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"Vantagens e desvantagens do plantio de árvores em pastagens"
Edmar Eduardo Bassan Mendes
Eng. Agr., Ms., PqC do Polo Regional Centro-Norte/UPD S.J.R.Preto /APTA
ebassanmendes@apta.sp.gov.br
Felipe Cunha Cavassan
Engenheiro Ambiental
cavassanjr@yahoo.com.br
Muitas são as inovações e os modismos que chegam para atender de uma forma
miraculosa as necessidades do homem do campo. Ganhar dinheiro, produzir, se manter na
atividade e progredir. Estes são os maiores interesses que em geral motivam o homem que
lida com as atividades da terra além do fato dele gostar daquilo que faz. O prazer que dá
para o produtor em ver o resultado positivo daquilo que ele produziu, “não tem preço!!” (diria
a voz da campanha que estimula o uso do cartão de crédito!).
Como alternativa para incrementar o uso do solo nas propriedades agrícola, vemos agora
sendo anunciada a interação de mais um elemento a atividade já consagrada da Integração
da Lavoura com a Pecuária, a Floresta ou a Silvicultura. Dependendo da origem, F para
floresta ou S para silvicultura. Juntam-se esta sopa de letras ILP + F ou S.
Como produtor e pesquisador e atento a estas novidades, em 2006 plantei e já tenho
colhido os bons resultados da melhora nas condições de microclima. Vacas leiteiras têm
usado o seu tempo de ócio as sombras produzidas por estas árvores, em dias quentes na
região de Guzolândia, onde está localizada a propriedade, supera em muitos os trinta e
cinco graus no verão...
Meu objetivo em dar um exemplo próprio para ilustrar a decisão que um produtor deve ter
em adotar esta ou aquela técnica, é de demonstrar a finalidade e o propósito que ele busca
como produto da adoção estabelecida.
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Não fiz esta opção pensando em ganhar dinheiro com a venda de eucalipto para lascas,
lenhas, ou postes...(ao menos, não a principio). Meu objetivo principal é o conforto dos
animais. Bem estar, é sinal de boas condições para a produção. Boa produção pode trazer
bons lucros... Numa análise integral da propriedade, foram acrescidas cinco mil árvores, que
futuramente podem se transformar em renda, mas enquanto a atividade principal for
pecuária de leite, este destino está postergado.
Em uma propriedade vizinha a floresta foi adotada como atividade principal. As árvores
adultas, enquanto esperam para serem cortadas também tem a pecuária integrada, mas de
uma forma diferente. Menor capacidade de suporte, um pequeno número de animais é
mantido, pois as forrageiras produzem pouco em razão das sombras que impedem seu
desenvolvimento no interior dos talhões. Nela não se vê a pecuária, como atividade
principal, e somente os carreadores e pequenas áreas menos sombreadas onde a
iluminação permite é que é utilizada para alimentação de bovinos (neste caso, para pecuária
de corte).
Em uma revista técnica em que o professor questiona o sucesso ou não da nova moda.
Afirma categoricamente que por certo ambas as atividades terão perdas individualizadas.
Tem minha concordância absoluta, no entanto, as vantagens que estas integrações podem
trazer, diluindo o custo de implantação das atividades, trazendo um ganho ambiental pela
cobertura do solo quase que permanente durante as atividades que agrícola, quer pecuária
ou florestal.
Difícil é contabilizar os ganhos ambientais, os ganhos com o aumento da produção em
decorrência do bem estar dos animais. Prever um futuro, onde as árvores estarão
incorporadas ao inventário do imóvel se as atividades hoje dadas como principal, ainda o
serão no futuro. Atualmente, árvores de eucaliptos plantadas nas décadas de 70, 80, tem
altíssimo valor, e por certo, quando foram plantas, não se esperava tanto delas. Apreçar
como isto ou como estimar valor futuro, sem se avaliar o valor presente, onde vantagens
estão sendo incorporada de imediato a propriedade.
Algumas observações que pude realizar, sem dar um caráter científico. No período da seca,
de fato debaixo e próximos às árvores um secamento das gramíneas forrageiras bem
intenso. Ouso até descrevê-lo como “ressecamento”. Seca a planta, seca o solo, esturrica
tudo. Nas primeiras chuvas, o capim se recupera rapidamente e de imediato, os animais se
alimentam ali com mais intensidade e frequência do que nos restante das pastagens longe
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das árvores... Não há morte dos capins e tão logo se normaliza a frequência hídrica, o pasto
volta ao “normal”.
