SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  58
Conhecimento Científico
bem público global
Scielo - 20 anos
26 de setembro de 2018
Demi Getschko demi@nic.br
Bibliotecas, precursoras em redes de dados
• Computação isolada / “mainframes
• Acesso ao “centro” via “terminais”
• Capacidade de processamento local -
“estações de trabalho”
• Computadores pessoais, redes (LAN e WAN)
• “Nuvem”, o novo “centro”
Breve Histórico
1961 – Leonard Kleinrock, MIT – formulação matemática
de redes de comunicação baseadas em comutação de pacotes
e princípios da teoria das filas
1962 – Licklider, John C. R. MIT – On-Line Man
Computer Communication prognóstico sobre o futuro
das redes “Galactic Network” (Man-Computer Symbiosis,
1960) 1965 - Libraries of the Future “the concept of a
‘desk’ may have changed from passive to active: a desk my be
primarily a display-and-control station in a
telecommunication-telecomputation system, and its most vital
part may be the cable (‘umbilical cord’) that connects it via a
wall socket, into a precognitive utility net” <…> “…acess to
everyday business, industrial, government, and professional
information, and perhaps, also to news, entertainment, and
education…”
Breve Histórico - J.C.R. Licklider
• Triple bachelor of arts degree in 1937, Washington University in St. Louis: physics,
mathematics, and psychology;
• Master of arts degree in psychology in 1938. PhD in psychoacoustics, University of
Rochester in 1942, Psycho-Acoustic Lab at Harvard University,1943 to 1950;
• MIT, 1950 associate professor, MIT Lincoln Laboratory and a psychology
program for engineering students. In 1958 he was elected President of the
Acoustical Society of America
• 1957: VP at Bolt Beranek and Newman, Inc, first public demo of time-sharing;
• October 1962: appointed head of the Information Processing Techniques Office
(IPTO) at DARPA, then ARPA, the US DoD Advanced Research Projects Agency;
• 1963: he was named Director of Behavioral Sciences Command & Control
Research at ARPA. In April of that year, he sent a memo outlining the early
challenges presented in establishing a time-sharing network of with the software
of the era. Ultimately, his vision led to ARPANet, the precursor of today's Internet.
• 1968: director of Project MAC at MIT, and a professor in the Department of
Electrical Engineering. Development of Multics that provided inspiration for some
elements of the Unix, Bell Labs, Ken Thompson and Dennis Ritchie in 1970.
Placa comemorativa do nascimento da
ARPANET
Leonard Kleinrock, UCLA e o IMP
Breve Histórico
1969 – Arpanet (DARPA, DoD), primeiros quatro nós:
UCLA, Stanford, UCSanta Barbara e Utah
1969 - Bolt Beranek and Newman, Inc (BBN) é
contratada para desenvolver o IMP (Interface
Message Processor)
Breve Histórico
1973 – University College, Londres, entra na Arpanet, agora com cerca de
30 nós - Metcalfe R. (Stanford) propõe o padrão “ethernet”
1974 – Kahn R., Cerf V. – “A Protocol for Packet Network
Interconnection”
1979 - USENET (UUCP) - 1982 BITNET (RSCS, IBM)
1982 - o TCP é dividido em TCP e IP. Arpanet adota TCP/IP
1984 - o DNS (Domain Name System) é definido
1986 - NSFNET adota TCP/IP (e não ISO/OSI). Centros supercomputação:
Princeton, Pittsburgh, San Diego, Urbana-Champaign e Cornell
1990 - Tim Berners-Lee define a WEB
1994 - migração/privatização das funções do InterNic para NSInc
1995 - NSI passa a cobrar por registro. CGI.br é criado
1997 - IahC envolvendo WIPO, ITU - 1998 -DoC green paper -> ICANN
(setembro) e em 16 de outubro falece Jon Postel.
2000/2016 - Contrato DoC (NTIA) com ICANN para função IANA
Impactos da Tecnologia
• Inovação
“precursores”
• Implantação inicial (substituição)
“primeira onda”
• Transformação (impactos profundos)
“sociedade”
Internet, Impactos e Ruptura
- em modelos de criação de padrões
- em serviços de conectividade
- em modelos econômicos
- em criação e disseminação de informações
- em associação de grupos de interesse
- em formas de poder e controle
- em interface com governo e dados públicos
- em revisão da legislação local
Algumas datas para o Brasil:
Conexão a redes:
Bitnet: LNCC-CNPq (out/88), FAPESP/ANSP nov/88
HEPNet (FAPESP/ANSP-FermiLab), fev/89
Internet (FAPESP/ANSP-ESNet), jan/91
Domínio .BR: delegado por Jon Postel em 18/04/89
Definição inicial do DNS brasileiro: maio de 1991
Primeiro “backbone” Nacional: RNP, 1991
A Web chega ao Brasil: 1993
Bloco de endereços IP para Brasil: 1994 (1/2 classe A) -> NIR
Início da operação comercial: Embratel dezembro de 1994
Criação do Comitê Gestor: maio de 1995
A “guerra dos protocolos”
(a discussão acadêmico/política sobre padrões e
protocolos de rede)
Processo Tradicional de geração de padrões em
telecomunicações:
ITU - (1865!) - International Telegraph Union
1956 - CCITT Comité Consultatif International
Téléphonique et Télégraphique”, renomeado em
1993 para ITU-T (ITU Telecommunication
Standardization Sector)
OSI - Open Systems Interconnection
POSIG - Perfil OSI do Governo, RENPAC, Cirandão
GOSIP - Government OSI Profile
Administração “clássica” da Internet
IAB Internet Architecture Board (1982)
(órgão que cuida de garantir a “ortodoxia” da
Internet)
IESG Internet Engineering Steering Group
IETF Internet Engineering Task Force (1986)
RFC Request For Comments (abril 1969
RFC 1 “Host Software”, Steve Crocker)
IRTF Internet Research Task Force (1986)
IANA Internet Assigned Numbers Authority (1988)
Dezembro de
1994:
Embratel
anuncia
serviço de
acesso à
Internet para
pessoa física
Via RENPAC
Norma 004/95
 Internet: nome genérico que designa o conjunto de redes, os meios de
transmissão e comutação, roteadores, equipamentos e protocolos
necessários à comunicação entre computadores, bem como o "software"
e os dados contidos nestes computadores;
 Serviço de Valor Adicionado: serviço que acrescenta a uma rede
preexistente de um serviço de telecomunicações, meios ou recursos que
criam novas utilidades específicas, ou novas atividades produtivas,
relacionadas com o acesso, armazenamento, movimentação e
recuperação de informações;
 Serviço de Conexão à Internet (SCI): nome genérico que designa Serviço
de Valor Adicionado que possibilita o acesso à Internet a Usuários e
Provedores de Serviços de Informações;
 Ponto de Conexão à Internet: ponto através do qual o SCI se conecta à
Internet;
 Coordenador Internet: nome genérico que designa os órgãos
responsáveis pela padronização, normatização, administração, controle,
atribuição de endereços, gerência de domínios e outras atividades
correlatas, no tocante à Internet;
LEI Nº 9.472, 16 de julho de 1997 (LGT).
     Art. 60. Serviço de telecomunicações é o conjunto de atividades que possibilita a 
oferta de telecomunicação. 
        § 1° Telecomunicação é a transmissão, emissão ou recepção, por fio, 
radioeletricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético, de 
símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de qualquer 
natureza.
       <…>
     Art. 61. Serviço de valor adicionado é a atividade que acrescenta, a um serviço 
de telecomunicações que lhe dá suporte e com o qual não se confunde, novas 
utilidades relacionadas ao acesso, armazenamento, apresentação, movimentação ou 
recuperação de informações.
        § 1º Serviço de valor adicionado não constitui serviço de
telecomunicações, classificando-se seu provedor como usuário do serviço de 
telecomunicações que lhe dá suporte, com os direitos e deveres inerentes a essa 
condição.
        § 2° É assegurado aos interessados o uso das redes de serviços de 
telecomunicações para prestação de serviços de valor adicionado, cabendo à Agência, 
para assegurar esse direito, regular os condicionamentos, assim como o 
relacionamento entre aqueles e as prestadoras de serviço de telecomunicações.
A Declaration of the Independence of Cyberspace
J. P. Barlow <barlow@eff.org> Davos, Switzerland February 8, 1996
   
