O documento apresenta os dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica de 2008 a 2010, mostrando que Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e Paraná foram os estados que mais desmataram, com taxas de desmatamento diminuindo em todos os estados avaliados.
1. 27 de maio é o Dia Nacional da Mata Atlântica
SOS Mata Atlântica e INPE divulgam dados do Atlas dos
Remanescentes Florestais da Mata Atlântica com a situação de 16
dos 17 Estados, no período de 2008 a 2010
Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e Paraná foram os que mais desmataram no período.
São Paulo, 26 de maio de 2011 – A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais – INPE divulgam hoje (véspera do Dia Nacional da Mata Atlântica), em
entrevista coletiva, dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica com a situação
de 16 dos 17 estados, no período de 2008 a 2010. A iniciativa tem o patrocínio de Bradesco
Cartões. Os dados completos podem ser acessados nos sites www.sosma.org.br e www.inpe.br.
Da área total do bioma Mata Atlântica, 1.315.460 km2, foram avaliados 1.288.989 km2, o que
corresponde a 98%. Foram analisados os Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás,
Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do
Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. Dos 17 Estados abrangidos total ou
parcialmente no bioma Mata Atlântica, o único não avaliado foi o Piauí, cujos dados não puderam
ser incluídos ainda pela indefinição de critérios de identificação das formações florestais naturais
do Bioma naquele Estado. Além disso, para este Estado está sendo aguardado um mapeamento
detalhado liderado pelo Ministério do Meio Ambiente.
Os dados, apresentados por Marcia Hirota, diretora de Gestão do Conhecimento e coordenadora
do Atlas pela SOS Mata Atlântica; Flávio Jorge Ponzoni, pesquisador e coordenador técnico do
estudo pelo INPE; e Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação, apontam
desflorestamentos verificados no período de 2008-2010 de 31.195 hectares (ha), ou 311,95Km2.
Destes, 30.944 ha correspondem a desflorestamentos, 234 ha a supressão de vegetação de restinga
e 17 ha a supressão de vegetação de mangue.
De acordo com Marcia Hirota, o estudo comprova que a supressão da floresta nativa é continuo e
que os dados são um alerta para o estabelecimento de políticas públicas que incentivem a
conservação e a restauração do Bioma. “Dependemos dos recursos naturais e dos serviços
ambientais da Mata Atlântica que são essenciais para a sobrevivência dos 112 milhões de
habitantes no domínio do Bioma”, enfatiza. “A aprovação na Câmara dos Deputados da proposta
de alterações no Código Florestal só piora a situação já dramática da Mata Atlântica”, reforça Mario
Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação.
Flávio Ponzoni, coordenador técnico do Atlas por parte do INPE, menciona que “as próximas
versões do Atlas deverão incluir a observação de itens sensíveis à aprovação do novo Código
Florestal no que se refere a possíveis impactos negativos na tendência de decréscimo das taxas de
desflorestamentos”. Reforça ainda que “estamos sempre motivados a implementar novas
metodologias que nos permitam refinar as informações, tornando-as o mais fieis possível com a
realidade”.
1
2. Ranking do desmatamento
Entre os Estados avaliados em situação mais crítica estão Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e
Paraná, que perderam entre o período de 2008 a 2010, 12.467 ha, 7.725 ha, 3.701 ha e 3.248 ha,
respectivamente. A esses números, somam-se desflorestamentos de 1.864 ha no Rio Grande do
Sul, 579 ha em São Paulo, 320 ha em Goiás, 247 ha no Rio de Janeiro, 237 ha no Espírito Santo e117
ha em Mato Grosso do Sul.
Nos demais Estados do Nordeste, foi verificada supressão de vegetação nativa a partir de 2002 que
totalizaram 24 ha em Alagoas, 253 ha em Pernambuco, 224 ha em Sergipe e 188 ha no Ceará. Na
Paraíba e no Rio Grande do Norte não foram registrados desflorestamentos ou supressão de
vegetação de Restinga ou de Mangue, de acordo com a metodologia adotada pela pesquisa do
Atlas, que considera área mínima de mapeamento de 3 ha.
Em todos os Estados foram verificadas queda na taxa média anual de desflorestamento. Em Minas
Gerais, a taxa média anual caiu 43%, já que no último levantamento, referente ao período de 2005-
2008 o total de desflorestamento foi 32.728 ha. Minas Gerais possuía originalmente 46% do seu
território (27.235.854 ha) cobertos pelo Bioma Mata Atlântica, e agora restam apenas 10,04%
(2.733.926 ha).
