SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  5
Télécharger pour lire hors ligne
28/03/13                                                                         [Artigo] - Educação Ambiental em Ação


                             I SSN 1 6 7 8 - 0 7 0 1
                             Número 43, Ano XI.                                                                                Números anteriores ...
                             Março-Maio/2013.

                                Início |      Cadastre-se! |   Procurar | Apresentação | Artigos | Dicas e Curiosidades | Reflexão | Textos de sensibilização | Dinâmicas
                              | Entrev istas | Arte e ambiente | Div ulgação de Ev entos | O que fazer para melhorar o meio ambiente | Sugestões bibliográficas | Educação | Você sabia
                             que... | Contribuições de Conv idados/as | Trabalhos Env iados | Brev es Comunicações | Normas de Publicação | Práticas de Educação Ambiental
                              | Colaboradores antigos




                Artigos


           13/03/2013

           EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA: ANALISANDO UM CAMPO DE
           SOCIABILIDADES E EXPRESSÕES POLÍTICAS EM UM PROJETO SOCIAL
           Esse artigo tem como objetivo analisar os limites e as possibilidades da atuação sociopolítica de projetos com cunho social em um contexto de pobreza e manifestação de
           diversas formas de exclusão social, a partir de um estudo de caso realizado em uma comunidade localizada no município de Santa Maria no estado do Rio Grande do Sul
           (RS).



           EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA: ANALISANDO UM CAMPO DE SOCIABILIDADES E EXPRESSÕES POLÍTICAS EM UM
                                                    PROJETO SOCIAL


              Sérgio Botton Barcellos - Mestre em Ciências Sociais do Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade - CPDA/UFRRJ. Especialista em
              Educação Ambiental - UFSM. Doutorando em Ciências Sociais do Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade - CPDA/UFRRJ. E-mail:
                                                                                                                 sergiobbarcellos@hotmail.com.


                 Holgonsi Soares Gonçalves Siqueira - Doutor em Educação-UFSM. Professor Associado do Curso de Ciências Sociais-UFSM, do
               Mestrado em Ciências Sociais-UFSM e do Mestrado em Artes-UFSM. Líder do Grupo de Pesquisa CNPq "Globalização e Cidadania
                                                                             em Perspectiva Interdisciplinar". E-mail: holgonsi@yahoo.com.br


                                                                                             RESUMO


           Esse artigo tem como objetivo analisar os limites e as possibilidades da atuação sociopolítica de projetos com cunho social em um
           contexto de pobreza e manifestação de diversas formas de exclusão social, a partir de um estudo de caso realizado em uma comunidade
           localizada no município de Santa Maria no estado do Rio Grande do Sul (RS). Essa pesquisa aconteceu junto ao projeto social
           “Educação Ambiental na Vila Kennedy”, promovido pela Organização Não-Governamental (ONG) - Centro Multidisciplinar de Pesquisa e
           Ação - CEMPA, que foi desenvolvido na comunidade da Vila Kennedy, em Santa Maria, durante o ano de 2007. Buscaremos elucidar de
           que modo o projeto influenciou por meio de suas ações educativas, as sociabilidades e as formas de expressão política na comunidade
           em que atuou. Tendo por base a observação participante, anotações de campo e a realização de entrevistas semi-estruturadas com
           integrantes da comunidade e do projeto social, nossa análise considera as influências e tensões que as ações desse projeto possam ter
           gerado no campo social dessa comunidade no tocante às questões políticas, socioambientais e de cidadania. A partir dessa pesquisa
           foi possível desvelarmos possíveis indicadores de quais limitações e perspectivas sociopolíticas que projetos sociais realizados junto a
           comunidades, em especial com a temática da educação ambiental, podem apresentar no decorrer da sua dinâmica social. Esse estudo
           ainda considera este projeto para além do espaço comunitário em questão, no qual observamos suas possíveis interfaces com o
           desenvolvimento social e político em comunidades de periferias urbanas.

           Palavras-chave: projetos sociais; educação ambiental; atuação sociopolítica; cidadania.




                   1. O PROJETO: CONTEXTUALIZANDO A AÇÃO

                   Projetos sociais, com diferentes temáticas e intencionalidades, são desenvolvidos cotidianamente, e em maior número, por
           instituições governamentais e não-governamentais em diversas comunidades de “risco social” nas cidades brasileiras. Uma das
           temáticas mais abordadas nestes projetos tem sido a Educação Ambiental junto a comunidades, escolas e grupos de moradores.
                   A partir de experiências e reflexões vivenciadas na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), por meio de projetos de
           extensão e iniciativas estudantis, em 2005 iniciaram-se os primeiros contatos com a Unidade de Saúde da Vila Kennedy (USK) por meio
           do Projeto VER-SUS Brasil.
                   A vila integra o Bairro Salgado Filho, zona norte do município de Santa Maria. O Comitê Santa-mariense de Combate a Fome e a
           Miséria, criado em 2003, realizou um levantamento dos bolsões de pobreza, reconhecendo vilas, como Brasília, Nossa Senhora do
           Trabalho e São Rafael, que são assistidas pela Unidade de Saúde da Vila Kennedy, como zonas em situação de miséria (áreas de
           risco) no município. Já o VERSUS - Brasil (Estágios e Vivências na Realidade do Sistema único de Saúde). Iniciativa vinculada ao
           Ministério da Saúde que visava trabalhar com formação política e social de estudantes dos mais diversos cursos de graduação da área
           de saúde.
                    Por meio deste a comunidade, em especial os trabalhadores em saúde da USK, reivindicaram mais participação dos estudantes
           universitários em ações de assistência e extensão na localidade. Iniciaram-se assim debates e reflexões, em um grupo de estudantes da
           UFSM, gerando-se a idéia de um projeto, e a perspectiva de desenvolvimento de mais uma iniciativa comunitária no campo da saúde e
           meio-ambiente.
                   Como ponto inicial do projeto, decidiu-se realizar reuniões de planejamento e discussão das metas deste com o Programa de
           Agentes Comunitárias de Saúde (PACS) da USK e comunidade, com periodicidade mensal. Nesse espaço de encontro e debates,
           dialogou-se sobre possíveis demandas que surgiriam, sendo estas inerentes as propostas de projeto que foram sendo traçadas. Optou-
           se então, pelo desenvolvimento de um processo de mobilização com a parceria de estudantes da UFSM, PACS, comunidade e escolas.
                   A realização de um planejamento participativo definiu os rumos e os objetivos do projeto, oportunizando um processo de definição

www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1454&class=02                                                                                                                                       1/5
28/03/13                                                         [Artigo] - Educação Ambiental em Ação
           dos caminhos a serem trilhados, processo oriundo de uma reflexão coletiva da realidade. Sendo assim, diversas reuniões de
           planejamento visando à realização de ações em Educação Ambiental na comunidade da Vila Kennedy.
                 As reuniões iniciais contextualizaram a comunidade a cerca do projeto “Educação Ambiental na Kennedy”, bem como, sobre o
           histórico, objetivos e princípios da iniciativa. Daí a necessidade de procurar abranger e compreender diversas formas de conhecimento e
           interação de atores, convergindo e debatendo, buscando ações e resoluções com objetivos em comum. Isso possibilitou um valor
           diferenciado à experiência, sendo que o processo de sensibilização ocorreu cotidianamente e não pontualmente. E, com estas
           atividades, nossa pesquisa teve como objetivo central, analisar os limites e as possibilidades que permeiam a relação educação
           ambiental e cidadania. Assim, procuramos elucidar quais os limites e as possibilidades da atuação sociopolítica de projetos com cunho
           social em um contexto de pobreza e manifestação de diversas formas de exclusão social, por meio de ações educativas
           interdisciplinares e do estímulo a cidadania.
                 Tendo por base a observação participante, relatos e a realização de entrevistas semi-estruturadas com integrantes da comunidade
           e do projeto social, nossa análise leva em consideração a influência que as ações em educação ambiental possam ter originado nas
           vidas cotidianas das pessoas envolvidas e de que forma promoveram o exercício da cidadania na comunidade.
                 As seguintes questões: a) ampliação do entendimento da comunidade sobre o tema socioambiental; b) possibilidades e limites que
           ações sociopolíticas tiveram no projeto em educação ambiental e c) percepção das pessoas e mudanças cotidianas na comunidade, nos
           oportunizaram desvelar possíveis indicadores cotidianos de limitações e perspectivas que projetos sociais em educação ambiental,
           realizados em comunidades urbanas em processo de pobreza e exclusão social, podem apresentar no decorrer de seu processo.

                2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E O COTIDIANO COMUNITÁRIO

                 As atividades desenvolvidas junto à comunidade, por parte do projeto, buscaram despertar nos envolvidos formas de pensar e agir
           sobre o meio ambiente comunitário que implicassem na inter-relação de temas como política, organização social e ecologia. Almejou-se
           desenvolver uma prática de educação ambiental voltada a mobilizar a comunidade, como agentes de sensibilização/instigação das
           pessoas em relação aos problemas socioambientais da localidade.
                       O termo “socioambientais” a que nos referimos neste trabalho, seria relativo às formas de produção e reprodução social,
           econômica, política e cultural da sociedade em relação aos ecossistemas e biomas.
                  Desse modo, para apreensão de uma educação e concepção de mundo a partir da complexidade ambiental, segundo Leff (2003),
           torna-se necessário o desencadeamento de um processo de desconstrução e reconstrução do pensamento; de descobrir e reavivar o
           “ser da complexidade” que foi esquecido com o surgimento da cisão entre o ser, o sujeito e o objeto. Nesse sentido, compreender a
           educação como um processo social em construção e disputa, e o ato educativo de forma interdisciplinar, possibilita se avançar na crítica
           e em uma atuação mais consciente nas estruturas sociais e políticas (Loureiro, 2004).
                  No caso do Projeto analisado, sua metodologia foi construída durante a realização da experiência e assim consolidou-se dia-a-dia.
           Dessa forma quando planeja-se ações com perspectivas de efetividade, participação e envolvimento é imprescindível considerar
           opiniões dos mais diversos setores de uma comunidade (Gandin, 2001).
                   Ficou claro, ao longo da experiência, um enfoque de educação ambiental pautado, por parte da comunidade, como uma forma de
           preservação do meio-ambiente, através de seus aspectos biológicos em destaque, mesmo que o projeto tenha estimulado ultrapassar a
           adesão a práticas pedagógicas tradicionais de reciclagem e acondicionamento adequado do lixo, da preservação de áreas verdes,
           plantio de árvores, etc..
                   Mesmo com as iniciativas de formação ambiental realizadas junto à creche, devemos considerar que a “compreensão de mundo”
           estabelecida hegemonicamente sob um paradigma simplificador-reducionista é permeada de diversos entendimentos entre os
           indivíduos, limitando a compreensão dos elementos (ambiente, sociedade e pensamento), criando um cárcere e uma incapacidade
           discursiva (como indivíduos e grupo social) da fala e compreensão de um mundo complexo (Viégas, 2002).
                   No que tange a abrangência comunitária do projeto, uma das representantes de uma organização política da Vila Kennedy
           (Conselho de pais da creche da comunidade) considera que as atividades desenvolvidas poderiam ser avaliadas da seguinte maneira:
           “Bom o terreno baldio no lado da escola ainda continua com as pessoas jogando lixo lá, essa deveria ser a próxima atividade a continuar.
           O pessoal tem buscado mais coletividade, pois o pessoal está cansado de esperar o poder público, mas a maioria ainda não participa”.
                   Demonstrou-se, no decorrer do projeto que não houve um amplo processo de mobilização em educação ambiental e cidadania,
           mas realizou-se o possível, na medida das condições reais e objetivas estabelecidas, levando-se em conta, as limitações estruturais e
           políticas da comunidade, da creche e da ONG.
                      Um fator a ser ressaltado, é o impedimento de uma atuação comunitária mais consistente em torno da iniciativa, devido às
           atividades cotidianas de trabalho assalariado das pessoas da comunidade. Outras atividades, segundo observações e relatos, estão
           relacionadas ao cuidado com a família, moradia, estudo escolar e outras demais ocupações, revelaram um cotidiano que pouco permitia
           e/ou deixava brechas para realização de atividades fora dessa rotina.
                   O questionamento e problematização desses fatores limitantes que foram identificados, apontam para a necessidade dos projetos
           sociais assumirem um papel mais relevante e de maior densidade política perante a realidade.


