O documento discute diversos problemas urbanos como abastecimento de água, saneamento, poluição e segregação social. Aponta como as cidades enfrentam desafios como gestão de resíduos, trânsito e falta de planejamento, especialmente em países em desenvolvimento.
2. Abastecimento de água
Saneamento
Lixo, resíduos
Poluição sonora, visual e ambiental
Verticalização da construção
Especulação imobiliária, renda locativa
Espaços verdes
Migrações pendulares
Trânsito, congestionamentos
Escoamento das águas superficiais, impermeabilização
Ilhas de calor, microclimas
Segregação espacial
Segregação social
Criminalidade, delinquência juvenil, conflitos étnico-raciais, pobreza
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A ausência de uma rede de saneamento é sinal de atraso económico
e mais vulgar nos países em vias de desenvolvimento. Os efeitos
são extremamente nocivos para as populações e o meio ambiente. É
em áreas, como a da imagem, que surgem com frequência, focos
epidémicos de doenças que se desenvolvem pela falta de tratamento
das águas residuais.
4. Foto de João Pimentel, http://www.panoramio.com/photo/39136654
"Quinta da Vitória" - Bairro degradado feito de barracos humildes nos
subúrbios de Lisboa, no concelho de Loures. Os habitantes são na sua
maioria luso-africanos, indianos e ciganos.
Mesmo em países ditos desenvolvidos, a chegada de imigrantes, muitas
vezes clandestinos, sem trabalho e dinheiro, leva à proliferação destes
espaços degradados onde falta saneamento, abastecimento de água e
eletricidade. As condições de vida são sub-humanas.
5. http://www.valorambiente.pt/etrs-meia-serra/iirsu
Uma moderna Instalação de Incineração de Resíduos Sólidos
Urbanos (IIRSU) em Portugal. A preocupação na boa preservação
ambiental é mais notória em Portugal desde a nossa adesão à
Comunidade Europeia. Estas unidades localizam-se, normalmente,
em áreas afastadas dos grandes centros populacionais.
6. http://www.valorsul.pt/pt/sustentabilidade/responsabilidade
Os Aterros Sanitários são os sistemas de deposição final dos resíduos
não passíveis de tratamento por incineração e/ou compostagem. A
abertura do aterro obriga à impermeabilização do terreno. Selado o
aterro pode ser possível a recuperação paisagística do espaço como
se vê nesta imagem da antiga lixeira da Boba, na Amadora.
7. http://boasnoticias.sapo.pt/img/aterro.png
O aterro sanitário de Sermonde, em Gaia, instalou um sistema
inovador que aproveita os gases de escape resultantes do tratamento
dos resíduos dos 450.000 habitantes de Gaia e Santa Maria da Feira
aumentando em sete por cento a produção de energia. Este valor é
suficiente para alimentar um mês de consumo doméstico nestes
concelhos. É a primeira vez que este sistema é instalado em toda a
Península Ibérica.
A produção de eletricidade a partir do biogás resultante da
decomposição da matéria orgânica depositada no aterro.
9. http://www.aguasgaia.pt/san_etar_febros.htm
O sistema de saneamento do concelho de Gaia é assegurado pela
existência de cinco ETAR - Gaia Litoral, Febros, Crestuma, Lever e
Areinho. É constituído por uma vasta rede de emissários e coletores
que se estende por 1 224 km, limpando e despoluindo todo o território
municipal e alterando um estado de coisas vindo do passado, com
mudança radical da atitude das populações que são cada vez mais
exigentes com as condições ambientais dos locais em que vivem.
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A péssima qualidade do ar aumentou as taxas de cancro de pulmão em
Pequim. O número de vítimas cresceu cerca de 60% na última década. Além
de prejuízos para a saúde da população, a poluição atmosférica causou
avultados prejuízos económicos em quatro cidades chinesas. A China, como
muitos dos países que foram de regime socialista, nunca teve preocupações
ambientais com as suas indústrias. Os objetivos das autoridades passavam
pela produção a qualquer preço. Combater a poluição fica caro e diminui, de
imediato, os lucros.
11. http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/nvoa-de-poluio-paira-sobre-a-china/blog/43679/
… Pequim esteve coberta por uma densa névoa seca de poluição. A
qualidade do ar foi considerada a “pior já registada” e o centro de
monitorização de poluição da cidade advertiu os moradores sobre as
péssimas condições do ar – a poluição estava 30 a 45 vezes acima dos
níveis de segurança - e recomendou que a população permanecesse
em casa.