http://homes.eff.org/~barlow/Declaration-Final.html
.....
­ We are creating a world that all may enter without privilege or prejudice 
accorded by race, economic power, military force, or station of birth.
­ We are creating a world where anyone, anywhere may express his or her 
beliefs, no matter how singular, without fear of being coerced into silence 
or conformity.
­ Your legal concepts of property, expression, identity, movement, and 
context do not apply to us. They are all based on matter, and there is no 
matter here.
..... John Perry Barlow (1947 - Feb 7th
 2018)
O “espírito” da Internet
Jon Postel’s law:
“Be liberal in what you accept and
conservative in what you do”
A divisa do IETF (Dave Clark)
"We reject kings, presidents and voting.
We believe in rough consensus and
running code.”
Internet - fundamentos
 A Internet é uma rede “ponta-a-ponta”, ou seja, uma
rede onde origem e destino conversam diretamente
 A função básica de um equipamento de rede (roteador) é
encaminhar pacotes em direção a seu destino
 Para preservar sua capacidade de crescimento, o núcleo
da rede deve ser simples, para que seja leve e escalável
 Quaisquer complexidades devem ser tratadas nas
bordas da rede
 Neutralidade dos protocolos: são agnósticos em
relação ao conteúdo dos pacotes.
 Livre Inovação qualquer abordagem de regulação
deve levar em conta a “permissionless inovation” da
Internet
Internet, características distintivas
IETF discute, desenvolve e propõe padrões (RFCs)
 STD – Standard
 BCP – Best Current Practices
 FYI – For Your Information
Estabilidade dos padrões
 STD5 – IP Internet Protocol - J. Postel [Sep 1981] (RFC0791,
RFC0792, RFC0919, RFC0922, RFC0950, RFC1112) Status: STD
 STD6 – UDP User Datagram Protocol - J. Postel [Aug 1980]
(RFC0768) Status: STD
 STD7 – TCP Transmission Control Protocol - J. Postel [Sep
1981 ] (RFC0793, updated by RFC1122, RFC3168) Status: STD
 STD13 - DNS Domain Name System - P. Mockapetris [Nov 1987]
(RFC1034, RFC1035) Status: STD
Internet, conceitos e padrões
Recursos com coordenação central
O DNS é uma “base de dados hierárquica, distribuída
globalmente e gerenciada localmente”.
A raíz dessa hierarquia distribuída é constituída pelos 
servidores-raíz “root servers”.
Inicialmente os “root servers” eram apenas sete, todos 
localizados nos Estados Unidos da América, e geridos pela IANA
- Internet Assigned Number Authority.
Hoje existem 13 “root-servers”, dois dos quais estão 
localizados na Europa , um no Japão e os demais nos EUA
DNS - Domain Name System
RFC1591RFC1591 -- Domain Name System Structure and DelegationDomain Name System Structure and Delegation
Jon Postel, March 1994Jon Postel, March 1994
““The IANA is not in the business of deciding what is and what is not a The IANA is not in the business of deciding what is and what is not a 
country.”country.”
““The major concern in selecting a designated manager for a domain is The major concern in selecting a designated manager for a domain is 
that it be able to carry out the necessary responsibilities, and have the that it be able to carry out the necessary responsibilities, and have the 
ability to do a equitable, just, honest, and competent job.” ability to do a equitable, just, honest, and competent job.” 
““These designated authorities are trustees for the delegated domain, These designated authorities are trustees for the delegated domain, 
and have a duty to serve the community.”and have a duty to serve the community.”
““There must beThere must be an an administrative contactadministrative contact and a and a technicaltechnical
contactcontact  for each domain.  For top-level domains that are country   for each domain.  For top-level domains that are country 
codes at least the administrative contact must reside in the country codes at least the administrative contact must reside in the country 
involved.involved.””
Internet - fundamentos e (auto)regulação
RFC1591RFC1591 -- Domain Name System Structure and DelegationDomain Name System Structure and Delegation
Jon Postel, March 1994Jon Postel, March 1994
““Concerns about "rights" and "ownership" of domains are Concerns about "rights" and "ownership" of domains are 
inappropriate.  It is appropriate to be concerned about inappropriate.  It is appropriate to be concerned about 
"responsibilities" and "service" to the community.”"responsibilities" and "service" to the community.”
““In case of a dispute between domain name registrants as to the In case of a dispute between domain name registrants as to the 
rights to a particular name, the registration authority shall have rights to a particular name, the registration authority shall have 
no role or responsibility other than to provide the contact no role or responsibility other than to provide the contact 
information to both parties.”information to both parties.”
““The registration of a domain name does not have any Trademark The registration of a domain name does not have any Trademark 
status.  It is up to the requestor to be sure he is not violating status.  It is up to the requestor to be sure he is not violating 
anyone else's Trademark.”anyone else's Trademark.”
Internet - fundamentos e (auto)regulação
AA (8)(8)
VerisignVerisign Dulles VADulles VA
BB (2)(2)
Information Sciences Institute/USCInformation Sciences Institute/USC Marina del Rey CAMarina del Rey CA
CC (10)(10)
Cogent CommunicationsCogent Communications Herndon VAHerndon VA
DD(132)(132)
University of MarylandUniversity of Maryland College Park VACollege Park VA
EE (192)(192)
NASA AmesNASA Ames Montain View CAMontain View CA
FF (220)(220)
Internet Systems Consortium, IncInternet Systems Consortium, Inc San Francisco CASan Francisco CA
GG (6)(6)
US DoDUS DoD Vienna VAVienna VA
HH(2)(2)
US Army Research LabUS Army Research Lab Aberdeen MDAberdeen MD
II (60)(60)
Autonomica/NORDUnetAutonomica/NORDUnet Stockholm SEStockholm SE
JJ (162)(162)
VerisignVerisign Sterling VASterling VA
KK (58)(58)
RIPE-NCCRIPE-NCC Amsterdam NLAmsterdam NL
LL (158)(158)
ICANNICANN Marina del Rey CAMarina del Rey CA
MM (9)(9)
Wide ProjectWide Project Tokyo JPTokyo JP
Servidores-Raíz
Situação IPv4 pós CIDR e NAT
IPv4 vs. IPv6
IPv4 -  endereçamento de 32 bits, sendo possível obter
4.294.967.296 endereços (232
) 
IPv6  -  endereçamento de 128 bits, sendo possível obter
340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.4
56
endereços (2128
).
http://www.ipv6forum.com/ipv6_enabled/approval
_list.php
CGI.br
O CGI.br - Comitê Gestor da Internet no Brasil foi
criado pela Portaria Interministerial Nº 147 de
31/05/1995, alterada pelo Decreto Presidencial
Nº 4.829 de 03/09/2003, para:
I - estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e
desenvolvimento da Internet no Brasil;
II - estabelecer diretrizes para a organização das relações
entre o Governo e a sociedade, para:
- execução do registro de Nomes de Domínio,
- alocação de Endereço IP (Internet Protocol)
- administração do “ccTLD” .br,
no interesse do desenvolvimento da Internet no País
e, ainda
III - propor programas de pesquisa e desenvolvimento que
visem a qualidade técnica e inovação, bem como estimular a
sua disseminação no país, com agregação de valor;
IV - promover estudos e recomendar procedimentos, normas e
padrões técnicos e operacionais, para a segurança das redes e
serviços de Internet;
V - articular a proposição de normas e procedimentos relativos
à regulamentação das atividades inerentes à Internet;
VII - adotar os procedimentos administrativos e operacionais
necessários para que a gestão da Internet no Brasil se dê
segundo os padrões internacionais.
Ecossistema da Internet: o que a faz funcionar
(www.internetsociety.org)
• Nomes e Números (IP): ICANN, IANA, RIRs, gTLDs, ccTLDs
• Padrões Abertos: IETF, IRTF, IAB, W3C, ITU-T
• Serviços Globais Distribuidos: Servidores-Raíz, Operadores
de Rede Pontos de Troca de Tráfego, gTLDs, ccTLDs
• Usuários: Indivíduos, Organizações, Empresas, Governos
• Educação e Treinamento: Universidades, Comunidade
Internet, ISOC, Governos, Instituições Multilaterais
• Geração de Políticas Locais, Regionais e Globais:
Governos, Instituições Multilaterais, Fóruns de Discussão (IGF),
ISOC
Problemas criados pela tecnologia podem ser
resolvidos (ou amenizados) pela tecnologia
ex. Spam (filtros, controle da Porta 25);
DDoS (medidas preventivas, provisionamento);
uso do NTP para sincronismo de “logs”;
DNSSEC na cadeia inteira de tradução de nomes
Educação, Treinamento, Colaboração
Legislação, quando necessário
(o fato de existir punição para um crime não
impede que ele continue sendo praticado)
WSIS – World Summit on the Information Society
Genebra, dez. de 2003 / Túnis, dez. de 2005 www.itu.int/wsis/
WGIG - Working Group on Internet Governance