Outra observação é quanto à distribuição do pastoreio. Mesmo sendo bem pastoreado o
capim debaixo da árvore não se acaba e quando começa a “sobrar” capim, debaixo das
árvores está mais verde. A reciclagem de nitrogênio provocada pela derriça das folhas e
galhos devem liberar para as forragens uma quantidade maior de nitrogênio. O capim
debaixo das árvores fica mais verde.
A busca por respostas até agora não dada pela ciência, tem levado inúmeros pesquisadores
e varias instituições a buscarem respostas para atender aos questionamentos que
normalmente são feitos. Quanto custa? Compensa? Qual o melhor espaçamento das
árvores? Que variedades? Só com eucalipto dá certo?
Uma pergunta que é feita com muita frequência, e quando podem ser liberadas para o
pastoreio, as áreas com árvores? Qual o tamanho das árvores? Uma resposta prática, e
quando as plantas puderem ser “tocadas” sem se danificarem. Um hábito que,
principalmente os bovinos têm é de se esfregarem para se coçar. O Instituto de Zootecnia
tem apresentado modelos de coçadores que atendem a estas necessidades dos animais.
Nas fotos desta matéria podem ser vistos os resultados desta prática natural, e o porte das
árvores. Em estágios menores já são capazes de suportar, mas se forem muito pequenas,
podem sofres avarias que não mais permitam um desenvolvimento normal.
Enquanto não se chega a muitas destas respostas, os produtores vão utilizando e inovando
na prática a “adaptação da melhor técnica” e usufruindo dos resultados. Os benefícios são
quase que imediatos, e as respostas por certo, enquanto estão chegando vão comprovar o
que os produtores já estão usufruindo como vantagem agregada.
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Foto 1: Eucalipto adulto com vacas na sombra na Fazenda Alto da Araúna em Guzolândia , no mês de maio de
2013. – Foto de arquivo do autor.
Danos físicos causados pela ”esfregação” dos animais nas plantas. Plantas adultas
suportam bem as consequências, o mesmo não ocorrendo com as de menor porte, em
formação, ou aniquiladas pela competição por luz em sua formação. É possível observar os
sinais dos danos, bem como o conforto provocado pelo sombreamento e a vegetação
igualada ao redor dos pés do eucalipto.
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Foto 2: Eucaliptos nos pasto mostrando o capim verde e o pastejado – Foto do mês de maio de 2013 na
Fazenda Alto da Araúna em Guzolândia S.P. – Foto de arquivo do autor.
A boa insolação permite uma excelente distribuição das forrageiras, dividindo o espaço com
as árvores. Nesta área, é visível o consumo das forrageiras pelo pastejo rotacionado. Ao
fundo o capim verde, contrastando com o seco do primeiro plano.
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Foto 3: Área total com Eucalipto em propriedade agrícola em Guzolândia – S.P. no mês de maio de
2013 – Foto de arquivo do autor.
Área com monocultura do eucalipto, onde a falta de insolação e a derriça de folhas e galhas,
impedem a formação de capins que poderiam ser utilizados como forrageiras em
alimentação de bovinos, ovinos e equídeos. Capacidade de suportar um número muito baixo
de animais nesta área, ou até mesmo inviabiliza a manutenção de bovinos.
Com a finalidade de auxiliar nas respostas aos questionamentos realizados, a UPD de São
José do Rio Preto, que já detém bons conhecimentos de Integração da Lavoura com a
Pecuária, tem planejado incluir florestas em seus estudos e para isso tem preparado os
seus pesquisadores e servidores com a participação em eventos e revisões bibliográficas
sobre o assunto.
Como conclusão destas observações, pode se inferir que os avanços e as necessidades
tem feito com que o aproveitamento das áreas tenha uma melhor eficiência. Nesta procura,
técnicos, cientistas e produtores vêm buscando alternativas criativas que melhorem este
aproveitamento. O tempo trará elucidação de muitos questionamentos que hoje incomodam
o homem do campo e os envolvidos no segmento.

