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FARMACOLOGIA DO SANGUE
       ANEMIAS
  Profa. Msc. Rosângela Batista
          Vasconcelos
Anemia
• Diminuição da massa de glóbulos vermelhos com
  redução da oferta de oxigênio aos tecidos.
• Diagnóstico: valores hemoglobina e hematócrito
   Valores normais para hemoglobina e hematócrito com altitude ao nível do mar.

Idade e sexo               Hemoglobina       Hematócrito %     Correção na altitude
                           gml                                mhemoglobina
Recém nascido              13,6              44                750/0,2
Crianças (3meses)          9,5               32                900/0,2
Crianças (1ano)            11                38                1500/0,5
Crianças (10-12 anos)      12                38                1850/0,8
Mulheres não grávidas      13                40                2250/1,1
Mulheres grávidas          12                38                2550/1,3
Homens                     13                40                3000/2,0
Anemias
            Classificação Morfológica
• Morfologia do glóbulo no esfregaço,
  hemoglobina, hematócrito e quantidade
  células/mm³.
 Macrocítica               Normocítica           Microcítica
 normocrômica              Normocrômica          hipocrômica

 Déficit de B12            Perda aguda de        Anemia ferropriva
 Déficit de ácido fólico   sangue                Talassemia
 Anemia                    Anemia Hemolítica     Saturnismo
 megaloblástica            com reticulocitose
 Hepatopatias              Déficit na produção
                           de hemácias
Anemias
         Classificação Fisiopatológica
• Mecanismos que podem produzir anemia
  – Perda Aguda.
     • Trauma, ulceração da parede vascular, menstruação.
     • Normocítica e Normocrômica
  – Perda Crônica de sangue
     • Microcítica e hipocrômica
  – Diminuição da produção de eritrócitos
     • Alteração na síntese de hemoglobina – hipocrômicas por deficiencia de
       Ferro.
     • Alterações na Síntese de DNA – macrocítica por Deficiência dos Fatores
       de maturação dos eritroblasto (ácido fólico e vitamina B12)
     • Alterações na célula mãe.
  – Aumento da Degradação dos eritrócitos (hemoglobinas
    alterada)
Anemias
Tratamento por perda aguda ou crônica de sangue.

 • Transfusão de sangue ou hemoconcentrado.
 • Estancar a perda sanguínea.
 • Usar Sulfato Ferroso na anemia hipocrômica
    – Acima de 2g/dia não é tolerado: náusea, dor
      epigástrica, diarréia, dor abdominal.
    – Tratamento prolongado: 4 a 6 meses
    – Na intolerancia ou emergência: fazer injeção
      intramuscular profunda.
Anemias
  Tratamento da produção diminuída de eritrócitos

• Por Alteração da síntese de Hemoglobina
  – Hemoglobina é uma metaloproteína formada pela
    porção proteica – Globina, e a porção heme- íon
    ferro.
  – A molécula de globina possui 2 pares de cadeias
    polipetídicas (2alfa e 2 beta).
  – Alteração na síntese das cadeias de globina 
    Talassemia e anemia Falciforme
Anemias
  Tratamento da produção diminuída de eritrócitos

• Por Alteração da síntese de Hemoglobina
  TALASSEMIA                    ANEMIA FALCIFORME

  Diminuição da produção da     Causada por substituição do
  cadeia Beta e aumenta da      aminoácido glicina por
  alfa.                         valina na cadeia beta.
  Comum habitantes do           5 a 20 % africanos.
  Mediterrâneo.                 Os eritrócitos adquirem
  Causa hemossiderose           forma de foice sempre que
  secundária  usar quelantes   há hipóxia  hemólise.
  de Ferro.                     Tratamento: Transfusão a
  Tratamento: Múltiplas e       cada 6meses, evitar hipóxia.
  repetidas transfusões
Anemias
  Tratamento da produção diminuída de eritrócitos

• Por alteração na síntese de DNA
  – Retardam divisão das células precursoras dos
    eritrócitos e aumento do tamanho do precursor.
  – A maior parte é destruída ainda na medula óssea
  – Os que se formam caem na circulação grandes
    Anemia macrocítica megaloblástica.
  – Causadas por Deficiência de Vit. B12 ou ácido fólico
Anemias
    Tratamento da produção diminuída de eritrócitos

• Por alteração na síntese de DNA
DEFICIÊNCIA DE Vit. B12                     DEFICIÊNCIA DE ÁCIDO FÓLICO
Pode ser causada por deficiência da         - Mais frequente
secreção do fator intrínseco pelo           - Causada por alimentação inadequada,
estômago, por não ingestão da vitamina.       alcoolismo, má absorção intestinal,
- Comum nas gastrectomias (redução do         hepatopatias, uso de
   estômago) ou produção de anticorpos        anticonvulsivantes, metotrexato,
   antifator intrínseco.                      aumento da necessidade (gestação),
- Tratamento:                                 anemia hemolítica.
- Vitamina B12 parenteral (preferir         - Tratamento
   hidroxicobalamina)                       - 5 a 10mg /dia.
- 1ª semana= 100ul/dia; 6mesem =
   100ul/ a cada 15 dias; 100ul/mês resto
   da vida.
Anemias
 Tratamento da produção diminuída de eritrócitos
• Por alterações da célula-mãe da hemopoese
• Anemia Aplástica (mortalidade > 50%)
  – Redução da medula óssea hemopoética,
    plaquetopenia, reticulócitos ausentes, leucopenia.
  – Identificação da possível causa e retirada dessa.
  – Correção da anemia e plaquetopenia com transfusão.
  – Profilaxia das infecções.
  – Paciente com idade<40 anos: transplante medula.
  – Andrógenos para induzir hemopoese: nandrolona.
ANTICOAGULANTES,
ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS E
       TROMBOLÍTICOS.
INTRODUÇÃO
• Distúrbios tromboembólicos
  – Elevada mortalidade e morbidade
  – São complicações de outras patologias
     • Câncer, Insuficiência cardiaca, Infarto Agudo do
       Miocárdio, Doença valvular reumática, aterosclerose
       coronária, cerebral e arterial periférica e de veias
       varicosas.
  – Tem como fatores de risco
     • Tabagismo, gravidez, trauma, cirurgias, imobilizações
       prolongadas, uso de contraceptivos orais.
Fatores relacionados a manter a fluidez do sangue e
 capaz de gerar resposta para prevenir a perda de
                      sangue.
A composição do trombo depende da idade e condições de
formação:
       - Trombo Venoso: ↑fibrina e hemácias (trombo
vermelho)  Usar Anticoagulantes na trombose venosa.
       - Trombo Arterial: ↑ Plaquetas (Trombo branco) 
Usar Antiagregantes nos processos arteriais.
Fase Plaquetária
• É importante na gênese e complicações da
  Doença Arterosclerótica.
• 2 Fases:
  – Adesão plaquetária
     • Ligação das plaquetas à superfície vascular lesada, como
       na placa aterosclerótica.
     • Depende da turbulencia do fluxo e adesão das
       plaquetas à fatores subendoteliais.
  – Agregação Plaquetária
     • Depende do Cálcio intraplaquetário, ADP e Tromboxano
       A2 (TXA2).
Série de reações proteolíticas em
cascata, onde um fator de coagulação
  sofre proteólise e torna-se ativo.
Todos os fatores necessários estão presentes no sangue circulante.
Fibrinólise
• Fatores que limitam a formação do Trombo:
  – Prostaciclina PGI2: vasodilatador e antiagregante,
    produzido pela parede vascular a partir do ác.
    Araquidônico em resposta à lesão.
     • Desequilíbrio entre PGI2 d TXA2  trombose