           3. O EXERCÍCIO DA CIDADANIA: REFLETINDO SOBRE AS IMPLICAÇÕES DO PROJETO

                  O projeto social em questão nesta pesquisa tinha, como um dos seus objetivos específicos, desenvolver atividades de
           conscientização ambiental junto a creche e a comunidade escolar envolvida nele, e com esse processo conseqüentemente desencadear
           a mobilização da própria comunidade, para a superação da realidade social estabelecida e a prosseguir de forma autônoma as ações
           em Educação Ambiental. Explicitamos a partir de Libâneo (1994), que quando opta-se em relação a determinados métodos educativos,
           esses não devem reduzir-se a quaisquer medidas, procedimentos e técnicas. Isso quer dizer que, antes de se constituir em
           procedimentos, o método de ensino tem que estar embasado numa reflexão teórica e prática. Decorrem de uma concepção da
           sociedade, da natureza da atividade prática humana no mundo, do processo de conhecimento e, particularmente, da compreensão da
           prática educativa em determinada sociedade.
                  Avaliando se os objetivos do projeto “Educação Ambiental na Vila Kennedy” foram alcançados, gerando uma possível consciência
           ambiental, os depoimentos da comunidade escolar envolvida nele, cooperam nesse aspecto, trazendo diversas percepções e opiniões,
           complementando e fortalecendo nossa análise.
                      Um dos membros do conselho de pais enquanto interagia em uma das atividades do projeto com as crianças na creche,
           questionado se a iniciativa estaria alcançando seus objetivos, relatou que “O projeto proporcionou mudanças e deu orientação e acho
           que tá na hora da comunidade fazer a sua parte”.
                  Já a educadora S., opinou que

                                “[...] as pessoas da comunidade também foram atingidas positivamente com o projeto visto que passaram a dar
                                mais atenção ao terreno abandonado ao lado da escola que muitas vezes os moradores deixavam animais mortos,
                                o mato abrigava cobras, aranhas mosquitos, lixo, também passou-se a ter mais cuidado em não jogar lixo no
                                chão,cuidar das árvores da rua...Tudo isso é reflexo de um trabalho que ultrapassou as crianças e expandiu-se em
                                grande parte de uma comunidade.”



www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1454&class=02                                                                                                   2/5
28/03/13                                                         [Artigo] - Educação Ambiental em Ação
                    As contribuições da comunidade escolar trazem para a análise, importantes considerações, pois ressaltam a importância das
           atividades desenvolvidas pelo projeto tanto para os educandos da creche, bem como para a comunidade escolar em si. As ações em
           educação ambiental realizadas na creche contaram muitas vezes com a participação dos pais e comunidade escolar, tanto em
           atividades pedagógicas focadas nas crianças como nas mobilizações comunitárias (reuniões e passeatas).
                    A partir disso explicitamos a necessidade da politização do debate envolvendo o tema ambiente, bem como, a educação
           ambiental, pois nestas temáticas, a transformação da natureza pela ação humana e conseqüentemente das relações estabelecidas dos
           homens entre si são determinantes nesse sentido. Emerge assim, a questão da cidadania, por ser um campo permeado de proposições
           e ações, desde o âmbito institucional, quanto individual e coletivo, formal e informal, ou como evocava Paulo Freire a necessidade do
           indivíduo “ser e estar com o mundo”.
                    Seguindo essa linha, compartilhamos com Freire (1976) a idéia de que as pessoas refletindo sobre sua própria limitação poderão
           ser capazes de libertarem-se, sendo transformadores de sua realidade condicionada e conformadores de uma prática consciente.
                    Uma das dimensões talvez a principal, em que o projeto “Educação Ambiental na Vila Kennedy”, procurou atuar foi desenvolvendo
           um conjunto de atividades direcionadas à relação cidadania e ambiente comunitário.
                    Desse modo, quando o projeto iniciou suas atividades em educação ambiental, buscou potencializar essa iniciativa como uma
           relação de “mão dupla”, visando à expansão dessas ações conjuntas entre comunidade escolar e vila Kennedy. Com isso vem à tona
           uma das questões que norteia nossa análise, ou seja, que não basta apenas questionar e querer transformar a estrutura e as ações
           educativo-pedagógicas em si, mas também se deve considerar o contexto social que envolve e interage com a estrutura educacional.
                    A partir dessa relação entre a creche e a Vila Kennedy, constitui-se um campo social que se inter-relaciona sob múltiplas formas
           de sociabilidade. Sob essa perspectiva não cabe delegar a escola mudar isoladamente alguma realidade social ou seu próprio contexto,
           bem como, decretar que a mesma seja um ponto central de mudança na comunidade. A transformação do cotidiano comunitário
           proposta nesse caso (em relação ao projeto analisado), está no fato de constituir a creche como mais um ponto de apoio da comunidade
           para a elaboração de idéias e propostas comunitárias, usando-se como meio a temática socioambiental.
                    Sendo assim, observamos, com o decorrer dos acontecimentos, a inviabilidade de atividades calcadas na educação tradicional
           prosperarem, ainda mais em uma área de periferia urbana com um processo de exclusão social latente, pauperismo entre muitos
           moradores, trabalhadores formais e informais com alta carga horária de trabalho.
                    O processo de exclusão social aqui referido tem um sentido multidimensional. A exclusão social, segundo Sposati (1996) seria a
           impossibilidade tanto pessoal quanto coletiva das pessoas partilharem da sociedade, tendo como cotidiana a privação sob diversos
           aspectos. Sendo assim trata-se de uma lógica que envolvem várias relações econômicas, sociais, culturais e políticas da sociedade
           brasileira, incluindo fatores como pobreza, discriminação, subalternidade, não equidade, não acessibilidade e não representação
           pública.
                    Ao olhar a comunidade quando executa-se como estudante, extensionista e/ou agente de ONG um projeto comunitário, deve-se
           ter em mente que este projeto realiza-se com o intuito de beneficiar também a comunidade, e que nesse contexto podem abrir-se
           possibilidades de participação, interação e aprendizagem de seus integrantes. O termo beneficiar nesse caso é relacionado como o
           apontamento de caminhos para a autonomia, cidadania e estímulo a iniciativas endógenas da comunidade escolar, distinguindo-se da
           cultura paternalista, assistencialista e oportunista que está impregnada socialmente como senso-comum em diversas iniciativas
           comunitárias.
                    Segundo COSTA NETO (2004), quando atores de diferentes espaços sociais (comunidade/participantes do projeto) entram em
           contato, o significado e o valor dos elementos (sejam sociais ou naturais) e as atividades que se propõem a desenvolver juntos, devem
           ser exaustivamente negociadas para que tais atores compreendam de forma compartilhada o cenário específico em que se movem. Isto
           implica na formação de processos de transferência de conhecimento (e de transformação) e, portanto provoca a construção e
           reconstrução social dos espaços socioambientais.
                    Uma das questões que sempre foram muito debatidas com a equipe do PACS – USK, desde a realização das iniciativas em
           educação ambiental no âmbito geral da comunidade, seria de desenvolver o projeto, como muitos participantes falavam nas reuniões de
           planejamento, no “ritmo do pessoal”. Com isso, foi buscado sempre antes de desenvolver as ações do projeto, verificar a disponibilidade
           da comunidade em participar conjuntamente das atividades, tornando-se uma das formas encontradas para estimular o envolvimento e o
           sentimento de pertencimento da população em relação à iniciativa.
                    A metodologia adotada acabou se tornado também uma forma de avaliar a receptividade do projeto junto à população local. Em
           relação à creche, essa forma de atuar foi muito ressaltada nas reuniões pedagógicas com as educadoras e com os pais das crianças.
                    Desse modo, quando falamos em cidadania e autonomia, estamos propondo também, no âmbito da educação ambiental, instigar
           um processo de tensão entre a ação pedagógica escolar atuante na ampliação dos espaços de cidadania junto à sociedade e o atual
           estado de precariedade, tanto estrutural quanto educativo, da educação pública.
                    Através do projeto entendemos também que o desenvolvimento de atividades estimuladoras de processos de cidadania (como
           por exemplo, reunião ampliada com a comunidade), não se trata de um processo “tranqüilo” e não deve ter como objetivo principal
           “agradar a todos”.Durante as reuniões do projeto e ações com a comunidade escolar para o desenvolvimento de ações voltadas ao
           exercício da cidadania e da reflexão, provocaram-se desconstruções de comportamentos, questionamento de atitudes tradicionalmente
           convencionadas e desestabilização de relações de hierarquias locais e sociais legitimadas.
                    Desta maneira, trata-se de um processo não-consensual, permeado de conflitos e interesses dos mais diversos matizes.
           Relações sociais amigáveis construíram-se no decorrer desse processo, mas como um dos objetivos do projeto era proporcionar
           espaços para esclarecer e pensar mudança social, atividades e conversas tornaram-se impraticáveis como concessão de conveniências
           altruístas em manutenção de um bem-estar e tranqüilidades, incoerentes com a realidade imposta. Portanto, mesmo captando-se todas
           as dificuldades em desenvolver processos consistentes de mobilização e conscientização da comunidade em relação ao seu ambiente
           comunitário, e tomando posições políticas polêmicas no decorrer do projeto que poderiam afastar participantes e pessoas, optamos em
           trilhar caminhos distintos de muitas outras iniciativas.
                    Em relação à creche, consideramos que os fatos que ocorriam na comunidade influenciavam diretamente esta, pois estando
           inserida no entorno comunitário, recebe pressões e coerções sociais das mais diversas formas para ajustar-se em determinado contexto
           dominante na comunidade.
                    No projeto em avaliação, destacamos como desafio, a realização de discussões sobre um terreno baldio que era utilizado como
           depósito de lixo comunitário ao lado da escola. Uma das estratégias iniciais de atuação em relação a este terreno baldio seria de, ao
           invés de realizar uma simples e resolutiva limpeza, iniciar uma campanha educativa entre a comunidade escolar e os moradores
           próximos ao terreno. Os debates em relação ao revigoramento deste terreno baldio não surgiram por parte da creche por questões de
           estética e limpeza, mas sim de saneamento ambiental e ocupação do terreno para atividades públicas e da creche. Portanto
           acreditávamos que o terreno poderia deixar de ser o “depósito de lixo público” de alguns moradores da localidade.
                    A função de nossa equipe, conforme planejamento em relação a essa atividade era desenvolver idéias e ações em educação
           ambiental para atuar frente o caso, e as educadoras teriam autonomia em optar quando acionar e executá-las, de preferência quando
           houvesse uma conjuntura adequada e um maior apoio comunitário. Justificamos tal opção devido a supostas pressões e/ou retaliações
           por parte de alguns membros da comunidade não interessados em mudar essa situação relativa ao terreno, ou seja, continuar utilizando-
           o como depósito de lixo. Desse modo, a cada dia, foram expostos e desvelados os objetivos do projeto social em educação ambiental
           desenvolvido em conjunto com a creche.
                    Avaliamos que apenas realizando a limpeza do terreno, sem discutir e debater na comunidade escolar a importância e o
           protagonismo que esta deveria ter no revigoramento daquele espaço, apenas estaria se reproduzindo mais uma ação automatizada e
           ineficaz. Atitude esta que não promoveria o devido debate sobre cidadania e a mobilização comunitária necessárias na solução dos
           problemas inerentes a localidade. Entretanto deixamos claro, que a educação ambiental nesse caso, como em tantos outros, não deve

www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1454&class=02                                                                                                    3/5
28/03/13                                                          [Artigo] - Educação Ambiental em Ação
           ser concebida como a solução de todos os problemas socioambientais, mas pode constituir-se como um importante meio para
           enfrentamento destes.
                  Em seus depoimentos, as educadoras relataram que houve mudanças de alguns hábitos comunitários, enfatizando a diminuição
           do acúmulo de lixo no terreno localizado ao lado da creche, o qual estava sendo utilizado como um “depósito” de lixo doméstico. Esse
           acontecimento pontual, que não necessariamente aponta mudança de consciência, para Carvalho, (2004), pode ser um dos caminhos e
           possibilidades de transformação que desponta da convergência entre mudança social e ambiental.
                  No que tange a relação existente entre cidadania, meio ambiente e educação, afirmamos que esta relação não vem à tona de
           maneira gratuita ou como destino, mas emerge de discursos e práticas historicamente construídas, ou seja, como uma preocupação
           socioambiental elaborada a partir dos desafios da prática social cotidiana.