Genebra, novembro de 2003 a julho 2005 www.wgig.org
IGF – Internet Governance Forum
1.0
IGF Atenas, Grécia – novembro 2006
2.0
IGF Rio de Janeiro, Brasil – novembro 2007
3.0
IGF Hyderabad, India – dezembro 2008
4.0
IGF Sharm El-Sheik, Egito - novembro 2009
5.0
IGF Vilna, Lituânia – setembro 2010
6.0
IGF Nairobi, Quênia – setembro 2011
7.0
IGF Baku, Azerbaijão – novembro 2012
8.0
IGF Bali, Indonésia – novembro 2013
9.0
IGF Istambul, Turquia – setembro 2014
10.0
IGF João Pessoa, Brasil – novembro 2015
11.0
IGF Guadalajara, México – novembro 2016
12.0
IGF Genebra, Suiça - dezembro de 2017
Governança na Internet
Considerando a necessidade de embasar e orientar suas ações e decisões, segundo
princípios fundamentais, o CGI.br resolve aprovar os seguintes Princípios:
1. Liberdade, privacidade e direitos humanos
O uso da Internet deve guiar-se pelos princípios de liberdade de expressão, de
privacidade do indivíduo e de respeito aos direitos humanos, reconhecendo-os
como fundamentais para a preservação de uma sociedade justa e democrática.
2. Governança democrática e colaborativa
A governança da Internet deve ser exercida de forma transparente, multilateral e
democrática, com a participação dos vários setores da sociedade, preservando e
estimulando o seu caráter de criação coletiva.
3. Universalidade
O acesso à Internet deve ser universal para que ela seja um meio para o
desenvolvimento social e humano, contribuindo para a construção de uma
sociedade inclusiva e não discriminatória em benefício de todos.
Princípios para a Governança e Uso da Internet
(www.cgi.br /regulamentacao/resolucao2009-003.htm)
4. Diversidade
A diversidade cultural deve ser respeitada e preservada e sua expressão deve ser
estimulada, sem a imposição de crenças, costumes ou valores.surgimento da
Internet.
5. Inovação
A governança da Internet deve promover a contínua evolução e ampla difusão de
novas tecnologias e modelos de uso e acesso.
6. Neutralidade da rede
Filtragem ou privilégios de tráfego devem respeitar apenas critérios técnicos e
éticos, não sendo admissíveis motivos políticos, comerciais, religiosos, culturais, ou
qualquer outra forma de discriminação ou favorecimento.
7. Inimputabilidade da rede
O combate a ilícitos na rede deve atingir os responsáveis finais e não os meios de
acesso e transporte, sempre preservando os princípios maiores de defesa da
liberdade, da privacidade e do respeito aos direitos humanos.
Princípios
8. Funcionalidade, segurança e estabilidade
A estabilidade, a segurança e a funcionalidade globais da rede devem ser
preservadas de forma ativa através de medidas técnicas compatíveis com
os padrões internacionais e estímulo ao uso das boas práticas.
9. Padronização e interoperabilidade
A Internet deve basear-se em padrões abertos que permitam a interoperabilidade e
a participação de todos em seu desenvolvimento.
10. Ambiente Legal e Regulatório
O ambiente legal e regulatório deve preservar a dinâmica da Internet como espaço
de colaboração.
Princípios
“Na Internet só funciona o que é globalmente
acordado. Pela falta de ‘fronteiras físicas’,
regulamentos locais tendem a falhar sempre.
Qualquer política só será bem sucedida se for
harmônica e global”.
“Raramente há necessidade de legislação específica
para rede e, se ela existir, poderá tender à
obsolescência muito rapidamente”.
John Perry Barlow
Selling Wine Without Bottles - The Economy of Mind on the Global Net
March - 1994
Manutenção dos conceitos da Internet
Marco Civil - lei 12.965/14 - maio/2014
• Neutralidade da rede
(prover experiência integral da rede aos seus
usuários)
• Privacidade do usuário
(garantia desse direito individual básico)
• Inimputabilidade da Rede, ou
responsabilização dos atores reais
(segurança jurícida e ausência de censura a
priori de conteúdos)
“Keep the Internet Open”
“The Internet has always been open, or so it has been for
much of its existence. Open to new ideas, new protocols,
new applications, and new technology. But not everyone or
every regime sees the bounty of freedom of expression and
invention. Some see an open wound into which every
source of pestilence pours”.
<…>
“Every person on the planet should have the freedom to access
and to contribute to the increasing utility of the Internet.
Four decades have passed since its invention and we still
have work ahead to assure its utility for many decades to
come until it, too, is replaced by something even better and
more beneficial”.
Vinton G. Cerf - Communications of the ACM, Vol. 59 No. 9
September, 2016
- Novas aplicações
- IPv6 plenamente disseminado
- Rede das “coisas”?
“todos os equipamentos conectados à rede,em
condições de trocar informações entre si”
“IoT nos trará um mundo revolucionário, totalmente
conectado e inteligente, mais progresso,
oportunidades e eficiência, e multiplicará as receitas
da indústria e da economia global”.
“IoT representa um mundo mais escuro de vigilantismo,
de violações de privacidade e de segurança aos
cidadãos e de controle total sober suas vidas e
atividades”.
Internet – evolução
NIC.br
Atividades permanentes:
Registro.br
CEPTRO.br (NTP.br, IPv6.br)
CERT.br
CETIC.br
CEWEB.br
IX.br
Escritório Regional do W3C
Apoio a Grupos de Trabalho
GT-ER Engenharia e Operação de Redes
GT-S Segurança
Os GTs são constituidos por voluntários da comunidade de usuários
NIC.br
Registro de nomes de Domínios no Brasil
.net 378.734.829 Networks
.com 197.814.385 Commercial
.jp 73.821.627 Japan
.de 45.344.688 Germany
.br 35.952.876 Brazil
.it 24.941.012 Italy
.cn 20.188.854 China
.fr 19.585.635 France
.mx 18.773.713 Mexico
.au 16.517.021 Australia
.ar 14.366.235 Argentina
Total 1.003.604.363
(http://ftp.isc.org/www/survey/reports/2018/01/bynum.txt)
Estimativa de máquinas por TLD (janeiro/2018)
CERT.br: Treinamento
• Objetivos:
­ formar/aproximar CSIRTs (Grupos de Tratamento de Incidentes de
Segurança) no Brasil
­ preparar profissionais para o Tratamento de Incidentes de Segurança no
Brasil
• SEI/Carnegie Mellon Partner desde 2004, licenciado
para ministrar cursos do CERT®
Program no Brasil:
­ https://www.cert.br/cursos/
• Overview of Creating and Managing CSIRTs
• Fundamentals of Incident Handling
• Advanced Incident Handling for Technical Staff
­ 800+ profissionais treinados em tratamento de incidentes
­ treinamento dos profissionais que fizeram o tratamento de incidentes de
segurança na Copa do Mundo 2014 e nas Olimpíadas Rio2016
Organizados de forma a facilitar a
difusão de conteúdos específicos:
 Redes Sociais
 Senhas
 Comércio Eletrônico
 Privacidade
 Dispositivos Móveis
 Internet Banking
 Computadores
 Códigos Maliciosos
 Verificação em Duas Etapas
 Redes
 Backup
CERT.br: Cartilha de Segurança para Internet
Acompanhados de slides de uso livre
para:
•ministrar palestras e treinamentos
•complementar conteúdos de aulas
CERT.br: Materiais para Usuários Finais
Site e vídeos do Antispam.br
http://antispam.br/
Guias Internet Segura
-Dicas e brincadeiras para crianças
-Material de apoio para pais
http://internetsegura.br/
São Paulo - topologia do PTT Metropolitano
Tráfego agregado em 9-junho-2018
Pesquisas TIC - Contribuição para Políticas
I. Periodicidade:
II. Cobertura
nacional:
 Urbano
 Rural
III. Insumo
para políticas
públicas:
 Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
 Ministério das Comunicações
 Ministério da Cultura
 Ministério da Educação
 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
 Ministério da Justiça
 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
 Ministério da Saúde
 Secretaria de Direitos Humanos
 ANATEL
 ANS
 IPEA
Dados desagregados
e diversas variáveis
de tabulação
TIC
CULTURA
TIC
CENTROS
PÚBLICO
S DE
ACESSO
Anual Bienal Trienal
652 Indicadores
42,1
milhões de domicílios com acesso
DOMICÍLIOS COM
INTERNET
120,7
milhões de usuários de Internet
INTERNET
USUÁRIOS
% de domicílios % da população
Fonte: CGI.br: Pesquisa TIC Domicíios 2017
INTERNET NO BRASIL
ACESSO E USO
USO DA INTERNET POR
TIPO DE DISPOSITIVO
% de usuários de Internet
Fonte: CGI.br: Pesquisa TIC Domicíios 2017
INTERNET NO BRASIL
ACESSO E USO DAS TIC
POR CLASSE SOCIAL POR ÁREA URBANA VS. RURAL
Acesso à Internet já é universal nas classes A e B.
Área Urbana vs. Rural = Desafios para as políticas
públicas.
% de domicílios % de domicílios
Fonte: CGI.br: Pesquisa TIC Domicíios 2017
INTERNET NO BRASIL
DISPARIDADES SOCIOECONÔMICAS
As políticas de inclusão digital no Brasil ainda
precisam tratar das disparidades existentes nas classes
de baixa renda e nas áreas rurais.
% of population
Fonte: CGI.br: Pesquisa TIC Domicíios 2017
INTERNET NO BRASIL
DISPARIDADES SOCIOECONÔMICAS
POR CLASSE SOCIAL POR ÁREA URBANA VS. RURAL
% da população % da população
Obrigado
www.nic.br
25 de abril de 2018

