREIRA
coisa; qualquer coisa para que ninguém beba daquela droga que GOMES e RAMATHIS MACEDO DA ROCHA
—-oooOOOooo—-
preparei. Salva-me, Deus, de cometer um assassinato involuntário. Responsáveis pelo CANDEIA
Ainda se encontrava em oração, quando alguém acionou a cam- PARAGUASSU N PEREIRA e VERA LÚCIA S.N
PEREIRA
painha do balcão. Preocupado ele vai atender. Revisão
-Moço, pode preparar de novo, por favor ? Tropecei, cai e derru- JOSÉ A.RIVERA, PARAGUASSU N. PEREIRA e
VERA LÚCIA S.N. PEREIRA
bei o vidro. Perdi todo o remédio. Pode fazer de novo, pode ? Diagramação
O farmacêutico se reanima. Prepara novamente a fórmula com PARAGUASSU NUNES PEREIRA
todo o cuidado e entrega a menina, dizendo que não custa nada. Impressão
GRÁFICA ITANHAÉM
Ainda formula votos de saúde para a mãe adoentada. (013) 34222-2077 - ITANHAÉM-SP
Desse dia em diante, o farmacêutico reformulou suas idéias.
Decidiu ler e estudar a respeito do que dizia não crer . ―O AMOR É DE ESSÊNCIA
Por que embora a sua descrença, Deus que é Pai de todos, aten- DIVINA E TODOS VÓS, DO PRIMEI-
RO AO ÚLTIMO, TENDES NO FUN-
deu a sua oração e lhe estendeu a Sua misericórdia. DO DO CORAÇÃO, A CENTELHA
HISTÓRIAS QUE TOCAM O CORAÇÃO
DESSE FOGO SAGRADO.”
GUILHERME VICTOR M. CORDEIRO ( O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO )
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EVENTOS ESPÍRITA
FEIRA DO LIVRO ESPÍRITA ―LEON DENIS
H
ENCONTRO COM JOSÉ CARLOS DE LUCCA
á mais de um mês, a Livraria Espírita Leon
―TEMA ―CURA ESPIRITUAL‖
E
Denis, vinculada ao Grupo de Estudos Espírita
m 19 de junho, na Casa Espírita An- Leon Denis, vem promovendo a Feira do Li-
dré Luiz, de Itanhaém, aconteceu um vro Espírita, no restaurante “Espaço Praia”,
seminário com o orador espírita Jose em todos os sábados e domingos no período das 12 até as 15
Carlos de Lucca, que trouxe como horas, apresentando uma variedade de mais de cem títulos.
tema a questão da cura espiritual. O evento Não só pelo fato de se estar promovendo a divulgação
contou com a participação da população da doutrina espírita por meio da mídia literária, as feiras de
espírita e de simpatizantes oriunda das cida- livros também oferecem uma excelente oportunidade de se
des do litoral sul, incluindo Itariri, Pedro de estar mais próximo de nossos próximos, viabilizando-nos
Toledo e Registro, onde se reuniram mais de cem pessoas. prestar esclarecimentos, orientações e muitas vezes o pró-
José Carlos de Lucca é juiz de direito em São Paulo, escri- prio consolo, sempre a luz da filosofia espírita, a qual está
tor e palestrante espírita. Desde pequeno sentiu profundo im- pautada no evangelho do Mestre Jesus.
pulso para o estudo de temas ligados à espiritualidade, desen- Diariamente, são recebidos, no Espaço Praia, para os
volvendo seus potenciais no campo da mediunidade de consolo almoços de fim de semana, cerca de cento e cinquenta pesso-
e esclarecimento. as, que, se não espíritas ou simpatizantes, tem despertado a
Já realizou, graciosamente, mais de mil e quinhentas pales- curiosidade em comparecer até nosso estande para conhecer
tras focadas em motivação e desenvolvimento do potencial o “que as obras espíritas têm a oferecer” como esclarecimen-
espiritual do ser humano, falando a um público estimado em to filosófico, científico e religioso, que outras obras, provavel-
mais de 350.000 pessoas. mente, não possuem!
Fundou, juntamente com outros amigos, o Grupo Espírita Deixamos aqui nosso convite para que venham conhecer
nossa Feira de Livros, bem como os serviços oferecidos de
Esperança (www.grupoesperanca.com.br), onde juntos traba- buffete com excelente apresentação de música ao vivo, do
lham na divulgação e prática do Espiritismo, promovendo o “Espaço Praia Restaurante”, todos os sábados e domingos na
potencial de luz de cada um de nós como a mais excelente te- Av. Pres. Castelo Branco, 17.676, anexo à Colônia de Férias
dos Eletricitários do Estado de São Paulo.
rapia para os sofrimentos humanos.
Também não poderíamos deixar de agradecer, aqui, a
inestimável colaboração de nossos trabalhadores voluntários
que se dedicam a prestar atendimento no evento; Marinalva,
Marinez, Zenilda, Milagros, Virgínia e Evaristo. E a quem possa
interessar, estamos recrutando mais trabalhadores para este e
futuros eventos!
Queremos também agradecer ao “Espaço Praia Restau-
rante”, que gentilmente cede seu espaço, permitindo, dessa
forma, viabilizar a realização deste evento, contribuindo acima
de tudo com a “causa espírita”.
FESTA JUNINA NO ESPAÇO PRAIA RESTAURANTE Visite nosso site livrarialeondenis.blogspot.com, onde você
N
o dia 25 de junho passado, o Espaço Praia Restau- poderá comprar ou encomendar seu livro preferido.
rante cedeu, mais uma vez, oportunidade para a
participação do GEELD em sua Festa Junina que
vinha sendo realizada desde o dia 23. Além de nosso
estande de livros espíritas foi nos permitido a venda de algumas
iguarias típicas, cuja renda objetiva colaborar com o montante
numerário arrecadado em nosso bazar, livraria, colaborações e
mensalidades dos sóciois contribuintes e efetivos e de outras
doações.
Com música ao vivo e, evidentemente muita comida típica, o
evento transcorreu em clima de muita harmonia e tranquilidade
com a presença de mais de uma centena de pessoas.
Para quem ainda não conhece, o Espaço Praia está locali-
zado na Av. Pres. Castelo Branco, na Praia Grande, Bairro Fló-
rida, no número 17.676, anexo à Colônia de Férias dos Eletrici-
tários do Estado de São Paulo. No local, onde pode ser realiza-
do almoços confraternativos, festas, etc, também existem sa-
lões devidamente estruturados para a realização de reuniões,
seminários e conferências. Nesses casos contactar antecipada-
mente, para maiores esclarecimentos, através dos telefones CAMPANHA DO AGASALHO
ELISABETE E EQUIPE
Facilitadoras para um inverno mais quenti-
nho junto aos irmãos na atual necessidade.
Nossos sinceros agradecimentos pelo tra-
balho realizado dessas irmãs de luta.
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Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
ANO III N° 13 Mongaguá -SP Setembro/Outubro de 2011
BAZAR BANEFICENTE “ LÉON DENIS”
ROUPAS CALÇADOS UTENSÍLIOS DOMÉSTICO ELETRÔNICOS
ABERTO:- NAS SEGUNDAS—TERÇAS E NAS QUINTAS FEIRA - DAS 14H00 ÀS 17H00