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APOSTILA DA OLIMPÍADA DE GEOGRAFIA – EMEF ULYSSES GUIMARÃES


                                   Conflitos no mundo contemporâneo

Apesar de certa ilusão dos defensores do processo de globalização de que a queda de barreiras econômicas
entre os países e a democratização da informação poderiam não apenas aproximar povos e culturas, como
também diminuir as tensões históricas causadas por questões culturais e territoriais, criando uma sensação
de cidadania mundializada, a prática nos mostra o contrário.

Nunca os aspectos locais e territoriais dos povos tiveram tanta evidência e, de fato, o papel positivo da
globalização foi o de indiretamente nos mostrar que não é possível ser cidadão do mundo sem que se tenha
cidadania local.

Muitos dos problemas ligados aos conflitos originados por questões étnicas e religiosas em todo o mundo
têm, historicamente, seu foco principal na disputa pelo espaço territorial e político.

Enquanto muitos Estados juntaram etnias rivais, com línguas e tradições díspares, outros
povos foram divididos, formando parte de Estados diferentes.

A contestação dos limites fronteiriços foi a origem de numerosos conflitos entre Estados (Índia e Paquistão,
Eritréia e Etiópia, Chade e Líbia, Iraque e Irã etc.).

Essas rivalidades provocaram também um aumento dos gastos militares e do poder dos exércitos, em
detrimento de gastos sociais e da democratização dos Estados, gerando sistemas políticos autoritários.
A desestruturação das sociedades do Terceiro Mundo é caracterizada pela escassa condição social como
conseqüência da existência de particularidades raciais, étnicas, Lingüísticas e religiosas geralmente
desrespeitadas, além de uma distribuição de renda nitidamente desigual.

etnias — grupos de indivíduos biológica e culturalmente homogêneos, com os mesmos costumes, a mesma
língua e a mesma cultura.

A imensa maioria da população vive na pobreza ou miséria, enquanto minorias privilegiadas (proprietários
agrícolas, grandes comerciantes, altos funcionários etc.) vivem na opulência. A classe média, que é
majoritária nas chamadas sociedades ocidentais do Primeiro Mundo é, aí, praticamente inexistente.
Essas grandes desigualdades geram uma violência que parece ser permanente no Terceiro Mundo e que está
presente sobretudo nas cidades.

Nelas existe um elevado índice de desemprego e desaparecem os vínculos de solidariedade familiar
tradicional, sem que tenham sido substituídos por garantias sociais modernas, como: seguro-desemprego,
assistência médica, escolarização obrigatória etc.

A miséria e a ausência de democracia conduzem, geralmente, à formação de grupos armados (guerrilhas)
que lutam para derrubar regimes políticos autoritários e que pregam, geralmente, a transformação
revolucionária da sociedade, almejando uma distribuição eqüitativa das riquezas. Uma vez no poder, o
discurso anterior é, muitas vezes, substituído por práticas igualmente autoritárias.
A multiplicação dos conflitos internos é uma característica marcante da última década do século XX.
A desintegração dos Estados socialistas principalmente a União Soviética (URSS) e a Iugoslávia — fez
renascer rivalidades étnicas e religiosas que haviam sido congeladas por regimes totalitários.
Confrontos herdados da Guerra Fria, como a guerra civil em Angola (ex-colônia portuguesa), também
adentram o século XXI, mas essa é uma guerra política em que se opõem ideias marxistas e movimentos
anticomunistas.
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TIPOS DE CONFLITOS.

De maneira geral, os conflitos são classificados em quatro categorias, de acordo com as forças em litígio.
A primeira envolve dois ou mais Estados - guerra entre Estados — embate entre exércitos nacionais
regulares.
Exemplo: • Disputa (desde a descolonização britânica) entre Índia — de maioria hindu — e Paquistão —
muçulmano —, duas potências nucleares, pela posse da região da Caxemira, cuja população local é de
maioria                                                                                            muçulmana.
A segunda caracteriza a guerra civil ou guerrilha disputa interna em que movimentos armados ambicionam
derrubar     o     governo     de     um      determinado       país,    para    mudança        de     regime.
Exemplos: • Conflito com as Forças Armadas Revoluci¬onárias da Colômbia (Farc’s), que controlam uma
área desmilitarizada de 42 mil km2 no território colombiano. Essa guerrilha de esquerda associada ao poder
paralelo criado pelo narcotráfico representam os maiores desafios a serem enfrentados pela população
colombiana. Instalou-se uma guerra civil no país. A crise institucional que caracteriza a luta entre poderes, a
corrupção do serviço público e a incapacidade de o governo solucionar essas questões misturam-se num dos
conflitos mais duradouros e sangrentos da América Latina e que pode submeter o país à intervenção externa.

• A reivindicação pela criação de um Estado teocrático na Argélia, pelas guerrilhas fundamentalistas Frente
Islâmica de Salvação (FIS) e Grupo Islâmico Armado (GIA).

• A luta do Exército Zapatista de Libertação Nacional — EZLN — contra a política neoliberal do governo
mexicano, que exclui e marginaliza a população pobre, não considerando em seu planejamento econômico
as necessidades delas e as grandes desigualdades sociais do país. O EZLN controla o sul do país,
particularmente o Departamento de Chiapas, a porção mais pobre do território do México.
Ainda dentro desta categoria, há os con¬flitos com intensa conotação étnica ou religiosa.

Exemplos: • A guerra civil no Afeganistão, que opõe fundamentalistas muçulmanos da milícia Taleban a
grupos islâmicos de outras etnias (tadjique, uzbeque e hazará).

• Tensão de origem religiosa no Sri Lanka, onde tâmeis (hinduístas) e cingaleses (budistas) estão em luta
desde a década de 1980 (século XX).

