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Autora
Ana Nilce Rodrigues Barasnevicius
2009
Autora
Ana Nilce Rodrigues Barasnevicius
2009
Língua
Portuguesa III:
Morfologia II
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Todos os direitos reservados.
IESDE Brasil S.A.
Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482 • Batel
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© 2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos
direitos autorais.
B226 Barasnevicius, Ana Nilce Rodrigues. / Língua Portuguesa III:
Morfologia II. / Ana Nilce Rodrigues Barasnevicius. —
Curitiba : IESDE Brasil S.A. , 2009.
144 p.
ISBN: 978-85-7638-878-4
1. Língua Portuguesa. – Estudo e Ensino. 2. Língua Portuguesa.
– Morfologia. I. Título.
CDD 469.07
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Sumário
O verbo | 7
Classes gramaticais | 8
Verbo | 8
Advérbio | 21
Locuções adverbiais | 23
Flexão de grau dos advérbios | 23
Adjunto adverbial | 24
Preposição | 31
Significado das preposições | 32
A preposição e suas relações | 32
Conjunção coordenativa | 37
Conceito | 38
Conjunção subordinativa | 47
Conceito | 47
O texto dissertativo e sua organização | 53
Dissertação | 53
Gêneros textuais: narração, descrição e dissertação | 54
A argumentação | 63
A organização do pensamento lógico | 63
O argumentador | 65
Estrutura do texto dissertativo | 73
A estrutura do texto dissertativo | 73
O dissertativo-expositivo | 73
O dissertativo-argumentativo | 75
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Redação do texto dissertativo | 85
Como redigir um texto dissertativo | 85
Vícios, clareza, concisão | 97
Vícios de linguagem | 97
Clareza | 100
Concisão | 103
Coesão e coerência | 111
Principais tipos de coesão | 112
O texto dissertativo e seus usos | 119
Da Retórica Clássica à publicidade hoje | 119
Gabarito | 129
Referências | 137
Anotações | 141
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ApresentaçãoApresentação
Decorridos 75 anos do início do Curso de Letras no Brasil (a pri-
meira turma foi formada em 1933, no então Instituto Sedes Sapientae, em
São Paulo, onde hoje é a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-SP),
apresentamos Língua Portuguesa III: Morfologia II, disciplina que inte-
gra a grade curricular deste curso de Letras a distância.
O presente livro teve como principal objetivo descrever aspec­tos
da estrutura gramatical da Língua Portuguesa, a partir de critérios semân-
ticos, morfológicos e sintáticos. De forma específica, foi elaborado um es-
tudo sobre o Verbo, o Advérbio, a Preposição, a Conjunção e a Produção
Textual.
A necessidade de se comunicar bem tornou-se primordial em tem-
pos de sociedades ditas globalizadas. Sendo assim, dominar a norma culta
de uma língua é alicerce seguro para os profissionais de todas as áreas. Em
se tratando de profissionais da área de Letras, o domínio das estruturas
gramaticais da Língua Portuguesa é ponto de partida e, ao mesmo tempo,
ponto de chegada para um bom desempenho profissional.
Há muito que conhecer, estudar, compreender, aprender e ensinar
sobre a Língua Portuguesa.
Dos primeiros registros hieroglíficos até a linguagem da internet
de hoje, o homem deu início a uma viagem interminável pelo fascinante
mundo das palavras. E não sabemos tudo sobre a linguagem humana, não
sabemos ainda em que língua foi o primeiro grito, a primeira palavra.
Sendo assim, vamos, pois, conhecer um pouco mais sobre a Língua
Portuguesa.
Esperamos que você, aluno do Curso de Letras, futuro profissional,
possa aproveitar estas contribuições, cujas finalidades não são exaustivas.
A pretensão aqui é contribuir para o ensino e a aprendizagem da Língua
Portuguesa e despertar no aluno o interesse para o aprofundamento dos
estudos sobre a linguagem humana e suas diferentes manifestações.
Bons estudos!
Ana Nilce Rodrigues Barasnevicius
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Conjunção coordenativa
Vamos conhecer as conjunções e verificar a importância delas na estrutura gramatical da Língua
Portuguesa.
Leia o poema do Drummond (1978, p. 12) a seguir.
Música protegida
Santa Cecília, anterior aos sindicatos,
Protege a situação dos músicos das minas.
Ninguém seja cantor ou instrumentista
Quer no sagrado ou no profano
Sem se prender aos doces laços
De sua melódica Irmandade.
Quem infringir a santa regra,
Ofensa faz ao povo e ao Céu,
A boca se lhe emudece, o instrumento
Cai sem som na laje fria.
Mas aos pios irmãos, Santa Cecília
A cada dia e hora
Concede voz mais pura
E mais divino som ao clarinete.
A palavra “mas” no 11.º verso indica uma idéia de oposição, ou seja, Santa Cecília concede voz
pura aos pios irmãos e som divino ao clarinete. Essa palavra é invariável e é uma conjunção coordenati-
va adversativa, que também pode ligar diretamente duas orações (no poema, há uma ligação indireta
da oração ao enunciado anterior), como em “Ela foi ao teatro, mas não conseguiu encontrar o filho”. A
idéia de oposição entre ir ao teatro e não encontrar o filho é estabelecida pela conjunção“mas”.
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Conceito
Do ponto de vista morfológico, conjunção é uma palavra invariável que liga duas orações ou
dois termos semelhantes da mesma oração. Sintaticamente, a conjunção é o termo que liga a oração
principal (ou assindética, ou seja, sem síndeto, sem conjunção) a uma oração coordenada (conjunção
coordenativa) ou subordinada (conjunção subordinativa). Assim, temos:
Maria foi ao teatro::: e encontrou amigos.
