O presente trabalho pretende estudar o tratamento que a mulher tem na imprensa diária de Moçambique no dia 7 de Abril de 2015, dia da mulher moçambicana. Sem querer ser conclusivo neste tópico diverso, pautou-se por escolher apenas um dia de análise, aspecto consequente do tempo da pesquisa, o aspecto referente ao tempo de pesquisa não compromete o carácter de ser representativo do trabalho nem os objectivos aqui pretendidos.
A pergunta orientadora é: de que forma a Imprensa Diária moçambicana trata a mulher no dia 7 de abril? Para tal, se adianta em forma de hipóteses algumas ideias; h1). Por se tratar do dia 7 de Abril, a mulher ganha maior visibilidade na imprensa diária em todas as temáticas; (h2). A imprensa diária exalta o acto comemorativo per si e deixa de relatar os problemas referente a género.
Desejamos ao leitor, uma óptima leitura!
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Tratamento da Mulher na Imprensa diária de Moçambique no dia 7 de Abril de 2015
1. Tema
TRATAMENTO MEDIÁTICO DA MULHER NO DIA 7 DE ABRIL: CASO DOS
JORNAIS NOTÍCIAS E O PAÍS
Rogério Marques Benedito Júnior1
Maputo, Abril 2016
1
Estudante de Licenciatura em Jornalismo na Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo
Mondlane
3. INTRODUÇÃO
O presente trabalho pretende estudar o tratamento que a mulher tem na imprensa diária de
Moçambique no dia 7 de Abril, dia da mulher moçambicana. Sem querer ser conclusivo
neste tópico diverso, pautou-se por escolher apenas um dia de análise, aspecto consequente
do tempo da pesquisa, o aspecto referente ao tempo de pesquisa não compromete o carácter
de ser representativo do trabalho nem os objectivos aqui pretendidos.
A pergunta orientadora é: de que forma a Imprensa Diária moçambicana trata a mulher no
dia 7 de abril? Para tal, se adianta em forma de hipóteses algumas ideias; h1). Por se tratar
do dia 7 de Abril, a mulher ganha maior visibilidade na imprensa diária em todas as
temáticas; (h2). A imprensa diária exalta o acto comemorativo per si e deixa de relatar os
problemas referente a género.
Se é verdade ou não a pesquisa irá nos responder. A primeira parte do trabalho está voltado
para a problemática e é seguido de um panorama geral sobre a situação de igualdade de
género em moçambique, conceitos, métodos e a respectiva apresentação e interpretação dos
dados bem como conclusão e recomendações. Desejamos ao leitor, uma óptima leitura!
4. OBJECTIVOS
Geral
Estudar o tratamento da mulher na imprensa diária no dia 7 de abril (2010 e 2015)
Específicos
Identificar o número de matérias abordam a mulher;
Descrever preocupações de interesse social da classe de mulheres e temas específicos
com visibilidade nos meios de comunicação social;
Compreender a abrangência das matérias (se é local, regional, nacional e
internacional);
Analisar os formatos das entradas (Notícias, reportagens, editorial, artigo de opinião,
etc);
PROBLEMÁTICA
Historicamente a mídia recusa a adopção de uma perspectiva de género em seus conteúdos e
reforça os estereótipos de género, facto que limita a veiculação da opinião das mulheres em
geral e torna invisível a sua participação em todas as esferas da sociedade.
A mídia tem o poder de influenciar comportamentos, opiniões, definir pautas para o debate
público e actuar como espaço privilegiado para a comunicação e a intervenção pública.
Graças ao papel de visibilizar, os meios de comunicação social são chamados a tomar uma
presença activa na promoção e na advocacia de políticas que defendam os direitos e
interesses de grupos descriminados e desfavorecidos (inclusive as mulheres).
