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Perguntas e Respostas sobre Ensino Híbrido
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Perguntas e Respostas sobre Ensino Híbrido
Rosemara Perpetua Lopes
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PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE ENSINO HÍBRIDO
Perguntas formuladas pelos participantes de Live “Ensino híbrido”, realizada em 17 de
novembro de 2020, a convite da Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc/GO).
Texto produzido por:
Profa. Dra. Rosemara Perpetua Lopes
Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Educação
Goiânia, Goiás, Brasil
E-mail: rosemaralopes@ufg.br
Data de postagem: 24 de dezembro de 2020.
Como citar:
LOPES, Rosemara P. Perguntas e respostas sobre ensino híbrido. SlideShare, 25 dez. 2020.
Disponível em: endereço. Acesso em: dd mês abrev. aaaa.
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Perguntas e Respostas sobre Ensino Híbrido
Rosemara Perpetua Lopes
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Pergunta 1: Ensino híbrido é o mesmo que EaD?
Ensino híbrido não é Educação à Distância (EaD). Esta última tem uma estrutura e legislação
próprias.
Na literatura educacional o conceito de ensino híbrido varia, sendo visto ora como programa, ora
como modalidade de ensino, entre outros formatos. Em sociedade muitas pessoas entendem que
“ensino híbrido” significa ensino parcialmente presencial e parcialmente à distância, sendo a
locução adverbial “à distância” empregada para indicar o que é virtual ou on-line. No entanto este é
apenas um traço do que a literatura educacional conceitua como “ensino híbrido”.
Pergunta 2: A LDB prevê o que está acontecendo agora?
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB) escrita em 1996 não prevê o que está
ocorrendo na educação brasileira durante a suspensão das aulas presenciais ocasionada pelo
isolamento social decorrente da Covid-19.
Contudo, na Seção III da referida Lei, lê-se que “O Ensino Fundamental será presencial, sendo o
ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações
emergenciais.” (BRASIL, 1996, p. 14).
Por sua vez, o Art. 80 da Lei nº. 9.394/1996 dispõe que “O poder público incentivará
desenvolvimento dos programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino,
e de educação continuada” (BRASIL, 1996, p. 23).
Além da LDB, após o início do período de isolamento social, órgãos como o Conselho Nacional de
Educação emitiram documentos que normatizaram o trabalho remoto nas instituições de ensino
brasileiras, em todos os níveis, em caráter emergencial.
Pergunta 3: Em que sentido o ensino híbrido nos remete a um currículo flexível?
Primeiramente é preciso conceituar currículo como aquele que não se restringe ao conteúdo a ser
ensinado, mas inclui ações, bem como os princípios que as fundamentam. Partindo dessa
compreensão, o ensino híbrido propõe a articulação entre saberes e agentes escolares, prioriza
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Rosemara Perpetua Lopes
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atividades colaborativas e investigativas que conferem ao aluno um papel ativo no processo de
aprendizagem, privilegia o trabalho em equipe e a reorganização e/ou reconfiguração de tempos e
espaços escolares, nisto consistindo a flexibilidade.
Trata-se, assim, do ensino realizado sob moldes diferentes do tradicional, ainda vigente na
modalidade presencial. Para implantar o ensino híbrido conforme previsto por Horn e Staker
(2017), por exemplo, a escola básica necessitaria repensar as práticas individuais de trabalho, as
atividades pedagógicas e o lugar do aluno no processo formativo.
Na educação, a palavra “flexível” deve ser empregada com cautela, não se deve confundir
flexibilização com sucateamento, flexibilizar não é “dar jeitinho”, é criar possibilidades, alternativas
para atingir determinados objetivos, sem perder de vista a qualidade.
Pergunta 4: O que é ensino híbrido? Precisamos saber o que é, afinal, quem irá colocar na prática
aqui na ponta, seremos nós, as escolas.
A expressão “ensino híbrido” é usualmente empregada com o significado estrito de ensino
parcialmente presencial e parcialmente à distância (virtual ou on-line). Não se pode dizer que um
ensino é híbrido simplesmente porque não é cem por cento presencial. Esta é uma ideia simplista.