12. Crescimento espacial desordenado: Verticalização na área socialmente
mais influente (administração, gestão, política), alastramento das áreas
socialmente mais débeis no sentido das periferias urbanas – situação
frequente em Países em Desenvolvimento.
http://ambienteemcena.blogspot.pt/2012/02/por-ulisses-oliveira-visao-reducionista.html
13. http://www.vipsaccess.com/hotels/chicago/chicago.jpg
Em primeiro plano, o centro financeiro e político-administrativo da cidade de
Chicago – CBD. O preço elevado do solo no “centro” obriga à construção em
altura para compensar o investimento na aquisição do terreno. Em segundo
plano, os extensíssimos subúrbios próprios de um país jovem com fraca
densidade populacional mas uma densa rede de transportes de qualidade,
facilitando as ligações entre o centro e as periferias. A população usufrui um
elevado poder de compra sendo numerosa a frota automóvel privada.
14. Manhattan, o concelho mais densamente povoado dos EUA e uma das
áreas mais densamente povoadas do mundo é, também, o centro
económico e cultural dos Estados Unidos. Sede das Nações Unidas, é
conhecida pela cidade que nunca dorme. O seu intenso movimento, já no
século XIX, justificou a construção de um espaço que proporcionasse um
ambiente de calma e de proximidade à natureza. O Central Park, na
imagem, é o principal parque urbano da cidade.
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15. Muitos nova-iorquinos, consideram-no um oásis dentro da grande
floresta de arranha-céus existente na região. Aqui, as pessoas
podem diminuir o ritmo frenético da cidade e esquecer os arranhas
céus espalhados por todos os lugares. Nesta imagem, é possível
perceber que, mesmo de noite e em pleno inverno, muitos são os
que deslocam para conviver numa das duas pistas de neve.
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16. http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/geografia/11_areas_metropolitanas_port2_d.htm
A suburbanização implica as migrações urbanas. A busca por uma habitação de
preço mais acessível e as deslocações diárias para o trabalho levam milhares de
habitantes, de manhã, para o centro da metrópole, e, à tarde, ao regresso a casa.
Há, também, migrações pendulares cruzadas. São aqueles movimentos diários
que se dão entre dois ou mais concelhos diferentes. Por exemplo, Gaia-Porto;
Gaia-Maia; Espinho-Matosinhos, etc.
17. As cidades em que vivemos atualmente são, ao mesmo tempo, centros de
desenvolvimento, onde há aumento da expectativa de vida, mas também de
geração de lixo, de poluição e de problemas de mobilidade. As migrações
pendulares contribuem para as extensas filas diárias nas horas de ponta, em
particular.
São Paulo, Brasil - congestionamento
18. Muita da população que se desloca diariamente para os seus empregos
tem de suportar gastos de tempo excessivos para além da duração das
próprias viagens. Alguns dos utentes necessitam de usar mais do que um
transporte. Ao gasto que têm de suportar soma-se o stress dos tempos
perdidos com prejuízo do convívio com família e amigos. Obrigados a sair
de casa muito cedo, muitos pais chegam a casa tardiamente, cansados e
esgotados pelas longas filas de espera e, frequentemente, a troco de um
ordenado baixo que não cobre as carências familiares.
http://expresso.sapo.pt/users/1939/193931/filas-autocarros-lisboa-be61.jpg
19. Lisboa inundada – uma das consequências gravosas devido à
impermeabilização dos solos. O asfalto usado para a
pavimentação das ruas tapa antigos vales de inundação por
onde escorriam as águas pluviais acumuladas com as
chuvas. A falta de escorrência natural vai ser compensada
com o aparecimento de águas, por exemplo, pelas tampas de
saneamento.
22. http://194.8.30.191:8080/G021/Frontal/748/IMO/1316/748_83_1316_017.JPG
A segregação espacial dentro das cidades é uma consequência da própria
segregação social. Em países de economia capitalista, o solo é objeto de
especulação imobiliária. Os construtores civis tendem a localizar as habitações
de luxo em locais privilegiados da cidade.
As habitações da classe média são construídas mais na periferia onde o preço
dos terrenos é mais barato. A ocupação do espaço periférico é facilitado pela
existência de vias de comunicação e da rede de transportes públicos.