Esta linha deve desenvolver actividades que promovem comunicação que advogue a
adopção de políticas sociais inclusivas. Ainda é responsável por desenvolver pesquisas e
debates que reflictam sobre diversas problemáticas sociais como (1) descriminação racial,
(2) imigração, (3) drogas e toxicodependências, (4) prostituição, (5) criminalidade, (6)
descriminação da criança, (7) promoção de direitos da criança e igualdade de género.
5. Em Moçambique, o combate a estereotípicos machistas é o enteado desprezado da política
do governo. Dificilmente é feito algo para mudar a maneira de pensar nesta área crucial2
. As
imagens baseadas no papel tradicional do género são omnipresentes e, ao que tudo indica,
nada está a ser feito para se mudar o tratamento e representação da mulher nos Media.
A rádio e a televisão em Moçambique cobrem, respectivamente, 100% e 60% do país em
termos geográficos. A transmissão da rádio nacional compreende 23 línguas e alcança quase
toda a população3
. Estes dois Media podiam mudar o modo de pensar, mas não mudam.
Pior, muitas associações dizem que não só as informações dos Media pertencentes ao Estado
não procuram mudar a imagem das mulheres como também continuam a usar imagens que
são discriminatórias. As mesmas (associações) desejam que os assuntos do género sejam
incluídos na programação e acusam o Estado de fugir de suas responsabilidades nos assuntos
referente a género.
A sensibilização da opinião pública para as temáticas em debate e para a sua relevância na
vida em sociedade está dependente da agenda mediática. Os Media constituem-se como
construtores da opinião pública evidenciam certos temas em detrimento de outros e trazem
ao espaço de discussão colectiva certas problemáticas, consequentemente, oferecem as suas
próprias leituras dos acontecimentos, do que é ou não importante, de quem pode ou não ter
voz, do que pode e deve ser conhecido e debatido colectivamente4
.
A influência dos órgãos de comunicação social reside em agirem consoante os próprios
critérios de noticiabilidade e rotinas organizacionais. Não só, como também reside na
capacidade de modelarem as mensagens que percorrem o espaço público. Como meios de
influência da agenda pública têm, indiscutivelmente, clara importância para os movimentos
de mulheres.
Na Plataforma de Acção de Pequim (PAP) reconhece-se que “os Media contêm, em todo o
lado, o potencial para fazer maiores contribuições para o avanço das mulheres”. Ao
analisar a forma como os meios de comunicação tratam as “questões sociais”, não só
2
Liga Moçambicana dos Direitos Humanos, Direitos De Mulher No Moçambique: Dever de terminar práticas ilegais.
2007. 24p
3
Ibdem
4
PECA, Marta. Os Movimentos das Mulheres em Portugal. Universidade de Coimbra. 115 p
6. compreendemos melhor o papel da comunicação social na esfera pública nacional e a sua
relação com as políticas e instituições nacionais, mas contribuímos também para “aumentar
a participação e acesso das mulheres à expressão e à tomada de decisão - pelos media”, bem
como “promover uma representação das mulheres equilibrada e não estereotipada nos meios
de comunicação”, como pretendido pela ONU (Plataforma de Acção de Pequim, 2005:
Secção J).
Partilhamos da visão de Gallagher (1995), quando nos diz que se os meios de comunicação
são, por vezes, acusados de retirar poder às mulheres têm igualmente potencial para lhes
proporcionar esse mesmo poder. Se Reconhece esta qualidade intrínseca ao Media, por isso
interessa compreender, a nível local, de que forma a Imprensa diária moçambicana trata a
mulher no dia 7 de abril?
O Significado do dia sete de Abril5
O dia 7 de Abril é considerado Dia da Mulher Moçambicana. Trata-se de um feriado oficial
em Moçambique, celebrado a 7 de Abril, aniversário da morte de Josina Machel (7 de
Abril de 1971), segunda esposa de Samora Machel, primeiro presidente de Moçambique.
Josina, que se juntou à Luta Armada de Libertação Nacional ainda jovem, é considerada
uma heroína de Moçambique.