No dicionário “híbrido” significa “que ou o que tem elementos diferentes na sua composição”
(PRIBERAM, 2020, s/p), porém no campo científico o sentido varia conforme o referencial teórico,
de maneira que ensino híbrido tanto pode significar modalidade, quanto programa educacional.
Segundo Horn e Staker (2017, p. 34), “as pessoas usam o termo [ensino híbrido] de forma
demasiadamente ampla, para se referir a todos os usos da tecnologia na educação [...], ou
demasiadamente restrita, para indicar apenas os tipos de aprendizagem que combinam o on-line e o
presencial e com a qual têm mais afinidade”.
Segundo esse referencial teórico, três traços caracterizam o ensino híbrido: ensino on-line; local
físico supervisionado; experiência de aprendizagem integrada. Em todos o foco é mantido no
estudante.
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Perguntas e Respostas sobre Ensino Híbrido
Rosemara Perpetua Lopes
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O que se tem feito durante a suspensão das aulas presenciais não é ensino híbrido. Do mesmo
modo, a simples retomada das aulas presenciais para parte dos alunos, se ocorrer, também não
configurará ensino híbrido.
Qualquer que seja a situação, para promover mudanças na educação, ainda que temporárias, é
preciso avaliar e planejar. O que não parece sensato ou promissor é reprisar o constatado por Lopes
e Pacheco (2020) em uma pesquisa documental sobre o trabalho pedagógico na rede pública durante
a pandemia: agentes escolares trabalhando remotamente sem o amparo de um único documento
institucional que sistematizasse as aulas não presenciais, trazendo à tona a máxima de um
personagem de “Alice no País das Maravilhas” (CARROLL, 2002): para quem não sabe para onde
vai, qualquer caminho serve.
Pergunta 5: Tem coisas que são híbridas e não envolvem tecnologia. Tem como explicar? E quanto
aos alunos sem tecnologia?
Em nosso dia a dia o termo “híbrido” é empregado indiscriminadamente para indicar o que é misto,
misturado. Levamos este significado para a educação e assim consideramos que o ensino é híbrido
porque é misto, sendo parcialmente presencial e parcialmente à distância (virtual, on-line). Contudo,
o blended learning ou b-learning, traduzido para o Português como ensino híbrido, não é tão
simples. Os princípios epistemológicos que o fundamentam não são coincidentes com os
subjacentes, por exemplo, ao ensino tradicional. Na educação, b-learning necessariamente envolve
tecnologia digital e Internet e propõe um processo de ensino e aprendizagem baseado na ideia de
aluno ativo.
Nesse contexto, o acesso às tecnologias digitais e à Internet torna-se um pré-requisito, sendo esta
uma questão posta e ainda não solucionada em países como o Brasil, em que a falta de
infraestrutura ainda é empecilho ao uso de tecnologias na educação pública. O smartphone, objeto
de uso pessoal e móvel, trouxe novos elementos a essa discussão, no entanto, a cada novo estudo
contatamos que a falta de infraestrutura continua sendo um fator no qual esbarra a educação com
tecnologias.
Tendo esse contexto como pano de fundo, no Brasil, no Ensino Remoto Emergencial (ERE) ou no
Regime Especial de Aulas Não presenciais (REANP), o que se viu foi alunos e professores fazendo
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Perguntas e Respostas sobre Ensino Híbrido
Rosemara Perpetua Lopes
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a educação diariamente com recursos próprios, tecnologias próprias, entre elas, celular, notebook e
Internet, sem mencionar o ambiente de trabalho.
A discussão sobre a falta de acesso às tecnologias digitais e à Internet não é nova, é anterior à
pandemia causada pelo novo Coronavírus, a diferença é que antes o uso de tecnologias era opcional.
Antes da suspensão das aulas presenciais, a separação entre os que têm e os que não têm acesso às
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) ou Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação (TDIC) era apontada pela literatura educacional como divide digital, conforme
verificado em Barreto (2003) e Coll e Monereo (2010). A pandemia apenas escancarou uma lacuna
já existente.