• O terrorismo islâmico no Egito. Fundamentalistas muçulmanos que querem instituir uma teocracia
islâmica no país têm realizado vários atentados terroristas, a partir da década
de 1980 (século XX), com ataques a turistas e a monumentos históricos.

• Os conflitos resultantes da antiga rivalidade entre as etnias tutsi e hutu, na região dos Grandes Lagos
Africanos, que deixaram 1 milhão de mortos principalmente em Ruanda e Burundi.

A terceira envolve o separatismo decorrente de ocupação estrangeira — confronto provocado por invasão
militar externa.

Exemplos: • A reivindicação dos palestinos pelo reconhecimento de um Estado independente nos territórios
ocupados por Israel em 1967 — Faixa de Gaza e Cisjordânia (conflito árabe-israelense, em negociação de
paz).

• Conflito separatista em Timor Leste, ex-colônia portuguesa de maioria católica anexada pela Indonésia (de
maioria islâmica) em 1975. (Em 1999, o Timor Leste conseguiu a in¬dependência, graças à mediação da
ONU,        dos      EUA      e     de      Portugal     junto     ao      governo      da      Indonésia.)
A quarta caracteriza o separatismo no interior de um Estado — choque entre forças oficiais e movimentos
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internos, em geral ligados a minorias étnicas ou religiosas, que têm como objetivo a formação de Estados
independentes.

Exemplo: • caso do Exército Republicano Irlandês (IRA), partidário da autonomia dos católicos, grupo
minoritário na Irlanda do Norte, uma província do Reino Unido (de maioria protes¬tante). Acordo de paz
assinado em 1998.

• A questão dos bascos na Espanha, movimento nacionalistas pela independência do País Basco – encravado
no norte da Espanha e a s sudoeste da França – que tem uma cultura diferenciada sobretudo pela língua o
Euskara, não latina. O grupo separatista ETA (Pátria Basca e Liberdade) abala a nação espanhola com
violentos atentados terroristas.

• As invasões das forças russas na República Separatista da Tchetchênia. Algumas das dezenas de
nacionalidades que compõem a Rússia começaram a se revoltar contra o governo central de Moscou, após a
desintegração da URSS, em 1991, declarando-se independentes. Na Tchetchênia e depois no Daguestão –
pequena República na região do Cáucaso - milicianos mulçumanos lutam pela autonomia, colocando em
xeque a capa- cidade da Rússia, tanto do ponto de vista político como do ponto de vista militar, de resolver
seus assuntos internos. A repressão do exército russo é intensa.

• As guerras resultantes do processo de dissolução da Iugoslávia, país que já ocupou boa parte da península
balcânica, estado multiétnico, marcado pela hegemonia sérvia contra os povos da região: estovenos, croatas,
bósnio-muçulmanos, montenegninos, macedônios, albaneses e húngaros. O conflito mais violento foi na
Bósnia-Herzegóvina (1992 a 1995), opondo sérvios a uma aliança muçulmana-croata. Os sérvios praticaram
a chamada “limpeza étnica” como estratégia de guerra : expulsaram grupos rivais das áreas sob sua
ocupação, chacinaram civis e estabeleceram campos de concentração. Croatas e bósnio-mu¬çulmanos, em
menor escala, também pratica¬ram massacres. A prática criminosa da “Limpeza étnica” estendeu-se a
Kosovo — província do sul do país —, cuja população (basicamente albanesa) foi violentada, assassinada e
siste¬maticamente expulsa pelo exército da Iugoslávia. Apesar de não ter tido a aprovação unânime da
comunidade internacional, a OTAN interferiu no conflito, realizando bombardeios con¬tra a Iugoslávia e
contra as tropas sérvias em Kosovo, em defesa da integridade da popula¬ção Local. Essa ação militar
possibilitou aos albaneses o retorno à província. Os kosovares conseguiram, assim, autonomia política em
relação a Belgrado, mas mantêm vínculos econômicos com a Iugoslávia.

Mais recentemente surgiu um tipo de con¬flito inédito no mundo, caracterizado pela luta contra o terrorismo
internacional. Nasceu em virtude dos trágicos acontecimentos de 11 de setembro de 2001, em que os EUA
foram 1 alvo de ação terrorista comandada por Osama bin Laden, milionário de origem saudita.
Protegido pela milícia Taleban que até então controlava o Afeganistão, Osama Bin Laden apregoou a Luta
camuflada contra os EUA, considerado por ele o grande causador da miséria que assola os países que
compõem o mundo islâmico. Além de financiar o treinamento de terroristas, por meio da organização AI
Qaeda, procurou dar à luta, contra o que chamou de opressão americana, conotação de Guerra Santa - Jihad -
conclamando todo o mundo islâmico a apoiá-lo.

A resposta americana foi imediata. Organizou ataques às bases do Taleban, em território afegão,
primeiramente com bombardeios aéreos e, depois, com tropas terrestres especiais. Essa guerra, por suas
características geopolíticas peculiares, tem sido chamada de “Guerra Sem Limites”, já que sua ação não está
geograficamente circunscrita a um espaço territorial delimitado.

O corredor de transporte Europa —Cáucaso — Ásia Central é um complexo rodo-ferroviário destinado a
ligar a Euro¬pa mediterrânea até a China, passando necessariamente pelo norte do Afeganis¬tão, Ásia
Central e Turquia. A construção desse imenso complexo — com fundos da União Européia (UE) e do Banco
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para o Desenvolvimento da Ásia (BDA) * será combinada com a instalação de oleodutos que vão abastecer
o mercado ocidental.