  – Proteína C ativada: Destroi os fatores VIIa e Va e inicia a
    fibrinólise.
  – Antritrombina III: Inibe a trombina e o Fator Xa.
ANTICOAGULANTES, TROMBOLÍTICOS E
       ANTIPLAQUETÁRIOS
FÁRMACOS ANTIPLAQUETÁRIOS
FÁRMACOS ANTIPLAQUETÁRIOS
• as plaquetas são os primeiros elementos
  hemostáticos nos locais de injúria vascular
• participam nas tromboses patológicas : Infarto do
  miocárdio, trombose vascular periférica, derrame
  cerebral e na púrpura trombótica trombocitopenica
  (TTP).
 usos : tornaram-se um marco no tratamento de
  doenças cardiovasculares
INIBIDOR DO TROMBOXANO A2
Aspirina : interferem na síntese dos eicosanóides ,
  bloqueando a produção de tromboxano A2 (
  agregador plaquetário e vasoconstritor) ao inativar a
  COX 1.
 Mec. de ação : provoca inativação completa da COX1
  na dose de 160mg/dia; doses superiores inibem as
  prostaciclinas e prostaglandinas.
Fármacos antiplaquetários

 Aspirina


                    Fosfolipase A2

                    Ácido Araquidônico
                              COX
                    Prostaglandina G2             ASPIRINA
                              COX
                     Prostaglandina H2

             TX sintase


                          TXA2
Equilíbrio entre a produção de TXA2 e PGI2


    Plaqueta                      Célula endotelial
      COX                                COX


                   ASPIRINA
      TXA2       (baixas doses)          PGI2

Curto espaço de tempo



 COX                                                    Inibição
                  COX
                                                      plaquetária
                                     ativação
                                    plaquetária
TXA2              PGI2
                                  TXA2       PGI2
INIBIDOR DA FOSFODIESTERASE

 Dipiridamol :
Mec. ação : aumenta a concentração de AMPc que
  inibe PAF ( fator de agregação plaquetária )
 Usos : administração oral associado a aspirina reduz
  isquemia
Glicoproteinas
Tirofiban :
 Mec. de ação : ocupa o sítio de ligação do
  fibrinogênio inibindo agregação plaquetária
 Usos : administração i.v. seguida de infusão por 24hs
  no tratamento da síndrome coronariana aguda e na
  angioplastia
Fármacos antiplaquetários
 Inibidores da glicoproteína IIb/IIIa

                                GP IIb/IIIa     Fibrinogênio
              Agonista           aIIbb3


                                                   -P?
                    G

                   PLC
Polimeriz
 actina      IP3        DAG
                                                TyrK
                                              Fosfatases
   PLA2      Ca2+       PKC
                                   Reorganiz. citoesqueleto

            MLCK
Fármacos antiplaquetários
 Inibidores da glicoproteína IIb/IIIa
BLOQUEADORES DE RECEPTORES DA ADP

Ticlopidina e Clopidogrel :
Mec. de ação : pró-drogas bloqueadoras
  irreversíveis do receptor da adenosinadifosfato
  (ADP), responsável pela alteração do formato das
  plaquetas e sua agregação
Farmacocinética : rápida absorção v.o. e
  biodisponibilidade ; efeitos após 8 a 10 dias da
  administração; inibição da agregação persiste após
  alguns dias da retirada
FÁRMACOS ANTIPLAQUETÁRIOS
Ticlopidina e Clopidogrel :
• potencializam efeito associados a aspirina
indicações na prevenção de eventos
  cerebrovasculares recorrentes e nas anginas
efeitos adversos : náusea, vômito , diarréia
  (20%) trombocitopenia e neutropenia (1%) ,
  hemorragia e púrpuras trombocitopênicas
  (5%).
ANTICOAGULANTES
ANTICOAGULANTES
• Heparina
  – Heparina não-fracionada (Liquemine)
  – Heparina baixo peso molecular (Clexane)


• Varfarina (Marevan)
HEPARINA NÃO-FRACIADA
 Polímero natural formado de fragmentos de
  oligossacarídeos (PM 12000 a 15000 g/mol)
• presente nos mastócitos participa na armazenagem
  de histamina nos grânulos secretórios.