A Bahia, apesar de ser o segundo Estado do ranking, apresentou uma queda de 52% na taxa anual
média de desmatamento. Passou de 24.148 ha, no período de 2005-2008, para 7.725 ha, no
período de 2008-2010. O Estado, que já teve 33% de seu território coberto por Mata Atlântica, hoje
tem a incidência do bioma em apenas 9% do seu território (1.692.734 ha de floresta nativa).
Em Santa Catarina, apesar do desflorestamento continuar, a taxa anual caiu 79%. O Estado está
inserido 100% na Mata Atlântica (9.591.012 ha) e hoje restam apenas 23%, ou 2.210.061 ha do
bioma original.
No Paraná, a taxa anual de desmatamento diminuiu 51%, e perdeu entre o período de 2008-2010
mais 3.248 ha. O Paraná possuía 98% de seu território no bioma, ou 19.667.485 ha. Atualmente,
são 2.094.392 ha coberto com Mata Atlântica nativa, ou seja, 10,65% do território original.
Confira os dados dos 16 Estados avaliados:
Desflorestamentos – período 2008-2010 (em ha)
Área Original Floresta
UF Área UF Desflorestamento
Mata Atlântica 2008 2010 %
1º MG 58.697.565 27.235.854 2.746.393 2.733.926 10,04% 12.467
2º BA 56.557.948 18.875.099 1.700.459 1.692.734 8,97% 7.725
3º SC 9.591.012 9.591.012 2.213.763 2.210.061 23,04% 3.701
4º PR 20.044.406 19.667.485 2.097.640 2.094.392 10,65% 3.248
5º RS 28.403.078 13.759.380 1.030.854 1.028.990 7,48% 1.864
6º SP 24.873.203 16.918.918 2.670.903 2.670.324 15,78% 579
2
3. 7º GO 34.127.082 1.051.422 49.702 49.381 4,70% 320
8º RJ 4.394.507 4.394.507 862.013 861.767 19,61% 247
9º ES 4.614.841 4.614.841 510.990 510.752 11,07% 237
10º MS 36.193.583 6.366.586 360.238 360.121 5,66% 117
Remanescentes Florestais da Mata Atlântica dos demais estados do Nordeste* (em ha)
Área Original Floresta
UF Área UF Desflorestamento
Mata Atlântica 2008 2010 %
1º PE 9.929.608 1.808.779 229.525 229.272 12,68% 253
2º SE 2.214.690 1.197.878 110.111 109.887 9,17% 224
3º CE 14.637.598 910.698 150.470 150.283 16,50% 188
4º AL 2.811.248 1.495.461 149.896 149.872 10,02% 24
PB 5.691.967 667.185 75.641 75.641 11,34% 0
RN 5.364.113 343.867 48.548 48.548 14,12% 0
*O mapeamento dos demais estados do Nordeste foi realizado conforme a disponibilidade de imagens sem nuvens. Os
desflorestamentos podem ter ocorrido entre os anos de 2002 (primeira data da cena) até 2010. Acima do Rio São
Francisco, o estado de Pernambuco foi o que mais perdeu cobertura florestal nativa. A única supressão de vegetação de
mangue em toda Mata Atlântica foi observada em Ipojuca.
Situação nos municípios
Os novos dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica indicam também o
desflorestamento de cobertura nativa por municípios. Minas Gerais lidera o ranking, com as três
cidades que mais desmataram no período 2008-2010. Ponto dos Volantes e Jequitinhonha, ambas
na região do Jequitinhonha, perderam 3.244 ha e 2.786 ha, respectivamente. Pedra Azul, na região
do Norte de Minas, perdeu 676 ha. Em quarto lugar ficou a cidade baiana de Andaraí, com 634 ha
desmatados. Na quinta posição, outro município mineiro: Águas Vermelhas, com 525 ha.
Segundo Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, “os desmatamentos
desses municípios se concentraram nos limites da Mata Atlântica com o Cerrado e da Caatinga,
especialmente nas Matas Secas, e tem como uma das principais causas a expansão do
reflorestamento de eucalipto e do carvão vegetal para siderurgia.”