Alguns números ajudam a ilustrar o que está em jogo. Apenas os cinco países da bacia do Cáspio —
Azerbaijão, Cazaquistão, Irã, Rússia e Turcomenistão — possuem reservas estimadas em 200 bilhões de
barris de petróleo e um volume comparável de gás. Três deles — Azerbaijão, Caza¬quistão e Turcomenistão
— contêm mais petróleo e gás do que o Golfo Pérsico. As cinco maiores empresas petrolíferas dos Estados
Unidos (Chevron, Conoco, Texaco, Mobil Oíl e Unocal) concluíram ou estão concluindo uma série de
acordos bilionários com esses países (exceto o Irã) para explorar suas reservas.


                                     Urbanização no Brasil - resumo

O que é – Urbanização é o aumento da proporção da população que vive nas cidades em relação à que vive
no campo. Atualmente, ela é mais acelerada em países em desenvolvimento, como o Brasil, ou pouco
desenvolvidos. Desde 2008, a população urbana mundial é maior que a rural, e essa proporção continua
crescendo.

Brasil urbano – Desde a década de 1960, mais precisamente em 1965, a população brasileira passou a ser
majoritariamente urbana. Hoje o país está entre ao mais urbanizados do mundo, com mais de 80% dos
habitantes morando nas mais de 5,5 mil cidades brasileiras.

Regiões metropolitanas – O Brasil possui 31 regiões metropolitanas, que abrigam um terço dos domicílios
urbanos e 30% da população do país. A maior delas, a Grande São Paulo, é uma megalópole com 18 milhões
de habitantes.

Problemas ligados à urbanização – A urbanização desordenada acentua a desigualdade social. O déficit
habitacional de milhões de moradias, por exemplo, contribui para o crescimento da população de rua e
crescente favelização ou mesmo a criação de movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores
Sem-Teto (MTST)

Urbanização no Mundo
A taxa de urbanização de um país indica a percentagem de população que vive um núcleos urbanos.

 Nos países em que o processo de industrialização ocorreu de forma gradual e sistematizada, a partir do
desenvolvimento de tecnologia nacional, o crescimento das cidades de deu de maneira mais estruturada.
 Países pioneiros na industrialização não vivenciaram as mesmas condições de crescimento urbano que
podem ser observadas nas grandes cidades de paises subdesenvolvidos.

 Os países pobres criam um progresso artificial ao oferecerem incentivos fiscais para as transnacionais se
instalarem em seus territórios.

 O conceito de urbanização esta modernamente ligado às benfeitorias que marcam a estrutura de uma
cidade.qualquer região rural que recebe as influencias dessas benfeitorias sofre um processo de urbanização,
pois se apropria de equipamentos urbanos e da cultura de uso que os acompanha; mesmo que haja relativa
distancia geográfica em relação os núcleos urbanos geradores de tais impactos.
 As atividades que se destacam pela geração de empregos são a agroindústria, o turismo ecológico e outras
atividades industriais e de serviços que se destacam nas zonas rururbanas para baratear custos; o que mostra
que uma parcela de da população rural brasileira já não trabalha em atividades agrícolas.
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 Em muitas partes do mundo, mudanças desse tipo transformaram o campo em uma extensão do meio
urbano.

                                     O que é sustentabilidade resumo

Ser sustentável é ter a consciência que somos responsáveis em promover o melhor, para nós, para os outros e
para o meio ambiente.

  Muitas pessoas já ouviram falar, porém poucas sabem o que é sustentabilidade. Trata-se de um termo
moderno que se alastrou rapidamente, inserindo-se na linguagem politicamente correta das empresas, dos
meios de comunicação e das organizações da sociedade civil. No contexto geral, significa o que se pode e o
que se deve fazer para dar sustento às necessidades do homem, sem que para isso aconteça qualquer
agressão que prejudique o futuro da população. Estas ações denominadas sustentáveis promoverão ao
planeta condições que podem levar ao desenvolvimento de todas as formas de vida existentes. Nestas
condições, haverá o crescimento do poder da sustentabilidade natural do planeta.

Desenvolvimento Sustentável

As ações sustentáveis são definidas como a capacidade do ser humano interagir com o mundo sem que isso
comprometa o meio ambiente, preservando assim os recursos naturais para gerações futuras, por isso os
diversos setores da sociedade como o econômico, político, social, cultural ou do meio ambiente, carecem de
medidas que viabilizem um correto planejamento para atender as suas necessidades de hoje, usando os
recursos naturais de forma eficiente, para que estes não se percam, comprometendo assim as próximas
gerações.

Sustentabilidade ações práticas

Algumas ações voltadas à sustentabilidade vêm sendo realizadas como, o controle a utilização e manutenção
adequada das matas com replante, estimular a produção de alimentos naturais, bem como o seu consumo,
haja visto serem saudáveis ao homem. Não permitir o aproveitamento dos recursos minerais de forma
desenfreada e sem programação. Procurar meios de energia alternativos limpos e restauráveis, preservando a
qualidade da atmosfera. Investir e promover comportamentos individuais e de empresas no
reaproveitamento de resíduos sólidos, garantindo retorno financeiro e menos lixo na natureza. Incrementar
soluções gerenciais nas empresas visando perdas desnecessárias, bem como, produção mais econômica.
Fornecer elementos que visem o controle adequado na utilização da água, não contaminando leitos de rios e
do mar, visando tratamento aos já atingidos pela poluição.

Sustentabilidade benefícios

Com todas estas ações realizadas pelo homem, possibilitarão condições de desenvolvimento e até de
sobrevivência da vida no planeta. As gerações futuras terão ainda o meio ambiente preservado, dando a eles
também a oportunidade de manter tudo o que receberam relativo aos recursos naturais.