 Atividade : 1U = qtde. necessária p/ manter 1ml
  sangue de gato s/ coagular por 24h a 0 ºC
HEPARINA
• mec. de ação : após liberação aumenta a velocidade
  em 1000x da ligação entre antitrombima e
  trombina agindo como um catalisador na reação de
  inativação da trombina.
• resistência : pode ocorrer em pacientes c/ déficit de
  antitrombina ( cirrose hepática , síndrome nefrótica e
  coagulação intravascular disseminada ) altas doses
  de heparina não prolongam a aPTT – atividade
  parcial do tempo de tromboplastina.
HEPARINA
 Farmacocinética :
• não é absorvida por v.o.
• administração s.c. ação após 1h.- ou i.v. imediata
• t1/2 ( depende da dose e do peso molecular: ↓
  PM = ↑ t1/2 ) ;
• depuração hepatica e renal ; grande variação
  interindividual devido ligações plasmáticas c/
  proteinas, macrófagos, fatores
  plaquetários,fibrinogênio…
HEPARINA
Indicações terapêuticas :
• na circulação extra-corpórea
• na trombose venosa
• na profilaxia da trombose venosa (s.c.)
• coagulação intravascular disseminada
• coágulos na gravidez*
• Obs.: monitorar aPTT ( atividade parcial do
  tempo de tromboplastina )
HEPARINA
Efeitos adversos :
• sangramento em menos de 3% dos pacientes
  tratados ,revertido com infusão i.v. de sulfato
  de protamina
• diminuição plaquetária após 5-10 dias de
  tratamento ; alterações hepáticas ;
  osteoporose ; ↓ síntese de aldosterona
HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR
            (LMWH) ENOXAPARINA

 Características : são fragmentos da UFH obtida por
  despolimerização ( 1/3 do PM )
 Mec. de ação : liga-se e altera estrutura da
  antitrombina ; inibe fator Xa e IIa (4:1).
 Farmacocinética : administração s.c., menor ligação
  a proteinas e células no plasma ; maior
  biodisponibilidade que UFH ; pico efeito de 3-5h; t½
  6-8h ; eliminação renal.
HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR
           (LMWH) ENOXAPARINA

• Monitorização : medida da atividade do fator
  anti Xa
• Efeitos adversos : trombocitopenia ;
  sangramento ; irritação local injeção ;
  hematoma ; náusea / vômitos e
  hipersensibilidade .
• Antídoto : sulfato de protamina ( 75% eficácia)
MECANISMO DE AÇÃO
• HNF: se ligam à antitrombina através suas seqüências
  de 5 e 18 sacarídeos, inativando fatores Xa e IIa
  (trombina), respectivamente

• HBPM: são fragmentos da heparina não-fracionada
  que possuem apenas seqüência de 5 sacarídeos, que
  portanto ao se ligarem à antitrombina inativam
  apenas fator Xa

• Varfarina: antagoniza vitamina K, inibindo produção
  fatores coagulação II, VII, IX e X
LIQUEMINE x CLEXANE
• Liquemine: ação anticoagulante pouco
  previsível, necessitando monitorização
  laboratorial através TTPa

• Clexane: em função de seu efeito ser
  previsível, não há necessidade de se
  monitorar laboratorialmente a anticoagulação,
  exceto em condições especiais
LIQUEMINE x CLEXANE
• HNF ligam-se amplamente proteínas plasmáticas, células
  endoteliais e macrófagos. Como proteínas plasmáticas às
  quais a HNF se ligam podem ter suas concentrações
  aumentadas na vigência de doenças agudas ou de fenômenos
  trombóticos; e como somente a HNF livre exercerá seu efeito
  anticoagulante, doses diferentes de HNF podem ser
  necessárias em diferentes condições clínicas

• HBPM ligam-se em menor intensidade às proteínas
  plasmáticas, endotélio e macrófagos. Essas menores ligações
  são responsáveis, em parte, pelas menores variações nas
  respostas clínicas às doses de HBPM. Via de regra, a
  anticoagulação com HBPM é feita com doses fixas, calculadas
  por quilo de peso
LIQUEMINE x CLEXANE
• Liquemine: maior parte degradada pelo
  sistema reticuloendotelial

• Clexane: principal via de eliminação renal,
  sendo necessários ajustes de doses em
  pacientes com insuficiência renal. Como a
  HBPM não se liga aos macrófagos, elas não
  são eliminadas pelo sistema retículo-
  endotelial
LIQUEMINE x CLEXANE
• LIQUEMINE
   – 3amp 5.000U = 4,00
   – 1amp 25.000U = 8,00

• CLEXANE
   – 1amp 40mg = 62,00
   – 2amp 60mg = 84,00
   – 2amp 80mg = 112,00
• 15 PACIENTES EM USO DIÁRIO PROFILAXIA com liquemine ou
  clexane por 6 meses

• LIQUEMINE: 4,00 x 15 x 180 = 10.800,00

• CLEXANE: 27,00 X 15 X 180 = 72.900,00
CLEXANE - HEPARINIZAÇÃO
• 1mg/kg/dose 12/12hs. Pode ser feito 30mg IV
  em bolus inicialmente (ACLS recomenda bolus
  inicial)

• formula não valida para pacientes <30kg e
  >120kg

• se ClCr <30: 1mg/Kg 1x/dia ou 0,5mg/kg
  12/12hs
CLEXANE - HEPARINIZAÇÃO
• em pctes >120kg ou <30kg e IRC grave (ClCr<30) monitorizar
  atividade anti-fatorXa ou fazer liquemine se a dosagem antiXa
  não esta disponível

• Pedido: atividade plasmática anti-fatorXa
   – deve ser dosado 4hs após dose do clexane
   – jejum mínimo de 4hs
   – custo Fleury particular: 220,00

• antiXa deve ser entre 0,6-1,0u/ml qnd se usa clexane 12/12hs;
  e entre 1,0-2,0u/ml qnd se usa clexane 1x/dia