Oração principal ou assindética = Maria foi ao teatro.
Oração coordenada sindética aditiva = e encontrou amigos.
Portanto, a conjunção“e”ligou duas orações.
A conjunção coordenativa também pode ligar duas palavras, como em: “Teve uma juventude
simples e muito alegre”.
Observe agora que a conjunção“e”ligou dois termos: simples e muito alegre.
Tipos de conjunção
Quanto aos tipos, a conjunção pode ser:
coordenativa::: – conjunção que liga palavras ou orações do mesmo valor ou função. Nos
exemplos anteriores, temos as conjunções“mas”e“e”. Nesses dois exemplos, as conjunções li-
gam orações independentes, ou seja, são idéias independentes entre si. Em um dos exemplos
usados, temos:“Ela foi ao teatro”independente de“mas não conseguiu encontrar o filho.”Isso
ocorre porque são duas orações independentes, uma não depende da outra para ser compre-
endida.
As conjunções coordenativas são divididas em:
Aditivas – estabelecem idéia de soma, de adição:::: e, nem (com valor de e não).
Chegou cedo e reservou dois ingressos na primeira fila.
Adversativas – estabelecem idéia de oposição entre as orações:::: mas, porém, todavia, contu-
do, entretanto, no entanto.
Chegou cedo, porém só reservou os ingressos muito tempo depois.
Alternativas – estabelecem idéia de alternância, ou seja, idéia de separação ou exclusão:::: ou,
ou...ou, já...já, ora...ora.
Ora estuda, ora trabalha.
Ou o amor ou a cólera acompanhavam aquela criatura.
Conclusivas – ligam orações que indicam uma conclusão:::: portanto, por isso, logo, pois (no
meio ou no final da oração).
Ela fez muitas poesias, portanto, tem sensibilidade artística.
Explicativas – estabelecem idéia de explicação:::: pois (no início da oração), que (com valor de
porque), porque, porquanto.
Vem logo, que desejo falar com você.
Quero só um pouco de salada, pois estou sem fome.
38 | Língua Portuguesa III: Morfologia II
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subordinativa::: – liga orações dependentes entre si, a oração principal e a oração subordinada.
São orações dependentes porque, como o nome diz, a subordinada é dependente da princi-
pal, ou seja, seu sentido completa o sentido da oração principal. Assim, temos:
Espero que tudo corra bem na viagem.
Oração principal – Espero
Oração subordinada – que tudo corra bem na viagem.
A oração subordinada está presa à oração principal, ou seja, são orações dependentes, ligadas por
conjunções subordinativas.
Quanto aos tipos, a conjunção subordinativa pode ser integrante (Espero que consiga o empre-
go) e adverbial (Quando chegou, a festa começou).
Posição das conjunções coordenativas
Cunha (1984, p. 535), ressalta que a conjunção coordenativa adversativa pode aparecer após um
dos termos da oração coordenada. Observe:
Minha curiosidade,::: porém, queria mais.
Minha curiosidade queria,::: porém, mais.
Minha curiosidade queria mais,::: porém.
O mesmo pode ocorrer com as conjunções todavia, entretanto, no entanto, contudo. A única exce-
ção é a conjunção mas, que só aparece no início da oração.
Ressalta também o autor que a conjunção coordenativa pois, quando conjunção conclusiva, vem
sempre posposta a um termo da oração a que pertence, como em:
Era, pois, uma mulher de muita sabedoria.
As outras conclusivas logo, portanto e por conseguinte podem variar de posição, de acordo com o
ritmo, a entoação, a harmonia da frase (CUNHA, 1984, p. 536).
Valores das conjunções coordenativas
Algumas conjunções coordenativas podem estabelecer diferentes significados, de acordo com
as relações de valores entre os termos. Segundo Cunha (1984, p. 536), a conjunção aditiva e pode as-
sumir valor:
Adversativo – Ela era feia::: e (mas) muito inteligente.
De conseqüência ou conclusão – Ela nunca pensou nisso::: e (logo) culpava-me.
Finalidade – Ia preparar tudo::: e (a fim de) mostrar para a família.
Explicação enfática – Ele sabe que sou eu quem compro::: e muito eu.
Frasescomintensidadeafetiva–“::: EnãoselevantaesteMinhoalivrá-lo!”(BRANCOapudCUNHA,
1984, p. 537)
39|Conjunção coordenativa
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Paralelismo, usado para facilitar a passagem de uma idéia a outra –“::: E a minha terra se chamará
a terra de Jafé e a tua se chamará a terra de Sem; e iremos às tendas um do outro, e partiremos
o pão da alegria e da concórdia.”(MACHADO DE ASSIS apud CUNHA, 1984, p. 537).
A conjunção mas também apresenta variedade de valores. Além da idéia básica de oposição,
ainda pode expressar idéia de:
Restrição – Você pode ficar aqui,::: mas temporariamente.
Retificação – A criança dormia,::: mas acordava repentinamente.
Atenuação ou compensação – Ela tinha problemas,::: mas disfarçava diante das crianças.
Adição – Ela era bonita,::: mas especialmente carismática.
É interessante lembrar aqui que as conjunções coordenativas são importantes operadores argu-
mentativos. Koch (2002, p. 105) entende que as conjunções mas, porém, contudo são marcadores de
oposição entre elementos semânticos. Para a autora, mas é um operador argumentativo por excelência
e possui valor pragmático de refutação e justificação de uma recusa.