Cada indivíduo por si só, fazendo a sua parte na preservação e utilização racional dos recursos naturais, será
um exemplo importante de cidadão consciente para a sua comunidade e entorno.
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                                        Florestas Tropicais Úmidas

As florestas tropicais úmidas são florestas de árvores de grande e médio porte, com folhas largas e em
grandes quantidades, o que é exatamente o que dá a característica de serem úmidas, já que o sol raramente
chega a tocar o chão da floresta, produzindo um clima mais frio do que normalmente seria caso a área não
fosse tão severamente coberta. Os tipos de árvores mais comuns nessas florestas são as bromélias, orquídeas
(que vivem como hospedeiras em outras plantas de maior porte, em um sistema de benefício mútuo),
begônias, cipós, e outras árvores maiores, como jacarandás e o quase extinto pau-brasil.

Cachoeira de Floresta Tropical Úmida

Este tipo de floresta é típico de três regiões do globo terrestre: América, principalmente América Central e
do Sul, África e Ásia, sendo que as três têm os mesmos tipos de características, tanto em plantas como em
vida animal, embora as florestas mais conhecidas sejam na América do Sul e África, sendo que nesta última
está a menor concentração de florestas desse tipo. Se somadas todas as áreas de florestas tropicais úmidas do
planeta, o resultado total é de aproximadamente 17 milhões de km², sendo que isso representa
aproximadamente 20% do globo terrestre ainda coberto por matas fechadas.

Grande parte delas está sob proteção de governos e reservas naturais, embora tais proteções nem sempre
sejam respeitadas ou cumpridas de maneira correta, ainda acontecendo exploração de madeira, caça de
animais e venda de animais silvestres, tanto como bichos de estimação, como para a venda e
comercialização da pele e carne.

Entre os animais que habitam essas florestas, destacam-se o bicho preguiça, a capivara, a onça pintada e o
mico leão dourado, todos eles espécies em extinção, ou que estão se encaminhando rapidamente para isso, o
que nos faz pensar que os governos precisam tomar atitudes mais ativas quanto à exploração e conservação
destas matas, antes que seja tarde demais. A ocupação humana nestas florestas é predominantemente para
exploração, o que não seria de todo ruim se tal exploração fosse feita de maneira sustentável, como algumas
empresas já fazem.

A extração descontrolada de materiais primários, como resinas, madeira, flores, frutos e outros meios
primários de exploração, sem que sejam regulamentados e mantidos de maneira correta, coloca todo o bioma
e o ecossistema destas florestas em risco de extinção, o que dificilmente pode ser revertido, já que seus solos
tendem a ser do tipo arenoso: uma vez desmatado, é impossível fazer com que uma nova floresta cresça ali.

Este tipo de floresta deve ser preservada, não apenas pela sua beleza natural, mas por tudo que ela pode nos
oferecer se explorada de maneira correta e controlada.

                               Resumo do Livro - A Geografia do Turismo

O turismo é a única política social que consome elementarmente o espaço. Daí a importância de
entendermos o interesse da geografia pelo turismo.

Como entender esse fenômeno? Fazendo um estudo, uma abordagem sobre a introdução à geografia do
turismo, uma abordagem socio-espacial.

A prática social do turismo está diretamente ligada à geografia, não se pode falar em turismo e não lembrar
da geografia. Pois a ciência geográfica está sempre atenta a toda e qualquer manifestação da sociedade, sem
esquecer os problemas gerados pela relação homem-natureza.
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Daí a importância de se fazer um estudo, uma compreensão do turismo, do ponto de vista de sua dimensão
socio-espacial. Fazendo um estudo do turismo sob a ótica da geografia. Entendendo a prática do turismo e
suas conseqüências.

1.1 Turismo

O turismo, que, antes de mais nada, é uma prática social, vem mudando de sentindo ao longo da história e
cada nova definição consiste em nova tentativa de se conceituar algo que tem, reconhecidamente, uma
dinâmica inquestionável. É importante lembrar que, toda definição de conceito é sempre carregada de
ideologia e exprime, portanto, alguma forma particular de se ver o mundo, por parte daqueles que criam
essas definições.

Entre as inúmeras definições de turismo, há que se destacar aquela adotada pela Organização Mundial de
Turismo (OMT). Segundo a OMT, o turismo é uma modalidade de deslocamento espacial, que envolve a
utilização de algum meio de transporte e ao menos um pernoite no destino; esse deslocamento pode ser
motivado pelas mais diversas razões, como lazer, negócios, congressos, saúde e outros motivos, desde que
não correspondam a formas de remuneração direta.

Todo tipo de viagem é considerado, hoje, turismo, independentemente da motivação do deslocamento. O
que a OMT sugere com sua definição de turismo é que viagem e turismo são hoje sinônimos. Não de pode
negligenciar o fato, entretanto, de que abarcar todo tipo de viagem como turística, a definição oficial de
turismo conduz, entre outras coisas, à exacerbação das estatísticas.

Por ser uma pratica social, o turismo é fortemente determinado pela cultura.

1.2 Turismo de massa

A expressão "turismo de massa" tende a sugerir tratar-ser de uma modalidade do turismo que mobiliza
grande contingente de viajantes.

É preciso saber que turismo de massa não significa "turismo de massas", pelo simples fato de que as massas
não fazem turismo.

Se considerarmos que parte da população mundial vive abaixo da linha de pobreza e que outra parte,
igualmente significativa, vive muito próximo dessa linha, não é difícil concluir que quando falamos de
turismo estamos nos referindo, em verdade, a uma pequena parcela da população mundial.

Turismo de massa é uma forma de organização do turismo que envolve o agenciamento da atividade bem
como a interligação entre agenciamento, transporte e hospedagem, de modo a proporcionar o barateamento
dos custos da viagem e permitir, conseqüentemente, que um grande número de pessoas viaje.

1.3 Turismo alternativo

Turismo alternativo é uma expressão criada para categorizar modalidades de turismo que, do ponto de vista
de seu objeto de consumo e da sua forma de consumo do espaço, se contrapõem ao chamado turismo de
massa.