           4. LIMITES QUE INSTIGAM POSSIBILIDADES: CAMINHOS E DESCAMINHOS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

                   Com base em nosso projeto, afirmamos que um processo de sensibilização da comunidade escolar pode fomentar iniciativas que
           transcendam o ambiente escolar, atingindo tanto o bairro no qual a escola está inserida como comunidades mais afastadas nas quais
           residam alunos, professores e funcionários. Souza (2000) afirma, inclusive, que o estreitamento das relações intra e extra-escolar é
           bastante útil na conservação do ambiente, principalmente do ambiente da escola.
                   A relação do projeto “Educação Ambiental na Vila Kennedy” com a educação formal, em especial a creche, além de ter se
           proposto a atuar em caráter comunitário, teve fortes traços extensionistas. Para os estudantes oriundos da UFSM que participaram das
           atividades, mesmo a iniciativa não sendo ligada a instituição acadêmica formadora destes, proporcionou-lhes uma intensa experiência
           de contato e vivência com a comunidade do Bairro Salgado Filho. A extensão entendida como prática acadêmica que interliga a
           universidade nas suas atividades de ensino e de pesquisa com as demandas da maioria da população, possibilitou uma formação
           profissional e social diferenciada.
                   No decorrer do projeto, apesar de suas dificuldades, optou-se em realizar esforços no sentido de promover atividades de
           extensão não difusionistas e sem imposições, pautando-se em desenvolver conforme Freire (1988) metodologias participativas e
           dialógicas. As especificidades/dificuldades dos agentes endógenos (comunidade escolar da creche) e exógenos (projeto em questão)
           eram levadas em consideração. Através dessa forma de diálogo, buscamos evitar o planejamento de ações e discussões do projeto
           apenas como forma de “cumprir” agenda e/ou que não pudessem ser realizadas de forma coletiva e refletida com a comunidade.
                   O projeto oportunizou o contato das crianças, comunidade e educadores com o tema ambiental, e isto proporcionou momentos de
           reflexividade sobre os problemas ambientais enfrentados na comunidade local e na sociedade em geral.
                   Precisamos também avaliar que, as dificuldades para continuidade das ações, é uma questão comum à comunidade, a ONG e
           aos participantes do projeto. Ao término do projeto, a ONG não possuía um contingente de pessoas capacitadas e com disponibilidade
           para levar a frente o trabalho junto a Vila Kennedy e a creche.
                   Avaliamos que a temática ambiental é percebida como uma demanda de pouca importância em relação a outras, como geração
           de renda por exemplo. Dessa forma a educação ambiental corre o risco de gradativamente naturalizar-se como algo alheio à reprodução
           social e sobrevivência das pessoas. Apesar do reconhecimento social da sua importância, há uma falta de disponibilidade ou motivação
           tácita para realização de ações educativas na creche e na comunidade.
                   Assim em um estado de reduzida autonomia, quando seus sujeitos fazem a opção de ausentar-se ou não atuar em relação a
           temas de seu interesse, o campo social, como pensou Bourdieu (1997), apresenta fracas potencialidades de refratar os conflitos do
           espaço social geral, como o socioambiental, por exemplo.
                   Concluímos reafirmando que a temática “educação ambiental”, desperta nos grupos sociais (comunidade de uma vila e/ou escola)
           novas formas de compreensão e reflexão. Com isto, abrem-se diversas possibilidades para realização de práticas interdisciplinares,
           renovação da estrutura escolar, ampliação do olhar da comunidade sobre suas problemáticas, o que leva a uma interferência crítica e
           responsável sobre a realidade, e conseqüentemente, práticas de cidadania e de construção da autonomia, tanto individual como coletiva.
                   Nesse sentido cabe chamar a atenção, que junto ao ensino formal é importante o planejamento de ações em educação ambiental
           ao longo de todo ano letivo, não somente em meses e datas específicas alusivas ao meio ambiente (dia da árvore, água, dos animais,
           etc.), pois além dessas atividades serem esporádicas e isoladas, tratam a temática ambiental de forma descontextualizada
           curricularmente e numa perspectiva epistemologicamente empobrecedora.
                     Tendo por base as questões que nortearam nosso trabalho e esta análise, podemos dizer que este projeto deve ser observado
           não como um modelo a ser seguido e reproduzido, mas como um exemplo para estudantes, multiplicadores e trabalhadores em
           educação, dos possíveis (des)caminhos que as iniciativas em educação ambiental podem ter. Desse modo, instiga-se o desafio da
           busca de uma atuação calcada na proposição de processos de formação, assumindo-se enquanto educação permanente.

           REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

           Abong. Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais. ONGs no Brasil: Perfil e catálogos das associadas.
           www.abong.org.br/novosite/instituc ional/abong.asp. (consultado na internet em 03 de Abril de 2007).

           Berger, G. Opinions and Facts in Interdisciplinarity: Problems of Teachig and Research in Universities. OECD, Paris 1972

           Bourdieu. P. Les usages sociaux de la science. Pour une sociologie clinique du champ scientifique. Paris: Editions INRA, 1997.

           ___________. Escritos de Educação. Petrópolis: Vozes, 1998.

           Carvalho, I. C. de M. PROJETO INTEGRADO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA PARA PROFESSORES DA REDE PÚBLICA –
           UFSCar. QUAL EDUCAÇÃO AMBIENTAL? ELEMENTOS PARA UM DEBATE SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL POPULAR E
           EXTENSÃO             RURAL.          Pró-Ciências    2002.       CAPES/SEE/DE.     (http://www.dm.ufscar.br/~salvador/hom
           epage/pro_ciencias_2002/materialdistribuido/Educacao%20Ambiental%20e%20Meio%20Ambiente/texto_Isabel_EARE.pdf.
           (consultado na internet em 23 de julho de 2008).

           _____________________. Uma leitura da educação ambiental em cinco estados e um bioma no Brasil. Porto Alegre, nov. 2004.
           Relatório de pesquisa. www.rebea.org.br (consultado na internet em 12 de abril de 2008).

           Cavalcante, M.. A escola que é de todas as crianças. Nova Escola, Vol. 20, nº 182, 2005.

           Costa Neto, Canrobert. Discutindo referencias para a construção de saberes socioambientais. Sociologia e desenvolvimento rural
           sustentável: a alternativa agroeco-socio-lógica. In: CANUTO, J.C.; COSTABEBER, J.A. (org.) Agroecologia: conquistando a
            soberania alimentar. Porto Alegre: EMATER/RS; Pelotas: EMPRAPA clima temperado, 2004.

           Fazenda, Ivani C. A. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade ou ideologia. São Paulo, Loyola, 1979.

           Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 3. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1454&class=02                                                                                                 4/5
28/03/13                                                          [Artigo] - Educação Ambiental em Ação

           _____________. Extensão e comunicação. 15º ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

           _____________. Pedagogia do Oprimido. 3 ed. RJ, Paz e Terra, 1976.
           Gadotti, M. Convite à leitura de Paulo Freire. São Paulo: Scipione, 1999.

           ___________. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. Novo Hamburgo: Feevale, 2003

           Gandin, D.; GANDIN, L. A. Temas para um projeto político-pedagógico. 4.ed. Petrópolis:Vozes, 2001.

           Gusdorf, Georges, (1990). Réflexions sur l'interdisciplinarité Bulletin de Psychologie, XLIII, 397, pp. 847-868.

           Jacobi, Pedro. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cad. Pesqui. [online]. 2003, n. 118, pp. 189-206. ISSN 0100-1574.
           doi: 10.1590/S0100-15742003000100008.

           Japiassu, H. Interdisciplinaridade e Patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1976.

           Leff, Enrique. Epistemologia ambiental. São Paulo: Cortez, 2001.

           ___________. Pensar a complexidade ambiental. In: LEFF, Enrique (org.). A Complexidade Ambiental. São Paulo: Cortez, 2003.

           Libâneo, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. 261p.

           LIMA, L. C. A escola como organização educativa: uma abordagem sociológica. São Paulo. Cortez, 2001.
           Loureiro. C. F. B. LOUREIRO, Complexidade e dialética: contribuições à práxis política e emancipatória em educação ambiental.
           Educ. Soc. [online]. 2005, v. 26, n. 93, pp. 1473-1494. ISSN 0101-7330.
           ______________. Educação Ambiental Transformadora. Identidades da educação ambiental brasileira / Ministério do Meio Ambiente.
           Diretoria de Educação Ambiental; Philippe Pomier Layrargues (coord.). – Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2004. P. 65-85.

           Martínez M. M. ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DAS QUESTÕESAMBIENTAIS DOS ALUNOS DAS 7 ª E 8ª SÉRIES DE UMA ESCOLA
           PÚBLICA (ESTUDO DE CASO). MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO. Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. Santa Maria,
           RS, Brasil 2006.

           Martins, José de Souza. O poder do atraso. Ensaios de sociologia da história lenta. São Paulo: Hucitec, 1994.

           Morin, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro.SP:Cortez; Brasília:UNESCO, 2000.

           Muñoz Palafox, G. H. (Org) Planejamento coletivo do trabalho pedagógico - PCTP: a experiência de Uberlândia. Uberlândia:
           Linograf/Casa do Livro, 2002.

           Prefeitura Municipal de Santa Maria. Projeto de implantação do Programa de Saúde da Família (PROESF). Santa Maria: Secretaria de
           Município de Saúde, 2003.

           Rucheinski. Aloísio. ATORES SOCIAIS E MEIO AMBIENTE: A MEDIAÇÃO DA ECOPEDAGOGIA. Identidades da educação
           ambiental brasileira / Ministério do Meio Ambiente. Diretoria de Educação Ambiental; Philippe Pomier Layrargues (coord.). – Brasília:
           Ministério do Meio Ambiente, 2004. P.51-65.
           SEVILLA GUZMÁN, E. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável. Capítulo 4. Agroecologia: princípios e técnicas para uma
           agricultura orgânica sustentável. Brasília, DF:Embrapa Informação Tecnológica, 2005 p. 103-132.

           Siqueira. H, S, G. INTERDISCIPLINARIDADE, SINÔNIMO DE COMPLEXIDADE. Publicado no Jornal "A Razão" em 02.10.2003.
           http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/mundorede.html. (consultado na internet em 09 de outubro de 2008).

           Smolka, M. (1994) Problematizando a intervenção urbana. Cadernos IPPUR, ano VIII, nº 1, Rio de Janeiro.

           Sorrentino, M. De Tbilisi a Tessaloniki, a educação ambiental no Brasil. In: JACOBI, P. ET al. (orgs.). Educação, meio ambiente e
           cidadania: reflexões e experiências. São Paulo: SMA.1998. p.27-32.

           Souza, A. K. A relação escola-comunidade e a conservação ambiental. Monografia. João Pessoa, Universidade Federal da Paraíba,
           2000.

           Tristão, M. As Dimensões e os desafios da educação ambiental na sociedade do conhecimento. In: RUSHEINSKY, A. (org.). Educação
           ambiental: abordagens múltiplas. Porto Alegre: Artmed, 2002.

           Viégas, A. A Educação Ambiental nos contextos escolares: para além da limitação compreensiva e da incapacidade discursiva.
           Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, UFF, Niterói. 2002.

           Zart, Laudemir Luiz. Desafios Locacionais para o Desenvolvimento                        da   Educação     Ambiental.   http://www.unemat-
           net.br/revista/vol01/desafios.php. (consultado na internet em 22 de março de 2005. )




       Início | Cadastre-se! | Procurar | Apresentação | Artigos | Dicas e Curiosidades | Reflexão | Textos de sensibilização | Dinâmicas
     | Entrevistas | Arte e ambiente | Divulgação de Eventos | O que fazer para melhorar o meio ambiente | Sugestões bibliográficas | Educação | Você
    sabia que... | Contribuições de Convidados/as | Trabalhos Enviados | Breves Comunicações | Normas de Publicação | Práticas de Educação Ambiental
     | Colaboradores antigos




www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1454&class=02                                                                                                     5/5

Contenu connexe

Tendances

A função social da educação ambiental
A função social da educação ambientalA função social da educação ambiental
A função social da educação ambientalManoel Rodrigues
 
Painel II – A participação na cidadania e a boa governança: Década EDS, Sim! ...
Painel II – A participação na cidadania e a boa governança: Década EDS, Sim! ...Painel II – A participação na cidadania e a boa governança: Década EDS, Sim! ...
Painel II – A participação na cidadania e a boa governança: Década EDS, Sim! ...CIDAADS
 
Sustentabilidade educacao margarete_ronaldo
Sustentabilidade educacao margarete_ronaldoSustentabilidade educacao margarete_ronaldo
Sustentabilidade educacao margarete_ronaldoProfFernandaBraga
 
Trilhas e perspectivas juan
Trilhas e perspectivas juanTrilhas e perspectivas juan
Trilhas e perspectivas juanNEAGERED
 
Educação ambiental e sustentabilidade
Educação ambiental e sustentabilidadeEducação ambiental e sustentabilidade
Educação ambiental e sustentabilidadeSilmara Vedoveli
 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: INSTRUMENTO DE FORMAÇÃO DE CIDADÃO CONSCIENTE ÉTICO NAS R...
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: INSTRUMENTO DE FORMAÇÃO DE CIDADÃO CONSCIENTE ÉTICO NAS R...EDUCAÇÃO AMBIENTAL: INSTRUMENTO DE FORMAÇÃO DE CIDADÃO CONSCIENTE ÉTICO NAS R...
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: INSTRUMENTO DE FORMAÇÃO DE CIDADÃO CONSCIENTE ÉTICO NAS R...christianceapcursos
 