Texto complementar
De linguagem, planetas e empresas
A estrutura dos idiomas obedece ao princípio da hierarquia,
que se encontra em toda a natureza – dos átomos às galáxias
(BIZZOCHI, 2007, p. 50-51)
Ordenação horizontal e vertical em obra de Raoúl Ubac (1910-1985): critérios similares em mais
de uma plataforma.
O que as línguas, os sistemas planetários e as instituições têm em comum? Aparentemente
nada, não é verdade? No entanto, há um princípio de organização que se encontra em toda a natu-
reza – nos átomos, células, sociedades, galáxias – e na língua. Trata-se do princípio da hierarquia.
No universo, todas as coisas se organizam hierarquicamente. Satélites giram em torno de pla-
netas, que giram em torno de estrelas, formando sistemas solares, que giram em torno de buracos
negros, formando galáxias. Elétrons giram em volta do núcleo atômico, células têm núcleo e ci-
toplasma, cidades, estados e civilizações têm centro e periferia, países têm capital e interior (este
também formado de capitais regionais), e assim por diante.
Esse princípio – algo está ligado a algo, que está ligado a algo – é o que chamamos de estrutura.
A maioria das estruturas que existem apresenta dois tipos de relações entre suas partes (isto é, tipos
de ligações): horizontais, que se estabelecem entre elementos de mesma função ou importância na
estrutura, e verticais, em que um elemento menos importante depende de outro, mais importante.
40 | Língua Portuguesa III: Morfologia II
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Assim, podemos ter vários planetas gravitando em torno de uma estrela. Esses planetas se
equivalem em importância (o sistema poderia ter mais ou menos planetas, sem que isso alterasse o
funcionamento do sistema), mas, sem a estrela em torno da qual orbitam, os planetas se perderiam
no espaço.
Igualmente, numa empresa há vários profissionais trabalhando num só setor e exercendo as
mesmas funções. Estão coordenados entre si e subordinados a um superior. Esses superiores (chefes
de seção, por exemplo) se reportam a líderes (diretores), que respondem ao presidente da empresa.
Tal hierarquia funcional é visível no organograma da instituição.
Portanto, estruturas implicam em hierarquia, e esta é um conjunto de relações de coordenação
e subordinação entre as partes constituintes da estrutura. A essa altura você já deve ter se lembrado
das orações coordenadas e subordinadas da análise sintática, não é? Pois saiba que esse princípio
se aplica a todos os níveis da linguagem, das sílabas aos textos.
Todo enunciado lingüístico (palavra, sintagma, oração, frase, parágrafo, texto) compõe-se de
uma estrutura do tipo base + adjunto. Cada estrutura base + adjunto pode, por sua vez, constituir
nova base capaz de receber novos adjuntos (que, por sinal, podem ter uma estrutura base + ad-
junto). Na nossa analogia planetária, a Terra funciona como base para seus satélites (Lua e satélites
artificiais), que são seus adjuntos. Esse complexo Terra + satélites, ao lado dos demais planetas e
suas luas, atua como adjunto em relação ao Sol, e assim sucessivamente.
Palavras e sintagmas
Em português, toda sílaba tem uma estrutura do tipo C1C2VC3C4, o que significa que, no cen-
tro da sílaba, sempre deve existir uma vogal (V). Sem vogal, não há sílaba em português. (Mesmo
línguas como o sânscrito e o tcheco, que admitem consoante no centro da sílaba, atribuem a ela
papel vocálico, tanto que só consoantes constritivas e vozeadas como l, n e r podem ocupar essa po-
sição, jamais uma oclusiva como p ou t.). Antes e depois da vogal, podemos ou não ter consoantes
ou semivogais. Além disso, em cada uma das casas C1, C2, C3 e C4, só certos tipos de consoantes ou
semivogais podem ocorrer, com exclusão das demais. Por exemplo, na sílaba trans (de “transnacio-
nal”), temos uma estrutura do tipo:
C1		 C2		 V		 C3		 C4
t		 r		 a		 n		 s
As combinações rtasn ou tsrna seriam impossíveis em português, o que reafirma a estrutura
hierárquica da sílaba.
Mas também as palavras obedecem a essa organização estrutural. Na palavra “transnacional”,
reconhecemos um prefixo trans-, um radical nacion- (isto é, “nação”) e um sufixo -al. O centro da
palavra é o radical, que, por sinal, é o suporte do significado. Já os afixos trans- e -al exercem apenas
a função gramatical de produzir uma palavra derivada.
Portanto, o radical é a base, e os afixos e desinências, os adjuntos. Mesmo numa palavra com-
posta, em que há dois radicais, um funciona como adjunto do outro. Em azul-claro, claro é o deter-
minante (adjunto) e azul, o determinado (base).
41|Conjunção coordenativa
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Há uma operação morfossintática chamada decomposição em constituintes imediatos (CI),
que revela como podemos eliminar os adjuntos de uma palavra até chegarmos ao seu núcleo, na
ordem inversa do processo da derivação.
Assim, primeiro decompomos “intransitividade” em intransitivo + -dade, a seguir intransitivo
em in- + transitivo, este em transir + -tivo. Finalmente, transir se decompõe em trans- + ir (este últi-
mo, o verbo ir, é o radical da palavra).