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Conflitos no Mundo Contemporâneo

  • 1. APOSTILA DA OLIMPÍADA DE GEOGRAFIA – EMEF ULYSSES GUIMARÃES Conflitos no mundo contemporâneo Apesar de certa ilusão dos defensores do processo de globalização de que a queda de barreiras econômicas entre os países e a democratização da informação poderiam não apenas aproximar povos e culturas, como também diminuir as tensões históricas causadas por questões culturais e territoriais, criando uma sensação de cidadania mundializada, a prática nos mostra o contrário. Nunca os aspectos locais e territoriais dos povos tiveram tanta evidência e, de fato, o papel positivo da globalização foi o de indiretamente nos mostrar que não é possível ser cidadão do mundo sem que se tenha cidadania local. Muitos dos problemas ligados aos conflitos originados por questões étnicas e religiosas em todo o mundo têm, historicamente, seu foco principal na disputa pelo espaço territorial e político. Enquanto muitos Estados juntaram etnias rivais, com línguas e tradições díspares, outros povos foram divididos, formando parte de Estados diferentes. A contestação dos limites fronteiriços foi a origem de numerosos conflitos entre Estados (Índia e Paquistão, Eritréia e Etiópia, Chade e Líbia, Iraque e Irã etc.). Essas rivalidades provocaram também um aumento dos gastos militares e do poder dos exércitos, em detrimento de gastos sociais e da democratização dos Estados, gerando sistemas políticos autoritários. A desestruturação das sociedades do Terceiro Mundo é caracterizada pela escassa condição social como conseqüência da existência de particularidades raciais, étnicas, Lingüísticas e religiosas geralmente desrespeitadas, além de uma distribuição de renda nitidamente desigual. etnias — grupos de indivíduos biológica e culturalmente homogêneos, com os mesmos costumes, a mesma língua e a mesma cultura. A imensa maioria da população vive na pobreza ou miséria, enquanto minorias privilegiadas (proprietários agrícolas, grandes comerciantes, altos funcionários etc.) vivem na opulência. A classe média, que é majoritária nas chamadas sociedades ocidentais do Primeiro Mundo é, aí, praticamente inexistente. Essas grandes desigualdades geram uma violência que parece ser permanente no Terceiro Mundo e que está presente sobretudo nas cidades. Nelas existe um elevado índice de desemprego e desaparecem os vínculos de solidariedade familiar tradicional, sem que tenham sido substituídos por garantias sociais modernas, como: seguro-desemprego, assistência médica, escolarização obrigatória etc. A miséria e a ausência de democracia conduzem, geralmente, à formação de grupos armados (guerrilhas) que lutam para derrubar regimes políticos autoritários e que pregam, geralmente, a transformação revolucionária da sociedade, almejando uma distribuição eqüitativa das riquezas. Uma vez no poder, o discurso anterior é, muitas vezes, substituído por práticas igualmente autoritárias. A multiplicação dos conflitos internos é uma característica marcante da última década do século XX. A desintegração dos Estados socialistas principalmente a União Soviética (URSS) e a Iugoslávia — fez renascer rivalidades étnicas e religiosas que haviam sido congeladas por regimes totalitários. Confrontos herdados da Guerra Fria, como a guerra civil em Angola (ex-colônia portuguesa), também adentram o século XXI, mas essa é uma guerra política em que se opõem ideias marxistas e movimentos anticomunistas.
  • 2. APOSTILA DA OLIMPÍADA DE GEOGRAFIA – EMEF ULYSSES GUIMARÃES TIPOS DE CONFLITOS. De maneira geral, os conflitos são classificados em quatro categorias, de acordo com as forças em litígio. A primeira envolve dois ou mais Estados - guerra entre Estados — embate entre exércitos nacionais regulares. Exemplo: • Disputa (desde a descolonização britânica) entre Índia — de maioria hindu — e Paquistão — muçulmano —, duas potências nucleares, pela posse da região da Caxemira, cuja população local é de maioria muçulmana. A segunda caracteriza a guerra civil ou guerrilha disputa interna em que movimentos armados ambicionam derrubar o governo de um determinado país, para mudança de regime. Exemplos: • Conflito com as Forças Armadas Revoluci¬onárias da Colômbia (Farc’s), que controlam uma área desmilitarizada de 42 mil km2 no território colombiano. Essa guerrilha de esquerda associada ao poder paralelo criado pelo narcotráfico representam os maiores desafios a serem enfrentados pela população colombiana. Instalou-se uma guerra civil no país. A crise institucional que caracteriza a luta entre poderes, a corrupção do serviço público e a incapacidade de o governo solucionar essas questões misturam-se num dos conflitos mais duradouros e sangrentos da América Latina e que pode submeter o país à intervenção externa. • A reivindicação pela criação de um Estado teocrático na Argélia, pelas guerrilhas fundamentalistas Frente Islâmica de Salvação (FIS) e Grupo Islâmico Armado (GIA). • A luta do Exército Zapatista de Libertação Nacional — EZLN — contra a política neoliberal do governo mexicano, que exclui e marginaliza a população pobre, não considerando em seu planejamento econômico as necessidades delas e as grandes desigualdades sociais do país. O EZLN controla o sul do país, particularmente o Departamento de Chiapas, a porção mais pobre do território do México. Ainda dentro desta categoria, há os con¬flitos com intensa conotação étnica ou religiosa. Exemplos: • A guerra civil no Afeganistão, que opõe fundamentalistas muçulmanos da milícia Taleban a grupos islâmicos de outras etnias (tadjique, uzbeque e hazará). • Tensão de origem religiosa no Sri Lanka, onde tâmeis (hinduístas) e cingaleses (budistas) estão em luta desde a década de 1980 (século XX). • O terrorismo islâmico no Egito. Fundamentalistas muçulmanos