• estabelecendo-se a dose ideal não há necessidade de repetir
  dosagem
LIQUEMINE - HEPARINIZAÇÃO
• Liquemine (amp 25.000 UI/5ml)
• Solução: 5ml de Liquemine em 245ml de SG, SF ou Ringer
  (100UI/ml)
• Solução deve ser trocada ou agitada pelo menos cada 6hs,
  para evitar precipitação da heparina no frasco
• ATAQUE: 5.000u (50ml) bolus
• MANUTENÇÃO
   - Iniciar 1.000u/h = 10ml/h
   - Ajustar TTPa 1,5-2,5x (50-75seg) 6/6hs (primeiro TTPa 6hs
      após início da infusão)
- Monitoramento
   - inicialmente pede TTPa 6/6hs, depois de duas medidas
     dentro do esperado pode pedir 1x/dia
LIQUEMINE - PROFILAXIA
• Liquemine (amp 5.000U/1ml)

• Dose: 5.000U 8/8hs

• Ao contrário do clexane não há necessidade de ajuste pela
  função renal

• Mesma eficácia para profilaxia TVP que clexane, exceto
  cirurgias quadril e prótese total joelho quando clexane é
  superior

• Na dose profilática o TTPa não deve ficar >1,5. Caso ocorra
  considerar diminuir dose para 5.00U 12/12hs
VITAMINA K E SEUS ANTAGONISTAS
     (Anticoagulantes orais)
Vitamina K
• Promove a carboxilação hepática durante a
  síntese dos fatores de coagulação II, VII, IX, X.
• Origem
  – Presente em plantas verdes.
  – Sintetizada por bactérias intestinais
• São hidrofóbicas e precisam de sais biliares
  para serem absorvidas.
ANTICOAGULANTES ORAIS
• Derivados da Hidróxicumarina
  (ANTAGONISTAS DA VITAMINA K)
  – Warfarina
  – Dicumarol
• Ximelagatran (ANTAGONISTA DA TROMBINA)
DERIVADOS DA 4 –HIDRÓXICUMARINA

• Warfarina e Dicumarol (pouco uso)
 Mec. de ação : antagonistas da vitamina K -
  responsável pela síntese hepática dos fatores de
  coagulação : II (protrombina) , VII, IX ,X
 Atua como falsa vit. K e impede regeneração da vit.K
  reduzida (ativa) a partir do epóxido de vit. K
Farmacocinética : absorção oral com pico
  plasmático de 2 - 8h. ; 99% ligados a
  proteinas;
• inativada no fígado, t½ 25 – 60 h ;
• passagem para o feto; eliminação renal “in
  natura “ (20%) .
• Efeito depende da relação entre a
  concentração hepática de vit. K e do
  anticoagulante.
DERIVADOS DA 4 –HIDRÓXICUMARINA

 Interações medicamentosas :
• (1) substâncias que alteram absorção , distribuição e
  metabolismo (CYP2C9) da vitamina K ou do fármaco
  anticoagulante,
• (2) substâncias envolvidas na coagulação,
• (3) integridade da superfície do epitélio,
 Resistência : ingestão de alimentos com vit.K e
  hereditariedade.
WARFARINA



                    Vitamina K(reduzida)   Fatores de Coagulação




Vitamina K –epóxi-redutase




   ( Vitamina K oxidada )
DERIVADOS DA 4 –HIDRÓXICUMARINA

• Sensibilidade : presença de alelos da CYP2C9
  diminuem o metabolismo ; ocorrem em caucasianos
  (15%) e afro-americanos e asiáticos (5%)
• Toxicidade :
  – hemorragia intracranial e gastrintestinal Administrar vit.
    K e ou administração dos fatores de coagulação.
  – Necrose extremidades da pele (trombose microvascular )
• Cuidados evitar uso na gravidez; associada ao
  acetoaminofeno ( potencializa warfarina → INR >6
  .- valores normais INR = 1 )
DERIVADOS DA 4 –HIDRÓXICUMARINA

• Indicações terapêuticas :
• prevenção de tromboembolismo em
  pacientes cirúrgicos e enfartados. Ex:
  fibrilação atrial, substituição de válvulas.
• prevenção de trombose e embolismo
  pulmonar causado pela heparina.
• utilizar sempre cálculo do índice (INR) e outros
  fatores para cálculo da dose e monitorização.
XIMELAGATRAN
• Composto sintético recente ( Exanta® )
 mec. ação : pró-droga que se transforma no fígado
  em melagatran ( inibidor direto da trombina ).
 farmacocinética : absorção oral, efeito rápido e
  eliminação renal.
 usos : tromboembolismo ; fibrilação artrial ;
  trombose venosa profunda.
 efeitos adversos : hepatotoxicidade.
 desvantagens : não possui antídoto.
PROTOCOLO-TROMBOEMBOLISMO

• Agudamente : anticoagulante de ação rápida
  (UFH)
• Posteriormente : LMWH ou fondaparinux +
  warfarina ( 5 dias)
• Manutenção : terapia anticoagulante
  continuada ( 3 meses )
• Analisar sempre riscos de sangramento e
  riscos de trombocitopenia
FÁRMACOS FIBRINOLÍTICOS OU
     TROMBOLÍTICOS
FÁRMACOS TROMBOLÍTICOS

• Terapia com trombolíticos tendem a dissolver os
  trombos patológicos e fibrina depositados no local
  da lesão  hemorragia como principal efeito
  colateral.
Estreptoquinase : proteina produzida pelo
  estreptococos β hemolítico
 Mec. ação: liga-se ao plasminogênio (alteração
  conformacional ) ↑plasmina (digestão da fibrina)
 Farmacocinética : i.v. , t ½ 40-80 min
 Toxicidade: hemorragias (riscos em >75 anos );
  raramente anafilaxia e febre
FÁRMACOS TROMBOLÍTICOS
Ativador do plasminogênio tissular ( tPA ) :
 produzido por técnica DNA recombinante –
 Alteplase.
Mec. ação :liga-se a fibrina e ativa conversão
 plasminogenio em plasmina
Farmacocinética : administração i.v. (infusão)
 t ½ 5 a 10 min.; metabolismo hepático.
Eficaz para lisar os trombos durante
 tratamento do infarto agudo do miocardio.
Ativador do plasminogênio tissular
               ( tPA )
• Esquema para trombólise coronariana
  – Bolo Intravenoso de 15mg seguido de 075mg/Kg
    de peso durante 30min e 0,5mg/kg na hora
    seguinte.
• Elevado custo comparado ao da
  estreptoquinase.
Toxicidade de fármacos trombolíticos