Sintagmas também têm uma base e adjuntos. Em “Minha camisa verde e nova”, o núcleo do
sintagma é “camisa”. Subordinado a ele, estão os adjuntos adnominais “minha”, “verde” e “nova”,
coordenados entre si. O núcleo pode prescindir de adjuntos, mas estes não subsistem sem uma
base na qual estejam “pendurados”. Por isso, posso ter “minha camisa verde”, “minha camisa nova”,
“camisa verde e nova” ou apenas “camisa”, mas não posso ter “minha verde e nova”.
Orações e períodos
Numa oração, os sintagmas se organizam hierarquicamente. Os sintagmas nominais (sujeito,
objeto direto, objeto indireto, predicativo, agente da passiva) subordinam-se ao sintagma verbal, ao
passo que os adjuntos adnominais se subordinam aos nominais, e os adjuntos adverbiais ao verbal.
É por isso que as orações têm termos essenciais e acessórios.
Mas orações se combinam para formar períodos compostos por coordenação ou subordina-
ção. E agora você já deve ter entendido por que essas orações têm esses nomes. As orações coorde-
nadas são autônomas entre si, enquanto as subordinadas dependem de uma oração principal. Sem
a principal, não há subordinadas, e estas não podem constituir períodos sozinhas.
Parágrafos e textos
Aprendemos nas aulas de redação que parágrafos se dividem em tópico frasal e desenvolvi-
mento. E o desenvolvimento se divide em frases principais e secundárias de explanação. Ora, o tó-
pico frasal é a frase mais importante do parágrafo, a que resume seu conteúdo. Tanto que podemos
ter parágrafos sem desenvolvimento, mas este é sempre o desenvolvimento de um tópico frasal.
Sem tópico (mesmo implícito) não há desenvolvimento. E dentro deste temos frases que desen-
volvem diretamente o tópico frasal (frases principais de explanação) e as que complementam as
principais, desenvolvendo o tópico indiretamente. Tudo de maneira hierárquica.
Finalmente, um texto é o desenvolvimento em parágrafos de um tema predefinido. O tema,
apresentado na introdução do texto, é desenvolvido em partes, capítulos, subcapítulos, itens, sub-
itens, todos eles formados de parágrafos.
Princípio universal
Na língua, todos os elementos se organizam em relações estruturais. A sintaxe – que em grego
significa “ordenação” – se constitui de dois processos: a parataxe, ou ordenação horizontal (isto é,
coordenação), em que há ausência de hierarquia; e a hipotaxe, ou ordenação vertical (subordina-
ção), que estabelece uma hierarquia entre os elementos lingüísticos.
42 | Língua Portuguesa III: Morfologia II
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Há sintaxe (e, portanto, coordenação e subordinação) em todos os níveis da linguagem, pois
dois elementos lingüísticos só podem acoplar-se de duas maneiras: horizontal ou verticalmente.
Essa regra vale para átomos, moléculas, células, galáxias, cargos de empresa e para a linguagem.
Nesta, tal regra preside a formação de sílabas, palavras, orações, frases, parágrafos e textos. Trata-
se de princípio geral da linguagem, que tem a ver com a própria maneira como a mente pensa. E,
evidentemente, tem a ver com a maneira como a natureza funciona.
Estudos lingüísticos
1.	 Leia o poema a seguir e explique a relação estabelecida pela conjunção mas.
Iniciação literária
(ANDRADE, 1978, p. 121)
Leituras! Leituras!
Como quem diz: Navios... Sair pelo mundo
Voando na capa vermelha de Júlio Verne.
Mas por que me deram para livro escolar
A Cultura dos Campos de Assis Brasil?
O mundo é só fosfatos–lotes de 25 hectares
-soja-fumo-alfafa-batata-doce-mandioca-
pastos de cria-pastos de engorda.
Se algum dia eu for rei, baixarei um decreto
Condenando este Assis a ler a sua obra.
2.	 Preencha o espaço com uma das conjunções coordenativas estudadas neste capítulo.
a)	 Paulo deixou o carro em casa, não teremos carona hoje.
b)	 Combinamos um encontro, ele não chegou até agora.
c)	 Ou toma banho não vai passear.
d)	 Anotou tudo no caderno entregou ao diretor.
43|Conjunção coordenativa
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3.	 Leia o poema e responda à questão:
Cantiguinha
(MEIRELES, apud SARMENTO, 2001, p. 313)
Brota esta lágrima e cai,
Vem de mim, mas não é minha.
Percebe-se que caminha,
Sem que se saiba aonde vai.
Parece angústia espremida
De meu negro coração,
-pelos meus olhos fugida
e quebrada em minha mão.
Mas é rio, mais profundo,
Sem nascimento e sem fim,
Que, atravessando este mundo,
Passou por dentro de mim.
	 Quais idéias as conjunções do primeiro e segundo versos expressam?
4.	 Destaque e classifique as conjunções das orações a seguir:
a)	 Gostava de ler romances, mas vivia recitando poemas.
44 | Língua Portuguesa III: Morfologia II
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b)	 Ia à igreja todos os dias e em casa lia trechos da Bíblia.
c)	 Comprou o carro dos seus sonhos, portanto, é um homem realizado.
d)	 Ou trabalha ou estuda.
45|Conjunção coordenativa
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46 | Língua Portuguesa III: Morfologia II
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Gabarito
Conjunção coordenativa
1.	 O aluno deverá responder que a conjunção mas tem o valor de conjunção aditiva (E por que...),
reforçando o tom irônico do poeta que indaga o motivo de a escola ter escolhido a obra Cultura
dos Campos como leitura obrigatória na escola.