que querem instituir uma teocracia islâmica no país têm realizado vários atentados terroristas, a partir da década de 1980 (século XX), com ataques a turistas e a monumentos históricos. • Os conflitos resultantes da antiga rivalidade entre as etnias tutsi e hutu, na região dos Grandes Lagos Africanos, que deixaram 1 milhão de mortos principalmente em Ruanda e Burundi. A terceira envolve o separatismo decorrente de ocupação estrangeira — confronto provocado por invasão militar externa. Exemplos: • A reivindicação dos palestinos pelo reconhecimento de um Estado independente nos territórios ocupados por Israel em 1967 — Faixa de Gaza e Cisjordânia (conflito árabe-israelense, em negociação de paz). • Conflito separatista em Timor Leste, ex-colônia portuguesa de maioria católica anexada pela Indonésia (de maioria islâmica) em 1975. (Em 1999, o Timor Leste conseguiu a in¬dependência, graças à mediação da ONU, dos EUA e de Portugal junto ao governo da Indonésia.) A quarta caracteriza o separatismo no interior de um Estado — choque entre forças oficiais e movimentos
  • 3. APOSTILA DA OLIMPÍADA DE GEOGRAFIA – EMEF ULYSSES GUIMARÃES internos, em geral ligados a minorias étnicas ou religiosas, que têm como objetivo a formação de Estados independentes. Exemplo: • caso do Exército Republicano Irlandês (IRA), partidário da autonomia dos católicos, grupo minoritário na Irlanda do Norte, uma província do Reino Unido (de maioria protes¬tante). Acordo de paz assinado em 1998. • A questão dos bascos na Espanha, movimento nacionalistas pela independência do País Basco – encravado no norte da Espanha e a s sudoeste da França – que tem uma cultura diferenciada sobretudo pela língua o Euskara, não latina. O grupo separatista ETA (Pátria Basca e Liberdade) abala a nação espanhola com violentos atentados terroristas. • As invasões das forças russas na República Separatista da Tchetchênia. Algumas das dezenas de nacionalidades que compõem a Rússia começaram a se revoltar contra o governo central de Moscou, após a desintegração da URSS, em 1991, declarando-se independentes. Na Tchetchênia e depois no Daguestão – pequena República na região do Cáucaso - milicianos mulçumanos lutam pela autonomia, colocando em xeque a capa- cidade da Rússia, tanto do ponto de vista político como do ponto de vista militar, de resolver seus assuntos internos. A repressão do exército russo é intensa. • As guerras resultantes do processo de dissolução da Iugoslávia, país que já ocupou boa parte da península balcânica, estado multiétnico, marcado pela hegemonia sérvia contra os povos da região: estovenos, croatas, bósnio-muçulmanos, montenegninos, macedônios, albaneses e húngaros. O conflito mais violento foi na Bósnia-Herzegóvina (1992 a 1995), opondo sérvios a uma aliança muçulmana-croata. Os sérvios praticaram a chamada “limpeza étnica” como estratégia de guerra : expulsaram grupos rivais das áreas sob sua ocupação, chacinaram civis e estabeleceram campos de concentração. Croatas e bósnio-mu¬çulmanos, em menor escala, também pratica¬ram massacres. A prática criminosa da “Limpeza étnica” estendeu-se a Kosovo — província do sul do país —, cuja população (basicamente albanesa) foi violentada, assassinada e siste¬maticamente expulsa pelo exército da Iugoslávia. Apesar de não ter tido a aprovação unânime da comunidade internacional, a OTAN interferiu no conflito, realizando bombardeios con¬tra a Iugoslávia e contra as tropas sérvias em Kosovo, em defesa da integridade da popula¬ção Local. Essa ação militar possibilitou aos albaneses o retorno à província. Os kosovares conseguiram, assim, autonomia política em relação a Belgrado, mas mantêm vínculos econômicos com a Iugoslávia. Mais recentemente surgiu um tipo de con¬flito inédito no mundo, caracterizado pela luta contra o terrorismo internacional. Nasceu em virtude dos trágicos acontecimentos de 11 de setembro de 2001, em que os EUA foram 1 alvo de ação terrorista comandada por Osama bin Laden, milionário de origem saudita. Protegido pela milícia Taleban que até então controlava o Afeganistão, Osama Bin Laden apregoou a Luta camuflada contra os EUA, considerado por ele o grande causador da miséria que assola os países que compõem o mundo islâmico. Além de financiar o treinamento de terroristas, por meio da organização AI Qaeda, procurou dar à luta, contra o que chamou de opressão americana, conotação de Guerra Santa - Jihad - conclamando todo o mundo islâmico a apoiá-lo. A resposta americana foi imediata. Organizou ataques às bases do Taleban, em território afegão, primeiramente com bombardeios aéreos e, depois, com tropas terrestres especiais. Essa guerra, por suas características geopolíticas peculiares, tem sido chamada de “Guerra Sem Limites”, já que sua ação não está geograficamente circunscrita a um espaço territorial delimitado. O corredor de transporte Europa —Cáucaso — Ásia Central é um complexo rodo-ferroviário destinado a ligar a Euro¬pa mediterrânea até a China, passando necessariamente pelo norte do Afeganis¬tão, Ásia Central e Turquia. A construção desse imenso complexo — com fundos da União Européia (UE) e do Banco