Toxicidade : hemorragias.
 hemorragia que resulta de dois fatores -
   – lise de fibrina em “ trombos fisiológicos “ em locais de
     injúria vascular
   – um estado de lise sistêmica resultado da formação de
     plasmina que produz fibrinólise e destruição de outros
     fatores de coagulação (V e VIII).
USO DE TROMBOLÍTICOS
 Usos : infarto agudo do e trombose coronariana.
 Contra-indicações
• até 10 dias do pós-cirúrgico
• sangramento no TGI últimos 3 meses
• antecedente de acidente vascular cerebral
• desordens hemorrágicas
• paciente hipertenso
 A angioplastia com uso ou não do stent é superior
  aos trombolíticos

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Farmacologia do sangue anemias

  • 1. FARMACOLOGIA DO SANGUE ANEMIAS Profa. Msc. Rosângela Batista Vasconcelos
  • 2. Anemia • Diminuição da massa de glóbulos vermelhos com redução da oferta de oxigênio aos tecidos. • Diagnóstico: valores hemoglobina e hematócrito Valores normais para hemoglobina e hematócrito com altitude ao nível do mar. Idade e sexo Hemoglobina Hematócrito % Correção na altitude gml mhemoglobina Recém nascido 13,6 44 750/0,2 Crianças (3meses) 9,5 32 900/0,2 Crianças (1ano) 11 38 1500/0,5 Crianças (10-12 anos) 12 38 1850/0,8 Mulheres não grávidas 13 40 2250/1,1 Mulheres grávidas 12 38 2550/1,3 Homens 13 40 3000/2,0
  • 3. Anemias Classificação Morfológica • Morfologia do glóbulo no esfregaço, hemoglobina, hematócrito e quantidade células/mm³. Macrocítica Normocítica Microcítica normocrômica Normocrômica hipocrômica Déficit de B12 Perda aguda de Anemia ferropriva Déficit de ácido fólico sangue Talassemia Anemia Anemia Hemolítica Saturnismo megaloblástica com reticulocitose Hepatopatias Déficit na produção de hemácias
  • 4. Anemias Classificação Fisiopatológica • Mecanismos que podem produzir anemia – Perda Aguda. • Trauma, ulceração da parede vascular, menstruação. • Normocítica e Normocrômica – Perda Crônica de sangue • Microcítica e hipocrômica – Diminuição da produção de eritrócitos • Alteração na síntese de hemoglobina – hipocrômicas por deficiencia de Ferro. • Alterações na Síntese de DNA – macrocítica por Deficiência dos Fatores de maturação dos eritroblasto (ácido fólico e vitamina B12) • Alterações na célula mãe. – Aumento da Degradação dos eritrócitos (hemoglobinas alterada)
  • 5. Anemias Tratamento por perda aguda ou crônica de sangue. • Transfusão de sangue ou hemoconcentrado. • Estancar a perda sanguínea. • Usar Sulfato Ferroso na anemia hipocrômica – Acima de 2g/dia não é tolerado: náusea, dor epigástrica, diarréia, dor abdominal. – Tratamento prolongado: 4 a 6 meses – Na intolerancia ou emergência: fazer injeção intramuscular profunda.
  • 6. Anemias Tratamento da produção diminuída de eritrócitos • Por Alteração da síntese de Hemoglobina – Hemoglobina é uma metaloproteína formada pela porção proteica – Globina, e a porção heme- íon ferro. – A molécula de globina possui 2 pares de cadeias polipetídicas (2alfa e 2 beta). – Alteração na síntese das cadeias de globina  Talassemia e anemia Falciforme
  • 7. Anemias Tratamento da produção diminuída de eritrócitos • Por Alteração da síntese de Hemoglobina TALASSEMIA ANEMIA FALCIFORME Diminuição da produção da Causada por substituição do cadeia Beta e aumenta da aminoácido glicina por alfa. valina na cadeia beta. Comum habitantes do 5 a 20 % africanos. Mediterrâneo. Os eritrócitos adquirem Causa hemossiderose forma de foice sempre que secundária  usar quelantes há hipóxia  hemólise. de Ferro. Tratamento: Transfusão a Tratamento: Múltiplas e cada 6meses, evitar hipóxia. repetidas transfusões
  • 8. Anemias Tratamento da produção diminuída de eritrócitos • Por alteração na síntese de DNA – Retardam divisão das células precursoras dos eritrócitos e aumento do tamanho do precursor. – A maior parte é destruída ainda na medula óssea – Os que se formam caem na circulação grandes Anemia macrocítica megaloblástica. – Causadas por Deficiência de Vit. B12 ou ácido fólico
  • 9. Anemias Tratamento da produção diminuída de eritrócitos • Por alteração na síntese de DNA DEFICIÊNCIA DE Vit. B12 DEFICIÊNCIA DE ÁCIDO FÓLICO Pode ser causada por deficiência da - Mais frequente secreção do fator intrínseco pelo - Causada por alimentação inadequada, estômago, por não ingestão da vitamina. alcoolismo, má absorção intestinal, - Comum nas gastrectomias (redução do hepatopatias, uso de estômago) ou produção de anticorpos anticonvulsivantes, metotrexato, antifator intrínseco. aumento da necessidade (gestação), - Tratamento: anemia hemolítica. - Vitamina B12 parenteral (preferir - Tratamento hidroxicobalamina) - 5 a 10mg /dia. - 1ª semana= 100ul/dia; 6mesem = 100ul/ a cada 15 dias; 100ul/mês resto da vida.
  • 10. Anemias Tratamento da produção diminuída de eritrócitos • Por alterações da célula-mãe da hemopoese • Anemia Aplástica (mortalidade > 50%) – Redução da medula óssea hemopoética, plaquetopenia, reticulócitos ausentes, leucopenia. – Identificação da possível causa e retirada dessa. – Correção da anemia e plaquetopenia com transfusão. – Profilaxia das infecções. – Paciente com idade<40 anos: transplante medula. – Andrógenos para induzir hemopoese: nandrolona.