2.	 a)	 logo;
b)	 mas;
c)	 ou;
d)	 e.
3.	 No primeiro, idéia de adição(e); no segundo, idéia de oposição (mas não é minha).
4.	 a)	 mas, conj. adversativa;
b)	 e, aditiva;
c)	 portanto, conclusiva;
d)	 ou, alternativa.
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  • 1. Autora Ana Nilce Rodrigues Barasnevicius 2009 Autora Ana Nilce Rodrigues Barasnevicius 2009 Língua Portuguesa III: Morfologia II Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br
  • 2. Todos os direitos reservados. IESDE Brasil S.A. Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482 • Batel 80730-200 • Curitiba • PR www.iesde.com.br © 2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. B226 Barasnevicius, Ana Nilce Rodrigues. / Língua Portuguesa III: Morfologia II. / Ana Nilce Rodrigues Barasnevicius. — Curitiba : IESDE Brasil S.A. , 2009. 144 p. ISBN: 978-85-7638-878-4 1. Língua Portuguesa. – Estudo e Ensino. 2. Língua Portuguesa. – Morfologia. I. Título. CDD 469.07 Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br
  • 3. Sumário O verbo | 7 Classes gramaticais | 8 Verbo | 8 Advérbio | 21 Locuções adverbiais | 23 Flexão de grau dos advérbios | 23 Adjunto adverbial | 24 Preposição | 31 Significado das preposições | 32 A preposição e suas relações | 32 Conjunção coordenativa | 37 Conceito | 38 Conjunção subordinativa | 47 Conceito | 47 O texto dissertativo e sua organização | 53 Dissertação | 53 Gêneros textuais: narração, descrição e dissertação | 54 A argumentação | 63 A organização do pensamento lógico | 63 O argumentador | 65 Estrutura do texto dissertativo | 73 A estrutura do texto dissertativo | 73 O dissertativo-expositivo | 73 O dissertativo-argumentativo | 75 Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br
  • 4. Redação do texto dissertativo | 85 Como redigir um texto dissertativo | 85 Vícios, clareza, concisão | 97 Vícios de linguagem | 97 Clareza | 100 Concisão | 103 Coesão e coerência | 111 Principais tipos de coesão | 112 O texto dissertativo e seus usos | 119 Da Retórica Clássica à publicidade hoje | 119 Gabarito | 129 Referências | 137 Anotações | 141 Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br
  • 5. ApresentaçãoApresentação Decorridos 75 anos do início do Curso de Letras no Brasil (a pri- meira turma foi formada em 1933, no então Instituto Sedes Sapientae, em São Paulo, onde hoje é a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-SP), apresentamos Língua Portuguesa III: Morfologia II, disciplina que inte- gra a grade curricular deste curso de Letras a distância. O presente livro teve como principal objetivo descrever aspec­tos da estrutura gramatical da Língua Portuguesa, a partir de critérios semân- ticos, morfológicos e sintáticos. De forma específica, foi elaborado um es- tudo sobre o Verbo, o Advérbio, a Preposição, a Conjunção e a Produção Textual. A necessidade de se comunicar bem tornou-se primordial em tem- pos de sociedades ditas globalizadas. Sendo assim, dominar a norma culta de uma língua é alicerce seguro para os profissionais de todas as áreas. Em se tratando de profissionais da área de Letras, o domínio das estruturas gramaticais da Língua Portuguesa é ponto de partida e, ao mesmo tempo, ponto de chegada para um bom desempenho profissional. Há muito que conhecer, estudar, compreender, aprender e ensinar sobre a Língua Portuguesa. Dos primeiros registros hieroglíficos até a linguagem da internet de hoje, o homem deu início a uma viagem interminável pelo fascinante mundo das palavras. E não sabemos tudo sobre a linguagem humana, não sabemos ainda em que língua foi o primeiro grito, a primeira palavra. Sendo assim, vamos, pois, conhecer um pouco mais sobre a Língua Portuguesa. Esperamos que você, aluno do Curso de Letras, futuro profissional, possa aproveitar estas contribuições, cujas finalidades não são exaustivas. A pretensão aqui é contribuir para o ensino e a aprendizagem da Língua Portuguesa e despertar no aluno o interesse para o aprofundamento dos estudos sobre a linguagem humana e suas diferentes manifestações. Bons estudos! Ana Nilce Rodrigues Barasnevicius Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br
  • 6. Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br
  • 7. Conjunção coordenativa Vamos conhecer as conjunções e verificar a importância delas na estrutura gramatical da Língua Portuguesa. Leia o poema do Drummond (1978, p. 12) a seguir. Música protegida Santa Cecília, anterior aos sindicatos, Protege a situação dos músicos das minas. Ninguém seja cantor ou instrumentista Quer no sagrado ou no profano Sem se prender aos doces laços De sua melódica Irmandade. Quem infringir a santa regra, Ofensa faz ao povo e ao Céu, A boca se lhe emudece, o instrumento Cai sem som na laje fria. Mas aos pios irmãos, Santa Cecília A cada dia e hora Concede voz mais pura E mais divino som ao clarinete. A palavra “mas” no 11.º verso indica uma idéia de oposição, ou seja, Santa Cecília concede voz pura aos pios irmãos e som divino ao clarinete. Essa palavra é invariável e é uma conjunção coordenati- va adversativa, que também pode ligar diretamente duas orações (no poema, há uma ligação indireta da oração ao enunciado anterior), como em “Ela foi ao teatro, mas não conseguiu encontrar o filho”. A idéia de oposição entre ir ao teatro e não encontrar o filho é estabelecida pela conjunção“mas”. Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br