Contenu connexe

Tendances

A origem e evolução da Internet
A origem e evolução da InternetA origem e evolução da Internet
A origem e evolução da InternetPepe Rocker
 
A origem e evolução da internet
A origem e evolução da internetA origem e evolução da internet
A origem e evolução da internetDaniele Diniz Diniz
 
Redes Guia Pratico Intro
Redes Guia Pratico IntroRedes Guia Pratico Intro
Redes Guia Pratico IntroCésar Duarte
 
A origem e evolução da Internet
A origem e evolução da InternetA origem e evolução da Internet
A origem e evolução da InternetPepe Rocker
 
Convergência e interoperabilidade
Convergência e interoperabilidadeConvergência e interoperabilidade
Convergência e interoperabilidadeRaquel Umbelina
 
Introdução à Internet
Introdução à InternetIntrodução à Internet
Introdução à Internetmarioreis
 
Introdução a redes de computadores
Introdução a redes de computadoresIntrodução a redes de computadores
Introdução a redes de computadorestelecomsenai
 
Aula 1 - Apresentações - Quinzena 1
Aula 1 - Apresentações - Quinzena 1Aula 1 - Apresentações - Quinzena 1
Aula 1 - Apresentações - Quinzena 1thiagofilipec_07
 
A internet é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computa...
A internet é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computa...A internet é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computa...
A internet é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computa...r22u22b22e22n22
 
A evolução da rede de computadores fredmi
A evolução da rede de computadores fredmiA evolução da rede de computadores fredmi
A evolução da rede de computadores fredmifredmi fred
 
Historia Da Rde
Historia Da RdeHistoria Da Rde
Historia Da Rdewanessaps
 

Tendances (17)

A origem e evolução da Internet
A origem e evolução da InternetA origem e evolução da Internet
A origem e evolução da Internet
 
A historia da internet
A historia da internetA historia da internet
A historia da internet
 
I.h aula 1 2 3 4 5
I.h aula 1 2 3 4 5I.h aula 1 2 3 4 5
I.h aula 1 2 3 4 5
 
A origem e evolução da internet
A origem e evolução da internetA origem e evolução da internet
A origem e evolução da internet
 
Redes Guia Pratico Intro
Redes Guia Pratico IntroRedes Guia Pratico Intro
Redes Guia Pratico Intro
 
A origem e evolução da Internet
A origem e evolução da InternetA origem e evolução da Internet
A origem e evolução da Internet
 
Convergência e interoperabilidade
Convergência e interoperabilidadeConvergência e interoperabilidade
Convergência e interoperabilidade
 
Introdução à Internet
Introdução à InternetIntrodução à Internet
Introdução à Internet
 
Introdução a redes de computadores
Introdução a redes de computadoresIntrodução a redes de computadores
Introdução a redes de computadores
 
Débora+ra..
Débora+ra..Débora+ra..
Débora+ra..
 
Tic
TicTic
Tic
 
Comercio Eletronico
Comercio EletronicoComercio Eletronico
Comercio Eletronico
 
Aula 1 - Apresentações - Quinzena 1
Aula 1 - Apresentações - Quinzena 1Aula 1 - Apresentações - Quinzena 1
Aula 1 - Apresentações - Quinzena 1
 
Cap i5net1
Cap i5net1Cap i5net1
Cap i5net1
 
A internet é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computa...
A internet é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computa...A internet é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computa...
A internet é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computa...
 
A evolução da rede de computadores fredmi
A evolução da rede de computadores fredmiA evolução da rede de computadores fredmi
A evolução da rede de computadores fredmi
 
Historia Da Rde
Historia Da RdeHistoria Da Rde
Historia Da Rde
 

Similaire à Demi Getschko - Conhecimento Científico: bem público global

Produção em Multimídia: Tópico 02 - A internet antes da internet
Produção em Multimídia: Tópico 02 - A internet antes da internetProdução em Multimídia: Tópico 02 - A internet antes da internet
Produção em Multimídia: Tópico 02 - A internet antes da internetFernando Fontanella
 
Evolução das redes
Evolução das redes Evolução das redes
Evolução das redes fredmi fred
 
O surgimento da internet
O surgimento da internetO surgimento da internet
O surgimento da internetCícero Félix
 
O surgimento da internet
O surgimento da internetO surgimento da internet
O surgimento da internetcamilaglessa
 
O surgimento da internet
O surgimento da internetO surgimento da internet
O surgimento da internetKlécio Chaves
 
Introdução-a-Redes-01-2023.pptx
Introdução-a-Redes-01-2023.pptxIntrodução-a-Redes-01-2023.pptx
Introdução-a-Redes-01-2023.pptxTutorEADAlcidesMaya
 
Aula 3 - Redes de Computadores A - Administração da Internet. Modelo TCP/IP.
Aula 3 - Redes de Computadores A - Administração da Internet. Modelo TCP/IP.Aula 3 - Redes de Computadores A - Administração da Internet. Modelo TCP/IP.
Aula 3 - Redes de Computadores A - Administração da Internet. Modelo TCP/IP.Filipo Mór
 
História da internet
História da internetHistória da internet
História da internet9F
 
História da internet
História da internetHistória da internet
História da internet9F
 
Projeto de mídias
Projeto de mídiasProjeto de mídias
Projeto de mídiaskelcilene
 
Cw aula hist_pc_internet_2408
Cw aula hist_pc_internet_2408Cw aula hist_pc_internet_2408
Cw aula hist_pc_internet_2408lutimielniczuk
 

Similaire à Demi Getschko - Conhecimento Científico: bem público global (20)

Internet-USP.ppt
Internet-USP.pptInternet-USP.ppt
Internet-USP.ppt
 
Internet, Conceitos e Evolução
Internet, Conceitos e EvoluçãoInternet, Conceitos e Evolução
Internet, Conceitos e Evolução
 
A história da internet
A história da internetA história da internet
A história da internet
 
Produção em Multimídia: Tópico 02 - A internet antes da internet
Produção em Multimídia: Tópico 02 - A internet antes da internetProdução em Multimídia: Tópico 02 - A internet antes da internet
Produção em Multimídia: Tópico 02 - A internet antes da internet
 
Evolução das redes
Evolução das redes Evolução das redes
Evolução das redes
 
O surgimento da internet
O surgimento da internetO surgimento da internet
O surgimento da internet
 
O surgimento da net (guga)
O surgimento da net (guga)O surgimento da net (guga)
O surgimento da net (guga)
 
O surgimento da internet
O surgimento da internetO surgimento da internet
O surgimento da internet
 
O surgimento da internet
O surgimento da internetO surgimento da internet
O surgimento da internet
 
O surgimento da internet
O surgimento da internetO surgimento da internet
O surgimento da internet
 
Introdução-a-Redes-01-2023.pptx
Introdução-a-Redes-01-2023.pptxIntrodução-a-Redes-01-2023.pptx
Introdução-a-Redes-01-2023.pptx
 
RedesI-aula1.pdf
RedesI-aula1.pdfRedesI-aula1.pdf
RedesI-aula1.pdf
 
Aula 3 - Redes de Computadores A - Administração da Internet. Modelo TCP/IP.
Aula 3 - Redes de Computadores A - Administração da Internet. Modelo TCP/IP.Aula 3 - Redes de Computadores A - Administração da Internet. Modelo TCP/IP.
Aula 3 - Redes de Computadores A - Administração da Internet. Modelo TCP/IP.
 