  • 4. APOSTILA DA OLIMPÍADA DE GEOGRAFIA – EMEF ULYSSES GUIMARÃES para o Desenvolvimento da Ásia (BDA) * será combinada com a instalação de oleodutos que vão abastecer o mercado ocidental. Alguns números ajudam a ilustrar o que está em jogo. Apenas os cinco países da bacia do Cáspio — Azerbaijão, Cazaquistão, Irã, Rússia e Turcomenistão — possuem reservas estimadas em 200 bilhões de barris de petróleo e um volume comparável de gás. Três deles — Azerbaijão, Caza¬quistão e Turcomenistão — contêm mais petróleo e gás do que o Golfo Pérsico. As cinco maiores empresas petrolíferas dos Estados Unidos (Chevron, Conoco, Texaco, Mobil Oíl e Unocal) concluíram ou estão concluindo uma série de acordos bilionários com esses países (exceto o Irã) para explorar suas reservas. Urbanização no Brasil - resumo O que é – Urbanização é o aumento da proporção da população que vive nas cidades em relação à que vive no campo. Atualmente, ela é mais acelerada em países em desenvolvimento, como o Brasil, ou pouco desenvolvidos. Desde 2008, a população urbana mundial é maior que a rural, e essa proporção continua crescendo. Brasil urbano – Desde a década de 1960, mais precisamente em 1965, a população brasileira passou a ser majoritariamente urbana. Hoje o país está entre ao mais urbanizados do mundo, com mais de 80% dos habitantes morando nas mais de 5,5 mil cidades brasileiras. Regiões metropolitanas – O Brasil possui 31 regiões metropolitanas, que abrigam um terço dos domicílios urbanos e 30% da população do país. A maior delas, a Grande São Paulo, é uma megalópole com 18 milhões de habitantes. Problemas ligados à urbanização – A urbanização desordenada acentua a desigualdade social. O déficit habitacional de milhões de moradias, por exemplo, contribui para o crescimento da população de rua e crescente favelização ou mesmo a criação de movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) Urbanização no Mundo A taxa de urbanização de um país indica a percentagem de população que vive um núcleos urbanos. Nos países em que o processo de industrialização ocorreu de forma gradual e sistematizada, a partir do desenvolvimento de tecnologia nacional, o crescimento das cidades de deu de maneira mais estruturada. Países pioneiros na industrialização não vivenciaram as mesmas condições de crescimento urbano que podem ser observadas nas grandes cidades de paises subdesenvolvidos. Os países pobres criam um progresso artificial ao oferecerem incentivos fiscais para as transnacionais se instalarem em seus territórios. O conceito de urbanização esta modernamente ligado às benfeitorias que marcam a estrutura de uma cidade.qualquer região rural que recebe as influencias dessas benfeitorias sofre um processo de urbanização, pois se apropria de equipamentos urbanos e da cultura de uso que os acompanha; mesmo que haja relativa distancia geográfica em relação os núcleos urbanos geradores de tais impactos. As atividades que se destacam pela geração de empregos são a agroindústria, o turismo ecológico e outras atividades industriais e de serviços que se destacam nas zonas rururbanas para baratear custos; o que mostra que uma parcela de da população rural brasileira já não trabalha em atividades agrícolas.
  • 5. APOSTILA DA OLIMPÍADA DE GEOGRAFIA – EMEF ULYSSES GUIMARÃES Em muitas partes do mundo, mudanças desse tipo transformaram o campo em uma extensão do meio urbano. O que é sustentabilidade resumo Ser sustentável é ter a consciência que somos responsáveis em promover o melhor, para nós, para os outros e para o meio ambiente. Muitas pessoas já ouviram falar, porém poucas sabem o que é sustentabilidade. Trata-se de um termo moderno que se alastrou rapidamente, inserindo-se na linguagem politicamente correta das empresas, dos meios de comunicação e das organizações da sociedade civil. No contexto geral, significa o que se pode e o que se deve fazer para dar sustento às necessidades do homem, sem que para isso aconteça qualquer agressão que prejudique o futuro da população. Estas ações denominadas sustentáveis promoverão ao planeta condições que podem levar ao desenvolvimento de todas as formas de vida existentes. Nestas condições, haverá o crescimento do poder da sustentabilidade natural do planeta. Desenvolvimento Sustentável As ações sustentáveis são definidas como a capacidade do ser humano interagir com o mundo sem que isso comprometa o meio ambiente, preservando assim os recursos naturais para gerações futuras, por isso os diversos setores da sociedade como o econômico, político, social, cultural ou do meio ambiente, carecem de medidas que viabilizem um correto planejamento para atender as suas necessidades de hoje, usando os recursos naturais de forma eficiente, para que estes não se percam, comprometendo assim as próximas gerações. Sustentabilidade ações práticas Algumas ações voltadas à sustentabilidade vêm sendo realizadas como, o controle a utilização e manutenção adequada das matas com replante, estimular a produção de alimentos naturais, bem como o seu consumo, haja visto serem saudáveis ao homem. Não permitir o aproveitamento dos recursos minerais de forma desenfreada e sem programação. Procurar meios de energia alternativos limpos e restauráveis, preservando a qualidade da atmosfera. Investir e promover comportamentos individuais e de empresas no reaproveitamento de resíduos sólidos, garantindo retorno financeiro e menos lixo na natureza. Incrementar soluções gerenciais nas empresas visando perdas desnecessárias, bem como, produção mais econômica. Fornecer elementos que visem o controle adequado na utilização da água, não contaminando leitos de rios e do mar, visando tratamento aos já atingidos pela poluição. Sustentabilidade benefícios Com todas estas ações realizadas pelo homem, possibilitarão condições de desenvolvimento e até de sobrevivência da vida no planeta. As gerações futuras terão ainda o meio ambiente preservado, dando a eles também a oportunidade de manter tudo o que receberam relativo aos recursos naturais. Cada indivíduo por si só, fazendo a sua parte na preservação e utilização racional dos recursos naturais, será um exemplo importante de cidadão consciente para a sua comunidade e entorno.
