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Redes de Transformação, Ciber-
sociedade, Espaço e o Ser digital
Roosewelt Lins Silva
roosewelt.com
Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação
Trabalho apresentado a Disciplina Estética das Redes e o
Ciberespaço ministrada pela Profª. Drª. Maria Cristina
Villanova Biazus
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 2
Conteúdo
● Introdução
● Redes de Transformação
● Cibersociedade, Ciberespaço e
Cibercultura
● Ser digital
● Considerações finais
●
Referências
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 3
Introdução
● Objetos técnicos viabilizam conexões
intersubjetivas;
● Mutações culturais reconfiguram novas
formas de sociabilidade e subjetivação;
● Sistemas maquínicos permitem
experimentações;
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 4
Introdução
● Rompimento da ideia de tempo e espaço;
● Redes comunicacionais sustentam práticas
colaborativas compartilhadas e produzem
novas modalidades de relações;
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 5
Introdução
Objetivos
Geral
– Abordar o impacto das redes interativas e do espaço
digital no processo de produção de subjetividade em
contextos sociais.
Específicos
– Enfocar a evolução das redes de comunicação como
elemento de transformação social;
– Discutir os efeitos das tecnologias de informação e
comunicação na produção da subjetividade do ser
humano.
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 6
Introdução
Problemáticas
pretende-se abordar a exposta temática com
base nos seguintes questionamentos:
●
Até que ponto as redes tem transformado a
sociedade?
● Como se dar o processo de produção de
subjetividade nas redes telemáticas ?
● Seria possível produzir subjetividades individuais no
ciberespaço permeado por modelizações
dominantes?
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 7
Introdução
Abordagens metodológicas
● Pesquisa bibliográfica;
●
Análise do filme eXistenZ e referencia a outros
recursos audiovisuais;
● Sustentação teórica: Deleuze, Guattari, Latour,
Parente, Hardt, Negri, Gorz e Santaella.
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 8
Redes de Transformação
● Noção de redes;
“Rede é um conceito, não uma coisa. É uma
ferramenta para ajudar a descrever um
fenômeno que está sendo descrito”, LATOUR
(2005, p. 131).
Rede como modelo rizomático.
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 9
Redes de Transformação
● Conceito de Rizoma;
Deleuze e Guattari colocam que o rizoma se
refere a um mapa que deve ser produzido,
construído, sempre desmontável, conectável,
reversível, modificável, com múltiplas entradas
e saídas, com suas linhas de fuga.
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 10
RizomaRizoma
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 11
Mapa das enchentesMapa das enchentes
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 12
Cibersociedade, Ciberespaço e
Cibercultura
Conforme Virílio citado por Parente (2004):
chegaremos ao tempo em que não haverá mais
campo de tênis, mas um campo virtual; não
haverá mais passeio de bicicleta, mas exercícios
em um home-trainer; não haverá mais guerra,
mas videogame; não haverá astronauta, mas
telerobôs: o espaço não se estenderá.
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 13
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 14
Advento do Pós-
Humano
Advento do Pós-
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Sedentarização
do Corpo
Sedentarização
do Corpo
Corpo ObsoletoCorpo Obsoleto
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 15
Cibersociedade, Ciberespaço e
Cibercultura
Guerra convencional = destruição do espaço
físico, cultural, étnico
Guerra contemporânea = informacional,
cognitiva, ideológica
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 16
Ser Digital
Subjetividade e técnica
● Crise do indivíduo;
● Sujeito Pós-Moderno;
● Multidão;
● Agenciamento coletivo.
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 17
Ser Digital
De acordo com Santaella (2007, p. 33), na rede,
há um grande processo caleidoscópico, cuja
subjetividade dos indivíduos se mescla à
“hipersubjetividade de infinitos textos” os quais
nos levam de um nó a outro, multiplicando as
informações em uma trajetória livre e sem
predefinição.
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 18
Ser Digital
Na visão de Parente (2007), somos uma
rede de redes (multiplicidade), cada rede
remetendo a outras redes de natureza
diversa (heterogênese) em um processo
auto-referente (autopoiesis).
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 19
Ser Digital
O sujeito é um sistema autopoiético que se
organiza como uma rede auto-referente, que
regenera, continuamente por suas interações e
transformações, a rede que o produziu, e se
constitui como sistema ou unidade concreta no
espaço em que existe, especificando o domínio
topológico no qual existe como rede. A
subjetividade é, como a cognição, o advento, a
emergência (enação) de um afeto e de um
mundo a partir de suas ações no mundo
(PARENTE, 2007, p.104).