História da internet
História da internetHistória da internet
História da internet
 
História da internet
História da internetHistória da internet
História da internet
 
Projeto de mídias
Projeto de mídiasProjeto de mídias
Projeto de mídias
 
Cw aula hist_pc_internet_2408
Cw aula hist_pc_internet_2408Cw aula hist_pc_internet_2408
Cw aula hist_pc_internet_2408
 
Aula 24 de agosto
Aula 24 de agostoAula 24 de agosto
Aula 24 de agosto
 
Aula 24 agosto 2011
Aula 24 agosto 2011Aula 24 agosto 2011
Aula 24 agosto 2011
 
Aula dia 24 de agosto
Aula dia 24 de agostoAula dia 24 de agosto
Aula dia 24 de agosto
 

Plus de SciELO - Scientific Electronic Library Online

Cláudia Valentina Galian - A revista Educação e Pesquisa e as práticas ligada...
Cláudia Valentina Galian - A revista Educação e Pesquisa e as práticas ligada...Cláudia Valentina Galian - A revista Educação e Pesquisa e as práticas ligada...
Cláudia Valentina Galian - A revista Educação e Pesquisa e as práticas ligada...SciELO - Scientific Electronic Library Online
 
Rogério Mugnaini - Livros e editoras: evolução do impacto nas diversas áreas ...
Rogério Mugnaini - Livros e editoras: evolução do impacto nas diversas áreas ...Rogério Mugnaini - Livros e editoras: evolução do impacto nas diversas áreas ...
Rogério Mugnaini - Livros e editoras: evolução do impacto nas diversas áreas ...SciELO - Scientific Electronic Library Online
 

Plus de SciELO - Scientific Electronic Library Online (20)

Sebastião V. Canevarolo Jr. - Transferência do conhecimento para desenvolvime...
Sebastião V. Canevarolo Jr. - Transferência do conhecimento para desenvolvime...Sebastião V. Canevarolo Jr. - Transferência do conhecimento para desenvolvime...
Sebastião V. Canevarolo Jr. - Transferência do conhecimento para desenvolvime...
 
Cláudia Valentina Galian - A revista Educação e Pesquisa e as práticas ligada...
Cláudia Valentina Galian - A revista Educação e Pesquisa e as práticas ligada...Cláudia Valentina Galian - A revista Educação e Pesquisa e as práticas ligada...
Cláudia Valentina Galian - A revista Educação e Pesquisa e as práticas ligada...
 
Angelina Zanesco - ALINHAMENTO DOS PERIÓDICOS SCIELO BRASIL COM AS BOAS PRÁTI...
Angelina Zanesco - ALINHAMENTO DOS PERIÓDICOS SCIELO BRASIL COM AS BOAS PRÁTI...Angelina Zanesco - ALINHAMENTO DOS PERIÓDICOS SCIELO BRASIL COM AS BOAS PRÁTI...
Angelina Zanesco - ALINHAMENTO DOS PERIÓDICOS SCIELO BRASIL COM AS BOAS PRÁTI...
 
Abel Packer - SciELO - Estado de avanço e perspectivas futuras
Abel Packer - SciELO - Estado de avanço e perspectivas futurasAbel Packer - SciELO - Estado de avanço e perspectivas futuras
Abel Packer - SciELO - Estado de avanço e perspectivas futuras
 
Carlos Menck - Revistas Brasileiras e sustentabilidade: As dificuldades de mo...
Carlos Menck - Revistas Brasileiras e sustentabilidade: As dificuldades de mo...Carlos Menck - Revistas Brasileiras e sustentabilidade: As dificuldades de mo...
Carlos Menck - Revistas Brasileiras e sustentabilidade: As dificuldades de mo...
 
Reinaldo Cantarutti - Sustentabilidade operacional & modalidades de financiam...
Reinaldo Cantarutti - Sustentabilidade operacional & modalidades de financiam...Reinaldo Cantarutti - Sustentabilidade operacional & modalidades de financiam...
Reinaldo Cantarutti - Sustentabilidade operacional & modalidades de financiam...
 
Publons (IV Curso SciELO-ScholarOne)
Publons (IV Curso SciELO-ScholarOne)Publons (IV Curso SciELO-ScholarOne)
Publons (IV Curso SciELO-ScholarOne)
 
Panorama Geral do ScholarOne na Coleção SciELO Brasil e Retrospectiva 2017-20...
Panorama Geral do ScholarOne na Coleção SciELO Brasil e Retrospectiva 2017-20...Panorama Geral do ScholarOne na Coleção SciELO Brasil e Retrospectiva 2017-20...
Panorama Geral do ScholarOne na Coleção SciELO Brasil e Retrospectiva 2017-20...
 
Patricia Méndez - Asociación de Revistas Latinoamericanas de Arquitectura (AR...
Patricia Méndez - Asociación de Revistas Latinoamericanas de Arquitectura (AR...Patricia Méndez - Asociación de Revistas Latinoamericanas de Arquitectura (AR...
Patricia Méndez - Asociación de Revistas Latinoamericanas de Arquitectura (AR...
 
Adriano Codato - Utilizando citações para além do fator de impacto: uma alter...
Adriano Codato - Utilizando citações para além do fator de impacto: uma alter...Adriano Codato - Utilizando citações para além do fator de impacto: uma alter...
Adriano Codato - Utilizando citações para além do fator de impacto: uma alter...
 
Patricia Muñoz Palma - SciELO-Chile: Una mirada de 20 años
Patricia Muñoz Palma - SciELO-Chile: Una mirada de 20 añosPatricia Muñoz Palma - SciELO-Chile: Una mirada de 20 años
Patricia Muñoz Palma - SciELO-Chile: Una mirada de 20 años
 
James Testa - International Collaboration Top Cited journals
James Testa - International Collaboration Top Cited journals James Testa - International Collaboration Top Cited journals
James Testa - International Collaboration Top Cited journals
 
Isidro F. Aguillo - Web Identity and positioning: Non-citation metrics for th...
Isidro F. Aguillo - Web Identity and positioning: Non-citation metrics for th...Isidro F. Aguillo - Web Identity and positioning: Non-citation metrics for th...
Isidro F. Aguillo - Web Identity and positioning: Non-citation metrics for th...
 
Cathy Holland - The Performance of SciELO journals
Cathy Holland - The Performance of SciELO journalsCathy Holland - The Performance of SciELO journals
Cathy Holland - The Performance of SciELO journals
 
Stephanie Faulkner - Using Metrics Beyond Citations to Demonstrate the Impact...
Stephanie Faulkner - Using Metrics Beyond Citations to Demonstrate the Impact...Stephanie Faulkner - Using Metrics Beyond Citations to Demonstrate the Impact...
Stephanie Faulkner - Using Metrics Beyond Citations to Demonstrate the Impact...
 
Rogério Mugnaini - Livros e editoras: evolução do impacto nas diversas áreas ...
Rogério Mugnaini - Livros e editoras: evolução do impacto nas diversas áreas ...Rogério Mugnaini - Livros e editoras: evolução do impacto nas diversas áreas ...
Rogério Mugnaini - Livros e editoras: evolução do impacto nas diversas áreas ...
 
Kátia de Oliveira Rodrigues, et al. - O livro no Sistema de Avaliação da Capes
Kátia de Oliveira Rodrigues, et al. - O livro no Sistema de Avaliação da CapesKátia de Oliveira Rodrigues, et al. - O livro no Sistema de Avaliação da Capes
Kátia de Oliveira Rodrigues, et al. - O livro no Sistema de Avaliação da Capes
 
Flávia Rosa, Susane Barros - Reflexões sobre o livro acadêmico no contexto da...
Flávia Rosa, Susane Barros - Reflexões sobre o livro acadêmico no contexto da...Flávia Rosa, Susane Barros - Reflexões sobre o livro acadêmico no contexto da...
Flávia Rosa, Susane Barros - Reflexões sobre o livro acadêmico no contexto da...
 
Leila Posenato Garcia - A participação feminina no meio editorial de saúde co...
Leila Posenato Garcia - A participação feminina no meio editorial de saúde co...Leila Posenato Garcia - A participação feminina no meio editorial de saúde co...
Leila Posenato Garcia - A participação feminina no meio editorial de saúde co...
 
Angela Maria Belloni Cuenca, Milena Maria de Araújo Lima Barbosa, Ivan França...
Angela Maria Belloni Cuenca, Milena Maria de Araújo Lima Barbosa, Ivan França...Angela Maria Belloni Cuenca, Milena Maria de Araújo Lima Barbosa, Ivan França...
Angela Maria Belloni Cuenca, Milena Maria de Araújo Lima Barbosa, Ivan França...
 