Josina é considerada modelo de inspiração do movimento de mulheres6
. Na luta pela
libertação de Moçambique, desempenhou um papel muito importante. Foi uma das
fundadoras do Destacamento Feminino, chefe da Seção dos Assuntos Sociais e chefe da
Seção da Mulher no Departamento de Relações Exteriores da FRELIMO. Foi ela que
impulsionou a criação do Centro Infantil de Nangade, em Cabo Delgado, onde elementos do
Destacamento Feminino tomavam conta das crianças que ficavam órfãs ou cujos pais
estavam ausentes, no combate da FRELIMO pela libertação nacional.
5
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_da_Mulher_Mo%C3%A7ambicana (Acedido no dia 27 Março de 2015)
6
https://pt.wikipedia.org/wiki/Josina_Machel ((Acedido no dia 27 Março de 2015)
7. Nesta data, em escala nacional os Media têm dado atenção às mulheres através de
relatos de vários assuntos que preocupam esta camada. Pelo que, podemos ver alguns
trechos de títulos, que as mulheres recebem neste dia, na imprensa diária de moçambique:
8. MÉTODOS E TÉCNICAS DE RECOLHA DE DADOS
Os métodos, assim como as técnicas de pesquisa devem adequar-se ao problema a ser
estudado, às hipóteses levantadas, ao tipo de informantes com que se vai entrar em contacto.
Dependerão do objecto da pesquisa, dos recursos financeiros, da equipe humana e de outros
elementos da investigação7
.
Dado que a nossa pesquisa enquadra-se no tipo descritivo8
, no presente trabalho vamos usar
o método de abordagem comparativo, pois, trata-se de uma pesquisa que visa analisar dois
jornais com o objectivo de averiguar, entre eles, qual é que foi o tratamento que estes,
7
MARCONI, Maria, LAKATOS, Eva, Fundamentos de metodologia científica, Atlas, 5ª edição, São Paulo, 2003.
8
Pesquisa descritiva é aquela de opinião ou pesquisa de atitude, pesquisa de motivação, estudo de caso, análise do trabalho,
e pesquisas documentais. Aqui, o pesquisador procura conhecer e interpretar a realidade. Interessa-se em descobrir e
observar fenómenos – procura descrevê-los, classificá-los e interpretá-los.
9. isoladamente deram a mulher no dia sete de abril, para, somente daí conhecer as suas
motivações.
É importante salientar que o método comparativo ajuda-nos a explicar os fenómenos e
permite-nos analisar um dado concreto, deduzindo desse “os elementos constantes, abstratos
e gerais9
”. Por outro lado, este tipo de método – comparativo – procede pela investigação de
indivíduos, classes, fenómenos ou fatos, com vistas a ressaltar as diferenças e as
similaridades entre eles. “Sua ampla utilização nas ciências sociais deve-se ao fato de
possibilitar o estudo comparativo de grandes agrupamentos sociais, separados pelo espaço e
pelo tempo10
”.
A entrevista exploratória, a leitura e a observação também foram técnicas ou instrumentos
usados no processo de colecta de informações. Como nos propusemos no início, a nossa
intenção é compreender, através deste pequeno estudo, o tratamento em que as mulheres são
dadas na imprensa diária nacional no dia sete de abril. Para tal, vamos seguir os seguintes
passos: (1) Identificar o número de matérias, e suas respectivas páginas, que abordam a
mulher; (2) Descrever a classe de mulheres e temas específicos que as mulheres tiveram
visibilidade; (3) Compreender a abrangência das matérias (se é local, regional, nacional e
internacional); (4) Analisar os formatos das entradas (Notícias, reportagens, editorial, artigo
de opinião, etc);
Os nossos objectos de estudo são dois jornais de circulação nacional, diários,
nomeadamente: Jornal O País e O jornal Noticiais. As Amostras Selecionadas, dado o tempo
para a pesquisa, são o dia 7 de Abril do ano 2015, isto é, duas edições do dia sete de abril do
ano mencionado. Todos juntos perfazem 2 edições.
Vamos por partes: (1) Identificar o número de matérias, e suas respectivas páginas que
abordam a mulher – Aqui o grupo vai elencar num quadro comparativo as quantidades
encontradas das matérias voltadas para a mulher. Esta variável é importante para medir o
grau de destaque que este grupo genérico tem; (2) Descrever a classe de mulheres e temas
específicos que as mulheres tiveram visibilidade – aqui o mesmo processo vale. Vamos
9
MARCONI, Maria, LAKATOS, Eva, Fundamentos de metodologia científica, Atlas, 5ª edição, São Paulo, 2003.
10
GIL, António, Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, Atlas, 6ª Edição, São Paulo, 2008
10. identificar os temas em que as mulheres estão e são mais destacadas. Isto vai nos ajudar a
compreender o olhar da Media para a mulher; (3) Compreender a abrangência das matérias
(se é local, regional, nacional e internacional); (4) Analisar os formatos das entradas
(Notícias, reportagens, editorial, artigo de opinião, etc) – Já dizem vários cientistas do
jornalismo que quanto profundo for o texto jornalístico maior é a relevância do assunto
tratado. Por isso, esta é uma variável extremamente importante para ver se as mulheres, elas
próprias, são temas de destaque na Media nacional;
APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
1. O número de matérias que abordam a mulher
ANO JORNAIS QUANTIDADE
2015
Notícias 5
O País 6
O quadro acima mostra que em termos quantitativos o jornal O País publicou mais matérias
sobre a mulher neste dia em detrimento do Jornal Notícias, o de maior circulação nacional.
Ora vejamos os dados graficamente:
6
5
Número de Materias
O Pais
Noticias
11. 2. Os temas sobre a mulher
ANO JORNAIS TÍTULOS TEMAS
2015
Notícias
1. Sociedade Notícia Homenageia colaboradoras Festa
2. Faltam Obras de Mulheres Combatentes
Literatura
3. Hoje é dia da Mulher Moçambicana
Festa
4. Nyusi Saúda a Mulher Moçambicana
Empoderamento
5. Frelimo Felicita Festa
O País
1. Não existem profissões masculinas Emprego
2. Paloma Sedada para se manter tranquila Entretenimento
3. Modelo Presa no Paquistão Crime
4. Nyeleti Mondlane em são Tomé para
Consultas
Saúde
5. Nyusi diz que hoje é dia de reflexão
Empoderamento
6. Mulheres aos olhos dos homens
Opinião Popular
Nesta variável o Jornal Notícias foi menos temático relativamente ao jornal O país. Este
último teve uma maior diversificação temática. Veja-se:
3
1
2
1
1
1
1
1
Temas sobre a mulher
Festa
Literatura
Empoderamento
Emprego
Entretenimento
Crime
Saúde
Opinão Popular
12. 3. A classe de mulheres
ANO JORNAIS TÍTULOS CLASSE
2015
Notícias
1. Sociedade Notícia Homenageia colaboradoras Funcionarias
2. Faltam Obras de Mulheres Combatentes Combatentes
3. Hoje é dia da Mulher Moçambicana N/A
4. Nyusi Saúda a Mulher Moçambicana N/A
5. Frelimo Felicita N/A
O País
1. Não existem profissões masculinas; Mecânica
2. Paloma Sedada para se manter tranquila Actriz
3. Modelo Presa no Paquistão Modelo
4. Nyeleti Mondlane em são Tomé para
Consultas
Governante
5. Nyusi diz que hoje é dia de reflexão N/A
6. Mulheres aos olhos dos homens N/A
Aqui o jornal demonstra uma tendência de valorizar os assuntos que tenham enfoque para as
mulheres num âmbito geral, aqui, categorizado como “n/a”. Essa tendência foi menos
seguida pelo jornal O país. Regra geral, o Notícias baseou-se mais pelos assuntos agendados
pelos políticos. Agregando todos os dados recolhidos temos a seguinte representação
gráfica:
1
1
1
1
1
1
5
Classe das mulheres
Funcionarias
Combatentes
Mecanica
Actriz
Modelo
Governante
N/A
13. 6. Abrangência das matérias
ANO JORNAIS TÍTULOS ABRANGÊNCIA
2015
Notícias
1. Sociedade Notícia Homenageia colaboradoras Empresarial
2. Faltam Obras de Mulheres Combatentes Nacional
3. Hoje é dia da Mulher Moçambicana Nacional
4. Nyusi Saúda a Mulher Moçambicana Nacional
5. Frelimo Felicita National
O País
1. Não existem profissões masculinas; Provincial
2. Paloma Sedada para se manter tranquila Internacional
3. Modelo Presa no Paquistão Internacional
4. Nyeleti Mondlane em são Tomé para
Consultas
Nacional
5. Nyusi diz que hoje é dia de reflexão Nacional
6. Mulheres aos olhos dos homens Provincial
Sobre a abrangência das notícias publicadas pelos ambos jornais, o Jornal Notícias
privilegiou mais os assuntos de abrangência Nacional possuindo apenas uma notícia em que
faz referencia às suas empregadas, sendo por isso mesmo, uma matéria de abrangência
empresarial. Diferente procede o Jornal O País. A sua abrangência é bastante diversa. Esta
varia de internacional, nacional e provincial. Assim, de uma forma geral, os órgãos todos
eles juntos tiveram a seguinte prestação:
6
1
2
2
Abrangência das matérias
Nacional
Empresarial
Provincial
Internacional
14. 7. Os formatos das entradas
Sobre os formatos temos o jornal Notícias a destacar-se mais em notícias. Isto é, o jornal é
totalmente homogéneo. Para o Jornal O País o cenário é totalmente diferente. Este mostra
mais diversificação tendo, por isso, uma mistura de géneros nomeadamente: Entrevista,
Notícia, Breves, Reportagem
8
1
1
1
formatos das entradas
Noticia
Reportagem
Breves
Entrevista
ANO JORNAIS TÍTULOS FORMATOS
2015
Notícias
1. Sociedade Notícia Homenageia colaboradoras Notícia
2. Faltam Obras de Mulheres Combatentes Notícia
3. Hoje é dia da Mulher Moçambicana Notícia
4. Nyusi Saúda a Mulher Moçambicana Notícia
5. Frelimo Felicita Notícia
O País
1. Não existem profissões masculinas; Reportagem
2. Paloma Sedada para se manter tranquila Notícia
3. Modelo Presa no Paquistão Breves
4. Nyeleti Mondlane em são Tomé para
Consultas
Notícia
5. Nyusi diz que hoje é dia de reflexão Notícia
6. Mulheres aos olhos dos homens Entrevista
15. BREVES NOTAS FINAIS
A mulher foi mais destacada no jornal O país um ponto acima do jornal Notícias. Nestes
temas as mulheres foram abordadas mais sob o ponto de vista de festa e ou comemoração
seguido de empoderamento. A classe dessas mulheres envolvidas na imprensa moçambicana
diária no dia sete de abril vai de funcionárias, combatentes, mecânica actriz modelo e
governante. As temáticas tratadas eram com maior abrangência nacional seguido de
provincial e internacional. Neste dia as mulheres foram destacadas mais em notícias.
Por aquilo que as teorias nos ensinam é que enquanto género jornalístico a notícia é,
essencialmente, um pequeno enunciado reportativo, um discurso sobre um acontecimento
recente (ou, pelo menos, de que só no presente se tenha conhecimento), vários
acontecimentos ou desenvolvimentos de acontecimentos.
Entretanto, se a notícia é o género básico do jornalismo, a reportagem é o seu género nobre,
o género jornalístico por excelência. O principal objectivo de uma reportagem é informar
com profundidade e exaustividade contando uma história. Então o facto de haver mais
notícias que reportagens significa que a temática sobre a mulher, mesmo no dia em que ela é
emancipada, não mereceu nenhum aprofundamento e discussão crítica.
A partir da análise dos dados, regra geral, percebe-se que a mulher tem grande relevância no
Media impresso diário em Moçambique, alto grau de interesse público e abrange, na maioria
das vezes, o âmbito nacional. Quanto a verificação das nossas hipóteses, a primeira:
(h1). Por ser o dia 07 de Abril, a mulher ganha maior visibilidade na imprensa diária em
todas as temáticas – esta não constituí verdade de forma taxativa como colocamos. Vimos
algumas que são poucas páginas que tratavam sobre a mulher. E as temáticas são todas elas
positivas visto que somente enfatizavam as suas conquistas, relegando os seus desafios e
problemas.
(h2). A imprensa diária exalta o acto comemorativo per si e deixa de relatar os problemas
desta camada genérica – esta hipótese foi verificada no nosso estudo basta para tal olhar
este gráfico;
16. RECOMENDAÇÕES
Produção de pautas com tempo de antecedência;
Desenvolvimento de políticas de auto-agendamento
Procurar envolver as mulheres de outras classes sociais;
Para além de relatar as suas victórias, os Media devem noticiar e, principalmente,
reportar também os problemas da mulher do que os aspectos comemorativos em
si;om profundidade, isto é, reportar mostrando várias nuances sobre a mulher e não
somente noticiar, como tem sido hábito.
BIBLIOGRAFIA
Beauvoir, S. (1949/1960). O segundo sexo – a experiência vivida. (S. Milliet, Trad.). São
Paulo.
MOLINA, José Artur. O que Freud dizia sobre as mulheres.UNESP.184.
MARCONI, Maria, LAKATOS, Eva, Fundamentos de metodologia científica, Atlas, 5ª
edição, São Paulo, 2003.
GIL, António, Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, Atlas, 6ª Edição, São Paulo, 2008
Ante projecto Lei contra a Violência Doméstica proposto pelo Fórum Mulher,
http://www.wlsa.org.mz/?target=violencia
PECA, Marta. Os Movimentos das Mulheres em Portugal. Universidade de Coimbra. 115 p
3
1
21
1
1
1
1
Temas sobre a mulher
Festa
Literatura
Empoderamento
Emprego
Entretenimento
Crime
Saúde
17. Liga Moçambicana dos Direitos Humanos, Direitos De Mulher No Moçambique: Dever de
terminar práticas ilegais. 2007. 24p
PIGATTO, L. (2008). A Emancipação Feminina. Disponível em
<http://br.monografias.com/trabalhos3/violencia-emancipacao-feminina/violencia-
emancipacao-feminina.shtml> Acesso em: 24 de Março de 2016.
MARTINS, V. (2006). Freud e mulher. [on-line]. Disponível em
<www.sbpsp.org.br/exposicao_Freud/Arquivos/07.doc> Acesso em: 24 de Março de 2016.
HERITIER, F. (2002). Masculino / Feminino. Volume II. Lisboa: Instituto Piaget
Jornal Noticias, Data 7 de Abril de 2015, Maputo
Jornal O País, Data 7 de Abril de 2015, Maputo
Webgrafia
www.macua.blogs.com/moambique_para_todos/2010/04/emancipa%C3%A7%C3%A3o-da-
mulher-o-maior-feito-da-independ%C3%AAncia.html (Acedido no dia 25 de Março de
2016)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_da_Mulher_Mo%C3%A7ambicana (Acedido no dia 27
Março de 2016)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Josina_Machel (Acedido no dia 27 Março de 2016)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mulher (acedido no dia 27 de Março de 2016)