  • 12. INTRODUÇÃO • Distúrbios tromboembólicos – Elevada mortalidade e morbidade – São complicações de outras patologias • Câncer, Insuficiência cardiaca, Infarto Agudo do Miocárdio, Doença valvular reumática, aterosclerose coronária, cerebral e arterial periférica e de veias varicosas. – Tem como fatores de risco • Tabagismo, gravidez, trauma, cirurgias, imobilizações prolongadas, uso de contraceptivos orais.
  • 13. Fatores relacionados a manter a fluidez do sangue e capaz de gerar resposta para prevenir a perda de sangue.
  • 14. A composição do trombo depende da idade e condições de formação: - Trombo Venoso: ↑fibrina e hemácias (trombo vermelho)  Usar Anticoagulantes na trombose venosa. - Trombo Arterial: ↑ Plaquetas (Trombo branco)  Usar Antiagregantes nos processos arteriais.
  • 15.
  • 16.
  • 17. Fase Plaquetária • É importante na gênese e complicações da Doença Arterosclerótica. • 2 Fases: – Adesão plaquetária • Ligação das plaquetas à superfície vascular lesada, como na placa aterosclerótica. • Depende da turbulencia do fluxo e adesão das plaquetas à fatores subendoteliais. – Agregação Plaquetária • Depende do Cálcio intraplaquetário, ADP e Tromboxano A2 (TXA2).
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23. Série de reações proteolíticas em cascata, onde um fator de coagulação sofre proteólise e torna-se ativo.
  • 24.
  • 25.
  • 26. Todos os fatores necessários estão presentes no sangue circulante.
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32. Fibrinólise • Fatores que limitam a formação do Trombo: – Prostaciclina PGI2: vasodilatador e antiagregante, produzido pela parede vascular a partir do ác. Araquidônico em resposta à lesão. • Desequilíbrio entre PGI2 d TXA2  trombose – Proteína C ativada: Destroi os fatores VIIa e Va e inicia a fibrinólise. – Antritrombina III: Inibe a trombina e o Fator Xa.
  • 33.
  • 36.
  • 37.
  • 38.
  • 39. FÁRMACOS ANTIPLAQUETÁRIOS • as plaquetas são os primeiros elementos hemostáticos nos locais de injúria vascular • participam nas tromboses patológicas : Infarto do miocárdio, trombose vascular periférica, derrame cerebral e na púrpura trombótica trombocitopenica (TTP).  usos : tornaram-se um marco no tratamento de doenças cardiovasculares
  • 40.
  • 41. INIBIDOR DO TROMBOXANO A2 Aspirina : interferem na síntese dos eicosanóides , bloqueando a produção de tromboxano A2 ( agregador plaquetário e vasoconstritor) ao inativar a COX 1.  Mec. de ação : provoca inativação completa da COX1 na dose de 160mg/dia; doses superiores inibem as prostaciclinas e prostaglandinas.
  • 42. Fármacos antiplaquetários  Aspirina Fosfolipase A2 Ácido Araquidônico COX Prostaglandina G2 ASPIRINA COX Prostaglandina H2 TX sintase TXA2
  • 43. Equilíbrio entre a produção de TXA2 e PGI2 Plaqueta Célula endotelial COX COX ASPIRINA TXA2 (baixas doses) PGI2 Curto espaço de tempo COX Inibição COX plaquetária ativação plaquetária TXA2 PGI2 TXA2 PGI2
  • 44. INIBIDOR DA FOSFODIESTERASE  Dipiridamol : Mec. ação : aumenta a concentração de AMPc que inibe PAF ( fator de agregação plaquetária )  Usos : administração oral associado a aspirina reduz isquemia
  • 45. Glicoproteinas Tirofiban :  Mec. de ação : ocupa o sítio de ligação do fibrinogênio inibindo agregação plaquetária  Usos : administração i.v. seguida de infusão por 24hs no tratamento da síndrome coronariana aguda e na angioplastia
  • 46. Fármacos antiplaquetários  Inibidores da glicoproteína IIb/IIIa GP IIb/IIIa Fibrinogênio Agonista aIIbb3 -P? G PLC Polimeriz actina IP3 DAG TyrK Fosfatases PLA2 Ca2+ PKC Reorganiz. citoesqueleto MLCK
  • 47. Fármacos antiplaquetários  Inibidores da glicoproteína IIb/IIIa
  • 48. BLOQUEADORES DE RECEPTORES DA ADP Ticlopidina e Clopidogrel : Mec. de ação : pró-drogas bloqueadoras irreversíveis do receptor da adenosinadifosfato (ADP), responsável pela alteração do formato das plaquetas e sua agregação Farmacocinética : rápida absorção v.o. e biodisponibilidade ; efeitos após 8 a 10 dias da administração; inibição da agregação persiste após alguns dias da retirada
  • 49. FÁRMACOS ANTIPLAQUETÁRIOS Ticlopidina e Clopidogrel : • potencializam efeito associados a aspirina indicações na prevenção de eventos cerebrovasculares recorrentes e nas anginas efeitos adversos : náusea, vômito , diarréia (20%) trombocitopenia e neutropenia (1%) , hemorragia e púrpuras trombocitopênicas (5%).
  • 50.
  • 52. ANTICOAGULANTES • Heparina – Heparina não-fracionada (Liquemine) – Heparina baixo peso molecular (Clexane) • Varfarina (Marevan)
  • 53. HEPARINA NÃO-FRACIADA  Polímero natural formado de fragmentos de oligossacarídeos (PM 12000 a 15000 g/mol) • presente nos mastócitos participa na armazenagem de histamina nos grânulos secretórios.  Atividade : 1U = qtde. necessária p/ manter 1ml sangue de gato s/ coagular por 24h a 0 ºC
  • 54. HEPARINA • mec. de ação : após liberação aumenta a velocidade em 1000x da ligação entre antitrombima e trombina agindo como um catalisador na reação de inativação da trombina. • resistência : pode ocorrer em pacientes c/ déficit de antitrombina ( cirrose hepática , síndrome nefrótica e coagulação intravascular disseminada ) altas doses de heparina não prolongam a aPTT – atividade parcial do tempo de tromboplastina.