O Atlas dos Municípios da Mata Atlântica revela a identificação, localização e situação dos
principais remanescentes florestais existentes nos municípios abrangidos pelo bioma. Por meio do
IPMA (Índice de Preservação da Mata Atlântica) – indicador criado pela SOS Mata Atlântica e pelo
INPE –, torna-se possível ranquear os municípios que mais possuem cobertura vegetal nativa. Os
dados e mapas podem ser acessados pela internet, nos sites www.sosma.org.br, www.inpe.br ou
diretamente no servidor de mapas http://mapas.sosma.org.br.
Confira o ranking completo das 100 cidades mais desmatadas (página 9) e também os 10 primeiros
municípios de cada estado (página 12 deste release).
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4. Regiões Metropolitanas
O Atlas do período 2008-2010 indica também os dados de desmatamento classificados por regiões
metropolitanas. A área com maior território desmatado foi a Região Metropolitana de Curitiba,
seguida por São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Confira na tabela abaixo:
Região Metropolitana Área Total Área Bioma % Rema* %rema Desmatamento**
1º Curitiba 1.545.594 1.545.594 100% 252.860 16% 775
2º São Paulo 795.167 795.167 100% 193.944 24% 51
3º Belo Horizonte 946.870 430.252 45% 80.665 19% 49
4º Rio de Janeiro 565.482 565.478 100% 143.211 25% 5
5º Porto Alegre 968.390 370.409 38% 26.513 7% 4
*Remanescentes
** Em ha
Mapa da Área da Aplicação da Lei no 11.428
Desde sua quinta edição, de 2005-2008, o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica
considera os limites do Bioma Mata Atlântica tendo como base o Mapa da Área da Aplicação da Lei
nº 11.428, de 2006. A utilização dos novos limites para os biomas brasileiros implicou na mudança
da área total, da área de cada estado, do total de municípios e da porcentagem de Mata Atlântica e
de remanescentes em cada uma destas localidades.
A Mata Atlântica está distribuída ao longo da costa atlântica do país, atingindo áreas da Argentina e
do Paraguai nas regiões sudeste e sul. De acordo com o Mapa da Área de Aplicação da Lei nº
11.428, a Mata Atlântica abrangia originalmente 1.315.460 km2 no território brasileiro. Seus limites
originais contemplavam áreas em 17 Estados: PI, CE, RN, PE, PB, SE, AL, BA, ES, MG, GO, RJ, MS, SP,
PR, SC e RS.
Nessa extensa área, vivem atualmente mais de 62% da população brasileira, ou seja, com base no
Censo Populacional 2007 do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, são mais de 112
milhões de habitantes em 3.222 municípios, que correspondem a 58% dos existentes no Brasil.
Destes, 2.594 municípios possuem a totalidade dos seus territórios no bioma e mais 628 municípios
estão parcialmente inclusos, conforme dados extraídos da malha municipal do IBGE (2005).
A Mata Atlântica, complexo e exuberante conjunto de ecossistemas de grande importância, abriga
parcela significativa da diversidade biológica do Brasil, reconhecida nacional e internacionalmente
no meio científico. Lamentavelmente, é também um dos biomas mais ameaçados do mundo devido
às constantes agressões ou ameaças de destruição dos habitats nas suas variadas tipologias e
ecossistemas associados.
O alto grau de interferência na Mata Atlântica é bastante conhecido. Desde o descobrimento do
Brasil pelos europeus, os impactos de diferentes ciclos de exploração, da concentração das maiores
cidades e núcleos industriais e da alta densidade demográfica, entre outros, fizeram com que a
vegetação natural fosse reduzida drasticamente. Temos hoje apenas 7,9% (101.779 km2) de
remanescentes mais preservados em áreas acima de 100 hectares. Esse total desconsidera a área
do bioma Mata Atlântica do estado do Piauí, que até o momento não foi mapeado.
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5. Histórico do Atlas
O Atlas dos Remanescentes Florestais e Ecossistemas Associados do Bioma Mata Atlântica,
desenvolvido pela Fundação SOS Mata Atlântica e o INPE, órgão vinculado ao Ministério da Ciência
e Tecnologia, representa um grande avanço na compreensão da situação em que se encontra a
Mata Atlântica.
O primeiro mapeamento, publicado em 1990, com a participação do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), teve o mérito de ser um trabalho inédito
sobre a área original e a distribuição espacial dos remanescentes florestais da Mata Atlântica e
tornou-se referência para pesquisa científica e para o movimento ambientalista. Foi desenvolvido
em escala 1:1.000.000.