Demi Getschko - Conhecimento Científico: bem público global

  • 1. Conhecimento Científico bem público global Scielo - 20 anos 26 de setembro de 2018 Demi Getschko demi@nic.br
  • 2. Bibliotecas, precursoras em redes de dados • Computação isolada / “mainframes • Acesso ao “centro” via “terminais” • Capacidade de processamento local - “estações de trabalho” • Computadores pessoais, redes (LAN e WAN) • “Nuvem”, o novo “centro”
  • 3. Breve Histórico 1961 – Leonard Kleinrock, MIT – formulação matemática de redes de comunicação baseadas em comutação de pacotes e princípios da teoria das filas 1962 – Licklider, John C. R. MIT – On-Line Man Computer Communication prognóstico sobre o futuro das redes “Galactic Network” (Man-Computer Symbiosis, 1960) 1965 - Libraries of the Future “the concept of a ‘desk’ may have changed from passive to active: a desk my be primarily a display-and-control station in a telecommunication-telecomputation system, and its most vital part may be the cable (‘umbilical cord’) that connects it via a wall socket, into a precognitive utility net” <…> “…acess to everyday business, industrial, government, and professional information, and perhaps, also to news, entertainment, and education…”
  • 4. Breve Histórico - J.C.R. Licklider • Triple bachelor of arts degree in 1937, Washington University in St. Louis: physics, mathematics, and psychology; • Master of arts degree in psychology in 1938. PhD in psychoacoustics, University of Rochester in 1942, Psycho-Acoustic Lab at Harvard University,1943 to 1950; • MIT, 1950 associate professor, MIT Lincoln Laboratory and a psychology program for engineering students. In 1958 he was elected President of the Acoustical Society of America • 1957: VP at Bolt Beranek and Newman, Inc, first public demo of time-sharing; • October 1962: appointed head of the Information Processing Techniques Office (IPTO) at DARPA, then ARPA, the US DoD Advanced Research Projects Agency; • 1963: he was named Director of Behavioral Sciences Command & Control Research at ARPA. In April of that year, he sent a memo outlining the early challenges presented in establishing a time-sharing network of with the software of the era. Ultimately, his vision led to ARPANet, the precursor of today's Internet. • 1968: director of Project MAC at MIT, and a professor in the Department of Electrical Engineering. Development of Multics that provided inspiration for some elements of the Unix, Bell Labs, Ken Thompson and Dennis Ritchie in 1970.
  • 5. Placa comemorativa do nascimento da ARPANET
  • 7. Breve Histórico 1969 – Arpanet (DARPA, DoD), primeiros quatro nós: UCLA, Stanford, UCSanta Barbara e Utah 1969 - Bolt Beranek and Newman, Inc (BBN) é contratada para desenvolver o IMP (Interface Message Processor)
  • 8. Breve Histórico 1973 – University College, Londres, entra na Arpanet, agora com cerca de 30 nós - Metcalfe R. (Stanford) propõe o padrão “ethernet” 1974 – Kahn R., Cerf V. – “A Protocol for Packet Network Interconnection” 1979 - USENET (UUCP) - 1982 BITNET (RSCS, IBM) 1982 - o TCP é dividido em TCP e IP. Arpanet adota TCP/IP 1984 - o DNS (Domain Name System) é definido 1986 - NSFNET adota TCP/IP (e não ISO/OSI). Centros supercomputação: Princeton, Pittsburgh, San Diego, Urbana-Champaign e Cornell 1990 - Tim Berners-Lee define a WEB 1994 - migração/privatização das funções do InterNic para NSInc 1995 - NSI passa a cobrar por registro. CGI.br é criado 1997 - IahC envolvendo WIPO, ITU - 1998 -DoC green paper -> ICANN (setembro) e em 16 de outubro falece Jon Postel. 2000/2016 - Contrato DoC (NTIA) com ICANN para função IANA
  • 9. Impactos da Tecnologia • Inovação “precursores” • Implantação inicial (substituição) “primeira onda” • Transformação (impactos profundos) “sociedade”
  • 10. Internet, Impactos e Ruptura - em modelos de criação de padrões - em serviços de conectividade - em modelos econômicos - em criação e disseminação de informações - em associação de grupos de interesse - em formas de poder e controle - em interface com governo e dados públicos - em revisão da legislação local
  • 11. Algumas datas para o Brasil: Conexão a redes: Bitnet: LNCC-CNPq (out/88), FAPESP/ANSP nov/88 HEPNet (FAPESP/ANSP-FermiLab), fev/89 Internet (FAPESP/ANSP-ESNet), jan/91 Domínio .BR: delegado por Jon Postel em 18/04/89 Definição inicial do DNS brasileiro: maio de 1991 Primeiro “backbone” Nacional: RNP, 1991 A Web chega ao Brasil: 1993 Bloco de endereços IP para Brasil: 1994 (1/2 classe A) -> NIR Início da operação comercial: Embratel dezembro de 1994 Criação do Comitê Gestor: maio de 1995
  • 12.
  • 13. A “guerra dos protocolos” (a discussão acadêmico/política sobre padrões e protocolos de rede) Processo Tradicional de geração de padrões em telecomunicações: ITU - (1865!) - International Telegraph Union 1956 - CCITT Comité Consultatif International Téléphonique et Télégraphique”, renomeado em 1993 para ITU-T (ITU Telecommunication Standardization Sector) OSI - Open Systems Interconnection POSIG - Perfil OSI do Governo, RENPAC, Cirandão GOSIP - Government OSI Profile
  • 14. Administração “clássica” da Internet IAB Internet Architecture Board (1982) (órgão que cuida de garantir a “ortodoxia” da Internet) IESG Internet Engineering Steering Group IETF Internet Engineering Task Force (1986) RFC Request For Comments (abril 1969 RFC 1 “Host Software”, Steve Crocker) IRTF Internet Research Task Force (1986) IANA Internet Assigned Numbers Authority (1988)
  • 15. Dezembro de 1994: Embratel anuncia serviço de acesso à Internet para pessoa física Via RENPAC
  • 16. Norma 004/95  Internet: nome genérico que designa o conjunto de redes, os meios de transmissão e comutação, roteadores, equipamentos e protocolos necessários à comunicação entre computadores, bem como o "software" e os dados contidos nestes computadores;  Serviço de Valor Adicionado: serviço que acrescenta a uma rede preexistente de um serviço de telecomunicações, meios ou recursos que criam novas utilidades específicas, ou novas atividades produtivas, relacionadas com o acesso, armazenamento, movimentação e recuperação de informações;  Serviço de Conexão à Internet (SCI): nome genérico que designa Serviço de Valor Adicionado que possibilita o acesso à Internet a Usuários e Provedores de Serviços de Informações;  Ponto de Conexão à Internet: ponto através do qual o SCI se conecta à Internet;  Coordenador Internet: nome genérico que designa os órgãos responsáveis pela padronização, normatização, administração, controle, atribuição de endereços, gerência de domínios e outras atividades correlatas, no tocante à Internet;
  • 17. LEI Nº 9.472, 16 de julho de 1997 (LGT).      Art. 60. Serviço de telecomunicações é o conjunto de atividades que possibilita a  oferta de telecomunicação.          § 1° Telecomunicação é a transmissão, emissão ou recepção, por fio,  radioeletricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético, de  símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de qualquer  natureza.        <…>      Art. 61. Serviço de valor adicionado é a atividade que acrescenta, a um serviço  de telecomunicações que lhe dá suporte e com o qual não se confunde, novas  utilidades relacionadas ao acesso, armazenamento, apresentação, movimentação ou  recuperação de informações.         § 1º Serviço de valor adicionado não constitui serviço de telecomunicações, classificando-se seu provedor como usuário do serviço de  telecomunicações que lhe dá suporte, com os direitos e deveres inerentes a essa  condição.         § 2° É assegurado aos interessados o uso das redes de serviços de  telecomunicações para prestação de serviços de valor adicionado, cabendo à Agência,  para assegurar esse direito, regular os condicionamentos, assim como o  relacionamento entre aqueles e as prestadoras de serviço de telecomunicações.
  • 18. A Declaration of the Independence of Cyberspace J. P. Barlow <barlow@eff.org> Davos, Switzerland February 8, 1996     http://homes.eff.org/~barlow/Declaration-Final.html ..... ­ We are creating a world that all may enter without privilege or prejudice  accorded by race, economic power, military force, or station of birth. ­ We are creating a world where anyone, anywhere may express his or her  beliefs, no matter how singular, without fear of being coerced into silence  or conformity. ­ Your legal concepts of property, expression, identity, movement, and  context do not apply to us. They are all based on matter, and there is no  matter here. ..... John Perry Barlow (1947 - Feb 7th  2018) O “espírito” da Internet
