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Texto e Discurso Prof. Msc. Roberta Scheibe
Os textos têm a propriedade intrínseca de se constituir a partir de outros textos. Por isso, todos eles são atravessados, ocupados, habitados pelo discurso do outro. Por conseguinte, a linguagem é fundamentalmente constitutivamente heterogênea. Um texto remete a duas concepções diferentes: aquela que ele defende e aquela oposição à qual ele se constrói. Nele, ressoam duas vozes, dois pontos de vista. As vozes presentes no Texto
Sob as palavras de um discurso, há outras palavras, outro discurso, outro ponto de vista social. Para constituir sua concepção sobre um dado tema, o falante leva sempre em conta a de outro, que, de certa forma, está, pois, também presente no discurso construído (p.29). O discurso é sempre a arena em que lutam esses pontos de vista em oposição. O discurso é sempre, pois, a materialização de uma maneira social de consideração por questão. Todo discurso é histórico.
Uma VOZ importante demarcada no texto é a questão do DISCURSO DIRETO E DISCURSO INDIRETO. O DISCURSO DIRETO é uma espécie de teatralização da fala dos outros. Por isso, produz um efeito de sentido de verdade. O leitor ou ouvinte tem a impressão de que quem cita preservou a integridade do discurso citado e que, portanto, é autêntico o que ele reproduziu. É como se ouvisse a pessoa citada falar com suas próprias palavras e com a mesma carga de subjetividade.
Como há dois tipos de discurso indireto (o que analisa o conteúdo e o que analisa a expressão), esse procedimento de citação do discurso alheio pode criar diferentes espécies de efeito de sentido. Dado que o primeiro tipo elimina os elementos emocionais ou afetivos presentes no discurso direto (por exemplo, as interrogações, as exclamações, as formas imperativas, as interjeições), produz um efeito de sentido de objetividade analítica. Nele o narrador revela somente o conteúdo do discurso da personagem e não o modo como ela o disse.
“Há procedimentos lingüísticos que servem para mostrar diferentes vozes no texto, mas que não demarcam com precisão os limites entre elas. Um deles é o discurso indireto livre.”  DISCURSO DIRETO:  Fabiano pensou: - eu estou indeciso. DISCURSO INDIRETO: Fabiano pensou que estava indeciso. DISCURSO INDIRETO LIVRE: Ele estava indeciso.
Um texto tem muitas significações. Pode ser temático ou figurativo. Um texto figurativo é uma fábula, um texto também pode ser dissertativo no sentido de ser abstrato.
“Há duas formas básicas de discurso: os predominantemente concretos e os predominantemente abstratos. Os primeiros são os chamados figurativos. Os segundos, temáticos. Aqueles são constituídos com figuras, ou seja, termos concretos; estes, com temas, isto é, palavras abstratas. (...) Os textos figurativos produzem um efeito de realidade e, por isso, representam o mundo, criam uma imagem do mundo, com seus seres, seus acontecimentos, etc.; os temáticos explicam as coisas do mundo, ordenam-nas, classificam-nas, interpretam-nas, estabelecem relações e dependências entre elas, fazem comentários sobre suas propriedades. Os primeiros criam um efeito de realidade, porque trabalham com o concreto; os segundos explicam, porque operam com aquilo que é apenas conceito. Os primeiros têm uma função representativa e os segundos uma função interpretativa.” A figuratividade de um texto (as figuras, o que não é abstrato) deve dialogar com a verossimilhança.
É importante lembrar que nos textos e nos discursos há variações lingüísticas; ou seja, uma característica de todas as línguas do mundo, segundo FIORIN e SAVIOLI, é que elas não são unas, não são uniformes, mas apresentam variedades, ou seja, não são faladas da mesma maneira por todos os seus usuários. As línguas têm formas variáveis porque a sociedade é dividida em grupos identitários. Essa variação lingüística pode ser em nível de sons (pronúncia por região), morfologia (erros de conjugação); sintaxe (tu vai), léxico (carapanã e mosquito).
Na fala, o planejamento e a execução do texto são simultâneos. O texto falado é cheio de pausas, frases truncadas, repetições, correções, períodos começados... O texto escrito não contém marcas de planejamento e de execução. Elas são retiradas dele. Apresenta-se o produto pronto e não em elaboração na fala. Na fala alternam-se os papéis do falante e do ouvinte. Há diálogo. Na escrita, não há essa possibilidade de alternância, pois, mesmo que se crie um diálogo, ele será uma simulação de conversa e não um diálogo real, com interrupções, tentativas de não deixar o outro tomar a palavra, etc.
Em jornais sensacionalistas, por exemplo, o uso de termos da linguagem oral é um dos recursos utilizados para aproximar o jornal de seu público, normalmente constituído de pessoas menos habituadas ao padrão da escrita. Não se escrevem da mesma maneira os artigos do folhateen, suplemento para jovens do jornal folha de s Paulo e os editoriais desse jornal.