Em 1991, a SOS Mata Atlântica e o INPE deram início a um mapeamento em escala 1:250.000,
analisando a ação humana sobre os remanescentes florestais e nas vegetações de mangue e de
restinga entre 1985 a 1990. Publicado em 1992/93, o trabalho avaliou a situação da Mata Atlântica
em dez estados: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de
Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que apresentavam a maior concentração de
áreas preservadas. Os Estados do Nordeste não puderam ser avaliados pela dificuldade de
obtenção de imagens de satélite sem cobertura de nuvens.
Um novo lançamento ocorreu em 1998, desta vez cobrindo o período de 1990-1995, com a
digitalização dos limites das fisionomias vegetais da Mata Atlântica e de algumas Unidades de
Conservação federais e estaduais, elaborada em parceria com o Instituto Socioambiental.
Entre o período de 1995-2000, fez-se uso de imagens TM/Landsat 5 ou ETM+/Landsat 7 em
formato digital, analisadas diretamente em tela de computador, permitindo a ampliação da escala
de mapeamento para 1:50.000 e conseqüentemente a redução da área mínima mapeada para 10
ha. No levantamento anterior, foram avaliadas as áreas acima de 25 hectares. Os resultados
revelaram novamente a situação da Mata Atlântica em 10 dos 17 Estados: a totalidade das áreas do
bioma Mata Atlântica de Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato
Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; e áreas parciais da Bahia.
Em 2004, a SOS Mata Atlântica e o INPE lançaram o Atlas dos Municípios da Mata Atlântica, de
forma a fornecer instrumentos para o conhecimento, o monitoramento e o controle para atuação
local. A partir desse estudo, cada cidadão pode ter fácil acesso aos mapas e atuar em favor da
proteção e conservação deste conjunto de ecossistemas. O desenvolvimento da ferramenta de
publicação dos mapas na internet foi realizado pela ArcPlan, utilizando tecnologia do MapServer
(Universidade de Minnesota), com acesso nos portais www.sosma.org.br e www.dsr.inpe.br.
Ao final de 2004, as duas organizações iniciaram a atualização dos dados para o período de 2000 a
2005. Esta edição também foi marcada por aprimoramentos metodológicos e novamente foram
revistos os critérios de mapeamento, dentre os quais se destaca a adoção do aplicativo ArcGis 9.0,
que permitiu a visualização rápida e simplificada do território de cada Estado contido no bioma.
Isto facilitou e deu maior segurança nos trabalhos de revisão e de articulação da interpretação
entre os limites das cartas topográficas.
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6. A quarta edição do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica apresentou dados
atualizados em 13 Estados abrangidos pelo bioma (PE, AL, SE, BA, GO, MS, MG, ES, RJ, SP, PR, SC,
RS). Um relatório mostrou a metodologia e os resultados quantitativos da situação dos
remanescentes da Mata Atlântica desses estados e os desflorestamentos ocorridos no período de
2000-2005. Essa fase manteve a escala 1:50.000, e passou a identificar áreas acima de três hectares
e o relatório técnico, bem como as estatísticas e os mapas, imagens, fotos de campo, arquivos em
formato vetorial e dados dos remanescentes florestais, por município, estado, Unidade de
Conservação, bacia hidrográfica e Corredor de Biodiversidade.
Em 2008, foram divulgados os números atualizados a partir de análises da 4ª edição do Atlas,
incluindo os Estados de Bahia, Minas Gerais, Alagoas, Pernambuco e Sergipe, que, somados ao
mapeamento dos estados de Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, gerados pela ONG Sociedade
Nordestina de Ecologia, totalizam 16 dos 17 Estados onde o bioma ocorre, ou 98% de Mata
Atlântica.
Em 2009, a 5ª edição do Atlas trouxe os números do desmatamento com dados atualizados, até
maio de 2009, em 10 Estados abrangidos pelo bioma (BA, GO, MS, MG, ES, RJ, SP, PR, SC, RS). Essa
edição apresentou a metodologia e os resultados quantitativos da situação dos remanescentes da
Mata Atlântica ocorridos nessas regiões no período de 2005-2008.