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 20
Ser Digital
Pensar a subjetividade como autopoiesis nos leva a descrever o
saber, a razão, a cognição, a inteligência, não como faculdades
de um sujeito, uma vez que eles são dimensões que co-
emergem com os universos sociais. (PARENTE, 2007, p.104)
Por outro lado, estas “capacidades” que co-emergem com o
indivíduo em um processo de auto-engendramento não podem
ser vinculadas apenas a seu cérebro, mas a seu corpo, que
ultrapassa de longe o seu invólucro corporal e se estende até
onde se estendem suas redes sociotécnicas, seus hábitos, seus
apegos. (PARENTE, 2007, p.104).
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 21
eXistenZ
Filme eXistenZ:
● dirigido por David Cronenberg;
● Narrativa sobre uma desenvolvedora do jogo interativo
baseado em realidade virtual eXistenZ.
● Os jogadores através de uma interconexão bio-
maquiníca e consoles tecno-orgânicos adentram em um
ambiente repleto de simulacros, onde realidade e
virtualidade se fundem e relações intersubjetivas são
potencializadas. A escolha por esse filme, deu-se
devido ao fato de discutir inúmeras questões ligadas a
corpo-imagem, biotecnologia, hiperealidade,
simulacro, etc.
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 22
eXistenZeXistenZ
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 23
eXistenZ
Dicotomia: consciente-inconsciente,
real-virtual; homem-máquina, mente-
corpo,
Cronenberg é compulsivo na construção de
fronteiras ténues entre os seus objetos
dicotómicos, ele não busca respostas
concretas mas antes uma análise
detalhada sobre cada uma das alfândegas
que as compõem.
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 24
eXistenZ
● Fetiche: corpo e suas intervenções tecnológicas e
sobre-humanas (ALTMANN, 2007);
● O corpo torna-se um objeto híbrido, afetado por
implantes, funcionando com componetes sintéticos,
próteses, quando a tecnologia é implantada na carne,
produzindo um "corpo amplificado" (upgradado pela
tecnologia). O que a biotecnologia coloca em questão
é a própria definição do que é humano (BENTES,
2013 .
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 25
Considerações Finais
● Redes sociais como formas de produção de
subjetividade;
●
Tecnologias de resistência x tecnologias de
reprodução;
● Conhecimento como principal força produtiva
de subjetividade: advento do trabalho cognitivo,
de base imaterial. Valor estético, valor-
dinheiro, valor-trabalho=valor situado fora da
economia (GORZ, 2005).
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 26
Experimentações estéticasExperimentações estéticas
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 27
Referências
ALTMANN, Eliska. O corpo-máquina de Cronenberg sob a luz pictórica de
Bacon: fábulas do devir-outro. ALCEU. v.7 - n.14 - p. 41 a 54 - jan./jun.
2007.
BENTES, Ivana. Corpo e Tecnologia em David Cronenberg. Disponível em:
www.portcom.intercom.org.br/.../a98d253bf1508aafeb5907543414c>.
Acesso em 02 jan. 2013.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia,
vol. 1. São Paulo: Editora 34, 1995.
LATOUR, B. Redes que a razão desconhece. In: PARENTE, A. (org.). Tramas
da Rede: novas dimensões filosóficas, estéticas e políticas da comunicação.
Porto Alegre, Sulina, 2004.
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 28
Referências
GORZ, A. O imaterial: conhecimento, valor e capital. São Paulo:
Annablume, 2005.
HARDT, Michael; NEGRI, Antonio. Império. Rio de Janeiro: Record,
2006.
PARENTE, André. Eredando o pensamento: redes de transformação e
subjetividade. In: PARENTE, A. (org.). Tramas da Rede: novas
dimensões filosóficas, estéticas e políticas da comunicação. Porto
Alegre, Sulina, 2004.
______. Rede e subjetividade na filosofia francesa contemporânea.
Rev. Eletr. de Com. Inf. Inov. Saúde. Rio de Janeiro, v.1, n.1, p.101-
105, jan.-jun., 2007.