“O funcionamento dos discursos espontâneos, dos discursos que trocamos uns com os outros no decurso da vida quotidiana, é intermitente, pontuado por todo um conjunto de hesitações, de esperas, de rupturas, de silêncio, de derivas. O discurso midiático, pelo contrário, flui de maneira constante e ininterrupta, encadeia enunciados que se apresentam habitualmente de forma acabada, escondendo os seus processos de gestação” (RODRIGUES, Adriano Duarte. In: MOUILLAUD; PORTO. 2002, p. 217) Discursos...
“Este efeito de completude resulta da camuflagem do processo de enunciação, através do uso predominante da terceira pessoa que, como sabemos, é forma verbal da não-pessoa. O uso predominante da terceira pessoa garante o discurso midiático, como aliás também aos discursos histórico e científico, como estratégia de universalidade referencial dos enuncidos, uma credibilidade da narração dos fatos independente do lugar de fala do enunciador”. (RODRIGUES, Adriano Duarte. In: MOUILLAUD; PORTO. 2002, p. 217)
“No discurso midiático, os silêncios são insuportáveis, uma vez que assinalam a perda da relação com o público e são, por conseguinte, encarados como um risco letal para o próprio funcionamento do seu dispositivo de enunciação. Falar, falar sempre, mesmo que seja para não dizer nada; falar apenas para manter a antena aberta, para não perder o contato com o público, para preencher a programação, para enchera a página do jornal. É por isso que uma das funções comunicacionais mais importantes do discurso midiático, além da FUNÇÃO REFERENCIAL,  que consiste em dar conta dos acontecimentos que ocorrem no mundo, é a função fática, que consistem na manutenção do contato com o público”. (RODRIGUES, Adriano Duarte. In: MOUILLAUD; PORTO. 2002, p. 218) “E, no entanto, existem diversas modalidades de silêncio no funcionamento do discurso da mídia. E, antes de mais, a do silêncio dos destinatários, a ausência da palavra por parte do público. É este silêncio que torna o público presente, instituindo-o como uma autêntica instância de interlocução”.
FIORIN, José Luiz; PLATÃO, Francisco Savioli. Lições de texto: leitura e redação. 4. ed. São Paulo: Ática, 2004. VANOYE, F. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e escrita. São Paulo: Martins Fontes, 1987. Bibliografias:

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Texto e discurso as vozes presentes no texto

  • 1. Texto e Discurso Prof. Msc. Roberta Scheibe
  • 2. Os textos têm a propriedade intrínseca de se constituir a partir de outros textos. Por isso, todos eles são atravessados, ocupados, habitados pelo discurso do outro. Por conseguinte, a linguagem é fundamentalmente constitutivamente heterogênea. Um texto remete a duas concepções diferentes: aquela que ele defende e aquela oposição à qual ele se constrói. Nele, ressoam duas vozes, dois pontos de vista. As vozes presentes no Texto
  • 3. Sob as palavras de um discurso, há outras palavras, outro discurso, outro ponto de vista social. Para constituir sua concepção sobre um dado tema, o falante leva sempre em conta a de outro, que, de certa forma, está, pois, também presente no discurso construído (p.29). O discurso é sempre a arena em que lutam esses pontos de vista em oposição. O discurso é sempre, pois, a materialização de uma maneira social de consideração por questão. Todo discurso é histórico.
  • 4. Uma VOZ importante demarcada no texto é a questão do DISCURSO DIRETO E DISCURSO INDIRETO. O DISCURSO DIRETO é uma espécie de teatralização da fala dos outros. Por isso, produz um efeito de sentido de verdade. O leitor ou ouvinte tem a impressão de que quem cita preservou a integridade do discurso citado e que, portanto, é autêntico o que ele reproduziu. É como se ouvisse a pessoa citada falar com suas próprias palavras e com a mesma carga de subjetividade.
  • 5. Como há dois tipos de discurso indireto (o que analisa o conteúdo e o que analisa a expressão), esse procedimento de citação do discurso alheio pode criar diferentes espécies de efeito de sentido. Dado que o primeiro tipo elimina os elementos emocionais ou afetivos presentes no discurso direto (por exemplo, as interrogações, as exclamações, as formas imperativas, as interjeições), produz um efeito de sentido de objetividade analítica. Nele o narrador revela somente o conteúdo do discurso da personagem e não o modo como ela o disse.
  • 6. “Há procedimentos lingüísticos que servem para mostrar diferentes vozes no texto, mas que não demarcam com precisão os limites entre elas. Um deles é o discurso indireto livre.” DISCURSO DIRETO: Fabiano pensou: - eu estou indeciso. DISCURSO INDIRETO: Fabiano pensou que estava indeciso. DISCURSO INDIRETO LIVRE: Ele estava indeciso.
  • 7. Um texto tem muitas significações. Pode ser temático ou figurativo. Um texto figurativo é uma fábula, um texto também pode ser dissertativo no sentido de ser abstrato.