No entanto, como afirma Barreto (2002), não se pode pensar o uso das TIC sem dispor das TIC.
Dizendo o óbvio, é preciso dispor de equipamentos e de Internet para ensinar ou aprender com
TDIC em ambiente virtual.
Pergunta 6: Ensino híbrido: uma inovação disruptiva? Uma introdução à teoria dos híbridos. Este
seria um bom estudo?
Um bom estudo é aquele que atende aos objetivos de quem o empreende e permite ampliar a sua
visão de mundo. Ao empreendê-lo, convém dispor de mais de um referencial teórico. No caso das
tecnologias digitais ou de temas relacionados a elas, uma opção é começar pelo conceito de
tecnologia, verificado em Kenski (2012), e prosseguir conhecendo as possibilidades de uso da
mesma na educação, apontadas em Coll e Monereo (2010) e outros, passar pela discussão sobre
mobile learning ou m-learning e situar nesse contexto mais amplo o b-learning (ensino híbrido).
Os princípios epistemológicos que fundamentam o b-learning não são novos, remontam a John
Dewey e sua premissa de que é preciso trazer a vida de fora da escola para dentro dela, de modo a
superar a abordagem tradicional do ensino. O foco assim não está em inovar ou romper com
práticas cristalizadas, embora isso possa ocorrer, mas sim na aprendizagem, no sujeito que se
pretende formar e na sociedade que ele irá compor. A Internet trouxe como novidade o virtual, o
ciberespaço, as redes sociais, ambientes não existentes na educação de outras épocas, tecnologias
potencialmente favoráveis a reconfigurações.
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Rosemara Perpetua Lopes
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Num cenário cada dia mais digital afirmam Valente (1999) e Nóvoa (2009) que as instituições de
ensino devem se reinventar ou se tornarão obsoletas e perderão o sentido que justifica a sua
existência. Nos dizeres de Kuenzer (2001), se nada mudar, elas se tornarão “sobrantes”. A
justificativa para o ensino híbrido vai nessa mesma direção, acrescida de facilidades como a
flexibilização de horários de estudo aos alunos.
Uma opção de leitura para quem se interessa por ensino híbrido e não dispõe de conhecimentos
prévios sobre este assunto é o estudo intitulado “Introdução ao blended learning: conceito e
produção científica nacional”, de autoria da professora e mestre Luciana Maria Borges, brevemente
disponível no site do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Jataí.
Pergunta 7: Muito boa as ideias de ensino hibrido! Mas como chegar naqueles alunos que não tem
acesso à Internet ou que nem telefone ou computador tem em casa?
A falta de acesso às tecnologias digitais é uma questão anterior à pandemia, à suspensão das aulas
presenciais. Cabe destacar que em qualquer modalidade, presencial, à distância ou remoto,
educação de qualidade não se faz com sucateamento e precarização.
Dito isso, ao tratar de ensino híbrido, é preciso ter em vista a realidade escolar na qual ele seria
implantado. No Brasil, ensino híbrido requer investimento, não bastam ideias ou boa vontade.
Durante o período de isolamento social decorrente da Covid-19, o improviso foi justificado pelo
caráter emergencial e inusitado da pandemia. Porém, decorridos alguns meses, esse trabalho não
presencial precisa ser avaliado. Não se trata, nem nunca se tratou, de comparar o ensino em um e
outro meio, presencial e virtual, mas de avaliar a adequação dos meios aos fins da educação, os
quais não se pode perder de vista.
Tomando por empréstimo o conceito de divide digital verificado em Barreto (2003) e em Coll e
Monereo (2010), para evitar que a exclusão se torne ainda mais acentuada em tempos de trabalho
remoto, é preciso mapear aqueles que têm e aqueles que não têm acesso às tecnologias digitais e à
Internet, lembrando que ensino não presencial não necessariamente é on-line, embora o b-learning
não prescinda desse último.
No Brasil a falta de acesso a tecnologias e à Internet de qualidade não afeta apenas os alunos.