Em 2010, a sexta edição do estudo trouxe dados atualizados, até maio de 2010, de nove Estados
abrangidos pelo bioma: GO, MS, MG, ES, RJ, SP, PR, SC, RS. O documento apresentou,
sinteticamente, a metodologia atual, os mapas e as estatísticas globais e por estado. O
mapeamento utilizou imagens do satélite Landsat 5 que leva a bordo o sensor Thematic Mapper.
Para o monitoramento e análise da situação da Mata Atlântica desde 1989, foram investidos
recursos na ordem de R$ 6 milhões, provenientes da iniciativa privada.
Confira os resultados de cada monitoramento já realizado:
Desflorestamentos:
Período 1985-1990: 466.937 ha
Período 1990-1995: 500.317 ha
Período 1995-2000: 445.952 ha
Período 2000-2005: 174.828 ha
Período 2005-2008: 102.938 ha
Período 2008-2010: 31.195 ha
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7. Sobre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que em 2011 comemora 50 anos, atua nas áreas de
Observação da Terra, Meteorologia e Mudanças Climáticas, Ciências Espaciais e Atmosféricas e Engenharia
Espacial. Possui laboratórios de Computação Aplicada, Combustão e Propulsão, Física de Materiais e Física de
Plasmas. Presta serviços operacionais de monitoramento florestal, previsão do tempo e clima, rastreio e
controle de satélites, medidas de queimadas, raios e poluição do ar.
O INPE aposta na construção de satélites para produção de dados sobre o planeta Terra, e no
desenvolvimento de pesquisas para transformar estes dados em conhecimento, produtos e serviços para a
sociedade brasileira e para o mundo. Também se dedica à distribuição de imagens meteorológicas e de
sensoriamento remoto, e à realização de testes e ensaios industriais de alta qualidade. Além disso, o Instituto
transfere tecnologia, fomentando a capacitação da indústria espacial brasileira e o desenvolvimento de um
setor nacional de prestação de serviços especializados no campo espacial.
As atividades do INPE tiveram início em 3 de agosto de 1961, com a criação do Grupo de Organização da
Comissão Nacional de Atividades Espaciais (GOCNAE), que em 1963 passou a ser chamado CNAE (Comissão
Nacional de Atividades Espaciais). Com a extinção da CNAE em 1971, foi criado o INPE, ainda como órgão
vinculado ao CNPq.
Além da sede, em São José dos Campos – SP, o INPE possui instalações em São Luís – MA, Eusébio – CE, Natal
– RN (Centro Regional do Nordeste), Cuiabá – MT, Brasília – DF, Cachoeira Paulista – SP, Atibaia – SP, São
Paulo – SP (Centro de Radioastronomia e Astrofísica Mackenzie), Santa Maria – RS (Centro Regional Sul de
Pesquisas Espaciais) e Belém - PA (Centro Regional da Amazônia).
O INPE é o principal órgão civil responsável pelo desenvolvimento das atividades espaciais no País. Ligado ao
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), tem como missão contribuir para que a sociedade brasileira
usufrua dos benefícios propiciados pelo contínuo desenvolvimento do setor espacial. Mais informações no
site www.inpe.br.
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8. Sobre a Fundação SOS Mata Atlântica
Criada em 1986, a Fundação SOS Mata Atlântica completa em 2011 seus 25 anos. É uma organização privada
sem fins lucrativos, que tem como missão promover a conservação da diversidade biológica e cultural do
Bioma Mata Atlântica e ecossistemas sob sua influência. Para isso, estimula ações para o desenvolvimento
sustentável, promove a educação e o conhecimento sobre a Mata Atlântica, mobiliza, capacita e incentiva o
exercício da cidadania socioambiental. A Fundação desenvolve projetos de conservação ambiental, produção
de dados, mapeamento e monitoramento da cobertura florestal do Bioma, campanhas, estratégias de ação
na área de políticas públicas, programas de educação ambiental e restauração florestal, voluntariado,
desenvolvimento sustentável, proteção e manejo de ecossistemas. Saiba mais sobre a ONG no portal
www.sosma.org.br.