  • 8. “Há duas formas básicas de discurso: os predominantemente concretos e os predominantemente abstratos. Os primeiros são os chamados figurativos. Os segundos, temáticos. Aqueles são constituídos com figuras, ou seja, termos concretos; estes, com temas, isto é, palavras abstratas. (...) Os textos figurativos produzem um efeito de realidade e, por isso, representam o mundo, criam uma imagem do mundo, com seus seres, seus acontecimentos, etc.; os temáticos explicam as coisas do mundo, ordenam-nas, classificam-nas, interpretam-nas, estabelecem relações e dependências entre elas, fazem comentários sobre suas propriedades. Os primeiros criam um efeito de realidade, porque trabalham com o concreto; os segundos explicam, porque operam com aquilo que é apenas conceito. Os primeiros têm uma função representativa e os segundos uma função interpretativa.” A figuratividade de um texto (as figuras, o que não é abstrato) deve dialogar com a verossimilhança.
  • 9. É importante lembrar que nos textos e nos discursos há variações lingüísticas; ou seja, uma característica de todas as línguas do mundo, segundo FIORIN e SAVIOLI, é que elas não são unas, não são uniformes, mas apresentam variedades, ou seja, não são faladas da mesma maneira por todos os seus usuários. As línguas têm formas variáveis porque a sociedade é dividida em grupos identitários. Essa variação lingüística pode ser em nível de sons (pronúncia por região), morfologia (erros de conjugação); sintaxe (tu vai), léxico (carapanã e mosquito).
  • 10. Na fala, o planejamento e a execução do texto são simultâneos. O texto falado é cheio de pausas, frases truncadas, repetições, correções, períodos começados... O texto escrito não contém marcas de planejamento e de execução. Elas são retiradas dele. Apresenta-se o produto pronto e não em elaboração na fala. Na fala alternam-se os papéis do falante e do ouvinte. Há diálogo. Na escrita, não há essa possibilidade de alternância, pois, mesmo que se crie um diálogo, ele será uma simulação de conversa e não um diálogo real, com interrupções, tentativas de não deixar o outro tomar a palavra, etc.
  • 11. Em jornais sensacionalistas, por exemplo, o uso de termos da linguagem oral é um dos recursos utilizados para aproximar o jornal de seu público, normalmente constituído de pessoas menos habituadas ao padrão da escrita. Não se escrevem da mesma maneira os artigos do folhateen, suplemento para jovens do jornal folha de s Paulo e os editoriais desse jornal.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15. “O funcionamento dos discursos espontâneos, dos discursos que trocamos uns com os outros no decurso da vida quotidiana, é intermitente, pontuado por todo um conjunto de hesitações, de esperas, de rupturas, de silêncio, de derivas. O discurso midiático, pelo contrário, flui de maneira constante e ininterrupta, encadeia enunciados que se apresentam habitualmente de forma acabada, escondendo os seus processos de gestação” (RODRIGUES, Adriano Duarte. In: MOUILLAUD; PORTO. 2002, p. 217) Discursos...
  • 16. “Este efeito de completude resulta da camuflagem do processo de enunciação, através do uso predominante da terceira pessoa que, como sabemos, é forma verbal da não-pessoa. O uso predominante da terceira pessoa garante o discurso midiático, como aliás também aos discursos histórico e científico, como estratégia de universalidade referencial dos enuncidos, uma credibilidade da narração dos fatos independente do lugar de fala do enunciador”. (RODRIGUES, Adriano Duarte. In: MOUILLAUD; PORTO. 2002, p. 217)
  • 17. “No discurso midiático, os silêncios são insuportáveis, uma vez que assinalam a perda da relação com o público e são, por conseguinte, encarados como um risco letal para o próprio funcionamento do seu dispositivo de enunciação. Falar, falar sempre, mesmo que seja para não dizer nada; falar apenas para manter a antena aberta, para não perder o contato com o público, para preencher a programação, para enchera a página do jornal. É por isso que uma das funções comunicacionais mais importantes do discurso midiático, além da FUNÇÃO REFERENCIAL, que consiste em dar conta dos acontecimentos que ocorrem no mundo, é a função fática, que consistem na manutenção do contato com o público”. (RODRIGUES, Adriano Duarte. In: MOUILLAUD; PORTO. 2002, p. 218) “E, no entanto, existem diversas modalidades de silêncio no funcionamento do discurso da mídia. E, antes de mais, a do silêncio dos destinatários, a ausência da palavra por parte do público. É este silêncio que torna o público presente, instituindo-o como uma autêntica instância de interlocução”.
  • 18. FIORIN, José Luiz; PLATÃO, Francisco Savioli. Lições de texto: leitura e redação. 4. ed. São Paulo: Ática, 2004. VANOYE, F. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e escrita. São Paulo: Martins Fontes, 1987. Bibliografias: