SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  37
Télécharger pour lire hors ligne
Bioquímica Estrutural




        Profª Kasue
Carboidratos

1- Características:
  - Popularmente chamados de açúcares;
  - Compostos aldeídicos ou cetônicos
  polihidroxilados;
  - Principais biomoléculas energéticas;




                     Profª Kasue
O
  O                 HC             HO CH2
      CH
                  H C OH              C O
  H C OH          HO C H           HO C H
  H2C OH
                   H C OH           H C OH
D-gliceraldeído   H C OH            H C OH
                   H2C OH           H2C OH
                   D-glicose         D-frutose




                     Profª Kasue
2- Fórmula empírica:
(CH2O)n
3- Funções:
a) Reserva energética:
    - Amido: reserva vegetal
    - Glicogênio: reserva animal




                       Profª Kasue
b) Alimentos energéticos:




c) Estruturais:
   -Celulose: nos vegetais                 - Quitina: fungos e
                                              artrópodes




                             Profª Kasue
4- Classificação
                                             Trioses

                                            Tetroses

                   Monossacarídeos
                                            Pentoses

                                            Hexoses


                                       02 a 10 unidades de
Carboidratos        Oligossacarídeos    monossacarídeos

                                       Mais de 10 unidades
                                       de monossacarídeos

                    Polissacarídeos    Homopolissacarídeo

                                       Heteropolissacarídeo

                        Profª Kasue
Estruturas cíclicas
 Os açúcares existem normalmente como moléculas
  cíclicas, em lugar de cadeias abertas
                                     Carbono anomérico




                                           α-glicose

                                      Carbono anomérico




   D-glicose
                                           β-glicose

                      Profª Kasue
Carbono anomérico




                          α-frutose




D-frutose

                            Carbono anomérico

                          α-frutose


            Profª Kasue
Monossacarídeos

1) Características:
 Carboidratos mais simples;
 Possuem de 3 a 8 carbonos;
 Têm uma única unidade cetônica ou aldeídica,
  possuindo pelo menos um átomo de carbono
  assimétrico (C*)




                        Profª Kasue
O                        O                                  OH
          HC                   HC                                H2C
     H    C    OH          H       C    OH                        C        O
     HO   C    H          HO       C    H                   HO    C        H
     H    C    OH         HO       C    H                   H     C        OH
     H    C    OH          H       C    OH                  H     C        OH
           CH2 OH                  CH2 OH                        H2C OH


                               H2C OH
      H2C OH
                          HO                     O H   H2C OH          O        H2C OH
H                   O H
          H                         H                        H             HO
                               OH           H
     OH        H
                          H                       OH    H                        OH
HO                   OH
                               H            OH               OH             H
     H         OH

      glicose                galactose                   -frutose




                               Profª Kasue
2)- Isomeria dos monossacarídeos:
 A presença de C* possibilita a existência de isômeros
  ópticos;
 O número de isômeros ópticos é determinado por:
  2n onde: n= nº C*
 Os monossacarídeos apresentam também isômeros
  estruturais e epímeros




                         Profª Kasue
Profª Kasue
D-glicose                 D-gliceraldeído

            Profª Kasue
Enantiômeros – imagens especulares
            O                   O
     HC                               CH
H      C    OH                 HO     C     H
HO     C    H                   H     C     OH
H      C    OH                 HO     C     H
H      C    OH                 HO     C     H
       CH2 OH                  HO     CH2
     D-glicose                      L-glicose


                 Profª Kasue
Epímeros: isômeros, diferem em somente um C*




  D-manose        D-glicose      D-galactose


                  Profª Kasue
3) Ligação entre carboidratos: ligação glicosídica



                OH                                OH                                    OH                              OH
     H2C                                 H2C                                 H2C                               H2C

H                    O H           H                    O H     H2O H                         O H        H                   O H
           H          1
                                              H                                   H                                 H
     OH         H              +       4 OH       H                                            1             4 OH
                                                                             OH          H                              H
HO                        OH       OH                    OH             HO                          O                         OH
     H          OH                      H         OH                         H           OH                   H         OH
         D-glicose                          D-glicose                                 Ligação glicosídica -1,4
                                                                                               Maltose




                                                          Profª Kasue
Dissacarídeos
 Sacarose:
  - açúcar comum de mesa;
  - obtido da cana-de-açúcar, beterraba;
  - α-glicose + β-frutose
                     H2C      OH
                 H                 O H
                       H                 1
                     OH       H
              HO
                     H        OH
                                      O          ligação glicosídica -1, 
        HO   CH2          O
                                         2
                     H        HO
             H                     H2C           OH

                     OH        H
                                   Profª Kasue
 Lactose:
  - dissacarídeo do leite;
  - hidrolisado pela lactase nos seres humanos;
  - β-galactose + α-glicose
                      OH                                    OH
             H2C                                   H2C
        HO                 O                                     O H
                                           H
                  H            1                        H
             OH       H                O         4 OH       H
         H                         H                              OH
             H        OH                          H         OH

                       Ligação glicosídica -1,4


                                   Profª Kasue
 Celobiose:
  - dissacarídeo da celulose;
  - β-glicose + β-glicose
                     OH                                   OH
           H2C                                   H2C

       H                   O                                   O OH
                                           H
                H                                     H
                      H        1
           OH                          O     4            H
                                                 OH
      HO                           H                            H
           H          OH                         H        OH
                    ligação glicosídica 1,4


                                   Profª Kasue
Polissacarídeos
 Amido:
  - Homopolissacarídeo, reserva nutricional vegetal;
  - Polímeros de α-glicose;
  - Armazenado como grânulos no citosol;
  - Hidrolisado por α e β-amilases;
  - 02 formas:
      - Amilose: cadeia linear
      - Amilopectina: cadeia ramificada, uma
  ramificação a cada 30 ligações α-1,4


                         Profª Kasue
1                 4




 Ligação glicosídica α-1,4


Estrutura da amilose

       Profª Kasue
1    4                       1


                                 Ligação glicosídica α-1,6


                       6



          1        4




    Ligação glicosídica α-1,4

    Estrutura da amilopectina
               Profª Kasue
Reação de identificação do amido:


                Amido + solução de iodo


              Amilose              Amilopectina

             Coloração              Coloração
              violeta              avermelhada



                     Profª Kasue
 Glicogênio:
  -Homopolissacarídeo; reserva nutricional nos
  animais;
  - Polímeros de α-glicose;
  - Cadeia ramificada, uma ramificação a cada 10
  ligações α-1,4;
  - Locais de armazenamento:
       - Fígado: utilização no jejum noturno e entre
  refeições;
       - Músculo: utilização na atividade física intensa;


                          Profª Kasue
Ligação α-1,6




Ligação glicosídica α-1,4

           Estrutura do glicogênio
                        Profª Kasue
Celulose:
 - Homopolissacarídeo, função estrutural na
 madeira e plantas fibrosas;
 - Cadeias individuais reunidas por pontes de
 hidrogênio, conferindo força mecânica;
 - Estrutura linear, unidades β-glicose;
 - Digerida pela celulase, presente nas
 bactérias que habitam o trato digestivo de
 animais


                     Profª Kasue
Ligação glicosídica β-1,4

      Estrutura da celulose


                Profª Kasue
Quitina:
 - Homopolissacarídeo, função estrutural em
 insetos, crustáceos, paredes celulares de
 algas, fungos e leveduras;
 - Unidades de N-acetilglicosamina compõem
 sua estrutura




                    Profª Kasue
Ligação glicosídica β-1,4


                   Estrutura da quitina

                            Profª Kasue
Glicoproteínas
 Proteínas conjugadas que possuem como
  grupos prostéticos um ou vários oligossacarídeos
  formando uma série de unidades repetidas e ligadas
  covalentemente a uma proteína;
 A ligação covalente entre os açúcares e a cadeia
  peptídica é a parte central da estrutura das
  glicoproteínas:
  - ligações N−glicosídicas entre a N−acetilglicosamina
  (GlcNAc) e o aminoácido asparagina (Asn);
  - ligações O−glicosídicas entre a N−acetilgalactosamina
  (GalNAc) e o grupo OH da serina (Ser) ou treonina
  (Thr).
                          Profª Kasue
 Funções: exemplos
  - Transferrina: proteína transportadora do ferro;
  - Ceruloplasmina: transportadora de cobre;
  - Fatores de coagulação;
  - Função hormonal: FSH



                                           carboidrato
     Ligação N-glicosídica
                                            polipeptídeo


                             Profª Kasue
Glicosaminoglicanos

 São polissacarídeos lineares constituídos por
  resíduos repetitivos de dissacarídeos de ácido
  urônico (geralmente o ácido D−glicurônico ou o ácido
  L−idurônico) e de N−acetilglicosamina ou
  N−acetilgalactosamina;
 Presentes nos espaços extracelulares como uma
  matriz gelatinosa que embebem o colágeno e
  outras proteínas, particularmente nos tecidos
  conjuntivos (cartilagens, tendões, pele, parede de
  vasos sangüíneos).

                        Profª Kasue
Heparina: glicosaminoglicano que ocorre nas
paredes das artérias, função anticoagulante

                  Profª Kasue
Poder redutor dos carboidratos

 Um carboidrato é dito redutor quando apresentar
  pelo menos um carbono anomérico livre, ou seja,
  não ligado a nenhum outro composto.
 Exemplos:


                          Carbono anomérico

                           Glicose : redutora



                       Profª Kasue
Carbono anomérico

                                   Frutose: redutora


              OH                                    OH
     H2C                                 H2C
HO                 O                                      O H
                                   H
          H            1                      H
                                                                     Carbono anomérico
     OH       H                O       4 OH          H
H                          H                                    OH    Lactose: redutora
     H        OH                        H            OH

               Ligação glicosídica -1,4


                                                  Profª Kasue
H2C      OH
         H                 O H
               H
             OH       H      1     Carbonos anoméricos parti-
      HO                           cipando da ligação glicosídica
             H        OH
                            O       ligação glicosídica -1, 
HO   CH2          O
                             2
             H        HO
     H                     H2C    OH

             OH        H


                   Sacarose: não redutora




                             Profª Kasue
Reação de Benedict
 Reação que detecta a presença de carboidrato
  redutor em uma solução;
 O carboidrato redutor é capaz de reduzir o íon
  cúprico em meio alcalino:
  Cu2+         Cu+      Cu2O + H2O
   Solução azul         Vermelho tijolo




                         Profª Kasue

Contenu connexe

Tendances (20)

Vitaminas
VitaminasVitaminas
Vitaminas
 
Aula sobre ligações químicas
Aula sobre ligações químicasAula sobre ligações químicas
Aula sobre ligações químicas
 
Carboidratos aula (2)
Carboidratos aula (2)Carboidratos aula (2)
Carboidratos aula (2)
 
Introdução à bioquímica
Introdução à bioquímicaIntrodução à bioquímica
Introdução à bioquímica
 
Quimica organica
Quimica organicaQuimica organica
Quimica organica
 
Estequiometria
EstequiometriaEstequiometria
Estequiometria
 
Lipídios
LipídiosLipídios
Lipídios
 
1 quimica carboidratos
1   quimica carboidratos1   quimica carboidratos
1 quimica carboidratos
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
Carboidratos
 
Propriedades físicas dos compostos orgânicos
Propriedades físicas dos compostos orgânicosPropriedades físicas dos compostos orgânicos
Propriedades físicas dos compostos orgânicos
 
Cálculos empregados em química analítica
Cálculos empregados em química analíticaCálculos empregados em química analítica
Cálculos empregados em química analítica
 
Carboidratos slideshare
Carboidratos   slideshareCarboidratos   slideshare
Carboidratos slideshare
 
Bioquímica básica
Bioquímica básicaBioquímica básica
Bioquímica básica
 
Aula Digital de Química - Ácidos e Bases
Aula Digital de Química - Ácidos e BasesAula Digital de Química - Ácidos e Bases
Aula Digital de Química - Ácidos e Bases
 
Estrutura de Carboidratos: Monossacarídeos, Oligossacarídeos e Polissacarídeos.
Estrutura de Carboidratos: Monossacarídeos, Oligossacarídeos e Polissacarídeos.Estrutura de Carboidratos: Monossacarídeos, Oligossacarídeos e Polissacarídeos.
Estrutura de Carboidratos: Monossacarídeos, Oligossacarídeos e Polissacarídeos.
 
Aula Proteinas
Aula ProteinasAula Proteinas
Aula Proteinas
 
Aula 1 introdução a bioquímica metabólica
Aula 1   introdução a bioquímica metabólica Aula 1   introdução a bioquímica metabólica
Aula 1 introdução a bioquímica metabólica
 
Potenciometria
PotenciometriaPotenciometria
Potenciometria
 
Estrutura Atomica
Estrutura AtomicaEstrutura Atomica
Estrutura Atomica
 
Lipidios
Lipidios Lipidios
Lipidios
 

Similaire à Bioquímica Estrutural Carboidratos

Edwineycupertino microsoft power point - carboidratos 1
Edwineycupertino microsoft power point - carboidratos 1Edwineycupertino microsoft power point - carboidratos 1
Edwineycupertino microsoft power point - carboidratos 1Antonio Albino Albino
 
Grupos funcionais organica
Grupos funcionais organicaGrupos funcionais organica
Grupos funcionais organicaFernando Lucas
 
Aula isomeria prevupe reta final
Aula isomeria prevupe  reta finalAula isomeria prevupe  reta final
Aula isomeria prevupe reta finalJesrayne Nascimento
 
Quimica 003 funcoes oxigenadas
Quimica  003 funcoes oxigenadasQuimica  003 funcoes oxigenadas
Quimica 003 funcoes oxigenadascon_seguir
 
Carboidratos e lipidíos
Carboidratos e lipidíosCarboidratos e lipidíos
Carboidratos e lipidíosEstude Mais
 
Bioquímica Celular
Bioquímica CelularBioquímica Celular
Bioquímica CelularBio
 
04 reaes de substituio nucleoflica laminas.ppt modo de compatibilidade
04 reaes de substituio nucleoflica laminas.ppt modo de compatibilidade04 reaes de substituio nucleoflica laminas.ppt modo de compatibilidade
04 reaes de substituio nucleoflica laminas.ppt modo de compatibilidadeday ....
 
Biomoleculas 110606093214-phpapp01
Biomoleculas 110606093214-phpapp01Biomoleculas 110606093214-phpapp01
Biomoleculas 110606093214-phpapp01Karla Lelis
 
Cefalosporina
CefalosporinaCefalosporina
Cefalosporinarafalage
 

Similaire à Bioquímica Estrutural Carboidratos (20)

Carboidratos 2012
Carboidratos 2012Carboidratos 2012
Carboidratos 2012
 
Lipídios
LipídiosLipídios
Lipídios
 
Edwineycupertino microsoft power point - carboidratos 1
Edwineycupertino microsoft power point - carboidratos 1Edwineycupertino microsoft power point - carboidratos 1
Edwineycupertino microsoft power point - carboidratos 1
 
5carboid
5carboid5carboid
5carboid
 
Alcoois
AlcooisAlcoois
Alcoois
 
Alcoois
AlcooisAlcoois
Alcoois
 
Grupos funcionais organica
Grupos funcionais organicaGrupos funcionais organica
Grupos funcionais organica
 
Funcao hidrocarboneto
Funcao hidrocarbonetoFuncao hidrocarboneto
Funcao hidrocarboneto
 
Aula8 lipídeos aa
Aula8 lipídeos aaAula8 lipídeos aa
Aula8 lipídeos aa
 
Aula isomeria prevupe reta final
Aula isomeria prevupe  reta finalAula isomeria prevupe  reta final
Aula isomeria prevupe reta final
 
Quimica 003 funcoes oxigenadas
Quimica  003 funcoes oxigenadasQuimica  003 funcoes oxigenadas
Quimica 003 funcoes oxigenadas
 
2-Treinamento Moenda
2-Treinamento Moenda2-Treinamento Moenda
2-Treinamento Moenda
 
Carboidratos e lipidíos
Carboidratos e lipidíosCarboidratos e lipidíos
Carboidratos e lipidíos
 
ÁLCOOISgg.pptx
ÁLCOOISgg.pptxÁLCOOISgg.pptx
ÁLCOOISgg.pptx
 
Estudo dos álcoois 010
Estudo dos álcoois 010 Estudo dos álcoois 010
Estudo dos álcoois 010
 
Bioquímica Celular
Bioquímica CelularBioquímica Celular
Bioquímica Celular
 
Exercícios
ExercíciosExercícios
Exercícios
 
04 reaes de substituio nucleoflica laminas.ppt modo de compatibilidade
04 reaes de substituio nucleoflica laminas.ppt modo de compatibilidade04 reaes de substituio nucleoflica laminas.ppt modo de compatibilidade
04 reaes de substituio nucleoflica laminas.ppt modo de compatibilidade
 
Biomoleculas 110606093214-phpapp01
Biomoleculas 110606093214-phpapp01Biomoleculas 110606093214-phpapp01
Biomoleculas 110606093214-phpapp01
 
Cefalosporina
CefalosporinaCefalosporina
Cefalosporina
 

Bioquímica Estrutural Carboidratos

  • 1. Bioquímica Estrutural Profª Kasue
  • 2. Carboidratos 1- Características: - Popularmente chamados de açúcares; - Compostos aldeídicos ou cetônicos polihidroxilados; - Principais biomoléculas energéticas; Profª Kasue
  • 3. O O HC HO CH2 CH H C OH C O H C OH HO C H HO C H H2C OH H C OH H C OH D-gliceraldeído H C OH H C OH H2C OH H2C OH D-glicose D-frutose Profª Kasue
  • 4. 2- Fórmula empírica: (CH2O)n 3- Funções: a) Reserva energética: - Amido: reserva vegetal - Glicogênio: reserva animal Profª Kasue
  • 5. b) Alimentos energéticos: c) Estruturais: -Celulose: nos vegetais - Quitina: fungos e artrópodes Profª Kasue
  • 6. 4- Classificação Trioses Tetroses Monossacarídeos Pentoses Hexoses 02 a 10 unidades de Carboidratos Oligossacarídeos monossacarídeos Mais de 10 unidades de monossacarídeos Polissacarídeos Homopolissacarídeo Heteropolissacarídeo Profª Kasue
  • 7. Estruturas cíclicas  Os açúcares existem normalmente como moléculas cíclicas, em lugar de cadeias abertas Carbono anomérico α-glicose Carbono anomérico D-glicose β-glicose Profª Kasue
  • 8. Carbono anomérico α-frutose D-frutose Carbono anomérico α-frutose Profª Kasue
  • 9. Monossacarídeos 1) Características:  Carboidratos mais simples;  Possuem de 3 a 8 carbonos;  Têm uma única unidade cetônica ou aldeídica, possuindo pelo menos um átomo de carbono assimétrico (C*) Profª Kasue
  • 10. O O OH HC HC H2C H C OH H C OH C O HO C H HO C H HO C H H C OH HO C H H C OH H C OH H C OH H C OH CH2 OH CH2 OH H2C OH H2C OH H2C OH HO O H H2C OH O H2C OH H O H H H H HO OH H OH H H OH H OH HO OH H OH OH H H OH glicose galactose -frutose Profª Kasue
  • 11. 2)- Isomeria dos monossacarídeos:  A presença de C* possibilita a existência de isômeros ópticos;  O número de isômeros ópticos é determinado por: 2n onde: n= nº C*  Os monossacarídeos apresentam também isômeros estruturais e epímeros Profª Kasue
  • 13. D-glicose D-gliceraldeído Profª Kasue
  • 14. Enantiômeros – imagens especulares O O HC CH H C OH HO C H HO C H H C OH H C OH HO C H H C OH HO C H CH2 OH HO CH2 D-glicose L-glicose Profª Kasue
  • 15. Epímeros: isômeros, diferem em somente um C* D-manose D-glicose D-galactose Profª Kasue
  • 16. 3) Ligação entre carboidratos: ligação glicosídica OH OH OH OH H2C H2C H2C H2C H O H H O H H2O H O H H O H H 1 H H H OH H + 4 OH H 1 4 OH OH H H HO OH OH OH HO O OH H OH H OH H OH H OH D-glicose D-glicose Ligação glicosídica -1,4 Maltose Profª Kasue
  • 17. Dissacarídeos  Sacarose: - açúcar comum de mesa; - obtido da cana-de-açúcar, beterraba; - α-glicose + β-frutose H2C OH H O H H 1 OH H HO H OH O ligação glicosídica -1,  HO CH2 O 2 H HO H H2C OH OH H Profª Kasue
  • 18.  Lactose: - dissacarídeo do leite; - hidrolisado pela lactase nos seres humanos; - β-galactose + α-glicose OH OH H2C H2C HO O O H H H 1 H OH H O 4 OH H H H OH H OH H OH Ligação glicosídica -1,4 Profª Kasue
  • 19.  Celobiose: - dissacarídeo da celulose; - β-glicose + β-glicose OH OH H2C H2C H O O OH H H H H 1 OH O 4 H OH HO H H H OH H OH ligação glicosídica 1,4 Profª Kasue
  • 20. Polissacarídeos  Amido: - Homopolissacarídeo, reserva nutricional vegetal; - Polímeros de α-glicose; - Armazenado como grânulos no citosol; - Hidrolisado por α e β-amilases; - 02 formas: - Amilose: cadeia linear - Amilopectina: cadeia ramificada, uma ramificação a cada 30 ligações α-1,4 Profª Kasue