  • 19. Jon Postel’s law: “Be liberal in what you accept and conservative in what you do” A divisa do IETF (Dave Clark) "We reject kings, presidents and voting. We believe in rough consensus and running code.” Internet - fundamentos
  • 20.
  • 21.
  • 22.  A Internet é uma rede “ponta-a-ponta”, ou seja, uma rede onde origem e destino conversam diretamente  A função básica de um equipamento de rede (roteador) é encaminhar pacotes em direção a seu destino  Para preservar sua capacidade de crescimento, o núcleo da rede deve ser simples, para que seja leve e escalável  Quaisquer complexidades devem ser tratadas nas bordas da rede  Neutralidade dos protocolos: são agnósticos em relação ao conteúdo dos pacotes.  Livre Inovação qualquer abordagem de regulação deve levar em conta a “permissionless inovation” da Internet Internet, características distintivas
  • 23. IETF discute, desenvolve e propõe padrões (RFCs)  STD – Standard  BCP – Best Current Practices  FYI – For Your Information Estabilidade dos padrões  STD5 – IP Internet Protocol - J. Postel [Sep 1981] (RFC0791, RFC0792, RFC0919, RFC0922, RFC0950, RFC1112) Status: STD  STD6 – UDP User Datagram Protocol - J. Postel [Aug 1980] (RFC0768) Status: STD  STD7 – TCP Transmission Control Protocol - J. Postel [Sep 1981 ] (RFC0793, updated by RFC1122, RFC3168) Status: STD  STD13 - DNS Domain Name System - P. Mockapetris [Nov 1987] (RFC1034, RFC1035) Status: STD Internet, conceitos e padrões
  • 25. O DNS é uma “base de dados hierárquica, distribuída globalmente e gerenciada localmente”. A raíz dessa hierarquia distribuída é constituída pelos  servidores-raíz “root servers”. Inicialmente os “root servers” eram apenas sete, todos  localizados nos Estados Unidos da América, e geridos pela IANA - Internet Assigned Number Authority. Hoje existem 13 “root-servers”, dois dos quais estão  localizados na Europa , um no Japão e os demais nos EUA DNS - Domain Name System
  • 26. RFC1591RFC1591 -- Domain Name System Structure and DelegationDomain Name System Structure and Delegation Jon Postel, March 1994Jon Postel, March 1994 ““The IANA is not in the business of deciding what is and what is not a The IANA is not in the business of deciding what is and what is not a  country.”country.” ““The major concern in selecting a designated manager for a domain is The major concern in selecting a designated manager for a domain is  that it be able to carry out the necessary responsibilities, and have the that it be able to carry out the necessary responsibilities, and have the  ability to do a equitable, just, honest, and competent job.” ability to do a equitable, just, honest, and competent job.”  ““These designated authorities are trustees for the delegated domain, These designated authorities are trustees for the delegated domain,  and have a duty to serve the community.”and have a duty to serve the community.” ““There must beThere must be an an administrative contactadministrative contact and a and a technicaltechnical contactcontact  for each domain.  For top-level domains that are country   for each domain.  For top-level domains that are country  codes at least the administrative contact must reside in the country codes at least the administrative contact must reside in the country  involved.involved.”” Internet - fundamentos e (auto)regulação
  • 27. RFC1591RFC1591 -- Domain Name System Structure and DelegationDomain Name System Structure and Delegation Jon Postel, March 1994Jon Postel, March 1994 ““Concerns about "rights" and "ownership" of domains are Concerns about "rights" and "ownership" of domains are  inappropriate.  It is appropriate to be concerned about inappropriate.  It is appropriate to be concerned about  "responsibilities" and "service" to the community.”"responsibilities" and "service" to the community.” ““In case of a dispute between domain name registrants as to the In case of a dispute between domain name registrants as to the  rights to a particular name, the registration authority shall have rights to a particular name, the registration authority shall have  no role or responsibility other than to provide the contact no role or responsibility other than to provide the contact  information to both parties.”information to both parties.” ““The registration of a domain name does not have any Trademark The registration of a domain name does not have any Trademark  status.  It is up to the requestor to be sure he is not violating status.  It is up to the requestor to be sure he is not violating  anyone else's Trademark.”anyone else's Trademark.” Internet - fundamentos e (auto)regulação
  • 28. AA (8)(8) VerisignVerisign Dulles VADulles VA BB (2)(2) Information Sciences Institute/USCInformation Sciences Institute/USC Marina del Rey CAMarina del Rey CA CC (10)(10) Cogent CommunicationsCogent Communications Herndon VAHerndon VA DD(132)(132) University of MarylandUniversity of Maryland College Park VACollege Park VA EE (192)(192) NASA AmesNASA Ames Montain View CAMontain View CA FF (220)(220) Internet Systems Consortium, IncInternet Systems Consortium, Inc San Francisco CASan Francisco CA GG (6)(6) US DoDUS DoD Vienna VAVienna VA HH(2)(2) US Army Research LabUS Army Research Lab Aberdeen MDAberdeen MD II (60)(60) Autonomica/NORDUnetAutonomica/NORDUnet Stockholm SEStockholm SE JJ (162)(162) VerisignVerisign Sterling VASterling VA KK (58)(58) RIPE-NCCRIPE-NCC Amsterdam NLAmsterdam NL LL (158)(158) ICANNICANN Marina del Rey CAMarina del Rey CA MM (9)(9) Wide ProjectWide Project Tokyo JPTokyo JP Servidores-Raíz
  • 29. Situação IPv4 pós CIDR e NAT
  • 30. IPv4 vs. IPv6 IPv4 -  endereçamento de 32 bits, sendo possível obter 4.294.967.296 endereços (232 )  IPv6  -  endereçamento de 128 bits, sendo possível obter 340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.4 56 endereços (2128 ). http://www.ipv6forum.com/ipv6_enabled/approval _list.php
  • 31.
  • 32. CGI.br O CGI.br - Comitê Gestor da Internet no Brasil foi criado pela Portaria Interministerial Nº 147 de 31/05/1995, alterada pelo Decreto Presidencial Nº 4.829 de 03/09/2003, para: I - estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil; II - estabelecer diretrizes para a organização das relações entre o Governo e a sociedade, para: - execução do registro de Nomes de Domínio, - alocação de Endereço IP (Internet Protocol) - administração do “ccTLD” .br, no interesse do desenvolvimento da Internet no País
  • 33. e, ainda III - propor programas de pesquisa e desenvolvimento que visem a qualidade técnica e inovação, bem como estimular a sua disseminação no país, com agregação de valor; IV - promover estudos e recomendar procedimentos, normas e padrões técnicos e operacionais, para a segurança das redes e serviços de Internet; V - articular a proposição de normas e procedimentos relativos à regulamentação das atividades inerentes à Internet; VII - adotar os procedimentos administrativos e operacionais necessários para que a gestão da Internet no Brasil se dê segundo os padrões internacionais.
  • 34. Ecossistema da Internet: o que a faz funcionar (www.internetsociety.org) • Nomes e Números (IP): ICANN, IANA, RIRs, gTLDs, ccTLDs • Padrões Abertos: IETF, IRTF, IAB, W3C, ITU-T • Serviços Globais Distribuidos: Servidores-Raíz, Operadores de Rede Pontos de Troca de Tráfego, gTLDs, ccTLDs • Usuários: Indivíduos, Organizações, Empresas, Governos • Educação e Treinamento: Universidades, Comunidade Internet, ISOC, Governos, Instituições Multilaterais • Geração de Políticas Locais, Regionais e Globais: Governos, Instituições Multilaterais, Fóruns de Discussão (IGF), ISOC
  • 35. Problemas criados pela tecnologia podem ser resolvidos (ou amenizados) pela tecnologia ex. Spam (filtros, controle da Porta 25); DDoS (medidas preventivas, provisionamento); uso do NTP para sincronismo de “logs”; DNSSEC na cadeia inteira de tradução de nomes Educação, Treinamento, Colaboração Legislação, quando necessário (o fato de existir punição para um crime não impede que ele continue sendo praticado)
  • 36. WSIS – World Summit on the Information Society Genebra, dez. de 2003 / Túnis, dez. de 2005 www.itu.int/wsis/ WGIG - Working Group on Internet Governance Genebra, novembro de 2003 a julho 2005 www.wgig.org IGF – Internet Governance Forum 1.0 IGF Atenas, Grécia – novembro 2006 2.0 IGF Rio de Janeiro, Brasil – novembro 2007 3.0 IGF Hyderabad, India – dezembro 2008 4.0 IGF Sharm El-Sheik, Egito - novembro 2009 5.0 IGF Vilna, Lituânia – setembro 2010 6.0 IGF Nairobi, Quênia – setembro 2011 7.0 IGF Baku, Azerbaijão – novembro 2012 8.0 IGF Bali, Indonésia – novembro 2013 9.0 IGF Istambul, Turquia – setembro 2014 10.0 IGF João Pessoa, Brasil – novembro 2015 11.0 IGF Guadalajara, México – novembro 2016 12.0 IGF Genebra, Suiça - dezembro de 2017 Governança na Internet