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Vantagens e desvantagens do plantio de árvores em pastagens

  • 1. "Vantagens e desvantagens do plantio de árvores em pastagens" Edmar Eduardo Bassan Mendes Eng. Agr., Ms., PqC do Polo Regional Centro-Norte/UPD S.J.R.Preto /APTA ebassanmendes@apta.sp.gov.br Felipe Cunha Cavassan Engenheiro Ambiental cavassanjr@yahoo.com.br Muitas são as inovações e os modismos que chegam para atender de uma forma miraculosa as necessidades do homem do campo. Ganhar dinheiro, produzir, se manter na atividade e progredir. Estes são os maiores interesses que em geral motivam o homem que lida com as atividades da terra além do fato dele gostar daquilo que faz. O prazer que dá para o produtor em ver o resultado positivo daquilo que ele produziu, “não tem preço!!” (diria a voz da campanha que estimula o uso do cartão de crédito!). Como alternativa para incrementar o uso do solo nas propriedades agrícola, vemos agora sendo anunciada a interação de mais um elemento a atividade já consagrada da Integração da Lavoura com a Pecuária, a Floresta ou a Silvicultura. Dependendo da origem, F para floresta ou S para silvicultura. Juntam-se esta sopa de letras ILP + F ou S. Como produtor e pesquisador e atento a estas novidades, em 2006 plantei e já tenho colhido os bons resultados da melhora nas condições de microclima. Vacas leiteiras têm usado o seu tempo de ócio as sombras produzidas por estas árvores, em dias quentes na região de Guzolândia, onde está localizada a propriedade, supera em muitos os trinta e cinco graus no verão... Meu objetivo em dar um exemplo próprio para ilustrar a decisão que um produtor deve ter em adotar esta ou aquela técnica, é de demonstrar a finalidade e o propósito que ele busca como produto da adoção estabelecida.
  • 2. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 11, n. 1, Jan-Jun 2014 Não fiz esta opção pensando em ganhar dinheiro com a venda de eucalipto para lascas, lenhas, ou postes...(ao menos, não a principio). Meu objetivo principal é o conforto dos animais. Bem estar, é sinal de boas condições para a produção. Boa produção pode trazer bons lucros... Numa análise integral da propriedade, foram acrescidas cinco mil árvores, que futuramente podem se transformar em renda, mas enquanto a atividade principal for pecuária de leite, este destino está postergado. Em uma propriedade vizinha a floresta foi adotada como atividade principal. As árvores adultas, enquanto esperam para serem cortadas também tem a pecuária integrada, mas de uma forma diferente. Menor capacidade de suporte, um pequeno número de animais é mantido, pois as forrageiras produzem pouco em razão das sombras que impedem seu desenvolvimento no interior dos talhões. Nela não se vê a pecuária, como atividade principal, e somente os carreadores e pequenas áreas menos sombreadas onde a iluminação permite é que é utilizada para alimentação de bovinos (neste caso, para pecuária de corte). Em uma revista técnica em que o professor questiona o sucesso ou não da nova moda. Afirma categoricamente que por certo ambas as atividades terão perdas individualizadas. Tem minha concordância absoluta, no entanto, as vantagens que estas integrações podem trazer, diluindo o custo de implantação das atividades, trazendo um ganho ambiental pela cobertura do solo quase que permanente durante as atividades que agrícola, quer pecuária ou florestal. Difícil é contabilizar os ganhos ambientais, os ganhos com o aumento da produção em decorrência do bem estar dos animais. Prever um futuro, onde as árvores estarão incorporadas ao inventário do imóvel se as atividades hoje dadas como principal, ainda o serão no futuro. Atualmente, árvores de eucaliptos plantadas nas décadas de 70, 80, tem altíssimo valor, e por certo, quando foram plantas, não se esperava tanto delas. Apreçar como isto ou como estimar valor futuro, sem se avaliar o valor presente, onde vantagens estão sendo incorporada de imediato a propriedade. Algumas observações que pude realizar, sem dar um caráter científico. No período da seca, de fato debaixo e próximos às árvores um secamento das gramíneas forrageiras bem intenso. Ouso até descrevê-lo como “ressecamento”. Seca a planta, seca o solo, esturrica tudo. Nas primeiras chuvas, o capim se recupera rapidamente e de imediato, os animais se alimentam ali com mais intensidade e frequência do que nos restante das pastagens longe