16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 29
Referências
Imagens
● Controles remoto:
http://bogdopaulinho.blogspot.com.br
● Gráfico do rizoma:
http://rizoma.milharal.org
● Games e raquete
http://forrestercomputing.files.wordpress.com
http://www.shinyshiny.tv
http://www.techsmart.co.za
● Mapa das Enchentes do MA por Sarita Bastos e colaboradores
● Laptop e equipamentos multimídia por Roosewelt Lins

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  • 1. Redes de Transformação, Ciber- sociedade, Espaço e o Ser digital Roosewelt Lins Silva roosewelt.com Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação Trabalho apresentado a Disciplina Estética das Redes e o Ciberespaço ministrada pela Profª. Drª. Maria Cristina Villanova Biazus
  • 2. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 2 Conteúdo ● Introdução ● Redes de Transformação ● Cibersociedade, Ciberespaço e Cibercultura ● Ser digital ● Considerações finais ● Referências
  • 3. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 3 Introdução ● Objetos técnicos viabilizam conexões intersubjetivas; ● Mutações culturais reconfiguram novas formas de sociabilidade e subjetivação; ● Sistemas maquínicos permitem experimentações;
  • 4. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 4 Introdução ● Rompimento da ideia de tempo e espaço; ● Redes comunicacionais sustentam práticas colaborativas compartilhadas e produzem novas modalidades de relações;
  • 5. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 5 Introdução Objetivos Geral – Abordar o impacto das redes interativas e do espaço digital no processo de produção de subjetividade em contextos sociais. Específicos – Enfocar a evolução das redes de comunicação como elemento de transformação social; – Discutir os efeitos das tecnologias de informação e comunicação na produção da subjetividade do ser humano.
  • 6. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 6 Introdução Problemáticas pretende-se abordar a exposta temática com base nos seguintes questionamentos: ● Até que ponto as redes tem transformado a sociedade? ● Como se dar o processo de produção de subjetividade nas redes telemáticas ? ● Seria possível produzir subjetividades individuais no ciberespaço permeado por modelizações dominantes?
  • 7. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 7 Introdução Abordagens metodológicas ● Pesquisa bibliográfica; ● Análise do filme eXistenZ e referencia a outros recursos audiovisuais; ● Sustentação teórica: Deleuze, Guattari, Latour, Parente, Hardt, Negri, Gorz e Santaella.
  • 8. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 8 Redes de Transformação ● Noção de redes; “Rede é um conceito, não uma coisa. É uma ferramenta para ajudar a descrever um fenômeno que está sendo descrito”, LATOUR (2005, p. 131). Rede como modelo rizomático.
  • 9. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 9 Redes de Transformação ● Conceito de Rizoma; Deleuze e Guattari colocam que o rizoma se refere a um mapa que deve ser produzido, construído, sempre desmontável, conectável, reversível, modificável, com múltiplas entradas e saídas, com suas linhas de fuga.
  • 10. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 10 RizomaRizoma
  • 11. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 11 Mapa das enchentesMapa das enchentes
  • 12. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 12 Cibersociedade, Ciberespaço e Cibercultura Conforme Virílio citado por Parente (2004): chegaremos ao tempo em que não haverá mais campo de tênis, mas um campo virtual; não haverá mais passeio de bicicleta, mas exercícios em um home-trainer; não haverá mais guerra, mas videogame; não haverá astronauta, mas telerobôs: o espaço não se estenderá.
  • 13. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 13
  • 14. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 14 Advento do Pós- Humano Advento do Pós- Humano Sedentarização do Corpo Sedentarização do Corpo Corpo ObsoletoCorpo Obsoleto
  • 15. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 15 Cibersociedade, Ciberespaço e Cibercultura Guerra convencional = destruição do espaço físico, cultural, étnico Guerra contemporânea = informacional, cognitiva, ideológica
  • 16. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 16 Ser Digital Subjetividade e técnica ● Crise do indivíduo; ● Sujeito Pós-Moderno; ● Multidão; ● Agenciamento coletivo.
  • 17. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 17 Ser Digital De acordo com Santaella (2007, p. 33), na rede, há um grande processo caleidoscópico, cuja subjetividade dos indivíduos se mescla à “hipersubjetividade de infinitos textos” os quais nos levam de um nó a outro, multiplicando as informações em uma trajetória livre e sem predefinição.
  • 18. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 18 Ser Digital Na visão de Parente (2007), somos uma rede de redes (multiplicidade), cada rede remetendo a outras redes de natureza diversa (heterogênese) em um processo auto-referente (autopoiesis).
  • 19. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 19 Ser Digital O sujeito é um sistema autopoiético que se organiza como uma rede auto-referente, que regenera, continuamente por suas interações e transformações, a rede que o produziu, e se constitui como sistema ou unidade concreta no espaço em que existe, especificando o domínio topológico no qual existe como rede. A subjetividade é, como a cognição, o advento, a emergência (enação) de um afeto e de um mundo a partir de suas ações no mundo (PARENTE, 2007, p.104).