  • 55.
  • 56. HEPARINA  Farmacocinética : • não é absorvida por v.o. • administração s.c. ação após 1h.- ou i.v. imediata • t1/2 ( depende da dose e do peso molecular: ↓ PM = ↑ t1/2 ) ; • depuração hepatica e renal ; grande variação interindividual devido ligações plasmáticas c/ proteinas, macrófagos, fatores plaquetários,fibrinogênio…
  • 57. HEPARINA Indicações terapêuticas : • na circulação extra-corpórea • na trombose venosa • na profilaxia da trombose venosa (s.c.) • coagulação intravascular disseminada • coágulos na gravidez* • Obs.: monitorar aPTT ( atividade parcial do tempo de tromboplastina )
  • 58. HEPARINA Efeitos adversos : • sangramento em menos de 3% dos pacientes tratados ,revertido com infusão i.v. de sulfato de protamina • diminuição plaquetária após 5-10 dias de tratamento ; alterações hepáticas ; osteoporose ; ↓ síntese de aldosterona
  • 59. HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR (LMWH) ENOXAPARINA  Características : são fragmentos da UFH obtida por despolimerização ( 1/3 do PM )  Mec. de ação : liga-se e altera estrutura da antitrombina ; inibe fator Xa e IIa (4:1).  Farmacocinética : administração s.c., menor ligação a proteinas e células no plasma ; maior biodisponibilidade que UFH ; pico efeito de 3-5h; t½ 6-8h ; eliminação renal.
  • 60. HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR (LMWH) ENOXAPARINA • Monitorização : medida da atividade do fator anti Xa • Efeitos adversos : trombocitopenia ; sangramento ; irritação local injeção ; hematoma ; náusea / vômitos e hipersensibilidade . • Antídoto : sulfato de protamina ( 75% eficácia)
  • 61. MECANISMO DE AÇÃO • HNF: se ligam à antitrombina através suas seqüências de 5 e 18 sacarídeos, inativando fatores Xa e IIa (trombina), respectivamente • HBPM: são fragmentos da heparina não-fracionada que possuem apenas seqüência de 5 sacarídeos, que portanto ao se ligarem à antitrombina inativam apenas fator Xa • Varfarina: antagoniza vitamina K, inibindo produção fatores coagulação II, VII, IX e X
  • 62. LIQUEMINE x CLEXANE • Liquemine: ação anticoagulante pouco previsível, necessitando monitorização laboratorial através TTPa • Clexane: em função de seu efeito ser previsível, não há necessidade de se monitorar laboratorialmente a anticoagulação, exceto em condições especiais
  • 63. LIQUEMINE x CLEXANE • HNF ligam-se amplamente proteínas plasmáticas, células endoteliais e macrófagos. Como proteínas plasmáticas às quais a HNF se ligam podem ter suas concentrações aumentadas na vigência de doenças agudas ou de fenômenos trombóticos; e como somente a HNF livre exercerá seu efeito anticoagulante, doses diferentes de HNF podem ser necessárias em diferentes condições clínicas • HBPM ligam-se em menor intensidade às proteínas plasmáticas, endotélio e macrófagos. Essas menores ligações são responsáveis, em parte, pelas menores variações nas respostas clínicas às doses de HBPM. Via de regra, a anticoagulação com HBPM é feita com doses fixas, calculadas por quilo de peso
  • 64. LIQUEMINE x CLEXANE • Liquemine: maior parte degradada pelo sistema reticuloendotelial • Clexane: principal via de eliminação renal, sendo necessários ajustes de doses em pacientes com insuficiência renal. Como a HBPM não se liga aos macrófagos, elas não são eliminadas pelo sistema retículo- endotelial
  • 65. LIQUEMINE x CLEXANE • LIQUEMINE – 3amp 5.000U = 4,00 – 1amp 25.000U = 8,00 • CLEXANE – 1amp 40mg = 62,00 – 2amp 60mg = 84,00 – 2amp 80mg = 112,00 • 15 PACIENTES EM USO DIÁRIO PROFILAXIA com liquemine ou clexane por 6 meses • LIQUEMINE: 4,00 x 15 x 180 = 10.800,00 • CLEXANE: 27,00 X 15 X 180 = 72.900,00
  • 66. CLEXANE - HEPARINIZAÇÃO • 1mg/kg/dose 12/12hs. Pode ser feito 30mg IV em bolus inicialmente (ACLS recomenda bolus inicial) • formula não valida para pacientes <30kg e >120kg • se ClCr <30: 1mg/Kg 1x/dia ou 0,5mg/kg 12/12hs
  • 67. CLEXANE - HEPARINIZAÇÃO • em pctes >120kg ou <30kg e IRC grave (ClCr<30) monitorizar atividade anti-fatorXa ou fazer liquemine se a dosagem antiXa não esta disponível • Pedido: atividade plasmática anti-fatorXa – deve ser dosado 4hs após dose do clexane – jejum mínimo de 4hs – custo Fleury particular: 220,00 • antiXa deve ser entre 0,6-1,0u/ml qnd se usa clexane 12/12hs; e entre 1,0-2,0u/ml qnd se usa clexane 1x/dia • estabelecendo-se a dose ideal não há necessidade de repetir dosagem
  • 68. LIQUEMINE - HEPARINIZAÇÃO • Liquemine (amp 25.000 UI/5ml) • Solução: 5ml de Liquemine em 245ml de SG, SF ou Ringer (100UI/ml) • Solução deve ser trocada ou agitada pelo menos cada 6hs, para evitar precipitação da heparina no frasco • ATAQUE: 5.000u (50ml) bolus • MANUTENÇÃO - Iniciar 1.000u/h = 10ml/h - Ajustar TTPa 1,5-2,5x (50-75seg) 6/6hs (primeiro TTPa 6hs após início da infusão) - Monitoramento - inicialmente pede TTPa 6/6hs, depois de duas medidas dentro do esperado pode pedir 1x/dia