  • 8. Conceito Do ponto de vista morfológico, conjunção é uma palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes da mesma oração. Sintaticamente, a conjunção é o termo que liga a oração principal (ou assindética, ou seja, sem síndeto, sem conjunção) a uma oração coordenada (conjunção coordenativa) ou subordinada (conjunção subordinativa). Assim, temos: Maria foi ao teatro::: e encontrou amigos. Oração principal ou assindética = Maria foi ao teatro. Oração coordenada sindética aditiva = e encontrou amigos. Portanto, a conjunção“e”ligou duas orações. A conjunção coordenativa também pode ligar duas palavras, como em: “Teve uma juventude simples e muito alegre”. Observe agora que a conjunção“e”ligou dois termos: simples e muito alegre. Tipos de conjunção Quanto aos tipos, a conjunção pode ser: coordenativa::: – conjunção que liga palavras ou orações do mesmo valor ou função. Nos exemplos anteriores, temos as conjunções“mas”e“e”. Nesses dois exemplos, as conjunções li- gam orações independentes, ou seja, são idéias independentes entre si. Em um dos exemplos usados, temos:“Ela foi ao teatro”independente de“mas não conseguiu encontrar o filho.”Isso ocorre porque são duas orações independentes, uma não depende da outra para ser compre- endida. As conjunções coordenativas são divididas em: Aditivas – estabelecem idéia de soma, de adição:::: e, nem (com valor de e não). Chegou cedo e reservou dois ingressos na primeira fila. Adversativas – estabelecem idéia de oposição entre as orações:::: mas, porém, todavia, contu- do, entretanto, no entanto. Chegou cedo, porém só reservou os ingressos muito tempo depois. Alternativas – estabelecem idéia de alternância, ou seja, idéia de separação ou exclusão:::: ou, ou...ou, já...já, ora...ora. Ora estuda, ora trabalha. Ou o amor ou a cólera acompanhavam aquela criatura. Conclusivas – ligam orações que indicam uma conclusão:::: portanto, por isso, logo, pois (no meio ou no final da oração). Ela fez muitas poesias, portanto, tem sensibilidade artística. Explicativas – estabelecem idéia de explicação:::: pois (no início da oração), que (com valor de porque), porque, porquanto. Vem logo, que desejo falar com você. Quero só um pouco de salada, pois estou sem fome. 38 | Língua Portuguesa III: Morfologia II Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br
  • 9. subordinativa::: – liga orações dependentes entre si, a oração principal e a oração subordinada. São orações dependentes porque, como o nome diz, a subordinada é dependente da princi- pal, ou seja, seu sentido completa o sentido da oração principal. Assim, temos: Espero que tudo corra bem na viagem. Oração principal – Espero Oração subordinada – que tudo corra bem na viagem. A oração subordinada está presa à oração principal, ou seja, são orações dependentes, ligadas por conjunções subordinativas. Quanto aos tipos, a conjunção subordinativa pode ser integrante (Espero que consiga o empre- go) e adverbial (Quando chegou, a festa começou). Posição das conjunções coordenativas Cunha (1984, p. 535), ressalta que a conjunção coordenativa adversativa pode aparecer após um dos termos da oração coordenada. Observe: Minha curiosidade,::: porém, queria mais. Minha curiosidade queria,::: porém, mais. Minha curiosidade queria mais,::: porém. O mesmo pode ocorrer com as conjunções todavia, entretanto, no entanto, contudo. A única exce- ção é a conjunção mas, que só aparece no início da oração. Ressalta também o autor que a conjunção coordenativa pois, quando conjunção conclusiva, vem sempre posposta a um termo da oração a que pertence, como em: Era, pois, uma mulher de muita sabedoria. As outras conclusivas logo, portanto e por conseguinte podem variar de posição, de acordo com o ritmo, a entoação, a harmonia da frase (CUNHA, 1984, p. 536). Valores das conjunções coordenativas Algumas conjunções coordenativas podem estabelecer diferentes significados, de acordo com as relações de valores entre os termos. Segundo Cunha (1984, p. 536), a conjunção aditiva e pode as- sumir valor: Adversativo – Ela era feia::: e (mas) muito inteligente. De conseqüência ou conclusão – Ela nunca pensou nisso::: e (logo) culpava-me. Finalidade – Ia preparar tudo::: e (a fim de) mostrar para a família. Explicação enfática – Ele sabe que sou eu quem compro::: e muito eu. Frasescomintensidadeafetiva–“::: EnãoselevantaesteMinhoalivrá-lo!”(BRANCOapudCUNHA, 1984, p. 537) 39|Conjunção coordenativa Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br
  • 10. Paralelismo, usado para facilitar a passagem de uma idéia a outra –“::: E a minha terra se chamará a terra de Jafé e a tua se chamará a terra de Sem; e iremos às tendas um do outro, e partiremos o pão da alegria e da concórdia.”