Percepção ambiental
Percepção ambientalPercepção ambiental
Percepção ambientalgcordeiro42
 
1 educação ambiental parte 1
1 educação ambiental parte 11 educação ambiental parte 1
1 educação ambiental parte 1Cristiane Taveira
 
3 O Papel Da EducaçãO Ambiental Na TransformaçãO Do Modelo De Sociedade Qu...
3   O  Papel Da EducaçãO Ambiental Na TransformaçãO Do Modelo De Sociedade Qu...3   O  Papel Da EducaçãO Ambiental Na TransformaçãO Do Modelo De Sociedade Qu...
3 O Papel Da EducaçãO Ambiental Na TransformaçãO Do Modelo De Sociedade Qu...Formação FURB
 
3724 10636-1-pb
3724 10636-1-pb3724 10636-1-pb
3724 10636-1-pbalguem11
 
Workshop sobre la definicion de trabajo social
Workshop sobre la definicion de trabajo socialWorkshop sobre la definicion de trabajo social
Workshop sobre la definicion de trabajo socialIgui
 
D96538ad222366c38efc70d4f24487aa
D96538ad222366c38efc70d4f24487aaD96538ad222366c38efc70d4f24487aa
D96538ad222366c38efc70d4f24487aa300878
 

Tendances (20)

A função social da educação ambiental
A função social da educação ambientalA função social da educação ambiental
A função social da educação ambiental
 
Reis et
Reis etReis et
Reis et
 
Ntervenção social
Ntervenção socialNtervenção social
Ntervenção social
 
Educação Ambiental - Crítica
Educação Ambiental - CríticaEducação Ambiental - Crítica
Educação Ambiental - Crítica
 
Painel II – A participação na cidadania e a boa governança: Década EDS, Sim! ...
Painel II – A participação na cidadania e a boa governança: Década EDS, Sim! ...Painel II – A participação na cidadania e a boa governança: Década EDS, Sim! ...
Painel II – A participação na cidadania e a boa governança: Década EDS, Sim! ...
 
Projeto educação cidadã
Projeto educação cidadãProjeto educação cidadã
Projeto educação cidadã
 
Sustentabilidade educacao margarete_ronaldo
Sustentabilidade educacao margarete_ronaldoSustentabilidade educacao margarete_ronaldo
Sustentabilidade educacao margarete_ronaldo
 
Trilhas e perspectivas juan
Trilhas e perspectivas juanTrilhas e perspectivas juan
Trilhas e perspectivas juan
 
Educação ambiental e sustentabilidade
Educação ambiental e sustentabilidadeEducação ambiental e sustentabilidade
Educação ambiental e sustentabilidade
 
1975 6
1975 61975 6
1975 6
 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: INSTRUMENTO DE FORMAÇÃO DE CIDADÃO CONSCIENTE ÉTICO NAS R...
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: INSTRUMENTO DE FORMAÇÃO DE CIDADÃO CONSCIENTE ÉTICO NAS R...EDUCAÇÃO AMBIENTAL: INSTRUMENTO DE FORMAÇÃO DE CIDADÃO CONSCIENTE ÉTICO NAS R...
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: INSTRUMENTO DE FORMAÇÃO DE CIDADÃO CONSCIENTE ÉTICO NAS R...
 
Modelo capa tg-2
Modelo capa tg-2Modelo capa tg-2
Modelo capa tg-2
 
Percepção ambiental
Percepção ambientalPercepção ambiental
Percepção ambiental
 
1 educação ambiental parte 1
1 educação ambiental parte 11 educação ambiental parte 1
1 educação ambiental parte 1
 
3 O Papel Da EducaçãO Ambiental Na TransformaçãO Do Modelo De Sociedade Qu...
3   O  Papel Da EducaçãO Ambiental Na TransformaçãO Do Modelo De Sociedade Qu...3   O  Papel Da EducaçãO Ambiental Na TransformaçãO Do Modelo De Sociedade Qu...
3 O Papel Da EducaçãO Ambiental Na TransformaçãO Do Modelo De Sociedade Qu...
 
3724 10636-1-pb
3724 10636-1-pb3724 10636-1-pb
3724 10636-1-pb
 
16834
1683416834
16834
 
Coromandel meio ambiente g3
Coromandel meio ambiente g3Coromandel meio ambiente g3
Coromandel meio ambiente g3
 
Workshop sobre la definicion de trabajo social
Workshop sobre la definicion de trabajo socialWorkshop sobre la definicion de trabajo social
Workshop sobre la definicion de trabajo social
 
D96538ad222366c38efc70d4f24487aa
D96538ad222366c38efc70d4f24487aaD96538ad222366c38efc70d4f24487aa
D96538ad222366c38efc70d4f24487aa
 

En vedette

Identificando os problemas ambientais da baixada fluminense
Identificando os problemas ambientais da baixada fluminenseIdentificando os problemas ambientais da baixada fluminense
Identificando os problemas ambientais da baixada fluminenseTatiana Cotta
 
A voz dos catadores de lixo em sua luta pela sobrevivencia
A voz dos catadores de lixo em sua luta pela sobrevivenciaA voz dos catadores de lixo em sua luta pela sobrevivencia
A voz dos catadores de lixo em sua luta pela sobrevivenciaRajone Carvalho
 
Educação para a Sustentabilidade Ambiental
Educação para a Sustentabilidade AmbientalEducação para a Sustentabilidade Ambiental
Educação para a Sustentabilidade AmbientalMichele Pó
 
Resumo bimestral de geografia 4º bimestre
Resumo bimestral de geografia 4º bimestreResumo bimestral de geografia 4º bimestre
Resumo bimestral de geografia 4º bimestrealpisveredas
 
ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO
ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXOARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO
ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXOaldrichgodeiro
 
4º bimestre geografia 7º ano ensino fundamenta lqq
4º bimestre geografia 7º ano ensino fundamenta lqq4º bimestre geografia 7º ano ensino fundamenta lqq
4º bimestre geografia 7º ano ensino fundamenta lqqAtividades Diversas Cláudia
 
Problemas ambientais 4º bimestre
Problemas ambientais 4º bimestreProblemas ambientais 4º bimestre
Problemas ambientais 4º bimestreDébora Sales
 
Otm. ciencias naturais 1
Otm. ciencias naturais 1Otm. ciencias naturais 1
Otm. ciencias naturais 1elannialins
 
Problemas ambientais urbanos
Problemas ambientais urbanosProblemas ambientais urbanos
Problemas ambientais urbanosFatima Freitas
 
Plano de Educação no Campo
Plano de Educação no CampoPlano de Educação no Campo
Plano de Educação no CampoFETAEP
 
Problemas ambientais urbanos
Problemas ambientais urbanosProblemas ambientais urbanos
Problemas ambientais urbanosMarcio Cicchelli
 
Plano de curso de geografia 6º ano
Plano de curso de geografia 6º anoPlano de curso de geografia 6º ano
Plano de curso de geografia 6º anodanielelimadarocha
 
Apostila de Ciências: Água, Solo, Ar, Clima, Poluição
Apostila de Ciências: Água, Solo, Ar, Clima, PoluiçãoApostila de Ciências: Água, Solo, Ar, Clima, Poluição
Apostila de Ciências: Água, Solo, Ar, Clima, PoluiçãoPaulo Alves de Araujo
 

En vedette (20)

Identificando os problemas ambientais da baixada fluminense
Identificando os problemas ambientais da baixada fluminenseIdentificando os problemas ambientais da baixada fluminense
Identificando os problemas ambientais da baixada fluminense
 
A voz dos catadores de lixo em sua luta pela sobrevivencia
A voz dos catadores de lixo em sua luta pela sobrevivenciaA voz dos catadores de lixo em sua luta pela sobrevivencia
A voz dos catadores de lixo em sua luta pela sobrevivencia
 
Educação para a Sustentabilidade Ambiental
Educação para a Sustentabilidade AmbientalEducação para a Sustentabilidade Ambiental
Educação para a Sustentabilidade Ambiental
 
7ª aula- Gestão ambiental urbana.
7ª aula- Gestão ambiental urbana. 7ª aula- Gestão ambiental urbana.
7ª aula- Gestão ambiental urbana.
 
Resumo bimestral de geografia 4º bimestre
Resumo bimestral de geografia 4º bimestreResumo bimestral de geografia 4º bimestre
Resumo bimestral de geografia 4º bimestre
 
ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO
ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXOARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO
ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO
 
4º bimestre geografia 7º ano ensino fundamenta lqq
4º bimestre geografia 7º ano ensino fundamenta lqq4º bimestre geografia 7º ano ensino fundamenta lqq
4º bimestre geografia 7º ano ensino fundamenta lqq
 
Modulo 08 - Problemas Ambientais Urbanos
Modulo 08 - Problemas Ambientais UrbanosModulo 08 - Problemas Ambientais Urbanos
Modulo 08 - Problemas Ambientais Urbanos
 
Problemas ambientais 4º bimestre
Problemas ambientais 4º bimestreProblemas ambientais 4º bimestre
Problemas ambientais 4º bimestre
 
O lixo se transformando em brinquedos
O lixo se transformando em brinquedosO lixo se transformando em brinquedos
O lixo se transformando em brinquedos
 
Otm. ciencias naturais 1
Otm. ciencias naturais 1Otm. ciencias naturais 1
Otm. ciencias naturais 1
 
Problemas ambientais urbanos
Problemas ambientais urbanosProblemas ambientais urbanos
Problemas ambientais urbanos
 
Projeto lixo
Projeto lixoProjeto lixo
Projeto lixo
 
Plano de Educação no Campo
Plano de Educação no CampoPlano de Educação no Campo
Plano de Educação no Campo
 
3.geografia 4o-e-5o-ano
3.geografia 4o-e-5o-ano3.geografia 4o-e-5o-ano
3.geografia 4o-e-5o-ano
 
Problemas ambientais urbanos
Problemas ambientais urbanosProblemas ambientais urbanos
Problemas ambientais urbanos
 
Problemas ambientais no campo
Problemas ambientais no campoProblemas ambientais no campo
Problemas ambientais no campo
 
Plano de curso de geografia 6º ano
Plano de curso de geografia 6º anoPlano de curso de geografia 6º ano
Plano de curso de geografia 6º ano
 
Apostila de Ciências: Água, Solo, Ar, Clima, Poluição
Apostila de Ciências: Água, Solo, Ar, Clima, PoluiçãoApostila de Ciências: Água, Solo, Ar, Clima, Poluição
Apostila de Ciências: Água, Solo, Ar, Clima, Poluição
 
3ºano
3ºano3ºano
3ºano
 

Similaire à EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA: ANALISANDO UM CAMPO DE SOCIABILIDADES E EXPRESSÕES POLÍTICAS EM UM PROJETO SOCIAL

Práticas e Saberes Populares Interações com Diferentes Espaços
Práticas e Saberes Populares Interações com Diferentes EspaçosPráticas e Saberes Populares Interações com Diferentes Espaços
Práticas e Saberes Populares Interações com Diferentes Espaçospetconexoes
 
A educação ambiental em um projeto social e as relações com a Interdisciplina...
A educação ambiental em um projeto social e as relações com a Interdisciplina...A educação ambiental em um projeto social e as relações com a Interdisciplina...
A educação ambiental em um projeto social e as relações com a Interdisciplina...UFPB
 
Lixo que vira vida
Lixo que vira vidaLixo que vira vida
Lixo que vira vidaNana CBrito
 
Educação, ciência e cidadania.
Educação, ciência e cidadania.Educação, ciência e cidadania.
Educação, ciência e cidadania.João Gabriel Sousa
 
Planejamento de ensino e aprendizagem 1 ano daniela pereira
Planejamento de ensino e aprendizagem 1 ano daniela pereiraPlanejamento de ensino e aprendizagem 1 ano daniela pereira
Planejamento de ensino e aprendizagem 1 ano daniela pereiraDany Pereira
 
Newsletter SocioAmbientar 2014/1
Newsletter SocioAmbientar 2014/1Newsletter SocioAmbientar 2014/1
Newsletter SocioAmbientar 2014/1Aghata Gonsalves
 
O Diagnostico Socioambiental como Instrumento de Leitura da Realidade
O Diagnostico Socioambiental como Instrumento de Leitura da RealidadeO Diagnostico Socioambiental como Instrumento de Leitura da Realidade
O Diagnostico Socioambiental como Instrumento de Leitura da RealidadePrograma Capivara
 
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidadePdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidadesirlenegomes
 
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidadePdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidadeguesta2bb9a
 
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidadePdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidadeguesta2bb9a
 
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidadePdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidadeguesta2bb9a
 
O Diagnostico Socioambiental como Instrumento de Leitura da Realidade
O Diagnostico Socioambiental como Instrumento de Leitura da RealidadeO Diagnostico Socioambiental como Instrumento de Leitura da Realidade
O Diagnostico Socioambiental como Instrumento de Leitura da RealidadePrograma Capivara
 
sementes_do_cerrado_400hpdf_trilha_integradapdf.pdf
sementes_do_cerrado_400hpdf_trilha_integradapdf.pdfsementes_do_cerrado_400hpdf_trilha_integradapdf.pdf
sementes_do_cerrado_400hpdf_trilha_integradapdf.pdfjosousapi
 
Www espacoacademico com_br_083_83vieira_htm
Www espacoacademico com_br_083_83vieira_htmWww espacoacademico com_br_083_83vieira_htm
Www espacoacademico com_br_083_83vieira_htmLuiz Pereira
 

Similaire à EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA: ANALISANDO UM CAMPO DE SOCIABILIDADES E EXPRESSÕES POLÍTICAS EM UM PROJETO SOCIAL (20)

Práticas e Saberes Populares Interações com Diferentes Espaços
Práticas e Saberes Populares Interações com Diferentes EspaçosPráticas e Saberes Populares Interações com Diferentes Espaços
Práticas e Saberes Populares Interações com Diferentes Espaços
 
A educação ambiental em um projeto social e as relações com a Interdisciplina...
A educação ambiental em um projeto social e as relações com a Interdisciplina...A educação ambiental em um projeto social e as relações com a Interdisciplina...
A educação ambiental em um projeto social e as relações com a Interdisciplina...
 