Professores cuja profissão há décadas sofre a falta de valorização não estavam e não estão
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Perguntas e Respostas sobre Ensino Híbrido
Rosemara Perpetua Lopes
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devidamente equipados para o desempenho de seu trabalho fora das instituições de ensino, nem
mesmo dentro delas. O primeiro passo é reconhecer a condição de falta, o segundo é repensar o
(des)investimento na educação pública brasileira.
Pergunta 8: Conforme os estudos, até o momento, o ensino híbrido atenderia o ciclo de
alfabetização independente do envolvimento da família?
A alfabetização tem particularidades que podem ser atendidas de modos distintos em qualquer
modalidade de ensino. Desse ponto de vista, não cabe perguntar se o ensino híbrido atenderia o
ciclo de alfabetização, mas, sim, como atenderia, tendo em vista os objetivos almejados, sem perder
de vista a comunidade atendida, os recursos disponíveis, os professores alfabetizadores e seus
conhecimentos, a estrutura e a infraestrutura disponíveis, inclusive a tecnológica.
Numa perspectiva mais ampla, a alfabetização não se restringe à Língua Portuguesa, sendo também
matemática e científica. Há tecnologias digitais potencialmente favoráveis ao processo de
alfabetização matemática, como sustentam Lopes e Feitosa (2014). Esta possibilidade já existia
antes de deflagrada a pandemia. A novidade no cenário atual é a restrição ao presencial. Como era
de se esperar, essa restrição chegou numa época em que os professores não se sentiam, e não se
sentem, preparados para alfabetizar com tecnologias digitais, tampouco os alunos e o coordenador
pedagógico parecem preparados para essa inovação.
Esse quadro sugere refletir sobre o que dificultou o ensino por meio de tecnologias digitais durante
a suspensão das aulas presenciais, sem a pretensão de uma resposta única, e sobre o professor, será
ele “professor do presencial”?
Pergunta 9: Tem algum estudo sobre a aprendizagem dos alunos no ensino à distância? Qual a
porcentagem? É boa?
O processo de ensino e aprendizagem na educação à distância tem particularidades, destacando-se
os aspectos interação, ambiente e material didático. Nessa modalidade a figura do professor muda,
e, paralelamente, surgem outras, a exemplo do tutor, também as ações executadas pelos alunos
mudam em função do meio. Apesar do apelo, nessa modalidade a aprendizagem tanto pode ser
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Perguntas e Respostas sobre Ensino Híbrido
Rosemara Perpetua Lopes
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considerada na perspectiva da reprodução, quanto da construção de conhecimentos pelos
estudantes. Cumpre observar que ensino à distância não é educação à distância, o ensino compõe a
educação.
Em qualquer modalidade, presencial ou à distância, os índices de desempenho e rendimento dos
alunos variam de uma comunidade para outra, de uma região para outra, de uma época a outra etc.
Além deste aspecto, cabe distinguir aprendizagem de rendimento ou desempenho escolar, uma vez
que a aprendizagem tanto pode significar reprodução e memorização de conteúdos, quanto a
compreensão de novos conceitos.
No Brasil o desempenho ou rendimento escolar do aluno é medido por avaliações externas
frequentemente questionadas quanto à maneira que são realizadas. Portanto o foco não deve estar na
eficácia do meio, mas nos agentes e nos determinantes que atuam sobre as práticas escolares. Além
disso, é forçoso não confundir Ensino Remoto Emergencial (ERE) com Educação à Distância
(EaD).
Pergunta 10: Em relação aos alunos que não têm condições financeiras para ter Internet e nem
telefone, como trabalhar?
A recorrente questão do acesso às tecnologias pelos alunos entre os professores durante a pandemia
denota uma preocupação que talvez possa ser encaminhada por meio de levantamentos futuros
sobre os alunos que não têm condições financeiras para acesso à Internet ou telefone, quantos e
quais são esses alunos.
De posse desses dados, caberia priorizar esse contingente no retorno ao presencial, supondo que
ocorra, respeitando-se as medidas e os protocolos de segurança relativos à Covid-19 para as
instituições de ensino.
Caso não ocorra o retorno, professores experientes no ensino presencial poderão ter alguma
dificuldade em vislumbrar alternativas fora dessa modalidade, entretanto ninguém melhor do que os
professores para dizer como ensinar os seus alunos em diferentes contextos.