  • 20. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 20 Ser Digital Pensar a subjetividade como autopoiesis nos leva a descrever o saber, a razão, a cognição, a inteligência, não como faculdades de um sujeito, uma vez que eles são dimensões que co- emergem com os universos sociais. (PARENTE, 2007, p.104) Por outro lado, estas “capacidades” que co-emergem com o indivíduo em um processo de auto-engendramento não podem ser vinculadas apenas a seu cérebro, mas a seu corpo, que ultrapassa de longe o seu invólucro corporal e se estende até onde se estendem suas redes sociotécnicas, seus hábitos, seus apegos. (PARENTE, 2007, p.104).
  • 21. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 21 eXistenZ Filme eXistenZ: ● dirigido por David Cronenberg; ● Narrativa sobre uma desenvolvedora do jogo interativo baseado em realidade virtual eXistenZ. ● Os jogadores através de uma interconexão bio- maquiníca e consoles tecno-orgânicos adentram em um ambiente repleto de simulacros, onde realidade e virtualidade se fundem e relações intersubjetivas são potencializadas. A escolha por esse filme, deu-se devido ao fato de discutir inúmeras questões ligadas a corpo-imagem, biotecnologia, hiperealidade, simulacro, etc.
  • 22. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 22 eXistenZeXistenZ
  • 23. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 23 eXistenZ Dicotomia: consciente-inconsciente, real-virtual; homem-máquina, mente- corpo, Cronenberg é compulsivo na construção de fronteiras ténues entre os seus objetos dicotómicos, ele não busca respostas concretas mas antes uma análise detalhada sobre cada uma das alfândegas que as compõem.
  • 24. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 24 eXistenZ ● Fetiche: corpo e suas intervenções tecnológicas e sobre-humanas (ALTMANN, 2007); ● O corpo torna-se um objeto híbrido, afetado por implantes, funcionando com componetes sintéticos, próteses, quando a tecnologia é implantada na carne, produzindo um "corpo amplificado" (upgradado pela tecnologia). O que a biotecnologia coloca em questão é a própria definição do que é humano (BENTES, 2013 .
  • 25. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 25 Considerações Finais ● Redes sociais como formas de produção de subjetividade; ● Tecnologias de resistência x tecnologias de reprodução; ● Conhecimento como principal força produtiva de subjetividade: advento do trabalho cognitivo, de base imaterial. Valor estético, valor- dinheiro, valor-trabalho=valor situado fora da economia (GORZ, 2005).
  • 26. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 26 Experimentações estéticasExperimentações estéticas
  • 27. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 27 Referências ALTMANN, Eliska. O corpo-máquina de Cronenberg sob a luz pictórica de Bacon: fábulas do devir-outro. ALCEU. v.7 - n.14 - p. 41 a 54 - jan./jun. 2007. BENTES, Ivana. Corpo e Tecnologia em David Cronenberg. Disponível em: www.portcom.intercom.org.br/.../a98d253bf1508aafeb5907543414c>. Acesso em 02 jan. 2013. DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia, vol. 1. São Paulo: Editora 34, 1995. LATOUR, B. Redes que a razão desconhece. In: PARENTE, A. (org.). Tramas da Rede: novas dimensões filosóficas, estéticas e políticas da comunicação. Porto Alegre, Sulina, 2004.
  • 28. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 28 Referências GORZ, A. O imaterial: conhecimento, valor e capital. São Paulo: Annablume, 2005. HARDT, Michael; NEGRI, Antonio. Império. Rio de Janeiro: Record, 2006. PARENTE, André. Eredando o pensamento: redes de transformação e subjetividade. In: PARENTE, A. (org.). Tramas da Rede: novas dimensões filosóficas, estéticas e políticas da comunicação. Porto Alegre, Sulina, 2004. ______. Rede e subjetividade na filosofia francesa contemporânea. Rev. Eletr. de Com. Inf. Inov. Saúde. Rio de Janeiro, v.1, n.1, p.101- 105, jan.-jun., 2007.
  • 29. 16/07/13 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação 29 Referências Imagens ● Controles remoto: http://bogdopaulinho.blogspot.com.br ● Gráfico do rizoma: http://rizoma.milharal.org ● Games e raquete http://forrestercomputing.files.wordpress.com http://www.shinyshiny.tv http://www.techsmart.co.za ● Mapa das Enchentes do MA por Sarita Bastos e colaboradores ● Laptop e equipamentos multimídia por Roosewelt Lins