Projeto Campinho
Projeto CampinhoProjeto Campinho
Projeto Campinho
 
Lixo que vira vida
Lixo que vira vidaLixo que vira vida
Lixo que vira vida
 
Apostila educ ambiental
Apostila educ ambientalApostila educ ambiental
Apostila educ ambiental
 
Educação, ciência e cidadania.
Educação, ciência e cidadania.Educação, ciência e cidadania.
Educação, ciência e cidadania.
 
Planejamento de ensino e aprendizagem 1 ano daniela pereira
Planejamento de ensino e aprendizagem 1 ano daniela pereiraPlanejamento de ensino e aprendizagem 1 ano daniela pereira
Planejamento de ensino e aprendizagem 1 ano daniela pereira
 
Newsletter SocioAmbientar 2014/1
Newsletter SocioAmbientar 2014/1Newsletter SocioAmbientar 2014/1
Newsletter SocioAmbientar 2014/1
 
SLIDE_DO_PROJETO_SS_NA_ESCOLA.pptx
SLIDE_DO_PROJETO_SS_NA_ESCOLA.pptxSLIDE_DO_PROJETO_SS_NA_ESCOLA.pptx
SLIDE_DO_PROJETO_SS_NA_ESCOLA.pptx
 
O Diagnostico Socioambiental como Instrumento de Leitura da Realidade
O Diagnostico Socioambiental como Instrumento de Leitura da RealidadeO Diagnostico Socioambiental como Instrumento de Leitura da Realidade
O Diagnostico Socioambiental como Instrumento de Leitura da Realidade
 
Horta Pedagógica
Horta PedagógicaHorta Pedagógica
Horta Pedagógica
 
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidadePdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
 
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidadePdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
 
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidadePdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
 
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidadePdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
Pdf%5 C%C3%89tica%20e%20cidadania%5 C%C3%89tica%20cidadania%20comunidade
 
O Diagnostico Socioambiental como Instrumento de Leitura da Realidade
O Diagnostico Socioambiental como Instrumento de Leitura da RealidadeO Diagnostico Socioambiental como Instrumento de Leitura da Realidade
O Diagnostico Socioambiental como Instrumento de Leitura da Realidade
 
Leite educação integral
Leite   educação integralLeite   educação integral
Leite educação integral
 
Apresentação - PROJEAM 2016/2
Apresentação - PROJEAM 2016/2Apresentação - PROJEAM 2016/2
Apresentação - PROJEAM 2016/2
 
sementes_do_cerrado_400hpdf_trilha_integradapdf.pdf
sementes_do_cerrado_400hpdf_trilha_integradapdf.pdfsementes_do_cerrado_400hpdf_trilha_integradapdf.pdf
sementes_do_cerrado_400hpdf_trilha_integradapdf.pdf
 
Www espacoacademico com_br_083_83vieira_htm
Www espacoacademico com_br_083_83vieira_htmWww espacoacademico com_br_083_83vieira_htm
Www espacoacademico com_br_083_83vieira_htm
 

Plus de UFPB

Os debates sobre a mineração no bioma pampa: conflitos socioambientais entre ...
Os debates sobre a mineração no bioma pampa: conflitos socioambientais entre ...Os debates sobre a mineração no bioma pampa: conflitos socioambientais entre ...
Os debates sobre a mineração no bioma pampa: conflitos socioambientais entre ...UFPB
 
As políticas públicas para a juventude rural: o PRONAF jovem em debate
As políticas públicas para a juventude rural:  o PRONAF jovem em debateAs políticas públicas para a juventude rural:  o PRONAF jovem em debate
As políticas públicas para a juventude rural: o PRONAF jovem em debateUFPB
 
A JUVENTUDE RURAL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS: IDENTIDADE E REIVINDICAÇÃO POR DIR...
A JUVENTUDE RURAL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS: IDENTIDADE E REIVINDICAÇÃO POR DIR...A JUVENTUDE RURAL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS: IDENTIDADE E REIVINDICAÇÃO POR DIR...
A JUVENTUDE RURAL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS: IDENTIDADE E REIVINDICAÇÃO POR DIR...UFPB
 
A agroecologia entre o debate da justiça ambiental e da democracia: alguns de...
A agroecologia entre o debate da justiça ambiental e da democracia: alguns de...A agroecologia entre o debate da justiça ambiental e da democracia: alguns de...
A agroecologia entre o debate da justiça ambiental e da democracia: alguns de...UFPB
 
O crédito fundiário e a linha nossa primeira terra em debate no brasil
O crédito fundiário e a linha nossa primeira terra em debate no brasilO crédito fundiário e a linha nossa primeira terra em debate no brasil
O crédito fundiário e a linha nossa primeira terra em debate no brasilUFPB
 
Quando outros atores vão às ruas as manifestações de junho de 2013 e suas m...
Quando outros atores vão às ruas   as manifestações de junho de 2013 e suas m...Quando outros atores vão às ruas   as manifestações de junho de 2013 e suas m...
Quando outros atores vão às ruas as manifestações de junho de 2013 e suas m...UFPB
 
Educação ambiental e a polissemia em tempos de globalização
Educação ambiental e a polissemia em tempos de globalizaçãoEducação ambiental e a polissemia em tempos de globalização
Educação ambiental e a polissemia em tempos de globalizaçãoUFPB
 
A juventude rural enquanto ator político atuando na configuração de políticas...
A juventude rural enquanto ator político atuando na configuração de políticas...A juventude rural enquanto ator político atuando na configuração de políticas...
A juventude rural enquanto ator político atuando na configuração de políticas...UFPB
 
A formulação das políticas públicas para a juventude rural no Brasil e os ele...
A formulação das políticas públicas para a juventude rural no Brasil e os ele...A formulação das políticas públicas para a juventude rural no Brasil e os ele...
A formulação das políticas públicas para a juventude rural no Brasil e os ele...UFPB
 
O lugar da juventude no futuro dos assentamentos rurais
O lugar da juventude no futuro dos assentamentos ruraisO lugar da juventude no futuro dos assentamentos rurais
O lugar da juventude no futuro dos assentamentos ruraisUFPB
 
JUVENTUDE RURAL ENQUANTO ATOR POLÍTICO E A REIVINDICAÇÃO PELO “ACESSO A TERRA...
JUVENTUDE RURAL ENQUANTO ATOR POLÍTICO E A REIVINDICAÇÃO PELO “ACESSO A TERRA...JUVENTUDE RURAL ENQUANTO ATOR POLÍTICO E A REIVINDICAÇÃO PELO “ACESSO A TERRA...
JUVENTUDE RURAL ENQUANTO ATOR POLÍTICO E A REIVINDICAÇÃO PELO “ACESSO A TERRA...UFPB
 
Politicas Públicas de Desenvolvimento Rural no Brasil
Politicas Públicas de Desenvolvimento Rural no BrasilPoliticas Públicas de Desenvolvimento Rural no Brasil
Politicas Públicas de Desenvolvimento Rural no BrasilUFPB
 
Brics tensões do desenvolvimento e impactos socioambientais
Brics   tensões do desenvolvimento e impactos socioambientaisBrics   tensões do desenvolvimento e impactos socioambientais
Brics tensões do desenvolvimento e impactos socioambientaisUFPB
 
Livro juventude rural e políticas públicas
Livro juventude rural e políticas públicasLivro juventude rural e políticas públicas
Livro juventude rural e políticas públicasUFPB
 
Política, manifestações e o pensamento conservador no brasil – Parte II
Política, manifestações e o pensamento conservador no brasil – Parte IIPolítica, manifestações e o pensamento conservador no brasil – Parte II
Política, manifestações e o pensamento conservador no brasil – Parte IIUFPB
 
Coopérer, verbe infini?
Coopérer, verbe infini?Coopérer, verbe infini?
Coopérer, verbe infini?UFPB
 
A violência no campo no brasil: questões e dados para o debate
A violência no campo no brasil: questões e dados para o debateA violência no campo no brasil: questões e dados para o debate
A violência no campo no brasil: questões e dados para o debateUFPB
 
Florestan fernandes após 19 anos e o pensar sobre o brasil
Florestan fernandes após 19 anos e o pensar sobre o brasilFlorestan fernandes após 19 anos e o pensar sobre o brasil
Florestan fernandes após 19 anos e o pensar sobre o brasilUFPB
 
Política, manifestações e o pensamento conservador no Brasil - Parte I
Política, manifestações e o pensamento conservador no Brasil - Parte IPolítica, manifestações e o pensamento conservador no Brasil - Parte I
Política, manifestações e o pensamento conservador no Brasil - Parte IUFPB
 
Os legados da Copa no Brasil têm que chegar na política também…
Os legados da Copa no Brasil têm que chegar na política também…Os legados da Copa no Brasil têm que chegar na política também…
Os legados da Copa no Brasil têm que chegar na política também…UFPB
 

Plus de UFPB (20)

Os debates sobre a mineração no bioma pampa: conflitos socioambientais entre ...
Os debates sobre a mineração no bioma pampa: conflitos socioambientais entre ...Os debates sobre a mineração no bioma pampa: conflitos socioambientais entre ...
Os debates sobre a mineração no bioma pampa: conflitos socioambientais entre ...
 
As políticas públicas para a juventude rural: o PRONAF jovem em debate
As políticas públicas para a juventude rural:  o PRONAF jovem em debateAs políticas públicas para a juventude rural:  o PRONAF jovem em debate
As políticas públicas para a juventude rural: o PRONAF jovem em debate
 
A JUVENTUDE RURAL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS: IDENTIDADE E REIVINDICAÇÃO POR DIR...
A JUVENTUDE RURAL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS: IDENTIDADE E REIVINDICAÇÃO POR DIR...A JUVENTUDE RURAL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS: IDENTIDADE E REIVINDICAÇÃO POR DIR...
A JUVENTUDE RURAL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS: IDENTIDADE E REIVINDICAÇÃO POR DIR...
 
A agroecologia entre o debate da justiça ambiental e da democracia: alguns de...
A agroecologia entre o debate da justiça ambiental e da democracia: alguns de...A agroecologia entre o debate da justiça ambiental e da democracia: alguns de...
A agroecologia entre o debate da justiça ambiental e da democracia: alguns de...
 
O crédito fundiário e a linha nossa primeira terra em debate no brasil
O crédito fundiário e a linha nossa primeira terra em debate no brasilO crédito fundiário e a linha nossa primeira terra em debate no brasil
O crédito fundiário e a linha nossa primeira terra em debate no brasil
 
Quando outros atores vão às ruas as manifestações de junho de 2013 e suas m...
Quando outros atores vão às ruas   as manifestações de junho de 2013 e suas m...Quando outros atores vão às ruas   as manifestações de junho de 2013 e suas m...
Quando outros atores vão às ruas as manifestações de junho de 2013 e suas m...
 
Educação ambiental e a polissemia em tempos de globalização
Educação ambiental e a polissemia em tempos de globalizaçãoEducação ambiental e a polissemia em tempos de globalização
Educação ambiental e a polissemia em tempos de globalização
 
A juventude rural enquanto ator político atuando na configuração de políticas...
A juventude rural enquanto ator político atuando na configuração de políticas...A juventude rural enquanto ator político atuando na configuração de políticas...
A juventude rural enquanto ator político atuando na configuração de políticas...
 
A formulação das políticas públicas para a juventude rural no Brasil e os ele...
A formulação das políticas públicas para a juventude rural no Brasil e os ele...A formulação das políticas públicas para a juventude rural no Brasil e os ele...
A formulação das políticas públicas para a juventude rural no Brasil e os ele...
 