Fotos e mais informações para a imprensa com:
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9. Atlas dos Municípios da Mata Atlântica (2008-2010)
Ranking com os 100 municípios com maiores desmatamentos no período 2008-2010 (em ha)
Rema = Remanescentes
Dec = Decréscimo de Mata no período, área desflorestada
UF Município Area Total % lei Rema2010 Dec2010
1 MG Ponto dos Volantes 1.243 100 32.275 3.244
2 MG Jequitinhonha 3.601 100 82.486 2.786
3 MG Pedra Azul 1.657 100 36.447 676
4 BA Andaraí 1.941 100 26.904 634
5 MG Águas Vermelhas 1.286 100 37.054 525
6 BA Valença 1.229 100 27.276 508
7 BA Mundo Novo 1.564 119 33.024 405
8 BA Encruzilhada 2.092 100 12.888 404
9 MG Itamarandiba 2.781 44 27.236 330
10 PR Pitanga 1.665 100 14.459 317
11 MG Curral de Dentro 582 70 10.242 308
12 BA Ruy Barbosa 2.184 92 27.755 304
13 MG Santa Cruz de Salinas 599 94 4.687 268
14 SC Macieira 260 100 4.527 267
15 BA Cândido Sales 1.660 100 9.957 267
16 PR Bocaiúva do Sul 829 100 28.293 249
17 BA Santo Amaro 529 100 11.487 246
18 PR Reserva 1.638 100 16.405 235
19 BA Miguel Calmon 1.624 78 14.035 234
20 MG Montezuma 1.156 60 8.151 209
21 MG Divisópolis 589 100 12.792 206
22 BA Piritiba 1.018 98 13.252 204
23 MG Setubinha 546 100 25.877 202
24 MG Novo Cruzeiro 1.737 100 47.882 196
25 BA Tapiramutá 681 100 16.514 181
26 GO Caçu 2.254 30 7.302 178
27 SC Água Doce 1.314 100 16.010 175
28 MG Medina 1.470 100 22.597 175
29 BA Jaguaripe 922 100 29.228 171
30 MG São João do Paraíso 1.958 99 20.749 167
31 BA Presidente Tancredo Neves 429 100 4.094 165
32 SC Itaiópolis 1.297 100 41.358 152
33 SC São Domingos 384 100 2.544 150
34 BA Morro do Chapéu 5.655 32 44.934 147
35 MG Rio Vermelho 1.003 100 21.966 142
36 BA Itamaraju 2.438 100 46.563 138
37 PR Bituruna 1.218 100 20.990 135
38 BA Mucugê 2.664 43 4.910 133
39 MG Itinga 1.675 100 16.924 132
40 BA Lençóis 1.269 100 9.790 130
41 PR Coronel Domingos Soares 1.575 100 34.488 128
9
10. 42 BA Cachoeira 411 100 7.655 124
43 BA Vitória da Conquista 3.274 100 16.467 124
44 BA Itaeté 1.224 51 7.021 123
45 BA Iramaia 1.996 16 9.642 123
46 BA Bom Jesus da Lapa 4.068 39 12.719 121
47 BA Guaratinga 2.389 100 33.560 119
48 RS Santa Maria 1.781 37 9.010 119
49 BA Jandaíra 671 100 9.656 119
50 MG Divisa Alegre 120 100 3.901 114
51 BA Belo Campo 630 69 778 112
52 MG Ninheira 1.141 100 12.328 112
53 PR Ortigueira 2.433 100 20.232 110
54 SC Taió 693 100 23.861 110
55 BA Boa Vista do Tupim 2.698 27 12.312 105
56 PR Turvo 903 100 17.163 105
57 PR Doutor Ulysses 784 100 7.532 104
58 MG Minas Novas 1.846 18 11.227 102
59 BA Taperoá 422 100 9.692 95
60 PR Cândido de Abreu 1.511 100 14.265 95
61 BA Ibiquera 1.037 95 15.276 95
62 MG Novo Oriente de Minas 772 100 15.278 93
63 BA Nova Redenção 522 100 6.405 90
64 PR Itaperuçu 312 100 2.655 90
65 BA Macajuba 727 39 3.441 89
66 RS São José dos Ausentes 1.179 100 15.933 89
67 PR Palmas 1.569 100 22.308 87
68 BA Lajedinho 828 100 4.702 87
69 SC Passos Maia 615 100 15.041 85
70 MG Rubelita 1.130 70 4.802 85
71 SC Porto União 851 100 19.681 84
72 SC São José do Cerrito 949 100 5.667 83
73 RS Rolador 295 50 426 82
74 MG Aricanduva 248 100 6.015 79
75 SC Campo Alegre 498 100 8.457 79
76 MG Berizal 503 100 14.394 78
77 BA Itabela 879 100 17.126 76
78 PE Gravatá 541 100 13.897 76
79 BA Coribe 2.715 75 3.321 76
80 SP Bertioga 494 100 38.235 76
81 MG Poços de Caldas 548 100 3.331 75
82 SP Jacupiranga 706 100 32.620 75
83 PR Guarapuava 3.118 100 39.783 75
84 CE Viçosa do Ceará 1.344 35 8.976 74
85 PR Pinhão 2.002 100 19.511 73
86 SC Papanduva 761 100 17.840 73
87 RS São Pedro do Butiá 107 100 263 72
88 SC Rio Negrinho 910 100 15.438 71
89 MG Pocrane 706 100 6.701 71
10
11. 90 RS Rio Grande 2.717 100 703 70
91 BA Riacho de Santana 2.759 38 8.841 69
92 RS São Francisco de Paula 3.278 100 44.261 69
93 SC Timbé do Sul 334 100 18.887 69
94 BA Esplanada 1.329 100 15.056 69
95 BA Utinga 711 75 5.606 68
96 BA Bonito 750 100 11.810 66
97 BA Santa Cruz Cabrália 1.599 100 51.782 65
98 BA Pilão Arcado 11.905 15 981 65
99 MG Indaiabira 1.029 37 9.465 65
100 BA Porto Seguro 2.483 100 69.682 63
11
12. Atlas dos Municípios da Mata Atlântica (2010)
Ranking com os 10 municípios com maiores desmatamentos por estado (em ha)
Area %
UF Município Total lei Rema2010 Dec2010
ALAGOAS
1 AL Rio Largo 321 100 5.892 8
2 AL Marechal Deodoro 348 100 4.919 7
3 AL Tanque d'Arca 135 100 292 4
4 AL Anadia 198 100 684 3
5 AL São Miguel dos Milagres 81 100 1.805 2
BAHIA
1 BA Andaraí 1.941 100 26.904 634
2 BA Valença 1.229 100 27.276 508
3 BA Mundo Novo 1.564 119 33.024 405
4 BA Encruzilhada 2.092 100 12.888 404
5 BA Ruy Barbosa 2.184 92 27.755 304
6 BA Cândido Sales 1.660 100 9.957 267
7 BA Santo Amaro 529 100 11.487 246
8 BA Miguel Calmon 1.624 78 14.035 234
9 BA Piritiba 1.018 98 13.252 204
10 BA Tapiramutá 681 100 16.514 181
CEARÁ
1 CE Viçosa do Ceará 1.344 35 8.976 74
2 CE Camocim 1.154 33 19.455 36
3 CE Paracuru 313 83 4.138 24
4 CE Tianguá 930 25 2.853 3
ESPÍRITO SANTO
1 ES Vitória 86 100 1.205 38
2 ES Alfredo Chaves 631 100 20.262 28
3 ES Itapemirim 571 100 3.323 27
4 ES Colatina 1.459 100 9.056 14
5 ES Afonso Cláudio 977 100 8.355 12
6 ES Vargem Alta 425 100 11.731 11
7 ES Guarapari 608 100 14.054 10
8 ES Domingos Martins 1.255 100 29.643 10
9 ES Muniz Freire 695 100 8.961 9
10 ES Laranja da Terra 467 100 4.405 8
GOIÁS
1 GO Caçu 2.254 30 7.302 178
2 GO Quirinópolis 3.794 53 7.852 37
3 GO Cachoeira Alta 1.657 29 3.725 32
4 GO Buriti Alegre 901 62 3.163 18
MINAS GERAIS
1 MG Ponto dos Volantes 1.243 100 32.275 3.244
2 MG Jequitinhonha 3.601 100 82.486 2.786
12
13. 3 MG Pedra Azul 1.657 100 36.447 676
4 MG Águas Vermelhas 1.286 100 37.054 525
5 MG Itamarandiba 2.781 44 27.236 330
6 MG Curral de Dentro 582 70 10.242 308
7 MG Santa Cruz de Salinas 599 94 4.687 268