  • 69. LIQUEMINE - PROFILAXIA • Liquemine (amp 5.000U/1ml) • Dose: 5.000U 8/8hs • Ao contrário do clexane não há necessidade de ajuste pela função renal • Mesma eficácia para profilaxia TVP que clexane, exceto cirurgias quadril e prótese total joelho quando clexane é superior • Na dose profilática o TTPa não deve ficar >1,5. Caso ocorra considerar diminuir dose para 5.00U 12/12hs
  • 70. VITAMINA K E SEUS ANTAGONISTAS (Anticoagulantes orais)
  • 71. Vitamina K • Promove a carboxilação hepática durante a síntese dos fatores de coagulação II, VII, IX, X. • Origem – Presente em plantas verdes. – Sintetizada por bactérias intestinais • São hidrofóbicas e precisam de sais biliares para serem absorvidas.
  • 72. ANTICOAGULANTES ORAIS • Derivados da Hidróxicumarina (ANTAGONISTAS DA VITAMINA K) – Warfarina – Dicumarol • Ximelagatran (ANTAGONISTA DA TROMBINA)
  • 73. DERIVADOS DA 4 –HIDRÓXICUMARINA • Warfarina e Dicumarol (pouco uso)  Mec. de ação : antagonistas da vitamina K - responsável pela síntese hepática dos fatores de coagulação : II (protrombina) , VII, IX ,X  Atua como falsa vit. K e impede regeneração da vit.K reduzida (ativa) a partir do epóxido de vit. K
  • 74. Farmacocinética : absorção oral com pico plasmático de 2 - 8h. ; 99% ligados a proteinas; • inativada no fígado, t½ 25 – 60 h ; • passagem para o feto; eliminação renal “in natura “ (20%) . • Efeito depende da relação entre a concentração hepática de vit. K e do anticoagulante.
  • 75. DERIVADOS DA 4 –HIDRÓXICUMARINA  Interações medicamentosas : • (1) substâncias que alteram absorção , distribuição e metabolismo (CYP2C9) da vitamina K ou do fármaco anticoagulante, • (2) substâncias envolvidas na coagulação, • (3) integridade da superfície do epitélio,  Resistência : ingestão de alimentos com vit.K e hereditariedade.
  • 76. WARFARINA Vitamina K(reduzida) Fatores de Coagulação Vitamina K –epóxi-redutase ( Vitamina K oxidada )
  • 77. DERIVADOS DA 4 –HIDRÓXICUMARINA • Sensibilidade : presença de alelos da CYP2C9 diminuem o metabolismo ; ocorrem em caucasianos (15%) e afro-americanos e asiáticos (5%) • Toxicidade : – hemorragia intracranial e gastrintestinal Administrar vit. K e ou administração dos fatores de coagulação. – Necrose extremidades da pele (trombose microvascular ) • Cuidados evitar uso na gravidez; associada ao acetoaminofeno ( potencializa warfarina → INR >6 .- valores normais INR = 1 )
  • 78.
  • 79. DERIVADOS DA 4 –HIDRÓXICUMARINA • Indicações terapêuticas : • prevenção de tromboembolismo em pacientes cirúrgicos e enfartados. Ex: fibrilação atrial, substituição de válvulas. • prevenção de trombose e embolismo pulmonar causado pela heparina. • utilizar sempre cálculo do índice (INR) e outros fatores para cálculo da dose e monitorização.
  • 80. XIMELAGATRAN • Composto sintético recente ( Exanta® )  mec. ação : pró-droga que se transforma no fígado em melagatran ( inibidor direto da trombina ).  farmacocinética : absorção oral, efeito rápido e eliminação renal.  usos : tromboembolismo ; fibrilação artrial ; trombose venosa profunda.  efeitos adversos : hepatotoxicidade.  desvantagens : não possui antídoto.
  • 81. PROTOCOLO-TROMBOEMBOLISMO • Agudamente : anticoagulante de ação rápida (UFH) • Posteriormente : LMWH ou fondaparinux + warfarina ( 5 dias) • Manutenção : terapia anticoagulante continuada ( 3 meses ) • Analisar sempre riscos de sangramento e riscos de trombocitopenia
  • 83. FÁRMACOS TROMBOLÍTICOS • Terapia com trombolíticos tendem a dissolver os trombos patológicos e fibrina depositados no local da lesão  hemorragia como principal efeito colateral. Estreptoquinase : proteina produzida pelo estreptococos β hemolítico  Mec. ação: liga-se ao plasminogênio (alteração conformacional ) ↑plasmina (digestão da fibrina)  Farmacocinética : i.v. , t ½ 40-80 min  Toxicidade: hemorragias (riscos em >75 anos ); raramente anafilaxia e febre
  • 84. FÁRMACOS TROMBOLÍTICOS Ativador do plasminogênio tissular ( tPA ) : produzido por técnica DNA recombinante – Alteplase. Mec. ação :liga-se a fibrina e ativa conversão plasminogenio em plasmina Farmacocinética : administração i.v. (infusão) t ½ 5 a 10 min.; metabolismo hepático. Eficaz para lisar os trombos durante tratamento do infarto agudo do miocardio.
  • 85. Ativador do plasminogênio tissular ( tPA ) • Esquema para trombólise coronariana – Bolo Intravenoso de 15mg seguido de 075mg/Kg de peso durante 30min e 0,5mg/kg na hora seguinte. • Elevado custo comparado ao da estreptoquinase.
  • 86. Toxicidade de fármacos trombolíticos Toxicidade : hemorragias.  hemorragia que resulta de dois fatores - – lise de fibrina em “ trombos fisiológicos “ em locais de injúria vascular – um estado de lise sistêmica resultado da formação de plasmina que produz fibrinólise e destruição de outros fatores de coagulação (V e VIII).
  • 87. USO DE TROMBOLÍTICOS  Usos : infarto agudo do e trombose coronariana.  Contra-indicações • até 10 dias do pós-cirúrgico • sangramento no TGI últimos 3 meses • antecedente de acidente vascular cerebral • desordens hemorrágicas • paciente hipertenso  A angioplastia com uso ou não do stent é superior aos trombolíticos