O lugar da juventude no futuro dos assentamentos rurais
O lugar da juventude no futuro dos assentamentos ruraisO lugar da juventude no futuro dos assentamentos rurais
O lugar da juventude no futuro dos assentamentos rurais
 
JUVENTUDE RURAL ENQUANTO ATOR POLÍTICO E A REIVINDICAÇÃO PELO “ACESSO A TERRA...
JUVENTUDE RURAL ENQUANTO ATOR POLÍTICO E A REIVINDICAÇÃO PELO “ACESSO A TERRA...JUVENTUDE RURAL ENQUANTO ATOR POLÍTICO E A REIVINDICAÇÃO PELO “ACESSO A TERRA...
JUVENTUDE RURAL ENQUANTO ATOR POLÍTICO E A REIVINDICAÇÃO PELO “ACESSO A TERRA...
 
Politicas Públicas de Desenvolvimento Rural no Brasil
Politicas Públicas de Desenvolvimento Rural no BrasilPoliticas Públicas de Desenvolvimento Rural no Brasil
Politicas Públicas de Desenvolvimento Rural no Brasil
 
Brics tensões do desenvolvimento e impactos socioambientais
Brics   tensões do desenvolvimento e impactos socioambientaisBrics   tensões do desenvolvimento e impactos socioambientais
Brics tensões do desenvolvimento e impactos socioambientais
 
Livro juventude rural e políticas públicas
Livro juventude rural e políticas públicasLivro juventude rural e políticas públicas
Livro juventude rural e políticas públicas
 
Política, manifestações e o pensamento conservador no brasil – Parte II
Política, manifestações e o pensamento conservador no brasil – Parte IIPolítica, manifestações e o pensamento conservador no brasil – Parte II
Política, manifestações e o pensamento conservador no brasil – Parte II
 
Coopérer, verbe infini?
Coopérer, verbe infini?Coopérer, verbe infini?
Coopérer, verbe infini?
 
A violência no campo no brasil: questões e dados para o debate
A violência no campo no brasil: questões e dados para o debateA violência no campo no brasil: questões e dados para o debate
A violência no campo no brasil: questões e dados para o debate
 
Florestan fernandes após 19 anos e o pensar sobre o brasil
Florestan fernandes após 19 anos e o pensar sobre o brasilFlorestan fernandes após 19 anos e o pensar sobre o brasil
Florestan fernandes após 19 anos e o pensar sobre o brasil
 
Política, manifestações e o pensamento conservador no Brasil - Parte I
Política, manifestações e o pensamento conservador no Brasil - Parte IPolítica, manifestações e o pensamento conservador no Brasil - Parte I
Política, manifestações e o pensamento conservador no Brasil - Parte I
 
Os legados da Copa no Brasil têm que chegar na política também…
Os legados da Copa no Brasil têm que chegar na política também…Os legados da Copa no Brasil têm que chegar na política também…
Os legados da Copa no Brasil têm que chegar na política também…
 

Dernier

Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVlenapinto
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedJaquelineBertagliaCe
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...azulassessoria9
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPaulaYaraDaasPedro
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptNathaliaFreitas32
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...PatriciaCaetano18
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxFlviaGomes64
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralAntonioVieira539017
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...AnaAugustaLagesZuqui
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*Viviane Moreiras
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Centro Jacques Delors
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º anoRachel Facundo
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Cabiamar
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.denisecompasso2
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticash5kpmr7w7
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfamarianegodoi
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...DirceuNascimento5
 

Dernier (20)

Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA: ANALISANDO UM CAMPO DE SOCIABILIDADES E EXPRESSÕES POLÍTICAS EM UM PROJETO SOCIAL

  • 1. 28/03/13 [Artigo] - Educação Ambiental em Ação I SSN 1 6 7 8 - 0 7 0 1 Número 43, Ano XI. Números anteriores ... Março-Maio/2013. Início | Cadastre-se! | Procurar | Apresentação | Artigos | Dicas e Curiosidades | Reflexão | Textos de sensibilização | Dinâmicas | Entrev istas | Arte e ambiente | Div ulgação de Ev entos | O que fazer para melhorar o meio ambiente | Sugestões bibliográficas | Educação | Você sabia que... | Contribuições de Conv idados/as | Trabalhos Env iados | Brev es Comunicações | Normas de Publicação | Práticas de Educação Ambiental | Colaboradores antigos Artigos 13/03/2013 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA: ANALISANDO UM CAMPO DE SOCIABILIDADES E EXPRESSÕES POLÍTICAS EM UM PROJETO SOCIAL Esse artigo tem como objetivo analisar os limites e as possibilidades da atuação sociopolítica de projetos com cunho social em um contexto de pobreza e manifestação de diversas formas de exclusão social, a partir de um estudo de caso realizado em uma comunidade localizada no município de Santa Maria no estado do Rio Grande do Sul (RS). EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA: ANALISANDO UM CAMPO DE SOCIABILIDADES E EXPRESSÕES POLÍTICAS EM UM PROJETO SOCIAL Sérgio Botton Barcellos - Mestre em Ciências Sociais do Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade - CPDA/UFRRJ. Especialista em Educação Ambiental - UFSM. Doutorando em Ciências Sociais do Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade - CPDA/UFRRJ. E-mail: sergiobbarcellos@hotmail.com. Holgonsi Soares Gonçalves Siqueira - Doutor em Educação-UFSM. Professor Associado do Curso de Ciências Sociais-UFSM, do Mestrado em Ciências Sociais-UFSM e do Mestrado em Artes-UFSM. Líder do Grupo de Pesquisa CNPq "Globalização e Cidadania em Perspectiva Interdisciplinar". E-mail: holgonsi@yahoo.com.br RESUMO Esse artigo tem como objetivo analisar os limites e as possibilidades da atuação sociopolítica de projetos com cunho social em um contexto de pobreza e manifestação de diversas formas de exclusão social, a partir de um estudo de caso realizado em uma comunidade localizada no município de Santa Maria no estado do Rio Grande do Sul (RS). Essa pesquisa aconteceu junto ao projeto social “Educação Ambiental na Vila Kennedy”, promovido pela Organização Não-Governamental (ONG) - Centro Multidisciplinar de Pesquisa e Ação - CEMPA, que foi desenvolvido na comunidade da Vila Kennedy, em Santa Maria, durante o ano de 2007. Buscaremos elucidar de que modo o projeto influenciou por meio de suas ações educativas, as sociabilidades e as formas de expressão política na comunidade em que atuou. Tendo por base a observação participante, anotações de campo e a realização de entrevistas semi-estruturadas com integrantes da comunidade e do projeto social, nossa análise considera as influências e tensões que as ações desse projeto possam ter gerado no campo social dessa comunidade no tocante às questões políticas, socioambientais e de cidadania. A partir dessa pesquisa foi possível desvelarmos possíveis indicadores de quais limitações e perspectivas sociopolíticas que projetos sociais realizados junto a comunidades, em especial com a temática da educação ambiental, podem apresentar no decorrer da sua dinâmica social. Esse estudo ainda considera este projeto para além do espaço comunitário em questão, no qual observamos suas possíveis interfaces com o desenvolvimento social e político em comunidades de periferias urbanas. Palavras-chave: projetos sociais; educação ambiental; atuação sociopolítica; cidadania. 1. O PROJETO: CONTEXTUALIZANDO A AÇÃO Projetos sociais, com diferentes temáticas e intencionalidades, são desenvolvidos cotidianamente, e em maior número, por instituições governamentais e não-governamentais em diversas comunidades de “risco social” nas cidades brasileiras. Uma das temáticas mais abordadas nestes projetos tem sido a Educação Ambiental junto a comunidades, escolas e grupos de moradores. A partir de experiências e reflexões vivenciadas na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), por meio de projetos de extensão e iniciativas estudantis, em 2005 iniciaram-se os primeiros contatos com a Unidade de Saúde da Vila Kennedy (USK) por meio do Projeto VER-SUS Brasil. A vila integra o Bairro Salgado Filho, zona norte do município de Santa Maria. O Comitê Santa-mariense de Combate a Fome e a Miséria, criado em 2003, realizou um levantamento dos bolsões de pobreza, reconhecendo vilas, como Brasília, Nossa Senhora do Trabalho e São Rafael, que são assistidas pela Unidade de Saúde da Vila Kennedy, como zonas em situação de miséria (áreas de risco) no município. Já o VERSUS - Brasil (Estágios e Vivências na Realidade do Sistema único de Saúde). Iniciativa vinculada ao Ministério da Saúde que visava trabalhar com formação política e social de estudantes dos mais diversos cursos de graduação da área de saúde. Por meio deste a comunidade, em especial os trabalhadores em saúde da USK, reivindicaram mais participação dos estudantes universitários em ações de assistência e extensão na localidade. Iniciaram-se assim debates e reflexões, em um grupo de estudantes da UFSM, gerando-se a idéia de um projeto, e a perspectiva de desenvolvimento de mais uma iniciativa comunitária no campo da saúde e meio-ambiente. Como ponto inicial do projeto, decidiu-se realizar reuniões de planejamento e discussão das metas deste com o Programa de Agentes Comunitárias de Saúde (PACS) da USK e comunidade, com periodicidade mensal. Nesse espaço de encontro e debates, dialogou-se sobre possíveis demandas que surgiriam, sendo estas inerentes as propostas de projeto que foram sendo traçadas. Optou- se então, pelo desenvolvimento de um processo de mobilização com a parceria de estudantes da UFSM, PACS, comunidade e escolas. A realização de um planejamento participativo definiu os rumos e os objetivos do projeto, oportunizando um processo de definição www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1454&class=02 1/5
  • 2. 28/03/13 [Artigo] - Educação Ambiental em Ação dos caminhos a serem trilhados, processo oriundo de uma reflexão coletiva da realidade. Sendo assim, diversas reuniões de planejamento visando à realização de ações em Educação Ambiental na comunidade da Vila Kennedy. As reuniões iniciais contextualizaram a comunidade a cerca do projeto “Educação Ambiental na Kennedy”, bem como, sobre o histórico, objetivos e princípios da iniciativa. Daí a necessidade de procurar abranger e compreender diversas formas de conhecimento e interação de atores, convergindo e debatendo, buscando ações e resoluções com objetivos em comum. Isso possibilitou um valor diferenciado à experiência, sendo que o processo de sensibilização ocorreu cotidianamente e não pontualmente. E, com estas atividades, nossa pesquisa teve como objetivo central, analisar os limites e as possibilidades que permeiam a relação educação ambiental e cidadania. Assim, procuramos elucidar quais os limites e as possibilidades da atuação sociopolítica de projetos com cunho social em um contexto de pobreza e manifestação de diversas formas de exclusão social, por meio de ações educativas interdisciplinares e do estímulo a cidadania. Tendo por base a observação participante, relatos e a realização de entrevistas semi-estruturadas com integrantes da comunidade e do projeto social, nossa análise leva em consideração a influência que as ações em educação ambiental possam ter originado nas vidas cotidianas das pessoas envolvidas e de que forma promoveram o exercício da cidadania na comunidade. As seguintes questões: a) ampliação do entendimento da comunidade sobre o tema socioambiental; b) possibilidades e limites que ações sociopolíticas tiveram no projeto em educação ambiental e c) percepção das pessoas e mudanças cotidianas na comunidade, nos oportunizaram desvelar possíveis indicadores cotidianos de limitações e perspectivas que projetos sociais em educação ambiental, realizados em comunidades urbanas em processo de pobreza e exclusão social, podem apresentar no decorrer de seu processo. 2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E O COTIDIANO COMUNITÁRIO As atividades desenvolvidas junto à comunidade, por parte do projeto, buscaram despertar nos envolvidos formas de pensar e agir sobre o meio ambiente comunitário que implicassem na inter-relação de temas como política, organização social e ecologia. Almejou-se desenvolver uma prática de educação ambiental voltada a mobilizar a comunidade, como agentes de sensibilização/instigação das pessoas em relação aos problemas socioambientais da localidade. O termo “socioambientais” a que nos referimos neste trabalho, seria relativo às formas de produção e reprodução social, econômica, política e cultural da sociedade em relação aos ecossistemas e biomas. Desse modo, para apreensão de uma educação e concepção de mundo a partir da complexidade ambiental, segundo Leff (2003), torna-se necessário o desencadeamento de um processo de desconstrução e reconstrução do pensamento; de descobrir e reavivar o “ser da complexidade” que foi esquecido com o surgimento da cisão entre o ser, o sujeito e o objeto. Nesse sentido, compreender a educação como um processo social em construção e disputa, e o ato educativo de forma interdisciplinar, possibilita se avançar na crítica e em uma atuação mais consciente nas estruturas sociais e políticas (Loureiro, 2004). No caso do Projeto analisado, sua metodologia foi construída durante a realização da experiência e assim consolidou-se dia-a-dia. Dessa forma quando planeja-se ações com perspectivas de efetividade, participação e envolvimento é imprescindível considerar opiniões dos mais diversos setores de uma comunidade (Gandin, 2001). Ficou claro, ao longo da experiência, um enfoque de educação ambiental pautado, por parte da comunidade, como uma forma de preservação do meio-ambiente, através de seus aspectos biológicos em destaque, mesmo que o projeto tenha estimulado ultrapassar a adesão a práticas pedagógicas tradicionais de reciclagem e acondicionamento adequado do lixo, da preservação de áreas verdes, plantio de árvores, etc.. Mesmo com as iniciativas de formação ambiental realizadas junto à creche, devemos considerar que a “compreensão de mundo” estabelecida hegemonicamente sob um paradigma simplificador-reducionista é permeada de diversos entendimentos entre os indivíduos, limitando a compreensão dos elementos (ambiente, sociedade e pensamento), criando um cárcere e uma incapacidade discursiva (como indivíduos e grupo social) da fala e compreensão de um mundo complexo (Viégas, 2002). No que tange a abrangência comunitária do projeto, uma das representantes de uma organização política da Vila Kennedy (Conselho de pais da creche da comunidade) considera que as atividades desenvolvidas poderiam ser avaliadas da seguinte maneira: “Bom o terreno baldio no lado da escola ainda continua com as pessoas jogando lixo lá, essa deveria ser a próxima atividade a continuar. O pessoal tem buscado mais coletividade, pois o pessoal está cansado de esperar o poder público, mas a maioria ainda não participa”. Demonstrou-se, no decorrer do projeto que não houve um amplo processo de mobilização em educação ambiental e cidadania, mas realizou-se o possível, na medida das condições reais e objetivas estabelecidas, levando-se em conta, as limitações estruturais e políticas da comunidade, da creche e da ONG. Um fator a ser ressaltado, é o impedimento de uma atuação comunitária mais consistente em torno da iniciativa, devido às atividades cotidianas de trabalho assalariado das pessoas da comunidade. Outras atividades, segundo observações e relatos, estão relacionadas ao cuidado com a família, moradia, estudo escolar e outras demais ocupações, revelaram um cotidiano que pouco permitia e/ou deixava brechas para realização de atividades fora dessa rotina. O questionamento e problematização desses fatores limitantes que foram identificados, apontam para a necessidade dos projetos sociais assumirem um papel mais relevante e de maior densidade política perante a realidade. 3. O EXERCÍCIO DA CIDADANIA: REFLETINDO SOBRE AS IMPLICAÇÕES DO PROJETO O projeto social em questão nesta pesquisa tinha, como um dos seus objetivos específicos, desenvolver atividades de conscientização ambiental junto a creche e a comunidade escolar envolvida nele, e com esse processo conseqüentemente desencadear a mobilização da própria comunidade, para a superação da realidade social estabelecida e a prosseguir de forma autônoma as ações em Educação Ambiental. Explicitamos a partir de Libâneo (1994), que quando opta-se em relação a determinados métodos educativos, esses não devem reduzir-se a quaisquer medidas, procedimentos e técnicas. Isso quer dizer que, antes de se constituir em procedimentos, o método de ensino tem que estar embasado numa reflexão teórica e prática. Decorrem de uma concepção da sociedade, da natureza da atividade prática humana no mundo, do processo de conhecimento e, particularmente, da compreensão da prática educativa em determinada sociedade. Avaliando se os objetivos do projeto “Educação Ambiental na Vila Kennedy” foram alcançados, gerando uma possível consciência ambiental, os depoimentos da comunidade escolar envolvida nele, cooperam nesse aspecto, trazendo diversas percepções e opiniões, complementando e fortalecendo nossa análise. Um dos membros do conselho de pais enquanto interagia em uma das atividades do projeto com as crianças na creche, questionado se a iniciativa estaria alcançando seus objetivos, relatou que “O projeto proporcionou mudanças e deu orientação e acho que tá na hora da comunidade fazer a sua parte”. Já a educadora S., opinou que “[...] as pessoas da comunidade também foram atingidas positivamente com o projeto visto que passaram a dar mais atenção ao terreno abandonado ao lado da escola que muitas vezes os moradores deixavam animais mortos, o mato abrigava cobras, aranhas mosquitos, lixo, também passou-se a ter mais cuidado em não jogar lixo no chão,cuidar das árvores da rua...Tudo isso é reflexo de um trabalho que ultrapassou as crianças e expandiu-se em grande parte de uma comunidade.” www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1454&class=02 2/5
  • 3. 28/03/13 [Artigo] - Educação Ambiental em Ação As contribuições da comunidade escolar trazem para a análise, importantes considerações, pois ressaltam a importância das atividades desenvolvidas pelo projeto tanto para os educandos da creche, bem como para a comunidade escolar em si. As ações em educação ambiental realizadas na creche contaram muitas vezes com a participação dos pais e comunidade escolar, tanto em atividades pedagógicas focadas nas crianças como nas mobilizações comunitárias (reuniões e passeatas). A partir disso explicitamos a necessidade da politização do debate envolvendo o tema ambiente, bem como, a educação ambiental, pois nestas temáticas, a transformação da natureza pela ação humana e conseqüentemente das relações estabelecidas dos homens entre si são determinantes nesse sentido. Emerge assim, a questão da cidadania, por ser um campo permeado de proposições e ações, desde o âmbito institucional, quanto individual e coletivo, formal e informal, ou como evocava Paulo Freire a necessidade do indivíduo “ser e estar com o mundo”. Seguindo essa linha, compartilhamos com Freire (1976) a idéia de que as pessoas refletindo sobre sua própria limitação poderão ser capazes de libertarem-se, sendo transformadores de sua realidade condicionada e conformadores de uma prática consciente. Uma das dimensões talvez a principal, em que o projeto “Educação Ambiental na Vila Kennedy”, procurou atuar foi desenvolvendo um conjunto de atividades direcionadas à relação cidadania e ambiente comunitário. Desse modo, quando o projeto iniciou suas atividades em educação ambiental, buscou potencializar essa iniciativa como uma relação de “mão dupla”, visando à expansão dessas ações conjuntas entre comunidade escolar e vila Kennedy. Com isso vem à tona uma das questões que norteia nossa análise, ou seja, que não basta apenas questionar e querer transformar a estrutura e as ações educativo-pedagógicas em si, mas também se deve considerar o contexto social que envolve e interage com a estrutura educacional. A partir dessa relação entre a creche e a Vila Kennedy, constitui-se um campo social que se inter-relaciona sob múltiplas formas de sociabilidade. Sob essa perspectiva não cabe delegar a escola mudar isoladamente alguma realidade social ou seu próprio contexto, bem como, decretar que a mesma seja um ponto central de mudança na comunidade. A transformação do cotidiano comunitário proposta nesse caso (em relação ao projeto analisado), está no fato de constituir a creche como mais um ponto de apoio da comunidade para a elaboração de idéias e propostas comunitárias, usando-se como meio a temática socioambiental. Sendo assim, observamos, com o decorrer dos acontecimentos, a inviabilidade de atividades calcadas na educação tradicional prosperarem, ainda mais em uma área de periferia urbana com um processo de exclusão social latente, pauperismo entre muitos moradores, trabalhadores formais e informais com alta carga horária de trabalho. O processo de exclusão social aqui referido tem um sentido multidimensional. A exclusão social, segundo Sposati (1996) seria a impossibilidade tanto pessoal quanto coletiva das pessoas partilharem da sociedade, tendo como cotidiana a privação sob diversos aspectos. Sendo assim trata-se de uma lógica que envolvem várias relações econômicas, sociais, culturais e políticas da sociedade brasileira, incluindo fatores como pobreza, discriminação, subalternidade, não equidade, não acessibilidade e não representação pública. Ao olhar a comunidade quando executa-se como estudante, extensionista e/ou agente de ONG um projeto comunitário, deve-se ter em mente que este projeto realiza-se com o intuito de beneficiar também a comunidade, e que nesse contexto podem abrir-se possibilidades de participação, interação e aprendizagem de seus integrantes. O termo beneficiar nesse caso é relacionado como o apontamento de caminhos para a autonomia, cidadania e estímulo a iniciativas endógenas da comunidade escolar, distinguindo-se da cultura paternalista, assistencialista e oportunista que está impregnada socialmente como senso-comum em diversas iniciativas comunitárias. Segundo COSTA NETO (2004), quando atores de diferentes espaços sociais (comunidade/participantes do projeto) entram em contato, o significado e o valor dos elementos (sejam sociais ou naturais) e as atividades que se propõem a desenvolver juntos, devem ser exaustivamente negociadas para que tais atores compreendam de forma compartilhada o cenário específico em que se movem. Isto implica na formação de processos de transferência de conhecimento (e de transformação) e, portanto provoca a construção e reconstrução social dos espaços socioambientais. Uma das questões que sempre foram muito debatidas com a equipe do PACS – USK, desde a realização das iniciativas em educação ambiental no âmbito geral da comunidade, seria de desenvolver o projeto, como muitos participantes falavam nas reuniões de planejamento, no “ritmo do pessoal”. Com isso, foi buscado sempre antes de desenvolver as ações do projeto, verificar a disponibilidade da comunidade em participar conjuntamente das atividades, tornando-se uma das formas encontradas para estimular o envolvimento e o sentimento de pertencimento da população em relação à iniciativa. A metodologia adotada acabou se tornado também uma forma de avaliar a receptividade do projeto junto à população local. Em relação à creche, essa forma de atuar foi muito ressaltada nas reuniões pedagógicas com as educadoras e com os pais das crianças. Desse modo, quando falamos em cidadania e autonomia, estamos propondo também, no âmbito da educação ambiental, instigar um processo de tensão entre a ação pedagógica escolar atuante na ampliação dos espaços de cidadania junto à sociedade e o atual estado de precariedade, tanto estrutural quanto educativo, da educação pública. Através do projeto entendemos também que o desenvolvimento de atividades estimuladoras de processos de cidadania (como por exemplo, reunião ampliada com a comunidade), não se trata de um processo “tranqüilo” e não deve ter como objetivo principal “agradar a todos”.Durante as reuniões do projeto e ações com a comunidade escolar para o desenvolvimento de ações voltadas ao exercício da cidadania e da reflexão, provocaram-se desconstruções de comportamentos, questionamento de atitudes tradicionalmente convencionadas e desestabilização de relações de hierarquias locais e sociais legitimadas. Desta maneira, trata-se de um processo não-consensual, permeado de conflitos e interesses dos mais diversos matizes. Relações sociais amigáveis construíram-se no decorrer desse processo, mas como um dos objetivos do projeto era proporcionar espaços para esclarecer e pensar mudança social, atividades e conversas tornaram-se impraticáveis como concessão de conveniências altruístas em manutenção de um bem-estar e tranqüilidades, incoerentes com a realidade imposta. Portanto, mesmo captando-se todas as dificuldades em desenvolver processos consistentes de mobilização e conscientização da comunidade em relação ao seu ambiente comunitário, e tomando posições políticas polêmicas no decorrer do projeto que poderiam afastar participantes e pessoas, optamos em trilhar caminhos distintos de muitas outras iniciativas. Em relação à creche, consideramos que os fatos que ocorriam na comunidade influenciavam diretamente esta, pois estando inserida no entorno comunitário, recebe pressões e coerções sociais das mais diversas formas para ajustar-se em determinado contexto dominante na comunidade. No projeto em avaliação, destacamos como desafio, a realização de discussões sobre um terreno baldio que era utilizado como depósito de lixo comunitário ao lado da escola. Uma das estratégias iniciais de atuação em relação a este terreno baldio seria de, ao invés de realizar uma simples e resolutiva limpeza, iniciar uma campanha educativa entre a comunidade escolar e os moradores próximos ao terreno. Os debates em relação ao revigoramento deste terreno baldio não surgiram por parte da creche por questões de estética e limpeza, mas sim de saneamento ambiental e ocupação do terreno para atividades públicas e da creche. Portanto acreditávamos que o terreno poderia deixar de ser o “depósito de lixo público” de alguns moradores da localidade. A função de nossa equipe, conforme planejamento em relação a essa atividade era desenvolver idéias e ações em educação ambiental para atuar frente o caso, e as educadoras teriam autonomia em optar quando acionar e executá-las, de preferência quando houvesse uma conjuntura adequada e um maior apoio comunitário. Justificamos tal opção devido a supostas pressões e/ou retaliações por parte de alguns membros da comunidade não interessados em mudar essa situação relativa ao terreno, ou seja, continuar utilizando- o como depósito de lixo. Desse modo, a cada dia, foram expostos e desvelados os objetivos do projeto social em educação ambiental desenvolvido em conjunto com a creche. Avaliamos que apenas realizando a limpeza do terreno, sem discutir e debater na comunidade escolar a importância e o protagonismo que esta deveria ter no revigoramento daquele espaço, apenas estaria se reproduzindo mais uma ação automatizada e ineficaz. Atitude esta que não promoveria o devido debate sobre cidadania e a mobilização comunitária necessárias na solução dos problemas inerentes a localidade. Entretanto deixamos claro, que a educação ambiental nesse caso, como em tantos outros, não deve www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1454&class=02 3/5
  • 4. 28/03/13 [Artigo] - Educação Ambiental em Ação ser concebida como a solução de todos os problemas socioambientais, mas pode constituir-se como um importante meio para enfrentamento destes. Em seus depoimentos, as educadoras relataram que houve mudanças de alguns hábitos comunitários, enfatizando a diminuição do acúmulo de lixo no terreno localizado ao lado da creche, o qual estava sendo utilizado como um “depósito” de lixo doméstico. Esse acontecimento pontual, que não necessariamente aponta mudança de consciência, para Carvalho, (2004), pode ser um dos caminhos e possibilidades de transformação que desponta da convergência entre mudança social e ambiental. No que tange a relação existente entre cidadania, meio ambiente e educação, afirmamos que esta relação não vem à tona de maneira gratuita ou como destino, mas emerge de discursos e práticas historicamente construídas, ou seja, como uma preocupação socioambiental elaborada a partir dos desafios da prática social cotidiana. 4. LIMITES QUE INSTIGAM POSSIBILIDADES: CAMINHOS E DESCAMINHOS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL Com base em nosso projeto, afirmamos que um processo de sensibilização da comunidade escolar pode fomentar iniciativas que transcendam o ambiente escolar, atingindo tanto o bairro no qual a escola está inserida como comunidades mais afastadas nas quais residam alunos, professores e funcionários. Souza (2000) afirma, inclusive, que o estreitamento das relações intra e extra-escolar é bastante útil na conservação do ambiente, principalmente do ambiente da escola. A relação do projeto “Educação Ambiental na Vila Kennedy” com a educação formal, em especial a creche, além de ter se proposto a atuar em caráter comunitário, teve fortes traços extensionistas. Para os estudantes oriundos da UFSM que participaram das atividades, mesmo a iniciativa não sendo ligada a instituição acadêmica formadora destes, proporcionou-lhes uma intensa experiência de contato e vivência com a comunidade do Bairro Salgado Filho. A extensão entendida como prática acadêmica que interliga a universidade nas suas atividades de ensino e de pesquisa com as demandas da maioria da população, possibilitou uma formação profissional e social diferenciada. No decorrer do projeto, apesar de suas dificuldades, optou-se em realizar esforços no sentido de promover atividades de extensão não difusionistas e sem imposições, pautando-se em desenvolver conforme Freire (1988) metodologias participativas e dialógicas. As especificidades/dificuldades dos agentes endógenos (comunidade escolar da creche) e exógenos (projeto em questão) eram levadas em consideração. Através dessa forma de diálogo, buscamos evitar o planejamento de ações e discussões do projeto apenas como forma de “cumprir” agenda e/ou que não pudessem ser realizadas de forma coletiva e refletida com a comunidade. O projeto oportunizou o contato das crianças, comunidade e educadores com o tema ambiental, e isto proporcionou momentos de reflexividade sobre os problemas ambientais enfrentados na comunidade local e na sociedade em geral. Precisamos também avaliar que, as dificuldades para continuidade das ações, é uma questão comum à comunidade, a ONG e aos participantes do projeto. Ao término do projeto, a ONG não possuía um contingente de pessoas capacitadas e com disponibilidade para levar a frente o trabalho junto a Vila Kennedy e a creche. Avaliamos que a temática ambiental é percebida como uma demanda de pouca importância em relação a outras, como geração de renda por exemplo. Dessa forma a educação ambiental corre o risco de gradativamente naturalizar-se como algo alheio à reprodução social e sobrevivência das pessoas. Apesar do reconhecimento social da sua importância, há uma falta de disponibilidade ou motivação tácita para realização de ações educativas na creche e na comunidade. Assim em um estado de reduzida autonomia, quando seus sujeitos fazem a opção de ausentar-se ou não atuar em relação a temas de seu interesse, o campo social, como pensou Bourdieu (1997), apresenta fracas potencialidades de refratar os conflitos do espaço social geral, como o socioambiental, por exemplo. Concluímos reafirmando que a temática “educação ambiental”, desperta nos grupos sociais (comunidade de uma vila e/ou escola) novas formas de compreensão e reflexão. Com isto, abrem-se diversas possibilidades para realização de práticas interdisciplinares, renovação da estrutura escolar, ampliação do olhar da comunidade sobre suas problemáticas, o que leva a uma interferência crítica e responsável sobre a realidade, e conseqüentemente, práticas de cidadania e de construção da autonomia, tanto individual como coletiva. Nesse sentido cabe chamar a atenção, que junto ao ensino formal é importante o planejamento de ações em educação ambiental ao longo de todo ano letivo, não somente em meses e datas específicas alusivas ao meio ambiente (dia da árvore, água, dos animais, etc.), pois além dessas atividades serem esporádicas e isoladas, tratam a temática ambiental de forma descontextualizada curricularmente e numa perspectiva epistemologicamente empobrecedora. Tendo por base as questões que nortearam nosso trabalho e esta análise, podemos dizer que este projeto deve ser observado não como um modelo a ser seguido e reproduzido, mas como um exemplo para estudantes, multiplicadores e trabalhadores em educação, dos possíveis (des)caminhos que as iniciativas em educação ambiental podem ter. Desse modo, instiga-se o desafio da busca de uma atuação calcada na proposição de processos de formação, assumindo-se enquanto educação permanente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Abong. Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais. ONGs no Brasil: Perfil e catálogos das associadas. www.abong.org.br/novosite/instituc ional/abong.asp. (consultado na internet em 03 de Abril de 2007). Berger, G. Opinions and Facts in Interdisciplinarity: Problems of Teachig and Research in Universities. OECD, Paris 1972 Bourdieu. P. Les usages sociaux de la science. Pour une sociologie clinique du champ scientifique. Paris: Editions INRA, 1997. ___________. Escritos de Educação. Petrópolis: Vozes, 1998. Carvalho, I. C. de M. PROJETO INTEGRADO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA PARA PROFESSORES DA REDE PÚBLICA – UFSCar. QUAL EDUCAÇÃO AMBIENTAL? ELEMENTOS PARA UM DEBATE SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL POPULAR E EXTENSÃO RURAL. Pró-Ciências 2002. CAPES/SEE/DE. (http://www.dm.ufscar.br/~salvador/hom epage/pro_ciencias_2002/materialdistribuido/Educacao%20Ambiental%20e%20Meio%20Ambiente/texto_Isabel_EARE.pdf. (consultado na internet em 23 de julho de 2008). _____________________. Uma leitura da educação ambiental em cinco estados e um bioma no Brasil. Porto Alegre, nov. 2004. Relatório de pesquisa. www.rebea.org.br (consultado na internet em 12 de abril de 2008). Cavalcante, M.. A escola que é de todas as crianças. Nova Escola, Vol. 20, nº 182, 2005. Costa Neto, Canrobert. Discutindo referencias para a construção de saberes socioambientais. Sociologia e desenvolvimento rural sustentável: a alternativa agroeco-socio-lógica. In: CANUTO, J.C.; COSTABEBER, J.A. (org.) Agroecologia: conquistando a soberania alimentar. Porto Alegre: EMATER/RS; Pelotas: EMPRAPA clima temperado, 2004. Fazenda, Ivani C. A. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade ou ideologia. São Paulo, Loyola, 1979. Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 3. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1997. www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1454&class=02 4/5
  • 5. 28/03/13 [Artigo] - Educação Ambiental em Ação _____________. Extensão e comunicação. 15º ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988. _____________. Pedagogia do Oprimido. 3 ed. RJ, Paz e Terra, 1976. Gadotti, M. Convite à leitura de Paulo Freire. São Paulo: Scipione, 1999. ___________. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. Novo Hamburgo: Feevale, 2003 Gandin, D.; GANDIN, L. A. Temas para um projeto político-pedagógico. 4.ed. Petrópolis:Vozes, 2001. Gusdorf, Georges, (1990). Réflexions sur l'interdisciplinarité Bulletin de Psychologie, XLIII, 397, pp. 847-868. Jacobi, Pedro. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cad. Pesqui. [online]. 2003, n. 118, pp. 189-206. ISSN 0100-1574. doi: 10.1590/S0100-15742003000100008. Japiassu, H. Interdisciplinaridade e Patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1976. Leff, Enrique. Epistemologia ambiental. São Paulo: Cortez, 2001. ___________. Pensar a complexidade ambiental. In: LEFF, Enrique (org.). A Complexidade Ambiental. São Paulo: Cortez, 2003. Libâneo, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. 261p. LIMA, L. C. A escola como organização educativa: uma abordagem sociológica. São Paulo. Cortez, 2001. Loureiro. C. F. B. LOUREIRO, Complexidade e dialética: contribuições à práxis política e emancipatória em educação ambiental. Educ. Soc. [online]. 2005, v. 26, n. 93, pp. 1473-1494. ISSN 0101-7330. ______________. Educação Ambiental Transformadora. Identidades da educação ambiental brasileira / Ministério do Meio Ambiente. Diretoria de Educação Ambiental; Philippe Pomier Layrargues (coord.). – Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2004. P. 65-85. Martínez M. M. ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DAS QUESTÕESAMBIENTAIS DOS ALUNOS DAS 7 ª E 8ª SÉRIES DE UMA ESCOLA PÚBLICA (ESTUDO DE CASO). MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO. Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. Santa Maria, RS, Brasil 2006. Martins, José de Souza. O poder do atraso. Ensaios de sociologia da história lenta. São Paulo: Hucitec, 1994. Morin, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro.SP:Cortez; Brasília:UNESCO, 2000. Muñoz Palafox, G. H. (Org) Planejamento coletivo do trabalho pedagógico - PCTP: a experiência de Uberlândia. Uberlândia: Linograf/Casa do Livro, 2002. Prefeitura Municipal de Santa Maria. Projeto de implantação do Programa de Saúde da Família (PROESF). Santa Maria: Secretaria de Município de Saúde, 2003. Rucheinski. Aloísio. ATORES SOCIAIS E MEIO AMBIENTE: A MEDIAÇÃO DA ECOPEDAGOGIA. Identidades da educação ambiental brasileira / Ministério do Meio Ambiente. Diretoria de Educação Ambiental; Philippe Pomier Layrargues (coord.). – Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2004. P.51-65. SEVILLA GUZMÁN, E. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável. Capítulo 4. Agroecologia: princípios e técnicas para uma agricultura orgânica sustentável. Brasília, DF:Embrapa Informação Tecnológica, 2005 p. 103-132. Siqueira. H, S, G. INTERDISCIPLINARIDADE, SINÔNIMO DE COMPLEXIDADE. Publicado no Jornal "A Razão" em 02.10.2003. http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/mundorede.html. (consultado na internet em 09 de outubro de 2008). Smolka, M. (1994) Problematizando a intervenção urbana. Cadernos IPPUR, ano VIII, nº 1, Rio de Janeiro. Sorrentino, M. De Tbilisi a Tessaloniki, a educação ambiental no Brasil. In: JACOBI, P. ET al. (orgs.). Educação, meio ambiente e cidadania: reflexões e experiências. São Paulo: SMA.1998. p.27-32. Souza, A. K. A relação escola-comunidade e a conservação ambiental. Monografia. João Pessoa, Universidade Federal da Paraíba, 2000. Tristão, M. As Dimensões e os desafios da educação ambiental na sociedade do conhecimento. In: RUSHEINSKY, A. (org.). Educação ambiental: abordagens múltiplas. Porto Alegre: Artmed, 2002. Viégas, A. A Educação Ambiental nos contextos escolares: para além da limitação compreensiva e da incapacidade discursiva. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, UFF, Niterói. 2002. Zart, Laudemir Luiz. Desafios Locacionais para o Desenvolvimento da Educação Ambiental. http://www.unemat- net.br/revista/vol01/desafios.php. (consultado na internet em 22 de março de 2005. ) Início | Cadastre-se! | Procurar | Apresentação | Artigos | Dicas e Curiosidades | Reflexão | Textos de sensibilização | Dinâmicas | Entrevistas | Arte e ambiente | Divulgação de Eventos | O que fazer para melhorar o meio ambiente | Sugestões bibliográficas | Educação | Você sabia que... | Contribuições de Convidados/as | Trabalhos Enviados | Breves Comunicações | Normas de Publicação | Práticas de Educação Ambiental | Colaboradores antigos www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1454&class=02 5/5