(MACHADO DE ASSIS apud CUNHA, 1984, p. 537). A conjunção mas também apresenta variedade de valores. Além da idéia básica de oposição, ainda pode expressar idéia de: Restrição – Você pode ficar aqui,::: mas temporariamente. Retificação – A criança dormia,::: mas acordava repentinamente. Atenuação ou compensação – Ela tinha problemas,::: mas disfarçava diante das crianças. Adição – Ela era bonita,::: mas especialmente carismática. É interessante lembrar aqui que as conjunções coordenativas são importantes operadores argu- mentativos. Koch (2002, p. 105) entende que as conjunções mas, porém, contudo são marcadores de oposição entre elementos semânticos. Para a autora, mas é um operador argumentativo por excelência e possui valor pragmático de refutação e justificação de uma recusa. Texto complementar De linguagem, planetas e empresas A estrutura dos idiomas obedece ao princípio da hierarquia, que se encontra em toda a natureza – dos átomos às galáxias (BIZZOCHI, 2007, p. 50-51) Ordenação horizontal e vertical em obra de Raoúl Ubac (1910-1985): critérios similares em mais de uma plataforma. O que as línguas, os sistemas planetários e as instituições têm em comum? Aparentemente nada, não é verdade? No entanto, há um princípio de organização que se encontra em toda a natu- reza – nos átomos, células, sociedades, galáxias – e na língua. Trata-se do princípio da hierarquia. No universo, todas as coisas se organizam hierarquicamente. Satélites giram em torno de pla- netas, que giram em torno de estrelas, formando sistemas solares, que giram em torno de buracos negros, formando galáxias. Elétrons giram em volta do núcleo atômico, células têm núcleo e ci- toplasma, cidades, estados e civilizações têm centro e periferia, países têm capital e interior (este também formado de capitais regionais), e assim por diante. Esse princípio – algo está ligado a algo, que está ligado a algo – é o que chamamos de estrutura. A maioria das estruturas que existem apresenta dois tipos de relações entre suas partes (isto é, tipos de ligações): horizontais, que se estabelecem entre elementos de mesma função ou importância na estrutura, e verticais, em que um elemento menos importante depende de outro, mais importante. 40 | Língua Portuguesa III: Morfologia II Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br
  • 11. Assim, podemos ter vários planetas gravitando em torno de uma estrela. Esses planetas se equivalem em importância (o sistema poderia ter mais ou menos planetas, sem que isso alterasse o funcionamento do sistema), mas, sem a estrela em torno da qual orbitam, os planetas se perderiam no espaço. Igualmente, numa empresa há vários profissionais trabalhando num só setor e exercendo as mesmas funções. Estão coordenados entre si e subordinados a um superior. Esses superiores (chefes de seção, por exemplo) se reportam a líderes (diretores), que respondem ao presidente da empresa. Tal hierarquia funcional é visível no organograma da instituição. Portanto, estruturas implicam em hierarquia, e esta é um conjunto de relações de coordenação e subordinação entre as partes constituintes da estrutura. A essa altura você já deve ter se lembrado das orações coordenadas e subordinadas da análise sintática, não é? Pois saiba que esse princípio se aplica a todos os níveis da linguagem, das sílabas aos textos. Todo enunciado lingüístico (palavra, sintagma, oração, frase, parágrafo, texto) compõe-se de uma estrutura do tipo base + adjunto. Cada estrutura base + adjunto pode, por sua vez, constituir nova base capaz de receber novos adjuntos (que, por sinal, podem ter uma estrutura base + ad- junto). Na nossa analogia planetária, a Terra funciona como base para seus satélites (Lua e satélites artificiais), que são seus adjuntos. Esse complexo Terra + satélites, ao lado dos demais planetas e suas luas, atua como adjunto em relação ao Sol, e assim sucessivamente. Palavras e sintagmas Em português, toda sílaba tem uma estrutura do tipo C1C2VC3C4, o que significa que, no cen- tro da sílaba, sempre deve existir uma vogal (V). Sem vogal, não há sílaba em português. (Mesmo línguas como o sânscrito e o tcheco, que admitem consoante no centro da sílaba, atribuem a ela papel vocálico, tanto que só consoantes constritivas e vozeadas como l, n e r podem ocupar essa po- sição, jamais uma oclusiva como p ou t.). Antes e depois da vogal, podemos ou não ter consoantes ou semivogais. Além disso, em cada uma das casas C1, C2, C3 e C4, só certos tipos de consoantes ou semivogais podem ocorrer, com exclusão das demais. Por exemplo, na sílaba trans (de “transnacio- nal”), temos uma estrutura do tipo: C1 C2 V C3 C4 t r a n s As combinações rtasn ou tsrna seriam impossíveis em português, o que reafirma a estrutura hierárquica da sílaba. Mas também as palavras obedecem a essa organização estrutural. Na palavra “transnacional”, reconhecemos um prefixo trans-, um radical nacion- (isto é, “nação”) e um sufixo -al. O centro da palavra é o radical, que, por sinal, é o suporte do significado. Já os afixos trans- e -al exercem apenas a função gramatical de produzir uma palavra derivada. Portanto, o radical é a base, e os afixos e desinências, os adjuntos. Mesmo numa palavra com- posta, em que há dois radicais, um funciona como adjunto do outro. Em azul-claro, claro é o deter- minante (adjunto) e azul, o determinado (base). 41|Conjunção coordenativa Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br