8 MG Montezuma 1.156 60 8.151 209
9 MG Divisópolis 589 100 12.792 206
10 MG Setubinha 546 100 25.877 202
MATO GROSSO DO
SUL
1 MS Coronel Sapucaia 1.029 100 4.637 30
2 MS Laguna Carapã 1.734 152 15.064 12
3 MS Aral Moreira 1.657 101 14.020 12
4 MS Tacuru 1.784 100 12.105 5
5 MS Amambai 4.202 101 20.255 4
PERNAMBUCO
1 PE Gravatá 541 100 13.897 76
2 PE Goiana 529 100 12.004 53
3 PE Jaboatão dos Guararapes 270 100 3.102 18
4 PE Itapissuma 78 100 1.097 17
5 PE Brejo da Madre de Deus 798 39 6.277 14
6 PE Cabo de Santo Agostinho 473 100 5.980 14
7 PE Itambé 321 100 2.560 13
8 PE Ipojuca 510 100 4.805 12
9 PE Caruaru 968 19 4.769 10
10 PE Garanhuns 480 93 2.714 9
PARANÁ
1 PR Pitanga 1.665 100 14.459 317
2 PR Bocaiúva do Sul 829 100 28.293 249
3 PR Reserva 1.638 100 16.405 235
4 PR Bituruna 1.218 100 20.990 135
5 PR Coronel Domingos Soares 1.575 100 34.488 128
6 PR Ortigueira 2.433 100 20.232 110
7 PR Turvo 903 100 17.163 105
8 PR Doutor Ulysses 784 100 7.532 104
9 PR Cândido de Abreu 1.511 100 14.265 95
10 PR Itaperuçu 312 100 2.655 90
RIO DE JANEIRO
1 RJ São Fidélis 1.048 100 4.754 50
2 RJ Campos dos Goytacazes 4.115 100 25.314 33
3 RJ Resende 1.125 100 23.704 32
4 RJ Trajano de Moraes 600 100 14.247 28
5 RJ Cantagalo 764 100 8.625 24
6 RJ Macaé 1.239 100 30.219 21
7 RJ Sumidouro 402 100 7.132 12
8 RJ Nova Friburgo 947 100 40.367 12
9 RJ Barra do Piraí 585 100 9.928 10
10 RJ Paraty 938 100 71.936 8
13
14. RIO GRANDE DO SUL
1 RS Santa Maria 1.781 37 9.010 119
2 RS São José dos Ausentes 1.179 100 15.933 89
3 RS Rolador 295 50 426 82
4 RS São Pedro do Butiá 107 100 263 72
5 RS Rio Grande 2.717 100 703 70
6 RS São Francisco de Paula 3.278 100 44.261 69
7 RS São Francisco de Assis 2.509 13 5.025 62
8 RS Faxinalzinho 143 100 832 58
9 RS Nonoai 470 100 12.252 51
10 RS Caxias do Sul 1.646 100 28.522 45
SANTA CATARINA
1 SC Macieira 260 100 4.527 267
2 SC Água Doce 1.314 100 16.010 175
3 SC Itaiópolis 1.297 100 41.358 152
4 SC São Domingos 384 100 2.544 150
5 SC Taió 693 100 23.861 110
6 SC Passos Maia 615 100 15.041 85
7 SC Porto União 851 100 19.681 84
8 SC São José do Cerrito 949 100 5.667 83
9 SC Campo Alegre 498 100 8.457 79
10 SC Papanduva 761 100 17.840 73
SERGIPE
1 SE Gracho Cardoso 252 100 1.338 38
2 SE Santa Rosa de Lima 70 100 1.059 31
3 SE Aquidabã 375 100 1.071 27
4 SE Santa Luzia do Itanhy 342 100 9.215 25
5 SE Siriri 173 100 2.193 24
6 SE Itaporanga d'Ajuda 769 100 9.335 13
7 SE Neópolis 277 100 1.652 11
8 SE Itabaianinha 513 73 2.273 10
9 SE Nossa Senhora das Dores 504 94 3.579 8
10 SE Capela 462 100 3.912 6
SÃO PAULO
1 SP Bertioga 494 100 38.235 76
2 SP Jacupiranga 706 100 32.620 75
3 SP Iguape 1.987 100 146.743 54
4 SP São Paulo 1.534 100 25.072 27
5 SP Barra do Turvo 1.009 100 54.929 27
6 SP Paraibuna 817 100 11.175 22
7 SP Itariri 275 100 15.763 19
8 SP Santana de Parnaíba 181 100 3.292 19
9 SP Juquiá 827 100 51.470 17
10 SP Marília 1.171 97 14.375 13
14