Apresentação realizada no INEA em 20/07/2011, onde foram apresentadas noções básicas de determinação de APP de topo de morro de forma manual e semiautomática. Palestrantes: Henrique Noronha e Rodrigo Tavares Rocha.
1. DIRETORIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL
GERÊNCIA DE LICENCIAMENTO AGROPECUÁRIO E FLORESTAL
NOÇÕES BÁSICAS DE DETERMINAÇÃO
DE APP DE TOPO DE MORRO
2. Sumário
1. Legislação
2. Tipos de APP de topo
3. Métodos de determinação
3.1. Método manual de determinação
3.2. Método semi-automático de determinação
4. Considerações Finais
3. Porque Proteger o Topo de Morro?
• Atenuar a erosão de terras; Energia potencial x declividade
• Corredor ecológico (step-stones = pontos de conexão
entre fragmentos maiores);
• Atuam como área de recarga de aquífero;
• Facilitador na dispersão de sementes;
4. Enquadramento Legal
• CÓDIGO FLORESTAL – LEI 4771 de 15/09/1965
• Art. 2 Consideram-se de preservação permanente, pelo
só efeito desta Lei, as florestas e demais formas de
vegetação natural situadas:
d) no topo de morros, montes, montanhas e serras;
• Art. 3º Consideram-se, ainda, de preservação
permanentes, quando assim declaradas por ato do
Poder Público, as florestas e demais formas de
vegetação natural destinadas:
a) a atenuar a erosão das terras;
5. Enquadramento Legal
• Resolução CONAMA 303 de 20/03/2002 (Art. 2º, inc. IV e V)
IV – morro: elevação do terreno com cota do topo em relação à base entre
cinqüenta e trezentos metros e encostas com declividade superior a trinta por
cento (aprox. 17º) na linha de maior declividade;
V – montanha: elevação do terreno com cota em relação à base superior a
trezentos metros;
Cota superior (topo)
β > 17° ou tg(β) > 30%
Altura (m)≥ 50
Cota inferior (base)
β
Distância entre cotas (m)
6. Enquadramento Legal
• Resolução CONAMA 303 de 20/03/2002 (Art. 2º, inc. VI)
VI - base de morro ou montanha: plano horizontal definido por planície ou
superfície de lençol d`água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota da
depressão mais baixa ao seu redor;
7. Enquadramento Legal
• Resolução CONAMA 303 de 20/03/2002 (Art. 3º, inc. V)
Constitui Área de Preservação Permanente a área situada no topo de
morros e montanhas, em áreas delimitadas a partir da curva de nível
correspondente a dois terços da altura mínima da elevação em relação a
base;
8. Enquadramento Legal
• Resolução CONAMA 303 de 20/03/2002 (Art. 3º)
• Parágrafo único. Na ocorrência de dois ou mais morros
ou montanhas cujos cumes estejam separados entre si
por distâncias inferiores a quinhentos metros, a Área de
Preservação Permanente abrangerá o conjunto de
morros ou montanhas, delimitada a partir da curva de
nível correspondente a dois terços da altura em relação
à base do morro ou montanha de menor altura do
conjunto, aplicando-se o que segue:
• I - agrupam-se os morros ou montanhas cuja proximidade
seja de até quinhentos metros entre seus topos;
• II - identifica-se o menor morro ou montanha;
• III - traça-se uma linha na curva de nível correspondente a
dois terços deste; e
• IV - considera-se de preservação permanente toda a área
acima deste nível.
9. Tipos de APP de topo
...de morro ou montanha isolado
...de complexo de morros ou
montanhas
10. Métodos de Determinação
Manual
através de cartas impressas;
cartas digitais;
softwares de geoprocessamento;
vantagem: determinação de poucas APPs e em áreas
pequenas (ex.: avaliação rápida em processo);
desvantagem: sem padronização das medições; alto
índice de subjetividade; tempo demasiado para
determinação.
11. Métodos de Determinação
Semi-automática
através de cartas digitais;
modelo digital de elevação - MDE;
softwares de geoprocessamento;
vantagem: determinação de grandes áreas – escala
regional; eliminação de subjetividade; redução no
tempo de determinação;
desvantagem: necessita de softwares proprietários;
hardware de alta capacidade de processamento;
treinamento técnico contínuo.
12. Métodos de Determinação
Método manual
Cota 120 m
160 m
Tang (β) =120/256,25
Cota terço superior: 120*2/3 = 80 m = 0,4683; β = 25,09°
120 m
40 (cota inferior)+80 = 120 m
β
40 m
256,25 m
13. Métodos de Determinação
Método manual
1º - Localização cumes
base?
