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Era uma vez, numa grande cidade, uma linda
 menina muito pobre que ganhava a vida a
vender caixas de fósforos. Ela sabia que, se
chegasse a casa sem ter conseguido vender os
fósforos, seria castigada com severidade pelo
pai. Para ele, o Natal não tinha encanto; só lhe
interessava o dinheiro que a filha lhe tinha de
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Numa noite, véspera de Natal, a
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afundando nela os seus pezinhos. Nas mãos
geladas, levava as caixinhas de fósforos.
Dentro das casas aquecidas, as famílias
cantavam junto das lareiras e das árvores de
Natal, repletas de presentes. O cheiro dos
assados quentinhos espalhava-se pelas
ruas, desertas e gélidas. Ninguém queria
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Muito cansada, sentou-se num
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fábulas que a sua doce mãezinha lhe
contava, enquanto a embalava nos
seus braços quentes.  Mas isso fora
antes de a tuberculose a ter levado
para junto de Jesus.
O frio aumentava. Com lágrimas nos
olhos, ela olhou para as caixinhas de
fósforos: se acendesse apenas um para
aquecer as mãos, talvez o pai não notasse.
Pegou num fósforo e acendeu-o. Uma
chamazinha quente e luminosa logo brilhou.
Para ela, parecia o calor de um grande fogão
ali perto.
 Pegou noutro fósforo e acendeu-o
também. Diante dela surgiu uma mesa
posta com porcelanas e um delicioso
assado, recheado com ameixas e maçãs,
exalando um cheiro delicioso. Quando
estendeu a mão... a chama desapareceu.
Só a neve caía diante dela. Acendeu
um terceiro fósforo. Agora parecia
estar sentada junto a uma enorme
árvore de Natal, onde milhares de
bolas coloridas e estrelinhas
cintilavam. De repente, a chama
tremeu, o fósforo apagou-se... e tudo

desapareceu.
A menina acendeu mais um fósforo e

lembrou-se da sua avó, que sempre a

tratara com ternura. Mas o fósforo

apagou-se e a imagem desfez-se.
O frio aumentava. A menina, então,
  acendeu todos os fósforos que ainda
 restavam e à sua volta tudo brilhou. Os
  seus olhos brilharam quando viu dois
braços na sua direcção. Quando acordou,
estava numa cama bem quentinha. Todos
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Vendedora de fósforos

  • 1.
  • 2. Era uma vez, numa grande cidade, uma linda menina muito pobre que ganhava a vida a vender caixas de fósforos. Ela sabia que, se chegasse a casa sem ter conseguido vender os fósforos, seria castigada com severidade pelo pai. Para ele, o Natal não tinha encanto; só lhe interessava o dinheiro que a filha lhe tinha de entregar todos os dias.
  • 3. Numa noite, véspera de Natal, a pequena vendedora vagueava pelas ruas, com a neve a cair em abundância, afundando nela os seus pezinhos. Nas mãos geladas, levava as caixinhas de fósforos. Dentro das casas aquecidas, as famílias cantavam junto das lareiras e das árvores de Natal, repletas de presentes. O cheiro dos assados quentinhos espalhava-se pelas ruas, desertas e gélidas. Ninguém queria comprar os seus fósforos.
  • 4. Muito cansada, sentou-se num canto e lembrou-se das bonitas fábulas que a sua doce mãezinha lhe contava, enquanto a embalava nos seus braços quentes.  Mas isso fora antes de a tuberculose a ter levado para junto de Jesus.
  • 5. O frio aumentava. Com lágrimas nos olhos, ela olhou para as caixinhas de fósforos: se acendesse apenas um para aquecer as mãos, talvez o pai não notasse. Pegou num fósforo e acendeu-o. Uma chamazinha quente e luminosa logo brilhou. Para ela, parecia o calor de um grande fogão ali perto.
  • 6.  Pegou noutro fósforo e acendeu-o também. Diante dela surgiu uma mesa posta com porcelanas e um delicioso assado, recheado com ameixas e maçãs, exalando um cheiro delicioso. Quando estendeu a mão... a chama desapareceu.
  • 7. Só a neve caía diante dela. Acendeu um terceiro fósforo. Agora parecia estar sentada junto a uma enorme árvore de Natal, onde milhares de bolas coloridas e estrelinhas cintilavam. De repente, a chama tremeu, o fósforo apagou-se... e tudo desapareceu.
  • 8. A menina acendeu mais um fósforo e lembrou-se da sua avó, que sempre a tratara com ternura. Mas o fósforo apagou-se e a imagem desfez-se.
  • 9. O frio aumentava. A menina, então, acendeu todos os fósforos que ainda restavam e à sua volta tudo brilhou. Os seus olhos brilharam quando viu dois braços na sua direcção. Quando acordou, estava numa cama bem quentinha. Todos olhavam para ela com muito amor. Agora tinha uma nova família que a adoptara.
  • 10. NAQUELE LAR, O AMOR TINHA ACENDIDO UMA NOVA CHAMA, QUE NUNCA MAIS SE IRIA APAGAR.