Ademais, adversidade não é palavra nova no vocabulário dos professores brasileiros, especialmente
daqueles que atuam na educação básica em rede pública de ensino. No Brasil, historicamente, a
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Perguntas e Respostas sobre Ensino Híbrido
Rosemara Perpetua Lopes
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educação não está isenta de precariedades, portanto o professor brasileiro está acostumado a lidar
diariamente com dificuldades diversas. Esta realidade faz lembrar o poema de Marina Colasanti
(COLASANTI, 1996), segundo o qual a gente se acostuma, mas não devia.
Pergunta 11: Como funcionaria o ensino híbrido na rede?
Contemplando atentamente a pergunta, conclui-se que ela deveria ser reformulada e indagar: qual a
compreensão de ensino híbrido que se tem e como implementá-lo em uma rede pública de ensino
com características idiossincráticas? Em outras palavras, que ensino híbrido, para que rede de
ensino? Não há resposta pronta, nem rápida ou conclusiva para essas perguntas. No entanto, pode-
se afirmar que ensino híbrido, qualquer que seja a compreensão sobre ele, é diferente de ensino
presencial. Do mesmo modo, ensino híbrido é diferente de ensino remoto ou remoto emergencial.
Também não se pode confundir o ensino híbrido verificado na literatura educacional com o ensino
identificado como híbrido por ser parcialmente presencial e parcialmente on-line.
Tomando-se como referencial teórico Horn e Staker (2017, p. 53, grifo nosso), enquanto
“programa de educação formal, no qual o estudante aprende, pelo menos em parte, por meio de
ensino on-line” e exerce algum controle sobre o processo de aprendizagem, o ensino híbrido pode
ocorrer segundo quatro modelos combináveis (Quadro 1).
Quadro 1 – Modelos de ensino híbrido
Modelo Descrição
Rotação Curso ou matéria em que os estudantes alternam entre modalidades de
aprendizagem, pelos menos uma deve ser on-line.
1) Rotação por estações
2) Laboratório rotacional
3) Sala de aula invertida
4) Rotação individual
Flex Curso ou matéria em que ensino on-line é o eixo da aprendizagem, mesmo que
direcione os estudantes para atividades presenciais.
Permite alternar entre ensino on-line e formatos presenciais, com um cronograma
fluido aos estudantes, individualmente personalizado entre as modalidades de
aprendizagem.
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À La Carte Curso ou disciplina que o estudante realiza inteiramente on-line, enquanto
também frequenta uma escola física tradicional. Os cursos À La Carte podem ter
componentes presenciais, como ocorre no Flex, porém no À La Carte o professor
tutor é o professor on-line, no Flex o professor tutor é o professor presencial.
Virtual Enriquecido Cursos que oferecem sessões de aprendizagem presencial, mas permitem que os
estudantes façam o restante do trabalho on-line, de onde preferirem.
Nesse modelo os estudantes raramente se encontram pessoalmente com o
professor todos os dias da semana, embora as experiências presenciais sejam
obrigatórias.
Fonte: Elaboração própria, conteúdo adaptado de Horn e Staker (1997, p. 37-53).
Embora possa parecer que os modelos observados no Quadro 1 se configuram essencialmente pela
alternância entre presencial e on-line, esta impressão não se confirma, pois, enquanto “programa”, o
ensino híbrido vai afetar o trabalho do professor e seu papel no processo educativo, entre outros
aspectos.
Cumpre reafirmar que o tratamento conferido ao ensino híbrido varia conforme o referencial teórico
adotado, Horn e Staker (2017) é um referencial, há outros. Independentemente da opção, mudanças
na educação geram desconforto, observa Tedesco (2004), entretanto o desconforto pode ser menor
em condições menos adversas.
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novos (des)encontros. São Paulo: Ed. Loyola, 2002.
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25 dez. 2020.
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Disponível em: http://bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br/services/e-books/Lewis%20Carrol-
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SlideShare, dez. 2020
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KENSKI, Vani. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. 8. ed. Campinas: Papirus,
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