2. Edgar Allan Poe nasceu em Boston, 19 de Janeiro
de 1809.Filho de atores, muito cedo viu
desaparecer os pais, vitimados pela tuberculose.
Edgar e seus irmãos foram recolhidos por pessoas
de família, tendo ele sido adotado por um tio rico,
com quem conheceu um verdadeiro lar.
No entanto, os anos de miséria e a morte dos pais
desenvolveram no jovem um espírito mórbido,
que a sua natureza enfermiça mais propiciou.
7. Um jovem chamado Egeu, que é o narrador
personagem, inicia o conto falando sobre sua
própria personalidade e sua relação com o solar em
que viveu. Naquele solar ele nasceu e sua mãe
havia morrido. Vivia junto dele no solar paterno, a
prima Berenice.
8. Enquanto ele, com suas preocupações minuciosas,
era tido como um jovem doente e problemático, a
prima irradiava vida e alegria.
9. Em um determinado período da sua vida, a
situação mudou. Berenice sem explicação,
ficou muito doente e perdeu a alegria de
viver, sua morte era dada como certa.
10. Sabendo que a prima sentia algo por
ele e lembrando-se do seu amor por
Berenice nos dias radiantes, o jovem
resolveu pedi-la em casamento, já
que via a morte se aproximar cada
vez mais da menina.
11. Um dia, enquanto Egeu estava no escritório da casa, Berenice
surgiu na entrada e parou na porta. Ela estava com a aparência
descarnada, pálida, ferida, mais parecida com um vulto que com um
ser humano.
Foram minutos de contemplação nos quais Egeu notou algo de
singular na face de Berenice: seus dentes, mostrados num sorriso
que contrastava com o resto do seu corpo.
12. Enquanto a pele era pálida, cheia de
doenças, os dentes eram brancos, limpos,
brilhantes, pareciam marfim.
13. Depois deste episódio, começou a brotar
dentro do peito do rapaz, uma obsessão
pelos dentes de Berenice e todo o seu tempo
era gasto em pensar e lembrar deles. Era uma
volta a vida radiosa transmitida por Berenice
nos dias saudáveis.
14. Chegou o dia fatal, no qual
Berenice partiu. Enquanto as
pessoas da casa preparavam o
enterro, Egeu foi ver o corpo da
prima.
Ao ver o rosto, ele ficou
consternado, pois, lhe pareceu vê-
la sorrir, assim como pareceu que
ela havia mexido um dedo da mão.
Assustado, ele saiu correndo do
quarto e acabou dormindo.
15. Quando acordou, já era meia-noite, e ele
não se lembrava bem o que havia
acontecido antes de pegar no sono.
Lembrava-se apenas de que a esta hora,
a prima já estava sepultada.
Ele notou uma caixa em cima da mesa, e
não se lembrou de te-la colocado ali.
Foi então, que ouviu barulho na casa.
Eram os familiares que gritavam. Um
empregado entrou no escritório, onde
ele havia adormecido, e disse-lhe que o
tumulo de Berenice fora violado e o
corpo, que ainda vivia, havia sido
desfigurado.
16. Notou então, as manchas de sangue
na roupa de Egeu e suas mãos
feridas com unhas humanas. O
jovem perplexo entrou em
desespero maior quando viu uma pá
no escritório. Olhou para a caixa na
mesa, mas, não conseguiu abrir,
acabou por derrubá-la. Neste
momento, caíram de dentro da
caixa, os brancos e brilhantes dentes
de Berenice, que tanto o haviam
fascinado.
17. “Como é que, da beleza, derivei eu um
exemplo de feiúra? Da aliança da paz,
um símile de tristeza? Mas é que,
assim como na ética o mal é uma
consequência do bem, igualmente, na
realidade, da alegria nasce a tristeza.
Ou a lembrança da felicidade passada
é a angústia de hoje, ou as agonias
que existem agora têm sua origem nos
êxtases que podiam ter existido”
18. Fato – Uma história de amor bizarra e ao mesmo tempo macabra. (O quê?)
Tempo – Foi publicado originalmente em 1835. Os leitores da época escandalizaram-
se pela violência do conto e reclamaram ao editor da Messenger. Embora Poe tenha
publicado posteriormente uma versão autocensurada da história, ele acreditava que
ele deveria ser julgado apenas pela quantidade de cópias vendidas. (Quando?)
Lugar – A casa em que os dois nasceram e cresceram. (Onde?)
Personagens – Egeu e Berenice. quem participou ou observou o ocorrido (Com
quem?)
Causa – Morte de sua amada Berenice(Por quê?)
Modo - Inesperadamente, na vida adulta, Berenice descobre uma doença (Como?)
Conseqüências - O encanto pelos dentes de sua amada morta. (Geralmente provoca
determinado desfecho)