  • 21. 1 4 Ligação glicosídica α-1,4 Estrutura da amilose Profª Kasue
  • 22. 1 4 1 Ligação glicosídica α-1,6 6 1 4 Ligação glicosídica α-1,4 Estrutura da amilopectina Profª Kasue
  • 23. Reação de identificação do amido: Amido + solução de iodo Amilose Amilopectina Coloração Coloração violeta avermelhada Profª Kasue
  • 24.  Glicogênio: -Homopolissacarídeo; reserva nutricional nos animais; - Polímeros de α-glicose; - Cadeia ramificada, uma ramificação a cada 10 ligações α-1,4; - Locais de armazenamento: - Fígado: utilização no jejum noturno e entre refeições; - Músculo: utilização na atividade física intensa; Profª Kasue
  • 25. Ligação α-1,6 Ligação glicosídica α-1,4 Estrutura do glicogênio Profª Kasue
  • 26. Celulose: - Homopolissacarídeo, função estrutural na madeira e plantas fibrosas; - Cadeias individuais reunidas por pontes de hidrogênio, conferindo força mecânica; - Estrutura linear, unidades β-glicose; - Digerida pela celulase, presente nas bactérias que habitam o trato digestivo de animais Profª Kasue
  • 27. Ligação glicosídica β-1,4 Estrutura da celulose Profª Kasue
  • 28. Quitina: - Homopolissacarídeo, função estrutural em insetos, crustáceos, paredes celulares de algas, fungos e leveduras; - Unidades de N-acetilglicosamina compõem sua estrutura Profª Kasue
  • 29. Ligação glicosídica β-1,4 Estrutura da quitina Profª Kasue
  • 30. Glicoproteínas  Proteínas conjugadas que possuem como grupos prostéticos um ou vários oligossacarídeos formando uma série de unidades repetidas e ligadas covalentemente a uma proteína;  A ligação covalente entre os açúcares e a cadeia peptídica é a parte central da estrutura das glicoproteínas: - ligações N−glicosídicas entre a N−acetilglicosamina (GlcNAc) e o aminoácido asparagina (Asn); - ligações O−glicosídicas entre a N−acetilgalactosamina (GalNAc) e o grupo OH da serina (Ser) ou treonina (Thr). Profª Kasue
  • 31.  Funções: exemplos - Transferrina: proteína transportadora do ferro; - Ceruloplasmina: transportadora de cobre; - Fatores de coagulação; - Função hormonal: FSH carboidrato Ligação N-glicosídica polipeptídeo Profª Kasue
  • 32. Glicosaminoglicanos  São polissacarídeos lineares constituídos por resíduos repetitivos de dissacarídeos de ácido urônico (geralmente o ácido D−glicurônico ou o ácido L−idurônico) e de N−acetilglicosamina ou N−acetilgalactosamina;  Presentes nos espaços extracelulares como uma matriz gelatinosa que embebem o colágeno e outras proteínas, particularmente nos tecidos conjuntivos (cartilagens, tendões, pele, parede de vasos sangüíneos). Profª Kasue
  • 33. Heparina: glicosaminoglicano que ocorre nas paredes das artérias, função anticoagulante Profª Kasue
  • 34. Poder redutor dos carboidratos  Um carboidrato é dito redutor quando apresentar pelo menos um carbono anomérico livre, ou seja, não ligado a nenhum outro composto.  Exemplos: Carbono anomérico Glicose : redutora Profª Kasue
  • 35. Carbono anomérico Frutose: redutora OH OH H2C H2C HO O O H H H 1 H Carbono anomérico OH H O 4 OH H H H OH Lactose: redutora H OH H OH Ligação glicosídica -1,4 Profª Kasue
  • 36. H2C OH H O H H OH H 1 Carbonos anoméricos parti- HO cipando da ligação glicosídica H OH O ligação glicosídica -1,  HO CH2 O 2 H HO H H2C OH OH H Sacarose: não redutora Profª Kasue
  • 37. Reação de Benedict  Reação que detecta a presença de carboidrato redutor em uma solução;  O carboidrato redutor é capaz de reduzir o íon cúprico em meio alcalino: Cu2+ Cu+ Cu2O + H2O Solução azul Vermelho tijolo Profª Kasue