  • 6. APOSTILA DA OLIMPÍADA DE GEOGRAFIA – EMEF ULYSSES GUIMARÃES Florestas Tropicais Úmidas As florestas tropicais úmidas são florestas de árvores de grande e médio porte, com folhas largas e em grandes quantidades, o que é exatamente o que dá a característica de serem úmidas, já que o sol raramente chega a tocar o chão da floresta, produzindo um clima mais frio do que normalmente seria caso a área não fosse tão severamente coberta. Os tipos de árvores mais comuns nessas florestas são as bromélias, orquídeas (que vivem como hospedeiras em outras plantas de maior porte, em um sistema de benefício mútuo), begônias, cipós, e outras árvores maiores, como jacarandás e o quase extinto pau-brasil. Cachoeira de Floresta Tropical Úmida Este tipo de floresta é típico de três regiões do globo terrestre: América, principalmente América Central e do Sul, África e Ásia, sendo que as três têm os mesmos tipos de características, tanto em plantas como em vida animal, embora as florestas mais conhecidas sejam na América do Sul e África, sendo que nesta última está a menor concentração de florestas desse tipo. Se somadas todas as áreas de florestas tropicais úmidas do planeta, o resultado total é de aproximadamente 17 milhões de km², sendo que isso representa aproximadamente 20% do globo terrestre ainda coberto por matas fechadas. Grande parte delas está sob proteção de governos e reservas naturais, embora tais proteções nem sempre sejam respeitadas ou cumpridas de maneira correta, ainda acontecendo exploração de madeira, caça de animais e venda de animais silvestres, tanto como bichos de estimação, como para a venda e comercialização da pele e carne. Entre os animais que habitam essas florestas, destacam-se o bicho preguiça, a capivara, a onça pintada e o mico leão dourado, todos eles espécies em extinção, ou que estão se encaminhando rapidamente para isso, o que nos faz pensar que os governos precisam tomar atitudes mais ativas quanto à exploração e conservação destas matas, antes que seja tarde demais. A ocupação humana nestas florestas é predominantemente para exploração, o que não seria de todo ruim se tal exploração fosse feita de maneira sustentável, como algumas empresas já fazem. A extração descontrolada de materiais primários, como resinas, madeira, flores, frutos e outros meios primários de exploração, sem que sejam regulamentados e mantidos de maneira correta, coloca todo o bioma e o ecossistema destas florestas em risco de extinção, o que dificilmente pode ser revertido, já que seus solos tendem a ser do tipo arenoso: uma vez desmatado, é impossível fazer com que uma nova floresta cresça ali. Este tipo de floresta deve ser preservada, não apenas pela sua beleza natural, mas por tudo que ela pode nos oferecer se explorada de maneira correta e controlada. Resumo do Livro - A Geografia do Turismo O turismo é a única política social que consome elementarmente o espaço. Daí a importância de entendermos o interesse da geografia pelo turismo. Como entender esse fenômeno? Fazendo um estudo, uma abordagem sobre a introdução à geografia do turismo, uma abordagem socio-espacial. A prática social do turismo está diretamente ligada à geografia, não se pode falar em turismo e não lembrar da geografia. Pois a ciência geográfica está sempre atenta a toda e qualquer manifestação da sociedade, sem esquecer os problemas gerados pela relação homem-natureza.
  • 7. APOSTILA DA OLIMPÍADA DE GEOGRAFIA – EMEF ULYSSES GUIMARÃES Daí a importância de se fazer um estudo, uma compreensão do turismo, do ponto de vista de sua dimensão socio-espacial. Fazendo um estudo do turismo sob a ótica da geografia. Entendendo a prática do turismo e suas conseqüências. 1.1 Turismo O turismo, que, antes de mais nada, é uma prática social, vem mudando de sentindo ao longo da história e cada nova definição consiste em nova tentativa de se conceituar algo que tem, reconhecidamente, uma dinâmica inquestionável. É importante lembrar que, toda definição de conceito é sempre carregada de ideologia e exprime, portanto, alguma forma particular de se ver o mundo, por parte daqueles que criam essas definições. Entre as inúmeras definições de turismo, há que se destacar aquela adotada pela Organização Mundial de Turismo (OMT). Segundo a OMT, o turismo é uma modalidade de deslocamento espacial, que envolve a utilização de algum meio de transporte e ao menos um pernoite no destino; esse deslocamento pode ser motivado pelas mais diversas razões, como lazer, negócios, congressos, saúde e outros motivos, desde que não correspondam a formas de remuneração direta. Todo tipo de viagem é considerado, hoje, turismo, independentemente da motivação do deslocamento. O que a OMT sugere com sua definição de turismo é que viagem e turismo são hoje sinônimos. Não de pode negligenciar o fato, entretanto, de que abarcar todo tipo de viagem como turística, a definição oficial de turismo conduz, entre outras coisas, à exacerbação das estatísticas. Por ser uma pratica social, o turismo é fortemente determinado pela cultura. 1.2 Turismo de massa A expressão "turismo de massa" tende a sugerir tratar-ser de uma modalidade do turismo que mobiliza grande contingente de viajantes. É preciso saber que turismo de massa não significa "turismo de massas", pelo simples fato de que as massas não fazem turismo. Se considerarmos que parte da população mundial vive abaixo da linha de pobreza e que outra parte, igualmente significativa, vive muito próximo dessa linha, não é difícil concluir que quando falamos de turismo estamos nos referindo, em verdade, a uma pequena parcela da população mundial. Turismo de massa é uma forma de organização do turismo que envolve o agenciamento da atividade bem como a interligação entre agenciamento, transporte e hospedagem, de modo a proporcionar o barateamento dos custos da viagem e permitir, conseqüentemente, que um grande número de pessoas viaje. 1.3 Turismo alternativo Turismo alternativo é uma expressão criada para categorizar modalidades de turismo que, do ponto de vista de seu objeto de consumo e da sua forma de consumo do espaço, se contrapõem ao chamado turismo de massa.