  • 3. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 11, n. 1, Jan-Jun 2014 das árvores... Não há morte dos capins e tão logo se normaliza a frequência hídrica, o pasto volta ao “normal”. Outra observação é quanto à distribuição do pastoreio. Mesmo sendo bem pastoreado o capim debaixo da árvore não se acaba e quando começa a “sobrar” capim, debaixo das árvores está mais verde. A reciclagem de nitrogênio provocada pela derriça das folhas e galhos devem liberar para as forragens uma quantidade maior de nitrogênio. O capim debaixo das árvores fica mais verde. A busca por respostas até agora não dada pela ciência, tem levado inúmeros pesquisadores e varias instituições a buscarem respostas para atender aos questionamentos que normalmente são feitos. Quanto custa? Compensa? Qual o melhor espaçamento das árvores? Que variedades? Só com eucalipto dá certo? Uma pergunta que é feita com muita frequência, e quando podem ser liberadas para o pastoreio, as áreas com árvores? Qual o tamanho das árvores? Uma resposta prática, e quando as plantas puderem ser “tocadas” sem se danificarem. Um hábito que, principalmente os bovinos têm é de se esfregarem para se coçar. O Instituto de Zootecnia tem apresentado modelos de coçadores que atendem a estas necessidades dos animais. Nas fotos desta matéria podem ser vistos os resultados desta prática natural, e o porte das árvores. Em estágios menores já são capazes de suportar, mas se forem muito pequenas, podem sofres avarias que não mais permitam um desenvolvimento normal. Enquanto não se chega a muitas destas respostas, os produtores vão utilizando e inovando na prática a “adaptação da melhor técnica” e usufruindo dos resultados. Os benefícios são quase que imediatos, e as respostas por certo, enquanto estão chegando vão comprovar o que os produtores já estão usufruindo como vantagem agregada.
  • 4. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 11, n. 1, Jan-Jun 2014 Foto 1: Eucalipto adulto com vacas na sombra na Fazenda Alto da Araúna em Guzolândia , no mês de maio de 2013. – Foto de arquivo do autor. Danos físicos causados pela ”esfregação” dos animais nas plantas. Plantas adultas suportam bem as consequências, o mesmo não ocorrendo com as de menor porte, em formação, ou aniquiladas pela competição por luz em sua formação. É possível observar os sinais dos danos, bem como o conforto provocado pelo sombreamento e a vegetação igualada ao redor dos pés do eucalipto.
  • 5. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 11, n. 1, Jan-Jun 2014 Foto 2: Eucaliptos nos pasto mostrando o capim verde e o pastejado – Foto do mês de maio de 2013 na Fazenda Alto da Araúna em Guzolândia S.P. – Foto de arquivo do autor. A boa insolação permite uma excelente distribuição das forrageiras, dividindo o espaço com as árvores. Nesta área, é visível o consumo das forrageiras pelo pastejo rotacionado. Ao fundo o capim verde, contrastando com o seco do primeiro plano.
  • 6. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 11, n. 1, Jan-Jun 2014 Foto 3: Área total com Eucalipto em propriedade agrícola em Guzolândia – S.P. no mês de maio de 2013 – Foto de arquivo do autor. Área com monocultura do eucalipto, onde a falta de insolação e a derriça de folhas e galhas, impedem a formação de capins que poderiam ser utilizados como forrageiras em alimentação de bovinos, ovinos e equídeos. Capacidade de suportar um número muito baixo de animais nesta área, ou até mesmo inviabiliza a manutenção de bovinos. Com a finalidade de auxiliar nas respostas aos questionamentos realizados, a UPD de São José do Rio Preto, que já detém bons conhecimentos de Integração da Lavoura com a Pecuária, tem planejado incluir florestas em seus estudos e para isso tem preparado os seus pesquisadores e servidores com a participação em eventos e revisões bibliográficas sobre o assunto. Como conclusão destas observações, pode se inferir que os avanços e as necessidades tem feito com que o aproveitamento das áreas tenha uma melhor eficiência. Nesta procura, técnicos, cientistas e produtores vêm buscando alternativas criativas que melhorem este aproveitamento. O tempo trará elucidação de muitos questionamentos que hoje incomodam o homem do campo e os envolvidos no segmento.