2º - Localização base
base?
base?
base?
Por que 477 e não 490?
Talvez 509 ou 535?
base?
base?
base? SUBJETIVIDADE
base?
base?
base?
14. Métodos de Determinação
Método manual
1º - Localização cumes
base?
2º - Localização base
base?
base?
base?
Por que 477 e não 490?
Talvez 509 ou 535?
base?
base?
base? SUBJETIVIDADE
base?
base
base?
21. Métodos de Determinação
Método manual
cume: 628m
altura: 628-477 = 151m
declividade = 31%
base: 477m
dist. horizontal: 385m
Altura: 151m (entre 50 e 300m)
Linha de maior declividade: 31% (maior que 30%)
Conclusão: É MORRO
22. Cálculo de APP de morro e terço superior – conjunto
de morros
DIFICULDADE E SUBJETIVIDADE
NA DEFINIÇÃO DA BASE
relevos ondulados = base é definida pela cota da depressão mais baixa
ao seu redor;
23. Métodos de Determinação
Método semi-automático de determinação
Premissas
- Modelo Digital de Elevação Hidrologicamente Consistente – MDEHC;
- Ferramenta de análise hidrológica no SIG;
- Calculadora Raster;
- Cada morro/montanha possui apenas um cume e um domínio
24. Métodos de Determinação
Método semi-automático de determinação
Fluxo resumido de processo
MDEHC
Preenchimento MDEHC Direção de
depressões espúrias invertido fluxo invertido
Cumes Bacias invertidas
(todos) (domínios de elevação)
Cumes Determinação
Declividade máxima (cota máxima) altitude base
Classificação elevações
como morros/montanhas
Agrupamento morros/montanhas
Dist. ≤ 500 m entre cumes
Aplicação altitude menor elevação
APP de topo
25. Modelo de Elevação Hidrologicamente Consistente - MDEHC
cume
Perfil de um MDEHC normal
cumes
Corte de morro em perspectiva
bases
Cume passou
a ser base
Perfil de um MDEHC invertido
Corte de morro invertido em
cumes transformam-se em base e vice-versa perspectiva
26. Métodos de Determinação
Método semi-automático de determinação
Grade triangular do terreno – TIN, obtido através de MDEHC, com os cumes e hidrografia
27. Métodos de Determinação
Método semi-automático de determinação
Domínio de elevação
São os talvegues que delimitam a área de
domínio de cada elevação, podendo ser
constituído por drenagem pluvial ou fluvial.
28. Métodos de Determinação
Método semi-automático de determinação
Geração do domínios de elevação
Domínio do slide
anterior
30. Métodos de Determinação
Método semi-automático de determinação
Classificação de morros e montanhas e eliminação das elevações que não atendem aos critérios
31. Métodos de Determinação
Método semi-automático de determinação
Classificação de morros e montanhas isolados e seus complexos
Complexo de morros
Morros isolados
32. Métodos de Determinação
Método semi-automático de determinação
APPs de topo, obtidas através do método semi-automático
33. CONSIDERAÇÕES FINAIS
É importante destacar que ambos os resultados obtidos tanto pelo método
manual de determinação de APP topo, quanto pelo semi-automático são
aceitos em laudo/parecer cujo objetivo seja apresentar o mapeamento das
APPs perante as leis ambientais e as resoluções CONAMA, pois não há
especificação quanto:
a) à escala de trabalho durante a fotointerpretação;
b) à resolução espacial;
c) ao melhor interpolador: TIN? Topo to Raster? Spline? Krigagem?
d) dentre outras carências técnicas.
34. CONSIDERAÇÕES FINAIS
APP de 45º - considerar áreas acima de 400 m² ??? Cota, M. A & Moura, A. C.
M.(2009) sugerem 400m²(20x20m) como área mínima de superfície;
Interação dos setores competentes – homologar metodologia unificada;
Gerar mapa de APP de topo de morro/RJ – Facilitar consulta;
A GELAF se coloca a disposição para auxílio e discussão no que for relativo ao
tema.
35. Obrigado
Gerência de Licenciamento Agropecuário e Florestal - GELAF
João Carlos Gomes do Nascimento
Gerente
Jc.agro.inea@gmail.com
Henrique Noronha Figueiredo de Brito
Serviço de Análise Agropecuária - SEAGRO
henriquenoronha@inea.rj.gov.br
Rodrigo Tavares da Rocha
Serviço de Análise Florestal - SEAF
rodrigorocha@inea.rj.gov.br
Tel:2334-8414/8378/8337