  • 12. Há uma operação morfossintática chamada decomposição em constituintes imediatos (CI), que revela como podemos eliminar os adjuntos de uma palavra até chegarmos ao seu núcleo, na ordem inversa do processo da derivação. Assim, primeiro decompomos “intransitividade” em intransitivo + -dade, a seguir intransitivo em in- + transitivo, este em transir + -tivo. Finalmente, transir se decompõe em trans- + ir (este últi- mo, o verbo ir, é o radical da palavra). Sintagmas também têm uma base e adjuntos. Em “Minha camisa verde e nova”, o núcleo do sintagma é “camisa”. Subordinado a ele, estão os adjuntos adnominais “minha”, “verde” e “nova”, coordenados entre si. O núcleo pode prescindir de adjuntos, mas estes não subsistem sem uma base na qual estejam “pendurados”. Por isso, posso ter “minha camisa verde”, “minha camisa nova”, “camisa verde e nova” ou apenas “camisa”, mas não posso ter “minha verde e nova”. Orações e períodos Numa oração, os sintagmas se organizam hierarquicamente. Os sintagmas nominais (sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, agente da passiva) subordinam-se ao sintagma verbal, ao passo que os adjuntos adnominais se subordinam aos nominais, e os adjuntos adverbiais ao verbal. É por isso que as orações têm termos essenciais e acessórios. Mas orações se combinam para formar períodos compostos por coordenação ou subordina- ção. E agora você já deve ter entendido por que essas orações têm esses nomes. As orações coorde- nadas são autônomas entre si, enquanto as subordinadas dependem de uma oração principal. Sem a principal, não há subordinadas, e estas não podem constituir períodos sozinhas. Parágrafos e textos Aprendemos nas aulas de redação que parágrafos se dividem em tópico frasal e desenvolvi- mento. E o desenvolvimento se divide em frases principais e secundárias de explanação. Ora, o tó- pico frasal é a frase mais importante do parágrafo, a que resume seu conteúdo. Tanto que podemos ter parágrafos sem desenvolvimento, mas este é sempre o desenvolvimento de um tópico frasal. Sem tópico (mesmo implícito) não há desenvolvimento. E dentro deste temos frases que desen- volvem diretamente o tópico frasal (frases principais de explanação) e as que complementam as principais, desenvolvendo o tópico indiretamente. Tudo de maneira hierárquica. Finalmente, um texto é o desenvolvimento em parágrafos de um tema predefinido. O tema, apresentado na introdução do texto, é desenvolvido em partes, capítulos, subcapítulos, itens, sub- itens, todos eles formados de parágrafos. Princípio universal Na língua, todos os elementos se organizam em relações estruturais. A sintaxe – que em grego significa “ordenação” – se constitui de dois processos: a parataxe, ou ordenação horizontal (isto é, coordenação), em que há ausência de hierarquia; e a hipotaxe, ou ordenação vertical (subordina- ção), que estabelece uma hierarquia entre os elementos lingüísticos. 42 | Língua Portuguesa III: Morfologia II Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br
  • 13. Há sintaxe (e, portanto, coordenação e subordinação) em todos os níveis da linguagem, pois dois elementos lingüísticos só podem acoplar-se de duas maneiras: horizontal ou verticalmente. Essa regra vale para átomos, moléculas, células, galáxias, cargos de empresa e para a linguagem. Nesta, tal regra preside a formação de sílabas, palavras, orações, frases, parágrafos e textos. Trata- se de princípio geral da linguagem, que tem a ver com a própria maneira como a mente pensa. E, evidentemente, tem a ver com a maneira como a natureza funciona. Estudos lingüísticos 1. Leia o poema a seguir e explique a relação estabelecida pela conjunção mas. Iniciação literária (ANDRADE, 1978, p. 121) Leituras! Leituras! Como quem diz: Navios... Sair pelo mundo Voando na capa vermelha de Júlio Verne. Mas por que me deram para livro escolar A Cultura dos Campos de Assis Brasil? O mundo é só fosfatos–lotes de 25 hectares -soja-fumo-alfafa-batata-doce-mandioca- pastos de cria-pastos de engorda. Se algum dia eu for rei, baixarei um decreto Condenando este Assis a ler a sua obra. 2. Preencha o espaço com uma das conjunções coordenativas estudadas neste capítulo. a) Paulo deixou o carro em casa, não teremos carona hoje. b) Combinamos um encontro, ele não chegou até agora. c) Ou toma banho não vai passear. d) Anotou tudo no caderno entregou ao diretor. 43|Conjunção coordenativa Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br
  • 14. 3. Leia o poema e responda à questão: Cantiguinha (MEIRELES, apud SARMENTO, 2001, p. 313) Brota esta lágrima e cai, Vem de mim, mas não é minha. Percebe-se que caminha, Sem que se saiba aonde vai. Parece angústia espremida De meu negro coração, -pelos meus olhos fugida e quebrada em minha mão. Mas é rio, mais profundo, Sem nascimento e sem fim, Que, atravessando este mundo, Passou por dentro de mim. Quais idéias as conjunções do primeiro e segundo versos expressam? 4. Destaque e classifique as conjunções das orações a seguir: a) Gostava de ler romances, mas vivia recitando poemas. 44 | Língua Portuguesa III: Morfologia II Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br
  • 15. b) Ia à igreja todos os dias e em casa lia trechos da Bíblia. c) Comprou o carro dos seus sonhos, portanto, é um homem realizado. d) Ou trabalha ou estuda. 45|Conjunção coordenativa Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br
  • 16. 46 | Língua Portuguesa III: Morfologia II Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br
  • 17. Gabarito Conjunção coordenativa 1. O aluno deverá responder que a conjunção mas tem o valor de conjunção aditiva (E por que...), reforçando o tom irônico do poeta que indaga o motivo de a escola ter escolhido a obra Cultura dos Campos como leitura obrigatória na escola. 2. a) logo; b) mas; c) ou; d) e. 3. No primeiro, idéia de adição(e); no segundo, idéia de oposição (mas não é minha). 4. a) mas, conj. adversativa; b) e, aditiva; c) portanto, conclusiva; d) ou, alternativa. Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br