  • 37. Considerando a necessidade de embasar e orientar suas ações e decisões, segundo princípios fundamentais, o CGI.br resolve aprovar os seguintes Princípios: 1. Liberdade, privacidade e direitos humanos O uso da Internet deve guiar-se pelos princípios de liberdade de expressão, de privacidade do indivíduo e de respeito aos direitos humanos, reconhecendo-os como fundamentais para a preservação de uma sociedade justa e democrática. 2. Governança democrática e colaborativa A governança da Internet deve ser exercida de forma transparente, multilateral e democrática, com a participação dos vários setores da sociedade, preservando e estimulando o seu caráter de criação coletiva. 3. Universalidade O acesso à Internet deve ser universal para que ela seja um meio para o desenvolvimento social e humano, contribuindo para a construção de uma sociedade inclusiva e não discriminatória em benefício de todos. Princípios para a Governança e Uso da Internet (www.cgi.br /regulamentacao/resolucao2009-003.htm)
  • 38. 4. Diversidade A diversidade cultural deve ser respeitada e preservada e sua expressão deve ser estimulada, sem a imposição de crenças, costumes ou valores.surgimento da Internet. 5. Inovação A governança da Internet deve promover a contínua evolução e ampla difusão de novas tecnologias e modelos de uso e acesso. 6. Neutralidade da rede Filtragem ou privilégios de tráfego devem respeitar apenas critérios técnicos e éticos, não sendo admissíveis motivos políticos, comerciais, religiosos, culturais, ou qualquer outra forma de discriminação ou favorecimento. 7. Inimputabilidade da rede O combate a ilícitos na rede deve atingir os responsáveis finais e não os meios de acesso e transporte, sempre preservando os princípios maiores de defesa da liberdade, da privacidade e do respeito aos direitos humanos. Princípios
  • 39. 8. Funcionalidade, segurança e estabilidade A estabilidade, a segurança e a funcionalidade globais da rede devem ser preservadas de forma ativa através de medidas técnicas compatíveis com os padrões internacionais e estímulo ao uso das boas práticas. 9. Padronização e interoperabilidade A Internet deve basear-se em padrões abertos que permitam a interoperabilidade e a participação de todos em seu desenvolvimento. 10. Ambiente Legal e Regulatório O ambiente legal e regulatório deve preservar a dinâmica da Internet como espaço de colaboração. Princípios
  • 40. “Na Internet só funciona o que é globalmente acordado. Pela falta de ‘fronteiras físicas’, regulamentos locais tendem a falhar sempre. Qualquer política só será bem sucedida se for harmônica e global”. “Raramente há necessidade de legislação específica para rede e, se ela existir, poderá tender à obsolescência muito rapidamente”. John Perry Barlow Selling Wine Without Bottles - The Economy of Mind on the Global Net March - 1994
  • 41. Manutenção dos conceitos da Internet Marco Civil - lei 12.965/14 - maio/2014 • Neutralidade da rede (prover experiência integral da rede aos seus usuários) • Privacidade do usuário (garantia desse direito individual básico) • Inimputabilidade da Rede, ou responsabilização dos atores reais (segurança jurícida e ausência de censura a priori de conteúdos)
  • 42. “Keep the Internet Open” “The Internet has always been open, or so it has been for much of its existence. Open to new ideas, new protocols, new applications, and new technology. But not everyone or every regime sees the bounty of freedom of expression and invention. Some see an open wound into which every source of pestilence pours”. <…> “Every person on the planet should have the freedom to access and to contribute to the increasing utility of the Internet. Four decades have passed since its invention and we still have work ahead to assure its utility for many decades to come until it, too, is replaced by something even better and more beneficial”. Vinton G. Cerf - Communications of the ACM, Vol. 59 No. 9 September, 2016
  • 43. - Novas aplicações - IPv6 plenamente disseminado - Rede das “coisas”? “todos os equipamentos conectados à rede,em condições de trocar informações entre si” “IoT nos trará um mundo revolucionário, totalmente conectado e inteligente, mais progresso, oportunidades e eficiência, e multiplicará as receitas da indústria e da economia global”. “IoT representa um mundo mais escuro de vigilantismo, de violações de privacidade e de segurança aos cidadãos e de controle total sober suas vidas e atividades”. Internet – evolução
  • 45. Atividades permanentes: Registro.br CEPTRO.br (NTP.br, IPv6.br) CERT.br CETIC.br CEWEB.br IX.br Escritório Regional do W3C Apoio a Grupos de Trabalho GT-ER Engenharia e Operação de Redes GT-S Segurança Os GTs são constituidos por voluntários da comunidade de usuários NIC.br
  • 46. Registro de nomes de Domínios no Brasil
  • 47. .net 378.734.829 Networks .com 197.814.385 Commercial .jp 73.821.627 Japan .de 45.344.688 Germany .br 35.952.876 Brazil .it 24.941.012 Italy .cn 20.188.854 China .fr 19.585.635 France .mx 18.773.713 Mexico .au 16.517.021 Australia .ar 14.366.235 Argentina Total 1.003.604.363 (http://ftp.isc.org/www/survey/reports/2018/01/bynum.txt) Estimativa de máquinas por TLD (janeiro/2018)
  • 48. CERT.br: Treinamento • Objetivos: ­ formar/aproximar CSIRTs (Grupos de Tratamento de Incidentes de Segurança) no Brasil ­ preparar profissionais para o Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil • SEI/Carnegie Mellon Partner desde 2004, licenciado para ministrar cursos do CERT® Program no Brasil: ­ https://www.cert.br/cursos/ • Overview of Creating and Managing CSIRTs • Fundamentals of Incident Handling • Advanced Incident Handling for Technical Staff ­ 800+ profissionais treinados em tratamento de incidentes ­ treinamento dos profissionais que fizeram o tratamento de incidentes de segurança na Copa do Mundo 2014 e nas Olimpíadas Rio2016
  • 49. Organizados de forma a facilitar a difusão de conteúdos específicos:  Redes Sociais  Senhas  Comércio Eletrônico  Privacidade  Dispositivos Móveis  Internet Banking  Computadores  Códigos Maliciosos  Verificação em Duas Etapas  Redes  Backup CERT.br: Cartilha de Segurança para Internet Acompanhados de slides de uso livre para: •ministrar palestras e treinamentos •complementar conteúdos de aulas
  • 50. CERT.br: Materiais para Usuários Finais Site e vídeos do Antispam.br http://antispam.br/ Guias Internet Segura -Dicas e brincadeiras para crianças -Material de apoio para pais http://internetsegura.br/
  • 51. São Paulo - topologia do PTT Metropolitano
  • 52. Tráfego agregado em 9-junho-2018
  • 53. Pesquisas TIC - Contribuição para Políticas I. Periodicidade: II. Cobertura nacional:  Urbano  Rural III. Insumo para políticas públicas:  Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação  Ministério das Comunicações  Ministério da Cultura  Ministério da Educação  Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio  Ministério da Justiça  Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão  Ministério da Saúde  Secretaria de Direitos Humanos  ANATEL  ANS  IPEA Dados desagregados e diversas variáveis de tabulação TIC CULTURA TIC CENTROS PÚBLICO S DE ACESSO Anual Bienal Trienal 652 Indicadores
  • 54. 42,1 milhões de domicílios com acesso DOMICÍLIOS COM INTERNET 120,7 milhões de usuários de Internet INTERNET USUÁRIOS % de domicílios % da população Fonte: CGI.br: Pesquisa TIC Domicíios 2017 INTERNET NO BRASIL ACESSO E USO
  • 55. USO DA INTERNET POR TIPO DE DISPOSITIVO % de usuários de Internet Fonte: CGI.br: Pesquisa TIC Domicíios 2017 INTERNET NO BRASIL ACESSO E USO DAS TIC
  • 56. POR CLASSE SOCIAL POR ÁREA URBANA VS. RURAL Acesso à Internet já é universal nas classes A e B. Área Urbana vs. Rural = Desafios para as políticas públicas. % de domicílios % de domicílios Fonte: CGI.br: Pesquisa TIC Domicíios 2017 INTERNET NO BRASIL DISPARIDADES SOCIOECONÔMICAS
  • 57. As políticas de inclusão digital no Brasil ainda precisam tratar das disparidades existentes nas classes de baixa renda e nas áreas rurais. % of population Fonte: CGI.br: Pesquisa TIC Domicíios 2017 INTERNET NO BRASIL DISPARIDADES SOCIOECONÔMICAS POR CLASSE SOCIAL POR ÁREA URBANA VS. RURAL % da população % da população

Notes de l'éditeur

  1. Mais informações: RFC 2775 RFC 2993 RFC 3027 RFC 1380 - IESG Deliberations on Routing and Addressing. RFC 4632 - Classless Inter-domain Routing (CIDR): The Internet Address Assignment and Aggregation Plan.
  2. Slide de Encerramento Caso deseje, inclua seu contato nessa página. A data poderá ser inserida tanto neste slide como na capa do departamento.